Roberto Baldo
Roberto Baldo
Roberto Baldo
ROBERTO BALDO
DOURADOS
MATO GROSSO DO SUL – BRASIL
2007
COMPORTAMENTO DO ALGODOEIRO cv. DELTA OPAL SOB
ESTRESSE HÍDRICO COM E SEM APLICAÇÃO DE
BIOESTIMULANTE
ROBERTO BALDO
Engenheiro Agrônomo
DOURADOS
MATO GROSSO DO SUL – BRASIL
2007
“Na investigação científica não basta
examinar; é necessário contemplar:
impregnemos de emoção e simpatia as coisas
observadas; façamo-las nossas, tanto pelo
coração como pela inteligência. Só assim nos
entregarão o seu segredo. Porque o entusiasmo
aumenta e afina nossa capacidade perceptiva”.
Santiago Ramon y Cajal
A Deus pelo dom da vida.
Aos meus pais: Luiz e Sônia
Ao meu irmão e amigo: Robson
À pessoa que amo muito: Mariana.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
PÁGINAS
RESUMO ............................................................................................................. v
ABSTRAT............................................................................................................. vi
1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 1
2. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 4
2.1 Instalação e Condução do Experimento ......................................................... 4
2.2 Indução do Estresse Hídrico ........................................................................ 5
2.3 Aplicação do Bioestumulante.......................................................................... 5
2.4 Características Avaliadas ................................................................................ 5
2.5 Estudo Morfológico ........................................................................................ 6
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................... 7
4. CONCLUSÕES ................................................................................................ 17
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 18
RESUMO
BALDO, Roberto., Universidade Federal da Grande Dourados, Março de 2007.
Comportamento do algodoeiro cv. Delta Opal ao estresse hídrico com e sem
aplicação de bioestimulante. Professora orientadora: Silvana de Paula Quintão Scalon.
100% do volume total de poros (VTP) preenchidos com água.e o Stimulate® aplicado
aos 69 dias após a semeadura. O período de duração do estresse hídrico foi de 15, 30 e
cinco plantas cada. O algodoeiro cv Delta Opal não tolerou deficiência hídrica de 25%
VTP iniciando na fase de botão floral, sendo observadas as menores alturas, diâmetros
ABSTRAT
The objective of this work was to evalue the effect of bio-stimulant Stimulate®
cultivated in a vegetation house and submitted or not to hydric stress. There were
applicated 25, 60 and 100% of total volume of pores (VTP) filled out with water and
Stimulate® applicated on the seed and on the flower botton stage and without bio-
stimulant application 69 days after sowing. The hydric stress period of time was 15, 30
and 45 days after hydric stress application. The experimental delineation was wholly
randomized in a 3x3x3 factorial scheme, with four repetitions of five plants each one.
The cotton plant cv Delta Opal did not support hydric eack of 25% VTP on the flower
botton beginning, being observed the minor heights, lap diameters, number of flowers,
and endangering the formation of reproductive frames. The bio-stimulant dose and
application form did not offer improvement on plants development when submitted to
eack of water, but on plants submitted to water excess, a lap diameter increase occurred.
MSPA MSR NF AF
Tempo (T) 2 2054,67** 48,79** 697,86** 923135,00**
Stimulate (S) 2 20,30 ns 0,27 ns 125,02 ns 56177,60 ns
Água (A) 2 2497,64** 22,66** 1074,69** 0,1**
SxT 4 8,53 ns 0,34 ns 17,55 ns 94916,32 ns
AxT 4 116,16** 2,73** 23,93 ns 111488,5 ns
AxS 4 10,15 ns 0,11 ns 120,68 ns 55086,54 ns
AxSxT 8 14,32 ns 0,40 ns 21,04 ns 19706,7 ns
Resíduo 81 25,94 0,66 69,20 96465,00
CV % 18,73 24,83 20,48 25,1
** significativo, a 1% de significância, pelo teste F
* significativo, a 5% de significância, pelo teste F
ns
não significativo
Os efeitos da interação da água e do Stimulate® sobre as características altura e
diâmetro do colo são apresentados na Tabela 2. A altura e o diâmetro do colo foram
menores sob deficiência hídrica (25% do VTP). Quando houve excesso de água (100%
VTP) sem aplicação do Stimulate® e com Stimulate® aplicado na semente e na fase de
botão floral, foram observadas as maiores alturas das plantas. Esses resultados foram
semelhantes aos observados por Almeida et al. (1992), trabalhando com estresse
anoxítico do meio edáfico com as variedades de algodão CNPA Precoce1 e CNPA 311,
no qual as plantas submetidas ao encharcamento na fase de floração apresentaram
maiores alturas que os demais tratamentos. O aumento da altura provocado pelo estresse
por excesso de água pode ser prejudicial, considerando que a colheita do algodão é
realizada mecanicamente o que pode dificultar este processo.
Tabela 2. Valores médios de altura e diâmetro de colo das plantas de algodão cv
Delta Opal em função da água e do Stimulate®
Água
Altura (cm) Diâmetro (mm)
Stimulate® 25% 60% 100% 25% 60% 100%
Ausência 78,75 Ba 95,00Aa 101,83 Aa 7,15 Ba 8,54 Aab 8,67 Ab
Semente 73,66 Ba 93,79 Aa 89,54 Ab 7,77 Ba 8,00 Bb 9,58 Aa
Semente e 76,62 Ba 83,52 Bb 96,58 Aab 7,36 Ba 8,90 Aa 9,35 Aab
Botão
Médias seguidas de letras maiúsculas na linha e minúsculas na coluna não diferem entre si pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade.
Os maiores valores de MSPA foram observados sob 60% e 100% do VTP com
água aos 30 dias após aplicação dos tratamentos (Tabela 4). O menor valor ocorreu com
déficit de água e aos 45 dias, isso ocorreu, provavelmente devido à falta de água ter
diminuido o acúmulo de fotoassimilados e que o período correspondente aos 45 dias
após iniciar os tratamentos, normalmente os fotoassimilados já estavam sendo
destinados para as estruturas reprodutivas.
O maior valor de MSR (Tabela 4) e o maior número de raízes (Figura 2: C, F, I)
foram observados com 100% do VTP preenchidos com água, aos 45 dias dos
tratamentos. Visualmente, a maior parte das raízes secundárias e terciárias se
concentrava na parte superior do vaso. Como estas raízes são responsáveis pela
absorção de água, minerais e do oxigênio molecular, essas raízes se concentraram em
uma região mais arejada do solo, a camada mais superficial. Resultados semelhantes
encontrado por Almeida (1992), que observou uma maior quantidade de raízes de
algodoeiro cultivar CNPA Precoce 1 na superfície do solo quando trabalhou com o
encharcamento de solo. Isso favoreceu a planta durante o período de estresse, além de
favorecer também um rápido desenvolvimento das plantas ao término do período de
encharcamento.
O Gossypium hirsutum cultivar Delta Opal, é uma planta que não tolera déficits
hídricos de 25% VTP iniciando na fase de botão floral, o que compromete o
desenvolvimento total da planta e a formação de estruturas reprodutivas, mas tolera o
excesso de água de até 100% do VTP, quando apresenta mudanças morfo-anatômicas
(Lenticelas hipertróficas).
O bioestimulante não proporcionou melhorias ao desenvolvimento das plantas
quando submetidas à deficiência de água.
5 BIBLIOGRAFIA
PIMENTA, J. A.; MEDRI, M. E.; BIANCHINI, E.; MULLER, C.; OKAMOTO, J. M.;
FRANCISCONI, L. M. J.; CORREA, G. T. Aspectos da morfoanatomia e fisiologia de
Jacaranda puberula Cham. (Bignoniaceae) em condições de hipoxia. Revista
Brasileira de Botânica. v. 19, p. 215-220, 1996.
RAIJ, B.V. Fertilidade do solo e adubação. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1995.
343p.
TAIZ, L. & ZEIGER E. Fisiologia Vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. 719p.