Marcelo Fernandes Melo Monteiro Final
Marcelo Fernandes Melo Monteiro Final
Marcelo Fernandes Melo Monteiro Final
Rio de Janeiro
2017
Marcelo Fernandes Melo Monteiro
Rio de Janeiro
2017
CATALOGAÇÃO NA FONTE
UERJ / REDE SIRIUS / BIBLIOTECA CTC/B
M772 Monteiro, Marcelo Fernandes Melo.
Avaliação da influência do microclima urbano em projeto de
climatização no município do Rio de Janeiro / Marcelo Fernandes
Melo Monteiro. – 2017.
76f.
CDU 536.5
Assinatura Data
Marcelo Fernandes Melo Monteiro
_______________________________________________________
Prof. Dr. Manoel Antônio da Fonseca Costa Filho (Orientador)
Faculdade de Engenharia – UERJ
_______________________________________________________
Prof. Dr. Americo Barbosa da Cunha Junior
Instituto de Matemática e Estatística – UERJ
_______________________________________________________
Prof. Dr. Daniel José Nahid Mansur Chalhub
Faculdade de Engenharia – UERJ
_______________________________________________________
Prof. Dr. Luiz Cláudio Gomes Pimentel
Programa de Meteorologia – IGEO – UFRJ
_______________________________________________________
Prof. Dr. Nisio de Carvalho Lobo Brum
Programa de Engenharia Mecânica - COPPE – UFRJ
Rio de Janeiro
2017
DEDICATÓRIA
Ao meu Pai, onde quer que ele esteja, sempre estará comigo, a minha Mãe,
pela paciência, carinho e amor em todos estes anos.
AGRADECIMENTOS
A toda minha família e amigos pelo apoio e pensamento positivo para que esse
sonho fosse realizado.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Manoel Antônio da Fonseca Costa Filho por todos
os ensinamentos, ajuda e força de vontade, pela excelente orientação e dedicação,
dando estímulos para o desenvolvimento deste trabalho e pela amizade demonstrada
nesses anos.
Ao Prof. Dr. Luiz Cláudio Gomes Pimentel do Programa de Meteorologia da
UFRJ pelo apoio e ajuda ao fornecer dados meteorológicos da REDEMET para essa
pesquisa.
Ao instituto INMET pelo envio dos dados meteorológicos e ao ALERTA RIO por
disponibilizar os seus dados publicamente no site.
A Carrier, na pessoa do engenheiro Cristiano Brasil, pela cessão gratuita da
licença do programa HAP para a UERJ e assim possibilitar o desenvolvimento desta
pesquisa.
Aos meus amigos de trabalho, ETU/UFRJ, pela paciência e compreensão nas
horas de estudo.
Aos meus colegas de mestrado, pelo companheirismo e pelo inegável apoio
quando necessário, em especial o meu amigo Felipe Alfaia e Thamires Bernardes.
A UERJ, porque sem ela não poderia ter realizado este sonho de conquista.
A todos aqueles, que embora não citados nominalmente, contribuíram direta e
indiretamente para a execução deste trabalho.
Saber e não fazer, ainda não é saber.
Lao Tsé
RESUMO
The urban areas are characterized by different microclimates identified from the
high concentration of buildings, which causes the formation of heat islands, an
increase of the air temperature compared with the low occupation or rural areas. The
heating, ventilation and air-conditioning (HVAC) projects require the calculation of
thermal load, which is based on the information of the environmental conditions of the
external air, provided through the Brazilian standard: Air Conditioning Installations -
Central and Unit Systems (ABNT NBR 16401) or through the meteorological database
available in the software for air conditioning design. This work aims at investigating the
influence of the urban microclimate on the design of the air conditioning system through
the use of climatic data from the closest meteorological station. The processing of the
meteorological data followed the recommendations from the American Society of
Heating, Refrigeration and Air-Conditioning to create of the project typical days. The
simulations requested by the air conditioning project were executed through the
commercial software Hourly Analysis Program using the same building inserted at
different locations of the Rio de Janeiro. The results showed that the cooling thermal
loads in air conditioning projects for the city of Rio de Janeiro can be impacted by an
increase of up to 20% when are used the meteorological data from the Antônio Carlos
Jobim and Santos Dumont Airports.
A Área, em m².
As Irradiação solar aparente na ausência de massa de ar, em W/m².
ACN Coeficiente de clareza da atmosfera.
B Coeficiente de extinção atmosférica
BF Fator de “by-pass”, adimensional.
cp Calor específico, kJ/kg.°C.
ET Fator da diferença entre hora local, h
Edir Radiação direta
Edif Radiação difusa
E𝑜 Radiação solar
Farea Fator de vazão volumétrica por área, em L/s.m².
F Vetor de frequência, adimensional.
Fh Fator de temperatura horário, adimensional.
Fo Programação de ocupação da edificação, em %.
Fperda Fator de perda de calor nos dutos, em %.
FPessoas Fator de vazão volumétrica por pessoas, em L/s.pessoas.
Fs Fração da área da janela que é protegida da luz solar direta
FDC Função de distribuição cumulativa
FDP Função densidade de probabilidade
h Entalpia específica, kJ/kg.
ℎ𝑒 coeficiente de transferência de calor por convecção externo, W/m².K
HG Ganho de calor sensível e latente por pessoa, em W/pessoa
HL Hora local, em hora.
I Intensidade do raio solar, em W/m².
IAC Coeficiente de atenuação solar interior direto ou difuso da janela
L Longitude, em graus.
ṁ Vazão mássica, em kg/s.
𝑚𝑎 Exponentes de massa do ar das radiações direta ou difusa
Ndia Dia do ano.
Ni Fração de radiação solar que é absorvida
NPessoas Número de pessoas.
Ntrocas Número de trocas de ar por hora.
P Pressão, em Pa.
pg Grau de refletividade do solo.
q̇ Fluxo de calor, W/m².
Q̇ Quantidade de calor, em kW.
SC Coeficiente de sombreamento.
SHGC Coeficiente de ganho de calor solar direto ou difuso da janela.
T Temperatura, em °C ou K.
TBS Temperatura de Bulbo Seco, em °C.
TBU Temperatura de Bulbo Úmido, em °C.
TPO Temperatura de orvalho, em °C.
TSA Tempo solar aparente, em hora.
∆𝑇𝑚𝑑 Média das amplitudes diária da temperatura do mês mais quente.
U Coeficiente global de transferência de calor, em W/(m².°C).
UR Umidade relativa.
V Velocidade, em m/s.
V̇ Vazão volumétrica, em m³/s ou L/s.
Vol. Volume, em m³.
W Potência do trabalho líquido, em kW.
Y Razão entre o fluxo difusivo da superfície vertical e horizontal.
β Ângulo da altitude solar, em graus.
∝ fator de absorção à radiação solar da superfície
ϵ Ângulo de inclinação para a superfície do edifício, em graus.
η Eficiência.
ρ Massa específica, kg/m³.
ω Umidade absoluta, em g vapor d′ água⁄kg ar .
τ Profundidades ópticas das radiações direta e difusa.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 14
Motivação ..................................................................................................... 14
Objetivo ........................................................................................................ 19
Estrutura do trabalho .................................................................................... 19
1. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 20
2. MATERIAIS E FUNDAMENTOS .................................................................. 23
2.1. Características Geográficas do Município do Rio de Janeiro ....................... 23
2.2. Estações Meteorológicas Utilizadas ............................................................. 27
2.3. Distribuições de Frequência e Cumulativa ................................................... 29
2.4. Dados Meteorológicos para Projetos de AVAC ............................................ 32
2.5. Cálculo das Condições de Projeto Segundo a ASHRAE (2013) .................. 33
2.6. Preenchimento de Dados Ausentes e Representatividade dos Dados
Meteorológicos Segundo a ASHRAE (2013) ............................................................. 36
2.7. Projeto de Sistema de AVAC Através do Hourly Analysis Program ............. 37
2.8. Ventilação e Renovação de Ar ..................................................................... 46
3. METODOLOGIA........................................................................................... 48
3.1. Cálculo das Temperaturas de Projeto .......................................................... 48
3.2. Cálculo da Carga Térmica ............................................................................ 49
4. RESULTADOS ............................................................................................. 56
4.1. Temperaturas de Projeto .............................................................................. 56
4.2. Carga Térmica de Resfriamento ................................................................... 59
4.3. Carga Térmica de Aquecimento ................................................................... 64
4.4. Variação Máxima de Temperatura................................................................ 67
5. CONCLUSÕES ............................................................................................ 68
5.1. Considerações Finais ................................................................................... 68
5.2. Trabalhos Futuros......................................................................................... 69
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 70
APÊNDICE A – Propriedade térmica dos materiais .................................................. 75
14
INTRODUÇÃO
Motivação
O consumo de energia indica o desenvolvimento econômico e o nível de
qualidade de vida da sociedade. Ele reflete todas as atividades industriais, comerciais
e de serviços, além de avaliar a capacidade da população para adquirir bens e
serviços com certos valores tecnológicos, que exigem acesso à rede elétrica,
aumentando o consumo de energia (ANEEL, 2008).
Os setores que mais demandam eletricidade no Brasil são: industrial, residencial,
comercial e público. Juntos eles consomem cerca de 75% do total de energia usada
no país, além disso, 15,1% da energia está associada a perdas, o que supera o gasto
com energia do setor comercial e público segundo o Balanço Energético Nacional
(EPE, 2017). No caso dos empreendimentos comerciais, o sistema de aquecimento,
ventilação e ar condicionado (AVAC) é responsável por 30% a 40% do consumo de
energia elétrica (Danfoss, 2015). A figura 01 mostra o balanço e o consumo energético
de todos os setores do Brasil.
O crescimento acentuado do consumo de energia, embora possa espelhar o
aquecimento econômico e a melhoria da qualidade de vida, tem consequências
negativas. Uma delas é a possibilidade de escassez dos recursos utilizados para a
produção de energia. Além do impacto ao meio ambiente derivado dessas atividades
e os elevados investimentos necessários na pesquisa de novas fontes e criação de
novas usinas (ANEEL, 2008).
Atualmente, o meio mais moderno e difundido no mundo para conter a
crescimento do consumo sem alterar a qualidade de vida e o desenvolvimento
econômico é o estímulo ao uso eficiente de energia. O incentivo pode vir através de
sistemas de certificação, selos e etiquetagens dos empreendimentos construídos ou
projetados e a modernização dos sistemas existentes para possibilitar a redução do
consumo de energia a partir de soluções eficientes. O uso de equipamentos de
climatização mais sustentáveis representa investimentos iniciais mais altos, mas são
responsáveis por menores custos de operação e diminuição do consumo de energia
(Danfoss, 2015).
Para adotar uma mudança ou solução energética mais eficiente é necessário
conhecer o comportamento do clima da região. O clima urbano tem como
característica a temperatura do ar mais elevada do que a das zonas rurais
15
de calor (Oke, 1982). As ilhas de calor urbano (ICU) são uma consequência do clima
urbano e uma modalidade das mudanças climáticas, causadas por fatores humanos
e produzidos em escala local, necessitam de investigação para sua detecção e
entendimento (Oke, 1987). A ilha de calor está associada à mudança na cobertura da
superfície (urbana) e o estudo e a previsão dos efeitos das ilhas de calor são
importantes para um melhor planejamento urbano e, consequentemente, para a
redução das causas do desconforto térmico e dos problemas na saúde (Bueno et al.,
2014).
Várias características das zonas urbanas podem contribuir para a formação de
ICU: formas específicas das estruturas verticais urbanas, capacidade térmica
relacionada com materiais de construção, diminuição da evaporação devido à redução
de áreas com cobertura vegetal e do transporte de água da chuva através de redes
pluviais, produção de energia antropogênica, através da emissão de calor pelas
indústrias, equipamentos e habitações, maior absorção de radiação pelos poluentes
da atmosfera urbana e aprisionamento de radiação nas ruas e vales urbanos (Oke,
1987). Uma representação esquemática de ICU é apresentada na Figura 02.
Objetivo
A presente dissertação tem como objetivo investigar a influência da variabilidade
espacial das condições climáticas no município do Rio de Janeiro sobre o cálculo da
carga térmica para projeto e dimensionamento de AVAC, através do processamento
de dados das estações meteorológicas disponíveis nesta região.
Para tal finalidade, foi utilizada uma mesma edificação que foi virtualmente
deslocada para as posições das estações meteorológicas, sempre mantendo-a na
mesma orientação geográfica.
Estrutura do trabalho
No capítulo 1 é apresentada uma revisão de literatura relacionando trabalhos
sobre ilhas de calor urbanas e sobre o impacto de uma nova análise de dados
meteorológicos sobre o dimensionamento de sistemas de condicionamento de ar.
No capítulo 2 são apresentadas as características geográficas do município do
Rio de Janeiro que foi utilizado como estudo de caso, com informações sobre as
estações meteorológicas utilizadas, a metodologia empregada no processamento dos
dados meteorológicos e uma descrição detalhada do software utilizado para o cálculo
de carga térmica.
No capítulo 3 é apresentada uma descrição passo a passo do processamento
para o cálculo das temperaturas de projeto e informações sobre os dados inseridos
no programa para o cálculo da carga térmica.
No capítulo 4 são apresentados e analisados os resultados, comparando dados
de temperaturas de projeto com carga térmica calculada.
No capítulo 5 são apresentadas as conclusões e sugestões para trabalhos
futuros.
20
1. REVISÃO DE LITERATURA
frequência cumulativa para um novo valor de projeto para a frequência 99% com nível
de confiança de 99,5%. Os novos valores de projeto reduziram o custo de investimento
em aproximadamente 10% para grandes edifícios e a economia de energia em
operação intermitente chegou a 6%.
23
2. MATERIAIS E FUNDAMENTOS
O município do Rio de Janeiro é cercado pelo mar em quase todo o seu entorno,
somente a parte norte faz ligação com outros municípios da região metropolitana do
Rio de Janeiro, como ilustrado na figura 03: Duque de Caxias, Nilópolis, Nova Iguaçu,
São João de Meriti, Seropédica, Mesquita e Itaguaí (CEPERJ, 2013).
O município do Rio de Janeiro tem uma alta densidade populacional e um alto
grau de industrialização, o que é um indicativo de grande concentração de emissores
de poluentes e fontes de calor, além disto, existem as particularidades topográficas e
atmosféricas que afetam diretamente a dispersão de calor e dos poluentes na
atmosfera. Junto a isto, o município do Rio de Janeiro apresenta um acelerado
processo de degradação e assoreamento dos rios, destruição dos solos e
desmatamento (Moura et al., 1998).
Figura 06 - Direção dos Ventos das estações SBSC, SBGL, SBAF, SBRJ, SBJR. (Fonte:
Guimarães, 2014)
27
(A) (B)
(C) (D)
Figura 07 – Estações meteorológicas da RMRJ.
Como pode ser visto na figura 08, 4 estações estão posicionadas na área urbana:
Aeroporto dos Afonsos, Vila Militar, São Cristóvão e Forte de Copacabana; 3 estão
localizadas em área não urbana: Marambaia, Base Aérea de Santa Cruz e Ecológica
Agrícola. As estações mais próximas da linha da costa são Copacabana, Marambaia
29
e Base Aérea de Santa Cruz, São Cristóvão está próxima da Baía de Guanabara e
representa uma área urbana do centro do Rio de Janeiro, enquanto as que estão
posicionadas mais dentro do continente são Ecológica Agrícola, Aeroporto dos
Afonsos e Vila Militar.
As estações do Aeroporto dos Afonsos e da Vila Militar são bem próximas uma
da outra, no entorno predominando residências de pequeno porte com pouco
espaçamento entre as mesmas. Estas estações são localizadas entre os maciços do
Gericinó-Mendanha, da Pedra Branca e da Tijuca. Os maciços da Pedra Branca e
Tijuca atuam como barreira física na circulação da brisa marítima proveniente do
Oceano Atlântico, dificultando a ação dos ventos na RMRJ.
A estação Ecológica Agrícola localiza-se numa área com características rurais,
cuja ocupação do solo é do tipo colheita e pastagem. Esta estação fica posicionada
mais para dentro do continente. As estações de Marambaia e Forte de Copacabana
são as mais próximas no mar e recebem maior influência da brisa marítima do oceano
Atlântico.
Distribuição de Frequência
900
800
Número de Ocorrências
700
600
500
400
300
200
100
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47
Temperatura [°C]
(2)
onde:
𝑇𝐵𝑆 é a temperatura de bulbo seco correspondente a frequência escolhida, em °C;
∆𝑇𝑚𝑑 é a média da amplitude diária de temperatura do mês mais quente;
𝐹ℎ é o fator horário da variação diária de temperatura, conforme tabela 03.
onde:
𝑄´𝑓 é o calor total interno do ambiente que é obtido através da soma de todas as
parcelas que compõem o cálculo da quantidade de calor do ambiente. O primeiro
termo é o calor da construção representado por 𝑄´𝑒𝑛𝑣𝑜𝑙𝑡𝑜𝑟𝑖𝑎 . Além disso, a utilização do
prédio é afetada pela componente dos ocupantes da edificação,𝑄´𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 . O calor
proveniente da iluminação está associado a 𝑄´𝑖𝑙𝑢𝑚𝑖𝑛𝑎çã𝑜 . Junto com as pessoas e
iluminação também tem mais um componente interno associado a dissipação de calor
pelos equipamentos do local, representado por 𝑄´𝑒𝑞𝑢𝑖𝑝𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 . As componentes que
estão associados ao ar externo são representadas por 𝑄´𝑎𝑟𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 e 𝑄´𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 que
corresponde ao ar de infiltração nos ambientes.
39
O HAP utiliza o conceito de tempo solar aparente (TSA), que está relacionado com o
movimento do sol através do céu. A partir dele pode-se calcular o fluxo solar e o ganho
de calor solar para o edifício em relação ao ambiente externo.
A posição zênite do sol é quando ele atinge o ponto mais alto do céu. Este é
considerado o meio-dia de acordo com o TSA e não obrigatoriamente a hora do relógio
se correlaciona com a posição do sol. O resto do dia é determinado a partir do ponto
de meio-dia solar (ASHRAE, 2013).
O TSA é calculado a partir das equações (5) até (7):
𝐸𝑇 𝐿𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 −𝐿𝑚𝑒𝑟𝑖𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜
𝑇𝑆𝐴 = 𝐻𝐿 + 60 + , (5)
15
[360×(𝑁𝑑𝑖𝑎 −1)]
𝐵= , (7)
365
onde:
TSA: Tempo solar aparente;
HL: Hora local;
𝐿𝑚𝑒𝑟𝑖𝑑𝑖𝑎𝑛𝑜 : Longitude do meridiano de referência do fuso horário em graus;
𝐿𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 = Longitude para o local em estudo em graus.
ET = Fator da diferença entre hora local e TSA devido aos efeitos orbitais da Terra,
horas;
𝑁𝑑𝑖𝑎 = Dia do ano.
A radiação solar é descrita tendo um componente direto e outro difuso, os quais
estão indicados nas equações (8) e (9):
onde:
𝐸𝑑𝑖𝑟 é a radiação direta;
𝐸𝑑𝑖𝑓 é a radiação difusa;
40
𝑛−3
𝐸𝑜 = 𝐸𝑠𝑐 {1 + 0,033𝑐𝑜𝑠 [360° × ]}, (10)
365
onde:
𝑌 = max(0,45; 0,55 + 0,437 × 𝑐𝑜𝑠𝜃 + 0,313 × 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃). (14)
onde:
𝛴 é ângulo de inclinação para a superfície do edifício, em graus.
1−𝑐𝑜𝑠𝛴
𝐸𝑟𝑎𝑑,𝑟𝑒𝑓 = (𝐸𝑑𝑖𝑟 × 𝑠𝑒𝑛𝛽 + 𝐸𝑑𝑖𝑓 ) × 𝑝𝑔 × , (17)
2
41
onde:
𝑝𝑔 é grau de refletividade do solo;
𝛽 é ângulo de altitude solar.
𝑄´ = 𝑈 × 𝐴 × ∆𝑇, (18)
onde:
𝑄´ é a quantidade de calor transferido na superfície, [W];
U é o coeficiente global de transferência de calor, [W/(m².°C)];.
∆𝑇 é a variação de temperatura presente durante a iteração, [°C].
𝐼𝑇 𝑈
𝑇𝑎𝑠 = 𝑇𝐵𝑆𝑎𝑒 +∝× −𝜀× , (19)
ℎ𝑒 ℎ𝑒
onde:
𝑇𝐵𝑆𝑎𝑒 é a temperatura de bulbo seco do ar exterior, [°C];
∝ é fator de absorção à radiação solar da superfície;
𝐼𝑇 é a intensidade total do fluxo solar, [W/m²];
ℎ𝑒 é o coeficiente de transferência de calor por convecção externo, o valor de
referência é de 17 [W/m².K];
𝑈 é o coeficiente global de transferência de calor, em [W/(m².°C)];
42
onde:
𝑄´𝑗𝑎𝑛 é a ganho total de calor pela janela, [W];
𝑄´𝑗𝑎𝑛,𝑑𝑖𝑟 é a ganho total de calor por radiação direta na janela, [W];
𝑄´𝑗𝑎𝑛,𝑑𝑖𝑓 é a ganho total de calor por radiação difusa na janela, [W].
onde:
𝐴 é a área da janela, [m²];
𝑆𝐻𝐺𝐶 é o coeficiente de ganho de calor solar direto ou difuso da janela;
𝐼𝐴𝐶 é o coeficiente de atenuação solar interior direto ou difuso da janela.
A carga térmica das pessoas (𝑄´𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 ) que ocupam a edificação é calculada pelo
programa como indicado a seguir pela equação (23):
onde:
43
onde:
𝜌𝑎𝑒 é a massa específica do ar, [kg/m³];
𝑉´𝑎𝑒 é a vazão volumétrica de ar, [m³/s];
ℎ𝑣𝑎 é a entalpia de vaporização da água presente no ar, [kJ/kg];
𝑐𝑝,𝑎𝑒 é o calor específico do ar, [kJ/kg.°C];
𝑇𝑎𝑒 é a temperatura do ar externo, [°C];
𝜔𝑎𝑒 é a umidade absoluta do ar externo, [𝑘 𝑔á𝑔𝑢𝑎 ⁄𝑘 𝑔𝑎𝑟 ];
𝑇𝑎𝑐 é a temperatura do ambiente condicionado, [°C];
𝜔𝑎𝑐 é a umidade absoluta do ambiente condicionado, [𝑘 𝑔á𝑔𝑢𝑎 ⁄𝑘 𝑔𝑎𝑟 ].
𝑄´𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑉´𝑖𝑛𝑠 = [𝜌 ] , (26)
𝑎𝑟 ×(ℎ𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 −ℎ𝑖𝑛𝑠𝑢𝑓𝑙𝑎çã𝑜 )
onde:
44
𝐹
𝑉´𝑖𝑛𝑠,𝑝𝑒𝑟𝑑 = 𝑉´𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑠 × (1 − 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 ), (27)
100
𝑄
𝑉´𝑖𝑛𝑠 = [ 𝑄𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 ] × 𝑉´𝑖𝑛𝑠,𝑝𝑒𝑟𝑑 , (28)
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎
onde:
𝑉´𝑖𝑛𝑠,𝑝𝑒𝑟𝑑 é a vazão ar necessária para vencer as perdas de calor nos dutos;
𝐹𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎 fator de perdas de calor dos dutos, em percentual.
Sendo que 𝜔𝐴𝐷𝑃 é a umidade absoluta na TPO. O BF pode ser definido como
sendo:
𝑇𝑠,𝑠𝑒𝑟𝑝 −𝑇𝑃𝑂
𝐵𝐹 = 𝑇 . (33)
𝑒,𝑠𝑒𝑟𝑝 −𝑇𝑃𝑂
´
´ 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑉𝑖𝑛𝑠 ×∆𝑃
𝑊 , (35)
36700×𝜂
onde:
∆𝑃 é pressão estática total do ventilador em Pascal;
𝜂 é a eficiência do ventilador.
𝑄´
𝑉´á𝑔𝑢𝑎 = 𝜌 𝑝𝑖𝑐𝑜𝑑𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎 , (36)
×𝑐
á𝑔𝑢𝑎 ×∆𝑇
𝑝,á𝑔𝑢𝑎 á𝑔𝑢𝑎
onde:
𝜌á𝑔𝑢𝑎 é a massa específica da água, [kg/m³];
𝑐𝑝,á𝑔𝑢𝑎 é o calor específico da água, [kJ/kg.°C];
∆𝑇á𝑔𝑢𝑎 é a variação de temperatura da água, [°C].
onde:
𝑉´𝑎𝑟𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 : vazão de ar externo em [m³/h];
𝐴𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 : área do ambiente em [m²];
𝐹𝑎𝑟𝑒𝑎 : fator de área definido pela norma, em [L/s.m²];
𝑁𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 : número de pessoas no ambiente.
𝐹𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 : fator por pessoas definido pela norma, em [L/s.pessoas].
onde:
𝑉´𝑎𝑟𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 : vazão de ar externo em [m³/h];
𝑁𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 : número de pessoas no ambiente;
𝐹𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 : fator por pessoas definido pela resolução, em [m³/h.pessoas].
onde:
𝑉´𝑛°𝑑𝑒𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑠𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜 é a vazão de ar mínima decorrente do número de trocas estipulado,
em metros cúbicos por segundo;
𝑁𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑠 é o número de trocas mínimo por hora para o referido ambiente;
𝑉𝑜𝑙 é o volume do ambiente em metros cúbicos.
48
3. METODOLOGIA
1 Treinamento 1 32,50 38
2 Treinamento 2 42,10 45
3 Casa de Máquina 7,00 -
4 Treinamento 3 31,20 30
5 Gerente 1 8,25 2
6 Testes 1 12,20 7
7 Diretor 8,80 2
8 Gerente 2 7,66 1
9 Testes 2 27,70 12
10 RH e Atendimento 30,80 10
11 Espera 23,80 20
12 Arquivo 11,60 -
13 T.I. 7,40 1
14 Data Center 10,87 -
15 Corredor 57,40 -
52
Ocupação
100
90
80
70
Porcentagem
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário
Iluminação
100
90
80
70
Porcentagem
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário
Equipamentos
120
100
80
Porcetagem
60
40
20
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário
4. RESULTADOS
90,0
85,0
80,0
75,0
Locais
Frequência 0.4%
105,0 104,0
Galeão
100,0 97,8
Santos Dumont
Carga Termica [kW]
95,9
94,8
95,0 92,7 92,5 Forte de Copacabana
91,7
São Cristóvão
90,0
86,1 Ecológica Agrícola
Frequência 0,4%
40 105,0
38
36 100,0
Carga Termica[kW]
Temperatura [°C]
34
32 95,0
30
28 90,0
26
24 85,0
22
20 80,0
Locais
Frequência 1.0%
99,2
100,0
Galeão
94,5
95,0 Santos Dumont
Carga Termica [kW]
91,8
90,8 91,0 Forte de Copacabana
89,2 88,9
90,0
São Cristóvão
Ecológica Agrícola
85,0
82,5 Afonsos
81,4
Frequência 1,0%
38 105,0
36
Carga Termica[kW]
Temperatura [°C]
34 100,0
32
95,0
30
28
90,0
26
24 85,0
22
20 80,0
Locais
Frequência 1.0% TBS Frequência 1.0% TBUc Frequência 1.0% Carga Termica
Frequência 2.0%
104,8
105,0
100,0 Galeão
96,2
Carga Termica [kW]
Santos Dumont
95,0 Forte de Copacabana
92,5
91,1
90,0 São Cristóvão
90,0 87,7 Ecológica Agrícola
84,3 Afonsos
85,0
80,8 Santa Cruz
79,2
80,0 Marambaia
Vila Militar
75,0
Locais
Frequência 2,0%
36 105,0
34
Carga Termica[kW]
100,0
Temperatura [°C]
32
95,0
30
28 90,0
26
85,0
24
80,0
22
20 75,0
Locais
Frequência 2.0% TBS Frequência 2.0% TBUc Frequência 2.0% Carga Termica
As cargas térmicas obtidas para a Vila Militar ficaram 20,1% e 15% inferiores,
respectivamente, às dos aeroportos Antônio Carlos Jobim e Santos Dumont para a
frequência de 0,4%. Esta tendência se repetiu para os demais níveis de frequência.
Além da TBS, também devemos analisar a TBU, pois exerce grande influência
no controle da umidade e no cálculo da carga térmica. As estações meteorológicas da
Vila Militar e do aeroporto dos Afonsos são bem próximas entre si. A diferença na TBS
é zero para a frequência de 0,4% e chega a um pouco menos do que 0,6% para a
frequência de 2,0%. Já a TBU varia de 6,0% até 6,8%. A carga térmica de resfriamento
variou de 11,3% até 11,7% entre estas 2 estações.
A estação Ecológica Agrícola está localizada em uma área considerada como
rural. Ela apresentou valores de cargas térmicas maiores que algumas áreas
consideradas urbanas do município do Rio de Janeiro. Isto provavelmente se deve a
um microclima mais seco nestas localidades.
Para o nível de frequência de 0,4%, a carga térmica para o Forte de Copacabana
apresentou o terceiro maior valor, mesmo tendo o menor valor de TBS, em
comparação com as outras estações meteorológicas. Por outro lado, o Forte de
Copacabana apresenta a segunda maior TBUc, o que confirma uma forte influência
da TBUc no valor da carga térmica para resfriamento.
64
7,0
kW
2,0
-3,0
-8,0
Locais
Frequência 99,6%
16,0
14,1
14,0 13
Afonsos
12,0 10,9
9,7 Vila Militar
10,0 8,7
Carga Térmica[kW]
Santa Cruz
8,0 6,9
Marambaia
6,0
Ecológica Agrícola
3,6
4,0
1,9 Galeão
2,0
Santos Dumont
0,0
São Cristóvão
-2,0
Forte de Copacabana
-4,0
Locais -3,8
Frequência 99,6%
17
14,0
Carga Termica[kW]
Temperatura [°C]
16 12,0
10,0
15 8,0
14 6,0
4,0
13 2,0
12 0,0
-2,0
11 -4,0
Locais
Frequência 99,6% TBS Frequência 99,6% TBUc Frequência 99,6% Carga Termica
Frequência 99,0%
12,0 10,9
10,0 8,8 Afonsos
8,0 6,3 Vila Militar
Carga Térmica [kW]
6,0
4,1 3,9 4,3 Santa Cruz
4,0
Marambaia
2,0
Ecológica Agrícola
0,0
-0,3 Galeão
-2,0
-4,0
Santos Dumont
Frequência de 99,0%
18
10,0
Carga Termica[kW]
17 8,0
Temperatura [°C]
6,0
16 4,0
15 2,0
0,0
14 -2,0
-4,0
13
-6,0
12 -8,0
Locais
Frequência 99,0% TBS Frequência 99,0% TBUc Frequência 99,0% Carga Termica
∆𝑇𝑚𝑑
13
12
11
10
9
8
7
6
5
5. CONCLUSÕES
Trabalhos futuros poderão abranger períodos mais longos e incluir períodos mais
recentes para que possa ser avaliada a evolução temporal dos dados climáticos.
Dados das estações meteorológicas próximas às analisadas ou outras
localizadas na região metropolitana do Rio de Janeiro poderão ser incluídos para
refinar a malha espacial dos dados para o projeto.
Outro tema para estudo seria a construção de anos meteorológicos típicos
(TMY) para uma análise do desempenho energético e econômico anual do sistema
de ar condicionado. Com estes dados, diversas configurações do sistema de AVAC
poderiam ser testadas na busca do arranjo mais econômico.
Este estudo poderá ser refeito utilizando dados meteorológicos obtidos por
sensoriamento remoto em substituição ao uso das estações meteorológicas,
proporcionando assim uma distribuição espacial contínua dos dados de projeto na
região de estudo.
Os regimes dos ventos devem ser incluídos em trabalhos futuros e os resultados
assim gerados poderão ser comparados com aqueles aqui produzidos.
Finalmente, métodos de processamento de dados climáticos distintos daqueles
recomendados pela ASHRAE poderão ser adotados.
70
REFERÊNCIAS
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75
Tabela 20 – Telhado
Cobertura com Telha
Detalhes da parede
Cor da Superfície Média
Externa
Absortividade 0,675
Coeficiente global U 0,487 W/m².K
Detalhes das camadas da parede
Camadas Espessura Massa Calor Coeficiente Peso
Específica Específico R Específico
mm kg/m³ kJ/(kg.K) (m².K)/W kg/m²
Forro Modular 30,000 2200,0 0,84 0,03160 66
Espaço de ar 600,000 0,0 0,00 0,21000 0,0
Concreto 100,000 1800,0 1,00 0,11430 360
Espaço de ar 100,000 0,0 0,00 0,21000 0
Telha metálica 2,000 2700,0 0,88 0,00001 2,7
Poliuretano 40,000 40 1,00 1,33333 1,6
Telha metálica 2,000 2700,0 0,88 0,00001 2,7
Totais 874,000 - 2,05000 253,0