Brun Ensino de Pronúncia
Brun Ensino de Pronúncia
Brun Ensino de Pronúncia
Adelina Castelo
[email protected]
Instituto Politécnico de Macau
Centro de Linguística da Universidade de Lisboa
1 A autora agradece os comentários e sugestões de dois revisores anónimos, que muito contribuíram para a
geira, (iii) exemplifica-se a utilização dessa síntese através de uma sequência didática para
ensinar a distinção de altura de vogal no PE a aprendentes estrangeiros com o nível de
proficiência A2 definido pelo Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. A
síntese obtida, que visa orientar e facilitar o trabalho dos professores, inclui os principais
elementos a conter numa sequência didática completa que procure ensinar a componente
fonético-fonológica: input e respetivas características; output, com avanço progressivo de
fala controlada para fala espontânea em situações comunicativas; avaliação dos resultados
do ensino; ideias gerais a empregar numa abordagem integrativa do ensino da pronúncia.
1. Introdução
Uma das dificuldades que os estudantes estrangeiros encontram na apren-
dizagem da pronúncia do Português Europeu (PE) consiste na distinção de
altura de vogal. De facto, existem já informações, de naturezas diversas (e.g.
dados empíricos de erros na produção oral e escrita, relatos de experiência
docente, conclusões de análise contrastiva de duas línguas), que suportam
a ideia de que este aspeto da pronúncia portuguesa é problemático para
aprendentes com diferentes línguas maternas. Por exemplo, Wang (1991),
com base na sua experiência de ensino de Português como Língua Estran-
geira (PLE) a aprendentes chineses, refere a existência de confusões nas
vogais [e] vs. [Ɛ] e [o] vs. [ɔ], vogais médias e baixas. Além disso, um estudo
baseado em recolhas de erros orais e escritos de aprendentes chineses no
COPLE2 (corpus2 apresentado em Antunes et al., 2016) mostra dificuldades
acentuadas no domínio da altura de vogal: o uso de uma altura de vogal
incorreta é detetado em 75% dos erros orais e em 62% dos erros escritos
(Castelo e Santos, 2016). Outros dados sugerem também a existência de
dificuldades no domínio desta distinção por parte de falantes nativos de
russo e de espanhol: Head e Semënova-Head (2010) identificam, com base
em observações diretas, uma tendência para os falantes de russo usarem [e]
2 O COPLE2, Corpus de Português Língua Estrangeira/Língua Segunda, consiste num learner corpus que está
a ser constituído por três entidades: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa (ICLP); Centro de Avaliação de Portu-
guês Língua Estrangeira da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (CAPLE-FLUL); Centro de Linguística da
Universidade de Lisboa. Este corpus inclui textos orais e escritos de aprendentes de Português Língua Estrangeira e
Língua Segunda que são falantes nativos de diversas línguas maternas, apresentam diferentes níveis de proficiência
linguística em PLE2, e são alunos do ICLP ou examinandos do CAPLE-FLUL. Tal learner corpus pretende constituir
um suporte para a realização de variadas tarefas, tais como: investigação sobre a aquisição de PLE2, construção de
materiais didáticos para diferentes públicos-alvo, formação de professores.
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3 Convém, no entanto, fazer duas ressalvas: (i) Soeiro (2010) não encontrou exemplos de erros associados à
não distinção entre vogais médias e baixas na breve recolha de produção oral espontânea que realizou; (ii) nem
sempre os sons não existentes na língua materna são os mais difíceis de adquirir numa língua não materna, de
acordo com várias propostas teóricas (e.g., segundo o modelo de Flege (1995), a probabilidade de formação de
uma nova categoria fonética para um som da língua não materna inexistente na língua materna aumenta quanto
maior for a distância percetiva entre ele e o som da língua materna mais próximo).
4 Na linha do que é feito na literatura de Aquisição de Língua Segunda, utilizaremos as expressões ‘língua
segunda’/‘L2’ e ‘língua estrangeira’ para referir qualquer língua não materna, sem estabelecer a distinção entre língua
estrangeira e língua segunda considerada em algumas propostas (e.g. Leiria, 2004). Além disso, usaremos também
a abreviatura ‘L1’ para designar a língua materna.
5 Convém também sublinhar que atualmente existem alguns professores de PLE que precisam de um apoio
mais forte por parte dos outros professores e investigadores, tal como acontece, por exemplo, na República Popular
da China. De facto, nos últimos anos o interesse pela aprendizagem do PLE tem apresentado uma grande expansão
neste país, sendo já mais de 2000 os alunos que estudam esta língua como disciplina curricular ou opcional nas
universidades, em cada ano letivo (cf. André 2016). Como este crescimento do número de alunos é muito recente,
são sentidos problemas como a carência de (i) professores qualificados e experientes em número suficiente para
dar resposta à procura e (ii) materiais didáticos adaptados a este grupo de aprendentes com necessidades próprias
(cf. André 2016).
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mais detalhadas e discussão de determinadas propostas divergentes, consulte-se, por exemplo, Mateus e Andrade
(2000) e Castelo (2012).
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Altura alta i ɨ u
de Vogal média e ɐ o
baixa ɛ a ɔ
palatal central velar
recuada, recuada,
não recuada
não arredondada arredondada
Ponto de Articulação de Vogal
[i] silo ['silu] [ɨ] me [mɨ] pegar [pɨ'gaɾ] [u] bula ['bulɐ]
[e] selo ['selu] [ɐ] ma [mɐ] telha ['tɐʎɐ] [o] bola ['bolɐ]
mama ['mɐmɐ] pagar [pɐ'gaɾ]
[ɛ] selo ['sɛlu] [a] má ['ma] talha ['taʎɐ] [ɔ] bola ['bɔlɐ]
mala ['malɐ] mola ['mɔlɐ]
esta proposta diverge da de Frege (1995) sobretudo por considerar (i) que
a informação percecionada é constituída não por propriedades acústico-
-fonéticas mas por gestos articulatórios, que originam “higher-order articu-
latory invariants” (p. 25) (e não as representações mentais designadas por
categorias fonéticas em Frege, 1995) e (ii) que tanto o nível fonético como
o fonológico interagem na aprendizagem da fala em L2. Além disso, estes
autores procuram explicar o nível de sucesso na aprendizagem de contrastes
de L2 inexistentes em L1 de forma bastante detalhada. Por exemplo, quando
duas categorias fonológicas da L2 são percecionadas como equivalentes a
uma única categoria da L1 mas uma delas é considerada um exemplar mais
correto, então é provável que haja uma boa discriminação das duas catego-
rias, se forme uma nova categoria para o som de L2 que é considerado um
exemplar menos correto, e ocorra uma assimilação (em vez de formação
de nova categoria fonológica) entre o som de L2 considerado um exemplar
mais correto e o som de L1 que é semelhante.
As duas propostas apresentadas, do âmbito da ALS, sublinham, pois, a
importância da perceção, influenciada pela componente fonético-fonológica
da L1, para a formação de novas categorias fonéticas ou fonológicas, que
serão responsáveis não só pela perceção, como também pela produção dos
sons e contrastes da L2. Considerando estas informações sob uma perspe-
tiva didática, será, pois, fundamental trabalhar a discriminação dos sons e
contrastes da L2 para garantir que os aprendentes estabelecem as categorias
necessárias para a perceção e produção dos segmentos-alvo, da L2.
A proposta de Grant (2014) sublinha igualmente vários aspetos a trabalhar
no âmbito do ensino da componente fonético-fonológica. De acordo com
esta autora, o ensino e a aprendizagem da pronúncia devem contemplar
quatro níveis: o percetivo, o motor ou físico, o cognitivo e o psicossocial.
O trabalho no nível percetivo deve incluir tarefas percetivas focalizadas em
segmentos e contrastes que não existem na L1. Para trabalhar o nível motor
ou físico, é preciso fornecer descrições da articulação de padrões sonoros
não existentes na L1, bem como garantir prática intensiva da mesma. O
nível cognitivo refere-se ao facto de, mais do que aprender a distinguir ou a
produzir determinados sons, a aquisição de uma fonologia de L2 implicar a
reorganização do sistema fonológico, com a consequente criação de novas
categorias percetivas que constituirão a base para a articulação de sons ine-
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deve melhorar (e.g. Derwin e Munro, 2014) e para que o professor conheça
os progressos alcançados e possa traçar objetivos realistas e relevantes para
as aprendizagens fonético-fonológicas futuras (e.g. Derwin e Munro, 2005).
Todo este ensino deve ser realizado seguindo, principalmente, uma abor-
dagem integrativa, que compagina as estratégias implícitas e as explícitas
para trabalhar os níveis percetivo, motor e cognitivo, bem como fomenta
a motivação e a autonomia no âmbito do nível psicossocial. O ensino da
pronúncia deve abarcar quatro níveis essenciais: o percetivo (respeitante
à discriminação auditiva), o motor (relativo aos aspetos articulatórios), o
cognitivo (associado à construção de representações mentais para as pro-
priedades fonético-fonológicas da L2) e o psicossocial (ligado, sobretudo,
às motivações pessoais, sociais e profissionais do aprendente) (Grant, 2014;
vide supra). No âmbito do nível cognitivo, além das representações mentais
que permitem um melhor domínio percetivo e motor (propostas por Grant,
2014), podem ser incluídos os conhecimentos explícitos, declarativos que
facilitam o desenvolvimento de todos os outros domínios. Para concretizar
o ensino dos níveis percetivo, motor e cognitivo, podem ser usadas estraté-
gias implícitas (de abordagem intuitiva-imitativa; e.g. Hashemian e Fadaei,
2011; vide supra), tais como a discriminação e a repetição de sons, palavras
e frases ouvidas ou a produção de diálogos curtos e com as propriedades
fonético-fonológicas relevantes, ou estratégias explícitas (de abordagem
analítica-linguística; Hashemian e Fadaei, 2011; vide supra), tais como o
recurso à transcrição fonética e a explicações detalhadas do funcionamento
de determinada propriedade. No entanto, a abordagem mais frutífera será
a integrativa, na medida em que combina os benefícios das restantes (e.g.
Hashemian e Fadaei, 2011; vide supra). Quanto ao nível psicossocial,
também se poderá associar à questão da motivação (explicitada por Grant,
2014) outros aspetos como a autonomia e os fatores afetivos. Assim, será
importante o ensino da componente fonético-fonológica procurar alcançar,
pelo menos, os seguintes objetivos: motivar o aprendente para a sua apren-
dizagem, que deve assumir como uma tarefa própria (e.g. Wei, 2006); pro-
mover no aprendente a autonomia para procurar melhorar a sua pronúncia
(e.g. Kruk e Pawlak, 2014). Por exemplo, a descoberta da importância de
determinada propriedade fonético-fonológica através da audição e repetição
de pares mínimos e da explicitação do fenómeno em causa constituirá um
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2. Agora vamos conhecer um poema de Matilde Rosa Araújo sobre futebol. Chama-se “Golo”.
2.1. Leiam, silenciosamente, o poema.
Os meninos
Que jogam à bola na minha rua
Jogam com o Sol
E os pés dos meninos
São pés de alegria e de vento
A baliza uma nuvem tonta
À toa
Na luz do dia
E eu olho os meninos e a bola
Que voa
E ouço os meninos gritar: Go…o…lo!...
E não há perder nem ganhar
Só perde quem os olhos dos meninos
Não puder olhar
Matilde Rosa Araújo, Mistérios. Lisboa, Livros Horizonte, 1988
sobre o tema, fornecer um primeiro contacto com input relevante para o aspeto
da pronúncia a ensinar (cf. necessidade de recorrer a palavras como futebol e
bola, que incluem alguns exemplos das vogais a trabalhar na sequência didática).
De seguida, tal como defendido na síntese da Figura 1, a sequência
didática apresenta input rico nos segmentos-alvo (cf. exercício 2). A escolha
de um poema deve-se ao facto de este constituir um input autêntico (não
foi construído especificamente com fins didáticos) e motivante (pelo facto
de pertencer ao modo lírico e jogar precisamente com as sonoridades dos
segmentos-alvo). Depois de ouvirem uma leitura em voz alta, próxima da
declamação, por parte do professor e os esclarecimentos sobre vocabulário
novo, são colocadas questões orais que poderão fomentar uma maior com-
preensão do poema e uma maior adesão pessoal ao mesmo.
golo jogam
8 Recorda-se que esta variedade tem sido considerada o padrão do PE (cf. Cunha e Cintra, 1984) e que, numa fase
inicial e de ensino da componente fonético-fonológica, será conveniente não introduzir demasiada variação dialetal.
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exercício deve ser corrigido de imediato após a sua realização, para que se
possa prosseguir com mais conhecimentos para as tarefas seguintes.
3.4. Ouçam o professor e repitam a articulação isolada das vogais [ɔ], [o] e [u].
3.5. Qual é a diferença na articulação das três vogais?
3.6. É importante fazer bem essa diferença na articulação? Porquê?
3.7. Agora vamos observar qual é a ortografia mais frequente dessas vogais. Ouçam as pala-
vras e sublinhem as letras que representam cada uma das vogais.
ortografias e exemplos
Som de tu [u] Som de boca [o] Som de nove [ɔ]
___ (ex. ________)
___ (ex. luvas) ___ (ex. ________)
sílaba tónica ___ (ex. ________)
___ (ex. último) ___ (ex. avó)
___ (ex. louro)
___ (ex. futebol) pouco frequente,
sílaba átona ___ (ex. ________)
___ (ex. jogar) casos de exceção
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vez, opta-se pela correção imediata nas tarefas (de perceção e produção),
para que o feedback esteja mais próximo da situação de aprendizagem e
se progrida de forma mais segura.
Bola Bôla
Forma Forma
Eu jogo O jogo
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I. II.
a) ¨ ¨
b) ¨ ¨
1 2 3 4
5 6 7 8
9 10 11 12
Com este jogo, pretende-se dar mais uma oportunidade de praticar a pro-
dução (por parte de quem descreve a imagem) e a discriminação (por parte
de quem a identifica), recorrendo-se a um output já menos controlado e com
as frases como unidades de prática (note-se que, para ganhar um ponto pela
identificação de uma imagem, o aluno A terá de produzir uma ou mais fra-
ses). As imagens escolhidas representam realidades cuja designação inclui os
segmentos-alvo (e.g. bola roxa, olhos castanhos, olho, forma na cozinha, sol
amarelo e nuvens…). Tendo muitas destas palavras sido aprendidas no decurso
da sequência didática, a sua inclusão no jogo também permite a sua revisão.
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Cartão do aluno A
Cartão do aluno B
7. A
pares, por meio de um diálogo gravado no vosso telemóvel, elaborem o programa de um
fim de semana desportivo para os dois.
7.1. Primeiro, devem conhecer as preferências desportivas de cada um.
7.2. No final, decidem o que querem e preenchem o programa do fim de semana.
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7.3. P
or email, o professor recolhe as gravações para avaliar o desempenho dos alunos nas
vogais relevantes.
5. Considerações finais
Este trabalho, realizado no âmbito da Linguística Educacional, apre-
senta uma descrição sumária do sistema de vogais orais do PE, sistematiza
informação existente na literatura para propor uma síntese orientadora da
construção de materiais didáticos para o ensino da componente fonético-
-fonológica numa língua não materna e exemplifica a utilização dessa síntese
através de uma sequência didática para praticar a perceção e a produção da
altura das vogais arredondadas no PE. Desta forma, procura-se responder
às necessidades dos professores de Português Língua Estrangeira, aplicando
conhecimentos alcançados no domínio da Fonologia, da Aquisição de Língua
Segunda e da Didática de Língua Estrangeira na tentativa de resolução de
um problema educacional.
Embora tenha sido realizada a partir de trabalhos frequentemente basea-
dos em dados empíricos, esta síntese poderá ser validada e melhorada no
futuro. Por exemplo, a síntese agora proposta, com base em sistematização da
literatura e reflexão pessoal, poderá ser validada através (i) da verificação da
adequação a diferentes contextos pedagógicos de materiais cuja construção
tenha sido orientada pelos princípios da síntese ou (ii) da análise da síntese
por parte de professores experientes na construção de materiais didáticos e
no ensino de PLE. Outra tarefa a realizar em termos de investigação futura
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