Atividade 4 CLC UC4 DR3
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Atividade n.º 4
Texto de opinião
Apesar de não possuir uma estrutura rígida e fixa, podemos considerar alguns momentos-chave no
desenvolvimento de um texto de opinião.
Título_ Muitas vezes antecipa a opinião do autor ou o assunto que está a ser considerado.
Introdução_ Identificação do assunto/tema, algumas vezes sob a forma de pergunta.
Desenvolvimento
Análise do tema
Apresentação de informação pertinente sobre o assunto.
Tomada de posição: o autor apresenta os seus pontos de vista e afirma claramente a sua opinião.
Tomar posição é não ser neutro face a uma realidade, mas estar a favor ou contra alguma coisa.
Argumentação: conjunto de razões apresentadas pelo autor para sustentar a sua posição pessoal e
atingir o seu objetivo.
Conclusão_ No fim do seu trabalho, o autor resume a sua argumentação e demonstra de que forma esta
justifica a sua tomada de posição.
1. Num texto de opinião, expomos os nossos pontos de vista pessoais sobre um determinado assunto.
Por isso mesmo, neste tipo de texto predominam as marcas de 1.ª pessoa.
1.1.Assinale, no texto de opinião de Epifânio da França, as marcas de 1.ª pessoa.
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Apesar da modéstia dos objetivos, entusiasmo-me com a visão de um país mais moderno e
empreendedor, mais inovador e competitivo, mais tecnologicamente evoluído, a desenvolver-se
economicamente mais depressa que os seus rivais e já claramente acima das outrora distantes 'médias
europeias’. (...)
José Epifânio da Franca. Expresso. 10 de Dez. 2007. Lisboa.
2. Complete o texto que se segue, colocando as palavras em itálico nos locais corretos.
O texto de opinião, tal como próprio nome indica, é uma exposição que exprime os pontos de vista
____________________ de alguém sobre determinado assunto. Por essa razão, predominam as
___________________ sobre os factos e marcas de ____________________.
O objetivo do autor é fazer uma análise acerca do objeto da sua ____________________ e demonstrar
ao leitor o valor da sua opinião através da ____________________ dos seus pontos de vista, da
enunciação de argumentos e, por vezes, de citações de ____________________.
A sua publicação na imprensa não ocorre de forma regular.
3. Leia o texto 2.
Texto 2_ Emigração
Os portugueses estão de novo a emigrar, cada vez em maior número, para escapar ao
desemprego e degradação das condições de vida que se têm vindo a acentuar nos últimos tempos no
nosso país. E, agora, não são apenas agricultores analfabetos que partem à procura de melhores
condições de vida – são também jovens licenciados e empresários que não conseguem obter emprego
ou alcançar sucesso empresarial.
Partem aos milhares, agora com destino preferencial para Angola, Espanha, Andorra, Suíça, Brasil
e Reino Unido. Também a emigração temporária tem vindo a aumentar consideravelmente, sobretudo
junto das populações raianas. O crescimento da emigração tem contribuído para deturpar os
verdadeiros índices do desemprego cujos números divulgados já ultrapassaram largamente meio
milhão de desempregados. De resto, também o Instituto Nacional de Estatística não revela dados
relativos à emigração de portugueses.
A par da emigração, Portugal tem vindo também a registar uma forte imigração de pessoas
oriundas sobretudo do Brasil e de países africanos e asiáticos e ainda, embora em número bem mais
reduzido, de cidadãos europeus que escolhem Portugal para melhor usufruir dos rendimentos de uma
aposentação num país de clima ameno e acolhedor.
As políticas seguidas têm levado à estagnação demográfica e a um acentuado despovoamento do
interior que vem justificar o encerramento contínuo de escolas, hospitais e serviços de saúde e
entregando os cuidados nesta área à responsabilidade do país vizinho. Os terrenos são deixados
incultos à espera de quem, a pretexto do turismo rural, lhes demarque couto e transforme povoações
inteiras em domínio privado. As obras da barragem do Alqueva apenas ficaram concluídas quando
praticamente já não havia alentejanos a viver em redor…
ANO LETIVO 2022/2023
Curso de Educação e Formação de Adultos
EFA Secundário
Portaria n.º74/2011 de 30 de junho
Código do estabelecimento de ensino 3108-203
Para o emigrante, o tempo para no mesmo instante que deixa a sua terra. Consigo leva a
lembrança de um tempo que jamais poderá reviver e parte para outra realidade que, por mais bem
sucedida que seja a sua adaptação ao novo meio social, nunca se integrará realmente. E, quando
regressa, constata que já nada se assemelha àquilo que existia à altura da sua partida. O emigrante
viaja num tempo intermédio que não decorre e não se situa mais no espaço físico.
Em Champigny-sur-Marne, nos arredores de Paris, a Rádio Alfa assegura emissões diárias para a
comunidade portuguesa aí residente, transmitindo-lhes informação e música portuguesa que ajuda os
nossos emigrantes a manter os laços com Portugal. É um exemplo que se multiplica por todos os países
onde existem comunidades portuguesas. O mesmo sucede com a formação de grupos folclóricos e
casas regionais que procuram preservar as suas tradições. Apesar de não estarem já inseridos no seu
contexto natural, ou seja, o meio rural, a sua ação é importante e justificada na medida que não é o
espaço físico mas as pessoas que são dotadas de identidade cultural. O mesmo se verifica em relação
àqueles que migram dentro do próprio país, mormente para os grandes centros urbanos.
A emigração forçada constitui um flagelo social das sociedades menos desenvolvidas ou a viver
em sérias dificuldades, resultante de catástrofes económicas geralmente produzidas em consequência
de políticas que não têm em conta o ser humano. Mas também em virtude de acidentes da natureza
como se verificou nos finais do século XIX quando a praga da filoxera forçou o despovoamento das
terras durienses. Agora, designam de a emigração pelo eufemismo “livre circulação de mão-de-obra”
como se alguém que é forçado a partir para um meio estranho e a deixar os seus familiares e amigos,
apenas porque na sua terra não consegue obter meios de sobrevivência e vida digna, o fizesse de forma
realmente livre. A emigração em massa representa uma forma de escravatura do capitalismo e de
desenraizamento cultural dos povos e perda de identidade das nações.
Bom trabalho!
Prof.ª Graça Santos
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