DIREITO DOS CONTRATOS II - Casos Práticos
DIREITO DOS CONTRATOS II - Casos Práticos
DIREITO DOS CONTRATOS II - Casos Práticos
º Semestre
Ano letivo 2021/2022
Caso 1
Quid iuris?
Caso 2
Abel e Bruna celebram um contrato-promessa de mandato, nos termos do qual Abel pretende
que Bruna, futura mandatária, administre todo o seu património.
Quid iuris?
Caso 3
António está cansado da pandemia COVID-19. Tendo recebido o seu certificado digital,
decidiu que iria aproveitar o ar puro, longe de casa. Como acampar não era para António,
combinou com a sua amiga Beatriz que esta ficaria encarregue de comprar uma autocaravana.
Para além disso, decidido a não regressar a Lisboa tão cedo, pediu a Beatriz que vendesse
uma das suas casas ao à sua vizinha Camila, que tinha confessado a António estar à procura
de casa. António disse a Beatriz para atuar em nome próprio.
Para além disso, António estava convicto de que a venda da casa demoraria a concluir-se, e,
por se tratar de um favor de Beatriz, não tencionava pressionar a amiga com este assunto.
Como tal, contratou a equipa de mudanças para o final do mês de dezembro de 2021.
Beatriz é advogada e, como estava sem trabalho, decidiu “pôr mãos à obra” de imediato.
Beatriz tratou imediatamente da compra da autocaravana e, dois dias volvidos, celebrou com
Camila um contrato-promessa, nos termos do qual a escritura seria celebrada na semana
seguinte.
Concluída que estava a venda da casa, Beatriz contacta António para solicitar o pagamento
de honorários no valor de €25.000,00 (vinte e cinco mil euros). Beatriz refere também que
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António tem um dia para “libertar” a casa e que, se não pagar os serviços de Beatriz, ficará
com o produto da venda para si.
Quid iuris?
Caso 4
Américo está decidido a emigrar. Como tal, acorda com o seu amigo Bruno que o mesmo se
encarregaria de arrendar o seu apartamento por um período mínimo de um ano, bem como de
tomar conta de “Flausina”, a sua coelha de estimação.
Sucede, porém, que nem Bruno paga os serviços por si contratados em nome de Américo,
nem Deodato lhe paga qualquer renda, forçando Américo a contactá-lo a si, ilustre jurista,
para obtenção de uma opinião que não constitua crime de procuradoria ilícita.
Quid iuris?
Caso 5
Anabela contacta-o para pedir ajuda numa questão jurídica. Na semana passada, Anabela foi
às compras ao Colombo e estacionou o seu carro no parque de estacionamento do centro
comercial. Quando regressou ao parque, já cansadíssima de procurar o seu carro, percebeu
que o carro teria sido furtado. Anabela entende que a entidade gestora do parque deverá ser
responsabilizada pelo furto.
Caso 6
António é colecionador de quadros, tendo mais de 100 em exposição na sua casa. Quando a
empresa onde trabalhar solicitou que António fosse um mês de viagem para a Dinamarca,
António ficou muito receoso de deixar as “suas relíquias” em casa tanto tempo sem
companhia. Como tal, combinou com a sua amiga Bianca que esta guardaria a sua coleção. E
assim fez. Mais tarde, António quando regressou, Bianca comunicou a António o furto dos
seus quadros.
Quid iuris?
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Caso 7
André, Beatriz e Catarina são três irmãos que herdaram um relógio rolex. Cansados das
discussões sobre quem “merece ficar com o relógio” decidem entregá-lo à sua tia Fátima. Mais
tarde, quando os irmãos pedem o relógio de volta, Fátima invoca direito de retenção e que
“mais que não seja, tornou-se proprietária passados estes anos”.
Quid iuris?
Caso 8
Caso 9
Quid iuris?
Caso 10
Carlos empresta hoje, sexta-feira, 1.000,00€ (mil euros) a Diogo, combinando ambos que,
como o banco de Carlos se encontra já encerrado, o mesmo lhe entregará o dinheiro na
manhã da segunda-feira seguinte. O fim-de-semana altera, contudo, o estado de espírito de
Carlos, que se recusa, depois, a emprestar a Diogo qualquer quantia.
Caso 11
Álvaro está cheio de dívidas. Como tal, pede ajuda ao seu irmão David, pedindo-lhe um
empréstimo de €10.000,00 (dez mil euros), dando a casa em garantia.
David aceita rapidamente, embora sujeito a uma taxa de 20% (vinte por cento), concordando
com Álvaro que o reembolso seria feito em 6 (seis) prestações.
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Concluíram o negócio com o aperto de mãos que faziam desde infância – era o seu sinal de
compromisso sério. Mais tarde, ainda sem receber o dinheiro da venda da casa, Álvaro
incumpre a quarta prestação acordada com o seu irmão David.
David relembra-o da importância do seu “aperto de mãos” – exige, portanto, a Álvaro que lhe
pague o montante integral até ao final do dia de hoje.
Quid iuris?
Caso 12
Abel explora, em sociedade com mais dois colegas, um consultório médico. Um fornecedor de
equipamento para o consultório, decidiu processar individualmente os três sócios, para obter o
pagamento da transação, dado a sociedade ainda não ter liquidado essa dívida. Para fazer
face à sua parte na dívida, Abel endividou-se junto de uma pessoa amiga, contraindo um
empréstimo de €20 000 (vinte mil euros) à taxa de juro de 10%.
Finalmente, Abel decidiu ajudar o seu sobrinho, assumindo uma dívida que este tinha perante
um terceiro. Ficou por isso muito dececionado quando, algum tempo depois, surpreendeu o
sobrinho a furtar-lhe um valioso relógio de ouro.
1. Os sócios das sociedades civis podem ser pessoalmente demandados pelo pagamento
das dívidas sociais?
3. A sociedade pode ser responsabilizada pela reparação dos danos causados pelo
atropelamento?
Caso 13
António e Bento são amigos de longa data e exploram juntos, em sociedade, uma agência de
viagens local. Em conjunto, desenvolveram o negócio e aproveitaram o “pico do turismo” em
Portugal. As dificuldades começaram em 2020, com a pandemia que abalou o negócio.
António e Bento foram processados por dois fornecedores que não recebiam pagamento há
mais de 3 (três) meses:
i. O fornecedor “A” decidiu processar os dois sócios para liquidação da dívida pela
sociedade. Para fazer face à sua parte na dívida, Bento endividou-se junto de um
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Sabendo que António estava a passar dificuldades, Bento, movido por um particular espírito
natalício, deu a António um conjunto de calças de ganga que tinha recebido do seu pai.
Quid iuris?
Caso 14
Ana é amiga de Bernardo já há muitos anos. Ana está a mudar de casa, pelo que pediu ajuda
do Bernardo para lhe guardar, durante dois meses (i) uma coleção de livros e (ii) um portátil
antigo que tinha, tendo acordado com Bernardo que este podia utilizá-lo durante um mês.
Durante esse mês, Bernardo foi chamado para fazer uma viagem de trabalho e pediu à sua
mãe que ficasse com os bens de Ana.
Passado um mês e meio, Ana pede a Bernardo que lhe devolva os seus bens. Nessa altura,
Ana apercebe-se que o computador portátil está danificado e que falta um livro na sua coleção.
Quid iuris?
Caso 15
António é proprietário de quatro casas espalhadas por belos montes alentejanos que António
costumava utilizar para alojamento local. Com o desenvolvimento da pandemia COVID-19,
António decidiu “desfazer-se” do seu património, pelo que combinou com a sua amiga
Benedita que esta ficaria encarregue de:
i. vender duas casas ao seu vizinho Carlos, já que não queria que Carlos soubesse
quem era o proprietário; e
ii. celebrar um contrato-promessa de doação de uma das casas a favor de uma
instituição de caridade local.
Com a casa que restava, António pretende oferecê-lo a Benedita, estipulando que o contrato
ficaria “sem efeito”, regressando a casa a António caso este viesse a sobreviver a Benedita.
Benedita assim fez. Na manhã seguinte reuniu-se com Carlos e, de seguida, escolheu uma
instituição de caridade local (onde tinha feito voluntariado há uns anos) para celebrar o
contrato-promessa de doação.
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Findo o negócio, Benedita decide telefonar a António (pela primeira vez durante todo o
processo) para lhe solicitar o pagamento de €25.000,00, o que o deixou perplexo. Em resposta,
Benedita diz que se António não lhe pagar, não lhe entregará os documentos constitutivos da
transmissão. Quid iuris?