3-Prazos Processuais

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DIREITO DO TRABALHO

PRAZOS PROCESSUAIS

A) Contagem art. 774 e 775, CLT

Art. 774 – Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se,
conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a
notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o
expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede
da Junta, Juízo ou Tribunal. (Redação dada pela Lei nº 2.244, de 23.6.1954)

Parágrafo único – Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o


destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de
responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao
Tribunal de origem. (Incluído pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão
do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017)

§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes
hipóteses: (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

I – quando o juízo entender necessário; (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

II – em virtude de força maior, devidamente comprovada. (Incluído dada pela Lei nº


13.467, de 2017)

§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos


meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior
efetividade à tutela do direito. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

A – oficial de justiça (ex.: 5 dias)

- exclusão do dia primeiro (começa a contagem a partir do dia ÚTIL subsequente) e


prorrogação do último dia do prazo se cair em um dia que não seja útil, pois o fim do prazo
deve cair sempre em um dia útil. Ou seja, início do prazo = sempre em dia útil. Fim do prazo =
sempre em dia útil.

B – por edital (ex.: 5 dias)

- publicou a parte já tomou ciência

C – por via postal (ex.: 5 dias) -> OBS: súm. 16, TST

Súmula nº 16 do TST

NOTIFICAÇÃO (nova redação) – Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003


Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu
não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do
destinatário.

- Presume -se que a pessoa tomou ciência em 48h (em dias úteis) após a postagem (é postado
nos correios e depois de 48h em dias úteis é presumido que se foi tomada ciência).

D – via PJE (ex.: 5 dias)

- disponível o ato no sistema PJE a parte terá 10 dias corridos (independente se for dia útil ou
não) para visualizar

- o primeiro dos 10 dias é o dia subsequente ao da visualização (útil ou não)

D.1 – via PJE (ex.: 5 dias) se a pessoa não visualizar em nenhum dos dias, acabando o prazo

- dar-se-á por notificado o último dia dos 10 dias do prazo, mesmo não tendo visualizado

FERIADO LOCAL (súmula 385, TST)

Súmula 385, TST

SÚMULA N.º 385 – FERIADO LOCAL. AUSÊNCIA DE EXPEDIENTE FORENSE. PRAZO RECURSAL.
PRORROGAÇÃO. COMPROVAÇÃO. NECESSIDADE. ATO ADMINISTRATIVO DO JUÍZO “A QUO”

I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de


feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal. I

II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de


admissibilidade certificar o expediente nos autos.

III – Na hipótese do inciso II, admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do


recurso, mediante prova documental superveniente, em Agravo Regimental, Agravo de
Instrumento ou Embargos de Declaração.

Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25-9-...

NOTIFICAÇÃO NO SÁBADO (súmula 262, TST)


Súmula 262/TST – 31/10/1986 – Recurso. Prazo judicial. Notificação. Intimação. Sábado. Férias
forenses do TST e recesso forense. CLT, art. 769 e CLT, art. 775. CPC/1973, art. 184. RITST, art.
177, § 1º.

«I – Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil
imediato e a contagem, no subseqüente. (ex-Súmula 262/TST- Res 10/1986, DJ 31/10/86).

II – O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho


suspendem os prazos recursais.»

Res. 194, de 19/05/2014 – DJ 21, 22 e 23/05/2014 (Nova redação ao item II. Seção do Pleno
de 19/05/2014).

Redação anterior : «II – O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal
Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais. (ex-OJ 209/TST-
SDI-I – Inserida em 08/11/2000).»

Res. 129, de 05/04/2005 – DJ 20, 22 e 25/04/2005 (Nova redação a Súmula).

Redação anterior (mantida pelo Pleno do TST – Res. 121, de 28/10/2003): «Súmula 262 –
Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo dar-se-á no primeiro dia útil
imediato e a contagem, no subseqüente.» (Res. 10, de 22/10/86 – DJU de 31/10/86).

- o ato pode ser no sábado

- penhora pode ser o único que pode ser realizado aos domingos, mas só se for autorizado
pelo juiz

RECESSO FORENSE (súmula 262, TST)

Súmula 262/TST – 31/10/1986 – Recurso. Prazo judicial. Notificação. Intimação. Sábado. Férias
forenses do TST e recesso forense. CLT, art. 769 e CLT, art. 775. CPC/1973, art. 184. RITST, art.
177, § 1º.

Res. 194, de 19/05/2014 – DJ 21, 22 e 23/05/2014 (Nova redação ao item II. Seção do Pleno
de 19/05/2014).

Redação anterior : «II – O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal
Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais. (ex-OJ 209/TST-
SDI-I – Inserida em 08/11/2000).»

No recesso forense os prazos são SUSPENDIDOS e não interrompidos

• suspensão – parou em um determinado dia e depois voltou a contar de onde parou

• interrupção – parou e depois voltou a contar do início, a contagem do prazo é reiniciada


LITISCONSÓRCIO (OJ 310, SDI-1, TST)

310. LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§


1º E 2º, DO CPC DE 2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO
TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em
22, 25 e 26.04.2016

Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de
2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é
inerente.

Histórico:

Redação original – DJ 11.08.2003

Nº 310. Litisconsortes. Procuradores distintos. Prazo em dobro. Art. 191 do CPC. Inaplicável ao
processo do trabalho

A regra contida no art. 191 do CPC é inaplicável ao processo do trabalho, em face da sua
incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo trabalhista.

- quando há dois réus no CPC o prazo é em dobro, mas no direito do trabalho não, pois fere ao
princípio da alteridade, então o prazo permanece o mesmo

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