02 Implantacao Pomares
02 Implantacao Pomares
02 Implantacao Pomares
Diniz Fronza
Jonas Janner Hamann
Santa Maria - RS
2014
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Ilustração
Marcel Santos Jacques/CTISM
Ricardo Antunes Machado/CTISM
Diagramação
Cássio Fernandes Lemos/CTISM
Leandro Felipe Aguilar Freitas/CTISM
Tagiane Mai/CTISM
CDU 634.1.047
Apresentação e-Tec Brasil
Prezado estudante,
Bem-vindo a Rede e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional de ensino, que por sua vez constitui uma
das ações do Pronatec – Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo
principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação
Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando cami-
nho de o acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre
a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC) e as instâncias
promotoras de ensino técnico como os Institutos Federais, as Secretarias de
Educação dos Estados, as Universidades, as Escolas e Colégios Tecnológicos
e o Sistema S.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande
diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao
garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da
formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou
economicamente, dos grandes centros.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país,
incentivando os estudantes a concluir o ensino médio e realizar uma formação
e atualização contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação
profissional e o atendimento ao estudante é realizado tanto nas sedes das
instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.
Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional
qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é capaz
de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com
autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social,
familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Agosto de 2014
Nosso contato
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3 e-Tec Brasil
Indicação de ícones
5 e-Tec Brasil
Sumário
Palavra do professor-autor 11
Apresentação da disciplina 13
Projeto instrucional 15
e-Tec Brasil
4.3 Relevo 44
4.4 Posição 45
4.5 Sanidade 45
4.6 Solos 45
e-Tec Brasil
9.9 Irrigação após o plantio 87
9.10 Tutoramento da muda 87
Aula 10 – Irrigação 91
10.1 Importância da irrigação 91
10.2 Métodos de irrigação 92
10.3 Fertirrigação 96
10.4 Drenagem 96
Referências 124
e-Tec Brasil
Palavra do professor-autor
11 e-Tec Brasil
Apresentação da disciplina
Este trabalho tem como objetivo apresentar e discutir a implantação das prin-
cipais culturas frutíferas de clima temperado, subtropical e tropical cultivadas
comercialmente no Brasil, principalmente no RS.
13 e-Tec Brasil
Projeto instrucional
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
Conhecer os principais aspectos a serem Ambiente virtual:
considerados antes de se implantar o pomar. plataforma Moodle.
1. Importância da
Compreender os aspectos a serem Apostila didática. 05
fruticultura
considerados no processo de implantação e Recursos de apoio: links,
condução inicial do pomar. exercícios.
Compreender o que é uma avaliação
climática. Ambiente virtual:
Estudar os principais fatores técnicos de uma plataforma Moodle.
2. Exigências
avaliação climática. Apostila didática. 05
climáticas
Identificar a influência de fatores climáticos Recursos de apoio: links,
no crescimento e desenvolvimento de plantas exercícios.
frutíferas.
Identificar as frutíferas e os potenciais para
Ambiente virtual:
cada região.
plataforma Moodle.
3. Escolha das Conhecer as exigências das espécies
Apostila didática. 05
frutíferas frutíferas.
Recursos de apoio: links,
Correlacionar as características climáticas da
exercícios.
região com as frutíferas em estudo.
Ambiente virtual:
Conhecer as exigências das frutíferas quanto
plataforma Moodle.
a localização do pomar.
4. Escolha do local Apostila didática. 05
Identificar a existência de possíveis
Recursos de apoio: links,
impedimentos ao cultivo de frutíferas.
exercícios.
Definir as principais práticas necessárias para Ambiente virtual:
o preparo da área destinada a implantação plataforma Moodle.
5. Preparo da área do pomar. Apostila didática. 05
Estudar as etapas práticas destinadas ao Recursos de apoio: links,
preparo de uma área para frutíferas. exercícios.
Ambiente virtual:
Estudar os principais parâmetros que
plataforma Moodle.
6. Qualidade das determinam a qualidade de uma muda.
Apostila didática. 05
mudas Desenvolver a habilidade técnica de decisão
Recursos de apoio: links,
para escolha e compra de mudas.
exercícios.
15 e-Tec Brasil
CARGA
OBJETIVOS DE
AULA MATERIAIS HORÁRIA
APRENDIZAGEM
(horas)
Conhecer o conceito e a importância dos
quebra-ventos. Ambiente virtual:
Estudar os fatores que influenciam a plataforma Moodle.
7. Implantação dos
implantação das estruturas que minimizam a Apostila didática. 05
quebra-ventos
ação dos ventos. Recursos de apoio: links,
Identificar as espécies aptas a comporem um exercícios.
quebra-vento.
Ambiente virtual:
Estudar os principais espaçamentos utilizados
plataforma Moodle.
8. Demarcação do na implantação de algumas frutíferas.
Apostila didática. 05
pomar Compreender e saber executar as etapas para
Recursos de apoio: links,
a demarcação de um pomar.
exercícios.
Conhecer e analisar os principais fatores
Ambiente virtual:
técnicos necessários para a implantação de
plataforma Moodle.
9. Implantação do uma cultura perene.
Apostila didática. 05
pomar Estudar a técnica para o plantio de mudas.
Recursos de apoio: links,
Definir as principais etapas no momento da
exercícios.
implantação da cultura.
Esclarecer a importância da irrigação durante Ambiente virtual:
o período de implantação de novos pomares. plataforma Moodle.
10. Irrigação Conhecer e estudar os sistemas de irrigação Apostila didática. 05
mais eficientes e acessíveis ao produtor rural, Recursos de apoio: links,
utilizado em pomares novos. exercícios.
Conhecer os principais manejos a serem Ambiente virtual:
realizados no primeiro ano após a plataforma Moodle.
11. Cuidados nos
implantação do pomar. Apostila didática. 04
primeiros anos
Estudar a importância de cada prática cultural Recursos de apoio: links,
adotada no primeiro ano de implantação. exercícios.
Compreender os conceitos relacionados ao
Ambiente virtual:
12. Aproveitamento cultivo intercalar.
plataforma Moodle.
das áreas Analisar as vantagens do emprego desta
Apostila didática. 03
com culturas técnica.
Recursos de apoio: links,
intercalares Ter estabelecido quais as culturas que podem
exercícios.
ser cultivadas entre as linhas dos pomares.
Conhecer a importância da atualização Ambiente virtual:
13. Treinamento técnica constante. plataforma Moodle.
constante e Ter contato com os benefícios adquiridos Apostila didática. 03
parcerias através da criação de parcerias no Recursos de apoio: links,
empreendimento agrícola. exercícios.
e-Tec Brasil 16
Aula 1 – Importância da fruticultura
Objetivos
g) Maior exigência no padrão das frutas – uma das exigências dos con-
sumidores e do mercado comprador de frutas é de um padrão definido
das frutas. É necessário que as frutas sejam classificadas e identificas em
um padrão definido.
Figura 1.3: Irrigação por gotejamento em goiabeira (a) e fertirrigação na figueira (b)
Fonte: Diniz Fronza
Exemplo
Um produtor de laranja valência teve seus preços reduzidos para 30 % com-
parado ao que recebia anteriormente. Através de uma associação montaram
uma empresa de sucos e vendem para a merenda escolar. Além de se manter
no ramo, aumentou sua receita.
• Formas de apresentação.
Resumo
Nessa aula foi desenvolvido um estudo direcionado à análise da situação atual
da fruticultura, elencando as principais características do setor, onde pode-se
citar a demanda crescente por frutas e hortaliças, mercados regionalizados,
possibilidade de gerar receita todos os meses do ano, adaptado à agricultura
familiar, os preços das frutas são atrativos e novas possibilidades de mecanização.
Atividades de aprendizagem
1. Quais as características da fruticultura atual?
Objetivos
2.2 Temperatura do ar
O desenvolvimento, florescimento e frutificação das frutíferas cultivadas
comercialmente são altamente influenciados pela temperatura. Por exemplo,
o abortamento de flores e frutos em pomares de pessegueiro é observado
quando ocorrem temperaturas superiores a 25ºC durante os meses de julho
e/ou agosto.
2.3 Precipitação
Precipitação excessiva durante o período de florescimento das frutíferas diminui
a taxa de polinização, consequentemente há uma diminuição na produção
das plantas. Em regiões com excessivas precipitações pode ocorrer a lixiviação
de alguns nutrientes dissolvidos na solução do solo.
Uma região apta para a fruticultura deve ter no mínimo uma precipitação
média anual de 1000 mm. Na Figura 2.2 podemos observar a precipitação
média anual para o Estado do Rio Grande do Sul.
Resumo
Essa aula foi direcionada para o estudo das exigências climáticas das principais
frutíferas cultivadas comercialmente. Esse estudo tem grande importância
porque as frutíferas possuem diferentes exigências, tanto é, que são classi-
ficadas em frutíferas de clima temperado, frutíferas de clima subtropical e
frutíferas de clima tropical.
Atividades de aprendizagem
1. Durante o planejamento de um pomar é realizado a avaliação climática
da região. Cite algumas informações relacionadas ao clima que devem
ser pesquisadas.
3. Com base no seu estudo, cite quais os períodos críticos em que a umidade
relativa do ar elevada pode causar prejuízos para a cultura da nogueira-pecã,
pessegueiro, morango e videira.
Objetivos
Figura 3.1: Colheita de noz-pecã (a) e poda da figueira (b). Ambas atividades que
demandam muita mão de obra
Fonte: Diniz Fronza
3.5 Propósito
Na escolha das variedades é importante saber se a produção será para a
indústria, comércio in natura ou para ambos. Algumas variedades não pos-
suem aceitação industrial, ou seja, os derivados não são bem aceitos pelos
consumidores. Como exemplo podemos citar a uva Vênus, é bem precoce,
sendo aceita para consumo in natura, porém os seus derivados têm pouca
aceitação (sucos, vinhos e geleias).
Resumo
O estudo dessa aula foi direcionado para conhecer a importância no momento
da escolha das espécies frutíferas a serem cultivadas. Entre os pontos a serem
observados destacam-se:
Atividades de aprendizagem
1. Qual a importância da mão de obra na escolha das frutíferas?
Objetivos
4.2 Drenagem
O estabelecimento de pomares em áreas com solos compactados ou pouco
profundos causa um desenvolvimento insatisfatório das plantas. Solos bem
drenados e com bom teor de matéria orgânica permitem o bom desenvolvi-
mento da cultura.
Figura 4.2: Camalhões eficientes para drenagem, porém dificultam a entrada de máquinas
Fonte: Diniz Fronza
4.3 Relevo
Na escolha do local de implantação de frutíferas, caso o relevo seja ondulado,
é necessário que se faça patamares para facilitar a mecanização e realização
das atividades diárias no pomar. Na Figura 4.3 é possível observar um pomar
manejado de forma a permitir a mecanização das práticas culturais.
4.4 Posição
O pomar deve ser instalado, sempre que possível voltado para o norte ou para
o leste (sol nascente). Essa posição favorece a maior insolação, aumentando
a fotossíntese e consequentemente a produtividade. Nessa posição as folhas
secam rapidamente pela manhã, reduzindo o aparecimento de pragas e doenças.
4.5 Sanidade
As áreas escolhidas devem ser livres de pragas e doenças. Como exemplo,
se for cultivar videiras não deve ter cochonilha pérola da terra ou espécies
hospedeiras dessa cochonilha e fungo Fusarium x. Caso for cultivar figueiras
e goiabeiras não deve ter nematoides ou culturas hospedeiras dessa praga.
4.6 Solos
O solos devem ser profundos, permeáveis e com bom percentual de matéria
orgânica. Sempre que possível deve-se evitar solos com impedimentos físicos
(ex.: presença de rochas, lençol freático superficial), químico (ex.: camada com
alta concentração de alumínio) e biológico (ex.: pragas e doenças). Caso não
seja possível deve-se analisar os custos para vencer essas barreiras.
Resumo
Vários aspectos técnicos foram abordados nessa aula referentes à escolha do
local a ser destinado a implantação do pomar. Um dos aspectos técnicos a
Estudamos que o relevo deve ser plano ou suave e, quando for inclinado deve-se
fazer patamares antes da implantação das culturas, visando a mecanização.
Atividades de aprendizagem
1. Descreva os principais cuidados na escolha da área de cultivo de frutíferas.
Objetivos
Resumo
Nessa aula foi possível estudar a necessidade de realizar a coleta de solo para
a realização da análise deste solo, antes de iniciar o preparo da área. Um dos
pontos mais importantes na coleta do solo é a profundidade, para frutíferas a
coleta do solo é realizada na camada de 0 a 20 cm, 20 a 40 cm e 40 a 60 cm.
Já o preparo do solo, como abordado na aula, deve ser feito com uma ante-
cedência de 60 a 90 dias, em uma profundidade de 50 a 60 cm. Solos muito
argilosos devem ser no mínimo subsolados e realizado uma gradagem.
Atividades de aprendizagem
1. Para análise de solo em áreas destinadas a fruticultura, qual a profundi-
dade de coleta do solo?
Objetivos
Figura 6.1: Muda de goiabeira sofrendo competição com plantas daninhas (a), ferru-
gem em folha de muda de figueira (b), deficiência hídrica em muda de nogueira-pecã
(c) e ataque de formigas em muda de nogueira-pecã (d)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Figura 6.3: Muda de figueira (a), local denominado de “colo” na planta (b) e colo da
muda com 16 mm (c)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Para mudas obtidas através da enxertia, o diâmetro mínimo deve ser observado
na haste da variedade copa, logo após o local de enxertia.
Figura 6.5: Muda de nogueira-pecã com tonalidade amarelada (a), folíolos da muda
com necroses (b), detalhe de um folíolo com necrose, indicando deficiência de níquel
(c) e folha de nogueira-pecã com tonalidade e formado considerado normal para a
espécie (d)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Quadro 6.2: Principais pragas e doenças que podem vir do viveiro em mudas
frutíferas
Espécie Pragas Doenças
Pulgões Cancro cítrico
Citros Larva-minadora Gomose
Cochonilhas Verrugose
Figueira Nematoides Ferrugem da figueira
Goiabeira Cochonilhas Ferrugem da goiabeira
Phyloxera Sarna
Nogueira-pecã
Ácaros Fusariose
Pérola-da-terra
Videira Fusariose
Phyloxera
Fonte: Autores
Sempre optar por mudas que não tenham presença de nematoide, praga que
ataca o sistema radicular e vive no solo do substrato da muda e do pomar. Na
Figura 6.8 é possível observar o sistema radicular de uma muda de figueira
parasitada por nematoides. Deve-se evitar a aquisição dessas mudas.
Figura 6.8: Muda de figueira (a), parte do sistema radicular da muda (b) e detalhe de
raízes parasitadas por nematoides (c)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Figura 6.9: Muda de nogueira-pecã (a), torrão da muda sem a embalagem plástica (b)
e sistema radicular da muda enovelado (c)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Mudas que apresentam a parte aérea muito maior que o sistema radicular
podem vir a ter problemas no crescimento, quando plantadas no campo. Como
regra geral, a parte área deve ter no máximo 3 vezes a altura da embalagem
onde a muda está plantada.
Resumo
O estudo dessa aula foi direcionado à importância de se conhecer os principais
aspectos a serem avaliados para a obtenção de mudas de qualidade.
O primeiro aspecto estudado foi referente à altura das mudas, sendo um dos
parâmetros de qualidade com maior facilidade de avaliação no momento da
compra. Mas não basta que as mudas tenham uma altura considerável, é
necessário que haja homogeneidade entre elas.
Além dos itens citados, estudamos que a sanidade das mudas é muito impor-
tante na avaliação dos parâmetros que atestam a qualidade das plantas.
Atividades de aprendizagem
1. Quais as características de uma boa muda frutíferas?
Objetivos
• Características do solo.
• Disponibilidade hídrica.
• Hábito de crescimento.
• Porte ereto.
• Crescimento rápido.
• Folhas perenes.
• Plantas flexíveis, dessa forma não são facilmente quebradas pelo vento.
• Capim cameron.
• Cana-de-açúcar.
• Taquara.
Resumo
Nessa aula definimos o conceito de quebra-vento, como sendo estruturas
naturais ou artificiais, implantados perpendicularmente aos ventos dominantes,
tendo como função controlar o microclima e diminuir a velocidade do vento,
evitando danos nos pomares.
Atividades de aprendizagem
1. Os quebra-ventos são implantados paralelamente ou perpendicularmente
aos ventos dominantes?
Objetivos
8.2 Espaçamento
Podemos definir como espaçamento de plantio a distância que há entre as
plantas na mesma fileira (espaçamento entre plantas) ou o espaçamento
existente entre plantas de fileiras diferentes (espaçamento entre linhas). Na
fruticultura é usual como unidade o “metro” para estabelecer o espaçamento
de plantio. A escolha do espaçamento que as frutíferas serão plantadas no
pomar dependerá de vários fatores, entre eles, os principais são:
• Área disponível.
• Tipo de porta-enxerto.
• Umidade do solo.
8.3 Distribuição
No momento da implantação de um pomar, as frutíferas podem ser dispostas
de várias formas. Para a escolha de qual alinhamento de plantio a ser adotado,
é necessário observar os seguintes itens:
• Área disponível.
• Topografia do terreno.
• Densidade de plantio.
• Tipo de mecanização.
Resumo
A escolha do espaçamento que as frutíferas serão plantadas no pomar dependerá
de vários fatores, entre eles, foram destacados os principais: área disponível,
espécie frutífera cultivada (figueira, amoreira, etc.), tipo de porta-enxerto,
umidade do solo, tipo de solo (solo argiloso, arenoso, franco-arenoso), destino
da produção (indústria ou consumo in natura).
Outro ponto abordado nessa aula foi a forma de distribuição das plantas no
pomar, sendo elas: alinhamento em forma de retângulo, alinhamento em
forma de quadrado, plantio em fileiras paralelas entre os terraços e plantio
em camalhões.
Atividades de aprendizagem
1. Cite algumas vantagens de escolher uma área pouco declivosa para a
implantação de um pomar comercial.
Objetivos
Realizada esta etapa é necessário preencher a cova com o solo (Figura 9.7). É
importante lembrar que o solo da camada superficial removido anteriormente é o
primeiro a ser posto na cova. Em seguida é posto o solo da camada subsuperficial.
Preenchida a cova, é necessário puxar a muda um pouco para cima, com isso
o colo da planta ficará na mesma altura que estava dentro da embalagem,
nem muito enterrado nem exposto demais (Figura 9.8). Em seguida faz-se
uma pequena pressão com as mãos ao redor do solo em torno da muda. É
importante salientar que o local do enxerto não pode ficar coberto pelo solo.
Figura 9.15: Proteção das mudas com tubo plástico de irrigação de alta vazão e baixa pressão
Fonte: Diniz Fronza
Resumo
Foi possível estudar que a época mais adequada para o plantio das mudas de
raiz nua é de junho a agosto, já as mudas comercializadas em embalagens
plásticas podem ser transplantadas durante o ano todo, desde que sejam
feitas irrigações nos períodos de estiagem.
Atividades de aprendizagem
1. Qual a época de plantio mais adequada para as mudas de frutíferas co-
mercializadas com a raiz nua?
Objetivos
Figura 10.3: Irrigação por gotejamento com fita gotejadora e botão gotejador
Fonte: Jonas Janner Hamann
c) Sulcos e taças – a irrigação por sulcos tem como vantagem não neces-
sitar de bombeamento de água, ou seja, não exige pressão nas tubula-
ções. Geralmente o produtor utiliza açudes que estão localizados nas
partes mais altas da propriedade. Os sulcos podem ser adaptados com
taças para ampliar a zona molhada de solo. Os custos de instalação são
bem menores que os sistemas de irrigação localizada. Nos sistemas de
irrigação por sulcos e inundação temporária há projetos onde foram gas-
tos mil reais (R$1.000,00) por hectare.
Figura 10.7: Irrigação por sulcos na nogueira-pecã com taça auxiliar (a) e irrigação por
sulcos utilizando sifões (b)
Fonte: Jonas Janner Hamann
10.4 Drenagem
Outra preocupação é com a drenagem dos solos para as frutíferas. O excesso
de umidade causa o apodrecimento das raízes dificultando o crescimento das
plantas. Deve-se evitar o plantio em áreas baixas ou quando se dispõe destas
áreas fazer a drenagem.
Atividades de aprendizagem
1. Quais os métodos de irrigação mais eficiente para a fruticultura?
4. Caso o produtor opte por não utilizar sistema de irrigação nos primeiros
anos, que técnicas pode empregar para o bom desenvolvimento das mudas?
Objetivos
11.2 Podas
Uma das práticas muito importantes que deve ser realizado no pomar após a
implantação das espécies frutíferas são as podas. Para fins de estudo, podemos
citar as principais podas realizadas no primeiro ano:
• Poda de formação.
• Poda de limpeza.
• Poda verde.
• Ramos que recebem mais luz são mais produtivos e apresentam maior
circulação de seiva.
Figura 11.2: Planta de 2 e 5 anos necessitando retirada dos ramos ladrões (do porta-enxerto)
Fonte: Diniz Fronza
Nas Figuras 11.2 e 11.3 é apresentada uma goiabeira com um ano de idade
necessitando poda nos ramos baixos e desponte do ramo apical e dos ramos
laterais. Essa poda será realizada no mês de agosto após o período de geadas,
pois a goiabeira é uma planta tropical e não tolera a geada após as podas,
podendo ocorrer a morte das plantas. Na poda de formação é importante
realizar podas mensais de agosto a janeiro ou de setembro a janeiro em
regiões mais frias, com inverno mais prolongado. A retirada dos ramos baixos
favorece a circulação do ar reduzindo o aparecimento de doenças. O desponte
dos ramos laterais induz ao engrossamento dos mesmos, dando resistência
ao efeito dos ventos. O desponte do ramo final faz com que a planta emita
3 a 4 pernadas principais.
Figura 11.4: Goiabeira em competição com plantas invasoras (a) e Tangor Murcott em
competição com plantas invasoras (b)
Fonte: Diniz Fronza
• Controle preventivo.
• Controle cultural.
• Controle mecânico
• Controle físico.
• Controle químico.
• Controle biológico.
Figura 11.5: Plantio de aveia (Avena sativa) em pomar de citros (a) e consórcio de
aveia (Avena sativa) e ervilhaca (Vicia sativa) em plantio de videira (b)
Fonte: Diniz Fronza
• Cobertura do solo.
Figura 11.8: Utilização de cobertura morta em plantas de citros (a) e cobertura morta
em plantas de pessegueiro (b)
Fonte: Diniz Fronza
Os danos causados por formiga são mais significativos para as plantas na fase
inicial, por isso é necessário maior atenção no controle pois podem causar a
desfolha total da planta.
Os sintomas mais comuns do ataque de formiga são cortes nas bordas das
folhas em formato de “meia lua ou unhadas”, conforme podemos observar
na Figura 11.11.
a) Custos.
c) Disponibilidade de equipamentos.
d) Tamanho da área.
e) Nível de infestação.
Figura 11.14: Ovelha causando danos em nogueira (a) e planta protegida da ação das
ovelhas (b)
Fonte: Diniz Fronza
Resumo
Vários são os cuidados necessários nos primeiros anos após a implantação do
pomar. Mesmo que a planta não esteja em produção são necessárias podas,
controle de plantas invasoras, pragas, doenças e nutrição.
Atividades de aprendizagem
1. Quais os cuidados com as frutíferas nos primeiros anos quanto à poda?
Objetivos
Figura 12.1: Cultivo de nogueira-pecã intercalado com milho (a) e cultivo de nogueira-
pecã intercalado com erva-mate (b)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Aula 12 - Aproveitamento das áreas com culturas intercalares 115 e-Tec Brasil
• Cobrir o solo e diminuir o risco de erosão na área do pomar.
Fonte: Autores
Outra opção para o cultivo entre as linhas de plantio das frutíferas é a implan-
tação de espécies vegetais destinadas à adubação verde. As espécies para
adubação verde são cultivadas pelas suas características morfológicas, como
sistema radicular profundo e bem desenvolvido e possibilidade de incorporar
nutrientes ao solo. Algumas das plantas utilizadas na adubação verde são
categorizadas pela quantia de nutrientes incorporados ao solo.
Aula 12 - Aproveitamento das áreas com culturas intercalares 117 e-Tec Brasil
Figura 12.3: Cultivo de ervilhaca em pomar de caquizeiro (a) e cultivo de aveia em
parreiral (b)
Fonte: Jonas Janner Hamann
Resumo
O objetivo desta aula foi compreendermos o que é um cultivo intercalar,
definido como a realização do plantio de outras espécies vegetais como cereais
ou tubérculos entre as linhas de plantio das plantas frutíferas.
Atividades de aprendizagem
1. Quais as culturas recomendadas para o consórcio com frutíferas (consi-
derando a geração de renda)?
Aula 12 - Aproveitamento das áreas com culturas intercalares 119 e-Tec Brasil
Aula 13 – Treinamento constante e parcerias
Objetivos
Participando de debates com colegas surgem novas ideias e técnicas que fazem
a diferença no empreendimento. As visitas técnicas são armas poderosas para
o aporte de novas ideias. Nelas o produtor vê ambientes novos, diferentes
propósitos, adaptações, soluções inovadoras e interage com as pessoas e o
ambiente.
Figura 13.2: Máquina para colheita de nozes com capacidade para derrubar 10 mil kg
de frutas por dia
Fonte: Diniz Fronza
Resumo
O produtor de frutas deve estar continuamente atento às novidades do setor
de frutas, participar de treinamentos e visitas técnicas orientadas. Os treina-
mentos devem ser realizados com pessoas de diferentes correntes, pois é na
adversidade que surgem novas ideias.
Atividades de aprendizagem
1. Qual a importância do treinamento constante e da participação em visitas
técnicas e eventos para o sucesso do fruticultor?
CARVALHO, J. E. B.; CASTRO NETO, M. T. Manejo de plantas infestantes. In: GENU, P. J. C.;
PINTO, A. C. (Ed.). A cultura da mangueira. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas,
2002. p. 145-164.
DOORENBOS, J.; PRUITT, W. O. Necessidades hídricas das culturas. Roma: FAO. 1977.
204 p. (FAO. Irrigação e drenagem, 24).
FRIZONE, J. A.; BOTREL, T. A.; DOURADO NETO, D. Aplicação de fertilizantes via água
de irrigação. Piracicaba: ESALQ, 1994. p. 35. (Série Didática, 81).
FRONZA, D.; POLETTO, T.; HAMANN, J. J. O cultivo da nogueira-pecã. Santa Maria, RS:
Universidade Federal de Santa Maria, Colégio Politécnico, Núcleo de Fruticultura Irrigada,
2013. 301 p.
SECRETARIA DE ENERGIA, MINAS E COMUNICAÇÕES. Atlas eólico. Porto Alegre: SEMC, 2004.
SOUSA, J. S. I. de. Poda das plantas frutíferas. 12. ed. São Paulo: Nobel, 1983. 224 p.