Fundamentos Da Geometria 2
Fundamentos Da Geometria 2
Fundamentos Da Geometria 2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 2
5 POLÍGONOS ................................................................................... 18
6 QUADRILÁTEROS .......................................................................... 25
7 CIRCUNFERÊNCIA ......................................................................... 32
8 TRIÂNGULOS .................................................................................. 38
10 POLIEDROS: VOLUMES................................................................. 50
1
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
2
2 FUNDAMENTOS DA GEOMETRIA
Eles diziam que este rei [Sesóstris] dividia a terra entre os egípcios de modo
a dar a cada um deles um lote quadrado de igual tamanho e impondo-lhes o
pagamento de um tributo anual. Mas qualquer homem despojado pelo rio de
uma parte de sua terra teria de ir a Sesótris e notificar-lhe o ocorrido. Ele
então mandava homens seus observarem e medirem quanto a terra se
tornava menor, para que o proprietário pudesse pagar sobre o que restara,
proporcionalmente ao tributo total. (HERÓDOTO, século V a.C).
4
como os conceitos são introduzidos nesta ciência e como se desenvolvem ao longo
do tempo.
Os alunos sempre tiveram dificuldades em compreender os conceitos e
aplicações do que o professor ensina nas aulas. Normalmente, ao estudar geometria,
os alunos estão acostumados a fazer exercícios apenas em cadernos ou livros
copiados do quadro negro, e os conceitos abstratos limitam seus conhecimentos.
A geometria é tão importante quanto outras áreas do conhecimento
matemático, sua relevância é fundamental na construção do pensamento e do
raciocínio lógico, e na execução das atividades cotidianas, essas atividades se
apresentam de diferentes formas e estão por toda parte.
Freudenthal (1989) descreve esse conteúdo:
3 ÂNGULOS E DISTÂNCIAS
Dois pontos
A distância entre dois pontos é dada pelo comprimento da semirreta que os
liga. Observe a Figura 1, a seguir, e lembre-se de que você poderia construir diversos
caminhos para chegar do ponto A ao ponto B, e cada um deles terá um comprimento
diferente. Mas o conceito de distância é denominado pela menor delas ente os
caminhos possíveis — no caso, uma linha reta. (FERRAZ, 2019)
Um ponto e um plano
A distância entre um ponto P e um plano α é dada pela distância entre o ponto
P e um ponto pertencente ao plano mais próximo de P. Veja que, na Figura 3, existem
diversos pontos que pertencem ao plano α, mas apenas o ponto B é o mais próximo
de P. O segmento que une esses dois pontos faz um ângulo de 90º com o plano.
(FERRAZ, 2019)
Duas retas
A distância entre duas retas r e s é definida como a menor distância entre um
ponto de r e um ponto de s (Figura 4). Podemos dizer, também, que a distância entre
as duas retas é igual à distância de um ponto P qualquer de r e a reta s, como visto
anteriormente. (FERRAZ, 2019)
7
Se as retas forem paralelas, temos a distância como mostrada na Figura 4.
Note que os ângulos entre o segmento que junta os pontos P e A e as retas são de
90º. Se as retas forem concorrentes ou coincidentes, a menor distância entre elas é
nula, pois os pontos de ambas mais próximos entre si são coincidentes (Figura 5).
(FERRAZ, 2019)
8
Reta e plano
A distância entre uma reta r e um plano paralelo a r é igual à distância entre um
ponto qualquer da reta até o plano. Dessa maneira, essa distância recai no caso já
visto de distância entre ponto e plano (Figura 7). (FERRAZ, 2019)
Dois planos
A distância entre dois planos paralelos é a distância entre um ponto qualquer
de um deles com o outro plano (Figura 8). (FERRAZ, 2019)
9
Ângulos no espaço
Na seção anterior, vimos as definições de distâncias no espaço que, em muitos
casos, envolviam angulações de 90º. Mas as retas e os planos podem ter diversas
angulações entre si, as quais também podem ser usadas para determinar as suas
posições relativas no espaço. (FERRAZ, 2019)
Retas coplanares
Suponha as retas r e s coplanares. Se elas forem coincidentes ou paralelas,
podemos dizer que o ângulo entre elas é zero. Agora, se elas forem concorrentes,
elas formam quatro ângulos entre si (Figura 9). Os pares θ e θ´ e γ e γ´ são chamados
de opostos pelo vértice e são congruentes. Se forem considerados dois ângulos não
opostos pelo vértice, eles são suplementares, como γ´ + θ = 180°. Nesse caso, o
ângulo entre elas é considerado o menor entre os quatro (AZEVEDO FILHO, 2015
apud FERRAZ, 2019). Se as retas forem perpendiculares, os quatro ângulos são
iguais a 90º.
10
Retas reversas
Suponha as retas r e s reversas e dois pontos A e B quaisquer de r e s
respectivamente (Figura 10a). Agora, vamos desenhar uma reta paralela a s, s´, que
passe por r no ponto A, e, opostamente, uma reta paralela a r, r´, que passe por s no
ponto B (Figura 10b). Os ângulos formados entre r e s´ e s e r´ são iguais, e, por
definição, esse será o ângulo considerado entre as retas r e s (AZEVEDO FILHO,
2015 apud FERRAZ, 2019).
Planos
Se dois planos forem considerados coincidentes ou paralelos, a angulação
entre eles é nula. Agora vamos pensar em dois planos concorrentes. Suponha α e β
11
como dois planos concorrentes (Figura 11a). Seja t a reta resultante da intersecção
entre os planos. Agora, considere A e B como pontos distintos dessa reta (Figura 11b).
As retas s e s´ são perpendiculares a t, passando por A e B, e as retas r e r´ são
perpendiculares a t, passando também por A e B. Dessa maneira, temos que r e s, e
r´ e s´ são pares de retas concorrentes, e que r//r´ e s//s´. Temos, então, que os dois
ângulos formados entre as retas são congruentes, sendo essa a definição de ângulos
entre planos. Caso os planos forem perpendiculares, esse ângulo é de 90º. (FERRAZ,
2019)
4 SEGMENTOS E ÂNGULOS
12
2. Por dois pontos distintos, passa uma, e somente uma, reta.
Agora, vamos marcar dois pontos, A e B, sobre cada uma das semirretas a
seguir.
13
Segmentos adjacentes são aqueles em que a extremidade de um é
concomitantemente à do outro. Conforme aparece a seguir, os segmentos são
adjacentes.
Segmentos colineares são aqueles que se encontram sobre uma mesma reta,
são congruentes.
14
Tipos de ângulos
Os ângulos são figuras formadas por duas semirretas que têm a mesma
origem, sendo elas os lados do ângulo, e o ponto de origem seu vértice. Observe o
exemplo a seguir. (MACHADO, 2019)
15
É possível fazer algumas operações aritméticas entre ângulos: adição,
subtração, multiplicação por um número natural e divisão por um número natural.
Observe os seguintes exemplos. (MACHADO, 2019)
1) Adição
2) Subtração
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O problema aqui é que não há minutos no primeiro termo, portanto devemos
retirar 1 grau dos 100 graus, que ficará 99° 60’:
3) Multiplicação
17° 20’ . 3 = 51° 60’; como 60’ = 1°, temos 51º + 1º = 52º.
4) Divisão
29º : 2 = 14º, sobrando resto 1º; como 1º = 60’, continuamos a operação
dividindo 60’ por 2 e obtendo como resposta 14º 30’.
Os ângulos podem ser retos, agudos ou obtusos.
Os retos têm 90º e são formados por retas perpendiculares, conforme a seguir.
17
Os obtusos têm mais que 90º.
Outro ângulo notável é o raso, que tem 180º, conforme pode ser visto a seguir.
5 POLÍGONOS
18
Um polígono é, então, definido como um conjunto de pontos de uma linha
poligonal fechada e de seu interior. A seguir, a Figura 2 mostra dois exemplos de
polígonos. Note que os segmentos não se cruzam. (FERRAZ, 2019)
19
Polígonos convexos, côncavos e regulares
Os polígonos podem ser convexos ou não convexos. Um polígono convexo é
aquele que possui todos os seus ângulos internos menores que 180º. Já, se o
polígono possuir algum ângulo interno maior que 180º, ele será considerado não
convexo ou côncavo. (FERRAZ, 2019)
Alternativamente, podemos dizer que um polígono é dito convexo se, dados
dois pontos quaisquer A e B pertencentes ao seu interior, o segmento AB terá todos
os seus pontos no interior do polígono, conforme Figura 3, a seguir. Já, se o polígono
for não convexo ou côncavo, é possível encontrar pontos de um segmento como AB
fora do polígono. (FERRAZ, 2019)
20
Um polígono regular é aquele que, além de convexo, possui todos os lados os
ângulos congruentes. (FERRAZ, 2019)
21
Já o número de diagonais D de um polígono é dado por:
22
onde n é o número de lados do polígono.
23
Definição: os ângulos externos de um polígono são definidos como o que falta
ao ângulo interno de chegar a 360°, ou seja, o replemento do ângulo interno (Figura
7). A soma dos ângulos externos de um polígono Se é dada por:
Sabendo que a soma de cada ângulo externo com o interno é 360°, ou seja, e
+ i = 360°, podemos substituir cada ângulo externo por e = 360° – i. Assim, ficamos
com:
Reagrupando, temos:
24
Assim:
6 QUADRILÁTEROS
Classificação
A primeira classificação que se deve ter em mente sobre quadriláteros consiste
em sua divisão entre quadriláteros côncavos e convexos. (MACHADO, 2019)
25
Convexo
Um quadrilátero é denominado convexo se a reta que contém um dos seus
lados deixa todos os demais no mesmo semiplano, conforme você pode observar na
Figura 2. (MACHADO, 2019)
Côncavo
Um quadrilátero é côncavo se existe uma semirreta que contém um dos lados
e deixa parte dos demais lados em outro semiplano (Figura 3). (MACHADO, 2019)
26
Características dos elementos dos quadriláteros
Vértices: pontos em comum entre dois lados consecutivos de um
quadrilátero.
Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos de um
quadrilátero.
Ângulos externos: ângulos formados pelo prolongamento de um lado do
polígono e o lado adjacente a ele.
Diagonais: segmentos de reta que ligam dois vértices não consecutivos
do polígono.
Nas Figuras 4, 5, 6, 7 e 8, você pode conferir os elementos de um quadrilátero.
27
28
Quadriláteros notáveis
Podemos classificar os quadriláteros segundo a posição relativa entre os seus
lados. (MACHADO, 2019)
Paralelogramos: têm lados opostos paralelos.
Trapézios: apresentam um par de lados opostos paralelos.
Um terceiro grupo não apresenta nenhum paralelismo entre os seus
lados.
Paralelogramos
Os paralelogramos têm uma característica adicional em relação aos
quadriláteros — apresentam lados opostos paralelos, o que acarreta uma série de
propriedades particulares: (MACHADO, 2019)
têm lados opostos congruentes;
têm ângulos opostos congruentes;
apresentam ângulos adjacentes suplementares;
as diagonais de um paralelogramo cruzam-se em seus pontos médios.
29
Retângulo
Os retângulos são paralelogramos nos quais todos os ângulos internos e as
diagonais são congruentes, conforme exemplo na Figura 11. (MACHADO, 2019)
Losangos
Essas figuras têm todos os lados congruentes, ou seja, são paralelogramos
equiláteros com as diagonais perpendiculares (Figura 12). (MACHADO, 2019)
30
Quadrado
Os quadrados têm todos os ângulos retos e todos os lados congruentes, isto é,
são concomitantemente losangos e retângulos. A característica específica do
quadrado refere-se ao fato de que suas diagonais são perpendiculares e congruentes.
Na Figura 13, você pode ver um quadrado com suas diagonais. (MACHADO, 2019)
Trapézios
Os trapézios são figuras com somente um par de lados paralelos, denominados
bases. Aqueles que têm os lados não paralelos congruentes são denominados
31
trapézios isósceles. Veja alguns exemplos de trapézios nas Figuras 14, 15 e 16.
(MACHADO, 2019)
7 CIRCUNFERÊNCIA
Centro da circunferência
O centro de uma circunferência é um ponto fixo que é equidistante a todos os
outros que formam uma circunferência (Figura 2). (MACHADO, 2019)
33
Raio
O raio de uma circunferência é um segmento de reta que une um ponto dela ao
seu centro (Figura 3). Como o número de pontos de uma circunferência é infinito,
também é possível traçar infinitos raios. (MACHADO, 2019)
34
Corda
É denominada corda de uma circunferência todo segmento de reta que une
dois pontos dessa circunferência (Figura 4). (MACHADO, 2019)
35
Diâmetro
Quando um segmento de reta une dois pontos quaisquer da circunferência e
passa pelo centro dela, denominamos de diâmetro (Figura 5). (MACHADO, 2019)
Ângulo central
Todo ângulo que tem como vértice o centro de uma circunferência é
denominado ângulo central dessa circunferência (Figura 6). (MACHADO, 2019)
36
Ângulo inscrito
Todo ângulo que tem como vértice algum ponto da circunferência é
denominado ângulo inscrito (Figura 7). (MACHADO, 2019)
37
8 TRIÂNGULOS
38
Classificação dos triângulos
Os triângulos são classificados de acordo com as medidas dos seus lados e
ângulos (BOSTOCK et al., 1996 apud MACHADO, 2019). Por meio dos lados, eles
podem ser classificados em equiláteros (Figura 4), isósceles (Figura 5) e escalenos
(Figura 6), de acordo com as características descritas a seguir.
Equiláteros — têm os três lados congruentes.
Isósceles — têm dois lados congruentes.
Escalenos — os três lados têm medidas diferentes.
39
Em relação aos seus ângulos, os triângulos podem ser acutângulos (Figura 7),
obtusângulos (Figura 8) e retângulos (Figura 9). (MACHADO, 2019)
40
Elementos notáveis de um triângulo
No triângulo, os elementos notáveis são a mediana, a bissetriz, a altura e a
mediatriz. (MACHADO, 2019)
41
O encontro das três medianas de um triângulo é denominado baricentro (Figura
11).
42
Incentro — é o encontro das três bissetrizes de um triângulo (Figura 13).
43
Mediatriz — é uma reta perpendicular que passa pelo ponto médio de um lado
do triângulo, de onde se conclui que o triângulo tem três mediatrizes (Figura 16).
44
A Figura 18, a seguir, demonstra que o circuncentro é o centro da circunferência
circunscrita no triângulo.
45
9 POLIEDROS: ÁREA DE SUPERFÍCIE
47
Relação de Euler
Os poliedros convexos podem ter muitas formas, com diferentes números de
vértices (V), arestas (A) e faces (F) (Figura 4). Suas características estão descritas no
Quadro 1, a seguir. (FERRAZ, 2019)
48
Como para os casos dos polígonos, a alguns poliedros são atribuídos nomes
devido ao número de faces. Veja os exemplos a seguir.
F = 4: tetraedro
F = 6: hexaedro
F = 8: octaedro
F = 12: dodecaedro
F = 20: icosaedro
Poliedros regulares
Os poliedros podem ser regulares, ou seja, para serem regulares, eles
precisam obedecer às seguintes regras:
49
ser convexo;
ter todas as faces formadas por polígonos regulares e congruentes entre
si;
ter os vértices formando ângulos congruentes.
Existem apenas cinco poliedros regulares, mostrados na Figura 5.
10 POLIEDROS: VOLUMES
Volume
Intuitivamente, o volume representa a quantidade de espaço ocupado por um
objeto em questão, sendo necessário compará-lo com alguma unidade existente.
Podemos considerar como unidade de volume um cubo de arestas igual a uma
50
unidade de comprimento, chamado de cubo unitário. Assim, se o cubo tiver arestas
de 1 cm, seu volume, por definição, é 1cm³. Portanto, para calcularmos o volume de
algum objeto, precisamos saber quantos cubos unitários cabem no espaço do objeto.
A soma dos volumes dos cubos unitários é o volume total do objeto. (FERRAZ, 2019)
Veja o seguinte exemplo da Figura 1, a seguir. Suponha um cubo unitário de 1
cm³. A barra é formada por 10 cubos unitários, sendo, assim, seu volume de 10 × 1
cm³ = 10 cm³. A placa é formada por 10 barras, ou 10 × 10 = 100 cubos unitários, cujo
volume é 100 cm³. Já o cubo é formado por 10 placas, ou seja, 1000 cubos unitários,
com volume de 1000 cm³. (FERRAZ, 2019)
Um paralelepípedo possui seis faces, entre as quais duas a duas são opostas
iguais e paralelas. Paralelepípedos podem ser retos ou oblíquos, dependendo de duas
faces laterais serem perpendiculares à base, ou não. A Figura 2, a seguir, mostra um
exemplo de um paralelepípedo reto retângulo, com todas suas faces em forma de
retângulos. (FERRAZ, 2019)
51
As dimensões do paralelepípedo retângulo são: comprimento a, largura b e
altura c. Se a = b = c, nós temos um caso particular, cujo paralelepípedo é um cubo.
Veremos, então, dois teoremas sobre volumes. (FERRAZ, 2019)
Se duas porções planas são tais que toda reta secante a elas e paralela
a uma reta dada determina nas duas porções segmentos de reta cuja
razão é constante, então a razão entre as áreas dessas porções é a
mesma constante.
Se dois sólidos são tais que todo plano secante a eles e paralelo a um
plano dado determina nos sólidos seções cuja razão é constante, então
a razão entre os volumes desses sólidos é a mesma constante.
52
Volume de um prisma
A Figura 4, a seguir, mostra alguns exemplos de prismas, cujas laterais são
formadas por paralelogramos, e sua nomenclatura é baseada na forma das bases. O
prisma é classificado como reto quando suas arestas laterais são perpendiculares à
base, e oblíquo, no contrário. (FERRAZ, 2019)
53
Volume de uma pirâmide
Vamos iniciar definindo uma pirâmide. Seja P um polígono contido em um plano
α, e V um ponto fora desse plano. Uma pirâmide é a união dos segmentos com
extremidades do ponto V e nos vértices de P (Figura 6). (FERRAZ, 2019)
Podemos, então, dizer que os elementos principais de uma pirâmide são (REIS,
2014):
vértice — é o ponto V fora do plano α;
base — é a região poligonal contida em α;
altura — a altura h é a distância entre o vértice V e o plano α;
arestas da base — são os lados do polígono da base;
arestas laterais — são os segmentos com extremidade no ponto V e nos
vértices da base;
faces laterais — são os triângulos cujos lados são duas arestas laterais
consecutivas e a aresta da base correspondente (na Figura 6, existem
as faces VAB, VBC, VCD, VDE e VEA).
54
Uma pirâmide oblíqua é aquela cuja projeção do vértice V no plano da base
não coincide com o centro do polígono, conforme mostrado na Figura 7.
55
As características da pirâmide regular são as seguintes:
as faces laterais são triângulos isósceles;
a altura de uma face lateral da pirâmide regular em relação à aresta da
base é denominada apótema de pirâmide (p);
a distância do centro do polígono à aresta da base é denominada
apótema da base (b);
a altura (h) de uma pirâmide regular tem extremidades no vértice V e no
centro do polígono da base O.
56
11 SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO: ÁREAS DE SUPERFÍCIE
Sólidos de revolução
Um sólido de revolução é um objeto em três dimensões formado a partir da
rotação de uma região plana no espaço em torno de um eixo (REIS, 2014 apud
FERRAZ, 2019). Na Figura 1, no início do processo, há uma região definida pela área
em cinza, rotacionada em torno do eixo x, no sentido das flechas. Ao final, quando a
região chega novamente ao ponto inicial, o sólido é formado.
Note que a base e o topo são circulares, e suas áreas dadas por A = πr², onde
r é a distância entre o eixo de rotação e a superfície da região (Figura 2). Os valores
dos raios dos extremos estão indicados por r1 e r2. (FERRAZ, 2019)
57
Dentre os sólidos de revolução mais conhecidos, estão a esfera, o cilindro e o
cone, gerados a partir da rotação de três figuras geométricas planas: um semicírculo,
um retângulo e um triângulo reto (Figura 3). (FERRAZ, 2019)
58
Para encontrarmos a sua área de superfície total, precisamos chegar às áreas
das bases e à sua área lateral. As suas bases são circulares e dependem do raio. A
área da base Sb está mostrada na Figura 5, a seguir. (FERRAZ, 2019)
59
retângulo, onde um dos lados é a sua altura h, e o outro é o comprimento da
circunferência de base, ou seja, 2πr. A área lateral SL também está na figura.
(FERRAZ, 2019)
Agora, para encontrarmos a área total ST, precisamos somar a área lateral com
as duas áreas das bases. Assim obtemos:
Área do cone
O cone de revolução, mostrado na Figura 7, possui uma geratriz g, altura h e
raio r, que estão relacionados pelo teorema de Pitágoras. Para gerá-lo, basta
rotacionar a sua geratriz em torno do eixo central. (FERRAZ, 2019)
60
A área Sb da base do cone também é circular, como a o cilindro, e está indicada
na Figura 8, a seguir.
61
Para calcularmos a área lateral, precisamos chegar à área do setor circular,
que é proporcional ao comprimento do arco. Assim, se tivéssemos considerando o
círculo todo com raio g, sua área seria πg², e o comprimento 2πg. Como temos um
comprimento menor, igual a 2πr, encontramos sua área por meio da regra de três
(Figura 10). (FERRAZ, 2019)
62
Área da esfera
A esfera pode ser pensada como um sólido de revolução. Para isso, basta
desenhar uma semicircunferência e rotacioná-la em torno de um eixo, como mostrado
na Figura 11.
Os elementos principais de uma esfera são: seu raio, centro e os pontos que
formam a sua superfície. Esses elementos estão esquematizados na Figura 12.
63
12 SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO: VOLUMES
64
Volume do cilindro
65
Dado que o sólido 1 é um paralelepípedo retângulo, o seu volume é igual à sua
área da base Ab multiplicada pela altura h. Então:
V1 = Abh = V2.
Volume do cone
O cone de revolução apresenta algumas características, apontadas na Figura
5, tem o seu eixo perpendicular ao plano da base, e sua geratriz pode ser relacionada
à sua altura e ao seu raio da base pelo teorema de Pitágoras.
66
O cone de revolução é gerado pela rotação de um triângulo em torno do cateto
que será a altura, como mostrado na Figura 6. O centro de gravidade do triângulo é d
= r/3, e a área do triângulo é S = rh/2. Assim, a partir do teorema de Pappus–Guldin,
o volume do cone é:
67
Volume da esfera
O volume da esfera pode ser encontrado a partir do princípio de Cavalieri.
Considere dois sólidos, uma esfera S e um cilindro equilátero G, ambos apoiados em
um plano horizontal α, conforme Figura 7.
No cilindro G, podemos delinear dois cones iguais, com bases que coincidem
com as do cilindro, e com vértice no ponto médio do eixo do cilindro. O volume desses
cones é Vcone = π r3/3. Esses cones foram retirados do cilindro. Agora, considere um
plano β, paralelo ao α e que intercepta os sólidos S e G (Figura 7). Esse plano está
situado a uma altura h dos centros dos sólidos e determina uma circunferência de raio
s em S e uma coroa circular em G limitada por duas circunferências, uma de raio r e
outra de raio h. Lembre-se de que os cones também são equiláteros. A área do círculo
formado em S é dada por π s2. Mas, temos também que s2 + h2 = r2, ou seja, s2 = r2 –
h2. Assim, ficamos com: π s2 = π(r2 – h2).
Já a área da coroa circular é dada por π r2 – π h2, que é igual à área do círculo
de raio s. Assim, pelo princípio de Cavalieri, podemos concluir que os sólidos S e G
contêm o mesmo volume. O volume do sólido G é igual ao volume do cilindro subtraído
do volume dos dois cones retirados. Ou seja:
68
13 PARALELISMO E PERPENDICULARIDADE NO ESPAÇO
69
O teorema fundamental do paralelismo diz que, para uma reta ser paralela a
um plano, essa reta não pode estar contida nesse plano e tem que ser paralela a uma
reta dele (Figura 3). Assim, se r não está contido no plano α, e for paralela a uma reta
do plano, r//s, então ela será paralela ao plano, r// α. (FERRAZ, 2019)
71
Condições de perpendicularidade
Perpendicularidade entre retas e entre retas e planos
Duas retas coplanares, para serem perpendiculares (r ┴ s), devem ter um ponto
em comum e com angulação entre elas de 90° (Figura 7). (FERRAZ, 2019)
A intersecção de uma reta com um plano, quando ela não está contida nele, é
um ponto (Figura 8a). Para essa reta ser perpendicular ao plano, ela precisa ter um
ângulo de 90° com ele (Figura 8b). (FERRAZ, 2019)
72
Segundo o teorema fundamental do perpendicularismo, para uma reta ser
perpendicular a um plano, a condição necessária é que ela tenha ângulo reto com
duas retas concorrentes do plano (Figura 9). (FERRAZ, 2019)
73
à reta s, que é concorrente de r. Ou seja, se a reta t for perpendicular ao plano, ela é
perpendicular às retas do plano que se intersectam com ela e ortogonais às outras
que não se intersectam com ela. (FERRAZ, 2019)
Homotetia
A palavra homotetia, derivada do grego, é uma composição entre homo
(similar) e tetia (posição), criada pelo matemático francês Michel Chasles, que foi
professor na Sorbonne (atualmente integra a Universidade de Paris). Chasles
elaborou a teoria da geometria projetiva e contribui para o estudo das propriedades
geométricas e das transformações que ocorrem na elaboração de novas figuras a
partir de outras (MLODINOW, 2008 apud MACHADO, 2019).
A homotetia é uma transformação geométrica em que forma original e ângulos
são preservados, mas o tamanho da figura é modificado, permitindo ampliação e
redução de todo tipo de imagem. As novas gravuras são semelhantes às originais,
mantendo uma relação matemática entre si.
Polígonos semelhantes
74
Polígonos semelhantes são aqueles que têm a mesma forma, todavia,
tamanhos diferentes, havendo entre eles uma razão de semelhança. Ou seja,
podemos definir uma relação matemática, no caso, uma proporção entre eles. A
proporção entre os polígonos está fundamentada na relação entre segmentos
proporcionais. A razão entre segmentos proporcionais é determinada pelo quociente
entre suas medidas. Veja os segmentos a seguir. (MACHADO, 2019)
Observe que:
Assim:
Para verificar se são proporcionais, temos que recorrer à regra que estabelece
que “o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, ou seja:
75
Polígonos semelhantes possuem proporcionalidade entre seus
perímetros e suas diagonais.
Polígonos congruentes também são semelhantes.
De maneira prática, para identificar polígonos semelhantes, devemos satisfazer
duas condições:
os ângulos correspondentes devem ser congruentes;
os lados correspondentes devem ser proporcionais.
76
Assim:
Semelhança de triângulos
Para comprovarmos que dois triângulos são semelhantes, não é necessário
verificar a semelhança de todos os elementos. Podemos utilizar alguns critérios que,
satisfeitos, servem como prova da semelhança. A seguir, vamos ver quais são eles.
(MACHADO, 2019)
77
Se os três lados de dois triângulos são proporcionais aos de outro, mantendo
uma mesma razão entre si, então esses triângulos são semelhantes. Nos triângulos
da Figura 3 a seguir, temos que
78
Se uma reta paralela a um lado de um triângulo intersecta os outros dois lados
em pontos distintos, forma-se um triângulo que é semelhante ao primeiro. Observe a
Figura 5, na qual a // d, e ΔABC ≡ ΔADE.
Paralelismo
A definição de retas paralelas foi dada por Euclides (1944): duas retas são
paralelas se estiverem num mesmo plano e não tiverem nenhum ponto em comum:
Segundo Chandler et al. (1996 apud MACHADO, 2019), a partir desse conceito,
deduzimos as propriedades a seguir.
Por um ponto, passa uma única reta paralela à outra reta dada.
Quando dois planos distintos são paralelos, qualquer reta de um deles é
paralela ao outro.
Quando uma reta é paralela a um plano, ela é paralela a, pelo menos,
uma reta desse plano.
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Quando uma reta não está contida num plano e é paralela a uma reta
dele, ela é paralela ao plano.
Se um plano intersecta dois planos paralelos, as intersecções são duas
retas paralelas.
Quando um plano contém duas retas concorrentes, paralelas a outro
plano, então os planos considerados são paralelos.
Tales de Mileto formulou um teorema que leva o seu nome: quando três
retas paralelas são interceptadas por duas retas transversais, os
segmentos determinados numa das retas transversais são proporcionais
aos determinados na outra.
a // b // c, r e s transversais:
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Com base no teorema de Tales, podemos resolver a questão a seguir, que
pede para calcularmos o valor de x, sendo a // b // c, r e s transversais.
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15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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