Análise Ergonômica Do Trabalho Gasal

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

Gerência de Aviação do Aeroporto Internacional de Salvador

Petrobras Distribuidora S.A.

Outubro, 2009

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

GASAL – Gerência de Aviação do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães


SALVADOR / BR Distribuidora S.A.

Realizado por:

Del-Vecchio Associados e Consultoria

CNPJ: 05.804.382.0001/20

LISTA DE FOTOS

Foto 01 – Foto aérea da localização da GASAL 24

Foto 02 – Foto aérea da Localização – Br Aviation 25

Foto 03 – Escada : Aspecto Ergonômico 48

Foto 04 – Escada : Aspecto Ergonômico 48

Foto 05 – Escada : Aspecto Ergonômico 49

Foto 06 – Escada : Aspecto Ergonômico 49

Foto 07 – Escada : Aspecto Ergonômico 50

Foto 08 – Escada : Aspecto Ergonômico 50

2
Foto 09 – Sala de operações da GASAL 51

Foto 10 – Sala de operações da GASAL 52

Foto 11– – SRV nº frota 2054 53

Foto 12 – SRV nº frota 2054 52

Foto 13 – Detalhe: Suporte da mangueira 54

Foto 14 – Detalhe: TMF 55

Foto 15 – Detalhe: Válvula do tanque de gasolina 55

Foto 16- Detalhe: Válvula do tanque 55

Foto 17 – Detalhe: Válvula do tanque 56

Foto 18 – SRV Rampmasters 74

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Ergonomia e sua função 10

Figura 02 – Fases da instrução da demanda 12

Figura 03 – Construção Social 16

Figura 04 – Organização geral da Gerência de produtos de aviação 20

Figura 05 – Gráfico com o número de empregados no pátio - GASAL 21

Figura 06 – Gráfico com a faixa etária dos empregados do pátio - GASAL 23

Figura 07 – O que é processo? 25

3
Figura 08 – Organograma do Abastecimento de aeronave 26

Figura 09 – Sedentarismo 37

Figura 10 – Gráfico da população de empregados do pátio com dor 38

Figura 11 –Postura Inadequada no computador 39

Figura 12 – Postura Inadequada no computador 40

Figura 13 – Processo de treinamento 46

Figura 14 – IMC dos empregados 47

4
LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Demandas gerenciais 15

Tabela 02 - Estudo dos riscos ambientais 24

Tabela 03 – Número de vôos diários 29

Tabela 04 – Equipamento GASAL 35

Tabela 05 – Layout do posto de abastecimento 67

Tabela 06 – – Esquema de padronização SRV 67

Tabela 07 – Projeto da escada 70

Tabela 08 – Projeto Suporte da escada - CTA 71

Tabela 08 – Projeto Suporte da escada - SRV 72

5
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO 9

2 METODOLOGIA 11

2.1 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET 11

2.1.1 Instrução da Demanda 12

2.1.2 Análise Sistemática 13

2.1.3 Validação e Recomendações 14

3 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – GASAL 14

3.1 METODOLOGIA APLICADA PARA A REALIZAÇÃO DA AET 14

3.2 INSTRUÇÃO DA DEMANDA 15

3.2.1 Demanda Gerencial 15

3.2.2 Análise Global 16

3.2.2.1 Produto e mercado 17

3.2.2.2 Histórico da empresa 18

3.2.2.3 Histórico do Aeroporto de Salvador 18

3.2.2.4 Missão, Visão e Valores 19

3.2.2.5 Organização Geral 20

3.2.2.6 População de Trabalhadores: Descrição do efetivo 21

3.2.2.7 Aspectos geográficos 22

3.2.2.8 Tecnologia 23

6
3.2.2.9 Estudo Microambiental: Avaliação de Riscos Ambientais 24

3.2.2.10 Descrição do Fluxo de Produção 24

3.3 ANALISE SISTEMÁTICA 26

3.3.1 Focalização 26

3.3.1.1 Organização temporal 26

3.3.1.2 Sistema de comunicação 28

3.3.1.3 Forma de estabelecimento de rotina e procedimento 28

3.3.1.4 Descrição da tarefa 29

3.3.1.5 Dispositivo de trabalho 34

3.3.2 Sistematização 35

3.4 Análise da demanda gerencial

7
36

3.4.1 Condicionamento físico 36

3.4.2 Trabalho no computador 38

3.4.3 Escada: Localização e material de confecção Pré Diagnóstico 39

3.4.4 Estudo do SRV e CTA 42

3.4.5 Treinamento 43

3.5 Demanda Ergonômica 46

3.5.1 Condicionamento físico 46

3.5.2 Escada 47

3.5.3 Treinamento 50

3.5.4 Reorganização de Layout 50

3.5.5 Servidores e Caminhão tanque 52

3.5.6 Parque de tanques 52

3.5.7 Pré- diagnóstico 54

3.5.8 Diagnóstico operante 56

3.6 OPORTUNIDADES DE MELHORIA 56

4 BIBLIOGRAFIA 76

8
1 APRESENTAÇÃO

A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento


das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de
teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o
desempenho global do sistema.

Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos


de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e limitações das pessoas.

Domínios de especialização da Ergonomia

A palavra Ergonomia deriva do grego Ergon [trabalho] e nomos [normas, regras, leis]. Trata-
se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da
atividade humana. De maneira geral, os domínios de especialização da ergonomia são:

 Ergonomia física: está relacionada com às características da anatomia humana,


antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física.

 Ergonomia cognitiva: referem-se aos processos mentais, tais como percepção,


memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos
e outros elementos de um sistema.

 Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas sóciotécnicos,


incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos.

9
Figura 01 – Ergonomia e sua função
Fonte: Ceserg, 2007

Este trabalho se desenvolveu na GASAL- Gerência de Aviação do Aeroporto Internacional


de Salvador, da BR Distribuidora que atua no Abastecimento de Aeronaves, destanqueio e
aditivação de produto.

Foram analisadas pela equipe as demandas gerências, sendo definida como demanda
ergonômica o processo de abastecimento de aeronaves que é o posto de maior índice de
afastamento médico temporário.

Os focos para o desenvolvimento do trabalho foram os equipamentos utilizados para o


abastecimento, o sobrepeso conjunto com a capacidade física dos operadores e a falta de
ergonomia no treinamento no local de trabalho. Os objetos da análise sistemática foram o
posto de trabalho do operador de abastecimento, as licenças médicas e o estudo
populacional.

Considerando que houve uma redução nos afastamentos dos técnicos que realizam o
abastecimento e um significativo aumento nos afastamentos médicos em outros setores,
houve a necessidade de estudar toda a população da GASAL, para isso a GASAL
disponibilizou para a equipe de ergonomia todas as condições necessárias para o
desenvolvimento do trabalho, não sendo observadas restrições com relação ao acesso aos
funcionários, às áreas operacionais e aos documentos da empresa pertinentes.

10
2 METODOLOGIA

2.1 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – AET

A metodologia empregada foi a Análise Ergonômica do Trabalho – AET. Consiste em uma


metodologia composta por várias etapas que fornecem uma visão do que acontece num
processo de produção ou no uso e manuseio de produtos e sistemas.

Trata-se de um conjunto de análises que se complementam visando à modelagem operante


da situação de trabalho.

A partir desta são elaboradas as recomendações de mudanças necessárias que resultarão


na transformação positiva do processo de trabalho nas organizações.

Em outras palavras a metodologia da AET possibilita caracterizar de que maneira fatores


técnicos, humanos, ambientais e sociais numa situação de trabalho, determinam as
atividades dos operadores. Busca a caracterização operante para realizar as finalidades de
transformação positiva.

 Durante toda a realização da AET desenvolve-se a construção social, um processo


dinâmico que ocorre através da própria ambientação da equipe na empresa. É um
dispositivo de sustentação da ação ergonômica.

A análise ergonômica do trabalho se caracteriza por três fases:

 Instrução da Demanda: Demanda Gerencial, Análise Global, Reconstrução da


Demanda e Demanda Ergonômica;
 Análise Sistemática: Focalização, Pré-diagnóstico, Sistematização e Diagnóstico
Operante;
 Validação e Recomendações: Validação e Oportunidades de melhorias.

11
2.1.1 Instrução da Demanda

D Demanda Gerencial
E
L
I Análise Global
B R Estudo exploratório da empresa
E E P
R U L
A N A
Ç I Reconstrução da demanda N
Õ Õ O
E E S
S S Demanda ergonômica

Construção Social e de práticas


participativas
Figura 02 – Fases da Instrução da demanda
Fonte: Ceserg, 2007

A Instrução da Demanda é composta por etapas intermediárias:

 Demanda gerencial
 Análise global
 Análise da demanda
 Reconstrução da demanda
 Demanda ergonômica

A AET tem um ponto de partida que é a demanda gerencial. Nela são relatadas as primeiras
impressões, por parte da gerência da empresa, das possíveis demandas a serem focadas. A
partir deste ponto, é necessário ampliar o entendimento e o conhecimento da organização e
do contexto onde a atividade de trabalho acontece.

A Instrução da Demanda consiste na passagem da percepção gerencial do problema


(demanda gerencial) à proposta de ação ergonômica (demanda ergonômica).

12
Através da análise global é realizado o mapeamento da empresa. Nesta etapa são obtidas
informações sobre histórico da empresa, aspectos geográficos, tecnologia empregada,
organização geral, entre outros. Em paralelo é realizada a análise da demanda que consiste
de uma apreciação ampliada da demanda gerencial.

A instrução da demanda é finalizada com a reconstrução mútua da demanda através de uma


proposta viável da equipe com a validação do gerente (demandante). Desta forma, é
construída em conjunto a demanda ergonômica. A demanda ergonômica, estabelecida a
partir dos resultados da análise global, corresponde à delimitação do estudo a ser realizado
na empresa.

2.1.2 Análise Sistemática

A análise sistemática envolve as seguintes etapas:

 Focalização

Nesta fase são levantados os dados da situação-foco: dispositivo de trabalho, organização


do trabalho, tarefa, atividade de trabalho, curso da ação, variabilidades, disfuncionamento do
curso da ação e regulação. A focalização aprofunda o entendimento da situação-foco e
possibilita a elaboração do pré-diagnóstico.

 Pré-diagnóstico

O resultado da focalização leva aos enunciados provisórios, a partir dos quais são
formuladas hipóteses para a explicação de problemas evidenciados, apontando para algum
elemento sobre os quais uma intervenção deve ser feita. O pré-diagnóstico é a primeira
síntese importante da análise ergonômica.

 Modelagem operante

A sistematização é a análise científica baseada em mensurações do pré-diagnóstico. Nesta


fase é feita uma investigação controlada e orientada buscando estabelecer o modelo
operante da situação de trabalho.

13
 Diagnóstico operante

Diagnóstico Operante é a resultante da sistematização do pré-diagnóstico. Trata-se da


verificação científica do pré-diagnóstico mediante investigação sistematizada da situação de
trabalho. Constitui-se minimamente de:

 Um quadro de problemas;
 Um demonstrativo destes com base em dados sistematizados;
 Um elenco de recomendações (plano de ação).

2.1.3 Validação e Recomendações

Nesta parte final da AET é feita a validação dos problemas observáveis junto à gerência e
são listadas as recomendações e oportunidades de melhorias pertinentes.

3 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – GASAL

A gerência do terminal disponibilizou para a equipe de ergonomia as condições necessárias


para o desenvolvimento do trabalho.

Não foram observadas restrições de acesso aos empregados, à área operacional e aos
documentos pertinentes ao trabalho.

3.1 METODOLOGIA APLICADA PARA A REALIZAÇÃO DA AET

 Entrevistas: Foram realizadas entrevistas dirigidas aos Líderes de turno


(Responsáveis pelos operadores de Abastecimento), com o chefe de operação da pista, e
com o gerente da unidade.
 Fotos e filmagens: Estes recursos foram utilizados para analisar as situações de
trabalho mencionadas como demanda gerencial, sempre com permissão dos trabalhadores
envolvidos e com autorização prévia da INFRAERO.
 Documentos avaliados: PCMSO (Programa de Controle Médico em Saúde
Ocupacional) e PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) ambos dos anos de
2007 e 2008, atestado médico, quadro de abono, quadro de escala e dados populacionais.

14
 Pesquisas: na BRNet (rede interna da BR Distribuidora) , documentos referentes
aos afastamento médicos, Instrução de trabalho.

GOPA GASAL
GERENTE GOPA GOPA GASAL
ÁREA DE SMS OPERAÇÃO

Distancia do
Melhoria nas condições Avaliação física Escada utilizada Idade, PIT-
de trabalho do SRV e do no exame para o Problemas no deslocamento
CTA admissional abastecimento ombro das mangueiras
e Escada.

Tabela 01 – Demandas gerenciais

3.2 INSTRUÇÃO DA DEMANDA

3.2.1 Demanda Gerencial

A demanda gerencial: Melhoria nas condições de trabalho do SRV e o CTA.

GOPA:

Demanda:

 Melhoria no trabalho dos Operadores de Abastecimento. Existe um índice insatisfatório


de afastamento médico temporário, nesta atividade de trabalho. Realização de um estudo
para melhoria dos SRV e CTA.
 Necessidade da realização de uma revisão na Avaliação física do novo concursado. Esta
nova avaliação não veria só a capacidade Cardio-Respiratória e física mais também a
biomecânica laboral, isto é a capacidade de realizar uma tarefa específica.
 Escada: Localização e Material de confecção.

15
GASAL:

Demandas:

 Empregados afastados por causa de problemas no ombro


 Idade Avançada.
 Local do PIT 5, 6 e 7 fazendo com que o operador puxe muito a mangueira da primária
e ou a secundária.
 Escada: Mau posicionamento, o peso e a falta de manutenção nas rodas da escada
ocasionando dores lombares.
 Treinamento: Postura, forma de colocação da válvula primária no SRV.
 Hora extra

GS – Grupo de Suporte Situação em Foco Grupo em


Sub-Gerente GAREC Foco

Grupo de
Ação ergonômica ABASTECIMENTO TÉCNICO DE
DVA CONSULTORIA
DE AERONAVE ABASTECIMENTO
DE AERONAVE

GA - Grupo de
Acompanhamento
Coordenador GOPA

Figura 03 – Construção social

3.2.2 Análise Global

Mapeamento – Análise de Contingências

3.2.2.1 Produto e mercado

16
A BR Aviation é uma Unidade de Negócios da BR Distribuidora, cuja missão é prestar
serviços de abastecimento e atividades correlatas. Ocupa posição de líder no mercado
brasileiro de combustíveis de aviação, atendendo aos mais diversos segmentos: da aviação
executiva e pequenas empresas áreas regionais a grandes Cias. Aéreas nacionais e
internacionais, dentre elas a GOL, VARIG, TAM, UNITED AIRLINES, AMERICAN AIRLINES,
PLUNA, entre outras.

Identificada no mercado de aviação através da "marca BR Aviation", a Companhia está


presente em mais de 100 aeroportos em todo território nacional, além de Paraguai e Uruguai
compondo a maior rede de distribuição de produtos de aviação do Brasil. Sua rede de
distribuição é a maior do Brasil, com operação própria nos 14 principais aeroportos
brasileiros, e representados por seus Revendedores de Aviação nos demais.

A distribuição em 30 aeroportos, que corresponde a aproximadamente 80 % do volume


comercializado, é realizada por Rede de Hidrantes e nos demais, por Caminhão Tanque
Abastecedor (CTA). Os principais aeroportos onde a Petrobras opera com rede de hidrantes
são: Rio de Janeiro (Galeão), São Paulo (Guarulhos), Belo Horizonte (Confins), Brasília,
Campo Grande, Salvador, São Luís, Manaus, Belém, Porto Velho e Fortaleza.

PRODUTOS

1) Gasolina de Aviação – AVGAS-100


2) Querosene de Aviação – JET A-1
3) BR Jet Plus
4) Lubrax de Aviação naves, renovada e ampliada através de constantes investimentos.

SERVIÇOS DA GASAL

1) Abastecimento de Aeronaves
2) Destanqueio de aeronave
3) Carregamento de caminhão tanque
4) Aditivação de produto
5) Serviços administrativos
6) Descarrega de Caminhão tanque
7) Alinhamento de tanque
8) Alinhamento de válvulas
9) Medição de volume no tanque

17
3.2.2.2- Histórico da GASAL – GERÊNCIA DE AVIAÇÃO DE SALVADOR

A Gerência de Aeroporto Salvador é uma das unidades da GPA - Gerência de Produtos de


Aviação, unidade de negócios da PETROBRAS Distribuidora S.A., responsável pelo
recebimento, armazenamento e distribuição de produtos destinados ao uso aeronáutico
como combustível, lubrificantes e serviços de abastecimento de aeronaves dos clientes BR
que utilizam as instalações do Aeroporto Internacional de Salvador.

As instalações administrativas da Gerência de Aeroporto Salvador localizam-se na rua


Engenheiro Afonso Teixeira nº 2315 Salvador-Ba, CEP 41520-250, junto aos Terminais de
Carga do Aeroporto Internacional de Salvador.

As atividades desenvolvidas na GASAL são executadas por pessoal próprio e terceirizados


que vende JET A-1/AVGAS-100 e presta serviços para companhias aéreas nacionais e
estrangeiras, aviação executiva e militar. As características específicas do Aeroporto
Internacional de Salvador elevam a GASAL como uma das unidades mais importantes para
a PETROBRAS Distribuidora S.A.

Orientada pelo mercado e com foco no cliente e em seus aspectos significativos de meio
ambiente, segurança e saúde no trabalho, interpreta suas necessidades, acionando órgãos
internos e externos ao Sistema PETROBRAS.

A GASAL implementa e aperfeiçoa continuamente os mecanismos para avaliar a satisfação


de seus clientes, o cumprimento das normas aplicáveis, da política, diretrizes e objetivos e
metas traçados.

3.2.2.3-Histórico do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães

O Aeroporto Internacional de Salvador-Deputado Luís Eduardo Magalhães está situado


numa área de mais de seis milhões de metros quadrados, entre dunas e vegetação nativa. O
acesso viário do aeroporto já se transformou em um dos principais cartões postais da cidade.

O aeroporto não pára de crescer e responde por mais de 30% da movimentação de


passageiros do Nordeste.

 Diariamente, cerca de 35 mil pessoas circulam pelo terminal de passageiros do aeroporto.


Mais de 16 mil empregos, diretos e indiretos, são gerados para atender a uma média diária

18
de mais de dez mil passageiros, 262 pousos e decolagens, 249 vôos domésticos e 13
internacionais

3.2.2.4

Missão, Visão e Valores da Petrobras Distribuidora:

Missão

“Distribuir, industrializar e comercializar derivados de petróleo e seus correlatos, com


competitividade, rentabilidade e responsabilidade social e ambiental.”

Visão

“Ser líder de mercado nos segmentos em que atuar fazendo da marca PETROBRAS a
preferida de todos os consumidores”

Valores

Coerência;
Alinhamento;
Comprometimento;
Ética;
Prazer em servir;

Fidelidade à marca Petrobras;

Responsabilidade social e ambiental

3.2.2.5 Organização Geral:

A GASAL é uma unidade operacional da BR Distribuidora. A sede da BR se localiza no


prédio do EDIHB – Edifício Horta Barbosa, no bairro do Maracanã, na cidade do Rio de
Janeiro.

Não existe serviço médico na GASAL

19
Figura 04 – Organização geral da BR Distribuidora – GPA
Fonte: BRNet, 2008

3.2.2.6 População de Trabalhadores: Descrição do efetivo na atividade do pátio

A população de sessenta empregados na GASAL se divide em 32 empregados próprios e 28


contratados. Todos os contratos de trabalho são regidos pela CLT – Consolidação das Leis
Trabalhistas. Os empregados que realizam a operação de abastecimento são do sexo
masculino. Os empregados próprios são admitidos na empresa através de concurso público.

Estes empregados recebem vários benefícios como auxilio educacional para os filhos, plano
de saúde através da AMS – Assistência Multidisciplinar de Saúde, auxílio alimentação, cesta
básica além de participação nos lucros da empresa.

O Sindicato dos empregados próprios é o SITRAMICO- Bahia (Sindicato dos Trabalhadores


de Minérios e Derivados de Petróleo no Estado da Bahia).

20
32

31
30
29 Próprios
28 Contratados

27
26

Próprios 32
Contratados 28
.
Figura 05 : NÚMERO DE EMPREGADOS PRÓPRIOS E CONTRATADOS

O estudo da faixa etária da GASAL mostra que a população de empregados próprios tem
uma faixa etária maior que a população de empregados contratados. A faixa etária com
maior número de operadores próprios é entre 50 e 60 anos, enquanto a faixa etária com o
maior número de operadores contratados fica até 40 anos.

Faixa Etária GASAL

15

10

Próprios
5
Contratados

0
até 40 entre 40 e 50 entre 50 e 60
Próprios 2 9 10
Contratados 12 8 1

Figura 06 : FAIXA ETÁRIA DE EMPREGADOS

21
3.2.2.7 Aspectos geográficos

Está localizado em Salvador , capital de Bahia, e é um dos centros internacionais do


Nordeste.

As instalações administrativas da Gerência de Aeroporto de Salvador localizam-se :

POOL
BR
AVIATION-
GASAL

Foto 01– Vista de satélite da GASAL


Fonte: Google Maps, 2009 POOL
BR AVIATION- GASAL

Foto 02– Vista de satélite da GASAL 22


Fonte: Google Maps, 2009
3.2.2.8 Tecnologia

A tecnologia utilizada é o BR Aviation Card. Este sistema esta instalado em todos os


Caminhões e Servidores e só funciona para a venda de produto. O sistema não funciona
para destanqueio e devolução de destanqueio, o que para os técnicos é uma falha. Este é o
terceiro sistema para a operação de abastecimento de aeronave.

O sistema SAP só é acessado pelo Líder do turno na sala de controle da pista do aeroporto.

O Br Aviation Card é utilizado para lançar as vendas e conferir o CE (Controle de Estoque).

O SAP é utilizado para conferir a movimentação antes de ir para o faturamento, corrigir o


movimento quando necessário, fazer livro de ocorrência, notas de manutenção e também
lançar vendas quando o sistema BR Aviation Card está com problemas.

3.2.2.9 Estudo Microambiental: Avaliação de Riscos Ambientais

Riscos Ambientais
Ruído Nível elevado de Pressão Sonora. Categoria do Risco II.

Controle com o uso de protetor auditivo (tipo concha).


Iluminamento Recomenda-se uma melhoria na iluminação principalmente no
horário noturno.
Radiações ionizantes Não há atividades com radiações ionizantes.
Trabalho em condições Não há atividades em condições hiperbáricas.
hiperbáricas
Radiações não ionizantes Não há atividades com fontes de Radiações não ionizantes.
Vibrações Não há exposição a vibrações.
Frio Não foi observada nenhuma fonte de frio intenso.
Umidade Não foi observado nenhum trabalho que submete o trabalhador
à umidade excessiva.
Vapores orgânicos Exposição a hidrocarbonetos e outros compostos de carbono (n-
hexano). Causa QAV1, reabastecimento de aeronave,
tancagem, UAA e CTA. 50% da L.T., condição aceitável de
23
exposição. Controle com a utilização de luvas e óculos de
proteção.
Manuseio de óleos e graxas Utilizados pelos mecânicos, mas há utilização de luvas.
Agentes biológicos Em nenhuma atividade foi observada exposição a riscos
biológicos.

Tabela 02- Estudo dos riscos ambientais

3.2.2.10- Descrição do Fluxo de Produção

ABASTECIMENTO DE AERONAVE

FLUXO DE PRODUÇÃO

O mapeamento do fluxo de produção é o trajeto da produção de um produto, desde o


consumidor até o fornecedor. (RENTES, 2000).

Conforme a NBR ISO 9000:2000, "qualquer atividade, ou conjunto de atividades, que usa
recursos para transformar insumos (entradas) em produtos (saídas) pode ser considerado
um processo". Um processo é, portanto, a transformação de entradas em saídas (produto),
seguindo-se algum procedimento e sendo sempre monitorado (Figura 10).

Figura 07: O que é um processo?


Fonte: Rentes, 2000
24
O Combustível chega a GASAL através de transporte rodoviário do TEMAT. O combustível é
armazenado na área da BR no TEMAT em Mataripe e transferido via CT para a GASAL e a
REVENDA. Na GASAL não tem POOL. Todo mês tem uma previsão de venda e a cota da
Petrobras Distribuidora em média é de 12 000.m³.

A GASAL tem condição de armazenar 2000m³ (Dois tanques de 1000m³). No TEMAT tem
uma capacidade de armazenamento de 5000m³. Em média consumido em 1 semana.

Os responsáveis pelo controle de estoque conferem o estoque do dia anterior. O fechamento


do estoque é realizado as 24 h.

TEMAT

GASAL

PONTO DE
ENCHIMENTO QUERODUTO

CAMINHÃO SERVIDOR DE
TANQUE DE ABASTECIMENTO
ABASTECIMENTO

AERONAVE

Figura 08: Organograma de abastecimento de aeronave

25
3.3

26
ANALISE SISTEMÁTICA

A Análise Sistemática é dividida em quatro partes. A primeira parte é a Focalização, onde


levantamos informações sobre a atividade de trabalho e a situação de trabalho do da
GASAL.

A segunda parte é o Pré-diagnóstico, o diagnóstico inicial que será evidenciado com


argumentos eficazes.

A terceira parte é a realização do Modelo Operante ou Sistematização, isto é, colecionamos


fatos que verificam se o pré-diagnóstico é coerente.

3.3.1 Focalização

A focalização levanta os dados da situação foco: organização do trabalho, descrição da


tarefa, atividade de trabalho.

GASAL

ATIVIDADE
OPERACIONAL

FOCALIZAÇÃO

3.3.1.1 Organização temporal da GASAL- Abastecimento de aeronave.

Organização do trabalho:

A organização do trabalho define quem faz o que, como e em quanto tempo. É a divisão dos
homens e das tarefas.

Segundo Vidal em 2001, a organização do trabalho deve cuidar ao menos de cinco aspectos
interdependentes:

1. A repartição de tarefas no tempo (estrutura temporal, cadências de produção).

27
2. Os sistemas de comunicação, cooperação e interligação entre atividades, ações e
operações;

3. As formas de estabelecimento de rotinas e procedimentos de produção;

4. A formulação e negociação de exigências e padrões de desempenho produtivo, aí


incluídos os sistemas de supervisão e controle;

5. Os métodos de formação, capacitação e treinamento para o trabalho.

Estrutura Temporal:

Os técnicos de abastecimento de aeronave da GASAL trabalham 12 horas com 36 horas de


folga.

Os empregados contratados trabalham em horários diversos cobrindo o horário de maior


pico da aviação.

Volume de trabalho:

A GASAL realiza em média 75 abastecimentos por dia. O líder de turno realiza o


abastecimento junto com os técnicos por falta de mão de obra.

Os voos da GASAL são dividos entre a Petrobras distribuidora e a Revenda de aviação.


Atualmente a Revenda é responsável por 50 voos e a Petrobras distribuidora por 25 voos.

Existe o abastecimento que é considerado rápido em média 30 minutos e outros


considerados demorados em média 1 hora e 30 minutos.

28
Empresa Cliente da BR Aviation Número de vôos
diários
GOL linhas aéreas 32
AEROLINAS ARGENTINAS EVENTUAL
TOTAL –CARGUEIRO 1
TAF 1
PARTICULAR EXECUTIVO EVENTUAL
PATIO MILITAR EVENTUAL
AMERICAM AIRLINE 1
OCEAN AIR 2
TAM 9
WEBJET 11
PASSAREDO 2
TRIP 5
CONDOR 2 X NA SEMANA

Tabela 03 Número de vôos por Cliente da BR Aviation

3.3.1.2 Sistema de comunicação

Os técnicos trabalham com o rádio de comunicação. Existe uma freqüência única da BR. O
rádio de comunicação é utilizado pelos técnicos que estão realizando a tarefa de
abastecimento para se comunicar com o líder de turno que fica no posto de controle, ou seja,
toda e qualquer comunicação é realizada entre o operador na pista e o líder de turno é
através do rádio.

Existem inúmeras situações em que o técnico precisa utilizar o rádio de comunicação. Entre
as principais descrevem-se: Falha do Servidor na hora do abastecimento, necessidade de
reforço, mudança do número do vôo e mudança de aeronave.

3.3.1.3 Forma de estabelecimento de rotina e procedimento de produção:

O procedimento de produção segue a instrução de trabalho interno que tem o objetivo de


estabelecer a sistemática de um procedimento. Esta instrução interna é elaborada e
registrada no sistema de padrões da BR.

29
No caso do abastecimento de aeronave segue-se a instrução de trabalho da GPA ITG-
GASAL-010-007, que foi revisado pela última vez em 14/09/2009.

3.3.1.4 Descrição da tarefa:

ATIVIDADE BÁSICA DO REOPE- OPERAÇÕES

Atribuições básicas do Operador de abastecimento

Empregado habilitado a executar a tarefa: Assistente Técnico de Abastecimento, Técnico de


Abastecimento.

 Executar operações de abastecimento de aeronaves;


 Executar testes e ensaios de controle de qualidade em amostras de QAV-1;
 Conduzir servidores de hidrante;
 Conduzir caminhões tanque abastecedores;
 Executar todas as verificações e testes diários em instalações fixas e móveis;
 Preencher formulários inerentes as atividades realizadas;
 Solicitar manutenção corretiva dos equipamentos fixos e móveis;
 Atuar em serviços externos de acordo com a determinação do supervisor;
 Realizar operações de destanqueio de aeronaves;
 Executar vendas à vista;
 Executar fechamento físico e contábil dos CTA e tanques fixos, pesquisando as
variações que se apresentarem acima dos limites estabelecidos;
 Executar carregamento de CT para outros estabelecimentos;
 Executar recebimento de QAV-1 por CT;
 Executar manobras e/ou alinhamentos de tanques e linhas para recebimento,
armazenagem, expedição e circulação de QAV-1;
 Operar o ponto de testes de UAA, executando os alinhamentos necessários;
 Operar sistema de separação de água e óleo;
 Executar esgotamento e limpeza de caixas de hidrante fora do horário de atuação da
equipe de manutenção;
 Executar medição de nível e temperatura em tanques;
 Executar amostragem em QAV-1;
 Aditivar QAV-1 com dissipador de cargas eletrostáticas;

30
 Verificar e solicitar reparo de qualquer tipo de vazamento nos equipamentos fixos e
móveis;
 Realizar monitoramento do lençol freático e dos poços de recalque.
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de SMS - Meio Ambiente Saúde e
Segurança.

ATIVIDADE DO REOPE

Coordenar operações de recebimento de combustíveis de aviação, armazenagem e


expedição;

 Solicitar materiais de uso e consumo;


 Atestar NF’s apropriando os custos para pagamento;
 Elaborar o PAN, anualmente, da COPE-POOL;
 Elaborar procedimentos relativos ao processo;
 Elaborar subsídios técnicos para contratação e/ou aquisição de produtos e serviços;
 Acompanhar diariamente os registros nos Livros de Ocorrências no GACNF;
 Manter atualizado o dimensionamento dos recursos frota x pessoal de acordo com o
mercado;
 Analisar a escala de revezamento após ter sido elaborada pelo LT;
 Coordenar a programação de férias dos funcionários envolvidos na Operação;
 Pré-avaliar o desempenho dos funcionários envolvidos na Operação;
 Prestar apoio operacional para a atividade de revenda;
 Coordenar e realizar o controle de qualidade dos combustíveis de uso aeronáutico;
 Acompanhar a atividade de recebimento de QAV-1, em função das informações da co-
proprietária para retirada;
 Realizar as atividades de transferência de QAV-1, via CT`s, para a revenda de Brasília
(Aeroprest);
 Levantar necessidade de treinamento interno e externo e realizar treinamento interno
conforme necessidade em sua área.
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

31
ATIVIDADE BÁSICA DO REMAM – MANUTENÇÃO

Planejar a manutenção preventiva e preditiva dos equipamentos móveis;

 Interpretar desenhos, plantas, projetos, esboços e esquemas relativos aos serviços a


serem executados;
 Acompanhar testes em máquinas e equipamentos após reparos e montagens, certificando
se todos os defeitos foram eliminados e de que os mesmos se encontram em perfeitas
condições de funcionamento;
 Elaborar orçamento dos serviços de instalação e manutenção de equipamentos
próprios e de clientes/revendedores;
 Avaliar e conferir faturas de empreiteiras atestando e enviando a gerência para aprovação;
 Solicitar materiais e serviços utilizados nas manutenções preventivas e reparo de
equipamentos sob sua responsabilidade;
 Orientar e treinar usuários dos equipamentos e prestadores de serviços quanto a operação
e procedimento de controle e testes;
 Implementar ações que resultem em melhoria da qualidade do trabalho, redução de
custos, satisfação dos clientes;
 Manter estreito contato com os clientes a fim de obter melhor fluxo de informação
inerentes a performance dos equipamentos;
 Pesquisar recursos tecnológicos para aplicar nos equipamentos, visando melhorar os
processos com a melhor relação custo benefício;
 Especificar contratos de manutenção que se adéqüem a necessidade;
 Promover reuniões periódicas com toda a equipe de manutenção onde serão apresentados
os planos de manutenção por parte dos prepostos dos contratos;
 Analisar as propostas de preços para aquisição de materiais e serviços inerentes a sua área
de atuação;
 Levantar necessidade de treinamento interno e externo e realizar treinamento interno
conforme necessidade em sua área.
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de Segurança, Meio Ambiente,
Saúde e Segurança.

32
ATIVIDADE BÁSICA DO REEST- ESTOQUE, FATURAMENTO E FISCAL

Coordenar e controlar os estoques da GASAL;

 Levantar necessidade de treinamento interno e externo e realizar treinamento interno


conforme necessidade em sua área;
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde.
ATIVIDADE BÁSICA DO READM- ADMINISTRATIVAS

 Gerir as orientações oriundas da área jurídica do Sistema Petrobras inerentes a


aquisições de materiais e serviços;
 Coordenar os trabalhos realizados nos almoxarifados, distribuindo tarefas, acompanhando,
controlando e administrando os estoques de materiais do GASAL;
 Administrar a atividade de recursos humanos do GASAL;
 Gerir as atividades administrativas afetas ao GASAL;
 Acompanhar os registros/classificações contábeis, internas e externas, tanto do GASAL
quanto das revendas, promovendo eventuais correções, estornos, etc., de forma que os
registros de custos corporativos reflitam a realidade;
 Assessorar o Supervisor do GASAL e as Responsáveis pelas Atividades na busca de solução
relacionada a problemas inerentes as atividades relacionadas ao controle de custos, registros
contábeis;
 Propor, acompanhar e controlar os programas de investimento e custeio do GASAL e
respectivas revendas;
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde.

ATIVIDADES BÁSICAS DO RECOM- COMERCIAL

Administrar os contratos firmados com os órgãos administradores dos aeroportos quanto a


sua validade e atendimento das obrigações contratuais;

 Desenvolver as atividades de Marketing e Vendas junto a Clientes e Revendedores


atuais e potenciais;

33
 Estreitar o relacionamento comercial com os clientes através de contatos para
conhecer suas expectativas quanto aos aspectos de preço, prazo e práticas
administrativas;
 Garantir o suprimento adequado de lubrificantes aos aeroportos operados por
Revendedores e aos Clientes;
 Levantar necessidade de treinamento interno e externo e realizar treinamento interno
conforme necessidade em sua área;
 Confeccionar DTMs;
 Confeccionar relatório de atividades;
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de Segurança, Meio Ambiente e
Saúde.
ATIVIDADES BÁSICAS DA RESEG- ATIVIDADES SEGURANÇA E SÁUDE

Inspecionar e controlar os extintores de incêndio;

 Assessorar as atividades da CIPA, tais como reuniões mensais, elaboração/revisão dos


Mapas de Riscos Ambientais;
 Realizar inspeções de segurança quanto à conformidade de operação/componentes;
 Manter registro dos acidentes e promover medidas para redução dos níveis de acidentes;
 Realizar treinamentos, teórico/prático, institucionais de prevenção de acidente, inclusive
aos terceiros e contratados;
 Registrar ocorrências anormais, tais como vazamentos/derrames de produtos, colisão de
veículos, acompanhando as medidas corretivas;
 Elaborar Planos de Segurança e de Controle de Emergência;
 Assessorar os Coordenadores:
- na elaboração de pareceres sobre a segurança de obras, instalações industriais e
equipamentos;
- na recomendação de medidas de proteção necessárias aos locais de trabalho;
- nos estudos sobre problemas de proteção ao meio ambiente, saúde e segurança;
- no planejamento de sistemas de segurança industrial e de proteção ao meio ambiente e
saúde;
- no planejamento de programas de treinamento geral no que concerne a Segurança,
proteção ao Meio Ambiente e Saúde.
 Realizar palestras sobre assuntos de Segurança Industrial, de proteção ao Meio Ambiente
e Saúde;
34
 Elaborar e liberar trabalhos a frio e a quente nas instalações móveis (UAA) e fixas;
 Liberar trabalho de pintura e/ou limpeza interna de tanques das instalações móveis (UAA)
e fixas;
 Supervisionar e homologar os registros, relativamente aos testes periódicos realizados nos
equipamentos de combate a incêndio;
 Controlar análise de efluentes líquidos;
 Investigar causa de acidentes, emitindo parecer e sugerir medidas preventivas;
 Implantar Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais;
 Elaborar e enviar documentos ao Ministério do Trabalho;
 Levantar necessidade de treinamento interno e externo e realizar treinamento interno
conforme necessidade em sua área.
 Zelar pelo cumprimento dos regulamentos internos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde.

3.3.1.5 Dispositivo de trabalho:

UAA ANO Capacidade Nº Frota


SRV 1999 x 2054
SRV 1999 X 2061
CTA 2001 18m³ 1250
CTA 1987 33m³ 1062

Tabela 04- Equipamentos SRV e CTA- GASAL

A GASAL tem 6 Caminhões tanque de abastecimento e 2 Servidores de abastecimento na


RASAL ( Revenda de aviação de Salvador).

35
3.3.2 Sistematização

Estudo dos técnicos da GASAL

Atualmente a GASAL tem 16 técnicos de abastecimento de aeronave, porém só 8 técnicos


realizam o abastecimento de aeronave. Os outros 8 empregados estão com
comprometimento de saúde e não realizam a atividade de abastecimento.

Com esta redução do número de técnicos realizando a atividade de abastecimento


ocorre uma sobrecarga física nos técnicos que realizam a atividade o que aumenta o risco
de lesão músculo-ligamentar.

Outro fator importante é a migração do técnico de abastecimento de aeronave para outras


atividades da GASAL não diminuindo o afastamento médico, só ocorre a migração do
empregado com a saúde comprometida para uma outra a atividade.

Sobre as condições físicas dos técnicos, vale ressaltar que 55 % dos empregados que
responderam ao questionário são sedentários. O Sedentarismo para os técnicos que
realizam uma atividade que requer esforço físico.

60%

50% 55%

45%
40%
Não sedentários
30% Sedentários

20%

10%

0%
Sedentarismo

Figura 10: Sedentarismo dos operadores da GASAL

36
3.4 Análise das Demandas

3.4.1 Condições físicas dos operadores de abastecimento de aeronave.

Estudo dos técnicos: Postura, Idade, Peso, Dor e Sedentarismo.

A Postura pode ser definida como um arranjo relativo de partes do corpo. Na boa postura,
toda musculatura, articulação e estruturas esqueléticas estão em estado de equilíbrio. Uma
postura equilibrada protege as estruturas corporais contra lesões ou deformidades. (Iunes,
2005).

Segundo Chaffin e Naderson apud Salvendy (1997) a biomecânica ocupacional é o estudo


da interação física dos trabalhadores e seus instrumentos, máquinas e matérias para
aumentar a performance, enquanto minimiza os riscos de lesões músculos esqueléticas.
Para Iida (1990), a biomecânica ocupacional analisa basicamente a questão das posturas
corporais no trabalho e aplicação de forças, as quais estão relacionadas ao tipo de trabalho
muscular (estático ou dinâmico) e aos tipos de alavancas existentes no corpo humano na
execução dos movimentos.

A etiologia das dores (algias) de coluna são multifatorias, oriundas de causas físicas,
como fatores genéticos, traumas, posturas inadequada, levantamento e transporte de cargas
pesadas, tipo de trabalho muscular e fatores degenerativos; ou desencadeadas por causas
de origem psicossomáticas, como o estresse. (CARDIA, 1999).

Os custos estimados com cuidados atribuídos à dor lombar excedem 25 bilhões de


dólares por ano nos Estados Unidos acometendo cerca de 80 % da população.
(STARKWETHER, 2006). Esta disfunção pode chegar à cronicidade em 5 a 10 % da
população. (DECCACHE et al, 2007).

As dores lombares têm também uma relação com o sobrepeso, que segundo a
ABESO (Associação Brasileira para Estudos da Obesidade) as estruturas articulares são
acometidas com o sobrepeso, gerando dores agudas. Outras repercussões do sobrepeso na
saúde são: o aumento do colesterol, hipertensão arterial, diabetes, alterações
dermatológicas e complicações das funções ortopédicas e respiratórias, e várias outras
(Constantino e Lopez, 1999).

Apesar de numerosas causas e fatores de risco que estão relacionados com a


lombalgia, vários pesquisadores a caracterizam como uma doença de pessoas com vida
sedentária; a inatividade física estaria relacionada direta ou indiretamente com dores na
37
coluna; a maior parte da atenção dirige-se a considerá-la um subproduto da combinação da
aptidão músculo-esquelética deficiente e uma ocupação que force essa região . (Knoplick,
1986)

O estudo dos técnicos da GASAL verifica que 65% dos empregados são acometidos
por algias. A região do ombro e da coluna acomete a 65% da população. O estudo também
verifica que os empregados estão com sobrepeso.

70%

60% 65%

50%

40% Com dor


35% Sem dor
30%

20%

10%

0%
Com dor Sem dor

Figura 11: Quadro álgico da GASAL

As causas do quadro álgico dos técnicos são multifatorias, a idade avançada, o sobrepeso e
a postura adotada para a realização da atividade contribuem para o alto índice de dor
lombar. Os técnicos relatam que a posição que a escada (equipamento utilizado para a
realização da atividade), no servidor de abastecimento e no caminhão tanque, gera dor na
região lombar. Neste estudo faremos uma aprofundada investigação sobre a localização da
escada.

Outra queixa importante dos técnicos é o quadro álgico nos ombros. Este quadro álgico
provavelmente esta relacionada á distância de deslocamento da válvula primária até a asa
do avião. As válvulas pesadas dos tanques e a altura que se encontram aumentam também
o risco de lesão no ombro. A distância de deslocamento da mangueira da válvula primária
se faz necessária por causa da distância dos PIT 5, 6 e 7. Faremos um estudo investigar o
quadro álgico de ombro.

38
3.4.2 Trabalho com Computador:

O trabalho com o microcomputador gera danos a saúde física dos trabalhadores, estes
danos prejudicam o desempenho profissinal. Os membros superiores são os mais
acometidos com a mialgia (desconforto, sensações de dormência e formigamento ao longo
do pescoço, ombros e membros superiores).

Os computadores laptops são uma parte das vidas de muitas pessoas hoje. Porém, se por
um lado eles melhoram a eficiência do trabalho e aumentam as possibilidades recreativas, o
uso dos laptops está causando estragos nos membros superiores do nosso corpo. Os
laptops foram originalmente projetados para portabilidade e uso de curta duração. Porém,
seu uso mudou devido à melhoria da velocidade e capacidade de armazenamento, que
permitem muitas pessoas substituir computadores de mesa por um laptop. Além disso, as
situações nas quais os laptops são usados foram estendidas ao planejamento externo,
apresentação de idéias para grupos de expectadores, tomada de notas em reuniões,
apresentação de relatórios, navegação na internet, leitura e escrita, e até mesmo assistir
jogo esportivos e filmes. Um benefício final é que o laptop é flexível e adaptável a muitos
ambientes, assim o usuário pode mudar seu posicionamento freqüentemente.

Até mesmo fabricantes de laptops fornecem advertências e informação relativas aos


problemas ergonômicos associados ao seu uso. O problema principal com os laptops é que,
visto que eles não têm uma tela e um teclado destacáveis, não há nenhuma postura que
esteja completamente correta enquanto os esteja usando. A figura abaixo ilustra três
posturas potenciais e os problemas relacionados. (GRIFFIN, 2001)

Figura 12 – Posturas inadequadas durante o uso de laptops

39
Figura 13 – Posturas inadequadas durante o uso de laptops

3.4.3 Escada: Localização e Material de confecção.

A GASAL havia realizado uma análise ergonômica do trabalho EM 2005 e algumas


melhorias já havim sido implantadas visando o conforto e a saúde do trabalhador, porém a
escada continua sendo motivo de queixa entre os operadores de abastecimento de
aeronave.

A escada atual encontra-se em uma posição que obriga o operador a suportar uma carga
realizando uma flexão e rotação de tronco que gera agravos a saúde física do trabalhador.

Segundo a NR 17, item 17.2.2, não deverá ser exigido nem admitido o transporte e ou
levantamento manual de cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de
comprometer sua saúde ou segurança. O fato de a legislação permitir transporte e
levantamento de carga com limites muito elevados, não quer dizer que devemos nos ater
aos mesmos. Quanto mais leve for a carga menor é a possibilidade de o trabalhador
comprometer sua saúde.

Sabe-se que o peso da escada é um dos aspectos negativos da mesma, mas o pior aspecto
é o posicionamento da escada nos servidores de abastecimento e nos caminhões tanque de
abastecimento.

40
A movimentação manual de cargas é uma atividade suscetível de envolver vários riscos não
só adjacentes ao trabalho físico desenvolvido pelo trabalhador para movimentar as cargas,
mas também relacionados com a própria composição dessas mesmas cargas – muitas
vezes constituídas por diversificados materiais, nem sempre completamente inócuos.
(Grandjean, 2000)

Em termos biomecânicos, no processo de movimentação de cargas, o peso dos segmentos


corporais juntamente com a carga transportada corresponde à resistência e a força muscular
exercida para realizar o trabalho corresponde à força de potência. (Iida, 2008)

Segundo NIOSH, cerca de 25% de todas as lesões que ocorrem na indústria estão
diretamente relacionadas com o levantamento, transporte e deslocação de materiais. Dores
nas costas, hérnias, lesões nos pés e mãos são conseqüências normais dos levantamentos
que estão para além da capacidade física dos trabalhadores ou ainda da aplicação de
métodos de trabalho impróprios.

As características e o tipo de carga que se movimenta interferem na conclusão quanto o


agravo a saúde. Tivemos caso de entorece de tornozelo pois os operadores trabalham com o pé
invesado e apoiam na

O Decreto de lei nº 1254, desenvolvido para cumprir a Convenção nº. 155 da Organização
Internacional do trabalho, (adotada e já ratificada em dezenas de países inclusive o Brasil),
estabelece o regime jurídico de enquadramento da segurança, higiene e saúde do trabalho.
Este decreto pretende corresponder à necessidade de fixação de prescrições mínimas de
segurança e saúde na movimentação de cargas, garantindo assim a melhoria da prevenção
e proteção dos trabalhadores envolvidos nessas operações.

Segundo o artigo 5º do Decreto de lei, a avaliação de riscos da carga deve considerar a sua
característica e o esforço físico exigido.

As características da carga segundo DL 1254:

a) Carga demasiado pesada - superior a 30 kg em operações ocasionais e superior a 20


kg em operações frequentes;
b) Carga muito volumosa ou difícil de agarrar;
c) Carga em equilíbrio instável ou com conteúdo sujeito a deslocações;
d) Carga colocada de tal modo que deve ser mantida ou manipulada à distância do
tronco, ou com flexão ou torção do tronco;

41
e) Carga susceptível, devido ao seu aspecto exterior e à sua consistência, de provocar
lesões no trabalhador, nomeadamente em caso de choque;

O esforço físico exigido segundo DL 1254:

a) Quando seja excessivo para o trabalhador;


b) Quando apenas possa ser realizado mediante um movimento de torção do
tronco;
c) Quando possa implicar um movimento brusco da carga;
d) Quando seja efetuado com o corpo em posição instável.

Provavelmente, a constituição do material da escada, sua forma, seu volume, sua pega, sua
localidade no contexto do espaço de trabalho, o seu peso e o movimento de torção do tronco
para seu manuseio, fazem com que, mesmo com a duração de tempo de movimentação da
carga e a freqüência de utilização da mesma baixa (uma vez por hora), a escada seja uma
ferramenta de trabalho que causa agravo á saúde.

Cerca de 65% dos EMPREGADOS da GASAL sentem ou sentiram dores na região ombro e
da coluna.

PROBLEMAS ENCONTRADOS NA ESCADA ATUAL:

 Profundidade do degrau insuficiente


 Peso
 Suporte para a válvula primária inadequado
 Rodas frágeis
 Pega ruim
 Qualidade da solda ruim
 Guarda-corpo mal ajustado
 Pé da escada impróprio para o chão abrasivo
 Posicionamento no Servidor e no Caminhão

3.4.4 Estudo das Unidades abastecedoras de aeronaves (UAA)

 Postura

42
A postura laboral é influenciada pelo tipo de trabalho e pela ergonomia do posto de trabalho
e fundamentada para uma vida saudável e para a prevenção de lesões dos sistemas
osteomioligamentares.

O trabalhador adota determinadas posturas que geram alterações no equilíbrio muscular


desenvolvendo assim as alterações posturais.

Como exemplo destaca-se a tarefa de retirar da válvula secundária do Servidor. Se o técnico


de abastecimento adotar a postura de flexão da coluna com os membros inferiores
estendidos, ele poderá desenvolver uma alteração na pelve, um aumento da curvatura
lombar e uma hérnia de disco. Se o mesmo técnico de abastecimento flexionar os membros
inferiores diminuirá a força de alavanca da coluna lombar e com isso reduzirá o risco de
agravo a coluna lombar.

Outro exemplo é carregamento da válvula secundária sem a utilização do “cachorrinho”


como suporte. O técnico de abastecimento que adota tal postura poderá sofrer contração e o
fortalecimento dos músculos paravertebrais contralaterais ao movimento podemos causar
uma escoliose. A escoliose é uma curvatura inadequada da coluna que gera dores.

A forma com que o técnico acopla a válvula também é outro exemplo, pois, interfere na força
por ele executada. O técnico bem treinado consegue fazer com que a mangueira suporte o
apoio da válvula primária no momento da acoplagem. Quando o técnico não sabe realizar
bem esta manobra de sustentação ele faz mais esforço com os braços e consequetemente
aumenta o risco de lesão nas estruturas do ombro.

A postura adotada pelo técnico ao subir ou descer da UAA também pode causar agravos a
sua saúde, pois se ele não descer adequadamente poderá realizar rotações na coluna. A
rotação de coluna é muito limitada, sua amplitude é limitada a 10º e com isso facilmente o
técnico pode adotar uma postura que exceda a esta amplitude causando uma rotação
excessiva na coluna e no disco intervertebral gerando a herniação discal.

Enfim, provavelmente a realização de um treinamento de conscientização ergonômica,


diminuirá os riscos de lesões, pois muitas vezes o técnico de abastecimento na tem
consciência que ao adotar uma postura inadequada ele poderá estar gerando uma doença
osteomioligamentar.

3.4.5 Treinamento

43
Goldstein (1991) define o processo de Treinamento como a aquisição sistemática de
atitudes, conceitos, conhecimentos, regras e habilidades que resultam em uma melhoria do
desempenho no trabalho. Assim, o treinamento é caracterizado como uma ação
intencionalmente planejada para produzir melhorias de desempenho dos profissionais de
uma empresa.

Outras definições de treinamento como a de Borges-Andrade (2002), também destacam,


como característica essencial do treinamento, a intencionalidade da organização em produzir
mudanças positivas no desempenho das pessoas. O treinamento é, então, uma atividade
planejada para aperfeiçoar o desempenho atual ou promover o desempenho futuro dos
profissionais de uma empresa. Nesse sentido, avaliar treinamentos significa atribuir o valor
do treinamento em termos de suas contribuições para o desempenho do indivíduo, do grupo
e da organização (impacto), bem como identificar as condições necessárias para que um
evento de treinamento gere os resultados esperados, e os procedimentos que precisam ser
modificados para a promoção de melhores resultados no futuro. Assim, avaliar treinamentos
significa também colher subsídios para tomada de decisões relacionadas à seleção, adoção,
valor e modificação de atividades instrucionais (Goldstein, 1991).

O treinamento por tanto é um meio de desenvolver competências nas pessoas para que elas
se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, a fim de contribuir melhor para os
objetivos organizacionais. O treinamento que não tem como objetivo a inovação e a
criatividade e só a produção não consegue atingir os objetivos organizacionais de
desempenho. (Chiavenato, 1999).

Ivancevich relata ainda que, o treinamento é um processo sistemático, para alterar o


comportamento dos empregados na direção dos objetivos organizacionais. Em outras
palavras o treinamento é importante para a mudança comportamental dos empregados.

Segundo Vidal (2001), o delineamento do projeto ergonômico, o treinamento de pessoal e a


organização do trabalho, se combinam, dialogam e convergem para resultados; dentro do
que chamamos Ação Ergonômica. Integrando uma boa parte das sugestões do pessoal é
excelente - a pessoa se conscientiza, até porque isso é um processo educativo. Quem
aprende certo, faz correto.

O procedimento gerencial da GASAL (PG-GASAL-004) relata que as necessidades de


treinamento podem ser identificadas a partir de várias informações, dentre elas:

44
 Observação da atuação dos colaboradores.
 Atuação do colaborador em atividade que possa causar impacto ambiental ou riscos para
segurança e saúde.
 Reciclagem de conhecimento.
 Implementação de novos equipamentos, metodologias, procedimentos, instruções de
trabalho, planos da qualidade, etc. Nestes casos, podem ser objeto do treinamento apenas
os itens modificados, bem como pode ser usada a modalidade de simples leitura.
 Implementação de ações corretivas.
 Contratação ou transferência de novos colaboradores. Nestes casos o colaborador
necessita apenas de treinamento nos assuntos que diferem de sua matriz de treinamento
anterior.

Na GASAL existe o treinamento chamado de treinamento no local de trabalho (TLT), que


é aquele que visa capacitar os colaboradores a exercitar as atividades rotineiras, conforme
estabelecidas nos Manuais, Procedimentos, Instruções de trabalho e Planos da sua área de
saúde. Existe um planejamento anual de treinamento. A responsabilidade da execução do
TLT é dividida conforme a matriz de capacitação.

Existe também, a verificação do ciclo do trabalho chamado de VCT, que é uma análise
conjunta, realizada pelo supervisor e o empregado, com a finalidade de garantir que os
funcionários se mantenham atualizados e conheçam as práticas e procedimentos. O VCT
tem duas etapas. Uma etapa é feita fora do local de trabalho, aonde o supervisor realiza
perguntas para os operadores. A outra etapa é feita no local de trabalho aonde o funcionário
realiza o trabalho conforme o procedimento e, o supervisor identifica alguns itens como: a
diferença em como o trabalho é realizado em comparação com o procedimento e quais são
os riscos da operação/atividade que não estão contemplados no procedimento. A avaliação
final do VCT deve ser discutida entre o operador e supervisor e este deverá fazer conforme a
necessidade anotar as revisões necessárias.

O VCT é realizado nas seguintes instruções de trabalho:

 Abastecer aeronave

45
 Encher CTA
 Verificação diária UAA

O treinamento é realizado pelo coordenador de pátio que tem excelência na prática da


execução da tarefa, porém segundo Aroni, embora a prática seja o grande ponto de
referência do instrutor, a atuação sem conhecer os fundamentos teóricos que embasam a
sua prática, empobrece a própria prática naquilo que ela possui de mais importante: o poder
de transformar a realidade por meio do questionamento da mesma. Aroni também afirma
que, com certeza, caminhará melhor o instrutor que refletir criticamente sobre sua ação, que
for capaz de ajuizar a sua prática e tomar consciência dos fundamentos teóricos que
sustentam e informam a sua atuação.

Atualmente não existe na matriz de capacitação o treinamento quanto aos riscos


ergonômicos da atividade. Existe a preocupação da Gerência em atualizar seu treinamento e
incluir a ergonomia como item de prevenção de risco à saúde.

No segundo semestre de 2008 a Gerência de Produto de Aviação (GPA) em conjunto com a


DVA consultoria, implantou um programa de gestão de riscos ergonômicos que teve o inicio
em 2009. Neste programa foi realizado a capacitação de facilitadores ajudará a levantar
demandas e identificar os riscos ergonômicos inerentes da atividade de abastecimento de
aeronave.

Provavelmente a falta de uma metodologia didática para ministrar a matriz de capacitação


gere a insatisfação quanto aos treinamentos. Os treinamentos não são realizados de forma
interativa, o que para muitos operadores não acrescentam o seu conhecimento gerando
desinteresse. O treinamento tem uma organização temporal pré-definida, porém, uma
metodologia de aplicação inadequada para o aprendizado. Falta ao treinamento à inovação,
a criatividade para gerar o desejo de aprender.

46
Resgatar: Produzir
Buscar o Ensinamento
Conteúdo

TREINAMENTO

Sistematizar:
Incorporar
Problematizar:
elementos
Buscar
conhecimento científicos
básicos

Figura 14: Metodologia para treinamento.


Fonte: Chiavenato, 1999

3.5- Demanda Ergonômica: Validação das demandas gerências.

A partir da análise das diversas demandas gerenciais foram levantados vários aspectos
ergonômicos de diferentes demandas.

Abaixo estão relacionados os aspectos ergonômicos destacados durante a análise global.

3.5.1 Condicionamento físico

 Sobrepeso
 Sedentarismo

47
40

35

30

25
IMC EMPREGADOS
20
IMC NORMAL
15

10

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21

Figura 15: IMC DOS OPERADORES GASAL

3.5.2 Escada

 Postura laboral inadequada: profundidade do degrau, localização do suporte da válvula


primária, postura para o acoplamento de válvula primária

Foto 03 – Escada – aspectos ergonômicos 48


 Levantamento e transporte de carga: Pega ruim e peso excessivo

Foto 04– Escada – aspectos ergonômicos

Foto 05 – Escada – aspectos ergonômicos

49
 Localização nas UAA: Sobrecarga física na coluna lombar

Foto 06– Escada no CTA – aspectos ergonômicos

Foto 07– Escada no CTA– aspectos ergonômicos

50
Foto 08– Escada no SRV– aspectos ergonômicos

3.5.3 Treinamento

 Ausência de metodologia didática;


 Ausência de um programa de treinamento e desenvolvimento interativo;
 Ausência da avaliação do treinamento;
 Desinteresse por parte dos operadores;
 Falta de recurso humano: treinador teórico;
 Ausência de Ergonomia nos treinamentos.

3.5.4 Reorganização de Layout:

 Sala de Operação: Novo Layout

51
Foto 09 – Sala de Operações

Foto 10 – Sala de operações

52
3.5.5 Servidor de hidrante e Caminhão tanque abastecedor:

 Postura inadequada adotada para a realização da tarefa;


 Necessidade de Padronização dos Servidores e Caminhão tanque de abastecimento.

Mangueira
Primária
CAMINHÃO Nº FROTA 2054

Suporte para Válvula de fecho-


acesso a válvula rápido da
de fecho-rápido. mangueira
primária

Mangueira
Secundária.
Suporte para a
válvula
secundária.

Foto 11 – SRV 2054

53
Cabo Deadman

Cabo terra

Foto 12 – SRV 2054

Apoio para a
retirada da
válvula primária.

Foto 13 – Detalhe: Suporte da mangueira


54
Foto 14 – Detalhe: Suporte para o TMF

3.5.5 Parque de Tanques:

 Inadequação do posicionamente de válvula:

Foto 15– Válvula do tanque de gasolina


55
 Necessidade de automação das válvulas do tanque: Válvulas pesadas com grande
risco de lesão da coluna lombar e ombros. Válvula de gaveta motorizada

Foto 16– Válvula do tanque

Foto 16– Válvula do tanque

56
3.5.6 Pré- diagnóstico

Aparentemente os fatores em relação ao condicionamento físico, os equipamento e o


treinamento que constatamos em nossas observações, conversas e análise de documentos
fazem com que os trabalhadores trabalhem estressados e com risco a saúde física, o que é
bastante provável que explique o fato de ter acontecido os afastamentos médicos
temporários.

3.5.7 Diagnóstico operante

Após ser realizado o modelo operante isto é, o registro do objeto do curso da ação, surge
um diagnóstico preliminar. Este diagnóstico aponta o motivo pelo qual os problemas
acontecem e as oportunidades de melhorias.

Quadro de Problemas no abastecimento de aeronave:

 Falta de condicionamento físico;


 Inadequação da escada de abastecimento;
 Inadequação dos Servidores para abastecimento de avião de asa baixa;
 Inadequação do treinamento dos operadores;
 Inadequação do Layout do posto de abastecimento;
 Adequação das instalações administrativas a NR !7;
 Inadequação das válvulas dos tanques.

3.6- OPORTUNIDADES DE MELHORIA

Soluções ergonômicas propostas pela EQUIPE DE ERGONOMIA

3.6.1- TREINAMENTO

3.6.1.1-Elaboração de um treinamento para a capacitação e conscientização quanto


aos riscos ergonômicos.

O objetivo do treinamento para capacitação e conscientização ergonômica:

 Capacitar os participantes para identificar aspectos do trabalho que podem expor os


trabalhadores a riscos de afecções musculoesqueléticas,

57
 Reconhecer sinais e sintomas das afecções,
 Aprender a controlá-los ou preveni-los.

A capacitação dos trabalhadores permite que estejam bem informados sobre os riscos e que
possam participar ativamente das comissões de saúde ou equipes localizadas.

PROPOSTA DE TREINAMENTO ERGONÔMICO?

O treinamento de ver ser realizado conforme as necessidades dos trabalhadores e estar


baseado em análises e evidências da existência de problemas.
O treinamento é um programa interativo com vídeo, que utiliza de materiais que ajudam na
aprendizagem.
A análise de filmagens de postos de trabalho deverá ser incluída no programa interativo, pois
é um elemento importante para determinação de aspectos do trabalho que podem estar na
origem das LER/DORT, tais como a extensão dos movimentos e das posturas dos
trabalhadores enquanto eles executam suas tarefas, tempo e frequência dos movimentos e
posturas, pausas, etc.
Definição de etapas:
1- Conhecimento do corpo humano, estruturas ósseas e ligamentares.
Exemplo de figura: demonstração disco intervertebral da coluna:

2- Conhecimento da biomecânica corpórea. O que ocorre com as estruturas durante o


movimento.

58
3-Treinamento: Qual alongamento, exercício ou postura, eu devo adotar na realização da
tarefa.

Itens para treinamento ergonômico:


 
1.      Postura adotada para retirar a mangueira da válvula secundária dos seus suportes
2.      Postura para retirar e transportar a válvula secundaria até o PIT
3.      Postura para acoplar e desacoplar a válvula secundária
4.      Postura para retirar e colocar a escada no seu suporte
5.      Postura para puxar a mangueira da válvula primária e colocá-la no suporte da escada
6.      Postura para acoplar e desacoplar a válvula primária em cima da escada
7.      Postura para subir e descer do SRV e CTA
 

3.6.1.2-Elaboração de um treinamento da instrução de trabalho interativo

A Instrução de trabalho tem o objetivo de estabelecer critérios padronizados de como se


deve conduzir a tarefa da maneira mais correta possível.

Além da definição de como executar a tarefa e realizar a coligação entre outras tarefas da
mesma atividade a Instrução de trabalho tem um papel importante, pois previne falhas que

59
possam acarretar um acidente. Isto porque quando algum acidente ocorre a Instrução de
trabalho poderá ser adequada e gerar ações corretivas e preventivas do acidente.

As ações corretivas poderão ter vários aspectos entre eles:

 Correção baseada em acidentes do ano anterior ao treinamento;


 Correção de falha pelo descumprimento de itens da Instrução de trabalho;
 Atualização da Instrução de trabalho.

PROPOSTA PARA O TREINAMENTO INTERATIVO:

Assim como o treinamento quanto aos riscos ergonômicos, o treinamento interativo será
realizado com um programa interativo com vídeo, utilizando-se de materiais que ajudem na
aprendizagem.
A inclusão de análise de filmagens e fotos de acidentes no programa interativo é um
elemento importante para determinação das ações corretivas.
A matriz de capacitação com o seu responsável bem definido, e sua atualização deve seguir
o procedimento gerencial.
O responsável deverá ser apto para realizar o treinamento de metodologia didática.

Os operadores deveram ser treinados pelos facilitadores de ergonômica da unidade quanto


aos riscos ergonômicos.

3.6.2- CONDICIONAMENTO FÍSICO

Treinamento físico com objetivo de prevenção de lesões músculo-ligamentares, redução de


riscos cardíacos e diminuição do sobrepeso.

PROJETO TREINOEXPRESS

OBJETIVO: Capacitar os técnicos da BR Aviation quanto a sua capacidade física a realizar


as atividades inerentes a sua profissão, evitando lesões músculo-ligamentares e
aumentando a qualidade de vida.

POR QUE FAZER O TREINOEXPRESS?

A atividade de abastecimento de aeronave é uma atividade que exige força, potência e


destreza muscular.

60
As lesões musculares podem ser evitadas através de um bom condicionamento físico,
trabalhando a força muscular adequadamente e mantendo um bom alongamento da
musculatura esquelética.

O exercício físico provoca uma série de respostas fisiológicas, resultantes de adaptações


autonômicas e hemodinâmicas que vão influenciar o sistema cardiovascular. Diversos
estudos demonstraram o seu efeito benéfico sobre a pressão arterial. Sendo a hipertensão
arterial sistêmica uma entidade de alta prevalência e elevada mortalidade na população, o
exercício físico tem importante papel como elemento não medicamentoso para o seu
controle ou como adjuvante ao tratamento farmacológico. (Monteiro, 2004)

O treinamento físico melhora:

 A força Muscular
 A resistência Muscular
 O sistema Cardiovascular
 A circulação periférica
 A função respiratória

Além disso, o treinamento previne e combate a obesidade, quando a doença é estimulada


pelo sedentarismo e age na reabilitação e prevenção de doenças osteo-articulares.

O técnico que não realiza um treinamento específico para prevenir lesões aumenta o grau de
risco da tarefa.

Outro fator importante é que o técnico que é bem treinamento realiza a sua tarefa com maior
facilidade e destreza.

PROPOSTA DE REALIZAÇÃO DO TREINOEXPRESS?

O treinoexpress é uma ginástica de condicionamento de físico com a duração de 15 minutos


e com a freqüência de duas vezes por semana.

A proposta é que o treinamento seja obrigatório para todos os técnicos de abastecimento de


aeronave.

O foco do treinamento será a região do ombro e da coluna lombar.

Duas ginásticas de condicionamento físico serão criadas.

61
A Ginástica de condicionamento físico - 1(GCF-1) terá o objetivo de fortalecer e alongar a
região do ombro.

A ginástica de condicionamento físico - 2 (GCF-2) terá o objetivo de fortalecer e alongar a


coluna vertebral.

A região abdominal será inclusa na GCF- 1 e 2.

O horário da GCF será estipulado em conjunto com os operadores e aprovado pela gerência
da unidade.

AVALIAÇÃO DOS TÉCNICOS DE ABASTECIMENTO DE AERONAVE

Os técnicos de abastecimento de aeronave deverão passar por um teste físico anual. Este
teste será importante para avaliar não só a capacidade física do empregado, mas também
para avaliar o TreinoExpress.

O operador reprovado no teste deverá refazê-lo no período de 30 dias.

PROPOSTA PARA O CONTROLE DE FREQUENCIA

O técnico de abastecimento com duas faltas consecutivas, sem justificativa prévia terá uma
advertência.

O técnico que tiver 90% de freqüência poderá ter um “brinde” que será combinado com o
Gerente da unidade. Cada gerente poderá determinar qual será o brinde dos operadores de
sua unidade.

3.6.3- ADEQUAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DO POSTO DE ABASTECIMENTO: LAYOUT

Após a análise dos postos de trabalho notou-se que existia a necessidade da criação de um
novo layout para o enquadramento do posto de trabalho a NR 17 item 17.3 - Mobiliário dos
postos de trabalho.

A partir deste estudo criou-se um padrão de layout e a especificação de mobiliário.

3.6.3.1- ESPECIFICAÇÃO DA CADEIRA

As cadeiras deverão ser certificadas na ABNT.


As características básicas de uma cadeira operacional devem ser:
62
BASE E COLUNA:

a) Mecanismo de regulagem pneumática da altura do assento através de pistão a gás.

b) Rotação de 3600

c) Rodízio com 5 pés, para piso liso ou com carpete;

d) Estrutura: Pés, base do assento, tubo central (corpo do pistão) e suporte do espaldar
(encosto), deverão receber tratamento antiferrugem (preferivelmente fosfatização química) e
preparação para pintura.

ASSENTO:

a) Regulagem de altura;

b) Espuma injetada em poliuretano isenta de CFC, de alta resistência;

c) Densidade estofamento mín. 54 kg/m3 no assento;

d) Forração em tecido anti-transpirante;

e) Borda frontal arredondada;

f) Base do assento com formato anatômico, sem saliências.

g) Revestimento em lã antialérgica certificada; cor do revestimento azul; gramatura do


revestimento 320g/m2 (minima); não propagador de fogo; sem costuras.

ESPALDAR:

a) Espuma injetada em poliuretano, isento de CFC, de alta resistência

b) Forração em tecido anti-transpirante;

63
c) Encosto (espaldar) regulável em altura e profundidade,

d) Dimensões: de largura e de altura, considerando área de apoio lombar;

e) Boa conformação e acomodação na região lombar;

f) Regulagem de altura com travamento com manopla.

APOIO DE BRAÇO:

a) Apoio de braço com regulagem de altura com ou sem articulação horizontal.

b) Distância entre apoio, com regulagem de abertura.

c) Deve estar afixado de forma que o centro esteja atrás do eixo da cadeira;

d) Acabamento em polipropileno.

e) Todo material metálico deverá receber tratamento antiferrugem (preferivelmente


fosfatização química) e preparação para pintura.

A= 40 CM
B= 35 CM
C= 46 CM
D= 67 CM

64
H=93 MAX /79 MIN
G= 5 CM
I= 46 CM
E= 67 CM
F= 50 MAX/ 41MIN

DETALHE 1- Assento. Permitir


regulagem do assento em relação
ao chão.

DETALHE 2- Espaldar. Permitir


regulagem de altura.

65
DETALHE 3- Espaldar. Permitir
regulagem de profundidade.

DETALHE 4- Apóia braços. Permitir


regulagem de abertura. Distância
mínima de 41 cm entre o apóia
braço.

DETALHE 5- Apóia braços. Permitir


regulagem de altura.

3.6.3.2 Acessórios

Consideram-se acessórios todos os equipamentos que contribuem para melhoria de boa


postura entre estes:

a) Apoio de punho para mouse:

66
 Base para mouse com apoio para pulso em gel.
 Fabricados em tecido sintético, elastômero e gel especial (gelatina de silicone).
 Base para mouse com apoio para pulso em gel.
 Base em borracha anti-estática e anti-derrapante.
 Cor: Azul ou Preto

Ilustração do mouse pad ergonômico em gel

b) Apoio de punho para teclado:

 Base para apoio do pulso em gel


 Fabricados em tecido sintético, elastômero e gel especial (gelatina de silicone)
 Base para mouse com apoio para pulso em gel
 Base em borracha anti-estática e anti-derrapante
 Cor: Azul ou Preto

c) Kit para utilizaçâo de notebook:

 Utilização de um hub USB. Isto possibilita o uso de um teclado externo e do


mouse.
 Utilização de suporte com ajuste de altura para apoiar o laptop, o que permitirá
regular a altura da tela do computador em função da estatura do funcionário;
 Utilização mouse-pad com apoio para os pulsos;

Especificação do suporte para notebook com altura regulável:

Base em chapa de aço de 1,90mm.


Dimensões: 210 x 180 mm
Bandeja com regulagem de altura.

67
:
Ilustração do suporte par Notebook

3.6.3.3 Reorganização de layout:

Tabela 07: Layout da sala de operações 68


3.6.4- ADEQUAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DAS UNIDADES ABASTECEDORAS DE
AERONAVE:

As unidades abastecedoras sofreram ao longo do tempo modificações propostas por estudos


ergonômicos e propostas pela força de trabalho. Com estas modificações as unidades
abastecedoras foram sendo remodeladas e atualmente não temos uma padronização e
conseqüente otimização da operação.

O local de armazenamento da escada é um dos pontos de maior risco ergonômico, isto


porque o técnico adota a postura de flexão lombar com a movimentação de carga e a pega
ruim. Por este motivo o remodelamento da local de armazenamento se faz necessário. O
suporte deverá ser instalado de tal modo que a escada posicione verticalmente.

O suporte deverá ser hidráulico diminuindo o esforço físico do empregado. Em anexo o


projeto do suporte do SRV e do CTA.

Itens para padronização no SRV:

 Posição do carretel do cabo terra


 Posição dos suportes da mangueira secundária
 Posição e tipo de suporte para o deslocamento da válvula secundária do SRV até o PIT
 Posição do suporte da escada
 Posição do carretel da mangueira primária
 Posição e tipo de suporte para a válvula primária na escada
 Posição da válvula de fecho rápido da mangueira
 Posição do carretel do deadman e do suporte do punho do cabo deadman
 Posição dos extintores de incêndio e caixa com material absorvente

69
Tabela 08: Esquema da padronização do SRV

  Itens para análise ergonômica no CTA:


 
 Posição do carretel do cabo terra
 Posição do comando de abertura e fechamento da válvula de fundo
 Posição do suporte da escada
 Posição/funcionamento do carretel da mangueira da válvula primária
 Posição e tipo do suporte de apoio da válvula primária na escada
 Posição da válvula de fecho rápido da mangueira
 Posição do carretel do cabo deadman
 Posição do suporte do punho do cabo deadman
 Posição dos extintores de incêndio e caixa com material absorvente

70
3.6.5- ADEQUAÇÃO DA ESCADA UTILIZADA PARA O ABASTECIMENTO DE
AERONAVE

A partir dos problemas encontrados na escada atual foi desenvolvido um novo projeto da
escada e determinado a nova localização nas unidades abastecedoras.

O novo projeto contém um peso 10 kg inferior ao da escada atual, uma melhor qualidade de
pega e a sua localidade no contexto das unidades abastecedoras serão modificadas
evitando assim, a postura de flexão e torção de tronco. Um suporte hidráulico ajudará o
operador e a retirar a escada da UAA. Porém a utilização da escada continuará sendo uma
atividade que requer atenção e com grau de risco.

Tabela 09: Projeto da escada

71
Tabela 10: Projeto do suporte da escada no CTA

72
Tabela 11: Projeto do suporte da escada no SRV

73
Outra solução proposta para a inadequação da escada nos servidores de hidrantes é a
aquisição de Servidores de hidrantes compatíveis com a altura dos aviões de asa baixa (2,5
metros). Os aviões de asa baixa são responsáveis por mais de 60 % abastecimentos
realizados pela BR Aviation.

No mercado internacional existem Servidores menores que são compatíveis com o a


necessidade gerada pelos aviões 737, estes Servidores na sua maioria das vezes são
elétricos e com o custo operacional mais baixo que o custo dos Servidores atuais.

74
Foto 23 – SRV RAMPMASTER

75
3.6.6 Adequação das válvulas do parque de tanques:

3.6.6.1- Válvula do tanque de Gasolina

 Posicionar a válvula de modo que ela fique mais horizontalizada:

 Outra opção é fazer uma plataforma para acesso à válvula:

76
3.6.6.1- Válvula do tanque de JET:

 Automação da válvula do tanque:

77
4 BIBLIOGRAFIA

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Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora nº 11.

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ANPAD, 24., 2000, Florianópolis. Anais… Rio de Janeiro: ANPAD, 2000. 1 CD-ROM.

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Congresso Internacional “Pedagogia 2003 -Encuentro por la unidad de los educadores”,
Cuba, 2003, Havana. Palácio de Convenção de Havana. CD-ROM Softcal Empresa de
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