Parte II
Parte II
Parte II
1. INTRODUÇÃO
A epidemia da VIH/SIDA pela sua escala tem impacto devastador constitui uma
emergência mundial é um dos maiores desafios a vida e dignidade humana, não
apenas pelos comprometimentos ao desenvolvimento económico-social mas
também comunitário, familiar e individual.
A maioria das pessoas infectada pelo VIH/SIDA vive nos países em
desenvolvimento com tendência que aponta para repercussões profundas na
expectativa de vida e crescimento económico desses países de acordo com Boletim
epidemiológico (VIH/SIDA, 2009).
Segundo com o relatório do Instituto Nacional da Luta contra o SIDA (INLS) contra a
SIDA em 2012, o número de casos novos de VIH neste mesmo ano foram de 20.765
e, os óbitos anuais variam de 1500 a 1600 mortes provocada pela doença.
Vivenciando informações no dia, sobre a pandemia da SIDA, os casos vem
aumentando em todo mundo sobre tudo na população jovem; e, imprescindível o
aprimoramento e actualização de conhecimento. No que concerne a pandemia do
VIH/SIDA, e como profissional de saúde vamos actuar na área de ensino,
oferecendo subsídio para lidar com esta realidade e contribuindo com informação e
comunicação nas comunidades e escolas bem como na participação em
determinadas actividade de grupos de activistas ou outros movimentos de
prevenção e luta contra o VIH/SIDA para reduzir os riscos, incentivar os jovens para
mudanças de atitude e comportamentos de risco, sobretudo as pessoas que mais
carecem de informação para manter o controlo desta pandemia.
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1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Avaliar o Conhecimento dos profissionais de saúde sobre a importância da carga
viral em doentes seropositivos no hospital Esperança durante o II semestre de 2019.
1.3.2. Específicos
• Caracterizar os profissionais de acordo com os dados sociodemográficos
(género, idade, ocupação, situação conjugal, nível de escolaridade)
• Conhecer o grau de conhecimento sobre o VIH/SIDA
• Analisar a idade do início da actividade sexual (uso do preservativo e a
frequência)
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No mundo inteiro pelo menos 25 Milhões de pessoas já morreram com SIDA ou sob
os seus efeitos, e mais de 33 milhões vivem com a infeção. Estima-se que em
Angola existam 212.558 pessoas vivendo com a VIH, dos quais 82.127 estão em
acompanhamento médico e, destes, 41.371 em tratamento com anti- retrovirais,
52% dos casos conhecidos são diagnosticados tardiamente, tendo este atraso efeito
negativos no controlo no controlo da doença e na qualidade de vida. Estima-se que
a cada ano se infectem uma média de 648 pessoas, sendo as mulheres as mais
acometidas. O VIH afecta gravemente a estrutura emocional e económica das
famílias, as suas perfectivas de futuro e, consequentemente a estabilidade dos
países que sofrem um forte impacto no seu desenvolvimento. De acordo com
Folheto informativo do INLS (2010).
De acordo com relatorio da UNGASS (2012), estima que as mortes provocadas por
VIH/SIDA ano de 2011 entre adultos e crianças foi 13.728 pessoas em Angola.
A SIDA, é uma doença que ataca o sistema imunológico, e é causada pelo vírus
VIH, o vírus da imunodeficiência humana. As células mais atingidas são os linfócitos
T CD4+ que estão relacionados com a defesa do nosso organismo. Ele atua
alterando o DNA da célula do VIH fazendo cópias de si mesmo, rompendo os
linfócitos em busca de outros para dar continuidade à infecção.Ter o vírus VIH não é
a mesma coisa que ter SIDA. A pessoa soropositiva pode viver anos com o vírus
sem manifestar sintomas, sendo a SIDA é o estágio mais avançado da doença
(PINHEIRO, 2012).
A infecção com o VIH caracteriza-se por quatro fases diferentes. Ocorre primeiro o
período de infecção aguda, até quatro semanas após o contágio e no qual o
seropositivo é afectado por diversos sintomas pouco característicos, semelhantes
aos de uma gripe, e cuja causa, normalmente, passa despercebida a doentes e
médicos.
21
Segue-se um período que pode durar dez a 15 anos (em alguns casos mais em
outros menos), no qual, embora o vírus se continue a multiplicar, o seropositivo não
apresenta quaisquer sintomas. Nesta fase, apesar de o vírus continuar a matar as
células CD4, o organismo consegue repor quase a mesma quantidade de células
que são destruídas diariamente.
A quarta fase, em que o seropositivo passa a ter SIDA, ocorre quando a contagem
de células CD4 torna-se muito baixa ou quando a pessoa é afectada por outra
doença indicadora de um estado de imunodeficiência grave (ROCHE, 2012).
O VIH foi isolado em 1983 de pacientes com SIDA pelos pesquisadores Robert
Gallo, nos EUA, e Luc Montaigner, na França, recebendo os nomes de HTLV-III
(Vírus Linfotrópico Humano tipo lll) e LAV (Vírus Associado a Linfadenopatia)
respectivamente nos dois países. Em 1986, um comité internacional recomendou o
termo VIH para denominar esse vírus, reconhecendo-o como capaz de infectar seres
humanos (LIMA et al., 2006).
2.3.2
Figura 1. Estrutura geral dos lentivirus. que compreende : parte central (core), que
contém o material genético (DNA ou RNA) e o envelope (core)
segundo MISODOR (2009), o VIH o possuem a estrutura geral dos lentivirus que
compreende : parte central (core), que contém o material genético (DNA ou RNA) e
o envelope.
Genoma: o vírus de ácido ribonucléico (RNA) Realiza seu ciclo celular com a
ocorrência de incorporação do material genético no núcleo da célula, .Esse
fenômeno ocorre devido à presença da transcriptase reversa, que transforma uma
molécula de RNA em uma de ácido desoxirribonucléico (DNA).
23
Os RNA virais estão ligados a proteínas nucleocapsídicas lém disso, o VIH possui
uma molécula de RNA transportador, utilizada como primer
Durante a fase aguda, a lise celular induzida pelo VIH e morte de células infectadas
+
por células T citotóxicas contas para CD4 T depleção de células, embora a
apoptose pode também ser um fator. Durante a fase crônica, as consequências da
activação imune generalizada juntamente com a perda gradual da capacidade do
sistema imunológico a gerar novas células T aparecem para dar conta do declínio
lento em CD4 + número de células T.(…).
+
Uma das principais causas de perda de células CD4 T parece resultar de sua
susceptibilidades à apoptose quando o sistema imunológico permanece ativado.
24
Apesar de novas células T são continuamente produzidos pelo timo para substituir
os perdidos, a capacidade regenerativa do timo é lentamente destruída por infecção
directa dos seus timócitos por VIH. Eventualmente, o número mínimo de células CD4
+
T necessárias para manter uma resposta imunológica suficiente é perdida, levando
a SIDA (ROCHE, 2010).
Para PINHEIRO (2011), é possível ter o VIH e não ter SIDA, já que algumas
pessoas são portadora assintomáticas do vírus. a maioria passam vários anos
tendo o VIH, mas sem desenvolver sintomas da SIDA. A média de tempo entre a
contaminação com o vírus e o desenvolvimento da doença é de 10 anos.
Estilo de vida de um indivíduo pode ter uma grande influência sobre quanto tempo
ela vai viver uma vez infectadas com o VIH. Opções de estilo de vida positivo
incluem manter uma dieta equilibrada (com um aumento em calorias), aderindo ao
exercício regular, mantendo as imunizações atualizadas e eliminação de influências
negativas, tais como cigarros, álcool e drogas recreativas Estas etapas podem
adicionar vários anos para a vida de um indivíduo soropositivo (SHIPIBONATION,
2010).
25
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos basicamente em
quatro grupos: Detecção de anticorpos, Detecção de antígenos, cultura viral e
Amplificação do genoma do vírus (WALLACH, 2009).
Ainda para o mesmo autor, O critério do Center for Disease Control (CDC)
modificado para o diagnóstico VIH/SIDA, baseia-se em evidencias laboratorial da
infecção pelo VIH+ diagnósticos de doenças indicativas (infecções e linfomas) ou
evidencias laboratorial de imunodeficiências (CD4 < 350 células/ml).
barreira, o mesmo não podemos dizer das mucosas, como a glande do pénis, o
ânus e a mucosa da vagina que apresentam poros que possibilitam a invasão do
VIH para interior do organismo. A mucosa oral também não é tão eficiente porque
frequentemente apresenta feridas. O VIH é transmitido toda vez que um fluido
contaminado entra em contacto com alguma área do corpo vulnerável invasões.
Mais, o VIH é transmitido pelos fluidos corporais, incluindo o sangue, esperma,
secreções vaginais e leite materno, que contêm uma grande quantidade de vírus.
Modos de transmissão com um elevado risco de infecção:
O sexo anal é a prática sexual de mais alta taxa de transmissão, seja entre dois
homens ou entre uma mulher e um homem, visto que durante uma relação sexual
anal existe um maior grau de traumatismo do que durante uma relação sexual
vaginal. A mucosa do ânus/reto é mais fina que a vaginal, e por não apresentar
lubrificação natural. Existe maior probabilidade de ocorrência de pequeníssimas
lesões (feridas) que facilitam o contágio e ocorrência de infeção (PINHEIRO, 2009).
Em raros casos o VIH pode ser transmitido através de um órgão transplantado, por
equipamentos cirúrgicos ou odontológicos não esterilizados. a possibilidade de
contaminação a partir de um órgão transplantado ocorre quando o doador deste
órgão (que esteja vivo ou que tenha morrido) tem a infecção pelo VIH/SIDA. Nos
Estados Unidos, por exemplo, existem relatos de 41 casos desta categoria de
transmissão. Desde 1985, quando foi iniciada a testagem de rotina dos doadores,
foram relatados 10 casos; sete deles a partir de um único doador (CAMPOS, 2004).
- Ter outra doença sexualmente transmitida que na maioria das vezes pode originar
feridas nos órgãos genitais, o que facilita a entrada do vírus VIH no individuo;
A carga viral é um exame que conta a quantidade de vírus presente em uma certa
quantidade de sangue. Utilizando a quantidade de RNA viral presente em uma
amostra de plasma sanguíneo pode ser feito uma estimativa para quantos existem
no organismo e do impacto que eles terão na saúde do paciente. Os testes de carga
viral mais comuns são para o HIV tipo 1, citomegalovírus, vírus da hepatite B e vírus
da hepatite C (LORETO e AZEVEDO-PEREIRA, 2012).
A escola tem um papel primordial na educação integral dos indivíduos, mas em co-
responsabilização com as famílias e profissionais. O Ministério da Educação, através
da Comissão de Coordenação da Promoção e Educação para a Saúde (CCPES),
em colaboração com outras entidades, tem procurado dar resposta a várias
problemáticas como a SIDA e outras, como a toxicodependência, de forma
consistente e integrada (MED, 2009).
Segundo a UNESCO (2012), a educação é essencial na preparação dos jovens à
vida adulta e constitui uma proteção importante contra o VIH. Estimativas da
Campanha Global pela Educação indicam que o ensino primário universal por si só
já poderia prevenir 700.000 novas infecções pelo VIH por ano, a realização da
Educação para Todos é fundamental para diminuir a vulnerabilidade e o risco
relacionado ao VIH.
A educação pode dar aos jovens os conhecimentos e as competências necessárias
para fazer escolhas mais seguras e saudáveis; contribuir para adiar o início da
atividade sexual e reduzir os comportamentos de risco naqueles que já são
sexualmente activos; sensibilizar quanto aos riscos do consumo de álcool e de
drogas, em particular o risco de VIH associado ao uso de drogas injectáveis; dar aos
jovens informações e capacidades necessárias para fazer escolhas sexuais seguras
e saudáveis. Lutar contra os fatores sociais e estruturais que facilitam o
alastramento do VIH, como a falta de oportunidades e a desigualdade entre géneros.
36
- etário e género
- grau académico
- situação conjugal
- uso do preservativo
Para a ONU; Banco mundial (2005) definem “juventude”como sendo uma pessoa,
com idade entre 18 e 35 anos é um período na vida entre a infância e a maioridade.
Em relação ao nosso estudo o grupo etário, variou dos 20 aos 40 anos,a maior
percentagem ocorreu dos 26 aos 30 anos de idade. No que concerne o género, predominou o
femenino.
39
Total 60 100
Estudos realizados por Reis e Ramiro et al. (2013), sobre conhecimento e atitude do
VIH/SIDA na orientação sexual em estudantes universitários, dos inqueridos (97,0
%) afirmaram ser solteiro (1.3 %) são casados 1.3% vivem por união de factos e 0,4
dizem ser divorciado.
Total 60 100
Fonte de informação Nº %
Já ouviu falar do VIH/SIDA 60 100
Meios de informação:
Televisão 54 90
Cartazes/livros 42 70
Rádio 38 63.3
Internet 25 41.7
Revista 24 40
Jornal 20 33.3
Outros (conversas paralelas igreja, hospita e 15 25
escola
Quanto a obtenção pela fonte de informação na tabela 6, constatamos que 54 (90%) da nossa
amostra obteve informações a partir da televisão, 42 (70 %) obteve informação a partir de
cartazes e livros, 38 (63.3%) a partir da Rádio, 25 (41.7%) da internet 24 (40%) pelas revistas 20
(33,3%) obteve informação a partir do jornal. E ainda 15 (25%) foi informada sobre o VIH/SIDA a
partir de outros meios como: conversa paralelas, igrejas, hospital.
De acordo com Pereira (2005), no estudo de conhecimento dos profissionais sobre a SIDA e o
papel dos meios massivos de comunicação, quanto a obtenção de informação, constatou que
100% da amostra obteve informações a partir da televisão, 97,95 obteve informação a partir da
Rádio, 55%, a partir da escola, ao passo que 53 foi informada sobre a SIDA a partir da família.
Não 40 66.7
Total 60 100
baixa (apenas 13%), com diferenças acentuadas entre a zona rural e a urbana, 20%
e 4%, respectivamente.
Muitos são os estudos que revelam que a maioria dos inqueridos não realiza o teste
de diagnóstico do VIH/SIDA. No presente estudo a maioria dos inqueridos não o fez
o teste de diagnóstico anti-VIH.
Total 60 100
Estudo realizado por Carvalho e Genuíno et al. (2012), relato que 100% da sua
mostra afirma que os preservativos usados correctamente nas relações sexuais,
previne a infecção por VIH/SIDA.
Segundo a UNGASS (2012), a incidência de novas infeções pelo VIH entre pessoas
que consomem drogas por via injetada na Austrália é extremamente baixa. Os
investigadores atribuem este “notável” sucesso na área da prevenção à introdução
precoce de programas gratuitos e legais de troca de seringas e agulhas.
Total 60 100
Total
Total 60 100
4- CONCLUSÃO
A maioria dos profissionais 45,0%, são técnicos médios de saúde equivalente ao 12º
ano de escolaridade; 78,3% dos profissionais são solteiros, 76,7% são sexualmente
activos e destes 38,3% possuem um comportamento de risco. Por outro lado, 90%
obteve a informação do VIH/SIDA pela televisão e 66,7%dos profissionais não
fizeram o teste de diagnóstico do VIH/SIDA. Em relação o motivo da realização do
teste VIH/SIDA a maioria dos profissionais 42 (70%), não responderam ao inquérito
e 54 (90%) tem conhecimento face a prevenção do uso do preservativo
correctamente, e 50 (83%) afirma que o uso do preservativo evita gravidez
indesejada e as formas de transmissão de VIH/SIDA 55 (91,7%) diz que a
transmissão e feita maioritariamente por transfusão sanguínea.
5- CONSIDERAÇOES FINAIS
6- SUGESTÕES
Sendo que o VIH/SIDA é considerada como uma doença muito grave e que afecta a
toda agente com comportamento de risco em sem distinção de raça ou cor, em
muitos países em vias de desenvolvimento, tal como em Angola, todos nós
profissionais de saúde e não só,devemos abraçar a causa, temos que ser mais
responsáveis e lutar para conseguirmos ter maior cobertura a nível nacional na
educação para a saúde, assim como o empenho de todos os organismos
responsáveis para conseguirmos atingir os objectivo preconizados pelo INLS.
7-RECOMENDACÕES
8- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABBAS A. K.; LICHTMAN A. H.; PILLAI S. Imunologia celular e molecular. Rio de
Janeiro: Editora Elsevier, 2008
ALMEIDA MCC, AQUINO EML, BARROS AP. School trajectory and teenage
pregnancy in three Brazilian state capitals. Cad Saude Pública. 2006. Relatório sobre
CRUZ, J. F.; et al. Prevenção do HIV e do Sida nos adolescentes e jovens adultos:
Investigação do conhecimento, atitudes e comportamento sexual. Psicologia: Teoria,
Investigação e Prática, Braga, 1997.
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DISSSIMINAÇÃO.VIH/SIDA,disponível,em:portalangop.co.ao/motix/ptnoticiasacessa
do em 4/03/2012 as 14h.
IMPORTÂNCIA.DO.PRESERVATIVO.html,disponivel.em:http://www.alunosonline.co
m.br/biologia/ acessado em 23/02/14 as 13h
UNESCO’s strategy for HIV and AIDS. Publicado em 2011 pela Organização das
Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Disponível em
www.unesco.org/aids. Acessado em 20/06/13;10h) .
DEPARTAMENTO DE SAÚDE
Luanda____________/_________________2019
________________________ __________________________
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QUESTIONARIO SOBRE:
1- Gênero:
Masculino ( ) Feminino ( )
2- Faixa etária:
3- Grau acadêmico
Sim ( ) Não ( )
idade ( )
13-Ivulnerabilidade da doença?.