Alfaiataria

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UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR

Engenharia

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Alfaiataria na contemporaneidade
Alfaiataria Artesanal e Alfaiataria Industrial
um estudo caso
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Benilde Mendes dos Reis


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Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em


Design de Moda
(2º ciclo de estudos)

Orientador: Prof.ª Dr.ª Maria Madalena Pereira


Coorientadora: Prof.ª Dr.ª Catarina Moura

Covilhã, Outubro de 2013


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Este trabalho não se encontra redigido de acordo com as normas do Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa entrado em vigor em Janeiro de 2009, ao abrigo do período de transição
que permite que, até 2015, possa aplicar-se a grafia prévia ao referido Acordo.

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Ao Ricardo namorado, companheiro e amigo que me acompanhou


e apoiou nas alegrias e desânimos durante todo este percurso.

Aos meus pais e ao meu mano, sem os quais não seria aquilo que sou hoje.

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Agradecimentos

Durante este importante percurso, quer académico quer nesta recta final e no
desenvolvimento deste trabalho, várias pessoas e entidades contribuíram directa ou
indirectamente para a sua realização e às quais desejo apresentar as meus sinceros
agradecimentos.

Em primeiro lugar gostaria de prestar um agradecimento especial à minha Orientadora e à Co-


Orientadora da dissertação respectivamente, Professora Doutora Maria Madalena da Rocha
Pereira e a Professora Doutora Catarina Isabel Grácio de Moura por toda a compreensão,
apoio e disponibilidade prestados na orientação da dissertação. Agracio todo o apoio e
disponibilidade dado pelo alfaiate Paulo Batista e à empresa Twintex e aos seus colaboradores
sem os quais não seria possível a concretização deste trabalho.

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Acima de tudo, não poderia deixar passar a oportunidade de agradecer o apoio a todos os
funcionários e docentes Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis, que durante este meu
percurso académico, foi com a sua experiência que me ajudaram a crescer quer a nível
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pessoal ou profissional. Quero agradecer às minhas colegas de curso e todas as pessoas, pela
amizade e que me apoiaram nas etapas da vida académica, pois também elas fizeram parte
do meu crescimento.
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Quero agradecer em especial ao meu avô, o qual perdi durante este percurso académico e do
qual eu não tive a oportunidade de me despedir, agracio-te pela educação, o respeito e o
convívio que me deste e proporcionaste.
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A todos, um muito Obrigado.

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Resumo

Inicialmente, o vestuário foi simplesmente uma forma de cobrir o corpo. Embora tenha
começado como uma solução prática para um conjunto de necessidades físicas e simbólicas,
rapidamente se tornou perceptível para alguns que poderiam rentabilizar essa necessidade
simultaneamente individual e colectiva, fazendo esse trabalho para outros de modo a que as
pessoas não o tivessem que fazer por si mesmas.

Essas pessoas então começaram a pagar em moeda por receber esses bens ou serviços,
nascendo assim os alfaiates. “O conhecimento e a arte da alfaiataria, do corte e costura do
tecido – os dois aspectos básicos da construção de um padrão de roupas – desenvolveu-se
gradualmente na Europa entre os séculos XII e XIV.” (BOYER, 1996)

Esta dissertação pretende explorar, questionar e analisar as diferenças entre alfaiataria

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artesanal e alfaiataria industrial. A crescente preocupação com o facto de a alfaiataria
artesanal estar em vias de extinção fez com que, numa primeira abordagem, fosse
considerada uma pesquisa da evolução do vestuário masculino, pois esta evoluiu ao lado da
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alfaiataria artesanal e industrial até aos dias de hoje.

Concluímos que existe espaço no mercado para estas duas potências de vestuário, cada uma
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com as suas características e particularidades, de forma a poderem coexistir ao mesmo tempo


sem uma prejudicar a outra.
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Palavras-chave

Vestuário masculino, alfaiataria artesanal, alfaiataria industrial, modelagem.

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Abstract

Initially, clothing was mostly a way to cover the human body. Although it began as a practical
solution to a set of physical and symbolical needs, it rapidly become clear to some that it was
possible to profit from that simultaneously individual and collective necessity, making that
work for others, so that they wouldn’t need to do it themselves.
When these people started charging for those goods and services, tailors were born. “The
knowledge and the art of tailoring, cutting and sowing the fabric – the two basic features
when building a clothing pattern – developed gradually over Europe between the 12 th and the
14th Centuries.” (BOYER, 1996)

This dissertation aims to explore, question and analyse the differences between handmade
and industrial tailoring. The growing worry with the fact that handmade tailoring may be
disappearing was our motivation to research the evolution of menswear, since it developed

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side by side with both handmade and industrial tailoring through times and to our days.
We conclude that there is a market for both of these clothing options, each with their own
specific characteristics, allowing them to coexist without harming each other.
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Keywords

Menswear, handmade tailoring, manufacturing tailoring, modeling.

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Índice

Agradecimentos ................................................................................................ v
Resumo ........................................................................................................ vii
Abstract......................................................................................................... ix
Lista de Figuras............................................................................................... xv
Lista de Tabelas ............................................................................................. xvii
Lista de Acrónimos.......................................................................................... xix
Introdução .......................................................................................................1
1. Enquadramento do trabalho ...........................................................................3
2. Objectivos ................................................................................................3
3. Metodologia adoptada ..................................................................................4
4.Estrutura ...................................................................................................4

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Capítulo 1 - O percurso da indumentária masculina ....................................................5
1.1 Povos na antiguidade ..................................................................................7
1.1.1 Egipcios ................................................................................................7
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1.1.2 Gregos ................................................................................................8
1.1.3 Romanos ...............................................................................................9
1.2 Idade Média Séculos XI a XV .........................................................................9
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1.3 Renascimento ......................................................................................... 13


1.4 Século XVII ............................................................................................ 15
1.5 Século XVIII ............................................................................................ 16
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1.6 Século XIX ............................................................................................. 17


1.7 Século XX ............................................................................................. 19
1.7.1 O fato ................................................................................................ 20
1.7.2 Trabalhador Soldado .............................................................................. 21
1.7.3 Artista e Restaurador ............................................................................. 22
1.7.4 Roupa de desporto e outras influências até ao inicio do século XX ...................... 23
Capítulo 2 – Alfaiataria ..................................................................................... 29

2.1 Alfaiataria Artesanal ................................................................................ 31

2.1.1 História da alfaiataria ............................................................................ 31

2.1.2 História da alfaiataria em Portugal ............................................................ 32

2.2 A alfaiataria ........................................................................................... 35

2.2.1 Descrição dos alfaiates ........................................................................... 37

2.2.2 Os clientes .......................................................................................... 38

2.2.3 A alfaiataria em Savile Row ..................................................................... 40

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2.2.4 Alfaiataria em Itália .............................................................................. 42

2.2.5 Termos utilizados na alfaiataria ................................................................ 43

2.3 Alfaiataria Industrial ................................................................................ 45

2.3.1 Revolução Indústrial e o pronto-a-vestir ...................................................... 45

2.3.2 Segmentação do mercado ....................................................................... 46

2.3.3 Estruturas de uma empresa de vestuário ..................................................... 46

2.3.4 A hierarquia na industria ........................................................................ 47

2.3.5 Fast Fashion ........................................................................................ 48

Capítulo 3 – Componentes da Alfaiataria ............................................................... 51

3.1 Modelagem ........................................................................................... 53

3.1.1 Contexto histórico ................................................................................. 53

3.1.2 Definição de modelagem ......................................................................... 55

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3.1.3 Modelagem bidimensional ....................................................................... 55

3.1.3.1 Modelagem CAD ................................................................................ 56


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3.1.4 Modelagem tridimensional ....................................................................... 57

3.2 Graduação ............................................................................................. 60


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3.2.1 Definição ............................................................................................ 60

3.2.2 A importancia da gradução na modelagem ................................................... 60

3.2.3 Medição e mapeamento .......................................................................... 61


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3.2.4 Tamanhos-padrão ................................................................................. 62

3.3 Tecidos ................................................................................................ 62

3.3.1 Matérias-primas .................................................................................... 62

3.3.2 Tecidos mais comuns na alfaiataria ............................................................ 64

3.4 Lã Merino ............................................................................................. 66

3.4.1 Caracteristicas da lã Merino ..................................................................... 66

3.4.2 Merino nos fato de homem ...................................................................... 68

3.5 Materiais subsidiários ............................................................................... 69

3.6 Em síntese ............................................................................................ 70

Capítulo 4 – Alfaiataria artesanal e alfaiataria industrial um estudo de caso ................ 71

4.1 Metodologia .......................................................................................... 73

4.2 Breve estudo do blazer ............................................................................. 73

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4.2.1 Construção de um blazer ........................................................................ 74

4.3 O alfaiate e a industria ............................................................................. 79

4.3.1 Alfaiate .............................................................................................. 79

4.3.2 TWINTEX ............................................................................................ 81

4.4 Respostas ao questionário ......................................................................... 82

4.4.1 Análise dos resultados ............................................................................ 87

Capítulo 5 – Conclusões ..................................................................................... 89

5.1 Considerações finais ................................................................................. 91

5.2 Projecções futuras ................................................................................ 92

Bibliografia .................................................................................................... 93

Anexos ......................................................................................................... 95

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Lista de Figuras

Figura 1.1 – Quitão masculino longo com cinto


Figura 1.2 – Iluminura que representa a hierarquia medieval
Figura 1.3 – Pourpoint de Charles of Blois, 1367
Figura 1.4 – Poullaines do século XV, Museum of fine Art of Boston
Figura 1.5 – Henry III, indumentária comum no Renascimento
Figura 1.6 – Exemplo de um molde de um gibão espanhol
Figura 1.7 – Exemplo as calças masculinas em 1808, em Kensington Garden
Figura 1.8 – Beau Brummel 1805
Figura 1.9 – Exemplo de vários tipos de casacos do vestuário masculino formal
Figura 1.10 – Cary Grant no filme “People will talk” em 1951
Figura 1.11 – Exemplo da indumentária masculina no desporto no inicio do século XX

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Figura 1.12 – Marlon Brando no filme “The wild one” em 1953.
Figura 1.13 – Jimi Hendrix foi um marco na “revolução pavão”
Figura 1.14 – Os Sex Pistols são uma banda que marcaram a década de 70 com o seu estilo
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punk
Figura 2.1 – Alfaiataria portuguesa por volta de 1920
Figura 2.2 – Blazer desenhado em tecido, fase antes de passar ao corte
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Figura 2.3 – A hierarquia da alfaiataria


Figura 2.4 – um exemplo de personalização de um blazer para um cliente, realizado pelo
alfaiate Paulo Batista
Figura 2.5 – Cavalheiro às compras na rua de Savile Row
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Figura 2.6 – Loja de Henry Pool & Co, na rua de Savile Row, em Londres
Figura 2.7 – Exemplo de um fato de corte inglês
Figura 2.8 – Exemplo de um fato de corte italiano
Figura 2.9 – Loja Brioni em Itália
Figura 2.10 – Organigrama da empresa Twintex facultada pela própria empresa
Figura 2.11 – Imagem do vídeo ilustrativo e explicativo do fast fashion
Figura 2.12 – Imagem do vídeo ilustrativo e explicativo do fast fashion
Figura 3.1 – Molde de um casaco de 1794
Figura 3.2 – Exemplo de uma tabela de medidas masculina actual
Figura 3.3 - Exemplo de um livro que explica como fazer um molde bidimensional
Figura 3.4 – Programa Modaris, exemplo em que cada material corresponde a um determinado
material
Figura 3.5 – David Teboula a executar drapping para a marca Yves St Laurent
Figura 3.6 – Programa Modaris, exemplo de uma calça graduada, onde o azul corresponde ao
tamanho base e as linhas de outras cores aos vários tamanhos que a calça poderá ter.

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Figura 3.7 – Exemplo, de uma marca real, de uma tabela de medidas masculina, com as
evoluções de tamanho para tamanho. Cada medida corresponde a uma zona do corpo e
consequentemente a um tamanho.
Figura 3.8 – Tecido risca de giz
Figura 3.9 – Tecido olho-de-perdiz
Figura 3.10 – Tecido espinha de peixe
Figura 3.11 – Tecido Príncipe de Gales
Figura 3.12 – Campanha da Cool Wool “When it’s hot it’s not”
Figura 4.1 – Blazer Double-breasted Clássico
Figura 4.2 – Cliente do alfaiate Paulo Batista, durante um das provas do fato
Figura 4.3 – Lado esquerdo: blazer construído com crina na totalidade. Lado direito: blazer
construído com metade da crina
Figura 4.4 – Ilustração que mostra o processo de construção de um casaco com entretela
Figura 4.5 – Alfaiate Paulo Batista a trabalhar no seu atelier
Figura 4.6 – Alfaiate Paulo Batista com um dos seus estimados clientes, Manuel Luís Goucha

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Figura 4.7 – A empresa Twintex na actualidade
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Lista de Tabelas

Tabela 3.1 – Exemplo da relação entre cores e materiais


Tabela 3.2 – comparação estabelecida entre as duas técnicas de modelagem
Tabela 3.3 – Fases do desenvolvimento da modelagem plana industrial
Tabela 3.4 – características principais da lã Merino
Tabela 4.1 – As fases da construção de um blazer
Tabela 4.2 – Perguntas e respostas na Alfaiataria Artesanal e na Alfaiataria Industrial

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Lista de Acrónimos

CAD Computer-aided Design


CAM Computer-aided Manufacturing

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Introdução
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1. Enquadramento do trabalho

O alfaiate diferencia-se da produção em massa, constituindo assim uma personagem que


estabelece a comunicação com o público e satisfaz as suas necessidades, tanto funcionais
como estéticas, expressando valores, status e personalidade por meio da indumentária.

Devido à crescente preocupação de alfaiataria artesanal poder estar em extinção, esta foi
uma motivação para este estudo. Incorporando posteriormente a alfaiataria industrial, pois o
pronto-a-vestir é um rival directo à alfaiataria artesanal.

A modelagem é uma componente fundamental nestas duas potências de vestuário, no entanto


além de estas terem as suas próprias diferenças, a modelagem irá proceder-se também de
forma diferente.

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A lã Merino, é uma fibra que transformada em tecido que torna-se bastante versátil. Esta é de
fonte natural, biodegradável e renovável. Além de sustentabilidade, o vestir de uma peça de
lã Merino é fundamental, esta é essencialmente confortável transpondo-se também para a
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estética, de forma a proporcionar um fato elegante de bom aspecto.
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2. Objectivos
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- Entender o percurso do vestuário masculino, e o modo como essa evolução se reflecte na


indumentária masculina nos dias de hoje;

- Detectar e analisar as diferenças a alfaiataria artesanal e a alfaiataria industrial;

- Identificar as componentes da alfaiataria e de que forma esta contribui para a alfaiataria


quer artesanal quer industrial;

- Delimitar as fases de construção de um blazer;

- Averiguar se existe espaço no mercado para a alfaiataria artesanal e industrial.

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3. Metodologia adoptada
Este trabalho desenvolveu-se em diversas fases algumas das quais decorreram em simultâneo.

1. Pesquisa da evolução do vestuário masculino;


2. Pesquisa da alfaiataria artesanal e da alfaiataria industrial;
3. Pesquisa e identificação das componentes da alfaiataria;
4. Estudo da construção de um blazer;
5. Estudo caso de um alfaiate e de uma fábrica de vestuário;

A pesquisa acerca da evolução do vestuário masculino permitiu entender algumas das fases
que foram necessárias para a construção de uma indumentária contemporânea que, nos dias
de hoje, podemos contemplar.

A pesquisa acerca da alfaiataria artesanal e da alfaiataria contemporânea permitiu entender

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algumas das diferenças entre as duas, o que complementou as minhas considerações finais.

A pesquisa acerca das componentes da alfaiataria permitiu identificar os elementos


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necessários quer para a alfaiataria artesanal quer para a indústria.

O estudo da construção do blazer permitiu identificar as fases pelas quais o blazer tem de
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passar até chegar a um produto final, quer este seja artesanal ou industrial.

O estudo caso entre um alfaiate e uma fábrica de vestuário permitiu identificar as suas
diferenças de forma a reconhecer se há ou não espaço no mercado para a alfaiataria
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artesanal e para a alfaiataria industrial em simultâneo.

4. Estrutura
Este documento está organizado devidamente por cinco capítulos.
No primeiro capítulo descreve-se a evolução e o desenvolvimento do vestuário masculino, ao
longo do tempo, desde os povos da antiguidade, até à década de 90.
O segundo capítulo aborda a alfaiataria artesanal, a alfaiataria industrial e a sua história.
No terceiro capítulo encontram-se as componentes da alfaiataria, a modelagem e os tecidos,
focando-se posteriormente na lã Merino.
No quarto capítulo encontram-se o estudo caso, a identificação das fases de construção de
um blazer, as entidades inquiridas e a análise de resultados do estudo caso.
O quinto e último capítulo descrevem-se as conclusões finais e as projecções futuras.

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