Alfaiataria
Alfaiataria
Alfaiataria
Engenharia
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Alfaiataria na contemporaneidade
Alfaiataria Artesanal e Alfaiataria Industrial
um estudo caso
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Este trabalho não se encontra redigido de acordo com as normas do Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa entrado em vigor em Janeiro de 2009, ao abrigo do período de transição
que permite que, até 2015, possa aplicar-se a grafia prévia ao referido Acordo.
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Aos meus pais e ao meu mano, sem os quais não seria aquilo que sou hoje.
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Agradecimentos
Durante este importante percurso, quer académico quer nesta recta final e no
desenvolvimento deste trabalho, várias pessoas e entidades contribuíram directa ou
indirectamente para a sua realização e às quais desejo apresentar as meus sinceros
agradecimentos.
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Acima de tudo, não poderia deixar passar a oportunidade de agradecer o apoio a todos os
funcionários e docentes Departamento de Ciência e Tecnologia Têxteis, que durante este meu
percurso académico, foi com a sua experiência que me ajudaram a crescer quer a nível
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pessoal ou profissional. Quero agradecer às minhas colegas de curso e todas as pessoas, pela
amizade e que me apoiaram nas etapas da vida académica, pois também elas fizeram parte
do meu crescimento.
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Quero agradecer em especial ao meu avô, o qual perdi durante este percurso académico e do
qual eu não tive a oportunidade de me despedir, agracio-te pela educação, o respeito e o
convívio que me deste e proporcionaste.
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Resumo
Inicialmente, o vestuário foi simplesmente uma forma de cobrir o corpo. Embora tenha
começado como uma solução prática para um conjunto de necessidades físicas e simbólicas,
rapidamente se tornou perceptível para alguns que poderiam rentabilizar essa necessidade
simultaneamente individual e colectiva, fazendo esse trabalho para outros de modo a que as
pessoas não o tivessem que fazer por si mesmas.
Essas pessoas então começaram a pagar em moeda por receber esses bens ou serviços,
nascendo assim os alfaiates. “O conhecimento e a arte da alfaiataria, do corte e costura do
tecido – os dois aspectos básicos da construção de um padrão de roupas – desenvolveu-se
gradualmente na Europa entre os séculos XII e XIV.” (BOYER, 1996)
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artesanal e alfaiataria industrial. A crescente preocupação com o facto de a alfaiataria
artesanal estar em vias de extinção fez com que, numa primeira abordagem, fosse
considerada uma pesquisa da evolução do vestuário masculino, pois esta evoluiu ao lado da
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alfaiataria artesanal e industrial até aos dias de hoje.
Concluímos que existe espaço no mercado para estas duas potências de vestuário, cada uma
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Palavras-chave
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Abstract
Initially, clothing was mostly a way to cover the human body. Although it began as a practical
solution to a set of physical and symbolical needs, it rapidly become clear to some that it was
possible to profit from that simultaneously individual and collective necessity, making that
work for others, so that they wouldn’t need to do it themselves.
When these people started charging for those goods and services, tailors were born. “The
knowledge and the art of tailoring, cutting and sowing the fabric – the two basic features
when building a clothing pattern – developed gradually over Europe between the 12 th and the
14th Centuries.” (BOYER, 1996)
This dissertation aims to explore, question and analyse the differences between handmade
and industrial tailoring. The growing worry with the fact that handmade tailoring may be
disappearing was our motivation to research the evolution of menswear, since it developed
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side by side with both handmade and industrial tailoring through times and to our days.
We conclude that there is a market for both of these clothing options, each with their own
specific characteristics, allowing them to coexist without harming each other.
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Keywords
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Índice
Agradecimentos ................................................................................................ v
Resumo ........................................................................................................ vii
Abstract......................................................................................................... ix
Lista de Figuras............................................................................................... xv
Lista de Tabelas ............................................................................................. xvii
Lista de Acrónimos.......................................................................................... xix
Introdução .......................................................................................................1
1. Enquadramento do trabalho ...........................................................................3
2. Objectivos ................................................................................................3
3. Metodologia adoptada ..................................................................................4
4.Estrutura ...................................................................................................4
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Capítulo 1 - O percurso da indumentária masculina ....................................................5
1.1 Povos na antiguidade ..................................................................................7
1.1.1 Egipcios ................................................................................................7
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1.1.2 Gregos ................................................................................................8
1.1.3 Romanos ...............................................................................................9
1.2 Idade Média Séculos XI a XV .........................................................................9
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2.2.4 Alfaiataria em Itália .............................................................................. 42
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3.1.3 Modelagem bidimensional ....................................................................... 55
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4.2.1 Construção de um blazer ........................................................................ 74
Bibliografia .................................................................................................... 93
Anexos ......................................................................................................... 95
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Lista de Figuras
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Figura 1.12 – Marlon Brando no filme “The wild one” em 1953.
Figura 1.13 – Jimi Hendrix foi um marco na “revolução pavão”
Figura 1.14 – Os Sex Pistols são uma banda que marcaram a década de 70 com o seu estilo
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punk
Figura 2.1 – Alfaiataria portuguesa por volta de 1920
Figura 2.2 – Blazer desenhado em tecido, fase antes de passar ao corte
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Figura 2.6 – Loja de Henry Pool & Co, na rua de Savile Row, em Londres
Figura 2.7 – Exemplo de um fato de corte inglês
Figura 2.8 – Exemplo de um fato de corte italiano
Figura 2.9 – Loja Brioni em Itália
Figura 2.10 – Organigrama da empresa Twintex facultada pela própria empresa
Figura 2.11 – Imagem do vídeo ilustrativo e explicativo do fast fashion
Figura 2.12 – Imagem do vídeo ilustrativo e explicativo do fast fashion
Figura 3.1 – Molde de um casaco de 1794
Figura 3.2 – Exemplo de uma tabela de medidas masculina actual
Figura 3.3 - Exemplo de um livro que explica como fazer um molde bidimensional
Figura 3.4 – Programa Modaris, exemplo em que cada material corresponde a um determinado
material
Figura 3.5 – David Teboula a executar drapping para a marca Yves St Laurent
Figura 3.6 – Programa Modaris, exemplo de uma calça graduada, onde o azul corresponde ao
tamanho base e as linhas de outras cores aos vários tamanhos que a calça poderá ter.
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Figura 3.7 – Exemplo, de uma marca real, de uma tabela de medidas masculina, com as
evoluções de tamanho para tamanho. Cada medida corresponde a uma zona do corpo e
consequentemente a um tamanho.
Figura 3.8 – Tecido risca de giz
Figura 3.9 – Tecido olho-de-perdiz
Figura 3.10 – Tecido espinha de peixe
Figura 3.11 – Tecido Príncipe de Gales
Figura 3.12 – Campanha da Cool Wool “When it’s hot it’s not”
Figura 4.1 – Blazer Double-breasted Clássico
Figura 4.2 – Cliente do alfaiate Paulo Batista, durante um das provas do fato
Figura 4.3 – Lado esquerdo: blazer construído com crina na totalidade. Lado direito: blazer
construído com metade da crina
Figura 4.4 – Ilustração que mostra o processo de construção de um casaco com entretela
Figura 4.5 – Alfaiate Paulo Batista a trabalhar no seu atelier
Figura 4.6 – Alfaiate Paulo Batista com um dos seus estimados clientes, Manuel Luís Goucha
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Figura 4.7 – A empresa Twintex na actualidade
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Lista de Tabelas
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Lista de Acrónimos
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Introdução
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1. Enquadramento do trabalho
Devido à crescente preocupação de alfaiataria artesanal poder estar em extinção, esta foi
uma motivação para este estudo. Incorporando posteriormente a alfaiataria industrial, pois o
pronto-a-vestir é um rival directo à alfaiataria artesanal.
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A lã Merino, é uma fibra que transformada em tecido que torna-se bastante versátil. Esta é de
fonte natural, biodegradável e renovável. Além de sustentabilidade, o vestir de uma peça de
lã Merino é fundamental, esta é essencialmente confortável transpondo-se também para a
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estética, de forma a proporcionar um fato elegante de bom aspecto.
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2. Objectivos
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3. Metodologia adoptada
Este trabalho desenvolveu-se em diversas fases algumas das quais decorreram em simultâneo.
A pesquisa acerca da evolução do vestuário masculino permitiu entender algumas das fases
que foram necessárias para a construção de uma indumentária contemporânea que, nos dias
de hoje, podemos contemplar.
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algumas das diferenças entre as duas, o que complementou as minhas considerações finais.
O estudo da construção do blazer permitiu identificar as fases pelas quais o blazer tem de
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passar até chegar a um produto final, quer este seja artesanal ou industrial.
O estudo caso entre um alfaiate e uma fábrica de vestuário permitiu identificar as suas
diferenças de forma a reconhecer se há ou não espaço no mercado para a alfaiataria
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4. Estrutura
Este documento está organizado devidamente por cinco capítulos.
No primeiro capítulo descreve-se a evolução e o desenvolvimento do vestuário masculino, ao
longo do tempo, desde os povos da antiguidade, até à década de 90.
O segundo capítulo aborda a alfaiataria artesanal, a alfaiataria industrial e a sua história.
No terceiro capítulo encontram-se as componentes da alfaiataria, a modelagem e os tecidos,
focando-se posteriormente na lã Merino.
No quarto capítulo encontram-se o estudo caso, a identificação das fases de construção de
um blazer, as entidades inquiridas e a análise de resultados do estudo caso.
O quinto e último capítulo descrevem-se as conclusões finais e as projecções futuras.
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