Flávio Lima de Morais
Flávio Lima de Morais
Flávio Lima de Morais
RESUMO
O presente artigo verificou a atuação das tropas especializadas da Polícia Militar do Estado de
Goiás em face do crime organizado, bem como a capacitação da tropa convencional frente ao
cometimento de crimes mais complexos. Estabeleceu-se um estudo dos quatro principais
grupos especializados do Estado de forma a demonstrar as suas principais atribuições, assim
como a importância da capacitação de cada policial pertencente a esses grupos. Para isso, foram
realizadas pesquisas de campo em consonância com o levantamento de dados estatísticos dos
grupos em estudo, e entrevistas com representantes de cada grupo especializado. Foi constatado
que a tropa especializada possui várias particularidades na área operacional que proporcionam
um resultado satisfatório no combate aos delitos de maior gravidade. Restou claro que a
capacitação em cursos específicos, armamento e equipamento adequados, maior número de
policiais na viatura e policiais mais vocacionados para a prestação do serviço, são fatores que
contribuem para as ações exitosas desses grupos. Conclui-se que a tropa especializada se faz
necessária no combate ao crime organizado, sendo uma força de apoio primordial à tropa
convencional, e que a atuação dessa se pauta no cumprimento fiel de protocolos operacionais
que proporcionam o sucesso em suas atuações.
ABSTRACT
This article verified the performance of the specialized troops of the Military Police of the State
of Goiás in the face of organized crime, as well as the training of the conventional troops against
the commission of more complex crimes. A study of the four main specialized groups of the
State was established in order to demonstrate its main attributions, as well as the importance of
the training of each police officer belonging to these groups. For this, field research was carried
out in consonance with the collection of statistical data of the groups under study, and
interviews with representatives of each specialized group. It was verified that the specialized
troop has several particularities in the operational area that provide a satisfactory result in the
fight against the most serious crimes. It was clear that the training in specific courses, adequate
1
Aluno do Curso de Formação de Oficiais do Comando da Academia de Polícia Militar do Estado de Goiás –
CAPM, [email protected]; Goiânia – GO, agosto de 2018.
2
Professor orientador: Doutorando em Direito Penal, MBA em Atividade de Inteligência de Segurança Pública,
[email protected], Goiânia – GO, agosto de 2018.
2
equipment and equipment, more police in the car and police officers more dedicated to
providing the service, are factors that contribute to the successful actions of these groups. It is
concluded that the specialized troops are necessary in the fight against organized crime, being
a primary support force for the conventional troops, and that the action of this is based on the
faithful fulfillment of operational protocols that provide the success in their actions.
Keywords: Military Police of the State of Goiás. Specialized troops. Organized crime.
Conventional troops.
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
A criação das tropas especializadas no Estado de Goiás é feita por meio de portaria
assinada pelo Comandante Geral, sendo que, historicamente, a sua motivação está vinculada ao
aumento do número de crimes de alta complexidade. No início da década de 80, devido à
crescente onda de roubo a bancos foi anunciada a criação da primeira tropa especializada
pertencente à Polícia Militar do Estado de Goiás, conforme Santos (2014). Como se observa, o
ambiente externo sempre influencia nas ações dos órgãos de segurança pública, fazendo com
que estes atuem de forma a amenizar ou anular os problemas que possam surgir.
Para Rocha (2015), ao se notar a influência do ambiente externo na formação
estrutural de uma organização, passa-se a adotar as contribuições da Teoria Sistêmica da
Administração, onde uma instituição ou empresa passa a ser vista como um todo composta
pelas demais partes, dando fundamentação para a sua subdivisão/departamentalização.
Dentro da estrutura organizacional da PMGO, os grupos especializados estão
inseridos dentro dos respectivos Comandos Regionais a que pertencem, sendo classificados
como órgãos de execução, conforme organograma institucional. Rocha (2015) afirma que essa
estrutura formal é estabelecida pelas lideranças baseando-se em regras e normas já definidas,
trazendo uma estrutura de poder e comunicação bem formadas, além disso, proporciona uma
descentralização de autoridade e responsabilidades por toda a instituição, na busca de se atingir
os objetivos e resultado.
A estabilidade da instituição está diretamente ligada com a sua estrutura formal, e
consequentemente com o seu desenho organizacional, que segundo Chiavenato (2002) é
realizado para dar a estrutura da organização e suporte para a criação de sua estratégia, sendo
coerente com as tomadas de decisões, norteando uma correta divisão e coordenação do trabalho,
levando-se em consideração os ambientes, as características e a tecnologia, já que tem
influência direta no comportamento e nos resultados das instituições.
Cunha (2017) nos mostra que a criação das tropas especializadas se deu em virtude
do crescimento de delitos mais graves, delitos estes que passaram a ser planejados e
orquestrados por determinados grupos de criminosos na década de 70. De acordo com Cunha
(2014), crime organizado ou associação criminosa é a reunião de 04 (quatro) ou mais pessoas
de forma organizada, bem estruturada, com a presença de divisão de tarefas, objetivando sempre
uma vantagem de qualquer natureza, utilizando para isso a prática de infrações penais com
penas máximas superiores a 04 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transacional.
Abstrai-se do conceito de crime organizado ou associação criminosa que este
também possui uma estrutura organizacional informal, não possuindo regulamentos ou normas
para sua sustentação. Segundo Rocha (2015) na estrutura informal a autoridade surge de forma
horizontal e a sua liderança é aceita de forma natural até mesmo pelos demais de mesma
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hierarquia, porém não há estabilidade devida a ausência de normas e regulamentos, sendo a sua
base construída apenas nas relações e comunicações feitas no cotidiano.
No contexto nacional, Cunha (2017) relata que o crime organizado teve sua
aparição nos anos 70, devido ao contato de presos políticos oriundos da ditadura militar com
presos comuns no presídio de Ilha Grande no estado do Rio de Janeiro, onde estes estavam
reclusos em face de crimes de roubo e sequestro. De acordo com Silva (1998) a origem do crime
organizado no Brasil foi fruto da prática de determinados delitos pelas quadrilhas da época
aliado com o conhecimento repassado a estes criminosos pelos presos políticos, unindo a parte
da execução com o fomento intelectual.
Foi através desta união de esforços que nasceu a primeira e mais conhecida facção
criminosa brasileira, o Comando Vermelho, que passou a atuar no Rio de Janeiro de forma
organizada e bem estruturada, obtendo lucratividade e aumentando seus membros, de acordo
com o que estabelece Cunha (2017). Schelavin (2011) estabelece que antes dos anos 80 os
crimes de roubo e sequestro eram os mais lucrativos, mas a partir de então o tráfico de drogas
passou a ser mais rentável e menos perigoso para a atividade criminosa.
Um fator preponderante para o fortalecimento da facção criminosa intitulada
Comando Vermelho foram as eleições no governo do Rio do ano de 1982, onde Leonel Brizola
se sagrou vencedor. Brizola tinha em mente a implantação de um governo mais popular e
direcionado para as comunidades, colocando em prática logo em seguida, sendo que no âmbito
da segurança pública limitou a atuação da polícia visando coibir possíveis abusos nas
comunidades por parte dos policiais. Tal atitude desastrosa foi o que deu sustentáculo para o
crime, ou seja, a ausência da polícia deu margem para a instalação e permanência do crime,
segundo estabelece AMORIM (2007).
Schelavin (2011) nos relata que o êxito do Comando Vermelho começou a aparecer
nos anos 90, haja vista a grande lucratividade financeira nessa década, assim como o acúmulo
de bens e aquisição de armamento pesado, oriundos do tráfico de drogas e se espelhando nas
organizações criminosas colombianas e italianas.
O surgimento de facções criminosas não foi característica somente do estado do Rio
de Janeiro, observa-se também que em São Paulo houve a necessidade de uma liderança no
cenário criminal penitenciário, nascia no ano de 1993 o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo Souza (2006) a origem do PCC se deu em virtude da transferência de 08 presos de
penitenciárias paulistas para um presídio da cidade de Taubaté, no mesmo estado, em
decorrência de problemas disciplinares, haja vista ser tal presídio considerado bem rígido e
temido pelos demais detentos. Esses 08 detentos lá chegando se denominaram Comando da
Capital e começaram a ganhar força naquela penitenciária, de acordo com Souza (2006).
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Foram feitas alianças com os demais presos espalhados por todo o estado de São
Paulo, onde o Primeiro Comando da Capital (PCC) passou a dominar e espalhar sua ideologia
por todo o território paulista. Utilizando uma forma diferenciada de agir, o PCC passou a atuar
dentro e fora dos presídios, além de protestar através de rebeliões violentas com o intuito de
garantir benesses dentro do sistema prisional, passou também a orquestrar crimes e espalhar
terror fora dos limites carcerários, criando um caos na vida das pessoas que estão em liberdade
e principalmente atacando membros das forças de segurança, é o que relata SCHELAVIN
(2011).
A atividade criminosa dessas facções se alastrou por vários estados, vindo a se
estabelecer também em Goiás. De acordo com Cunha (2017), Primeiro Comando da Capital e
Comando Vermelho já marcam presença em diversas unidades prisionais em Goiás, sendo que
a atividade do tráfico de drogas, fora dos presídios, é toda ela gerenciada pelos líderes que estão
encarcerados. Por ser uma atividade altamente lucrativa, há bastante rivalidade dentre essas
duas facções, proporcionando mortes entre seus membros e também o cometimento de vários
outros delitos no estado, como roubo a veículos, explosões de caixas eletrônicos, tráfico de
armas, dentre outros, conforme nos traz MORAES (2015).
Em decorrência dessa escalada da criminalidade no Estado de Goiás, a PMGO vem
buscando sempre garantir a paz social e a melhoria na prestação de serviço. No ano de 2004 foi
criada uma doutrina institucional, Procedimento Operacional Padrão – POP na Polícia Militar
de Goiás, visando uma padronização dos procedimentos e garantir aos policiais condições
técnicas para enfrentar os desafios da criminalidade. (GOIÁS, 2014).
O POP é considerado um instrumento de gestão de qualidade, tendo em vista que
descreve de forma pormenorizada toda a atividade operacional do Policial Militar, nas mais
diversas situações, objetivando sempre a prestação de um serviço de forma eficiente e isento de
erros (GOIÁS, 2014).
Mesmo abarcando diversas situações, o Procedimento Operacional Padrão da
PMGO não consegue orientar o policial militar para todas as ocorrências existentes no âmbito
operacional, sendo que em determinadas situações a sua resolução dependerá da experiência e
do conhecimento técnico do policial. A tropa convencional é formada e treinada apenas para
lidar, de forma precípua, com as ocorrências de menor gravidade, fato perceptivo no próprio
Procedimento Operacional, onde estabelece as composições das equipes (02 ou no máximo 03
policiais por viatura), armamento empregado (arma longa é exceção), orientando sempre às
equipes a solicitação de apoio à tropa especializada quando a situação exigir, ou seja, em caso
de ocorrências de maior gravidade. (GOIÁS, 2014).
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A portaria que aprova e regula o regimento interno das Rondas Ostensivas Táticas
Metropolitana (ROTAM) é a Portaria nº 7.795/2016, aprovada pelo Comandante Geral à época.
Para edição desta portaria foi considerado o crescimento da criminalidade dentro de seu aspecto
dinâmico na sociedade, o preparo doutrinário dentro dos princípios básicos constitucionais, e a
padronização das ações policiais com o objetivo de aplicar a técnica com equipamentos, meios
e armamentos disponíveis. (GOIÁS, 2016).
O Batalhão da Polícia Militar de ROTAM com circunscrição em toda a capital
goiana e região metropolitana, por determinação do Comandante Geral pode descentralizar sua
atuação pelos demais municípios goianos, devendo planejar, executar instruir, capacitar, e
coordenar todas as ações pertinentes ao patrulhamento tático. Suas atribuições são atinentes às
diretrizes estabelecidas pelo Comando Geral, que são: apoiar tática e operacionalmente as
unidades de área da PMGO, assim como outras forças policiais, órgãos Ministeriais e Poderes
constituídos; saturação (patrulhamento) de áreas com elevado índice de criminalidade;
gerenciar e negociar crises oriundas de sua atuação; realizar abordagens à pessoas e veículos;
atuar em situações de suspeitos homiziados e barricados (escondidos); combater o narcotráfico
e o crime organizado; prevenir o roubo/furto a estabelecimentos financeiros, pessoas, veículos
e bens; recapturar foragidos da justiça; escoltar e proteger dignitários, testemunhas, presos e
valores; promover instrução, orientação e acompanhamento dos demais grupos táticos da
PMGO. (GOIÁS, 2016).
A repressão às atividades do crime organizado é uma das principais atribuições do
Batalhão de ROTAM, sempre com base no preparo técnico e profissional, norteado por um
planejamento estratégico direcionado para o sucesso das ações da tropa. Na visão de Rocha
(2015) o resultado positivo será obtido quando houver um incremento de competências aos
funcionários por meio de programas de capacitação contínua, de modo a garantir a eficácia de
suas atribuições.
O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) teve sua atividade regulada através da
Portaria nº 6.505/2015 que definiu sua destinação e atribuições (GOIÁS, 2015). O BOPE
exercerá sua atividade em toda a circunscrição do Estado de Goiás, atuando de maneira
exclusiva em relação às demais tropas da PMGO, sendo que suas atribuições serão voltadas
para: situação de suspeito barricado (escondidos); resgate de reféns; gerenciamento e resolução
de crises; atuar em ocorrências que envolva indivíduos com distúrbios, psicológicos,
emocionais, ou mentais que estejam armados; atuação em situação de franco atirador; última
resposta em rebeliões nos estabelecimentos prisionais; ameaça terrorista, e ameaça de bomba;
busca e captura de suspeitos em ambiente rural ou de difícil acesso; promover instrução,
orientação e acompanhamento às demais tropas da PMGO. (GOIÁS, 2015)
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A luta contra o crime organizado exige uma resposta dura e inteligente por parte da
Polícia Militar de Goiás, e nessa busca, ela vem utilizando um método de gestão que
proporciona uma melhor distribuição de material humano e equipamentos por toda a extensão
do Estado através da criação de grupos táticos capacitados para o desempenho da função. A
melhor gestão é aquela em que os gestores não medem esforços para a obtenção do melhor
resultado possível, garantindo uma prestação de serviço com excelência e consequentemente a
satisfação do cliente, que no caso da segurança pública é a sociedade. Segundo Vaz (2006), o
que proporciona uma mudança no serviço público é o uso racional dos recursos, a exigência
por novos padrões de qualidade dos serviços e a pressão da sociedade no controle as ações dos
agentes públicos.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
empregado é traduzido em resultados, onde houve uma resposta por parte da polícia contra as
ações do crime organizado, com grandes apreensões de drogas e armas.
Segundo Rocha (2015), uma gestão descentralizada é adequada quando há
necessidade de distribuição de responsabilidades, e foi o que ocorreu para a criação dos grupos
especializados, a administração vislumbrou a carência desses grupos pelo interior do Estado e
fez com que o Comandante Geral editasse instrumentos normativos para a sua criação,
amenizando assim a demanda dos grupos da capital.
No que tange à capacidade da tropa convencional para o enfrentamento do crime
organizado, o Entrevistado 2 afirma que o policiamento convencional não tem as devidas
condições para lidar com o crime organizado, tendo em vista que essa modalidade de
policiamento tem apenas o preparo para um patrulhamento rotineiro, do dia a dia, ausente de
uma capacitação técnica suficiente para combater delitos mais graves. Segundo ele, a tropa
convencional existe para o atendimento de ocorrências corriqueiras, para fazer um primeiro
atendimento ao cidadão, já que possui equipamentos e condições técnicas limitados, e caso
apareça uma ocorrência mais grave, faz-se necessário o chamamento de uma equipe
especializada que é treinada para esse tipo específico de ocorrência.
Essa informação converge com o que Santos (2014) relata, ao deixar claro que a
tropa especializada tem capacidade técnica superior à convencional em virtude dos
ensinamentos ofertados nos cursos especializados com uma carga grande de matérias
específicas voltadas para o patrulhamento tático, armamento e tiro, educação física, dentre
outras. Sendo assim, o policial de uma tropa especializada está preparado para todo o tipo de
ocorrência e condicionado a suportar todas as adversidades do serviço operacional.
O Entrevistado 3 expõe que a tropa convencional não tem capacidade para enfrentar
o crime organizado, pois a atuação preventiva não se mostra suficiente para debelar o intento
de grupos ligados às organizações criminosas. Ele nos traz a informação de que a atuação
preventiva é extremamente importante, porém para o enfrentamento do crime organizado tem
que se ter uma ênfase maior no serviço de inteligência, sendo que a atuação das unidades
especializadas deve ser priorizada, pois a especificidade dos policiais envolvidos bem como a
sua capacitação, estrutura logística e protocolos operacionais se mostram mais adequados.
É o mesmo pensamento de Siqueira (2017), onde estabelece que o resultado da
preparação e da especialização é o êxito, em ocorrências de maior complexidade, fato inerente
às Unidades Especializadas, detentoras de policiais com alto nível técnico e comprometidos
com a qualidade na prestação do serviço.
Já o Entrevistado 4 garante que vários fatores são decisivos para o sucesso em uma
ocorrência de alta complexidade, não é razoável pontuar apenas um aspecto. Os fundamentos
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que baseiam uma atividade policial especializada são vários e indispensáveis para a atuação
operacional, mas de forma superficial pode ser elencado o treinamento, planejamento e a
atividade de inteligência. Há de se ressaltar também a vocação dos policiais, já que estes são
altamente vocacionados e devotados a trabalharem nas Unidades Especializadas a que
pertencem.
Nessa vertente, Rocha (2015) defende que o resultado positivo é obtido em virtude
da capacitação dos profissionais e do incremento de competências, que resulta na eficácia de
suas atribuições, proporcionando uma gestão em que os colaboradores não medem esforços
para a obtenção do melhor resultado e na busca incessante da boa prestação do serviço.
O material humano é essencial para a garantia do bom serviço prestado, quando se
clama por investimento na área de segurança pública, o aumento de efetivo está incluso nessas
reinvindicações. As tropas especializadas da Polícia Militar do Estado de Goiás estudadas no
presente artigo atuam com um efetivo limitado às condições da Administração Pública e mesmo
assim garantem a qualidade do serviço prestado, através do empenho e dedicação de seus
membros, segundo SIQUEIRA (2017).
Contudo, segundo todos os entrevistados, a capacitação de cada policial desses
grupos especializados e o treinamento constante que eles se submetem é o que proporciona o
sucesso na atuação frente ao crime organizado.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AMORIM, Carlos. CV e PCC a Irmandade do Crime. 8ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
CUNHA, Rodrigo Rodrigues Araújo da. Crime Organizado: As facções dentro das unidades
prisionais do Estado de Goiás. Artigo Científico – Programa de Pós-graduação da
Universidade Estadual de Goiás. Goiás, 2017. Disponível
em<https://acervodigital.ssp.go.gov.br/pmgo/bitstream/123456789/431/73/Crime%20Organiz
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%20Rodrigo%20Araujo%20Rodrigues%20da%20Cunha.pdf> Acesso em: 15 de julho de
2018.
CUNHA, Rogério Sanches. Crime Organizado: Comentários à nova lei sobre crimes
organizado – Lei nº 12.850/13. 2ª ed. Bahia: JusPodivm, 2014.
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______. Polícia Militar. Procedimento Operacional Padrão – POP. 3ª ed. PMGO, 2014.
SCHELAVIN, José Ivan. A Teia do Crime Organizado – Poder paralelo: meios de controle.
São Paulo: Conceito, 2011.
SILVA, Ivan Luiz da. Crime Organizado: Aspectos jurídicos e criminológicos. Lei nº
9.034/95. Minas Gerais: Nova Alvorada Edições, 1998.
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3. Essa gestão que foi adotada pela PMGO, onde permitiu a criação de vários grupos
especializados pelo Estado, foi exitosa em face do crime organizado?
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4. A tropa convencional é capaz de enfrentar o crime organizado, nos moldes que vem atuando
atualmente?
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5. Qual é o aspecto mais importante de uma tropa especializada para garantir o sucesso em uma
ocorrência de alta complexidade?
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