Gestão Escolar e o Combate Ao Bulyng
Gestão Escolar e o Combate Ao Bulyng
Gestão Escolar e o Combate Ao Bulyng
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Orientador2
ABSTRACT: This work is based on the principle of studying the presence of bullying
at school. This is only a bibliographic research, where it is briefly explained about the
subject within educational institutions. What is discovered, however, is that this type
of violence is not only present in the school environment, but in all of society,
suffering a difference, only in the actions of violence practiced by women and men. In
this sense, not only is the school responsible for combating this situation, but every
society must contribute to extinguishing these violence. However, the school must
take certain actions, such as promoting democratic management, with the
participation of the entire school community, promoting training, which make teachers
capable of detecting and combating this violence, as they are sometimes the victims
themselves. In this sense, theoretical support was sought in the studies of Pereira
(2009), and the presence of bullying in all institutions, in Libâneo (2004) and the
importance of everyone's participation in decision-making, also in Voors (2000),
giving a synthesis of the history and origin of the bullying meaning, among other
theorists of equal significance for this work.
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Acadêmica do curso de ..........................................., na Universidade..............................
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__________________
2
INTRODUÇÃO
Assim, entende-se que nem todo conflito que ocorre dentro do ambiente
escolar, entre alunos pode ser classificado como o bullying, por este motivo, cabe a
gestão criar estratégias que possam identificar adequadamente a situação, para não
cometer engano e acabar ferindo psicologicamente os alunos.
Três podem ser as definições sem que se apresentam o bullying, segundo
Beane (2010), onde o primeiro se trata do físico, quando ocorre atos de bater,
empurrar, forçar o corpo dos colegas, colocar o pé para que haja a queda de outros
alunos, ou beliscar, em alguns casos, principalmente entre os meninos, enfiam a
cabeça de outros no vaso do banheiro, entre outras escoriações físicas.
A segunda definição que Beane (2010), aponta se trata do verbal, ocorrendo
apelidos, ofensas com palavras pejorativas, insultos, ameaças e intimidações,
provocações, cochichos com outras crianças que intimidam, entre outras situações.
A terceira situação, se trata do social, onde o autor aponta para, destruição de
relacionamentos, ou reputações, com difamações a serem espalhadas, exclusão de
crianças ou pessoas jovens e adultas de grupos escolares ou outros. Também neste
social, há as humilhações em público, bilhetes com mensagens ofensivas, entre
outras.
O termo bullyng se origina do inglês com a significação de alguém que briga
muito ou é considerado valentão na escola, mesmo não tendo uma significação ou
tradução para o português, já traz o significado de algo que causa ameaça,
intimidação, humilhação ao colega, ou até maus tratos.
Segundo Pereira (2009), o primeiro país que demonstrou preocupação com o
bullyng escolar, foi a Suécia, onde em 1970, alguns casos se acentuaram no país,
levando a tomadas de decisões para sanar tal problema. Logo depois, a Noruega
também, no ano de 1989, quando o pesquisador Dan Olweua, da universidade de
Berger, em uma pesquisa realizada com 84 mil alunos, mais ou menos 400
educadores e um mil pais, o professor constatou, que a cada sete alunos
matriculados em escolas, um estava envolvido em agressões a colegas.
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Dessa forma Fante (2003, p.61) afirma que: “pode se afirmar que o bullying
está presente em todas as escolas do mundo”. Em nosso país, de acordo com o
autor:
Os pais por não terem tempo para os filhos, deixam que entrem muito cedo
no mundo tecnológico, com celulares, tabletes, as novelas e filmes, que fazem
apologia à violência e acabam influenciando no caráter da criança, adolescentes e
jovens.
Em relação a uma gestão democrática, que possa combater o bullyng, a LDB
no artigo 12 estabelece um processo de articulação da família e a comunidade
escolar, para que haja maior integração entre ambas, em relação a educação dos
alunos. E no artigo 23 a lei dar mais autonomia as escolas para que possam
organizar suas funcionalidades curriculares. E de acordo com essas mudanças
ocorridas nas décadas de 90, o plano nacional de educação estabelece como
prioridade a gestão democrática, que diz:
levando a tomadas de decisões para sanar tal problema. Logo depois, a Noruega
também, no ano de 1989, quando o pesquisador Dan Olweua, da universidade de
Berger, em uma pesquisa realizada com 84 mil alunos, mais ou menos 400
educadores e um mil pais, o professor constatou, que a cada sete alunos
matriculados em escolas, um estava envolvido em agressões a colegas.
Dessa forma Fante (2003, p.61) afirma que: “pode se afirmar que o bullying
está presente em todas as escolas do mundo”. Em nosso país, de acordo com o
autor:
mudanças, mais estarão inseridas nas inovações para defini-la com a perspectiva de
seus estudos.
Assim, para combater a violência é preciso elaborar ações e planejamento,
com base em princípios que emergem de uma gestão democrática, que em seu
contexto permite a participação dos demais membros escolares, isto é, que
direciona o trabalho escolar de forma coletiva de todos.
Dessa forma, de acordo com Abramovay e Rua (2004), para enfrentar a
questão do bullying na escola, ou outras formas de violência escolar, é buscar os
motivos que causam tais violências, ou seja, buscar informações acerca de como
iniciou diariamente na escola.
Não há um embasamento de leis que consolidem as práticas de uma gestão,
isto é, documentos oficiais que possam reger suas ações escolares. Contudo,
existem duas leis que podem embasar suas ações, estas são a Constituição Federal
de 1988, a qual encaminha as orientações de uma gestão democrática nas escolas
públicas (206, VI), de forma a viabilizar a participação dos membros escolares nas
tomadas de decisões.
A segunda Lei, se trata da LDB, pois de acordo com o artigo 14, os sistemas
de ensino públicos definem as normas dessa gestão na educação básica, de acordo
com suas “peculiaridades” e conforme os seguintes princípios:
I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico
da escola;
II. participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Funcionando dessa forma, a gestão pode buscar entre a comunidade escolar,
experiências, apoio e estraté4gias que possam combater a violência escolar, dentre
as quais está o bullying. Contudo, não basta apenas ser acessível a ideias e
opiniões, a gestão precisa sensibilizar essa comunidade, da importância de suas
participações no processo de combate a violência, principalmente das famílias dos
alunos que se envolvem em tais situações. ]
Luck et al (2001), em um estudo realizado na década de 70, sobre as
gestões, chegou a conclusão que nenhum gestor consegue governar sozinho, tendo
eficácia em suas tarefas e planejamentos escolares, logo não pode também resolver
todos os problemas que surgem na escola.
Nesse sentido, Carneiro (2000, p. 77) afirma que:
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Nos últimos anos, devido a alguns surtos de alunos em escolas públicas, que
chegaram a promover chacinas dentro das escolas onde estudaram, se busca os
motivos de tais reações e o bullying, é uma das causas mais prováveis para que
esses jovens tomassem tais atitudes de violências. Por este motivo, a mídia, a
escola tem falado bastante sobre o assunto. Alguns municípios já chegaram a criar
leis de anti-bullying, que propõem politicas educativas, a fim de combater a violência.
Em parceria, com a Petrobrás e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), a ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à
Infância e à Adolescência), atualmente fechada por falta de recursos, realizou um
estudo muito importante a respeito do bullying entre os anos de 2002 e 2003. Que
por sua relevância, pode ser classificado um dos estudos mais importantes, já feitos
com relação ao assunto deste estudo, em nosso país. E de acordo com Fante
(2008):
Eu poderia pegar uma arma e atirar em todos os meninos, mas não sou
uma pessoa má. Também não vou dizer quem são os bullies. Você sabe
que eles são. Eu ria por fora e chorava por dentro. Mãe, depois da minha
morte, vá até a escola e fale com os meninos. Diga para que parem com o
bullying, uns sobre os outros, pois isto machuca profundamente. Estou
tirando a minha vida para mostrar o quanto machuca. (MOHARIB, apud .
Moz e Zawadski, 2007).
de aula, então é uma situação conflituosa, que requer ações onde se busque
soluções entre a família, escola e sociedade em parceria para combater e não
apenas buscar culpados. Pois muitas instituições acham que combater, é expulsar
alunos agressores, mas Moz e Zawadski (2007), colocam que:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo foi possível perceber que a escola necessita de politicas de
prevenção e de intervenção, mas de maneira consciente e com uma gestão
democrática, para além de todos poderem dar suas opiniões, também sejam
responsáveis pelas ações e intervenções para com bater o bullying. Para isso, além
de contribuir, todos os membros escolares, desde a servente, direção, apoio
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pedagógico e demais funcionários precisam ser capacitados para lidar com tais
violências.
Quanto as ações de combate ao bullying, é preciso aceitar que se trata de um
problema social e não apenas escolar, pois o que ocorre muitas vezes, são pais
assustados tirando seus filhos da escola em vez de sugerir ações de prevenção e
combate. Por outro lado, algumas famílias tentam ajudar, mas são impedidos por
gestões autocráticas, que não permitem a participação dos membros escolares, que
centraliza o poder e não consegue dar conta da situação sozinha e achar uma
solução.
Por outro lado, também através deste estudo foi possível conhecer outras
formas em que o bullying se apresenta, havendo diferenças entre as práticas
cometidas por homens e por mulheres, chegando a conclusão de que os meninos
são bem mais violentos. Assim, de uma forma geral, é preciso haver mais
discussões sobre o assunto, não apenas campanhas de anti-bullying vazias, com
cartazes ou vídeos que muitas vezes os alunos não compreendem, mas levar
situações reais, relatos, vivencias e consequências reais para sensibilizar os alunos
sobre a problemática.
É preciso que a escola, enquanto pessoas, professores, gestão e demais
funcionários conheçam a fundo o bullying, e também tomem atitudes de prevenção,
não excluindo alunos problemáticos, mas dando exemplos de empatia , isto é,
sentindo, se permitindo conhecer o que o outro sente, pois: “As sementes de
cuidado, preocupação e vínculo que germinam e florescem mais tarde, tornando-se
a capacidade de uma criança estabelecer empatia com os sentimentos de outros,
são semeados nos primeiros meses de vida”. (MOZ e ZAWADSKI, 2007, p.60).
Assim, conclui-se este estudo, sabendo que o bullyinh existe não apenas por
um nome, mas com consequências graves se não for tratada, que podem acarretar
desde a dificuldades na aprendizagem do aluno, até atitudes extremas como o
suicídio ou cachinas. Então é preciso haver políticas conscientes e responsáveis de
combate a tal violência.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, M. et al. Escolas Inovadoras: experiências bem-sucedidas em
escolas públicas. Brasília: UNESCO Brasil, 2002.
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BEANE, Allan. Proteja seu filho do bullying: impeça que ele maltrate os colegas ou seja
maltratado por eles. Tradução: Débora Guimarães Isidoro, Rio de Janeiro, RJ: Ed.
BestSeller, 2010.
VOORS, William. Os pais reservam livros sobre bullying: Mudando o curso da vida de
seu filho: para pais de ambos os lados da cerca. Minnesota: Hazelden, 2010.