Historia Da Parasitologia

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Universidade de Belas

Faculdade de Ciências de Saúde

Disciplina : PARASITOLOGIA

CURSO DE
ENFERMAGEM
2ºano

Prof. MsC. Kissungo Dongala ( DOUGLAS )

Prasitologia / Unibelas 2021[Escreva texto]Prof. MsC. Kissungo Dongala


(Douglas)
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Introdução

O estudo da parasitologia iniciou-se nos EUA em 1850 com Joseph Leidy,


que ficou sozinho por aproximadamente 20 anos, publicando, entre outros
trabalhos relevantes, a descrição, em 1860, do parasita Trichinella spirallis.

O surgimento da PARASITOLOGIA como ciência tem seus primeiros registros


no século XVII, quando o pesquisador Anton van Leeuwenhoek observou
giárdias em suas próprias fezes. O fenômeno parasitismo surgiu desde o início
da vida na Terra. ... Há, portanto, uma grande diversidade de parasitas que
influenciaram as mudanças evolutivas que resultaram nas espécies de
hospedeiros actuais. Trata-se de estudo sobre a origem e evolução das
parasitoses ao longo do tempo.

PARASITOLOGIA  é a especialidade da biologia que estuda os parasitas, os


seus hospedeiros e relações entre eles. Engloba os filos Protozoa (protozoários),
do reino Protista e Nematoda (nematódes), annelida (anelídeos), Platyhelminthes
(platelmintos) e Arthropoda (artrópodes), do reino animal.

Chama-se de parasita todo e qualquer organismo que vive em associação


com outro organismo e estabelece uma relação de parasitismo com este
indivíduo. O parasitismo é um tipo de relação ecológica interespecífica, ou
seja, ocorre entre indivíduos de espécies diferentes, e estabelece

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uma associação entre dois organismos na qual um é beneficiado


enquanto o outro é prejudicado.

Esse tipo de relação é caracterizada por um indivíduo, chamado de parasita,


que se aloja próximo ou no interior do corpo de outro organismo, este chamado
de hospedeiro. O parasita passa, então, a roubar nutrientes, biomoléculas e
até a utilizar a maquinaria metabólica do hospedeiro para suprir as suas
necessidades fisiológicas. Dessa forma, o hospedeiro, tendo parte de seus
nutrientes e biomoléculas usurpados pelo parasita, passa a ser prejudicado
nessa relação.

É importante entender que o parasita não tem como objectivo matar o


hospedeiro, até porque ele se nutre do metabolismo do hospedeiro e, uma vez
que o hospedeiro morre, o metabolismo cessa.

Dessa forma, na maioria dos casos de parasitismo, se observa uma


coadaptaçao , uma adaptação entre os organismos que promove o equilíbrio
entre a concentração de substâncias presentes no hospedeiro e a
concentração de substâncias "roubadas" pelo parasita.

As relações de parasitismo que culminam propositalmente na morte do


hospedeiro são chamadas, por alguns parasitologistas, de parasitoidismo.

Quando o endoparasita coloniza o hospedeiro, é dito que houve


uma infecção e, caso essa infecção cause sintomas evidentemente
prejudiciais, ela passa a ser chamada de doença. O
termo patógeno, ou agente etiológico, pode ser empregado para referir-se a
todo parasita com capacidade de provocar uma doença. No caso dos
ectoparasitas, quando eles colonizam o hospedeiro, é dito que houve
uma infestação, como no caso de pulgas e carrapatos.

O termo parasita tem origem grega e pode ser traduzido como ”aquele que
come na mesa de outro”, sugerindo a capacidade do parasita de roubar
nutrientes do hospedeiro. A ciência que estuda as infecções, bem como as

Tipos de Parasitas

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Os parasitas possuem características que nos permitem classificá-los em tipos


diferentes. Quanto à necessidade de um hospedeiro, um parasita pode ser:

 Obrigatório: Aqueles que só conseguem sobreviver quando


associados a um hospedeiro. Os vírus são um exemplo clássico de
parasitas obrigatórios;
 Facultativos: Aqueles que não dependem de um hospedeiro para
sobreviver, podendo optar por colonizar algum organismo ou permanecer
como indivíduos de vida livre. Algumas bactérias e animais parasitas
possuem carácter facultativo.
 Protelianos: Tipo específico de parasitismo no qual o parasita é
obrigatório na fase larval, mas se torna facultativo ao atingir a fase
adulta. Algumas vespas depositam seus ovos no interior de outros
animais, que os eclodem, e as larvas se alimentam desses animais até
atingirem a vida adulta, quando saem do corpo do hospedeiro para uma
vida livre.

Quanto ao número de espécies hospedeiras, um parasita pode ser:

 Directo: Quando só possui um único hospedeiro


 Indirecto: Quando possui mais de um hospedeiro. Neste caso, haverá
um hospedeiro definitivo, que o parasita coloniza já na fase adulta, ou
próximo à fase adulta, e um hospedeiro intermediário, que o parasita
coloniza na fase inicial do seu ciclo de vida.

Classificação dos parasitas

Os parasitas podem, ainda, ser classificados de acordo com a localidade em


que eles colonizam um hospedeiro.

 Endoparasitas: São os parasitas que se alojam no interior do


organismo do hospedeiro. Os vermes, como as lombrigas e as solitárias,
que se alojam no interior do intestino dos mamíferos, são exemplos dessa
classe;

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 Ectoparasitas: São os parasitas que se fixam na superfície do corpo do


hospedeiro, não sendo encontrados no interior do organismo. Exemplo o
carrapato, que se fixa na pele de outros animais;
 Hemoparasitas: Tipo específico de parasita que se aloja na corrente
sanguínea do hospedeiro. O Trypanosoma cruzi, que é o responsável
pela Doença de Chagas, é um protozoário hemoparasita.

Trypanosoma cruzi em uma amostra sanguínea.

Organismos parasitas

Relações de parasitismo podem ser encontradas nos mais variados filos e


reinos existentes. Embora espere-se que os parasitas sejam organismos
pequenos, ou até microscópicos (o que não deixa de ser verdade), há um
número de parasitas maiores e visíveis a olho nu.

Entre os organismos de domínios diferentes do hospedeiro estão as bactérias,


os protozoários e os vírus, que são endoparasitas que podem até chegar a
se alojar no interior das células do hospedeiro. As infecções causadas por
esses organismos são chamadas, respectivamente, de bacterioses,
protozooses e viroses.

Alguns fungos e plantas também podem desempenhar actividade parasita,


hospedando-se em organismos dentro e fora do reino do qual fazem parte. As
plantas parasitas geralmente não possuem clorofila e têm um mecanismo para
penetrar a epiderme da planta hospedeira, que as permite absorver nutrientes
e moléculas orgânicas transportadas pela seiva bruta e elaborada.

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Dentro do Reino Animal os vermes são os principais organismos que


estabelecem relação parasitária com outros organismos. Os vermes são
erroneamente associados a qualquer organismo rastejante, sendo que apenas
os constituintes do filo platelminto e nematoda (nematelminto) são realmente
considerados vermes. As doenças atribuídas às infecções por vermes são
chamadas de verminoses.

Além dos vermes, diversos organismos do filo dos Artrópodes são parasitas,


como é o caso dos ectoparasitas ácaros, carrapatos, pulgas e piolhos.

Dentro do filo dos Cordados, os principais exemplares de organismos


parasitas são os pássaros da família Cuculidae, conhecidos popularmente
como Cuco. A fêmea dessa espécie deposita seus ovos nos ninhos de outras
espécies de pássaros, que, não percebendo, protegem e, posteriormente,
alimentam o filhote de cuco. Como os cucos possuem tempo curto de
desenvolvimento no interior dos ovos, eles nascem, geralmente, antes dos
demais filhotes do ninho e acabam expulsando os ovos e os filhotes,
prejudicando a espécie hospedeira.

Transmissão e Ciclo de Vida dos parasitas

O ciclo de vida de qualquer organismo compreende o conjunto de processos,


mudanças e fenômenos aos quais um organismo é submetido ao longo das
suas fases da vida, desde o nascimento até a morte. Com os parasitas não
seria diferente, o ciclo de vida de um parasita, também chamado de ciclo
evolutivo, organiza os acontecimento e as transformações na vida de um
parasita, compreendendo sua colonização em um ou mais hospedeiros, sua
reprodução assexuada e sexuada etc...

Dessa forma, sabendo que ciclo evolutivo de um parasita está diretamente


relacionado com os hospedeiros nos quais ele se aloja, é possível classificar
dois tipos de ciclo de vida parasitária:

 Ciclo monoxênico: Quando o parasita possui um único hospedeiro;


 Ciclo heteroxênico: Quando o parasita possui mais de um hospedeiro.
Neste caso, classifica-se os hospedeiros em intermediários e definitivos.

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Os hospedeiros intermediários são os primeiros a servirem de abrigo para o


parasita, alojando-o durante a fase inicial da sua vida, muitas vezes no estágio
larval, e permitindo o seu desenvolvimento e a sua reprodução assexuada.

Os hospedeiros definitivos são colonizados pelo parasita em sua fase adulta,


quando este já realiza reprodução sexuada. É, geralmente, nos hospedeiros
definitivos que estão concentrados os maiores prejuízos da relação de
parasitismo. É o hospedeiro definitivo que sucumbe às doenças parasitárias.

Os hospedeiros intermediários também podem ser chamados de vetores,


principalmente quando o objecto de estudo é a doença causada e não o
parasita em si. Por exemplo, é comum dizer que o mosquito Aedes Aegypti é
o vector do vírus da dengue, isso significa que o vírus da dengue é transmitido
para outros organismos através da interacção entre o mosquito e esses outros
organismos, que se dá, normalmente, pela picada. Dessa forma, é possível
classificar os vectores quanto a sua função servindo de hospedeiro
intermediário para o parasita:

 Vector mecânico: Também chamado de vetor paratênico. Esse


vector serve apenas para transportar o parasita, não estando
directamente relacionado com os processos do ciclo de vida do patógeno.
 Vector biológico: Além de transportar o parasita, ele está directamente
relacionado com o ciclo evolutivo do patógeno. É no vector biológico que
o patógeno passa parte do seu ciclo de vida.

Resumidamente, o ciclo de vida monoxênico de um parasita se inicia com os


seus ovos ou larvas depositados em alimentos ou locais de fácil interacção
com o hospedeiro. O hospedeiro pode ingerir ou abrigar os parasitas, que se
desenvolvem e se proliferam no interior do seu organismo, podendo causar os
sintomas da doença característica. Além disso, o hospedeiro pode eliminar
ovos e larvas do parasita no ambiente, por meio das suas fezes ou secreções,
para que essas larvas possam colonizar novos hospedeiros.

No ciclo heteroxênico, o parasita se aloja no hospedeiro intermediário, no qual


se desenvolve até a fase adulta, quando coloniza, então, o hospedeiro

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definitivo a partir da transmissão, que pode ocorrer através do transporte pelo


vector ou pela ingestão da carne do hospedeiro intermediário.

A transmissão varia de acordo com o parasita e com a forma de


interacção com o vector intermediário, quando houver. Algumas doenças
parasitárias ocorrem através da ingestão de ovos e larvas ao consumir
alimento infectado, como carnes de suínos e bovinos; outras infecções ocorrem
após a interacção do vector com o hospedeiro definitivo através de picadas
(quando o vector for um insecto), mordidas (quando o vector for um animal
como cães e gatos) etc. O importante é saber que uma infecção só ocorre
através do contacto directo entre o parasita e o hospedeiro definitivo, a
qual, às vezes, se dá sob influência de um hospedeiro intermediário
(vector).

Elementos básicos da cadeia de transmissão das infecções parasitárias

Para que ocorram infecções parasitárias é fundamental que haja elementos


básicos expostos e adaptados às condições do meio. Os elementos básicos
da cadeia de transmissão das infecções parasitárias são o hospedeiro, o
agente infeccioso e o meio ambiente.

Exemplo do ciclo de vida heteroxênico do protozoário do género Leishmania,


causador da Leishmaniose.

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Exemplos de Parasitas

Bactérias parasitas

Leptospira interrogans  ( causadora da Leptospirose) ; Mycoplasma pneumoniae (uma


das bactérias que pode causar a bronquite); Vibrio cholerae (causadora da
cólera); Treponema pallidum (causadora da Sífilis); Neisseria gonorrhoeae (causadora
da gonorréia).

Vírus parasitas ; todos géneros e espécies

Protozoários parasitas

Trypanosoma cruzi (Doença de Chagas); Toxoplasma gondii (toxoplasmose);


Gênero Plasmodium (Malária);

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Vermes Parasitas

Do grupo animália, fazem parte os vermes achatados, do filo platelmintos, ou


cilíndricos, como os do filo nematelmintos.

 Platelmintos: Schistosoma mansoni (causador da esquistossomose),


organismos do gênero Taenia, popularmente conhecidos como tênias
(causadores da teníase e da cisticercose)
 Nematelmintos:  Ancylostoma duodenale (causador da ancilostomose); Ascaris
lumbricoides, popularmente chamada de lombriga (causador da Ascaridíase);

Fungos Parasitas

Parasitas que afetam, normalmente, as plantas, embora possam parasitar


animais, como insetos e, até mesmo, o ser humano. O fungo Hemileia
vastatrix é o causador da ferrugem do cafeeiro, uma doença caracterizada
pelo amarelamento e posterior apodrecimento da folha de vegetais. Fungos do
gênero Trichophyton são os causadores das frieiras.

Folha infectada com Hemileia vastatrix.

Artrópodes parasitas:

São, em geral, ectoparasitas, portanto, se alojam na parte exterior do


hospedeiro. O piolho (gênero Phthiraptera), a pulga (gênero Siphonaptera) e o
carrapato (Família Ixodidae ou Argasidae) são os principais exemplos de
parasitas artrópodes.

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Carrapato macho.

Parasitologia humana

A PARASITOLOGIA  é a ciência que estuda o parasitismo. O parasitismo


ocorre quando um organismo (parasita) vive em associação com outro
organismo (hospedeiro), do qual retira os meios para sua sobrevivência,
causando prejuízos – ou seja, doenças – ao hospedeiro durante este processo.

Tipos de parasitas

Exemplos de Parasitas

 Bactérias parasitas. ...
 Vírus parasitas. ...
 Protozoários parasitas. ...
 Vermes Parasitas. ...
 Fungos Parasitas. ...
 Plantas parasitas. ...
 Artrópodes parasitas: ...
 Cuco - uma ave parasita:

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 Parasitismo é uma relação ecológica interespecífica e desarmônica. ...


Como exemplo de parasitas podemos temos o tripanossomo,
responsável pela doença de Chagas, os carrapatos, os piolhos, as
tênias, a lombriga e até mesmo plantas, como é o caso do cipó-chumbo.

Tipos de parasitas intestinais

Parasitoses Intestinais

 AMEBÍASE (ameba) A ameba é um parasita do intestino grosso, onde ela se


aloja causando diarreia. ...
 GIARDÍASE (giárdia) ...
 ASCARIDÍASE (lombriga) ...
 ANCILOSTOMÍASE (amarelão) ...
 ENTEROBÍASE ou OXIURÍASE (coceira anal)

 Esquistossomose.

 Toxoplasmose. ...
 Doença de Chagas. ...
 Malária. ...
 Cisticercose

 Teníase (conhecida como tênia

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Sinais e Sintomas. Grande parte dos pacientes com infecções por


enteroparasitas são oligossintomáticos ou apresentam predomínio
de sintomas inespecíficos, tais como diarreia, dor abdominal, mal-estar,
nâuseas, vômitos, emagrecimento, distúrbios do apetite.

 Como eliminar os parasitas do intestino


 Tratamento: mebendazol e albendazol são as drogas de escolha, mas
outras medicações foram testadas com sucesso, incluindo o pamoato de
pirantel. Em casos de obstrução intestinal, a piperazina deve ser
utilizada. Uma dose única de albendazol 400 mg tem eficácia de quase
100%

Destacamos aqui, alguns dos parasitas ANIMAIS mais comuns.

 Pulgas – Podem ser encontradas tanto no ambiente quanto no animal. ...


 Carrapatos – Picam humanos e animais e são transmissores de várias
doenças. ...
 Ácaros (como o Sarcoptes scabiei) – Causa a sarna sarcóptica, que acomete
cães e também os seres humanos.

A transmissão as doenças parasitárias

Muitas infecções parasitárias são disseminadas por contaminação fecal de


alimento ou água. São mais frequentes em regiões onde as condições
sanitárias e de higiene são precárias.

Os fatores que contribuem para a existência de doenças parasitárias

Essas doenças parasitárias geralmente têm estreita relação com


os fatores sociodemográficos e ambiente tais como: problemas de
infraestrutura como saneamento básico deficiente ou ausente, dificuldade de
obtenção de água potável, precárias condições socioeconômicas, estado
nutricional deficiente ou desequilibrado, entre ...

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10 principais remédios para vermes e como tomar

1. Albendazol. ...
2. Mebendazol. ...
3. Nitazoxanida. ...
4. Piperazina. ...
5. Pirantel. ...
6. Ivermectina. ...
7. Tiabendazol. ...
8. Secnidazol.

Os vermes são transmitidos ao homem por via oral, pela ingestão de frutas e


vegetais crus contaminados ou dedos sujos . A transmissão ocorre por ovos do
tricocéfalo. Os ovos, uma vez que chegam ao intestino delgado, liberam uma
larva se desenvolve no cólon.

Impacto da parasitologia no processo Saúde-doença do homem

As parasitoses intestinais provocam relevantes agravos à saúde humana,


sobretudo na população de países mais pobres, onde condições ambientais,
socioeconômicas e culturais favorecem à manutenção e à disseminação de
ciclos biológicos dos parasitos envolvidos nessas doenças (Pereira et al.

Parasita interno e externo

A médica-veterinária Cíntia Kunrath explica que parasitas internos são


vermes gastrointestinais que causam problemas no intestino do animal e
podem prejudicar o abate por conta das condenações. Há também os que
causam problemas renais e os que chegam aos pulmões. “Já os externos são
sarnas, piolhos e carrapatos.

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Tema #2

MORFOLOGIA ESTRUTURAL E ULTRA-ESTRUTURAL

Quanto a morfologia, os protozoários apresentam grandes variações, conforme


sua fase evolutiva e meio a que estejam adaptados. Podem ser esféricos, ovais
ou mesmos alongados. Alguns são revestidos de cílios, outros possuem
flagelos, e existem ainda os que não possuem nenhuma organela locomotora
especializada. Dependendo da sua actividade fisiológica, algumas espécies
possuem fases bem definidas. Assim temos:

 Trofozoíto: é a forma activa do protozoário, na qual ele se alimenta e se


reproduz por diferentes processos.

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 Cisto e oocisto: são formas de resistência. O protozoário secreta uma


parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em
meio impróprio ou em fase de latência (os cistos podem ser encontrados
em tecidos ou fezes dos hospedeiros;
Os oocistos são encontrados em fezes do hospedeiro e são
provenientes de reprodução sexuada).
 Gameta: é a forma sexuada, que aparece em espécies do filo
Apicomplexa.

 O gameta masculino é o microgameta e o feminino é o macrogameta.

Ultraestrutura

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Os Protozoa são divididos em sete filos:

Sarcomastigophora, Apicomplexa, Ciliophora, Microspora, Labyrinthomorpha,


Ascetospora e Myxospora; destes, apenas os quatro primeiros têm interesse
em parasitologia humana e serão aqui estudados.

Os protozoários englobam todos os organismos protistas, eucariotas,


constituídos por uma única célula. Apresentam as mais variadas formas,
processos de alimentação, locomoção e reprodução. É uma única célula que,
para sobreviver, realiza todas as funções mantenedoras da vida: alimentação,
respiração, reprodução, excreção e locomoção.

Para cada função existe uma organela própria, como, por exemplo:

 núcleo: bem definido e com envelope nuclear. Alguns protozoários têm


apenas um núcleo, outros têm dois ou mais núcleos semelhantes.

Os ciliados possuem dois tipos de núcleo - macronúcleo (vegetativo e


relacionado com a síntese de RNA e DNA) e micronúcleo (envolvido na
reprodução sexuada e assexuada);

 aparelho de Golgi: síntese de carboidratos e condensação da


secreção protéica;

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 retículo endoplasmático:

a) liso - síntese de esteróides;

b) granuloso - síntese de proteínas;

 mitocôndria: produção de energia;


 cinetoplasto: uma mitocôndria especializada rica em DNA
 lisossoma: permite a digestão intracelular de partículas
 microtúbulos: formam o citoesqueleto. Participam dos movimentos
celulares (contração e distensão) e na composição de flagelos e cílios;
 flagelos, cílios e pseudópodos: locomoção e nutrição;
 corpo basal: base de inserção de cílios e flagelos;
 axonema: eixo do flagelo;
 citóstoma: permite ingestão de partículas.

Cada organela é mais ou menos semelhante nas várias espécies, entretanto,


ocorrem pequenas diferenças que podem ser observadas ao microscópio
óptico ou unicamente ao microscópio electrônico. Além destas ferramentas, o
estudo dos protozoários inclui também aspectos bioquímicas, de biologia
celular e molecular

TEMA 3
BIOLOGIA

Reprodução : Encontramos os seguintes tipos de reprodução:

ASEXUADA;

 divisão binária ou cissiparidade;


 brotamento ou gemulação;
 Endogenia :formação de duas ou mais células-filhas por
brotamento interno;

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 esquizogonia: divisão nuclear seguida de divisão do citoplasma,


constituindo vários indivíduos isolados simultaneamente. Na realidade
existem três tipos de esquizogonia - merogonia (produz merozoítos),
gametogonia (produz microgametas) e esporogonia (produz
esporozoitos).

ASSEXUADA
Existem dois tipos de reprodução sexuada:

a)conjugação: no filo Ciliophora ocorre união temporária de dois


indivíduos, com troca mútua de materiais celulares;

b)singamia ou fecundação: no filo Apicomplexa ocorre união de


microgameta e macrogameta formando o zigoto, o qual pode dividir-se
formando um certo número de esporozoítos.

NUTRIÇÃO

Quanto ao tipo de alimentação, os protozoários podem ser:

 holofiticos ou autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos


citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da
luz solar (fotossíntese);
 holozóicos ou heterotróficos: ingerem partículas orgânicas de origem
animal, digerem-nas e, posteriormente, expulsam os metabólitos. Essa
ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou
pinocitose (ingestão de partículas pequenas);
 saprozóicos: "absorvem" substâncias orgânicas de origem vegetal, já
decompostas e dissolvidas em meio liquido;
 mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos
métodos acima descritos.

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EXCREÇÃO

Pode ser feita por meio de dois mecanismos:

 difusão dos metabólitos através da membrana;


 expulsão dos metabólitos através de vacúolos contráteis.

RESPIRAÇÃO

 Podemos encontrar dois tipos principais:

a)aeróbicos: são os protozoários que vivem em meio rico em oxigênio;


b)anaeróbicos: quando vivem em ambientes pobres em oxigênio, como os
parasitos do trato digestivo.

LOCOMOÇÃO

A movimentação dos protozoários é feita com auxílio de uma ou


associação de duas ou mais das seguintes organelas:

 pseudópodos;
 flagelos;
 cílios;
 microtúbulos subpeliculares que permitem a locomoção por flexão,
deslizamento ou ondulação.

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