Introdução

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1. Introdução

Vamos começar por ver alguns de muitos conceitos essenciais que nos vão ajudar a
entender os próximos pontos. Saber quais os conjuntos numéricos e suas propriedades é
importante porque nos dará uma visão geral dos números e das operações possíveis
entre eles.
O plano cartesiano vai nos mostrar o conceito e ideia sobre o que é um ponto, assim
como a distância entre pontos.
A proporção e a percentagem vãos nos ajudar a trabalhar já com olhos aberto as
frações e outros pontos relacionados. Então, só falta a nossa própria vontade.

1.1. Conjuntos Numéricos


Os conjuntos numéricos apresentados aqui refletem a maneira como o homem foi
evoluindo na resolução dos problemas matemáticos, dos mais simples aos mais
complexos/ difíceis. A ordem como são apresentados, segue a norma como também
“são ensinados” na educação formal: primeiro aprendemos a contar, depois a fazer
cálculos aritméticos básicos e assim por diante. Afinal, um bebé, começa por mamar
peito antes de comer pincho com kikuanga!
Números naturais
Foram os primeiros números usados para contar. Os símbolos usados para
representar estes números variavam com o tempo e os povos. Os romanos usavam por
exemplo os seguintes: I, II, III, IV…, sendo que os árabes1 usavam os seguintes: 1, 2, 3,
4, 5, 6…, que depois chegaram à europa e são usados até hoje pelo mundo todo. Na reta
numérica2 é assim:

Com os números naturais é possível efetuar duas operações sem problemas: A


Adição e a Multiplicação: 100+13=113 e 100 ×13=1469, mas quando tocamos na
Subtração e Divisão, aí o bombó molha!
O problema é que os números naturais não são negativos e também não são
metades. Então, 1−2=−1? ! e 1 ÷2=0,5 ? ! Xé?! Esses resultados não são números
naturais! Ou seja, essas operações só são permitidas se os resultados também forem
números naturais, tipo assim: 2−1=1 e 4 ÷2=2. A dica aqui é a seguinte: um número
natural que adiciona, multiplica, subtrai ou divide com outro número natural só tem que

1
Os números “ditos” árabes foram na verdade criados pelos hindus. Ficaram conhecidos como números
árabes por terem sido conhecidos por causa de um livro escrito por um árabe de nome Al-Khowarismi,
onde ele usa os mesmos símbolos dos hindus.
Existe uma possível outra variante da palavra: porcentagem. Eu não gosto desta variante, portanto não
a uso.
2
Os três pontos ou reticências depois do número 6 e a ponta afiada do desenho (reta numérica) indicam
que os números continuam sem acabar.
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dar número natural. Esses mambos de geração aqui não! Preto com preto dá preto e
nunca dá mulato! Deixa disso!
Pois! Lembre-se! não se dá pincho e kikuanga a um recém-nascido, deixa ele
crescer! Temos que crescer e começar a engatinhar até um próximo conjunto numérico,
um tal de Números inteiros…
O símbolo dos números naturais é N. Mais ou menos assim: N= { 1, 2 ,3 , 4 , … }.

Números inteiros
Surgiram para fazer face ao problema encontrado na subtração ( 1−2=−1? !) dos
números naturais cujo resultado não é um número natural. Aqui sim, a Adição, a
Multiplicação e a Subtração são feitas sem limitações, mas a Divisão ainda continua a
ficar no show quando o resultado é metade!
Desse jeito, 1−2=−1 , já não é maluquice! Com os números inteiros essa operação
com resultado negativo é perfeitamente normal. Sabe porquê? Porque eles já incluem os
negativos. Lembra-se dos números árabes que falamos no ponto anterior? Yah! Dizem
que foram os europeus que acrescentaram o 03 aos números árabes que usamos hoje.
Agora, os nossos números inteiros ficam tipo assim4: …-6, -5, -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,
5, 6…, sendo 0 a origem.

Os números inteiros usam o Z como símbolo. Quando estamos a falar de números


inteiros, fica assim: Z={ … ,−4 ,−3 ,−2 ,−1, 0 , 1 ,2 , 3 , 4 , … }.

Números racionais
Nos conjuntos numéricos anteriores, a divisão só era permitida se o resultado fizesse
parte daqueles conjuntos. Tipo assim: com os números naturais e depois com os
inteiros, só dava para dividir as bananas se cada um recebesse bananas inteiras. Quer
dizer, se no cesto há 4 bananas, essas mesmas bananas só podem ser dadas à 1, 2 ou 4
pessoas! Se dividir por 1 pessoa, ela leva todas as 4 bananas. Se dividir por 2, cada uma
leva 2 bananas e se dividir por 4 cada uma leva 1 banana. É justo! E não sobra nada!
Dividir 4 bananas por 3, 5, 6… pessoas não é permitido nos números naturais nem
nos números inteiros. Porquê? Porque ou vai sobrar bananas ou vai sobrar pessoas sem
receber! Se dividir por 3 pessoas, cada uma vai receber 1 e vai sobrar 1 banana. Se
dividir por 5 pessoas, 4 pessoas vão receber 1 banana cada e 1 pessoa vai ficar sem
receber. Assim não dá! E agora?! Mas, se tivermos que partir a banana “metade,
metade”? É aqui que entra os números racionais.

3
Na verdade, o zero (0) apareceu pela primeira vez num manuscrito muçulmano de 873 d.C. Então é
também dos “árabes”!
4
Os três pontos ou reticências antes do número -6 e depois do número 6 e as pontas afiadas do
desenho (reta numérica) indicam que os números continuam sem acabar.
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Os números racionais surgiram para dar solução a divisão de coisas em metades.


Mas, atenção! As metades devem ser todas iguais. Aqui não é de sair olho! Assim,
dividir 4 bananas já é possível não importa se são 1, 2, 3, 4, 5, 1000 pessoas! Podemos
dividir, bocado, bocado, chega para todos! E se dividíssemos por 0? Eeh! Kikola!
Dividir qualquer número por zero (0) é “expressamente proibido!”5
É neste conjunto onde conhecemos os números fracionários6, a.k.a frações. Ou seja,
todo o número racional pode ser escrito como uma simples fração, com um número
inteiro como numerador e outro inteiro como denominador.
Então, um número racional é aquele que pode ser escrito em forma de fração, isto é,
a
onde a e b são números inteiros e b nunca pode ser igual a 0. Dessa forma, a nossa
b
−1
reta de números tem uma cara tipo assim: …, -4 -3, -2, -1, , 0, 1, 2, 3, 3.666, 4, … Já
2
reparou que temos frações e números com virgula? Ok! Os números racionais podem
ser de três tipos:
 Podem ser números inteiros, porque todo número inteiro é uma fração com
denominador igual a 1. O denominador 1 numa fração não se representa, ou seja,
não se escreve.
 Podem ser frações ou divisões cujos resultados são dizimas finitas (0,5; -3,72;
…).
 Podem ser frações ou divisões cujos resultados são dízimas infinitas periódicas
com período que se repete (3,666; 0,90909090; …).
Q é a letra que simboliza os números racionais. Então,

{ 1
Q= … ,−3 ,−2 ,−1,− , 0 ,1 , 2 ,3 , 3.66 , … .
2 }
Números irracionais
São todos aqueles números que não têm as características dos números racionais. Na
verdade, são dizimas infinitas, com período que não se repete. E também não se pode
escrever como simples fração de números inteiros. Já ouviu falar do número π ? Pois!
Esse aí é um número irracional! Não pensa! O π=3 , 141592653589793238 … é uma
dízima infinita não periódica, ou seja, o número que fica depois da vírgula não se repete
e também não acaba. Neste conjunto entram também números como o e , √ 2, etc.
Em resumo, os números irracionais têm na verdade características contrárias às dos
números racionais e ao invés de serem um conjunto acima dos números racionais, são
um conjunto paralelo (são como se tivessem a empurrar os números racionais com os
ombros).

5
A divisão por zero (0) é excluída por se convencionar que seu resultado é indefinido. Em tópicos
a
avançados de matemática, se a e 0 são números reais, a divisão =∞ (quer dizer indeterminado).
0
6
Vamos tratar essa questão no ponto imediatamente a seguir, 2. Números Fracionários.
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I é a letra que simboliza os números irracionais. A sua representação na reta


numérica é incomum, mas podemos forçá-la. Então, I ={ … , √ 2 , √ 3 , e , π , √ 10 … }.

Números Reais
Os números reais são o conjunto mais completo de todos os conjuntos anteriores.
São a junção dos números racionais e dos números irracionais. São o mais completo
porque uma vez que abarca todos os conjuntos anteriores, todas as operações aritméticas
anteriores são perfeitamente permitidas e sem restrições, assim como é neste conjunto
onde se realiza a análise da maior parte dos problemas matemáticos: frações, potências,
radicais, funções, derivadas, integrais, sucessões, séries, trigonometria, etc.
Então, a nossa reta numérica já tem praticamente todos os condimentos que nos vão
permitir tratar dos assuntos nos pontos seguintes, a começar pelas frações, pelo que ela
passa a ter a seguinte aparência: R={ … ,−4 ,−3 ,−2 ,−1 , 0 , 1 , √ 2 , √3 , e , π , 4 , … }.

1.2. Operações Aritméticas Básicas

São quatro as operações aritméticas básicas, a saber: Adição ¿, Subtração ¿,


Multiplicação (× ou . ou()) e Divisão ¿. Mas é preciso esclarecer que a operação não é
o sinal, mas todo o processo que mistura elementos onde o sinal é apenas um desses
elementos. Vamos, então, conhecer melhor cada operação…. Vamos lá?
Adição
A Adição é definida como a operação de juntar ou aumentar uma quantidade na
outra. Para estar completa, a operação da Adição precisa dos seguintes elementos:
parcelas (pelo menos duas), um sinal ¿ e um resultado chamado soma. Prontos, já está!

100 Parcelas (Aditivas)


Sinal Mais + 13
𝟏𝟏𝟑 Soma (Resultado)

Subtração
A Subtração é definida como a operação de tirar ou diminuir uma quantidade da
outra. Para estar completa, a operação da Subtração precisa dos seguintes elementos:
diminuendo (a quantidade que se diminui), diminuidor (a quantidade que diminui), um
sinal ¿ e um resultado chamado diferença. Está a começar a kuiar!
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Diminuendo
𝟏𝟏𝟑 Diminuidor
Sinal Menos − 13
𝟏𝟎𝟎 Diferença (Resultado)

Multiplicação
A Multiplicação é a operação definida para somar grupos ou “montes” de uma
mesma quantidade várias vezes. Relaxa, já vamos entender isso!
Já alguma vez comprou bananas? Já?! Pois é. As pessoas que vendem bananas
costumam a pôr aos montes – por exemplo: 4 bananas é 100Kz. É isso aí! Se comprar 5
montes de 4 bananas cada monte, você terá no total 20 bananas. Isso é multiplicação!
Veja bem:
1 ( monte com 4 bananas ) × 5 ( montes )=20 bananas
Bem, parece que essa multiplicação aí dá 5! Só que não! Porque você tem 1 monte
com 4 bananas primeiro e depois junta mais 4 montes com 4 bananas cada e quando
junta todos os montes você tem então todas as bananas: 20 bananas. Mais ou menos
assim:
4 bananas ( 1 monte ) +4 bananas ( 1 monte ) + 4 ( … ) +4 ( … ) +4 (…)=20 bananas
No fundo, multiplicação é soma! Sempre que tiver uma multiplicação tenta
desmontar e montar ela como uma adição, vai ficar mais leve! Eu acho.
Para estar completa, esta operação precisa dos seguintes elementos: multiplicando (a
quantidade que se repete ou o “monte”), multiplicador (as vezes que a quantidade ou o
“monte” se repete), sendo estes dois primeiros elementos juntos conhecidos também
por fatores, um sinal (× ou . ou( )) e um resultado chamado produto. Não é do cabelo!

Multiplicando
Fatores
113 Multiplicador
Sinal Vezes × 13
339 1ª Soma parcial
Sinal Mais +113
𝟏𝟒𝟔𝟗 2ª Soma parcial
dor

Produto (Resultado)

Divisão
A Divisão é a operação definida para dividir ou repartir uma quantidade! Direito ao
ponto! Nada de rodeios.
A Divisão só acontece quando existe o dividendo (a quantidade que é dividida), o
divisor (o número de metades), um sinal ¿ e um resultado de nome quociente. Atenção!
Existe também um elemento chamado resto. O resto aparece quando ao dividir
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quantidades inteiras, ficamos com alguma que não dá para partir “metade, metade”.
Volta a ler o ponto 1.1. Conjuntos Numéricos para refrescar a memória. Cabeça água!

Dividendo Divisor

1.3. Valor Absoluto de Um Número Quociente (Resultado)

“- Tens certeza Resto


que viste mesmo um monstro? - Tenho certeza absoluta!”
Um dos usos da palavra absoluta(o) em português é para matar a dúvida de
perguntas chatas como a que foi feita acima. Em matemática é quase a mesma coisa.
Como assim?! Também não sei. Se calhar, olhar a figura abaixo vai ajudar a esclarecer
isso.

O que vês no gráfico? Sim, isso mesmo! −5 e 5. O importante a notar é o seguinte:


os dois números têm um mesmo ponto de partida, o 0. Só que um sai de 0 para a
esquerda e outro para a direita. Mas, se contares os passos que cada número marca
quando sai de 0, são iguais! São 5 passos, para esquerda e para direita. Isso é o valor
absoluto do número 5 e -5! Então:
O valor absoluto de um número real a e se escreve |a|,é a distância que este número
se encontra da origem (que é 0) da reta dos números. Desse jeito, o valor absoluto de
qualquer número real é sempre positivo, não importa se o número é negativo ou
positivo. Opah! Complicou? Volta a olhar o gráfio e a ler o parágrafo anterior…
Assim, já consegues engolir isso.
|5|=5
|−5|=5

1.4. Plano cartesiano7


Dizem que aqueles dois riscos que se cruzam, um em pé e o outro deitado, chama-se
plano cartesiano em homenagem ao matemático René Descartes que inventou o tal
plano (Descartes em latim é Cartesius). Isso é batota! Em nenhuma obra Descartes
apresenta eixos perpendiculares. Quem inventou aqueles dois riscos cruzados com um x
e um y nas pontas foi Pierre de Fermat, que na verdade era formado em Direito e
trabalhava como jurista. Estudava matemática só como divertimento! Não é tipo nós!
Divertimento é fabricar nené, encher a cara, roubar e “feitiçar” os outros!
O plano cartesiano é no fundo um cruzamento de duas retas de números (reais). As
duas retas cruzam-se num ponto O, de nome origem e como são retas de números
7
e: lê-se “oiler”. Número, cujo nome foi dado em homenagem a Leonard Euler, que o descobriu.
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(reais), a origem é o número 0 (zero)8. Cada reta tem uma letra numa das pontas. Numa
tem o x, por isso é também chamado de eixo dos x ou eixos das abcissas. Noutra tem o
y, por isso é o eixo dos y ou eixo das ordenadas. Vê os desenhos abaixo (Desculpa,
algumas coisas nos desenhos estão em Inglês!).

O plano divide-se em metades quando as retas se cruzam. Essas metades têm o


nome de quadrantes9 e enumeram-se (ou ordenam-se) com números romanos no
sentido contrário ao do relógio.
Os pontos no plano (aquelas bolinhas no segundo desenho) se representam quando
se junta dois números, um de cada eixo. Não existe ponto se os dois números que se
escolhem de cada reta não se juntarem, ou seja, os pontos são na verdade o cruzamento
de outas retas paralelas10, só que já não se representam mais, mas apenas o ponto em
que essas retas se cruzam. Repara ainda no desenho abaixo. Viste? Yah! Aquilo é o
ponto no plano.

Assim, os dois números são chamados de pares11 ordenados. Por exemplo: A (2, 4).
O primeiro número entre parenteses é o número do eixo x, o segundo é do eixo y e A é o
nome do ponto.
1.5. Distância Entre Dois Pontos No Plano

8
O que comumente se conhece sobre o Plano dito cartesiano, como por exemplo: coordenadas do
plano, equação da reta, etc., foi desenvolvido pelo matemático Francês Pierre de Fermat e não pelo
também Francês René Descarte. Na verdade, não há referências a um plano nas publicações de
Descartes.
9
Ver o ponto 1.3. Valor Absoluto de um Número para se lembrar da Origem dos números.
10
Essas metades chamam-se quadrantes porque o plano se divide em 4 metades. Se se dividisse em 8
seriam chamadas octantes e por aí fora.
11
Que ficam um ao lado do outro, tipo numa parada quando os polícias estão na formatura e o
comandante fica em frente a eles!
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Bem, até aqui já conhecemos o plano cartesiano, pelo menos, um pouco, mais ou
menos! Já sabemos o que é um ponto neste mesmo plano e como se representa. Mas, se
quisermos saber qual é a distância entre o bairro Kangulungu, a.k.a Desvio do Luinga e
a Vila Sede do Luinga? Medimos, é óbvio! E como saber a distância entre dois pontos
no plano? – Aí fica complicado! Deixa de preguiça mazé! Também medimos.
Vamos então ver como calcular a distância entre dois pontos no plano de Descartes.
A primeira forma de calcular é meramente intuitiva, mas, serve para mostrar a
verdade escondida na segunda forma do cálculo – a fórmula.
Preste atenção na primeira forma do cálculo:
O primeiro gráfico mostra dois pontos. Vamos dar a esses pontos dois nomes: A (-2,
-1) e B (1, 3). Repara que os quadradinhos são números, só que não estão escritos lá.
Como calcular então a distância entre A e B ou vice-versa?
1. Represente os dois pontos no plano e desenhe um segmento de reta que liga
os dois pontos representando a distância ente os mesmos (gráfico 1).
2. Forme um triangulo retângulo conectando os dois pontos a um terceiro
ponto, vamos chamar esse ponto de C (1, -1) (o terceiro ponto não é um
ponto qualquer, veja bem o gráfico 2!)

Gráfico 1 Gráfico 2

3. Calcule o tamanho do segmento horizontal, ou seja, o que sai do ponto A (-2,


-1) para o C (1, -1). O cálculo é ¿ 1−(−2 )∨¿ 3. Nesse cálculo só usamos os
valores de x.
4. Calcule o tamanho do segmento vertical, ou seja, o que sai do ponto B (1, 3)
para o C (1, -1). O cálculo é ¿ 3−(−1)∨¿ 4 . Nesse cálculo também só
usamos os valores de y.
5. Aplique o teorema de Pitágoras para calcular a distância d. Pitágoras?! Sim!
Porque acabas de traçar um triangulo retângulo no qual se baseia o teorema:
a hipotenusa ao quadrado, que é o segmento mais cumprido, é igual a soma
dos catetos ao quadrado, que são os dois segmentos mais curtos do gráfico
2.

d= √ 3 + 4 d= √ 9+ 16
2 2 2 2 2
d =3 + 4 ↔ ↔ ↔
d= √25 d= √5 d=5
2
↔ ↔
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A segunda forma de cálculo é resultado da primeira forma, é um resumo, é uma


fórmula. A mais utilizada, a mais fácil, aquela que legitima a nossa preguiça. Viva a
preguiça! Viva!

d= √ (x 2−x 1)2 +( y 2− y 1)2

Mas, deixa-me esclarecer um ponto que pode gerar xinguilamentos. A fórmula


tem dois x e dois y com números por baixo né? Pois! Esses números indicam a ordem e
a posição dos valores das coordenadas dependendo de como expressamos a distância
entre dois pontos. Tipo assim: se disser, calcula a distância entre o ponto A (x; y) e o
ponto B (x; y), quer dizer que na fórmula o x e o y do B vão ser colocados primeiro
antes do sinal menos. Vou desenhar para perceberes bem.
Calacula a distância entre o ponto A (-2, -1) e o ponto B (1, 3). Na fórmula fica
assim:

d= √(1−(−2)) +(3−(−1))
2 2

Opah! Complicou! Essa fórmula aí tem bwé de parentesis?! “Relaxa, não tem
nada!” Os outros parenteses estão ali para não batotar o sinal menos dos números do
ponto A, porque esses números são negativos e na fórmula tem também menos. Assim é
preciso multiplicar o menos da fórmula e o menos dos números para “evitar confusão”.
Assim, nos primeiros parentesis temos: o −¿ da fórmula vezes o −¿ do 2 é igual a +¿ .
Faz do mesmo jeito nos outros parentesis e se continuares vais ter o valor da distância
que se calculou na forma anterior.

d= √(1+2)2 +(3+1)2

1.6. Rácio (Razão), Proporção e Percentagem


“A tragédia começa quando os dois pensam que têm razão…” – W. Shakespeare
Razão (rácio)
O Recenseamento Geral da População e Habitação de 2014, fazia saber que o índice
de masculinidade em Angola era de 94. Está bom. E daí? Isso quer dizer que existem
mais mulheres em Angola que homens! Yahoo! Grande mambo! Ou seja, se
tivéssemos que dividir cada mulher com seu marido, em cada 100 mulheres, só 94
teriam maridos. As outras 6 mulheres seriam gatunas dos maridos das outras. Isto é o
que em matemática chamamos de razão ou rácio. Resumindo, há 94 homens para
100 mulheres!
É uma forma de comparação que se faz usando a divisão. Como assim? -- Pensa! --
94
Preguiça. Os números que já citamos ficam assim: 94:100 ou , ou 94 para 100.
100
Assim leitura do rácio é como na última forma como se escreve: 94 para 100.
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O “rácio é uma comparação entre dois valores que mostra o número de vezes que
um valor está contido em outro”12. Entendeu?! Não?! Bruno M, lhe explica – 1 para 2!
O people pediu, portanto, chegou a nova dança, 1 para 2!

Proporção
Proporção é quando dois rácios são iguais. Portanto, a proporção é uma aplicação do
rácio. Ora vejamos:
Qual o rácio entre os quadrados azuis e os
vermelhos? Se contarmos é 12:24. Mas
também pode ser 1:2. Porquê? Porque se
virmos bem, da esquerda para a direita ou
vice-versa, há 1 vermelho para 2 azuis. Então:
12 1
12 :24=1: 2. Explicando melhor, fica assim:= , isto é, se simplificarmos o
24 2
primeiro rácio por 12 teremos exatamente o segundo. Assim, os rácios são
proporcionais.

Percentagem13 (%)
Já viste o símbolo “%” em algum lugar? Já?! E qual é o nome dele? O quê?! Por
cento?! Não!!! Não é porcento, é percentagem! Repete comigo: per-cen-ta-gem!
Ótimo!
Complicadamente falando, percentagem é uma forma de escrever frações usando
um só número e um símbolo. Na verdade, percentagem é fração, tipo assim: 1% é o
1
mesmo que . Relaxa, vamos bater as frações no ponto seguinte.
100
Em termos práticos, a percentagem nos ajuda a perceber o peso/valor de uma
metade no todo! Mas vamos aos números:
Se por exemplo tiveres 20 bananas e comeres metade delas, terás comido 10
bananas. Metade das 20 bananas em percentagens é o mesmo que 50%. Lembra-te, 50%
de qualquer quantidade é sempre a metade dessa quantidade! Wakivo?! Percentagem é
uma fração com o denominador igual a 100. Esse denominador está a dizer que uma
quantidade deve ser dividida em 100 metades. E mais, 100% significa a quantidade
total, no caso das bananas, todas as 20. Mas a pergunta é: as 20 bananas foram divididas
em 100 metades? Não, literalmente ainda! Mas, se alguém quisesse, digamos 18%
18
delas, aí sim, já seria necessário cortar. Assim, 18%, o mesmo que dava 3,6
100
“bananas”.

12
São pares porque aparecem sempre dois a dois.
13
https://www.dicio.com.br/racio/ acedido a 25 de janeiro de 2022.
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Como calcular então, a percentagem ou tantos porcentos de uma dada quantidade?


Bem, vamos ficar por enquanto só com a regra da multiplicação de frações, que é de
18 360
longe a mais fácil de se operar de papel e caneta na mão: ×20= .
100 100

2. Números fracionários
3. Potências
4. Radicais
5. Equações lineares ou do 1º grau
5.1. Sistema de equações lineares
6. Inequações lineares
7. Equações quadráticas ou do 2º grau
8. Função linear
9. Função quadrática
10. Trigonometria básica
11. Números complexos

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