Adaptação Escolar
Adaptação Escolar
Adaptação Escolar
RESUMO
Nesta etapa e caminhada da minha vida agradeço a todos que não mediram
esforços para tornar este momento mais “leve” para mim, dividindo comigo as
Não poderia igualmente deixar de agradecer a Deus por ter me dado forças,
fé, saúde, persistência e muita coragem para vencer mais esta caminhada.
Ema Bulianz que durante a minha vida foram exemplos sem par de vencedores.
de ânimo, dando-me força para chegar no final deste curso: meu reconhecimento.
Manoel, que sempre aceitou minha ausência e soube compreender essa etapa de
nossa vida.
Muito obrigada.
responder aos estímulos do meio onde ele se encontra, crítico entre os desejos da
podem ser melhorado a medida que ocorrer cooperação entre família e escola.
de sua adaptação. Analisando os dados coletados conclui-se que a escola deve ser
um ambiente onde a criança sinta-se segura e amada, para que assim possa
através das atividades propostas, a criança interaja com o seu grupo e o meio em
professor passa a levar em conta que cada criança tem uma forma específica de
novos ritmos, pessoas estas com diferentes expectativas, o ser humano necessita
Na fase escolar isto não é diferente, tanto para o professor como para o aluno
e seus familiares. Nesta fase confronta-se com nova realidade, que exigem o
aos estímulos do meio em que está, permitindo a criança viver numa sociedade,
necessárias para que a criança ajuste seu modo de viver de acordo com as
importante que a criança conheça este ambiente, sinta confiança e segurança com
qualquer processo de interação social. Assim o ensino não será eficaz se o aluno é
Mas a educação formal somente poderá cumprir seu papel quando valorizar a
profissionais das instituições infantis, sendo que para o docente complete a difícil
tarefa de efetivar o processo de adaptação escolar. Destaca-se também nesta
1.1 PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
adaptação.
em está criança. São fenômenos que implicam no ajuste de seu modo de viver, às
importante que a criança conheça este ambiente (meio), sinta confiança e segurança
concreta o mundo que a rodeia, desde que a ela seja dada oportunidade, apoio e
grupo.
escolar.
1.4 JUSTIFICATIVA
se isola.
da imagem do processo pelo aluno e vice – versa, bem como de seus familiares e
consiste essencialmente a ação educativa que deve ser favorecido por atividades
doloroso para as crianças que estão iniciando nas escolas de Educação Infantil ou
espaço propício para a adaptação escolar, pois através desse espaço busca-se a
harmonia familiar.
respeito e confiança.
ano letivo.
processo.
teóricas publicadas.
Entende-se assim que uma boa base teórica é o alicerce para que possamos
criança, saliento que o mundo da infância aparece invadido pela morte, pela
injustiça, pela doença, pelo desconforto e pela violência. (SARMENTO, 1997, pág. 1
– 2).
é reconhecido como sujeito social de direito e que creches e pré – escolas devem
campos, mas as almas indígenas deviam ser ordenadas e adestradas para receber
transformação dos nativos em cristãos; esta ra a missão.” (DEL PRIERE, , 1996, pg.
10 e 11).
criança era parte da sociedade, mas sua participação na mesma foram diferente
escrever seu apostolado, Vicente Rodrigues encarrega-se pelo ensino dos meninos,
manipulável de mão-de-obra.
jesuítas.
escravos e indígenas cabia o trabalho logo cedo e aos outros a continuidade dos
nas casas e em muitas delas ocorriam a reunião de padres mais instruídos para
A exclusividade deste ensino não era só dos jesuítas.A Ordem dos Frades
século XVI, com a finalidade única de ter característica missionária, com o passar do
que desde cedo, a criança devia ser valorizada por meio da aquisição dos
rudimentos de leitura e da escrita, assim como das bases da doutrina cristã que a
criança o trabalho que já deveria ter sido feito pela mãe, na primeira fase de sua
No cotidiano colonial o castigo físico não era novidade, pois já haviam sido
viver em comum com os adultos, participando dos trabalhos, jogos e nas festas.
curumins), sendo que nas comunidades indígenas tratavam as suas crianças com
“Melhor então investir nos ‘curumins’ nos ‘meninos da terra’, nos ‘indiozinhos,
filhos de gentios’, que de mãos dadas com os órfãos portugueses enviados para
foram impostos para os índios e suas crianças. Os curumins a partir dali foram
indígenas. As crianças órfãs européias que aprendiam o “tupi – guarani” para serem
PRIORE (1996) descreve que nos sermões, José de Anchieta enfatizava que
o amor de pai devia inspirar-se naquele amor divino, no qual Deus ensinava que
amar é castigar e dar trabalhos nesta vida”. Vícios e pecados, mesmo cometidos por
pequeninos, deviam ser combatidos com açoites e castigos. O autor cita ainda que a
O lazer nas escolas jesuítas ficava por conta dos banhos de nós e pela
brinquedos preferidos.
não deixa de ser verdade que nos é difícil encontrar, nesse tipo de material, traços das
alegrias e penas dos escravos ou dos vínculos que estes estabeleciam com o seu Deus ou
com seus Orixás, com seus parentes, seus amigos ou mesmo seus inimigos. Sua palavra
torna-se volátil, seus gestos desvanecem-se no anonimato reduto da escravidão.O que se
pode então dizer das crianças escravas que são duplamente mudas, e duplamente escravas,
uma vez que, geralmente, entende-se que todo escravo, mesmo adulto, é criança para seu
senhor, menos perante a lei e eterno catecúmeno para a Igreja?” (MATTOSO, 1996, pg. 77)
Outra cultura que foi suprimida foi a das crianças negras. Como eram
escravos, não podiam expressar seus sentimentos e desejos, eram propriedade dos
Passavam a trabalhar nos engenhos e nas tarefas domésticas desde as mais ternas
interrupta a idéia da mulher como esposa e mãe. Algumas tinham acesso a leitura e
a escrita.
somente a partir do século XVIII, portanto recentemente elas passaram a fazer parte
importância, que a criança saiu do seu antigo anonimato, que se tornou impossível
perde-la ou substituí-la sem uma enorme dor, que ela não pode mais reproduzida
muitas vezes, e que se tornou necessário limitar seu número para melhor cuidar
dela.
menor data de 1825, através de um projeto de decreto elaborado por José Bonifácio
Durante muito tempo utilizou-se a “roda dos expostos, Casa do Exposto ou Depósito
dos enjeitados”. Estas instituições também eram mantidas pela caridade pública e
ficou conhecida, era uma espécie de asilo, depósito para as crianças abandonadas,
Roda de expostos era o nome dado a um dispositivo, por onde eram introduzidas as
rotativo, daí o nome “roda dos expostos”. As crianças eram recolhidas pelas
instituições que passam a ter a guarda das mesmas e através de uma série de
muitas vezes ao cuidado dos mais velhos, de visinhos, parentes ou o que é pior e
muito freqüente abandonados à sua própria sorte, isto tudo em virtude de formas de
social, vista que “constitui-se família sem a menor preocupação com a estabilidade
conjugal”. A defesa da família como valor universal passa a ser a única solução para
pg. 153).
família. Passam a marginalidade e são explorados pela sociedade, pois a lei não é
de dignidade e igualdade. Com as crianças não tão pobres e bem como as mais
que um projeto de nação se concretizasse no futuro, nesta nova fase, propondo uma
nível mundial, isto força também uma mudança nas concepções de infância, hoje
evoluções, podemos destacar alguma como a infância protegida pela família e pela
sociedade, onde as crianças tem cuidados especiais. Num mundo à parte com suas
próprias roupas, alimentação, brinquedos, escolas, porém ainda acompanhado de
no Brasil, não tem garantido que na prática seus direitos sejam respeitados. Como já
institucionais por meio do abuso sexual. Para MOTT “mais grave ainda, para a
opinião pública, são as relações sexuais envolvendo o homem adulto com meninos
estabelecendo vínculos afetivos com a mãe ou com quem cuida dela. O mundo se
Devemos nos desfazer do concebido que para trabalhar com crianças das
instituições infantil sejam necessários somente ser mulher e gostar de criança, isto
como “tias”.
Paulo Freire refere-se as “tias” em professora sim, tia não (pg. 25.) a tentativa
fundamentais. Entre elas, por exemplo, a de desafiar seus alunos, desde a mais
professores, todos nós temos direitos ou dever de lutar por nós mesmos, de optar.
Porém professora é professora e tia é tia. É possível ser tia sem amar seus
sobrinhos, sem gostar sequer de ser tia, mas não é possível ser professora sem
amar, só, não basta-se sem gostar do que se faz. Não é possível também ser
professora sem lutar por seus direitos para que seus deveres passam ser
cumpridos.
que trabalham com crianças de zero a seis anos. A nível nacional a Educação
Infantil tem-se iniciado várias discussões e vem-se ganhando novos espaços, graças
a muitos movimentos liderados por educadores e pesquisadores, buscando um
busque as melhores metodologias para utilizar no seu trabalho com as crianças, sua
bom senso, firmeza, carinho nos momentos em que as relações sociais e hábitos
instituições educativas.
Devemos refletir sobre o processo de formação continuado vivenciados pelas
identidade do profissional das mesmas. Trata-se de uma atividade que, ao longo das
últimas duas décadas, tem sido alvo de debates mais amplos que envolvem as
assistência social, o campo da educação não apresenta tradição voltada nem para o
integral.
universo de relações com incidência tato na vida particular quanto nas relações de
prática, que se limita a tomar conta da criança para uma que é a marca por toda a
na faixa etária de zero a seis anos e bem como a redefinição de seu perfil com base
produção do saber.
segundo, ter uma visão crítica das atividades e procedimentos na sala de aula e dos
de seus alunos”.
suas ações pedagógicas como mediação de uma prática reflexiva, ampliando assim,
criança.
Infantil que deixar já tardiamente o de ser monitor, crecheira ou pajem, para o de ser
professor, com a formação exigida para atuar na primeira etapa da educação básica,
tem como função principal a de educar. Por sua natureza e características, esse
exige o melhor que dispomos, como não poderia deixar de ser, novo papel que vem
sendo construído para a educação infantil traz uma nova visão de criança e também
Na LDB, no artigo 87, parágrafo 4º, aponta que, até o fim da década da
lei maior mencione estes aspectos, temos a considerar que o nível de formação dos
pensando-se o país, o estado no seu conjunto, e isto não pode ser esquecido neste
flexível, para que possam batizar a passagem do real para o ideal possível.
educação.
qualquer outra função do magistério, nos termos, das normas de cada sistema de
ensino.”
vezes, gritam e choram. Atiram coisas. Batem nas outras crianças. Tentam bater no
professor. Elas batem, dão pontapés. Deitam no chão e têm crise de mau humor.
Às vezes, a situação é bem diferente. A criança entra na sala como se fizesse
parte dela, como se tivesse ido lá milhões de vezes antes. Ela toca no equipamento.
Brinca com as outras crianças. Acena alegremente para seus pais se despedindo
relações sociais com outros indivíduos. Se nos colocarmos do ponto de vista dos
bebês, veremos que, para eles, o “paraíso” foi perdido, há necessidades urgentes de
humana está a mercê dos fatores externos para suprir todas as suas necessidades
físicas e afetivas.
O bebê e sua mãe não mais formam uma unidade, estando agora separados,
neste primeiro momento da vida a mãe tem o principal papel em relação ao bebê,
mesmo está inserido. Serão incontáveis as adaptações que os seres humanos irão
preparação para viver em um mundo social regido por normas, valores, modos de
ambos os sexos nos seus primeiros tempos de creche ou escola. Novos amigos,
novos espaços, novas professoras, novos ambientes, novos ritmos, novas
não, período em que as instituições de Educação Infantil não dão atenção e a devida
importância.
crianças que tiveram a sorte de ter uma mãe segura, carinhosa e não castradora,
tem sempre melhores condições de enfrentar um ambiente novo sozinha”. (1982, pg.
312). Muito mais que acompanhar este processo, os pais muitas vezes são tomados
momento serão outros adultos que irão conviver com as crianças durante grande
parte do dia. As crianças (seus filhos) viverão uma nova experiência de não ter
acontecerá aos poucos, ainda algumas levaram mais tempo, dificilmente acontecerá
ano que compõe a seqüência desse nível de ensino. Seus objetivos são
em grupo.
“Aqui, nas primeiras idas para a escola, está uma oportunidade perfeita para
são protegidas pelos seus professores e pelos pais quando se afastam de casa têm
A rotina da cada dia deverá ser bem determinada, obedecer o horário faz
sendo incorporada: ontem, hoje, amanhã, agora, mais tarde, daqui mais um pouco...
que estão inseridas, concretizar a vivência das fantasias e encontrar soluções para
seus problemas.
Brincar é uma realidade cotidiana na vida da criança, e para que elas brinquem é suficiente
que não sejam impedidas de exercitar sua imaginação. A imaginação é um instrumento que
permite às crianças relacionar seus interesses e suas necessidades com a realidade de um
mundo que possuem para interagir com o universo dos adultos, universo que já existia
quando elas nasceram e que só aos poucos elas poderão compreender. A brincadeira
expressa a forma como uma criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o
mundo a sua maneira”. (PROFESSOR da Pré – Escola, 1991, pg. 86).
creches e escolas de Educação Infantil e sua admissão é iniciada desde muito cedo.
Desde que as mulheres passaram a ter o seu trabalho fora de suas casas,
crianças durante o dia, ou parte dele, nestas instituições. Esse recurso é tão, ou
vozes, postura de seus corpos, seus gestos, seus mecanismos, seus sorrisos, seus
pulos para cima e para baixo, sua desatenção. Elas nos mostram, através da
maneira pela qual fazem as coisas, assim como através daquilo que fazem o que
crianças através do significado que as coisas têm para elas, dentro para fora,
especial. Momento onde o educador necessita concentrar suas energias para dois
entre as diversas pessoas, mas a influência mútua, por meio da qual todos se
(1976, p. 30)
São muitas as sutilezas do processo de adaptação às creches e a Educação
Infantil, portanto é fundamental que os primeiros dias sejam bem planejados para
que a criança e sua família se sintam bem acolhidos. Quando esse processo for
positivo traz desenvolvimento para a criança, bem como o bem – estar de sua
crianças fazem parte do mesmo. Conforme AMORIM, (1990) “De modo bastante
objetos.
demais.
o grupo que ela da sua contribuição e ao mesmo tempo recebe informações que são
São muitos os fatores que podem levar uma criança ao isolamento dentro da
escola, fazendo com que ela não estabeleça este intercâmbio de informações. À
origem deste isolamento pode estar muitas vezes na família: a criança foi sempre
criança que tende a isolar-se, este isolamento costuma ser reforçado pelas escolas
são “mais dadas” mais extrovertidas. O professor em geral tende a solicitar mais a
participação daqueles alunos dados à participação, quanto mais a criança participa
mais lhe são oferecidas oportunidades para que intensifique sua participação.
falar, brincar tomar parte ativa das atividades propostas, programas, atividades
desses alunos.
novidades, ver as mudanças como algo positivo que nos levará ao crescimento. A
educadores e contar com o respaldo e apoio por parte da família das crianças que
Inúmeras discussões tem se realizado no Brasil nos últimos anos, acerca das
Faz-se necessário termos bem claro que existem vários tipos de relações
enquanto tal na sua relação com o outro. Enquanto a coação fornece um modelo,
sua prática e realidade de cada instituição, portanto cada instituição tem uma forma
específica de acolher as crianças e os pais. Algumas escolas planejam o processo
da adaptação com muito cuidado, outras não prestam e não dão a devida atenção a
“As crianças vão se sentir estranhas num grupo novo que é diferente de seu
grupo familiar e no qual elas não tem um “status” especial. Poucas pessoas sabem
maneira especial. Não têm o seu lugar natural nesse grupo, mas vão ter que
conquistá-lo através de seu comportamento. Embora elas ainda não saibam disso, é
São vários os fatores que podem criar angústias, ansiedades e dúvidas, tanto
para a criança como para a sua família, no momento da transiçãao da casa para a
o mais tranqüilo possível para todos e de criar um ambiente em que a criança e seus
horário para uma entrada gradual, lembre-se de que as crianças que estão
crianças que estão chegando pela primeira vez.”(BALABAN, 1965 PG. 106 E 107).
estabelecer com a família, esta parceria entre família e professora é importante para
fundamental por muitas razões, uma delas será que a família vai reconhecer a figura
tomar água, muitas vezes com a presença dos pais estas tarefas poderão ser
realizadas por eles e o professor poderá dar um enfoque especial para atrair as
escola trabalham em conjunto, a escola aparece para os pais como um espaço que
vai ampliar e complementar a tarefa deles em relação a educação de seus filhos e
não como espaço que vai suprimir seu papel pelo do educador. É importante que a
escola seja apresentada para os pais tal como ela é, sem criar expectativas que não
suas dúvidas.
adaptativo, isso significa que deve saber o que é de sua competência e o que é da
participar, podem ser substituídos por uma pessoa de confiança da criança, que
“No entanto a maioria das crianças reagem de alguma maneira forte a novos
ambientes, ainda que esta reação possa não ser revelada. Parece até que as
físico quando entram numa nova sala de aula. O professor torna-se uma fonte de
curiosidade e profundo interesse. Elas pensam: Será que o professor fala a minha
diferenças abrangem desde o espaço físico e a rotina das atividades até o tipo de
Para que esse processo não provoque angústias, devemos planejar como
vamos apresentar a escola para a criança, também para a criança a escola deve ser
espaço físico, integração com as outras turmas são importantes, pois a criança terá
Uma rotina bem estruturada desde os primeiros dias é fundamental para que
com a rotina comum para escola, embora ela possa ser flexível, pois toda a rotina é
Ressalta que, cada criança e cada família tem seu próprio tempo para adaptar-se ao
família que precisam de estratégias e tempos específicos que podem ser criados em
sugeridas a seguir: bebês deverão ter sua rotina semelhante a de suas casas, a sua
adaptação poderá ficar comprometida se forçarmos uma rotinamuito diferente de
sua casa. Devemos evitar que a criança oponha resistência a mudanças súbitas,
processo.
“... porque temos muitas crianças em salas que trazem para a escola pedaços
alguma forma essas coisas parecem fazer com que as crianças se sintam bem,
parecem atribuir qualidades especiais aos objetos que lhes tranmitem segurança e
Aos dois anos de idade é considerado por muitos como a idade mais difícil
para a adaptação, nesta idade as crianças estão mais afeiçoadas a mãe, por isso
Sugere-se que a acolhida seja feita por uma educadora que se conserve junto dela e
precisam de uma formula simples, cada vez, por exemplo, “vamos ver o passarinho”
entre outras. Chamar a criança pelo nome pode ser de um auxílio, nesta idade um
meio para facilitar o processo e se utilizar dos espaços ao ar livre, brincar na areia
desperta grande interesse nas crianças. No início podem chorar, mas em geral
param de chorar depressa, logo que lhe despertem e mantenham o seu interesse
em algo.
Nos três anos é a primeira idade em que a criança presta tanta atenção às
para ajuda-lo a solucionar algum problema que não consegue resolver sozinho e
de que a criança tenha dificuldades em separar-se da mãe, mas sim, dela ter outros
interesses alheios à escola e não querer por isso permanecer ali como as crianças
são agora maiores é importante que cada uma delas ao chegar à escola seja
que lhe dêem logo alguma ocupação. Podemos ajudar as crianças com dificuldades
seus pais, também podemos ajuda-las com qualquer sugestão como “vamos dizer
introduzidas uma de cada vez. Pois o fato de comer e dormir, para as crianças
pequenas, são lembranças fortes de suas casas, os seus sentimentos são, muitas
almoçar na escola nos primeiros dias e quando forem sestear na escola nas
primeiras vezes, isso vai avaliar a ansiedade das crianças. As crianças muitas vezes
têm medo de dormir num ambiente que não lhes é familiar. Elas talves relutem por
deixar o controle que têm quando estão acordadas. Muitas crianças precisam se
sono têm para as crianças fará o possível para facilitar o crescimento destas
processo adaptativo.
suspeitas e insegurança;
3. A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto
animalzinho de estimação;
na escola;
nova situação;
escola;
ocorrem simultaneamente;
“... uma atitude diante de alternativas para conhecer mais e melhor, atitude de
esperar ante os atos consumados, atitude de reciprocidade que impede a troca, que
impele ao diálogo – ao diálogo com pares idênticos, com pares anônimos ou consigo
afetiva e conjuntiva, sempre de maneira prazerosa e lúdica. Bem como dar à criança
inseparáveis, que agem, pensa, sente e represente sempre fazendo ligações com o
meio físico e humano cabe à escola criar situações onde ela interaja, coordene suas
tem seus aspectos culturais, sociais e informativo intimamente ligados entre si, não
atividade seja o início de outro processo – elo de ligação – onde nenhum conteúdo
fique fora de um contexto, perdido, e onde a criança tenha também seu espaço de
brincar, ficar só, observar, divagar, criar. O educador só entra neste mundo mágico
aluno de seu nível real para seu nível potencial, as propostas para situações de
inserida entre os dois níveis descritos. Isto promoverá desequilíbrios naquilo que o
Não podemos esquecer o saber familiar, sua cultura, sua realidade são
discutidas e aprovadas por ele, serão obedecidas por todos, isto tem o objetivo não
responsabilidade, o respeito, a justiça, que tão faltam em nosso meio, isto pode ser
para que a criança e sua família se sintam bem acolhidas. Considerando as idéias
expostas, significa que planejar um período de adaptação com muito cuidado e ter
bem claro que não devemos apenas planejar para diminuir as ansiedades e
estar familiar.
2.3 A EDUCAÇÃO INFANTIL TAMBÉM TEM HISTÓRIA: um breve
histórico da Educação Infantil
história do Brasil.
dar abrigo a um bebê necessitado. As creches surgiram durante o século XIX nos
força de trabalho.
refere à educação dos filhos. A creche deve ser vista dentro de um contexto social
decorrer do tempo também foi preocupação no Brasil mas sofreu modificações com
normal. Com isto justifica-se a criação de asilo para crianças órfãs, abandonadas,
mantidas pela caridade pública e pela filantropia, pois questão desta natureza não
justamente a função da família quando por alguma razão esta deixava de assisti-la.
1873) para os abandonados maiores de doze anos. O código civil daquela época
Um outro fato que foi marcante o uso da “Roda dos Expostos”, também
expostos ficou conhecida por uma espécie de asilo, para crianças abandonadas,
solteiras que não tinham condições de ficar com seus filhos e cria-los isso gerava
seus filhos eram considerados um favor, uma caridade. Uma nova visão de
infânciasurge ainda no início da Nova República, o que vai determinar uma nova
média tem relação com a ação do homem na sociedade. O período vivido pelo
Por volta do século XVI, começa a se estabelecer uma nova diferença entre o
mundo da criança e o mundo dos adultos. Sendo que no século XVII, mudanças
tem hoje. Definiu-se um novo lugar para a criança e para a família, fruto da
sociedade capitalista.
fora e como conseqüência surge o desequilíbrio nas famílias, pois para isto a mãe e
mulher deixa seu lar durante muitas horas do dia para se dedicar a uma atividade
sociedade. Estas mulheres tiveram que enfrentar um grande desafio – quem iria
cuidar de seus filhos, muitas vezes um vizinho era pago para “olhar” por eles, ou
ficavam com familiares. A questão deixa de ser familiar e passa a ser uma questão
sendo absorvidos como mão – de – obra nas fábricas, principalmente em São Paulo
famílias mais ricas e também ajuda governamental para manter o seu trabalho,
Getúlio Vargas, esta lei determinou a organização de locatários pelas empresas para
bem estar social. A creche novamente é colocada como um favor aos menos
seus filhos.
cunho compensativos.”
primeira série do primeiro grau. Sendo que ainda, nesta visão o problema da escola
estariam todos resolvidos, esta visão surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos com a
cultural surgiu com objetivo principal de dar assistência médica, dentária e serviços
seu país de origem e veio para discriminar ainda mais as crianças carentes. Afinal
este mito de que a criança carente e desnutrida não aprende, persiste até os dias de
hoje.
pré – escolar, o MEC criou, modificou e extinguiu v´rios órgãos que existiam na
época. Em 1975 foi criado o Setor de Educação Pré – escolar – SEPRE, vinculado
em 1944 esta fundação já alcançava 1.562 municípios. Esta fundação teve sua
história política e administrativa bem complicada. Até 1956, era mantida pelos
União, no ano de 1965 passa a ser fundação; em 1969 passa a receber o recurso
ministério é extinto e então pula para o Ministério da Habitação e Bem – Estar Social
escolar Brasil para favorecer as classes mais desfavorecidas. Porém, estas medidas
Brasil.
Por mais que se tornasse pública as políticas para a pré-escola, assim como
estudos realizados para esta faixa etária, faltava legislação para assegurar os seus
direitos e deveres, porém, isto não impedia as lutas feitas pela população exigindo
os direitos da criança.
LBA.
Assis,... começam a questionar a pré-escola não mais como uma etapa que
antecedia a fase escolar ou como uma instituição assistencialista, mas como uma
instituição com objetivos próprios para a fase que se encontra a Criança, nesta
nova constituição de 1988, num artigo que instituía a criança como sujeito de
direitos...
escolar.
meados dos anos 70. Todas estas lutas não foram suficientes para que a creche
substituindo certas mães: aquelas que trabalham fora. [...] esta vinculação tem tido
primeiro grau. Foi com base no discurso da carência cultural que os programas
junto aos demais níveis de ensino, embora não em caráter obrigatório, a nova
cidadania, haja visto que é reconhecida pelo MEC, uma iniciativa Federal, seguindo
de preceitos constitucionais.
criança e ver seus interesses contemplados na nova Carta Magna do país. Dentre
do qual é identificado como um dos fatores mais importantes nas conquistas obtidas
“Os movimentos sociais é que têm exigido do Estado ações políticas mais
social luta, então, pelo acesso das crianças de todas as classes sociais a serviços
sociais fazem essa exigência por entenderem que saúde, assistência e educação
são direitos sociais que o Estado deve garantir”.(KRAMER, 1995, pg. 125)
Educação Infantil das demais, é evidente a sua colaboração nas conquistas para a
Constituição é um avanço importante na área, visto que pela primeira vez reconhece
pequenas. Esta lei vem oferecer condições para que se rompa com o serviço
conquista seja garantida, ela deve ser retomada e detalhada em novos documentos
Foram estas discussões que fizeram aumentar as vagas pelo Estado, apesar de que
com qualidade ainda insuficiente e com a permanência confusa da estrutura
administrativa. Ainda que se observe tal avanço, continua a faltar uma política
de todas estas discussões, veio cada vez mais fortalecer a idéia de que a educação
oferecer uma breve noção a respeito das idéias destes pensadores que
preocuparam-se e interessaram-se pelo estudo da criança, no decorrer dos tempos.
e o espaço em que viveram, bem como as influências que receberam daqueles que
os antecederam e/ou com eles viveram e também as influências que exercem até os
tempos atuais.
tempo, que foram a teoria e a prática educacional, junto à criança, deviam focalizar
visão de Rosseau a criança não podia mais ser vista como um adulto em miniatura.
E se a criança era um ser com características próprias, não só as suas idéias, seus
precisavam ser modificadas buscando uma igualdade das mesmas. Com as suas
para todas as coisas, ele incentivou as mães à amamentarem seus filhos e lhes
mostrava o valor deste gesto. Salientou que não se deveria moldar o espírito das
que a educação não vem de fora, é expressão livre da criança no seu contato com a
é orgânico, sedo que a criança se desenvolve por leis definidas, os poderes infantis
brotam de dentro para fora, os poderes inatos, uma vez despertados lutam para se
para estas instituições. Para Froebel a infância é o período em que a criança deve
ser protegida pelos pais, pois ela é dependente. As atividades motoras e os sentidos
importantes.
constitui na preparação para a vida adulta; a criança deve viver os seus anos jovens,
“anormais”. Com seu método do centro de interesse, rompeu com a rigidez dos
programas de ensino de seu tempo. Para Decroly a criança deve ser criança e não
um adulto em potencial.
relacionado.
mim, não somente profissionalmente bem como em outros espaços da minha vida. A
Nacional prescreve: a Educação Infantil é um direito das crianças, embora não seja
obrigatória, a creche faz parte da educação básica, assim como a Pré – escola,
ensino fundamental e médio. Pela primeira vez, as crianças de zero à seis anos
também fazem parte de uma crise, já que desde 1998, com a nova constituição,
adquiriram o direito de serem educadas em creches e pré – escolas passam a ser
a criança e para tanto deve ser respeitada como tal. A adaptação de uma forma
aflições, bem como alegrias e surpresas. Percebi que neste processo fazem parte o
Quando comecei minhas leituras, fui percebendo que também era necessário
humanidade, bem como a história das instituições de educação infantil, não podia
deixar de ter bem claro a concepção de criança, me aprofundar mais nas leis em
adaptação escolar, por isso busquei metodologias e técnicas que possam tornar
de aprendizagem, atitudes e um sentido de si mesma como ser, tudo o que irá ter
reflexos em sua vida inteira, por isso o papel de mediador do educador e processo
educativas às crianças dessa faixa etária, de forma crítica, criativa e consciente, sem
consegui somar muitas dúvidas, mas acredito que ainda devo buscar mais leituras e
estudos sobre este tema. Nas observações constatei que todo período de adaptação
escolar envolve relações entre criança família, educadores e escola, um tanto mais
acentuado quando trata-se de criança que esta chegando pela primeira vez na
escola, principalmente quando essa criança é muito ligada aos familiares. A escola
precisa fazer-se conhecer antes de receber os alunos para transmitir aos pais a
integração entre todos os indivíduos que formam “o grupo escolar” bem como as
dependências da mesma, isto pode ajudar a diminuir a angústia tanto dos pais,
dando ao mesmo uma maior importância ao que a criança faz ou não faz, suas
1998.
1995.
1996.
-BRASIL. Senado Federal. Constituição Federal brasileira, Brasília :
1997.
associados, 2000.
Foreuse, 1974.
Summus, 1992.
1996
FAE,1991.
Pioneira, 2000.