Teatro Ester
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CENA 1 (Conspiração)
O Rei Assuero exaltou Hamã, lhe concedendo a maior patente do
exército real. Todos os nobres e oficiais prostravam-se e inclinavam-se diante
dele, contudo Mardoqueu não o fazia e isso fez com que Hamã ficasse
indignado.
Hamã: Por que motivo desobedeces a ordem do Rei?
Mardoqueu: Sou eu judeu.
Sabendo a que povo Mardoqueu pertencia, Hamã não achou suficiente
tirar-lhe somente a sua vida, mas sim a de todo povo judeu. Assim no décimo
primeiro mês do reinado de do rei Assuero apresentou-se diante dele.
Hamã: Há no teu reino, um povo cujas as leis e o modo de vida são
muito distintos dos demais, e que não se sujeitam às leis do rei. Portanto, não é
conveniente que eles vivam entre nós. Se for do teu agrado, decrete-se que
eles sejam imediatamente aniquilados, e eu mesmo depositarei trezentas e
cinquenta toneladas de prata na tesouraria real para financiar o extermínio
dessa gente.
(O Rei fica pensativo e depois entrega a Hamã o anel real)
Rei: Conserva o teu dinheiro contigo e para teus fins e quanto a este
povo é seu, faça o que quiser.
Após isso os assistentes reais, a mando de Hamã, escreveram o decreto
de extermínio de todo o povo judeu, em nome de Assuero e assinado com o
anel real.Os cartazes são pregados em todas as províncias.
(Naquela mesma noite o rei teve insônia e chamou o leitor do livro dos
feitos memoráveis).
Leitor: Mardoqueu denunciou Bigtã e Teres, dois oficiais do rei que
conspiraram para tirar a vida dele.
REI: Que honra e mérito foi dado a Mardoqueu, por esse feito?
ESTER: Até agora nenhuma.
(O rei ouve passos no vestíbulo, e era Hamã a fim de pedir autorização
real para matar Mardoqueu)
REI: Quem está no pátio?
HAMÃ: Sou eu meu senhor, Hamã.
REI: Caro Hamã, o que se deve fazer a um homem a quem o rei tem
alegria de honrar?
(Hamã infla-se de orgulho e soberba, pensando que seria ele o exaltado
pelo rei)
HAMÃ: Aquele o qual o rei tem prazer de honrar, caberia bem que lhe
vestissem do manto real, cavalgasse no cavalo que o rei costuma montar, e ser
posto em sua cabeça uma réplica da coroa real. E por fim, ser conduzido por
toda a Susã, proclamando diante dele: “É isso que se faz, aquele que o rei tem
prazer de honrar!”
REI: Muito bem! Então faça tudo, conforme o que tu disseste a
Mardoqueu, o judeu assentado a porta do palácio.
HAMÃ: A Mardoqueu rei?
REI: Sim, a ele mesmo.
(Contrariado Hamã faz tudo conforme o rei ordenou)
Depois desse evento Mardoqueu voltou a porta do palácio. Mas Hamã
apressou-se a voltar para sua casa, depressa e muito abatido. Chegando lá
contou o ocorrido a Zeres, sua esposa.
Hamã: Hoje, EU O MAIS ILUSTRE DENTRE OS OFICIAIS E O MAIS
RICO conduzi a Mardoqueu por toda a cidade proclamando “É isso que se faz,
aquele que o rei tem prazer de honrar!”. Nunca fui tão humilhado, mas isso não
ficará assim, Mardoqueu pagará com a vida todo o mal que me fez!
Zeres: Se este Mardoqueu, diante do qual já começaste a cair, é da
linhagem dos judeus, não prevalecerás contra ele, mas com toda a certeza tua
ruína está bem próxima!
HAMÃ: Não seja tola! Mardoqueu venceu a batalha, mas não a guerra.
Não serei destruído por alguém de tão baixa estirpe, me vingarei, mas não
agora, pois devo ir ao banquete preparado pela rainha Ester.
CENA 6 (O BANQUETE)
(O rei e Hamã dirigiram-se ao banquete da rainha Ester.)
REI – A comida estava esplêndida rainha Ester, porém qual é a tua petição?
Te darei até metade de meu reino, se esse for o teu desejo.
ESTER – Ó rei, se achei favor aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, tenha
misericórdia pela minha vida e a do um povo. Pois o meu povo e eu fomos
sentenciados ao extermínio e ao aniquilamento!
REI – Quem é este que ousa praticar tamanho ato de abominação? Onde está
esse coração perverso?
ESTER – O adversário, inimigo e perverso é Hamã.
(O rei se ira e levanta-se abruptamente. Nesse momento Hamã percebeu que o
rei iria decretar a sua execução, de tal forma fica para clamar pela sua vida.)
HAMÃ – Rainha, rogo-te pela minha vida.
ESTER – Não chegue perto de mim.
HAMÃ – Por favor majestade, não deixe que me façam mal. (Cai diante de
Ester suplicando – O rei voltando acha que ele está abusando da rainha)
REI – Eis tão néscio assim? Deseja violar a rainha na minha presença?
GUARDAS!
(Nesse momento o rosto de Hamã é encoberto)
HARBONA/EUNUCO – A forca que Hamã fez para Mardoqueu, que falou em
defesa do rei, está junto à casa de Hamã.
REI – Enforcai-o nela, agora mesmo!
(Hamã é executado)
Pastor narrará o desfecho