A Inclusão Das Mulheres Nos Jogos Olimpicos 1
A Inclusão Das Mulheres Nos Jogos Olimpicos 1
A Inclusão Das Mulheres Nos Jogos Olimpicos 1
a. De 1896 a 1928
b. De 1928 a 1952
Esses dois significados foram levados para a segunda fase. Hargreaves (1984)
identificou o período entre 1928 e 1952 como de luta e de consolidação. As
mulheres se esforçaram muito para se tornarem visíveis e para consolidar sua
posição como esportistas. Este era um conceito novo não somente para elas,
mas também para a sociedade como um todo. As mulheres estavam numa
situação complexa que exigia a criação de modelos de mulheres que
praticavam esportes e que participavam de grandes competições como os
Jogos Olímpicos. As mulheres até então só podiam se espelhar em modelos do
sexo masculino: os heróis das Olimpíadas. Elas se viram então numa
encruzilhada que apontava em duas direções: ou elas continuavam a seguir o
modelo masculino tradicional, que já existia com sua temática própria, ou então
elas teriam que inventar modelos novos de mulheres do esporte, baseados
nelas próprias e em sua temática feminina. Naquela época a decisão ficou para
a primeira alternativa, que significava alguma inclusão, especialmente por
causa do acesso limitado aos esportes olímpicos imposto pelo COI em 1928.
As mulheres deram um pequeno passo para frente e garantiram seu papel com
participantes ativas no esporte e na sociedade. Esta posição de certa
estabilidade foi reforçada durante os anos 40, quando as mulheres tiveram que
ser mobilizadas em maior número para ocupar os postos deixados pelos
homens que tiveram que ir para os campos de batalha na Europa. A Segunda
Guerra Mundial impediu as edições dos Jogos Olímpicos dos anos 1940 e
1944. Por outro lado, a participação maciça direta e indireta e a consequente
maior inclusão das mulheres na economia de seus países que estavam em
guerra contribuíram enormemente para o re-posicionamento da mulher na
sociedade e para a conscientização do lugar que ocupavam.
Durante esta época, o modelo da mulher esportiva, baseado nas diferenças
biológicas e que havia sido construído durante os anos 30, foi levado para os
currículos escolares e acabou limitando a forma com que as mulheres olhavam
sua própria capacidade atlética e esportiva. Entretanto, ao final deste período,
a participação de mulheres atletas nas Olimpíadas transformou-se num fato
corriqueiro. Os ganhos eram conservadores porque o modelo da mulher atleta
que havia sido adotado espelhava o do herói masculino e reforçava o ideal
feminino atlético, seu significado cultural e o mito da fragilidade feminina (The
Real Story of the Ancient Olympic Games, 2005). Daí então é possível observar
a manutenção dos papéis tradicionais da mulher.
c. Após 1952
O Futuro
Conclusão