O Cotidiano Do Gestor
O Cotidiano Do Gestor
O Cotidiano Do Gestor
PROPÓSITO
Int erpret ar os objet ivos propost os pela organização e t raduzi-los em ação será part e do seu
t rabalho como fut uro gest or, ao planejar, organizar, dirigir e cont rolar.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a import ância da função Planejament o para a gest ão
MÓDULO 2
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
O QUE É PLANEJAR?
Diferent ement e do que muit os podem imaginar, planejar não é t ent ar prever o fut uro. Na
verdade, é o processo pelo qual as pessoas e Organizações preparam-se para enfrent á-lo,
afinal, os cont ext os dinâmicos e permeados de incert ezas, que ora at uamos, exigem que se
defina para onde devemos caminhar e como chegaremos lá.
Experiment e observar o t rabalho de algum gest or e logo perceberá que, para alcançar os
objetivos desejados, a função dele é decidir o que será feito e quando será feito aquilo que é
necessário.
No cont ext o organizacional, t ais decisões são essenciais para que uma organização cresça de
forma sust ent ável e sobreviva a longo prazo.
Em uma definição bem simples: o at o de planejar, como part e int egrant e do processo de gest ão,
é decidir o que será feit o hoje para at ingir o que desejamos no fut uro.
Ainda que nosso objet ivo seja compreender a função Planejamento no cont ext o da gest ão,
convido-o a pensar sobre como o Planejament o faz part e de nossas vidas, afinal, t odas as
pessoas ut ilizam t écnicas do processo de Planejament o em sit uações de seu cot idiano.
O PLANEJAMENTO ENVOLVE DEFINIR MEIOS PARA
ALCANÇAR OBJETIVOS EM UM DADO PERÍODO
PROJETADO NO FUTURO.
EXEMPLO
Pense nas comemorações de Ano-Novo na sua família. É preciso definir o que será feit o, quem
será convidado, onde a reunião ocorrerá e o que será servido para que, no dia da fest a, t udo
est eja perfeit o. Cert o?
Percebeu agora, nest e exemplo do dia a dia, como o Planejament o envolve definir meios para
alcançar objetivos em um dado período projet ado no fut uro? Apost o que disse sim!
Os planos, decorrent es do processo de Planejament o, serão os guias que nos orient arão nest e
caminho.
FUNÇÃO PLANEJAMENTO
O processo de Planejament o é fundament al para as Organizações que at uam em ambient es de
elevada compet ição, pois ajuda a:
Conquist ar mercados.
Ret er nossos client es at uais.
O Planejament o nos ajuda a sair da rot ina da operação diária para nos concent rarmos no fut uro da
organização. Afinal, ainda que ele não seja complet ament e previsível, t ambém não é
complet ament e incert o.
NUMA ORGANIZAÇÃO, O FUTURO SE TORNA INCERTO
QUANDO HÁ INSUFICIÊNCIA DE INFORMAÇÕES SOBRE O
COMPORTAMENTO DA CONCORRÊNCIA, DOS
CONSUMIDORES, DOS FORNECEDORES, FONTES DE
FINANCIAMENTO E OUTROS SEGMENTOS RELEVANTES
DO AMBIENTE”.
Alguns event os podem ser previst os com cert o grau de precisão, pois represent am
consequências de at os e decisões passadas. Uma falha grave no processo produt ivo, que afet ou
a qualidade e a confiabilidade de um produt o, cert ament e compromet erá os índices de
sat isfação dos client es e as vendas. Port ant o, é import ant e se planejar para lidar com as
adversidades.
É por meio do Planejament o que as Organizações elevam o grau de Cont role sobre o fut uro das
sit uações int ernas e das relações com o ambient e ext erno. Algumas necessidades, baseadas
em fat os ou cenários conhecidos, fazem com que os invest iment os em Planejament o sejam
vist os como essenciais para int erferir no curso dos acont eciment os e alt erar a sit uação fut ura.
Planejar é uma das t arefas mais import ant es de t oda e qualquer inst it uição. Vejamos alguns
exemplos de como isso acont ece em diferent es sit uações.
EXEMPLO
Quando uma empresa lança um produt o t ot alment e inovador no mercado, ela int erfere no curso
dos acont eciment os e cria um novo fut uro. Foi assim quando lançaram os aviões, os notebooks e
os celulares.
Quando uma agência de t urismo elabora rot eiros para at ender as pessoas que part iciparão de um
grande event o esport ivo na cidade onde at ua, ela est á se preparando para enfrent ar uma
sit uação fut ura já conhecida.
Quando uma empresa se prepara para inaugurar uma nova filial, em uma cidade próxima à sede,
deve garant ir que t odos os seus depart ament os (financeiro, pessoal, market ing e operações)
at uem de forma coordenada, para que o objet ivo seja at ingido.
DICA
Há uma série famosa, um fenômeno mundial, na qual o Planejament o most rou-se impecável por
conseguir se ant ecipar a quase t odas as int erferências ambient ais.
Se você já assist iu La casa de papel (2017), deve t er lembrado do Professor e seu plano para
roubar a Casa da Moeda espanhola e pensou em como ele conseguiu fazer t odas aquelas
previsões.
Como conhecia cada passo que os policiais dariam nas diversas sit uações?
Só t em uma respost a: seguindo o seu plano, que foi muit o bem pensado.
TIPOS DE PLANOS
A função Planejament o abrange não apenas a definição dos objet ivos, mas t ambém a
const rução do plano que seguiremos para alcançá-los
PLANO
Os planos são a t radução formal do Planejament o em document os que est ipulam como os
objet ivos devem ser alcançados, descrevendo como os recursos devem ser alocados e
quais at ividades devem ser realizadas” (SOBRAL; PECI, 2008, p. 134).
DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
Ajuda a conhecer o est ado fut uro que pret endemos alcançar.
CONSTRUÇÃO DO PLANO
De acordo com Sobral e Peci (2008), em uma Organização, é essencial que você compreenda
que o plano a ser const ruído t erá caract eríst icas específicas de acordo com sua abrangência e
horizonte temporal.
NÍVEL ESTRATÉGICO
Nesse nível, são t omadas as decisões que podem mudar os rumos da Organização. Est abelece-
se sua missão e visão, bem como os valores, que serão direcionadores do comport ament o de
t odos aqueles que a compõem. Tais decisões abrangem t emas, como, por exemplo, a busca por
novos mercados, invest iment os em produt os/serviços, abert ura ou não de capit al, aquisições.
O Planejament o est rat égico envolve a t omada de decisão a longo prazo, de 3 a 5 anos. No
ent ant o, como incert eza e imprevisibilidade são caract eríst icas do ambient e que envolve um
plano est rat égico, ele é revisado const ant ement e. O foco é a Organização como um t odo.
Dessa forma, ele é realizado por diret ores e membros do conselho das empresas, quando est e
for o caso.
NÍVEL TÁTICO
NÍVEL OPERACIONAL
Os planos especificam as t arefas e at ividades de rot ina a serem realizadas para o cumpriment o
do plano t át ico e, consequent ement e, do Planejament o est rat égico. São planos usados, em
geral, por gerent es e coordenadores. Podemos definir quais at ividades serão realizadas na área
de recrut ament o e seleção para a cont rat ação de colaboradores para a área de vendas ou, ainda,
a escala de t rabalho dos operadores de forno em uma indúst ria.
Viu como o horizont e de t empo da área operacional é menor? Os planos operacionais envolvem a
t omada de decisões com impact os imediat os, que podem durar dias, semanas ou meses. Como
os ciclos são mais curt os, dependendo da Organização, eles podem ser at ualizados at é
diariament e.
Ao observar a pirâmide, podemos afirmar, ent ão, que o Planejament o est rat égico deve ser
desdobrado em planos t át icos e planos operacionais. Além dist o, para que os esforços sejam
direcionados e coordenados pelos gest ores da Organização, é preciso est abelecer os objet ivos
de acordo com o nível hierárquico responsável pela sua operacionalização.
Veja a represent ação do desdobrament o dos planos na figura a seguir (CHIAVENATO, 2007):
ETAPAS DO PLANEJAMENTO
Com o que você já aprendeu at é agora, deve t er percebido que gest ores de sucesso não agem
por meio da improvisação e não apost am na sort e para alcançar suas met as. Para isso, dedicam
horas de t rabalho para as at ividades que envolvem o Planejament o.
Ent endeu, agora, o mot ivo pelo qual não é possível gerenciar um processo, uma área ou
Organização sem se planejar?
ATENÇÃO
Não exist e um consenso na lit erat ura sobre os passos do Planejament o ideal, pois ele envolve o
t ipo de plano que se pret ende fazer, mas é import ant e que algumas et apas sejam realizadas
para que ele cumpra sua função.
Os objet ivos represent am as pret ensões do fut uro e são elaborados a part ir da missão, visão e
dos valores organizacionais.
Os objet ivos organizacionais podem envolver o aument o da fat ia de mercado, da produt ividade
ou rent abilidade, que, após definidos, precisarão ser desdobrados para melhor coordenação dos
esforços de t odos os envolvidos. É import ant e, no ent ant o, que eles sejam definidos levando em
consideração algumas características. São elas:
ESPECIFICIDADE
Os objet ivos precisam ser claros para t ransmit ir o nível esperado de desempenho e, quant o mais
det alhados forem, mais fácil fica seu ent endiment o.
MENSURABILIDADE
Os objet ivos devem ser mensuráveis, logo, precisam ser quant it at ivos, o que facilit a o processo
de avaliação e garant e objet ividade à definição. Veja a diferença: aument ar as vendas X aument ar
o volume de vendas em 10%. São formas diferent es de expressar o que, de fat o, devemos
at ingir, concorda?
TEMPORALIDADE
Os objet ivos precisam t er prazo. São eles que garant irão o senso de urgência, informando, assim,
o horizont e t emporal para sua realização: aument ar o volume de vendas em 10% at é um ano.
RELEVÂNCIA
Os objet ivos devem est ar alinhados à missão e à visão inst it ucionais. Dent ro de uma Organização,
não podemos t er objet ivos cont rapost os, como, por exemplo, aument ar as vendas X reduzir a
produção. Isso t rará conflit os às áreas e as pessoas ficarão sem Direção porque esses objet ivos
indicam caminhos dist int os a seguir.
REALIZAÇÃO
Os objet ivos precisam ser desafiadores, ist o não se discut e, mas se forem inalcançáveis, ao
cont rário de realist as, as pessoas não concent rarão seus esforços para at ingi-los, pois t êm
complet a noção de que jamais conseguirão.
Tendo clareza do que se quer alcançar, a próxima et apa é a análise do ambient e para
mapeament o das oport unidades e ameaças (ambient e ext erno) e das forças e fraquezas
(ambient e int erno). Est a análise, em geral, é feit a usando como modelo uma ferrament a,
regularment e conhecida como SWOT, ilust rada pela figura.
Est e diagnóst ico ambient al possibilit ará a compreensão das dificuldades e rest rições que serão
enfrent adas, bem como dos espaços favoráveis para at uação, explorando as oport unidades e
reduzindo os impact os das ameaças por meio dos pont os fort es reconhecidos na análise.
Na análise ambient al ext erna, são est udados os fat ores t ecnológicos, polít icos, econômicos
legais, sociais, demográficos e ecológicos, além dos aspect os relacionados aos fornecedores,
consumidores/usuários, concorrent es e agências reguladoras.
O perfil de uma análise ambient al int erna envolve o est udo de sua missão, sua visão, sua
est rut ura e seus recursos disponíveis (financeiros, físicos, humanos e sist emas organizacionais),
modelo de gest ão, compet ência das pessoas e dos gest ores, como se dá a comunicação
int erna e cult ura da Organização.
No ambient e int erno, ident ificaremos quais são suas principais forças e as fraquezas.
No quadro seguint e, você poderá visualizar a análise SWOT de uma empresa de fast food.
Mas, com t ant a informação disponível, por que alguns gest ores t omam decisões t ão
equivocadas? Há um t ermo no mundo corporat ivo que define gest ores que não possuem
capacidade para analisar de forma coerent e seus ambient es e t omar decisões a seu respeit o, é
a miopia gerencial.
Gest ores que sofrem dest e mal t ambém negam a realidade e adot am a post ura de rejeit ar ou
racionalizar dados e fat os que ameaçam suas convicções.
EXEMPLO
Se você t em mais de 25 anos, já ouviu falar da Mesbla, uma das maiores varejist as do comércio
brasileiro at é o início dos anos 1990.
Por não acredit ar que pudesse exist ir concorrent e que viesse a ameaçar sua liderança de
mercado, não se preocupou em analisar o ambient e ext erno e t omar ações efet ivas após o
surgiment o de out ras lojas de varejo, shoppings e hipermercados, além das mudanças no perfil
de consumidores.
Como você não vê mais nenhuma loja Mesbla por aí, já pode concluir o que acont eceu: t eve sua
falência decret ada em 1999.
Out ro exemplo é o efeit o Kodak, que foi uma das empresas mais inovadoras at é a falência.
Bem, como você já sabe onde quer chegar e o cenário no qual a sua organização at ua, é o
moment o de planejar a operacionalização das at ividades de forma coordenada, focando no
“como fazer” por meio de um plano de ação.
Todo plano de ação descreve como colocar em prát ica os objet ivos definidos. Uma das
ferrament as mais usadas para est e desdobrament o, no Planejament o de nível operacional a
curt o prazo, é o plano de ação 5W2H, que agora você vai aprender a ut ilizar.
É claro que, depois de dest inado t odo esse t empo para pensar e planejar as at ividades, você
precisa dest inar um moment o para acompanhar o que est á sendo feit o e verificar se os planos
est ão funcionando na prát ica.
MISSÃO
Razão de ser da Organização, o mot ivo pelo qual ela exist e e a just ificat iva de seus lucros
para a sociedade.
Exemplos de Missão:
Pet robras: At uar na indúst ria de pet róleo e gás de forma ét ica, segura e rent ável, com
responsabilidade social e ambient al, fornecendo produt os adequados às necessidades dos
client es e cont ribuindo para o desenvolviment o do Brasil e dos países em que est á
present e.
Ambev: Criar vínculos fort es e duradouros com os consumidores e client es, fornecendo-
lhes as melhores marcas, produt os e serviços.
VISÃO
Est ado ment al desejado, algo que se pret ende alcançar em um det erminado espaço de
t empo.
Exemplos de visão:
Ser uma das cinco maiores empresas int egradas de energia do mundo e a preferida dos
seus públicos de int eresse.
SWOT
VALORES
Os valores de uma organização são suas crenças básicas, que direcionam as ações e o
processo decisório das lideranças, bem como o comport ament o das pessoas que nela
t rabalham.
Como são princípios gerais e diret rizes que nort eiam a elaboração de planos e a execução
de processos, não há dúvida de que os líderes devem ser os exemplos e os agent es na
consolidação dos valores em uma organização, t ransformando-os em comport ament os
observáveis no dia a dia do t rabalho.
Veja, abaixo, por exemplo, o conjunt o de valores de Nat ura e reflit a sobre como eles fazem
part e da sua hist ória e da cult ura organizacional, seja na seleção dos produt os que a
empresa vende, em suas campanhas de market ing ou ainda nos projet os que a empresa
apoia nas comunidades do ent orno:
Responsabilidade socioambient al
Diversidade
Diálogo abert o
Inovação
Transparência
Ét ica
TENDÊNCIAS
Como a t endência é a dist ribuição de aut oridade ent re t odos os colaboradores, saber os rumos
pret endidos pela Organização, suas prioridades est rat égicas e seus objet ivos orient a a t omada
de decisão e coordena esforços num único sent ido.
Se um colaborador sabe que um dos objet ivos est rat égicos é ampliar a fat ia de mercado da
Organização, empregará t odos os seus esforços para mant er os at uais client es e aument ar sua
base com novas conquist as. Assim, cont ribuirá para o alcance das met as da inst it uição.
Planejament o claro e específico funciona como uma bússola, direcionando as pessoas a um
único pont o. Se as pessoas ficam inseguras com relação ao que devem realizar, como poderão
saber se est ão cont ribuindo para o sucesso da Organização?
DICA
Vários programas de t elevisão at uais t êm como foco as Organizações e analisam a forma como
seus gest ores at uam.
Est a programação oferece muit as oport unidades de aprendizagem para alunos de cursos de
gest ão por exibirem as pot encialidades e as fragilidades de out ras empresas, além das
sugest ões de pessoas mais experient es para t orná-las mais eficient es e eficazes.
“O CHEFE ESPIÃO”
Imagine o chefe da sua empresa t rabalhando disfarçado a seu lado como um funcionário
qualquer para avaliar de pert o o funcionament o do negócio. Essa é a premissa do “realit y”
inglês “Undercover Boss”.
“O SÓCIO”
Um dos programas que apresent a uma aula de gest ão a cada episódio é “O Sócio”. Nele, o
empresário Marcos Lemones oferece sociedade em empresas que passam por
dificuldades e int ervém em t rês áreas essencialment e: produt os, processos e pessoas.
Recomendamos que você assist a ao episódio da Tonnie’s Minis, empresa que vende
cupcakes cust omizados, em Nova York.
Pensa que acabou? O pior ainda est á por vir: o dono da empresa est ava pensando em abrir
uma filial! Isso mesmo! Mais uma empresa no meio dest e caos administ rat ivo.
At é cont rat o de aluguel ele já t inha assinado sem t er a menor ideia de como conseguiria
fazer para começar mais um empreendiment o. Pergunt amos a você: quais são as chances
disso dar cert o? Isso mesmo: quase nulas. Cont ar com a sort e não é uma apost a acert ada
quando lidamos com as Organizações. Por isso, um Planejament o bem feit o pode ajudar na
t omada de decisões mais acert adas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
ESTÃO CORRETOS:
A) Os it ens I e II.
B) Os it ens II e III.
C) Os it ens I e III.
D) Os it ens I, II e III.
B) A mudança da legislação vigent e, que exige novas regras para as licit ações de t odas as
organizações do set or, é considerada um pont o fraco.
GABARITO
Estão corretos:
As organizações ut ilizam informações do ambient e ext erno e int erno para desenhar o seu
planejament o. Em um ambient e t urbulent o, caract eríst ico dos dias at uais, reconhecer as
oport unidades e ameaças, bem como os pont os fort es e fracos da organização, garant e ao
gest or o aut oconheciment o necessário para t omar decisões de forma mais racional ou lógica.
Além disso, ao definir objet ivos, a organização est abelece senso de direção e foco, deixando
claras as suas prioridades.
2. A Fundação Excelência em Serviços Ltda. reuniu sua equipe para analisar as principais
tendências do ambiente externo e identificar os pontos fortes e fracos existentes na
organização. Ao final da análise SWOT, foi observado corretamente pela equipe que:
A análise do ambient e int erno permit e a ident ificação dos recursos e capacidades da
organização. Logo, busca-se informações sobre diversos fat ores: sit uação financeira da
empresa, compet ência dos administ radores, imagem da organização, qualidade dos produt os e
serviços ofert ados. No ambient e int erno, classificamos t ais fat ores em forças ou fraquezas. Já
a análise do ambient e ext erno permit e a ident ificação dos fat ores: t ecnológicos, demográficos,
sociocult urais, polít icos e econômicos. Cat egorizamos est es fat ores em oport unidades e
ameaças.
MÓDULO 2
INTRODUÇÃO
Depois que a et apa de Planejament o foi concluída, chega o moment o de dist ribuir o t rabalho e
est abelecer as responsabilidades das áreas e pessoas que nelas at uam. No passado, as
empresas preocupavam-se em est abelecer rígidas est rut uras hierárquicas para garant ir a
produção em massa de forma eficient e.
As regras, os regulament os e os manuais asseguravam o Cont role e cent ralizavam o poder,
poucos decidindo e muit os obedecendo. Já percebeu que est e modelo já não é mais adequado à
realidade na qual vivemos hoje?
Os ambient es t ornaram-se compet it ivos, incert os e volát eis, não oferecendo condições para a
perpet uação de est rut uras rígidas, lent as e pesadas.
Nest e módulo, det alharemos a função Organização como part e do processo de gest ão, ou seja,
como o gest or pode dividir, int egrar e coordenar as at ividades e os recursos de que dispõe em
uma est rut ura organizacional que seja capaz de alcançar as met as definidas.
EXEMPLO
No ent ant o, cabe aqui uma observação. Como os organogramas revelam aspect os de nat ureza
essencialment e formal, não represent am a Organização em sua t ot alidade. Se você est á se
pergunt ando o mot ivo, é muit o simples de responder. Uma Organização é um espaço de
manifest ação de vários t ipos de poder: os formais, expressos no organograma, e os Informais,
que se configuram nas relações int ernas, muit as vezes não descrit as no organograma, mas
present es em seu dia a dia.
Nas imagens, você deve t er observado t rês níveis (est rat égico, t át ico e operacional)
decorrent es do conceit o da divisão do t rabalho. Afinal, uma pessoa não consegue desenvolver
t odas as at ividades sozinhas. O t rabalho precisa ser dividido, como vimos no módulo 1.
Na função Organização, ainda que os gest ores de nível est rat égico sejam responsáveis por
desenhar a est rut ura, os gest ores e coordenadores de nível médio e operacional t êm o dever de
organizar as t arefas no âmbit o de sua responsabilidade. Uma est rut ura organizacional apresent a
a forma como são divididas, agrupadas e coordenadas as diversas áreas organizacionais e os
cargos que as compõem.
INFORMAIS
O poder carismát ico, por exemplo, ainda que não regist rado no organograma das empresas,
é um t ipo de poder associado a uma imagem alt ament e favorável, carismát ica, que faz
com que os out ros acredit em e admirem suas ideias. Tem relação diret a com a devoção
pessoal. Ret omando o exemplo da série La casa de papel, você se lembrará da
personagem Nairobi, que, apesar de não ser a chefe das operações do grupo que
comandou o assalt o milionário à Casa da Moeda, exercia sua aut oridade sobre os demais
membros.
E você? Consegue reconhecer est e t ipo de poder informal na empresa em que t rabalha?
Responder algumas pergunt as básicas pode ajudar a definir o format o da est rut ura adequada
que at enda aos objet ivos de quem precisa projet á-la (ROBBINS, 2005, p. 171).
6 PERGUNTAS
QUE OS GERENTES PRECISAM RESPONDER AO PROJETAREM A
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ADEQUADA
Vamos, agora, det alhar cada um dos element os do processo de Organização para que você
possa compreendê-los melhor:
ESPECIALIZAÇÃO
Det ermina a divisão do t rabalho e como as t arefas serão subdivididas em cargos dist int os. Est a
informação é relevant e para a at ribuição das responsabilidades individuais e é base para os
programas de t reinament o.
A especialização é o grau em que as t arefas são divididas e padronizadas para que possam ser
aprendidas e realizadas de forma relat ivament e rápida por um único indivíduo (SOBRAL; PECI,
2008). Claro que ist o nos leva a duas sit uações. Por um lado, a especialização garant e maior
produt ividade, mas, por out ro, o excesso de especialização rest ringe a visão e compreensão da
Organização como um t odo, o que pode afet ar o processo mot ivacional daqueles que at uam nos
níveis mais baixos.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Base pela qual os cargos são agrupados, dando origem às áreas, depart ament os e unidades na
Organização. A depart ament alização funcional é a mais simples e pode ser ut ilizada em quase
t odas as Organizações.
Geralment e, ao iniciar as at ividades, as empresas opt am por esse modelo, que subdivide os
depart ament os em áreas funcionais (Finanças, Market ing, Produção e Operações, Pessoas).
Out ros modelos de depart ament alização – produt o, t errit ório, processo e client es – t ambém
t êm espaço no mundo corporat ivo.
CADEIA DE COMANDO
Esclarece quem se report a a quem e define os níveis de autoridade. Est e conceit o t em
relevância cada vez menor nas Organizações. Afinal, com a part icipação dos colaboradores nos
processos de t omada de decisão e a clara definição das responsabilidades dos indivíduos, o
papel gerencial se t ornou diferent e e os sist emas de Cont role foram modificados.
Confira o exemplo de dois t ipos de est rut uras: a aguda e achat ada.
Em uma estrutura aguda, mais vert icalizada, observe que t emos menos subordinados por
gest or:
Cabe ao gest or considerar alguns fatores para composição de sua estrutura (SOBRAL, PECI;
2008):
Complexidade do t rabalho.
Compet ência.
Experiência.
Comunicação.
Os esforços das companhias para redução de cust os e ganho de eficiência fizeram com que
algumas delas t omassem decisões precipit adas e elevassem a margem de Cont role, o que
prejudicou o bom andament o das at ividades.
CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO
Onde as decisões são t omadas? Quant o mais concent radas nos níveis gerenciais e est rat égicos,
maior é a cent ralização do poder.
Processos descentralizados possibilit am a t omada de decisão mais ágil, já que ela é t omada
pelo próprio execut or da ação, aument ando, assim, os níveis de envolviment o e
compromet iment o das pessoas, que se sent em mais responsáveis pelos result ados obt idos.
Uma observação aqui é ext remament e necessária: a descent ralização exige que os empregados
sejam capacit ados e compromet idos com os result ados desejados.
FORMALIZAÇÃO
Define o grau de padronização exist ent e e se refere ao que deve ser feit o, como, onde, quando e
o porquê. Como a formalização t ambém est á relacionada ao Cont role sobre o t rabalho
execut ado por alguém e os mecanismos de Cont role se alt eraram com o t empo, percebemos
mudanças significat ivas no nível de formalização em algumas empresas, apesar de ela não deixar
de exist ir. Em linhas gerais, ela ocorre de maneira excessiva em funções muit o burocrát icas.
Relembre, por exemplo, o at endiment o realizado pelo caixa em uma loja ou quando precisou
resolver um problema com a sua operadora de celular. Quem o at endeu nos dois casos usou uma
linguagem alt ament e padronizada. Ela é decorrent e do processo de formalização.
No passado, com as definições de cargos minuciosament e det alhadas, fazia mais sent ido que o
grau de formalização fosse elevado para t odos os cargos, diferent ement e do que vemos
at ualment e em empresas dinâmicas, em que, cada vez mais, as pessoas dispõem de liberdade
para decidirem sobre seu próprio t rabalho e cont rolar os recursos, reduzindo, assim, o nível de
formalização.
DESCENTRALIZADOS
RESPONSABILIDADES
O elo ent re a divisão do t rabalho e os crit érios racionais de Organização das at ividades
reside nos conceit os de responsabilidade versus autoridade (SOBRAL; PECI, 2008, p.
171).
Olhe, agora, para as duas imagens a seguir e, com o conheciment o que você já t em sobre
est rut ura organizacional, avalie seu nível de especialização, a depart ament alização, a cadeia e as
margens de Cont role, o nível de cent ralização e a formalização.
Só de olhar para o desenho você conseguiu perceber as claras diferenças ent re elas, não foi?
O que acabamos de ver são dois modelos de Organizações. A figura da esquerda apresent a
est rut uras rígidas e padrões de Cont role clarament e definidos, que dificult am a part icipação
at iva dos colaboradores na t omada de decisão. A figura da direit a, com formas adapt at ivas e
flexíveis, t em est rut ura descent ralizada e dividida em equipes mult ifuncionais.
Se você pret ende part icipar de uma Organização ágil, flexível, que responda adequadament e às
demandas do ambient e, ela não poderá t er uma est rut ura rígida, concorda?
ESTRUTURA
De acordo com Chandler (apud MINTZBERG et al., 2010), a est rut ura deve se adapt ar à
est rat égia, mas out ros aut ores, como Wanderley e Faria (2012), afirmam que est a não é uma
verdade absolut a para t odos os t ipos de Organizações e que est rut ura e est rat égia podem se
influenciar mut uament e.
Estratégia
Estrutura
TAMANHO
Ao avaliar Organizações de grande port e, mais t radicionais, com muit os funcionários, é provável
que você perceba que elas se aproximam mais dos modelos t radicionais, com especialização do
t rabalho e divisões depart ament ais. Ist o é um reflexo da necessidade de formalização que as
Organizações maiores precisam mant er em relação à padronização em seus processos. Uma
coisa é cert a: à medida que a Organização cresce, ela precisa adequar sua est rut ura.
TECNOLOGIA
É import ant e considerar, ainda, a análise das pessoas que lá t rabalham e suas principais
caract eríst icas, assim como o conjunt o de compet ências necessárias para a realização do
t rabalho. A nat ureza da at ividade e o uso do conheciment o influenciam a est rut ura.
O grau de incert eza ambient al afet a o desenho da est rut ura, pois faz com que seja necessário
acompanhar a dinâmica do ambient e que a cerca.
Organizações que at uam em ambient es mais est áveis podem opt ar por est rut uras mais
t radicionais, já aquelas que at uam em ambient es dinâmicos, com elevada compet it ividade,
necessit arão se aproximar de modelos dinâmicos para ganhar agilidade e flexibilidade.
A seguir, apresent amos alguns modelos de est rut ura (SOBRAL, PECI, 2008) para você conhecer.
Assist a ao vídeo sobre A Evolução das Est rut uras, que nos t raz uma explicação sobre as
vant agens e desvant agens de alguns modelos de est rut ura organizacional.
TENDÊNCIAS
Para fazer frent e às incert ezas ambient ais e sair na liderança para at ender demandas de client es
cada vez mais exigent es, surgem novos modelos de organização do t rabalho.
Um dos modelos mais vanguardist as, na at ualidade, é baseado na holocracia. Nest e sist ema, a
aut oridade e o poder são dist ribuídos e o empoderament o t orna-se o núcleo da Organização. A
cadeia comando-Cont role deixa de t er sent ido sob est a perspect iva, já que as decisões são
t omadas pelas equipes, e não por alguém no t opo de uma est rut ura piramidal, como nas
est rut uras t radicionais do passado.
Out ro modelo de Organização que vem sendo objet o de discussão em várias empresas é o de
Organização ágil.
Independent ement e da t endência, no ent ant o, o desafio de t odas as corporações que at uam
mais próximas a esses modelos é a criação de mecanismos que garant am a sinergia e reforcem a
cult ura organizacional, unindo os empregados em t orno de uma mesma ident idade e
impulsionando-os ao cresciment o.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
ESTÃO CORRETOS:
A) Os it ens I e II.
B) Os it ens I, II e III.
C) Os it ens I, II e IV.
A) Grau em que funcionários e gerent es t êm cargos com est reit a amplit ude.
B) Grau em que a aut oridade para decisões significat ivas é rest rit a aos que ocupam os cargos
mais alt os da est rut ura.
D) Grau em que regras e procediment os operacionais são document ados em papel ou nas redes
int ernas da empresa.
GABARITO
III – Análise das pessoas e suas principais características, assim como o conjunto de
competências necessárias para a realização do trabalho.
Estão corretos:
As organizações não podem ser compreendidas como est rut uras est át icas. Elas são dinâmicas e
devem acompanhar as mudanças de mercado.
Cent ralização significa que a aut oridade est á cent rada no t opo da organização para t omar
decisões.
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Em seu livro Comece pelo porquê, Simon Sinek nos convida para uma reflexão sobre a
capacidade que grandes líderes t êm de inspirar pessoas a agir, alcançar objet ivos e alavancar
result ados. A função Direção, responsável por int egrar as demais funções do processo de
gest ão, t em exat ament e est e desafio: orient ar os esforços individuais de cada pessoa que faz
part e da Organização a um propósit o comum.
Fácil? Não é, claro! Afinal, para que ist o ocorra, é necessário compreender suas mot ivações,
liderá-las e desenvolver est rat égias capazes de mediar as relações conflit uosas que permeiam
qualquer ambient e de t rabalho. Vamos descobrir como t ornar ist o realidade?
SIMON SINEK
Simon Oliver Sinek é um famoso palest rant e mot ivacional e aut or de livros sobre o
assunt o.
DIREÇÃO E MOTIVAÇÃO
A Direção é a função do processo gerencial responsável pela art iculação da ação dos indivíduos
dent ro de seus locais de t rabalho. Ela envolve a orient ação, a mot ivação, a comunicação e a
liderança dos empregados, buscando compat ibilizar e alinhar seus objet ivos ao desempenho da
Organização (SOBRAL, PECI; 2008).
Diversos livros explicam a import ância da função Direção para qualquer processo gerencial –
est rat égico, t át ico ou operacional – porque um dos papéis do gest or será gerir recursos e, ent re
eles, est ão os recursos humanos: as pessoas que fazem part e da sua equipe para que
ent reguem melhores result ados.
Ent ender a t arefa, os desafios e as condições de cont orno e, a part ir daí, cuidar para que as
relações int erpessoais ocorram da forma desejada é o desafio e a responsabilidade de qualquer
gest or.
ESTÁ MUITO ENGANADO QUEM PENSA QUE GESTÃO DE
PESSOAS É ASSUNTO SÓ DO RH. NA VERDADE, É
JUSTAMENTE O CONTRÁRIO: SE O RH É IMPORTANTE
COMO PONTO DE APOIO E PARA ESTRUTURAR AS
AÇÕES DA EMPRESA; NO DIA A DIA, QUEM É DE FATO
RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DAS PESSOAS SÃO OS
LÍDERES. SÃO ELES QUE ESTÃO DIARIAMENTE
CONVIVENDO COM SUAS EQUIPES, ALÉM DE ESTAREM
INSERIDOS NO NEGÓCIO. SÃO ELES QUE PODEM
IDENTIFICAR PONTOS FORTES DAS PESSOAS, ASSIM
COMO OS QUE PRECISAM SER DESENVOLVIDOS, TANTO
PARA A CARREIRA DE CADA UM, QUANTO PARA O QUE O
NEGÓCIO EXIGE. E É TAMBÉM NOS LÍDERES QUE OS
COLABORADORES BUSCAM INSPIRAÇÃO, APOIO E
ORIENTAÇÃO”.
De t odas as at ividades da gest ão, a Direção é, sem dúvida, a mais analisada e a menos
compreendida. E qual o mot ivo? A t emát ica, amplament e discut ida nos meios acadêmico e
empresarial, abrange muit as quest ões int angíveis, como, por exemplo, o comport ament o das
pessoas, que é nat uralment e complexo.
Além dist o, as Organizações operam cada vez mais em ambient es mult icult urais, em que a força
de trabalho muda const ant ement e. Lidar com pessoas com necessidades dist int as e objet ivos
de vida diferent es não é mesmo t arefa fácil para nenhum gest or, mas é imprescindível, já que
elas podem ser o principal at ivo da Organização.
A boa not ícia, no ent ant o, é que podemos, sim, criar ambient es em que os gest ores se
compromet am com os valores e princípios organizacionais e envolvam as pessoas nesse
compromisso para a realização de um propósit o comum e duradouro.
FORÇA DE TRABALHO
A Força de trabalho é compost a pelas pessoas da Organização que cont ribuem para a
consecução de suas est rat égias, seus objet ivos e met as. Sendo assim, fazem part e da
força de t rabalho os empregados, os t emporários, os aut ônomos e t erceiros.
Quando buscamos ent ender o comport ament o e a mot ivação das pessoas a part ir da
ident ificação de suas necessidades, podemos ut ilizar a hierarquia das necessidades de Maslow,
um dos principais t eóricos da mot ivação, que oferece a primeira explicação a respeit o das
necessidades int ernas e seu papel na mot ivação (SOBRAL; PECI, 2008).
Que t al conhecer um pouco mais sobre o que pensa o aut or sobre o assunt o?
Apresent amos, a seguir, uma análise cont ext ualizada da t eoria das necessidades:
MASLOW
Abraham Harold Maslow (1908—1970) foi um psicólogo americano, famoso pela propost a
da hierarquia de necessidades.
Além de Maslow, diversos t eóricos est udaram os aspect os que envolvem a mot ivação. Ainda
que eles não t rat em o t ema da mesma forma, as t eorias nos ajudaram a compreender que a
vont ade de alcançar o result ado é a força que impulsiona o comport ament o das pessoas. Assim,
a recompensa que sat isfaz det erminada necessidade precisa at ingir o empregado para que ele
se empenhe em produzir result ados. Só est aremos mot ivados para realizar algo quando
compreendermos que a consequência será compensadora e que at enderá nossa necessidade.
Lembre-se: é preciso haver confiança, int eração e recept ividade para que o diálogo ocorra de
forma saudável. Quando você alinha as met as da Organização às recompensas individuais, gera
maior compromisso das pessoas na busca pelos result ados, promovendo o alinhament o ent re os
objet ivos pessoais e organizacionais.
LIKERT
Rensis Likert (1903 –1981) foi um professor de sociologia e psicologia que est udou
est ilos de liderança e gerência por décadas.
Não exist e o modelo corret o! Nós t emos inclinações a gerenciar as pessoas de uma
det erminada forma, mas isso não quer dizer que precisamos agir da mesma maneira em t odas as
sit uações que se apresent am. Cada uma pede do gest or uma post ura para a solução do
problema da melhor forma possível. Est a análise deve ser feit a cont ingencialment e levando em
consideração o que precisa ser decidido, como precisa ser decidido e qual o prazo disponível
para decidir.
DICA
O filme Duelo de Titãs, baseado em uma hist ória real, t em diversas lições a nos ensinar sobre os
princípios da liderança.
DUELO DE TITÃS
“Ao longo de t odo o filme, o t écnico Boone, ao lado de seus auxiliares, dá um verdadeiro
panorama sobre do que se t rat a uma liderança realment e eficaz. Ele most ra, em diversos
moment os, que t odo e qualquer t ipo de líder precisa t er paciência, dar feedbacks
assert ivos, ouvir na essência sua equipe, t er uma post ura mais firme, quando a sit uação ou
o comport ament o de algum profissional, no caso dele, de algum at let a, assim o pedir, ent re
out ras habilidades e compet ências, consideradas essenciais para aqueles que pret endem
ou que ocupam cargos de liderança, seja em uma empresa ou em um t ime de fut ebol
americano”. (Inst it ut o Brasileiro de Coaching)
PRÁTICAS DA LIDERANÇA
TRANSFORMADORA
Agora que você já ent endeu qual é o modelo de gest ão exigido nest es novos t empos,
gost aríamos de fazer out ra provocação: você reparou que alguns livros apresent am as
caract eríst icas desejáveis em um líder?
Quando lemos est as caract eríst icas, num primeiro moment o, percebemos que são muit as e,
dificilment e, alguém reuniria est e perfil em t odas as sit uações. Tal const at ação nos leva a uma
conclusão: é impossível ser um líder!
Absolut ament e, ist o não é verdade! Ninguém conseguiria represent ar o papel de super-herói
líder o t empo int eiro. Por isso, preferimos defender a ideia de que o processo de
desenvolviment o dest a compet ência é cont ínuo. Ao gest or, cabe fort alecer as prát icas da
liderança t ransformadora, que são const ruídas dia a dia em const ant e processo de
aperfeiçoament o.
Exist e out ro pont o que t ambém deve ser levant ado. Ainda que você não reúna t odas as
caract eríst icas perfiladas na maior part e da bibliografia que discorre sobre o assunt o, pode muit o
bem reconhecer e aplicar, no dia a dia, prát icas fundament ais para legit imá-lo como um
excelent e líder.
Primeiro, você precisa saber que as prát icas de liderança foram mapeadas a part ir de uma
pesquisa realizada pelos aut ores James Kouzes e Barry Posner, que deu origem ao livro O
desafio da liderança. O objet ivo da pesquisa era avaliar o perfil de liderança das empresas que
t inham excelent e performance. As respost as encont radas foram agrupadas e cat egorizadas em
cinco práticas que formam a liderança transformadora (KOUZES; POSNER, 2018).
A ideia é liberar a ment e para o conflit o const rut ivo, a diversidade de ideias e o debat e ent re
perspect ivas diferent es, abrindo, assim, espaço à inovação e mudando a lógica de como as
at ividades são execut adas, sendo disrupt ivo.
Em uma linguagem coloquial, seria pensar fora da caixa. É preciso aprender com os out ros, com
os próprios erros, est imulando a conexão ent re os conheciment os já exist ent es dent ro e fora da
Organização.
A inovação é favorecida em uma empresa que est imula a descobert a. Exponha-se ao risco, pois
é assim que a economia gira, a inovação acont ece, o emprego é gerado e o frio na barriga t e faz
acordar t odo dia com o objet ivo de se superar e deixar um legado.
Visão significa est ado ment al desejado, algo que se pret ende alcançar no fut uro. Já o verbo
compart ilhar pode ser definido assim: part ilhar com alguém.
Observe como você pode usar est as expressões em seu dia a dia. Dizer eu compartilho meu
quart o significa dizer que part ilha seu quart o com seu irmão, por exemplo.
Port ant o, quando defendemos que líderes devem inspirar uma visão, queremos dizer que devem
apont ar direções, part ilhar est a visão com seu t ime, cont agiando t odos e descrevendo um
fut uro para que t odos possam seguir na mesma Direção. Ist o é o que chamamos de liderança,
consciência visionária e influência social.
Favorecer e criar espaços que est imulem a aprendizagem em qualquer hora e qualquer lugar faz
part e da agenda do líder educador. Afinal, é est a at it ude proat iva de aprendizado permanent e
que t orna as pessoas preparadas para receber poder e, consequent ement e, t omar decisões e
assumir novas responsabilidades.
Lembre-se de que experiência não t em a ver apenas com idade, mas com a int ensidade em que
aprendemos, prat icamos e melhoramos nossos processos.
Não é verdade que det erminados comport ament os são socializados pelos membros que
compõem um t ime? Sim, mas t ambém aprendemos por meio da observação. Por isso, é t ão
import ant e prat icar o que se diz. Afinal, a maneira como você age poderá ser modelo para out ras
pessoas, ent re elas, seus liderados.
Quem aqui já não ouviu aquele célebre dit ado que diz: palavras convencem, mas exemplos
arrast am. Modelar o caminho dos out ros pelo nosso exemplo é exat ament e ist o. Ter um
discurso coerent e e alinhado às ações, o que significa não apenas informar os valores que serão
os direcionadores de comport ament o em uma equipe ou empresa, mas agir de acordo com eles.
A honest idade é um dos principais valores reconhecidos pelos membros de uma equipe e
posicionar-se como exemplo, foment ando, assim, as melhores prát icas de t rabalho, sem dúvida,
fará a diferença em seu comport ament o como líder.
ENCORAJAR A VONTADE
O reconheciment o é uma das necessidades do ser humano. Vários aut ores reconhecem est a
necessidade como fat or essencial para o engajament o das pessoas em seu t rabalho e em seus
est udos sobre mot ivação e liderança. Port ant o, cabe ao líder ser criat ivo para desenvolver
ações aut ênt icas e genuínas, capazes de reconhecer as cont ribuições das pessoas,
est imulando-as a ent regar mais result ados.
TENDÊNCIAS
Chefes dit adores e t radicionais fazem part e de muit as empresas, o que leva muit as pessoas a
despert arem, inclusive, doenças no ambient e de t rabalho. Desafios desest rut urados, falt a de
t ransparência, ausência de incent ivo ao aprendizado e aut onomia em excesso sem a pessoa t er
a qualificação necessária geram ansiedade e est resse.
Na verdade, os gest ores t êm à sua frent e dois grandes desafios: o primeiro deles, sem dúvida, é
a conscient ização sobre a import ância que as pessoas exercem dent ro de um cont ext o
organizacional. O segundo corresponde à adoção de uma perspect iva mais est rat égica quant o
ao seu papel na Organização.
Não há dúvidas de que as Organizações deram um salt o qualit at ivo com a implant ação de
sist emas de qualidade, a racionalização de cust os e a inovação t ecnológica, mas ainda se
percebe uma enorme lacuna ent re a efet ividade operacional e a consolidação das est rat égias
que garant em vant agem compet it iva aos negócios.
Falt a alinhament o e est e gap é decorrent e, muit as vezes, das pessoas, pois, por est arem
desmot ivadas, não adot am os comport ament os considerados est rat égicos. Com a revisão de
prát icas organizacionais, cresce a cert eza de que gerenciar as pessoas adequadament e é uma
at ividade essencial, uma vez que são elas as geradoras de conheciment os e inovações em
processos e serviços que agregam valor aos result ados.
A discussão cont emporânea exige envolver as pessoas para que haja uma ampla e int ensa
cooperação, com ênfase especial para at uação em equipe, na forma de grupos de t rabalho. A
comunicação deve ser envolvent e, mult idirecionada e abrangent e. A t omada de decisão
necessit a ocorrer no nível consensual, int egrado, e, em t ermos operacionais, de forma
descent ralizada. Afinal, a gest ão part icipat iva fort alece a responsabilidade e a lealdade à
Organização. A consequência é a redução dos desperdícios, a elevação do moral e ânimo dos
empregados e o aument o da produt ividade.
Há, ainda, quest ões que não podem mais passar despercebidas, como a falt a de significado no
t rabalho, ausência de propósit o e a consciência social.
Surge, ent ão, no meio corporat ivo, o líder que desenvolve os níveis de confiança essenciais em
seu liderado: a t écnica, a ét ica e o emocional, direcionando-os em t orno de um propósit o.
Se você prest ar at enção e procurar ler sobre o assunt o, descobrirá que a crise de ident idade,
moral e o vazio que assola as pessoas t ambém é uma crise de propósit o, ou melhor, de falt a
dele. Uma das grandes descobertas da vida é encontrar o significado de nosso trabalho e
uma liderança inspiradora que nos guia nest e caminho aument a, consideravelment e, o nosso
compromisso.
O futuro é criado por pessoas entusiasmadas, motivadas, que queiram muito fazer algo
em que acreditam.
ATENÇÃO
SINEK
Simon Oliver Sinek é um famoso palest rant e mot ivacional e aut or de livros sobre o
assunt o.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) Objet ivos genéricos e abrangent es, que dão margem a diferent es int erpret ações e ações, são
fundament ais para aument ar a mot ivação das pessoas.
A) Manut enção das condições e processos vigent es para garant ir a segurança de t odos que
t rabalham na organização.
D) Sist ema cent ralizado do processo decisório na alt a cúpula e compart ilhament o do significado
do t rabalho.
GABARITO
É por meio do diálogo que o líder reconhecerá quais são as principais necessidades da sua
equipe, permit indo, assim, a criação de um sist ema de recompensas t angíveis e int angíveis que
inspirem o indivíduo a realizar o t rabalho da melhor forma possível, maximizando seus result ados.
Cabe à liderança t ransformadora reconhecer a import ância de capacit ar os out ros a agir,
qualificando os membros da equipe para que eles possam t omar decisões desde que dot ados
de conheciment o para t al.
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
Se pararmos para pensar, perceberemos que o Cont role faz part e de nossas vidas desde cedo. O
nosso bolet im escolar é um ót imo exemplo disso. Nele, const ava o result ado do processo de
aprendizagem dos cont eúdos que est udamos. Essas informações eram essenciais para o
professor pensar e programar novas est rat égias de ensino para que pudéssemos aprender mais
e melhor.
Repare que, nest e exemplo, não usamos o Cont role das not as como ferrament a de punição,
represent ada pela reprovação, mas como font e de melhoria, de como podemos aperfeiçoar as
est rat égias de ensino para pot encializar o nosso aprendizado.
Veremos, em nosso últ imo módulo, que nas Organizações não é diferent e. Nossa rot ina de
t rabalho envolve a realização de várias at ividades e, de forma conjunt a, são elas que geram
result ados.
O Cont role é a últ ima função do processo administ rat ivo, mas não a menos import ant e. Afinal,
qualquer ação gerencial precisa alcançar result ados e é exat ament e por meio de uma polít ica de
Cont role efet iva que conseguiremos monit orar os processos para garant ir que sejam realizados
conforme o planejado, além de corrigir os desvios significat ivos encont rados nesse caminho.
Logo, se você est á pensando que a função Cont role t em est reit a ligação com o Planejament o,
est á corret o. Elas est ão, sim, int rinsecament e relacionadas.
No Planejament o, definimos os objet ivos que se pret ende at ingir. Em sequência, a função
Cont role vai, exat ament e, avaliar o alcance desses objet ivos, comparando o desempenho real
com o desejado (ideal), est abelecido durant e o Planejament o. Além disso, fornece informações
import ant es que poderão subsidiar os Planejament os fut uros.
Um Cont role eficaz permit e que t odas as at ividades sejam realizadas de acordo com o que foi
planejado. Vejamos um exemplo.
Imagine que sua melhor amiga convida você para viajar para Paris nest e exat o minut o.
Ela deixa claro que você não precisa se preocupar com absolut ament e nada.
Claro que você diz sim. Afinal, sempre quis conhecer Paris.
Porém, horas depois, já dent ro da aeronave, ant es de decolar, ouve o t recho abaixo da conversa
ent re um passageiro e o pilot o:
Com esse exemplo, você not a como os Cont roles são fundament ais, afinal o pilot o, quando não
ut iliza t odos os Cont roles necessários para desenvolver o seu t rabalho, coloca em risco a vida
das pessoas que viajam nesse avião. Assim t ambém acont ece nas Organizações, sem os
Cont roles, não conseguiremos avaliar a compat ibilidade ent re objet ivos e result ados.
CONTROLES PREVENTIVOS
Ajudam a ant ecipar os problemas. Imagine, agora, que vai ent rar em um avião. Cert ament e, você
gost aria de viajar t ranquilament e e com segurança at é seu dest ino. Não podemos esperar a peça
de um avião apresent ar um problema para t rocá-la, concorda? A área responsável deve realizar o
Cont role prevent ivo das aeronaves para que nada acont eça de errado na sua viagem. Port ant o,
são feit as manut enções prevent ivas. A inspeção de mat érias-primas, a exemplo, t ambém,
represent a o Cont role prevent ivo.
CONTROLES SIMULTÂNEOS
Ajudam a resolver os problemas à medida que ocorrem. Preocupa-se com o processo.
Acont ecem em t empo real.
Um supervisor que est á com os olhos bem abert os acompanhando o t rabalho do seu t ime é um
exemplo de Cont role simult âneo.
CONTROLES POSTERIORES
Preocupa-se com o result ado. Comparam o desempenho real (realizado) com o ideal (planejado)
e nos ajudam a pensar sobre os gaps de desempenho, quando ocorrem.
Imagine que você é um fornecedor de camisas e vendeu 100 unidades para uma det erminada
loja. Ant es de ent regar, é import ant e, porém, realizar a inspeção para verificar se as camisas
produzidas est ão de acordo com as especificações, respeit ando a qualidade que você promet eu
ao seu client e, que, no caso, é a loja, concorda?
E uma empresa sem Cont role? Seria um complet o caos. Não t eríamos informação sobre os
processos execut ados e jamais saberíamos se as met as est ão sendo at ingidas, sem falar nos
inúmeros problemas int ernos que t eríamos para gerenciar, result ado de t odo est e caos.
PROCESSO DE CONTROLE
Vamos assist ir ao vídeo, sobre o processo de Controle em uma organização.
REFERENCIAIS COMPARATIVOS
Muit as Organizações cont rolam, ainda, seus result ados, levando em consideração padrões
comparat ivos int ernos e ext ernos, o que lhes permit irá melhorar ainda mais o seu desempenho.
Um bom exemplo é a análise do valor das vendas de uma loja desde a sua inauguração. Quando
se compara esse desempenho, o gest or pode verificar se as vendas est ão caindo, aument ando
ou mant endo-se est áveis.
Todo e qualquer sist ema de Cont role será usado pelas pessoas. Elas precisam est ar
conscient es não apenas de sua import ância, mas t ambém que um ambient e de Cont role é
const ruído com a part icipação de t odos, incorporando-o como part e da rot ina e t rabalho.
Às pessoas cabe usar as informações decorrent es do processo de Cont role para t omar
decisões, mas é import ant e que est as informações sejam corret as. Procediment os pouco
confiáveis de geração de dados e processament o da informação no sist ema nos levarão a
informações erradas.
EXEMPLO
Imagine que é propriet ário de uma loja de roupas e chegou o moment o de comprar as
mercadorias para renovar o est oque. Porém, o relat ório dos it ens mais vendidos só est ará
disponível daqui a 30 dias. Como fará?
Conseguiu compreender por que é fundament al para a Organização definir a frequência exat a
que o gest or precisará das informações? Só assim elas est arão disponíveis no t empo cert o.
Talvez você já t enha ouvido de um colega est a frase: “Não exist e gest or ruim, o que exist e é
gest or mal informado.” Que t al parar e pensar a respeit o? Gest ores mal informados não
conhecem seu negócio e, exat ament e porque não o conhecem, t omam decisões equivocadas.
O Cont role é usado para verificar se est amos at ingindo os objet ivos. Ele deve ser usado para
medir aquilo que é import ant e, nossos processos crít icos, que levam ao desempenho esperado
pela empresa.
Precisamos defini-lo, priorizando o que é, efet ivament e, essencial para os result ados. Saber o
que devemos cont rolar, escolher de forma corret a os processos que formam a chave para o
bom desempenho faz t oda a diferença.
EXEMPLO
Você é dono de uma pequena livraria, sabe que seus client es sempre compram na loja porque
seus preços são mais baixos do que os da concorrência.
Logo, fica fácil perceber que cont rolar os cust os das operações é essencial, porque é
exat ament e daí que vem sua vant agem em relação aos concorrent es.
Em linhas gerais, as empresas ident ificam suas necessidades de informação em 3 quest ões:
Essas 3 pergunt as são essenciais para que você, como gest or, possa começar a pensar nas suas
necessidades de informação e desenhar seu sist ema de Cont role (FNQ, 2008).
Ant igament e, as Organizações gerenciavam e est abeleciam apenas Cont roles financeiros para
os seus processos. Hoje, sabe-se que o valor de uma Organização é calculado t ambém levando-
se em consideração seus at ivos int angíveis, aqueles que não podemos t ocar, como, por
exemplo, a compet ência e a mot ivação de seus empregados, a capacidade de inovar, a imagem
da empresa perant e seus client es.
Por essa razão, o sist ema de Cont role precisa abranger não apenas aquilo que é t angível, como
os result ados econômico-financeiros, mas t ambém o que é int angível. Ist o t em levado as
Organizações a redefinirem sist emas de Cont role, t ornando-os capazes de avaliar result ados
dent ro de uma perspect iva mais pluralist a, que compreenda a Organização e os diversos
stakeholders que fazem part e de seu universo.
STAKEHOLDERS
Podem ser pessoas, áreas, Organizações, ent idades ou t odos que est ão int eressadas
diret a ou indiret ament e em um projet o.
Como ela desenvolve seus processos int ernos, dando at enção não apenas a cust os,
t empo de ent rega e qualidade, mas respeit ando a Sociedade em que est á inserida.
A FNQ (2008) recomenda, em seus cadernos de excelência, que a Organização t enha um sist ema
de Cont role que possa avaliar o seu desempenho em várias dimensões:
BENEFÍCIOS REAIS
Você já aprendeu que os Cont roles precisam t razer benefícios reais à Organização e seus
membros, ajudando-os no processo de decisão. Porém, faremos aqui uma ressalva: um sist ema
de Cont role deve superar os seus cust os de implant ação.
Sabe aquela empresa que cont rat ou uma pessoa apenas para verificar o consumo de café
porque o dono est ava achando que os funcionários t omavam cafezinho demais? Pois é, será que
o cust o de cont rat ação da pessoa não acabará sendo maior do que o cust o do cafezinho?
Tamanho da Organização.
Empresas pequenas t endem a t er Cont roles mais informais, empresas maiores, no ent ant o, com
est rut uras cada vez mais enxut as, opt am por um sist ema de Cont role por meio de indicadores
de performance, mais complexos e formais.
WILLIAM DEMING
O americano William Edwards Deming (1900 — 1993) é reconhecido t ant o pela ot imização
dos processos produt ivos nos Est ados Unidos, na Segunda Guerra Mundial, quant o por seu
t rabalho no Japão, onde auxiliou alt os execut ivos a melhorar projet os, aument ar a qualidade
de produt os e a realizar t est es e vendas.
TENDÊNCIAS
Diant e de um mundo cada vez mais compet it ivo e globalizado, as Organizações precisam avaliar
o quant o est ão preparadas para enfrent ar os desafios. Uma polít ica de Cont role bem
fundament ada demonst ra seu compromisso com a excelência e a preocupação com seus
públicos de int eresse de forma sist êmica.
É por essa razão que o número de empresas que adot a indicadores de desempenho para avaliar
seus result ados aument a diariament e; afinal, eles garant em objet ividade à polít ica de Cont role,
apresent ando os result ados quant it at ivament e.
Além disso, execut ivos de Organizações de dest aque no cenário brasileiro t êm demonst rado a
necessidade de se t omar decisões com base em fat os e ist o só se t orna realidade quando o
sist ema de medição e análise do desempenho evidenciam result ados reais, paut ados em um
bom sist ema de Cont role por meio de indicadores.
INDICADORES
Para a FNQ (2008), um indicador é uma relação mat emát ica que mede, numericament e,
at ribut os de um processo ou de seus result ados, com o objet ivo de comparar est a medida
a met as numéricas pré-est abelecidas.
Mas é possível avaliar de forma objet iva aspect os int angíveis como conheciment o, mot ivação e
inovação? Sim, é! Difícil? Claro que sim, mas não impossível. Est e é o caminho e o desafio das
Organizações, principalment e as de pequeno e médio port e: ser capaz de mensurar seus at ivos
int angíveis de forma objet iva, usando indicadores de desempenho.
Os gest ores não possuem mais t empo e (disposição!) para ficar cont rolando t udo que acont ece
à sua volt a; é preciso rest ringir o foco para o desempenho que faz a diferença: verificar, de
fato, por meio de indicadores, se as pessoas adotam os comportamentos considerados
estratégicos, alcançam suas metas e obedecem às regras de Compliance.
COMPLIANCE
ATENÇÃO
Nest a mesma linha, lembre-se de que pessoas que desenvolvem suas at ividades e usam
indicadores de desempenho para mensurar sua performance são mais focadas e produzem
melhores result ados. Est a compet ência, inclusive, é um diferencial para os profissionais do
fut uro, porque, acredit e, um result ado objet ivo vale mais do que a opinião de mil especialist as
sobre o seu desempenho dit a de forma subjet iva.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
ESTÃO CORRETOS:
D) Todos os it ens.
GABARITO
1. Um dos principais problemas existentes na fundação em que João Paulo trabalha está
relacionado à falta de Controle dos processos executados. Ele sabe que isto precisa ser
corrigido, logo, deverá:
III- Definir Controles estratégicos que possibilitem avaliar o grau de realização da missão
e da visão organizacional.
Os Cont roles são procediment os est abelecidos pela organização, execut ados diret ament e por
pessoas ou por meio de sist emas informat izados, para garant ir com confiança o at ingiment o dos
objet ivos de um negócio. A função Cont role, no nível est rat égico, ajuda a verificar se at ingimos a
visão de fut uro, o quant o est amos cumprindo a nossa missão e se o direcionament o est rat égico
escolhido nos permit e alcançar os objet ivos da organização.
I- Ser economicamente viável, já que um sistema de Controle precisa gerar benefícios que
compensem os custos envolvidos em seu desenvolvimento e manutenção.
II- Precisão, que diz respeito à confiabilidade e validade das informações geradas, que
subsidiarão a tomada de decisão.
III- Rapidez, pois o sistema de Controle deve proporcionar informações ágeis, que
permitam a implementação de medidas corretivas essenciais para garantir o aprendizado
organizacional.
Estão corretos:
Os referenciais comparat ivos podem ser ext ernos e int ernos. Padrão comparat ivo int erno é o
próprio desempenho hist órico da empresa: é a comparação de seus result ados ao longo dos
anos. Já os referenciais comparat ivos ext ernos servem para a organização conhecer seu grau de
compet it ividade e excelência em relação a empresas do mesmo segment o e/ou mesmo port e.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Est e t ema t eve como objet ivo compreender a import ância da função Planejament o para a
gest ão; ident ificar a função Organização como part e do processo de gest ão; apresent ar o papel
do gest or como líder de uma Organização, além de definir a função de Cont role nas
Organizações cont emporâneas.
No primeiro módulo, discut imos como o Planejament o é fundament al para as Organizações que
at uam em cont ext os dinâmicos e permeados de incert ezas. Aprendemos que o at o de planejar,
como part e int egrant e do processo de gest ão, é a decisão do que se vai fazer hoje para at ingir o
que se deseja no fut uro. Tais decisões são essenciais para que uma Organização cresça de
forma sust ent ável e sobreviva a longo prazo.
O módulo 2 det alhou a função Organização como part e do processo de gest ão, explicando
como o gest or pode dividir, int egrar e coordenar as at ividades e os recursos de que dispõe em
uma est rut ura organizacional que seja capaz de alcançar as met as definidas, garant indo a sinergia
necessária capaz de unir os empregados em t orno de uma mesma ident idade e objet ivo.
Já no módulo 3, discut imos como a Direção é a função do processo gerencial responsável pela
art iculação da ação dos indivíduos dent ro de seus locais de t rabalho por meio da orient ação,
comunicação e liderança dos empregados, alinhando-se os objet ivos individuais aos
organizacionais.
No últ imo módulo, vimos que cont rolar é exercer cont inuament e um acompanhament o dinâmico
das at ividades e processos para assegurar conformidade ent re o que est á sendo feit o com os
planos e objet ivos previament e definidos durant e o Planejament o. Observamos, ainda, que o
processo de Cont role deve foment ar o aprendizado organizacional por meio da melhoria
cont ínua das at ividades.
Foi uma jornada de aprendizado que permit iu compreender como int erpret ar os objet ivos
propost os pela Organização e t raduzi-los em ação por meio do Planejament o, Organização,
Direção e Cont role. Desenvolver est a compet ência preparará você para os desafios que t erá de
lidar ao longo da sua vida profissional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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EXPLORE+
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conhecidas, premiadas por sua excelência em gest ão.
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CONTEUDISTA
Sabrina Machado Pet rola
CURRÍCULO LATTES