Trabalho
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Idéias de Jeca Tatu (1919), Negrinha (1941) e O espanto das gentes (1941), A
Assim, Lobato faz parte desses três autores que para Abramovich (1997) é um autor
bem humorado juntamente com João Carlos Marinho e Sylvia Orthof. Particularmente isso
pode ser comprovado e sentido principalmente quando lemos o texto “As Jabuticabas” em
Reinações de Narizinhos (2007).
Para muitos estudiosos de Monteiro Lobato, A personagem Emília é o instrumento
adequado de Lobato para transmitir seus “recados”, ou seja, considerada o alter-ego
lobatiana, ela é crítica e representa suas maneiras de pensar quase como uma imposição. O
Visconde de Sabugosa personifica os “sábios” que rejeitam as verdades não contidas nos
livros e a dupla Pedrinho e Narizinho espelha a curiosidade infantil que impulsiona o
homem em direção a descobertas e progresso.
A adorável Dona Benta é o símbolo do adulto de mente aberta que aceita a liberdade
imaginativa dos pequenos e os estimula a evoluir. Tia Nastácia, ao contrário, embora
bonachona e alegre, reflete o adulto ignorante, sempre a procurar motivos sobrenaturais em
tudo o que se lhe apresenta diferente do conhecido cotidiano. Segundo Lajolo (1998)
representa os negros, escravos. Apesar do tratamento afetivo destinado a essa personagem
negra, seu espaço se reduz à cozinha, emblema de seu confinamento e de sua
desqualificação social. Com relação à cultura, Tia Anastácia, entre outros personagens
representam uma forma de conhecimento sempre desdenhada pela cultura dominante e por
outros personagens do sítio.
Portanto, essa obra entre outras do genial Monteiro Lobato é um texto rico em
recursos que estimulam o desenvolvimento das capacidades infantis e que seria ousadia
minha querer citá-los todos nesse artigo científico, mesmo assim faço minhas contribuições
através do que pesquisei sobre o assunto.
ANDRÉ, T. C. Literatura infantil: práticas ajudam a despertar o gosto pela leitura. Revista
do professor, Porto Alegre, abril a junho de 2004. Sala de aula, p.18-21.
BENCINI, R. Todas as leituras. Nova escola, São Paulo, agosto de 2006. capa, p.30-37.
BOSI, A. História Concisa da Literatura Brasileira. 32.ed. São Paulo: Editora Cultrix,
1994.
COELHO, N. N. Literatura infantil: teoria, análise, didática. São Paulo: Moderna. 2000.
DARÓS, J. S. Oficina literária: contos infantis podem servir de apoio à produção de textos.
Revista do professor, Porto Alegre, janeiro a março de 2005. Sala de aula, p.24-28.
VIEIRA, T. F. Taubaté de Lobato. Porto Alegre: Editora dos Autores Médicos, 2004.