Ufcd 10650
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ÍNDICE
Modelos curriculares……………………………………………………………………………………………................... 4
Papel do educador……………………………………………………………………………………………………………..20
Papel da criança…………………………………………………………………………………………………………………26
Bibliografia e netgrafia……………………………………………………………………………………………………….30
Objetivos:
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Identificar e distinguir diferentes modelos curriculares e pedagó gicos.
Conteúdos:
Modelos curriculares
Metodologias
Papel do educador
Papel da criança
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Modelos curriculares
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Definição e fundamentos – Referências teóricas e valores
Conteúdo Curricular:
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nunca é deliberadamente vocacional e a verdade pode não ter qualquer utilidade
prática imediata.
Conteúdo Curricular:
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Cabe ao professor planear objetivos de aprendizagem em conjunto com atividades
adequadas aos alunos. Por essa razã o, o Modelo baseado em Objetivos é, muitas vezes,
associado a uma perspetiva técnica e instrumental da aprendizagem.
Conteúdo Curricular:
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Baseado em Objetivos Comportamentais) de modo a serem capazes de explorar
questõ es/problemas levantados pelos objetivos expressivos.
Conteúdo Curricular:
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Paradigmas e principais teorizadores
Sendo o currículo um conceito polissémico que envolve variadíssimas dimensõ es, que
vã o desde o currículo oficial ao currículo real, que vã o desde o currículo como plano
(curriculum-as-plan) ao currículo como experiência vivida (curriculum-as-lived-
experience) (Aoki, 1986), ou entã o, currículo-como-vida (Sousa, 2012), passando por
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outras definiçõ es que abarcam os conceitos de currículo formal, currículo informal,
currículo expresso, currículo oculto (Kelly, 1981), currículo ideológico, currículo
percebido, currículo operacional e currículo experiencial (Goodlad, 1979), currículo
intencional (onde cabem o currículo escrito, ensinado e testado) e currículo aprendido
(Glatthorn, 2012), interessa-nos, extrair o que têm todas estas dimensõ es em comum, ou
seja, a sua ligação com a escola: tudo aquilo que se aprende na escola (ou fora dela, mas
por responsabilidade da escola).
Teriam sido os conteú dos mal selecionados, porque desfasados da realidade cultural
dos aprendentes?
Teria sido a avaliaçã o dissonante relativamente à prá tica metodoló gica adotada, ao
longo das aulas?
Segundo Guba & Lincoln (1981), a avaliaçã o de um currículo deve contemplar dois
aspetos: o seu mérito e a sua utilidade. O mérito tem a ver com o valor intrínseco do
currículo, independentemente de qualquer aplicaçã o ou contexto, refletindo uma teoria
só lida, baseada em investigaçã o; a utilidade, pelo contrá rio, é o valor que esse currículo tem
relativamente a um contexto em particular ou a uma determinada aplicaçã o. Ora, como é
que estes dois elementos podem ser valorados?
Neste momento, temos de fazer uma pausa para reflectir sobre o seguinte: o significado de
mérito e de utilidade pode variar enormemente, de investigador para investigador, pois
importa saber em que paradigma científico ele se situa, o que, no campo das ciências
humanas e sociais, como é o nosso, envolve uma determinada visão do mundo, do
homem e da sociedade. Como diz Kuhn, “paradigms provide scientists not only with a map
but also with some of the directions essential for map-making”
(Kuhn, 1970, p. 109), para mais adiante esclarecer que o termo “paradigma” é usado em
dois diferentes sentidos:
“On the one hand, it stands for the entire constellation of beliefs, values, techniques, and so on
shared by the members of a given community. On the other, it denotes one sort of element in
that constellation, the concrete puzzle-solutions which, employed as models or examples, can
replace explicit rules as a basis for the solution of the remaining puzzles of normal science”.
(KUHN, 1970, p. 175).
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O currículo é determinado pelo contexto, e nele adquire diferentes sentidos conforme os
diversos protagonistas. Desse modo, pode-se dizer que o currículo é muito importante no
processo de ensino pois é a partir dele que sã o definidos os limites a serem atingidos. O
currículo constituiu assim um dos fatores que maior influência possui na qualidade do
ensino.
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desajustado da situaçã o real do presente, e merecem reflexã o e algum aprofundamento
conceptual.
Assim, torna-se claro que os programas nacionais que todos conhecemos, aprendemos
e ensiná mos, enquadrados no funcionamento uniforme da escola e do sistema que é o
nosso, constituem currículo e corporizam uma determinada forma de o gerir, adequada à s
finalidades de um longo período da história da escolas e dos sistemas.
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Esse currículo, concebido como um conjunto de programas nacionais universais –
largamente dominante ainda no contexto do sistema português e nã o só – começa, contudo,
claramente, a nã o dar resposta à s necessidades sociais atuais e sobretudo futuras.
Por isso estamos a viver a tão falada mudança. Falar de mudança é intemporal, pois
tudo o que é vivo muda, as sociedades e as escolas como tudo o resto. O que importa é
saber que mudança estamos a atravessar e nã o falar da mudança como se viéssemos de um
mundo relativamente parado que se pô s subitamente a mudar…
Também a noção de gestão curricular, na mesma ló gica, nada tem de novo. Novo será
talvez só o uso – e até abuso – linguístico que dela se faz hoje no discurso educativo.
Sempre se geriu o currículo e sempre terá de se gerir, isto é, decidir o que ensinar e
porquê, como, quando, com que prioridades, com que meios, com que organizaçã o, com
que resultados… Mas a maioria dessas decisõ es passavam-se distantes da escola e dos
professores, a nível central, quase limitando a gestã o curricular – as decisõ es – dos
professores, no plano coletivo, à distribuiçã o dos conteú dos pelos trimestres e à atribuiçã o
das classificaçõ es, e, no plano individual, à planificação das suas aulas quotidianas.
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maior responsabilidade aos gestores locais do currículo – as escolas e os professores
concretos, trabalhando profissionalmente para uma determinada comunidade com os
seus alunos específicos.
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As relações e as interações que a criança estabelece com adultos e com outras
crianças, assim como as experiências que lhe sã o proporcionadas pelos contextos sociais e
físicos em que vive constituem oportunidades de aprendizagem, que vã o contribuir
para o seu desenvolvimento. Deste modo, a aprendizagem influencia e é influenciada pelo
processo de desenvolvimento físico e psicoló gico da criança, sobretudo numa fase da vida
em que essa evoluçã o é muito rá pida. Por isso, em educaçã o de infâ ncia, nã o se pode
dissociar desenvolvimento e aprendizagem.
Embora muitas das aprendizagens das crianças aconteçam de forma espontâ nea, nos
diversos ambientes sociais em que vivem, num contexto de educaçã o de infâ ncia existe
uma intencionalidade educativa, que se concretiza através da disponibilizaçã o de um
ambiente culturalmente rico e estimulante, bem como do desenvolvimento de um
processo pedagógico coerente e consistente, em que as diferentes experiências e
oportunidades de aprendizagem têm sentido e ligação entre si. Neste processo, o
desenvolvimento de relaçõ es afetivas está veis, em que a criança é acolhida e respeitada,
promove um sentimento de bem-estar e a vontade de interagir com os outros e com o
mundo.
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Reconhecimento da criança ou do jovem como sujeito e agente do processo
educativo
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O reconhecimento da capacidade da criança para construir o seu desenvolvimento e
aprendizagem supõ e encará -la como sujeito e agente do processo educativo, o que
significa partir das suas experiências e valorizar os seus saberes e competências ú nicas, de
modo a que possa desenvolver todas as suas potencialidades.
Esse papel ativo da criança decorre também dos direitos de cidadania, que lhe sã o
reconhecidos pela Convenção dos Direitos da Criança (1989), a saber:
Garantir à criança o exercício destes direitos tem como consequência considerá -la o
principal agente da sua aprendizagem, dando-lhe oportunidade de ser escutada e de
participar nas decisõ es relativas ao processo educativo, demonstrando confiança na sua
capacidade para orientar a sua aprendizagem e contribuir para a aprendizagem dos
outros.
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Áreas de conteúdo a abordar - Metodologias
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O tratamento das diferentes áreas de conteúdo baseia-se nos fundamentos e
princípios comuns a toda a pedagogia para a educação de infância, pressupondo o
desenvolvimento e a aprendizagem como vertentes indissociá veis do processo educativo e
uma construçã o articulada do saber em que as diferentes áreas serão abordadas de
forma integrada e globalizante.
apoiar cada criança para que atinja níveis a que não chegaria por si só,
facilitando uma aprendizagem cooperada, que dê oportunidade à s crianças de colaborarem
no processo de aprendizagem umas das outras;
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diferenciar o processo de aprendizagem, propondo situaçõ es que sejam
suficientemente interessantes e desafiadoras para a criança, mas de cuja exigência nã o
resulte desencorajamento e diminuiçã o da autoestima.
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Construção e gestão do currículo
Papel do educador
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A relação que o/a educador/a estabelece com as crianças assume diversas formas,
que têm de ser intencionalmente pensadas e adaptadas à s situaçõ es. Estar atento/a e
escutar as crianças, ao longo dos vá rios momentos do dia, permite ao/à educador/a
perceber os seus interesses e ter em conta as suas propostas para negociar com elas o que
será possível fazer, ou para se decidir em conjunto o que é de continuar ou o que está
terminado, para se passar a uma nova proposta. Neste processo relacional, o/a
educador/a:
modera debates e negociaçõ es; propõ e ainda ideias que levem as crianças a terem
vontade de melhorar o seu trabalho.
Neste sentido, o/a educador/a deve apoiar a compreensã o que as crianças têm, desde
muito cedo, dos sentimentos, intençõ es e emoçõ es dos outros, facilitando o
desenvolvimento da compreensã o do que os outros pensam, sentem e desejam. Cabe
também ao/à educador/a, em situaçõ es de conflito, apoiar a explicitaçã o e aceitaçã o dos
diferentes pontos de vista, favorecendo a negociaçã o e a resolução conjunta do
problema.
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As razões das normas que decorrem da vida em grupo (por exemplo, esperar pela sua
vez, arrumar o que desarrumou, etc.) terão de ser explicitadas e compreendidas pelas
crianças, como o respeito pelos direitos de cada uma, indispensá veis à vida em comum.
Estas normas e outras regras adquirem maior força e sentido se todo o grupo participar na
sua elaboraçã o, bem como na distribuiçã o de tarefas necessá rias à vida coletiva (por
exemplo, regar as plantas, tratar de animais, encarregar-se de pô r a mesa, distribuir
refeiçõ es, etc.).
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Para compreender a complexidade do meio, importa considerá -lo como constituído por
diferentes sistemas que desempenham funçõ es específicas e que, estando em interconexã o,
se apresentam como dinâ micos e em evoluçã o. Assim, o indivíduo em desenvolvimento
interage com diferentes sistemas que estão eles próprios em evolução.
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A abordagem sistémica e ecológica constitui, assim, uma perspetiva de compreensã o da
realidade que permite adequar, de forma dinâ mica, o contexto do estabelecimento
educativo à s características e necessidades das crianças e adultos, tornando-se, ainda, um
instrumento de aná lise para que o/a educador/a possa adaptar a sua intervenção às
crianças e ao meio social em que trabalha, pois possibilita:
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permitir a utilização e gestão integrada dos recursos do estabelecimento
educativo e de recursos que, existindo no meio social envolvente, podem ser dinamizados;
Organizaçã o do grupo
Organizaçã o do espaço
Organizaçã o do tempo
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Cada estabelecimento educativo tem as suas características pró prias e uma
especificidade que decorre da rede em que está incluído (pú blica, privada solidá ria ou
privada cooperativa), da dimensã o e dos recursos materiais e humanos de que dispõ e,
diferenciando-se ainda pelos níveis educativos que engloba. Muitos estabelecimentos
educativos, para além da educaçã o pré-escolar, incluem outros níveis educativos como a
creche ou os ensinos bá sico e secundá rio. Esta inserçã o num contexto organizacional mais
vasto permite tirar proveito de recursos humanos e materiais, facilitando ainda a
continuidade educativa.
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comuns (entrada, corredores, refeitó rio, biblioteca, giná sio, etc.) deverá ser planeada em
conjunto pela equipa educativa.
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Papel da criança
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Dada a importância das primeiras aprendizagens, é atribuído à educaçã o de infâ ncia
um papel relevante na promoçã o de uma maior igualdade de oportunidades relativamente
à s condiçõ es de vida e aprendizagens futuras, sobretudo para as crianças cuja cultura
familiar está mais distante da cultura escolar. Porém, os resultados da investigaçã o
indicam que essa contribuiçã o depende muito da qualidade do ambiente educativo e do
modo como este reconhece e valoriza as características individuais de cada criança,
respeita e dá resposta às suas diferenças, de modo a que todas se sintam incluídas no
grupo.
A inclusão de todas as crianças implica a adoçã o de prá ticas pedagó gicas diferenciadas,
que respondam à s características individuais de cada uma e atendam à s suas diferenças,
apoiando as suas aprendizagens e progressos. A interaçã o e a cooperaçã o entre crianças
permitem que estas aprendam, nã o só com o/a educador/a, mas também umas com as
outras. Esta perspetiva supõ e que o planeamento realizado seja adaptado e diferenciado,
em funçã o do grupo e de acordo com características individuais, de modo a
proporcionar a todas e a cada uma das crianças condiçõ es estimulantes para o seu
desenvolvimento e aprendizagem, promovendo em todas um sentido de segurança e
autoestima.
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Para a construção de um ambiente inclusivo e valorizador da diversidade, é também
fundamental que o estabelecimento educativo adote uma perspetiva inclusiva, garantindo
que: todos (crianças, pais/famílias e profissionais) se sintam acolhidos e respeitados; haja
um trabalho colaborativo entre profissionais; pais/famílias sejam considerados como
parceiros; exista uma ligação próxima com a comunidade e uma rentabilização dos
seus recursos. Uma permanente intençã o de melhoria dos ambientes inclusivos deve
considerar o planeamento e avaliaçã o destes aspetos, com o contributo de todos os
intervenientes.
BIBLIOGRAFIA
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GRIFFA, M. C.; MORENO, J. E. Chaves para a psicologia do desenvolvimento, tomo 1:
vida pré-natal, etapas da infâ ncia. Sã o Paulo: Paulinas, 2001.
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