Produção Pellets
Produção Pellets
Produção Pellets
2019
DOI: https://doi.org/10.5902/1980509820606
ISSN 1980-5098
Artigo de Revisão Submissão: 03/12/2015 Aprovação: 07/11/2017 Publicação: 30/09/2019
Resumo
A evolução da política energética dos países desenvolvidos, associada à procura por fontes renováveis
como a biomassa florestal, impulsionou, desde o início dos anos 2000, o crescimento da produção de
pellets de madeira no mundo. O mercado de pellets tornou-se exigente em qualidade e deve lidar com a
concorrência de outras fontes de energia, requerendo dos produtores um controle rigoroso de custo bem
como um bom domínio técnico da produção. Dessa forma, realizou-se uma revisão bibliográfica sobre os
aspectos técnicos da produção de pellets e as possibilidades e as exigências do mercado para que o Brasil
possa aproveitar as oportunidades e valorizar o seu potencial florestal.
Palavras-chave: Mercado de biomassa; Biocombustíveis; Torrefação
Abstract
The evolution of the energy policy of developed countries, coupled with the demand for renewable sources
such as forest biomass, has boosted the growth of wood pellets throughout the world since the early
2000s. The pellet market has become a demanding quality brand and must deal with competition from
other energy sources, requiring producers to a strict control of costs as well as good technical expertise
of production. Thus, a literature review was carried out on the technical aspects of pellet production and
the possibilities and requirements of the market so that Brazil could seize opportunities and enhance its
forest potential.
Keywords: Biomass market; Biofuels; Torrefaction
Introdução
A produção mundial de pellets de madeira tem aumentado nos últimos anos, passando de
quantidades insignificantes, no início dos anos 2000, para mais de 28 milhões de toneladas, em
2015 (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA,
2017). De um mercado limitado e regional, na Escandinávia e na Áustria, de produtores locais
que supriam as necessidades de consumidores em escala individual, o status deste biocombustível
sólido mudou e se tornou “commodity”, negociada nos mercados internacionais para abastecer
usinas termoelétricas das maiores empresas de fornecimento de energia elétrica da Europa
(HEINIMO; JUNGINGER, 2009; LAMERS et al., 2012a). Um estudo de prospectiva realizado por
Pöyry, (2010) projetou o consumo mundial de pellets, em 2020, de 46 milhões de toneladas por um
valor de 8 bilhões de dólares (valores 2010). Em outros estudos, Wihersaari, Agar e Kallio (2009),
_______________________
I
Engenheiro Florestal, Dr., Rua N37, Qd40, Lt20, Anápolis City 2ª etapa, CEP 75094-420, Anápolis (GO), Brasil. [email protected]
(ORCID: 0000-0002-4914-0077)
II
Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília, CEP 70919-970,
Brasília (DF), Brasil. [email protected] (ORCID: 0000-0002-6869-2715)
III
Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília, CEP 70919-970,
Brasília (DF), Brasil. [email protected] (ORCID: 0000-0002-8750-9613)
IV
Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Engenharia Florestal, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Brasília, CEP 70919-970,
Brasília (DF), Brasil. [email protected] (ORCID: 0000-0001-5579-2381)
V
Engenheira Florestal, Dra., Professora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, CEP 70919-970, Brasília (DF),
Brasil. [email protected] (ORCID: 0000-0002-2867-0941)
Esta obra está licenciada sob uma Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 Unported License.
Quéno, L. R. M.; Souza, A. N.; Costa, A. F.; Vale, A. T.; Joaquim, M. S. 1479
Obernberger e Thek (2010) projetaram que, com um crescimento anual de 10% da demanda mundial
de pellets, entre 10% e 12% de toda a madeira industrial colhida no mundo será transformada em
pellets até o ano de 2025.
O aumento significativo da demanda por pellets não seria possível se o biocombustível não
fosse competitivo em relação às outras formas de energia disponíveis no mercado. Por exemplo,
foi estimada a economia realizada na calefação de uma casa no Canadá, se fossem utilizados
pellets de madeira em vez das energias tradicionais. Para o óleo de petróleo, a economia seria de
55%; para o gás propano, de 46% e para a energia elétrica, 23% (RESOMASS, 2013).
Além disso, a evolução do preço dos pellets demonstra uma grande estabilidade ao longo
desses últimos anos. A taxa de crescimento anual médio do preço dos pellets foi estimada, entre
2010 e 2015, em 3,7%, na França e em 2,6%, na Bélgica, enquanto, para o gás, foi de 5%, para o gás
propano líquido 4,6% e para o óleo combustível, 6,9% (PINEL, 2013; ASSOCIATION POUR LES
ENERGIES RENOUVELABLES, 2015).
A baixa volatilidade dos preços dos pellets e da biomassa de origem florestal em geral,
comparada à das energias fosseis, foi alvo de estudos. Kranzl et al. (2009) demonstraram que os
preços das commodities de bioenergia são menos voláteis do que os dos combustíveis fósseis e
contribuem, assim, para uma maior segurança no custo da energia em longo prazo, por um país
utilizando uma matriz energética diversificada.
O aperfeiçoamento tecnológico
As garantias de qualidade
As exigências socioambientais
Evoluções do mercado
torrefação permitiria produzir um pellet industrial diferenciado, com maior valor agregado e
mais competitivo no mercado internacional dos biocombustíveis sólidos (WILD et al., 2016).
Garcia (2010) analisou os pellets fabricados por quatro indústrias e demonstrou que os
padrões não foram atingidos, especialmente no poder calorífico e na durabilidade mecânica. Mas,
Quéno (2015), levantando a situação de nove empresas produtoras de pellets à base de maravalha
de pinus nos três estados do sul do Brasil, encontrou oito delas com controle de qualidade interno
estabelecido, três com o selo de qualidade ENplus e duas em fase de certificação. Isso mostra o
“upgrade”, em pouco tempo, na qualidade das produtoras brasileiras, no desejo de atender ao
mercado externo promissor.
Uma iniciativa privada, com o apoio de dois laboratórios universitários, em Lages, no
Brasil e em Ancona, na Itália, está trabalhando para a introdução de um selo de qualidade BRplus,
para a padronização da produção e da comercialização de pellets (QUÉNO, 2015). A exemplo da
Nova Zelândia (HENNESSY, 2010), o Brasil poderia se apoiar no trabalho importante realizado
pelo Comitê Europeu de Normatização (CEN), que fez um extenso trabalho de especificações
técnicas na última década. Como a Europa é o maior mercado consumidor e importador de pellets
do mundo, é natural a tendência de que as suas normas vigentes se tornem padrões a serem
exigidos para os outros países exportadores interessados em vender suas produções.
Nas estatísticas da FAO, o Brasil aparece na 35a colocação do ranking dos países produtores
de pellets, mas, por outro lado, é um dos maiores produtores mundiais de madeira serrada. Segundo
Quéno (2015), a produção brasileira de pellets é essencialmente baseada na transformação da
maravalha de madeira de pinus, resultando, potencialmente, em um pellet de boa qualidade, que
pode facilmente obter a certificação europeia Premium ENplus. Segundo Garcia et al. (2016), são
13 fábricas em produção no Brasil, essencialmente no sul do país.
A produção brasileira de pellets cresceu rapidamente esses últimos anos, passando de
57.000 toneladas em 2012, para 470.000 toneladas em 2017 (FAO, 2019). Segundo a FAO, o Brasil
exportou 108.376 toneladas de pellets em 2017, ou seja, 23% de sua produção. O maior mercado
para o Brasil é a Itália, para onde foram realizadas a quase totalidade de suas exportações em
2016, segundo dados fornecidos pelo Serviço Nacional de Informações Florestais (SERVIÇO
NACIONAL DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS, 2019).
A transformação em pellet dos resíduos de madeiras coníferas é mais fácil e acessível,
tecnologicamente. No Brasil, são 1,6 milhão de hectares plantados de pinus. As indústrias
madeireiras que não são do ramo da produção de celulose e papel e de painéis reconstituídos
consomem, anualmente, aproximadamente 27,5 milhões de m³ de madeira de pinus em
tora (ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS, 2013; SERVIÇO
NACIONAL DE INFORMAÇÕES FLORESTAIS, 2015), o que poderia representar 1,6 milhão de
toneladas de pellets de qualidade Premium ENplus, produzidos somente a partir dos resíduos
(QUÉNO, 2015).
O Brasil apresenta grande potencial parcialmente aproveitado na produção de pellets a
partir de resíduos das indústrias madeiras à base de pinus. Além disso, o país pode desenvolver
uma produção em grande escala, baseada em plantações de eucalipto dedicadas, como foi
realizado com sucesso, tanto para a produção de celulose quanto para a de carvão vegetal. Para
alcançar esse objetivo, um esforço específico de pesquisa deve ser realizado.
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