Documento Sem Nome-6
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Documento Sem Nome-6
Eu sou o Davi tenho 14 anos , moro em cajueiro Al, sou apaixonado pela
Astronomia,Matemática,Física "Sinceramente Astrologia é uma besteira". Nesse livro eu vou falar e
ensinar um pouco de astronomia, um pouco de física e matemática, falarei do universo e um pouco
do multiverso , buracos negros, galáxias,estrelas, sistemas solares, a gravidade, o big bang e um
pouco mais
Parte 1 (Física)
Física é uma ciência voltada ao estudo dos fenômenos naturais, baseando-se em teorias e por meio
da observação e experimentação. A palavra Física tem origem grega (“physis”) e significa natureza. A
disciplina estuda, portanto, a natureza, as propriedades da matéria e as forças naturais.
A Física estuda os fenômenos naturais relacionados com a mecânica, termologia, acústica, óptica,
eletricidade e física moderna. Física é a ciência que estuda a natureza. É a responsável por nos levar
ao estudo dos fenômenos naturais.
Na física clássica se estuda em diversas áreas, particularmente eu quero ser um físico teórico.
Mecânica clássica:
Termodinâmica:
Mecânica quântica:
A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos cujas
dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons,
prótons e de outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever fenômenos
macroscópicos em diversos casos.
Áreas de atuação
Econofísica. A física tem uma inserção enorme, inclusive no mercado financeiro. ...
Física biológica:
A física biológica constitui o campo do conhecimento no qual se estudam os processos físicos que
governam os sistemas vivos.
Física biomolecular. …
A física da matéria condensada é o campo da física que trata das propriedades físicas da matéria.
Em particular, é a que se ocupa com a fase "condensada" que aparece sempre que o número de
constituintes de um sistema é extremamente grande e as interações entre os constituintes são fortes.
Física de materiais:
Envolve o estudo da matéria, suas interações e dinâmicas no espaço-tempo. ... O bacharel em Física
de Materiais é o profissional responsável pela pesquisa básica …
Os recursos hídricos são qualquer água superficial ou subterrânea que pode ser obtida e disponível
para o uso humano, como os rios, lagos, arroios, lençóis freáticos etc. Apresenta uma fonte
alternativa de energia, obtida através das usinas hidrelétricas, a mais importante e mais utilizada
fonte de energia do Brasil.
Eu sempre fico muito impressionado com o avanço da física da astronomia... sempre fico
maravilhado ao olhar para as estrelas.
Agora eu vou falar um pouco do pai da física Isaac Newton (1643-1727) Isaac Newton PRS foi um
matemático, físico, astrônomo, teólogo e autor inglês que é amplamente reconhecido como um dos
cientistas mais influentes de todos os tempos e como uma figura-chave na Revolução
Científica,famoso por sua "Lei da gravitação universal", enunciou ainda as Leis do Movimento.
Descreveu os fenômenos ópticos: cor dos corpos, natureza da luz, decomposição da luz.
Desenvolveu o cálculo diferencial e integral, importante ferramenta matemática utilizada em
diversa áreas do saber.Levando em consideração os estudos de Galileo e Kepler, como também os
seus estudos sobre o assunto, foi que Newton formulou o seguinte princípio: " A velocidade da
queda de um corpo é proporcional à força da gravidade e inversamente proporcional ao quadrado
da distância até o centro da Terra ".Newton construiu o primeiro telescópio refletor prático e
desenvolveu uma teoria sofisticada da cor com base na observação de que um prisma separa a luz
branca. Gosto do Newton mas meus físicos preferidos são Albert Einstein e Stephen Hawking, mas
na frente eu falarei um pouco deles, mas agora vamos para a astronomia.
Parte 2 (Astronomia)
Essa é a minha área preferida sem dúvidas e uma das coisas que mais gosto de fazer, estudar as
estrelas, planetas, galáxias, buracos negro,quasares e um pouco mais.
Astronomia é uma ciência multidisciplinar que estuda uma grande variedade de corpos celestes e
fenômenos que acontecem fora da Terra. Ela estuda a Lua, o Sol, os planetas do Sistema Solar,
cometas, galáxias, nebulosas, entre outros, em busca de entender um pouco melhor o Universo em
que vivemos.O astrônomo desenvolve e testa teorias, confrontando-as com a observação dos
fenômenos. Em cosmologia, ele investiga a evolução do Universo. Pode, ainda, analisar a
composição química e as características físicas dos astros.A Astronomia nos auxilia na compreensão
de fenômenos naturais, como a duração dos dias, semanas, meses e anos, conhecendo mais sobre
essa ciência, é possível agir e pensar sobre as possíveis influências que ela exerce sobre nossa vida,
pois é possível usar os astros para além da compreensão, ou seja, seu conhecimento ...Na
Mesopotâmia (região situada entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio, onde hoje se localiza
o Iraque) surgiram e se desenvolveram vários povos a partir de mais ou menos 3.500 a.C. Os
sumérios foram os primeiros habitantes da região, e os primeiros a cultivar a astronomia.Dentre os
antigos instrumentos de astronomia, podemos citar o gnômon, o sextante, o astrolábio, o
quadrante mural etc. O gnômon deve ter sido o mais antigo instrumento astronômico construído
pelo homem. Em sua forma mais simples, consistia apenas de uma vara fincada, geralmente na
vertical, no chão.A astronomia nos permite responder a grandes questões: onde estamos, de onde
viemos e para onde vamos. E o saciar da curiosidade inerente à espécie humana de entender o
Universo produz também conhecimento básico para a descoberta de tecnologias e serviços
essenciais em nosso dia a dia.Na antiguidade, por mais que as observações fossem feitas a olho nu, o
estudo dos astros possibilitou que os grupos humanos aprimoram suas atividades, criando
calendários e mapas e prevendo fenômenos. Os fenícios, por exemplo, estudavam o céu para que
pudessem se deslocar e desenvolver suas navegações.
Nicolau Copérnico
O primeiro modelo matemático capaz de predizer as órbitas planetárias com precisão, porém com
grande complexidade, foi atribuído ao astrônomo francês Nicolau Copérnico (1473-1543).
Um planeta é um corpo celeste que orbita uma estrela ou um remanescente de estrela, com massa
suficiente para se tornar esférico pela sua própria gravidade, mas não ao ponto de causar fusão
termonuclear, e que tenha limpado de planetesimais a sua região vizinha.
O raio equatorial da Terra é de 6378 km, enquanto o de Vênus, 6051 km. O raio de Marte é de
3397 km. Mercúrio tem 2439 quilômetros de raio, já Júpiter é o maior planeta do sistema solar tem
71492 quilômetros de raio, 11 vezes maior que o raio do nosso planeta.
Planeta Urano
O planeta Urano foi identificado em 1781, pelo pesquisador alemão William Herschel
(1738-1822). ...
Assim como os demais planetas gasosos, Urano é conhecido por seus anéis, que circundam sua
superfície, tendo um total de 13 anéis.
Será que só sou eu? ou mas alguém já se perguntou quantos planetas estão fora do sistema solar,
por exemplo a Via Láctea.
Uma pesquisa feita por astrônomos do Instituto de Astrofísica de Paris mostra que, em média, cada
estrela da Via Láctea é orbitada por 1,6 planetas. Em outras palavras – existem cerca de 160 bilhões
de planetas alienígenas (que ficam fora do Sistema Solar) em nossa galáxia.
Já quantos planetas existem no universo?Não se sabe ao certo nem se estima-se quantos existem.
Os cientistas mais sérios não se atrevem a estipular um número total de planetas no Universo. Isso
acontece porque planetas não são facilmente observáveis…
Agora vamos falar um pouco de galáxias, gosto bastante de galáxias são uma das minhas coisas
preferidas no universo.
Na cosmologia, uma galáxia é um grande sistema, gravitacionalmente ligado, que consiste de
estrelas, remanescentes de estrelas, um meio interestelar de gás e poeira, é um, importante mas
insuficientemente conhecido, componente apelidado de matéria escura.
Existem provavelmente cerca de 2 trilhões de galáxias no universo observável, contendo mais
estrelas do que grãos de areia no planeta Terra. Em sua maioria elas possuem de 1 000 a 100 000
parsecs de diâmetro e são separadas por distâncias da ordem de milhões de parsecs.
A maioria das galáxias surgiu um pouco depois da formação do universo. Os cientistas acreditam
que elas tenham, em média, entre 10 e 13,6 bilhões de anos! A galáxia mais nova de que se tem
notícia nasceu há cerca de 500 milhões de anos. As estrelas são um dos corpos celestes que
compõem as galáxias.Observações desde 2001 em raio-X confirmam que o núcleo da Galáxia é um
lugar violento, com flares diários, onde além do buraco negro central supermassivo, existe grande
quantidade de gás ionizado, e centenas de anãs brancas, estrelas de nêutrons e buracos negros.Eu
nunca iria lá.
Segundo suas formas, as galáxias podem ser divididas em 3 classes: Galáxias elípticas (Classe E)
Galáxias espirais (Classe S) Galáxias Irregulares (Classe I)
As galáxias estão em movimento, e algumas caminham em direção a outras, o que provavelmente
levará a uma colisão. Isso deve ocorrer entre a Via Láctea e a Galáxia de Andrômeda daqui a 5
bilhões de anos! "Se alguém estiver lendo isso daqui a 5 bilhões de anos saibam que vocês têm 99%
de chance de sobreviver"
A nossa galáxia foi batizada de Via Láctea por causa do seu aspecto esbranquiçado. Os gregos
antigos a chamavam assim porque viam um “caminho de leite” ao observar o céu. Essa aparência
leitosa fica mais visível a olho nu em noites de inverno e em locais com pouca poluição luminosa.
O centro da Via Láctea está na direção da constelação de Sagitário, onde há várias nebulosas e
aglomerados de estrelas. Essa é a parte mais brilhante da galáxia.
Uma das principais hipóteses é a de que a Via Láctea nasceu logo após o Big Bang, a partir de uma
nuvem composta por hidrogênio, hélio e poeira cósmica. Com o passar do tempo, essa nuvem teria
se dividido em várias outras nuvens, que se desenvolveram independentemente, dando origem às
galáxias.O universo se formou há aproximadamente 13,8 bilhões de anos. Os astrônomos calculam
que nossa galáxia nasceu um pouco depois e que deve estar na idade de 13,6 bilhões de anos.Quem
olha para o céu de um local bem escuro consegue ver uma faixa de estrelas coberta por poeira e gás.
Essa visão é uma parte da Via Láctea!Se tentássemos atravessar a Via Láctea na velocidade da luz,
levaríamos 100 mil anos para completar o trajeto.
Curtiu? Aposto que agora, que você vai cantar o Lindo Balão Azul com mais alegria. Afinal, quem
não quer “pegar carona nessa cauda de cometa” e “ver a Via Láctea, uma estrada tão bonita”?
Acabamos com as galáxias, mesmo que ainda tenha muita coisa para aprender sobre elas,agora
vamos para as estrelas.
Estrelas são grandes esferas de plasma, mantidas por sua própria gravidade. As estrelas emitem luz,
calor e outros tipos de radiação em razão dos processos de fusão nuclear que ocorrem em seu
interior, liberando grandes quantidades de energia.No caso de estrelas, "frio" significa temperaturas
da ordem de 2000 ou 3000K, umas 15 vezes mais quente do que nosso forno de casa. Estrelas azuis
têm temperaturas de 20000K ou mais. O Sol é uma estrela amarela, de temperatura intermediária,
próxima a 6000K.
As estrelas formam-se pela condensação de gases que se aglutinam pela atração gravitacional. As
grandes nebulosas, por exemplo, são “berçários” de estrelas, uma vez que, em seu interior, grandes
nuvens moleculares dão origem a novas estrelas. Quando os gases responsáveis pela formação estelar
aproximam-se, a velocidade deles aumenta, impulsionada pela gravidade local, bem como sua
densidade e temperatura.
Durante um período, que pode levar até 10 milhões de anos, essas protoestrelas (estrelas em estágio
inicial de formação) são compactadas por suas próprias gravidades até que a pressão e temperatura
em seu núcleo sejam suficientes para que os átomos de hidrogênio fundam-se, produzindo núcleos
de hélio. As estrelas que extraem a sua energia da fusão dos átomos de hidrogênio são chamadas de
estrelas de sequência principal, esse tipo de estrela corresponde a cerca de 90% de todas as estrelas do
Universo.A partir do momento em que as estrelas tornam-se capazes de realizar fusões
termonucleares, o seu combustível é consumido, até que a estrela evolua para o seu estágio final de
vida. As possibilidades são muitas: de acordo com a massa da estrela e o seu raio, é possível estimar
como será o seu futuro. Essas grandezas estelares, como a massa e o raio das estrelas, são comumente
medidas em função da massa solar (M) e raio solar (R).Legal né?
A maior parte das estrelas, cujas massas são de 0,5M (metade da massa do Sol) até 2,5M, são
compostas de hélio e hidrogênio, os elementos mais abundantes do Universo. Isso acontece, porque
essas estrelas não têm gravidade nem temperaturas suficientemente altas para fundir elementos mais
pesados.
Quando as estrelas são muito massivas: entre 5M e 10M - como as supergigantes, no seu interior são
formados elementos mais pesados que o hélio. O estágio final de vida dessas estrelas é uma
supernova, uma grande explosão que lança toda a sua matéria e energia pelo espaço, dando origem a
outras estrelas e planetas.
Estrelas muito pouco massivas: Essas estrelas, cujas massas são de até metade da massa solar,
eventualmente, resfriam-se após consumir o hidrogênio em seu interior, tornando-se teoricamente
anãs brancas formadas exclusivamente por hélio, entretanto, o tempo de vida calculado para esse
tipo de estrelas é maior que o do próprio Universo, por isso as estrelas existentes ainda se tornarão
anãs brancas.
Estrelas pouco massivas: Nos seus estágios finais de vida, estrelas de até 2,5M passam a formar
átomos de carbono e oxigênio em seu núcleo. Com a diminuição de suas massas e a consequente
diminuição de seu campo gravitacional, essas estrelas tornam-se gigantes. Durante sua expansão,
essas estrelas expelem suas camadas exteriores, formando nebulosas planetárias.
Estrelas de massa intermediária: Essas estrelas têm uma evolução parecida com as estrelas pouco
massivas, depois de sua expansão, deixam para trás apenas o seu núcleo, dando origem a estrelas
anãs.
Estrelas massivas: Após ter fundido todo o seu hidrogênio, essas estrelas expandem-se, tornando
estrelas supergigantes, nesse período, passam a fundir elementos pesados até que sua gravidade não
consiga suportar a força das reações nucleares, quando isso acontece, essas estrelas explodem,
lançando o seu conteúdo pelo espaço a velocidades altíssimas
Tipos de estrelas
Existem diversos tipos de estrelas. Essa designação depende de duas coisas: da classificação espectral,
que diz respeito à temperatura da estrela e ao tamanho e massa da estrela. A classificação espectral é
dada em cores. Em ordem crescente de temperatura, temos as estrelas vermelhas, laranjas, amarelas,
amarelas-brancas, brancas, azuis-brancas e azuis. Essa definição de cores diz respeito ao pico de
frequência emitida pela estrela e a relacionada à temperatura de emissão de corpo negro. Como as
estrelas produzem quase todas as frequências de radiação simultaneamente, ao olho humano todas
parecem esbranquiçadas ao serem vistas a olho nu.
Estrelas azuis: São estrelas extremamente quentes, a temperatura de sua superfície pode atingir
30.000 K, são estrelas muito “novas” em comparação com os demais tipos de estrelas. A maioria
dessas estrelas foi criada há pelo menos 40 milhões de anos.
Anãs amarelas: Assim como o Sol, essas estrelas são muito antigas, existindo há bilhões de anos. O
futuro dessas estrelas é o de se tornar uma gigante vermelha.
Anãs vermelhas: São as estrelas mais comuns, representam cerca de 73% das estrelas do Universo.
Seu brilho é fraco, são estrelas pouco massivas.
Gigantes azuis: São estrelas de temperaturas superiores a 10.000 K, muito massivas, podendo
apresentar até 250 vezes a massa do Sol.
Supergigantes azuis: São raras, extremamente quentes e brilhantes, podem apresentar até mil vezes a
massa solar.
Anãs brancas: Estas estrelas são formadas pelos núcleos de outras estrelas que injetam suas camadas
externas, essas estrelas já não produzem mais fusões nucleares e comumente rotacionam em torno
de seus eixos com velocidades muito altas.
Em alguns casos, estrelas supermassivas, com massas superiores a três massas solares, podem se
colapsar, dando origem aos buracos negros. Os buracos negros não permitem que a luz escape do
seu interior em razão de sua enorme gravidade.
No entanto, em volta dos buracos negros é possível observar os discos de acreção: são os gases de
outras estrelas que os orbitam. Quando acelerados em direção ao horizonte de eventos, a região dos
buracos negros de onde nada escapa, os gases são aquecidos, passando a emitir diversas frequências
de ondas eletromagnéticas.
Apesar de parecer simples, essa é uma pergunta extremamente difícil de responder, simplesmente
por que não é possível contar um número tão grande de forma direta. Estima-se, entretanto, que
existam pelo menos 1010 galáxias no Universo observável, que podem conter alguns bilhões de
estrelas.
Em nossa galáxia, a via láctea, e também em nossa vizinha mais próxima, a galáxia de Andrômeda,
por exemplo, existem pelo menos 100 bilhões de estrelas, em razão disso, as estimativas dos
astrônomos indicam que devam existir pelo menos 1021 estrelas em todo o Universo.
Apesar do enorme número de estrelas, uma ínfima parte delas é visível da Terra a olho nu. Daqui,
sem o auxílio de qualquer instrumento óptico, só é possível enxergar cerca de 10.000 estrelas.
Nomes de estrelas
Atualmente, existem cerca de 330 nomes oficiais e próprios dados para as estrelas. Confira alguns
desses nomes, bem como algumas características de cada uma dessas estrelas:
Canis Majoris: A estrela VY Canis Majoris (nomenclatura científica) é uma das maiores estrelas
conhecidas, essa hipergigante tem cerca de 1420 raios solares.
Sirius: Sirius é uma estrela binária, a mais brilhante do céu, localizada a 8,6 anos-luz da Terra.
Canopus: É a segunda estrela mais brilhante do céu, está a uma distância de 310 anos-luz da Terra.
Aldebarã: É uma gigante vermelha, a mais brilhante da constelação de Touro, localizada a 65
anos-luz da Terra.
Rigel: É a estrela mais brilhante da constelação de Órion e a sétima estrela mais brilhante do céu.
Betelgeuse: É a décima segunda estrela mais brilhante do céu e a estrela mais brilhante da
constelação de Órion.
Antares: É uma estrela supergigante, com rádio superior a 822 raios solares, é localizada a 600
anos-luz da Terra.
Canopus: É uma supergigante vermelha, a estrela mais brilhante da constelação de Carina.
Agora vamos falar um pouco sobre nebulosas, um dos eventos lindos e fascinantes do universo,
uma das minhas coisas preferidas da astronomia.
Geralmente, esse tipo de nebulosa apresenta cor vermelha, isso por causa do hidrogênio, material
em maior abundância no universo. A imagem acima é da Nebulosa do Anel, também conhecida
como Messier 57. Essa é uma nebulosa de emissão que fica a 2.300 anos-luz da Terra.
A maioria das nebulosas são de tamanho vasto, abrangendo tamanhos de até centenas de anos luz
de diâmetro.Embora mais densas que o espaço que as acercam, a maioria das nebulosas são muito
menos densas que qualquer vácuo criado em ambiente terrestre - uma nuvem nebulosa de
tamanho da Terra pesaria apenas alguns quilogramas.
Por volta do ano 150, Cláudio Ptolomeu registrou, nos livros VII-VIII da sua coleção Almagesto,
cinco estrelas que pareciam sem forma definida, nebulosas semelhantes a nuvens. Ele também
notou uma região de nebulosidade entre as constelações de Ursa Maior e Leo que não estavam
associadas com nenhuma estrela. A primeira nebulosa verdadeira, distinta de um aglomerado
estelar, foi mencionada pelo astrônomo Persa/Muslin, Abd al-Rahman al-Suft, em seu livro Livro
das Estrelas Fixas (964). Ele notou "uma pequena nuvem" onde a Galáxia de Andrômeda está
localizada. Ele também catalogou o aglomerado estelar Omicron Velorum como uma "estrela
nebulosa" e outros objetos nebulosos, como o Aglomerado de Al Sufi. A supernova que criou a
Nebulosa do Caranguejo, a SN 1054, foi observada por astrônomos árabes e chineses em 1054.
Agora dando continuidade a essas coisas de estrela vamos falar de constelações, sempre me
complicou um pouco esse assunto mas, depois que aprende não é difícil, assim como tudo na
vida,será bem breve mas vai ser legal!.
Na astronomia científica contemporânea, uma constelação é uma área da esfera celeste conforme
definida em convenção pela União Astronômica Internacional em 1922, delimitada uma das outras
por arcos de ascensão reta e declinação.
As constelações servem de referência para delimitar as estações do ano, distinguir as épocas da seca e
de plantio, construir calendários e identificar estrela-guia para as navegações. Os povos indígenas
brasileiros, da mesma forma que outros povos, imaginavam figuras no céu ao olhar para as
estrelas.As constelações mais conhecidas no Brasil são a Cruzeiro do Sul e Órion. A constelação de
Órion é, em parte, formada por 3 estrelas alinhadas, denominadas As Três Marias. Para os gregos
antigos, elas representavam o Cinturão de Órion. Planetas, constelações e galáxias formam apenas
4% do universo.Hidra é a maior constelação da esfera celeste. Estende-se por mais de um quarto do
céu, passando perto de constelações como, a Balança, o Centauro, o Corvo, a Taça, o Sextante e
Câncer.31 de maio de 2010.O Cruzeiro do Sul, também chamado de Crux, apesar de ser a menor
de todas as constelações, é uma das mais importantes, principalmente para os povos do hemisfério
Sul. Consiste numa das 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional
(UAI).Devido à inclinação da Terra, nesta época, a mais bonita constelação no céu – Órion –
coloca-se exatamente sobre o equador celeste.Constelações são agrupamentos aparentes de estrelas
os quais os astrônomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos.
Numa noite escura, pode-se ver entre 1000 e 1500 estrelas, sendo que cada estrela pertence a
alguma constelação.
A astronomia é uma das mais antigas ciências. Os primeiros astrônomos foram capazes de
compreender padrões do movimento celeste, identificar as fases da lua, prever eclipses lunares e
solares, definir constantes dos movimentos planetários e a partir disso associar os acontecimentos
no céu aos fenômenos na Terra. Há, por exemplo, registros do uso da astronomia no Egito antigo,
com o intuito de prever as inundações do rio Nilo e o auxílio na produção agrícola.
Cada povo sempre olhou o céu de sua forma, criando suas próprias constelações. Com isso,
existiam conjuntos de estrelas que pertenciam a constelações diferentes e que poderiam estar
associadas a significados diferentes. Estudar as constelações de diferentes povos é também uma
forma de estudar a sua cultura.
Padronização
No século XX, surgiu a necessidade de se criar um sistema universal de constelações, para que todos
reconhecessem o céu da mesma forma. Com o aprofundamento dos estudos sobre os corpos
celestes, entendeu-se a necessidade de padronizar a organização das estrelas, para que todos
pudessem encontrar um objeto no céu ou uma ordem no universo a partir da mesma constelação de
referência.
Desse modo, em 1929, a União Astronômica Internacional (IAU) dividiu o céu em 88 regiões, que
seriam identificadas com o auxílio de um desenho. A maioria das constelações escolhidas por eles
estavam associadas à mitologia grega. Diferente do que é entendido em algumas culturas
astronômicas, nessa divisão uma estrela não poderia fazer parte de mais de uma constelação, pois
isso não seria uma divisão exata do céu. Definiu-se também que a constelação não é somente o
desenho, mas que, na verdade, o céu está dividido por linhas imaginárias e o desenho é usado para
identificar cada região no céu, de modo que mesmo se uma estrela não fizer parte do desenho, ainda
assim, faz parte da constelação.
Uma questão de perspectiva
É importante entender que as constelações não são objetos reais, são somente padrões que as
estrelas formam no céu, observados aqui da Terra. Essas estrelas que observamos próximas umas das
outras e que nos mostram um desenho, muitas vezes estão extremamente distantes entre si e não
têm conexões umas com as outras.
Constelações e estações do ano
Podemos usar as constelações como referência para marcar as estações do ano. Órion, por exemplo,
se for observado próximo ao leste no início da noite, indicará que estamos no verão do Hemisfério
Sul, ou inverno do Hemisfério Norte. A constelação que está do lado oposto de Órion no céu é
Escorpião. Por estar do lado oposto, considerando o Hemisfério Sul, quando Escorpião aparecer ao
leste no céu no início da noite, você poderá afirmar que está na estação oposta, o inverno, ou no
verão do Hemisfério Norte.
Ursa Menor e Cruzeiro do Sul
Algumas constelações só podem ser vistas completamente por alguém que se encontra numa
determinada região da Terra. Por exemplo, a Ursa Menor não é observada por nós no Hemisfério
Sul, somente por quem está no Hemisfério Norte. Lá eles podem usar a estrela Polaris, que se
localiza na constelação da Ursa Menor, para achar o ponto cardeal Norte, a partir de uma reta
perpendicular ao horizonte e que passa de forma imaginária por esta estrela. Já no Hemisfério Sul,
nós observamos o Cruzeiro do Sul, que pode ser útil para encontrarmos o ponto cardeal Sul.
Agora vamos para próxima fase uma mais difícil de aprender, uma parte mas complexa da física e da
astronomia, alguns dos maiores mistérios do nosso universo e da compreensão humana, existem
muitas teorias sobre esses assuntos, vamos falar primeiro de uma coisa que os maiores astrônomos e
físicos ainda não sabem ao certo o'que é como se comporta.
Vamos começar, com a famosa matéria escura, um dos maiores mistérios do nosso universo, a gente
sabe que ela existe mas, não conseguimos observá-la, ela não emite nenhuma luz.
Na cosmologia, a matéria escura é uma forma postulada de matéria que não interage com a matéria
comum, nem consigo mesma. Ela só interage gravitacionalmente e, por isso, sua presença pode ser
inferida a partir de efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, como estrelas, galáxias e aglomerado
de galáxias.
Acredita-se que a matéria escura possa ser formada por objetos compactos e supermassivos, como
buracos negros primordiais ou partículas hipotéticas e praticamente indetectáveis conhecidas como
neutrinos inertes.Não se sabe o que constitui a matéria escura. Uma parte dela poderia estar na
forma de planetas, anãs marrons, buracos negros e estrelas compactas, mas a quantidade desses
objetos em nossa Galáxia contitui menos de 2% da massa, de forma que a matéria escura é
constituída de outra coisa.Em escala astronômica, o papel da matéria escura é bastante necessário, já
que, sem ela, as galáxias não conseguiriam girar e se moveriam rápido demais para permanecer em
aglomerados.
E é escura, porque não emite nenhuma luz. Essa segunda propriedade é justamente o que dificulta
seu estudo. Todas as observações de corpos no espaço são feitas a partir da luz ou de outro tipo de
radiação eletromagnética emitida ou refletida pelos astros.
Porém sabemos com certeza que existe somente porque vemos os seus efeitos sobre a matéria
luminosa. A existência da matéria escura foi primeiro percebida pelo astrônomo suíço Fritz Zwicky,
na década de 1930, estudando aglomerados de galáxias.Seu estudo demonstra matematicamente
que a matéria escura pode ter surgido em um instante da história do Universo conhecido como
inflação cósmica. Na cosmologia clássica, esse momento é descrito como um período de
crescimento exponencial em que o Universo inflou depressa como um balão soprado com toda a
força do mundo.
Como a matéria comum, a matéria escura ajuda a retardar a expansão do universo; isto é, o efeito
oposto da energia escura. Outra diferença importante entre esses componentes é sua distribuição
no espaço.
Acabando esse mistério vamos para outro,os famasos buracos negros, vamos falar sobre esses
monstros aqui, iremos falar dos buracos negros normais e os supremassivos, esse é outro mistério,
oque será que tem dentro de um buraco negro.
Buraco negro é uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão intenso que nada
— nenhuma partícula ou radiação eletromagnética como a luz — pode escapar. A teoria da
relatividade geral prevê que uma massa suficientemente compacta pode deformar o espaço-tempo
para formar um buraco negro.
A energia negativa da partícula dentro do Buraco Negro diminuiria parte de sua massa, já que
cancelaria parte da energia positiva da massa do buraco negro. A partícula de energia positiva
liberada pareceria que como se emitida pelo Buraco Negro, para um observador distante no espaço.
A presença de um buraco negro pode ser inferida por meio da interação com outra matéria e com
radiação eletromagnética, como a luz visível. A matéria que cai em um buraco negro pode formar
um disco de acreção externa aquecido por fricção, formando alguns dos objetos mais brilhantes do
universo.É comum o equívoco das pessoas pensarem que buracos negros tem massa infinita, mas o
que eles têm é DENSIDADE infinita, ou seja, uma massa finita num volume infinitesimalmente
pequeno resulta numa densidade que tende ao infinito.
1.080.000.000 km/h
Velocidade de escape
Estes cálculos levam em conta as forças gravitacionais. Um buraco negro seria, então, um corpo que
teria uma velocidade de escape superior à velocidade da luz (aproximadamente 300.000 km/s ou
aproximadamente 1.080.000.000 km/h).
Hoje, mais de um século depois da hipótese de Einstein, o grande avanço tecnológico na observação
do Espaço conseguiu, em 2019, observar e fotografar um buraco negro pela primeir vez. Agora,
cientistas anunciaram uma foto do buraco negro no centro da nossa galáxia. As primeiras fotos do
buraco negro Sagitário A*
Na última quinta-feira (12), o European Southern Observatory (ESO) anunciou a primeira foto do
Sagitário A* (lê-se sagitário-a-estrela), o buraco negro supermassivo que está no centro da Via
Láctea, a 27 mil anos-luz do nosso sistema solar.
A nova imagem, tiradas pelo Event Horizon Telescope (EHT), uma rede de radiotelescópios global,
mostram a anatomia do buraco negro com massa superior a 4 milhões de sóis; seu tamanho é
próximo ao da órbita do planeta Mercúrio em volta do Sol.
Embora não possamos ver o miolo do buraco negro, porque ele é completamente escuro, o gás
brilhante ao seu redor revela uma região central, a sombra, cercada por uma estrutura brilhante em
forma de anel e composta de gás, poeira e estrelas que rodeiam o corpo cósmico superaquecidos.
Feitas com a combinação de oito observatórios espalhados pela Terra, as fotos são um verdadeiro
marco histórico para a astronomia. Os cientistas já haviam visto estrelas orbitando em torno de algo
invisível, compacto e muito massivo no centro da Via Láctea, o que sugere, fortemente, que o
objeto (o Sagitário A*) era um buraco negro. A imagem divulgada fornece a primeira evidência
visual e direta disso. “É um momento emocionante. É o nosso próprio buraco negro
supermassivo”, disse Roberta Duarte, douroranda em astrofísica no Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), em entrevista à
National Geographic após o anúncio do ESO.
Ainda que as fotos sejam um grande avanço no estudo dos buracos negros, eles guardam diversos
mistérios, os quais podem nos ajudar a entender, entre outras questões, a própria origem do
universo.
O que é um buraco negro?
Astrônomos e físicos costumam definir os buracos negros como bolsões de matéria extremamente
densos; objetos de massa tão incrível e volume minúsculo que distorcem drasticamente o tecido do
espaço-tempo. “É uma região do espaço em que o campo gravitacional é tão forte que nem a luz
consegue escapar”, explica Rodrigo Nemmen, astrofísico pesquisador do IAG-USP.
Segundo Nemmen, para começar a entender os buracos negros é preciso voltar à Teoria da
Relatividade Geral, de Albert Einstein. No início do século 20, o físico propôs que o universo
existia em uma geometria quadridimensional conhecida como espaço-tempo. “Einstein introduziu
o entendimento de que o tempo não era absoluto, mas que também seria uma dimensão (como a
profundidade, largura e altura), tornando-o relativo. Daí vem o nome da teoria”, contou
Nemmen.Mas só isso não era suficiente para explicar os fenômenos espaciais. Assim, o físico, em
sua hipótese, também incluiu a gravidade como uma grandeza importante, que dependeria da
massa dos objetos.
A presença de corpos com quantidade significativa de massa curvaria esse espaço-tempo, o que é
chamado de campo gravitacional. Quanto mais massa, maior o campo (curvatura) e a distorção do
tempo e do espaço. Na prática, isso significa que no Sol, por exemplo, o tempo flui mais devagar do
que na Terra. “Com isso, Einsten conseguiu prever a existência dos buracos negros em 1916. Mas,
naquela época, ele próprio não acreditava muito nos seus cálculos e lutava com a consequência
inexorável da sua teoria”, diz Nemmen.
A maioria dos buracos negros surgem dos restos condensados de uma estrela massiva, ou seja, o que
sobra após a morte de uma estrela grande, com a massa de pelo menos três sóis do tamanho do
nosso. Segundo Nemmen, as estrelas são mantidas por reações de fusão nuclear – o que significa
que fundem o hidrogênio em hélio em seus núcleos –, um processo no qual elas perdem uma
pequena quantidade de massa, que se converte em enorme quantidade de energia. É daí que vem o
seu brilho natural.
Com o tempo, esse combustível acaba, e as estrelas morrem. Antes de isso ocorrer, o equilíbrio
favorece a gravidade, e o núcleo começa a entrar em colapso. Algumas estrelas, cuja massa é igual ou
menor que o nosso Sol, terminam sua evolução como anãs brancas.
Mas, em estrelas maiores – com massa superior a 10 sóis –, a probabilidade é que a sua morte cause
um colapso gravitacional, explodindo em uma supernova e deixando para trás um buraco negro.
Tipos de buracos negros
Os buracos negros são categorizados pelo tamanho. Primeiro, temos os buracos negros estelares,
entre três a 100 massas solares. “Esse é o tipo mais comum encontrado no Universo e normalmente
é visto orbitando uma estrela menos massiva ou até outro buraco negro, em uma dança
gravitacional”, diz Roberta Duarte.
Recentemente, um desses buracos negros estelares foi encontrado a apenas 1,5 mil anos-luz da Terra
– o masi próximo do nosso planeta. Batizado de Unicórnio, ele também é o menor já registrado,
com apenas três massas solares de tamanho.
Em seguida, estão os buracos negros intermediários, cuja massa varia de 100 a 10 mil sóis. E, por
fim, temos os supermassivos, maiores de 10 mil massas solares, categoria em que o Sagitário A* se
encaixa. Segundo Nemmen e Duarte, são esses os buracos negros que se pode encontrar no centro
das galáxias. “A hipótese é que boa parte das galáxias tenha um [buraco negro] supermassivo no
centro delas", explica Duarte. "Isso é colocado desde a década de 1960, quando pudemos observar
quasares no centro de galáxias muito distantes.”
Os quasares, que a astrofísica menciona, são buracos negros supermassivos extremamente ativos,
cuja taxa de acreção – a velocidade com a qual ele se alimenta de matéria medida em massas solares
por ano – é alta. "Os quasares são observados apenas no universo muito antigo, que está bem longe
da gente", acrescenta Nemmen."A forma como ele se alimenta é intensa, fazendo com que o gás e
matéria que o rodeiam seja tão brilhante que chegam a ofuscar a galáxia inteira em que
estão."Porque é importante pesquisar buracos negros
Vendo a foto borrada do Sagitário A*, ou do M87– buraco negro supermassivo no centro da galáxia
Messier 87 e o primeiro a ser fotografado – podemos nos perguntar o porquê de tanto alvoroço por
algo que nem conseguimos enxergar direito.
Para os astrofísicos, apesar das descobertas ainda não impactarem diretamente a nossa vida,
entender melhor os buracos negros, principalmente os supermassivos, pode ser a chave para
responder perguntas sobre a origem e a história do universo. “Buracos negros são os corpos mais
estranhos e encantadores do cosmos", afirma Nemmen. "Eles, literalmente, distorcem as noções de
espaço e tempo em uma existência tão complexa quanto o universo em si.”
De acordo com Duarte, as fotos dos buracos negros – que ela enfatiza serem extremamente nítidas,
considerando a distância dos fotografados – possibilita observar a gravidade em seu extremo, algo
que ainda entendemos muito pouco. “Qual é o melhor lugar para entender a gravidade do que um
objeto que é feito dela?”, questiona a astrofísica.
Para ela, estudar os buracos negros pode nos possibilitar resolver questões que ainda nem existem,
assim como os estudos da física polonesa Marie Curie sobre radioatividade, em 1898, ajudaram no
desenvolvimento de tratamentos para o câncer, mesmo não sendo seu objetivo inicial. “Quem sabe,
entender a gravidade não nos ajuda a resolver questões cruciais para viagens mais rápidas ou até
energia limpa? A ciência funciona assim.
Agora vamos falar de quasares, um dos maiores e mais monstruosos fenômenos do nosso universo,
Resumindo: quasares são núcleos ativos de galáxias, pulsares são estrelas de nêutrons que giram
soltando radiação nos pólos e magnetares são estrelas de nêutrons com um campo magnético
monstro.
Para explicar o que é um pulsar, antes devemos entender o que é uma estrela de nêutrons.
No processo de morte de uma estrela grande (cerca de 8 massas solares), quando a estrela esgota
seus recursos de combustível, seu centro entra em colapso, possuindo dois finais possíveis: uma
estrela de nêutrons ou um buraco negro. Caso a repulsão das partículas ao se aproximarem seja forte
o bastante para se estabilizar com a gravidade, ela formaria uma estrela cerca de uma ou duas vezes a
massa do Sol, porém muito menor do que uma anã branca, e que se sustentaria pela repulsão de
nêutrons e prótons, e não entre os elétrons, dando origem ao nome estrela de nêutrons.
Se os pólos magnéticos e rotacionais dessa estrela de nêutrons não estiverem alinhados, seus feixes
de radiação giram, de modo que a estrela acende e apaga como um farol, gerando o pulsar. Possui
esse nome pois a radiação emitida por ele é altamente direcional e só pode ser observada quando
aponta diretamente para a Terra. Os pulsos tem duração média de 35 milésimos de segundo e se
repetem em intervalos regulares da ordem de 1,4 segundos, porém alguns intervalos podem chegar
a 8,5 segundos. Ele deixou de girar após cerca de 10-100 milhões de anos.
Quasar
Os quasares (abreviação da expressão inglesa quasi stellar object, ou "objeto quase estelar".
Atualmente, designa qualquer objeto de aparência estelar cujo espectro apresenta um intenso
desvio para o vermelho) são objetos fontes de rádio, com muita energia, que apesar do seu aspecto
estelar, nas observações visuais, emite ondas de rádio mais intensamente que qualquer galáxia. Estão
extremamente longes (entre 780 milhões de anos-luz e 28 bilhões de anos-luz de distância, o que os
torna os objetos mais distantes dos quais temos conhecimento) e há cerca de 200.000 deles
conhecidos. Acredita-se que em seus centros hajam buracos negros com massas cerca de cem
milhôes de vezes a do Sol. A fusão nuclear que ocorre dentro de estrelas não poderia produzir o
brilho do quasar, forte o suficiente (com luz visível e outras formas de radiação eletromagnética)
para ser detectado da Terra a longas distâncias.
Blazar
Os blazares são os menos conhecidos dentre os três. Na verdade, blazares e quasares são os mesmos
corpos celestes, sendo a diferença somente as proporções do jato e que o blazer é visto de cima, com
seu eixo de emissão de jatos apontado diretamente para a Terra. Seus jatos são uma combinação de
seu campo magnético intenso com ventos poderosos vindos do disco de acreção.
Em síntese, os estudos astronômicos iniciaram com os povos Sumário, por volta de 3500-3000 a.C.
De certa forma, desenvolviam uma forma básica de astronomia . Porém, tiveram grande influência
nos conceitos desenvolvidos na área. Daquele tempo pra cá, várias foram as técnicas e descobertas
utilizadas pelos astrônomos, dentre elas as pesquisas feitas com radiotelescópios, em 1950.
A partir das observações feitas com o radiotelescópio, Jesse Greenstein e Maarten Schmidt,
astrônomos do California Institute of Technology, utilizaram uma das maiores versões desse
telescópio para analisar um ponto que brilhava no céu. Com o auxílio do radiotelescópio, diversos
pontos de luz já haviam sido analisados.
Os estudos deixavam evidente que aquele ponto de luz analisado não era uma estrela. Isso porque,
pela distância em que se encontrava o ponto de luz emitia uma grande quantidade de energia. Por
isso era possível ser visto de tão longe. Dessa forma, seria necessário 50 galáxias juntas, o que
totalizam 100 bilhões de estrelas.
Assim, os astrônomos estavam sob uma descoberta que mexia com o que se sabia sobre matéria e
energia. Após isso, decidiram chamar aquele ponto que emitia grande quantidade de luz de “objeto
quase-estelar”, ou quasar.
A partir dessa descoberta, Greenstein e Schmidt iniciaram uma busca por mais quasares. Conforme
foram estudando e analisando o Universo, descobriram quasares que emitem quantidades absurdas
de energia. Assim, diversos quasares foram classificados, como o PKS 2000-330, visível na
constelação de Sagitário, localizado a 15 bilhões de anos-luz da Terra.
Evolução do Universo
Os estudos sobre matéria tiveram sortes diferentes após as descobertas dos quasares. Isso porque, a
partir dos estudos desses astros, a matéria é algo que se investigou ao extremo. Por consequência, a
evolução do Universo pode ser entendida de maneira mais abrangente e fascinante.
Hoje em dia, estima-se que 65 mil e 100 mil quasares podem ser vistos, porém, a quantidade que
existia antigamente era bem maior. Após anos de estudos, os quasares são classificados como grande
buracos negros que sugam a matéria que está ao redor. Assim, buracos negros são objetos que
surgem no centro das galáxias e sugam tudo que é possível, até mesmo a luz.
Nesse sentido, um quasar se encontra no meio de uma galáxia porque é favorável a quantidade de
matéria. Assim, quando o um buraco negro suga muita matéria ocorre o aparecimento de discos de
acreção. Por conta disso, a temperatura nestes locais sobe consideravelmente. Visto isso, as
quantidades excessivas de raios X são emitidas por meio da matéria que gira ao redor do buraco
negro.
Calcula-se que entre 65 mil e 100 mil quasares sejam visíveis atualmente, mas eles eram bem mais
comuns há bilhões de anos. Para os astrônomos, estudar esses objetos significa não apenas investigar
os extremos da matéria, mas também vislumbrar momentos essenciais da evolução do universo.
Agora vamos voltar um pouco para terra, e vamos falar de eclipses solares .
Tipos de eclipse
Eclipses solares totais: a Lua cobre totalmente a luz solar, projetando sua sombra sobre a Terra;
Eclipses solares parciais: a Lua não fica perfeitamente alinhada com o Sol, cobrindo somente parte
de sua luminosidade;
Eclipses solares anulares: o tamanho aparente da Lua não é suficiente para cobrir totalmente a luz
solar. Esse fenômeno resulta no surgimento de um anel em volta da sombra da Lua.
Existem os eclipses lunares penumbrais, parciais e totais. Todos esses tipos de eclipse estão
relacionados à posição relativa do observador na Terra.
Eclipses penumbrais: a superfície da lua fica levemente escurecida ao atravessar a região do cone de
penumbra produzido pela Terra;
Eclipses lunares parciais: somente parte da sombra da Terra é projetada sobre a Lua;
Eclipse solar
O eclipse solar ocorre quando a Lua posiciona-se em frente ao Sol de forma que a sua sombra é
projetada sobre a superfície da Terra. Durante a ocorrência desse tipo de eclipse, uma pequena
região da Terra fica escura por causa da projeção da sombra da Lua. É nessa região, chamada de
umbra, que se observa o eclipse solar total.
Nos arredores da umbra, encontra-se a penumbra, onde é possível observar um eclipse solar parcial.
A diferença entre umbra e penumbra é a luminosidade da região. Os locais onde se pode observar o
eclipse total são mais escuros que as regiões circundantes.
Eclipse lunar
O eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra, produzida pelo Sol, é projetada sobre a Lua,
cobrindo-a. De forma similar ao eclipse solar, o eclipse lunar só pode ocorrer quando a órbita da lua
coincide com a eclíptica. Sem a pequena diferença de 5,2º entre essas duas órbitas, ocorreriam
eclipses lunares sempre que houvesse uma Lua Cheia.
Origem
A distribuição de matéria no Universo não é homogênea, pelo menos em regiões com dimensões
inferiores a um bilhão de anos-luz. Observações de um grande número de galáxias, feitas
principalmente nos últimos vinte anos, mostrou que a matéria se distribui em forma de filamentos
e muros, havendo entre estas estruturas grandes vazios. Ao longo destes filamentos, com
comprimentos de centenas de milhões de anos-luz, existem regiões com densidade de matéria
elevada, onde pode haver milhares de galáxias em um volume com dimensão de 10 milhões de
anos-luz. Nestas regiões encontramos os chamados aglomerados de galáxias ricas.
Provavelmente, a origem dos aglomerados de galáxias está ligada à estabilidade destes filamentos
cosmológicos. Como estes filamentos não foram criados de forma perfeitamente homogênea, a ação
da gravidade nas regiões do filamento de densidade superior à densidade média produz um colapso
gravitacional da matéria: a densidade destas regiões mais densas tenderiam a aumentar com o
tempo. Nestas regiões de alta densidade se formaram as galáxias e os aglomerados de galáxias. Isto
explicaria, inclusive, porque as galáxias são encontradas na maioria dos casos em grupos.
Este processo de formação dos aglomerados é sugerido tanto pelas observações dos filamentos
cosmológicos como pelas simulações numéricas feitas em computadores. Nestas simulações, o
Universo é modificado de forma simplificada e pode-se seguir sua evolução em função do tempo.
Graças a estas simulações podemos aprender que o processo de formação de aglomerados de
galáxias ainda não terminou. Enquanto que a região central da maioria dos aglomerados já está
formada e está em equilíbrio, as regiões mais externas ainda se encontram em um processo
evolutivo. Em vários casos observa-se mesmo evidências de que um aglomerado rico seja, na
verdade, o resultado de uma fusão recente de dois aglomerados menores.
Nossa própria galáxia, com seu grupo local (a Via Láctea, a galáxia de Andrômeda e mais cerca de
30 galáxias menores) participa de um destes processos de formação de aglomerados. Sabemos hoje
que o grupo local está caindo em direção ao aglomerado rico mais próximo de nós, que fica na
direção da constelação de Virgem.
Se por um lado os aglomerados ainda estão crescendo com a queda de galáxias e grupos, por outro
lado foi observado em agosto de 1998 um aglomerado extremamente rico a uma distância de 8
bilhões de anos-luz, o que corresponde a uma época em que o Universo tinha a metade da idade
que tem hoje. A observação de aglomerados tão ricos a distâncias tão elevadas tem importante
implicações cosmológicas. Uma tal observação corrobora a teoria de que nosso Universo não tem
massa suficiente para cessar a sua expansão devido ao Big Bang.
Estrutura
Existe uma grande diversidade de tipos de aglomerados de galáxias. Historicamente, a estrutura dos
aglomerados é classificada de acordo com a distribuição espacial das galáxias mais brilhantes no
aglomerado (classificação morfológica) ou de acordo com o número de galáxias (ou riqueza do
aglomerado). Os aglomerados mais ricos apresentam geralmente uma estrutura mais regular e
simetricamente esférica. Os aglomerados com menor número de galáxias são mais irregulares,
muitas vezes apresentando uma distribuição de galáxias achatada.
Vários tipos de classificação de aglomerados foram propostos com a finalidade de servirem de base
para estudos sistemáticos. Em 1970, Bautz e Morgan propuseram uma classificação baseada na
diferença de magnitude entre as galáxias mais brilhantes do aglomerado. O aglomerado será de tipo
I se houver uma galáxia gigante de tipo cD no centro, de tipo III se não houver nenhuma galáxia
proeminente, e de tipo II no caso intermediário. O sistema de classificação de Rood e Sastry
proposto em 1971 e revisto em 1982 por Struble e Rood, leva em conta a distribuição das 10
galáxias mais brilhantes no aglomerado.
Mais recentemente, a partir da década de 80, foi possível estudar a estrutura dos aglomerados de
galáxias a partir de imagens obtidas por satélites artificiais feitas em raios-X, radiação onde o fóton
tem energia tipicamente da ordem de 0,1 a 10 KeV (em comparação, os fótons da luz visível têm
energia entre 1,7 a 3,2 eV). Foi constatado que na maioria dos casos a estrutura observada em
raios-X era semelhante à estrutura observada a partir da distribuição das galáxias. Em raios-X,
podemos classificar os aglomerados em regulares, bimodais (onde existem duas subestruturas
proeminentes) e irregulares. Com a utilização tanto da distribuição de galáxias como das imagens
em raios-X, verificou-se que mais da metade dos aglomerados do catálogo de Abell possuem
subestruturas de algum tipo.
Mas será que estas estruturas são reais e não apenas um efeito de projeção ou estatístico? O fato
delas serem observadas simultaneamente de duas maneiras independentes é uma boa indicação de
que as subestruturas sejam reais. Existe porém uma terceira forma de verificar a natureza das
subestruturas, a partir da distribuição de velocidades das galáxias (ao invés da distribuição espacial).
Como é muito mais difícil obter a velocidade de uma galáxia do que sua posição, somente nos
últimos dez anos foi possível aplicá-la para alguns aglomerados. Surpreendentemente, alguns
aglomerados que acreditava-se serem regulares apresentaram subestruturas na distribuição de
velocidades das galáxias. O aglomerado de Coma, que até os anos 80 era o protótipo do aglomerado
regular e bem comportado, revelou-se ser uma estrutura bimodal.
Acredita-se que a estrutura (e subestruturas) esteja intimamente ligada à evolução dos aglomerados.
Os aglomerados irregulares e bimodais seriam os aglomerados mais jovens, ainda em processo de
formação. Os aglomerados regulares já estariam em um estado evolutivo mais avançado.
A estrutura está ligada a várias outras propriedades dos aglomerados. Nos aglomerados mais
regulares (e portanto mais ricos) praticamente todas as galáxias da região central são elípticas e
lenticulares, galáxias com pouca quantidade de gás. No caso dos aglomerados irregulares, são
encontradas em proporção mais elevada galáxias espirais, ricas em gás e ainda produzindo estrelas.
Composição
A matéria escura
Aglomerados de galáxias são as maiores estruturas do Universo ligadas pela gravitação e, pelo menos
nas regiões centrais, em equilíbrio. Em um trabalho pioneiro na década de trinta, o astrônomo
suíço Fritz Zwicky mostrou que a maior parte da massa de um aglomerado é invisível. Ele chegou a
esta conclusão estudando as velocidades das galáxias no aglomerado de Coma e aplicando o teorema
do viral. Este teorema nos diz que, para um sistema em equilíbrio, a soma da energia potencial com
duas vezes a energia cinética é nula. Assim Zwick constatou que a massa necessária para produzir as
velocidades observadas era muito superior que a massa deduzida a partir da luminosidade total das
galáxias membros do aglomerado. Esta discrepância entre a massa estimada por um estudo
dinâmico (as velocidades das galáxias) e a massa estimada pela luminosidade ficou conhecida como
o problema da matéria escura.
Até hoje, os resultados de Zwicky são confirmados, mesmo com os recursos mais modernos de
observação. A partir de pelo menos três tipos de observações independentes (velocidade das galáxias
no aglomerado, emissão em raios-X do gás intra-aglomerado e lentes gravitacionais em alguns
aglomerados mais distantes) constata-se que, em média, 80% da massa dos aglomerados ricos é
invisível, isto é, não é detectada em nenhum comprimento de onda entre as frequências de rádio até
raios-X. A natureza e a própria existência desta matéria invisível ainda é debatida. A teoria mais
aceita atualmente é de que esta matéria não seja bariônica, isto é, não seja composta por prótons e
nêutrons como todos os átomos que formam as estrelas, o Sol, a Terra e nós mesmos.
Existe ainda uma possibilidade de que não haja matéria escura, mas sim que as leis da dinâmica não
sejam exatamente como acreditamos serem. Uma tal proposta foi levantada por Milgrom em 1983
com o objetivo de explicar o problema da matéria escura em galáxias espirais. Contudo, mesmo
aplicando a teoria de Milgram nos aglomerados é necessário postular a existência da matéria
invisível. Vale lembrar que apesar disto ainda não existe nenhuma prova de que a teoria de Milgram
não seja correta.
O gás intra-aglomerado
No início dos anos 70, com o lançamento dos primeiros detectores de raios-X orbital, foi
descoberto que os aglomerados de galáxias ricos são fontes poderosas de raios-X (os raios-X não
podem ser observados da superfície da Terra porque são absorvidos pela atmosfera). Em meados
dos anos 80, graças a verdadeiros telescópios espaciais sensíveis aos raios-X (Exosat, Ginga,
Einstein), foi possível a obtenção de imagens e espectros dos aglomerados nesta frequência de
radiação. Muito do que sabemos hoje sobre a emissão em raios-X de aglomerados é graças aos
satélites da década de 90, ROSAT, ASCA e BeppoSAX e esperamos aprender muito mais na
próxima década com a utilização do satélite Chandra (lançado em agosto/1999) e XMM
(lançamento previsto para janeiro/2000).
A emissão em raios-X dos aglomerados não provém das galáxias (exceto por uma pequena
contribuição de algumas galáxias ativas) mas de um gás tênue que se encontra entre as galáxias e
permeia todo o aglomerado, chamado gás intra-aglomerado. Este gás foi formado originalmente
pelo material que sobrou durante a fase de formação das galáxias, o chamado gás primordial
composto de Hidrogênio e Hélio que foi sintetizado logo após o Big Bang. Em seguida, este gás foi
misturado com o material ejetado das galáxias devido às explosões de supernovas. Este material é
rico em elementos pesados como Silício, Níquel, Cálcio e Ferro, que podem ser detectados devido à
emissão de raios-X. Nos aglomerados ricos, a quantidade de ferro é proporcional a cerca de um
terço da quantidade observada no Sol.Na região central, a densidade do gás intra-aglomerado é da
ordem de dez partículas por litro. Isto é extremamente rarefeito, menos denso que o gás que se
encontra no interior de uma galáxia como a nossa. A densidade do gás é aproximadamente
constante na região central e diminui rapidamente indo para as regiões externas do aglomerado. Por
outro lado, este gás tem uma temperatura muito elevada, da ordem de 10 milhões de graus
centígrados, podendo mesmo atingir 100 milhões de graus nos aglomerados mais ricos. Devido a
esta alta temperatura o gás está completamente ionizado, isto é, os elétrons não estão ligados aos
átomos. São estes elétrons livres que interagem com os núcleos atômicos e produzem os raios-X
observados.
A energia emitida em raios-X varia segundo a temperatura e, principalmente, a densidade do gás,
estando em geral na faixa dos 1043 à 1045 ergs/s, equivalente a toda a energia emitida por 100
bilhões de estrelas como o Sol. Apesar do gás ser extremamente rarefeito, como o volume do
aglomerado é muito grande, a massa total de gás também é elevada. Nos aglomerados ricos esta
massa, no interior de uma esfera de raio igual a 10 milhões de anos-luz, pode chegar a 1014 vezes a
massa do Sol. Em geral, este gás intra-aglomerado contribui em 15% para a massa total do
aglomerado.
A alta temperatura do gás é facilmente interpretada como a temperatura necessária para que o gás
esteja em equilíbrio com o potencial gravitacional do aglomerado. Se o gás fosse muito mais quente,
ele evaporaria do aglomerado; se ele fosse muito mais frio, ele colapsaria. Contudo, o que ainda é
debatido hoje em dia é como este gás foi aquecido até esta temperatura (ele foi aquecido apenas na
época de formação ou durante toda a evolução do aglomerado? Este aquecimento é lento e
adiabático ou rápido, devido a choques?).
Também sabemos que este gás está perdendo energia (pela forma de emissão em raios-X). Na região
central esta perda de energia pode ser significativa pois a densidade é mais elevada. Neste caso, o gás
deveria esfriar e, como foi dito acima, colapsar ou fluir em direção ao centro. Este processo é
chamado de fluxo de resfriamento e, teoricamente, poderia ser responsável por uma deposição de
matéria no centro do aglomerado a uma razão de até várias centenas de massas solares por ano.
Somando esta taxa de deposição de matéria durante a vida de um aglomerado, podemos chegar a
uma quantidade de 1 trilhão de massas solares acumuladas no centro do aglomerado. O problema
desta teoria é que toda esta quantidade de massa ainda não foi observada diretamente.
Recentemente, em 1996, foi detectado uma emissão no ultravioleta extremo (frequência um pouco
menos energética que os raios-X) na região central de alguns aglomerados. Não se sabe ainda se esta
emissão é simplesmente uma extrapolação da emissão em raios-X para baixas energias ou se é devida
a algum outro processo físico que esteja ocorrendo no centro dos aglomerados. Esta emissão no
ultravioleta extremo poderia ser em parte devido ao gás que esfriou a um milhão de graus e se
acumulou no centro do aglomerado.
Galáxias
Apesar do nome, as galáxias são o componente menos importante em relação à massa dos
aglomerados. Elas contribuem com apenas cerca de 5% para a massa total.
O ambiente denso dos aglomerados é responsável em parte pela evolução das próprias galáxias que
dele fazem parte. Nos aglomerados, a colisão entre as galáxias é muito mais frequente do que nas
regiões menos densas do Universo. É possível que estas colisões sejam responsáveis mesmo pela
transformação do tipo morfológico das galáxias: segundo os resultados de simulações numéricas, a
colisão e eventual fusão de duas galáxias espirais de massas semelhantes resulta em uma galáxia
elíptica. Mesmo se as fusões de galáxias são menos freqüente atualmente devido à elevada
velocidade das galáxias nos aglomerados (para haver uma fusão de galáxias, a colisão entre elas deve
ocorrer a uma velocidade inferior à ~500 km/s), em épocas mais remotas este processo pode ter sido
comum.
Mesmo quando não há uma colisão, mas apenas uma passagem próxima entre duas galáxias, isto já é
suficiente para afetar a estrutura interna delas. Quando duas galáxias estão próximas ocorre um
efeito de maré, o mesmo fenômeno que ocorre na Terra devido à ação da Lua e do Sol. Este efeito
de maré deforma as galáxias, podendo mesmo arrancar uma parte delas. Este material arrancado,
formado de estrelas e gases, tem a aparência de um filamento que pode se estender por muitas
dezenas de milhares de anos-luz e por isto são chamados de caudas de maré.Pelo fato das galáxias se
moverem em alta velocidade nos aglomerados ricos, o gás no interior das galáxias encontra uma
resistência provocada pelo gás quente intra-aglomerado. Desta forma, uma galáxia como as espirais
pode ter o seu gás arrancado devido à pressão do gás intra-aglomerado. Ao contrário dos efeitos de
maré, apenas o gás e não as estrelas é afetado pelo gás-intra aglomerado. Este efeito pode ser
responsável pela deficiência observada de Hidrogênio nas espirais de aglomerados ou até mesmo
pela transformação de galáxias espirais que atravessam um aglomerado rico em galáxias lenticulares.
A evolução das galáxias em aglomerados se reflete em suas cores. No fim dos anos 70, Butcher e
Oemler mostraram que as galáxias espirais são mais azuis nos aglomerados distantes em relação aos
mais próximos. Isto pode significar que as galáxias lenticulares dos aglomerados próximos eram
galáxias ativas e azuis em épocas mais remotas.
Somente em aglomerados encontra-se um tipo especial de galáxia chamada de cD (este nome surgiu
nos anos 60 nos trabalhos de W.W. Morgan e colaboradores). Trata-se de elípticas gigantes que
sempre se encontram na região central dos aglomerados. Não se encontram galáxias cD em regiões
com densidade inferior a uma galáxia por 10 milhões de anos-luz ao cubo mas, por outro lado
pode-se encontrá-las tanto em aglomerados ricos como pobres.
Este tipo de galáxia, cuja massa pode ser cem vezes superior à Via Láctea, talvez seja o resultado de
um processo chamado de canibalismo galáctico, onde as galáxias são "devoradas" pela galáxia central
durante bilhões de anos. Observações de galáxias cD com núcleos binários ou mesmo múltiplos e
um extenso envelope estelar (que pode atingir até um milhão de anos-luz) favorecem o modelo de
formação por canibalismo galáctico destas galáxias. O envelope estelar extenso seria uma espécie de
"lixeira cósmica", formado pelo resto das estrelas das galáxias canibalizadas.
Uma outra teoria para a formação das galáxias cD afirma que estas galáxias são formadas pelo gás
intra-aglomerado que se resfria e escorre em direção ao centro do aglomerado. Esta teoria, contudo,
prevê a existência de um grande número de estrelas jovens e azuis nas galáxias cD, o que não é
observado.
O estudo das galáxias nos aglomerados pode nos fornecer informações tanto sobre a estrutura como
a formação destas estruturas. Por exemplo, podemos determinar com certa confiança a função de
luminosidade das galáxias em aglomerados, isto é, o número de galáxias por intervalo de
luminosidade. A partir da função de luminosidade, podemos deduzir a função de massa (número
de galáxias por intervalo de massa), que pode ser comparada com modelos teóricos de formação de
galáxias no Universo (por exemplo o modelo de Press e Schechter desenvolvido em 1974). A função
de luminosidade deve também refletir os processos físicos que ocorrem durante a evolução das
galáxias, tanto os processos internos, inerentes à galáxia, como os processos externos, devido ao
meio ambiente.
Campo magnético
Nos últimos anos tem aumentado as evidências de que existe um campo magnético extenso nos
aglomerados de galáxias. Quando este campo magnético é atravessado por elétrons relativísticos
(com velocidade próxima à da luz) ocorre o fenômeno de radiação síncrotron: os elétrons começam
a espiralar no campo magnético e emitem energia na freqüência rádio, de 10 à 1000 Mhz. Muitos
aglomerados contém galáxias cujos núcleos foram ou ainda são ativos. Estes núcleos ativos são
poderosas fontes de elétrons relativísticos que podem interagir com o campo magnético do
aglomerado, produzindo a radiação síncrotron.
A intensidade estimada deste campo é de cerca de 1 micro gauss, um milhão de vezes mais fraco que
o campo magnético na superfície da Terra e um bilionésimo do campo medido nas manchas
solares. As medidas do campo magnético nos aglomerados são ainda muito incertas e não sabemos
se o campo é global ou apenas localizado em algumas regiões.
Vamos agora para o super atrator um dos maiores mistérios da astronomia.
O mistério do grande atrator
A Terra e os demais planetas, as constelações e as galáxias, tudo se move pela imensidão do espaço a
estonteantes velocidades e numa mesma direção, como sob efeito de uma força estranha e invisivel
É uma autêntica odisseia no espaço. O planeta Terra está se movendo em desabalada carreira através
do Universo— e um dos grandes desafios da ciência moderna é justamente determinar qual é,
afinal, o destino definitivo dessa incrível viagem. O curto tempo necessário para ler esta página basta
para mostrar que a viagem, além de incrível, é assustadora. Pois, sem perceber, quando terminar a
leitura, um terráqueo terá se deslocado por uma distância imensa: cerca de 400 mil quilômetros, ou
dez vezes a circunferência do planeta, segundo as últimas contas apresentadas pelos astrônomos e
astrofísicos, os homens que investigam o céu.
O que eles não sabem é explicar a causa desse movimento, o qual, traduzido em grandes números,
indica que a Terra voa a cerca de 2 milhões de quilômetros por hora, vinte vezes mais veloz que as
mais lépidas naves já lançadas. Os cientistas imaginam que estamos sendo arrastados por uma
inesperada e formidável concentração de estrelas, em algum ponto do espaço, na direção da
constelação do Cruzeiro do Sul, mas certamente muito além dela. Incapazes de divisar o vasto vulto
dessa massa de estrelas, que permanece nos confins do Cosmo, oculta dos telescópios, os cientistas
se contentam em lhe dar um nome portentoso: o Grande Atrator.
É possível até que não haja estrela nenhuma na reta final da corrida: o Grande Atrator pode
revelar-se um personagem muito mais estranho e incomum do que os prosaicos sóis conhecidos
pela ciência. As mais notáveis candidatas ao título de Grande Atrator ainda são as estrelas, ou
melhor, as grandes concentrações de estrelas, como as galáxias e os grupos de galáxias, chamados
aglomerados e superaglomerados, dependendo do seu tamanho. É instrutivo observar esses colossos
siderais para entender como nasceu o enigma do Grande Atrator. O périplo terrestre começa com o
Sol, o mais próximo centro de força gravitacional que influencia o movimento do planeta. A
portentosa massa solar exerce uma atração constante sobre a Terra, fazendo-a girar à sua volta a 100
mil quilômetros por hora.
Mas isso não é tudo: em seguida é preciso acrescentar o movimento do próprio Sol, que se move
levando consigo todo o séquito de planetas a rodopiar no céu. A situação é curiosa, pois, quando os
dois movimentos se somam, a Terra acaba realizando uma infindável espiral no espaço, algo como
um descomunal saco-rolha. Na verdade, é difícil visualizar a tortuosa trajetória da Terra, já que o
Sol não corre em linha reta, mas gira a cerca de 1 milhão de quilômetros por hora em torno do
centro da galáxia, a Via Láctea—levando quase 200 milhões de anos para completar o percurso. Sob
a forma de um grande redemoinho, onde se agitam nada menos de 200 bilhões de estrelas— das
quais alguns milhares enfeitam as noites terrestres—, também a Via Láctea está sendo arrastada.
Junto com outras 21 galáxias próximas, denominadas coletivamente Grupo Local, ela arremete na
direção de um distante aglomerado de galáxias, conhecido como Virgem.
“Nesse ponto, é inevitável nos sentirmos como uma colônia de micróbios na ponta da asa de uma
andorinha”, compara o astrofísico brasileiro Augusto Damineli, do Instituto Astronômico e
Geofísico (IAG) da USP. Nessa metáfora, cada andorinha representa uma galáxia. “Então, a
hercúlea tarefa do astrônomo é tentar prever o destino de todo o bando de aves”, descreve
Daminelli. Não se deve esquecer que a Terra, assim como o Sol e as outras estrelas, acompanha o
movimento das galáxias e aglomerados. A sua revoada cósmica, por essa razão, se torna
terrivelmente complexa. Além disso, as galáxias muitas vezes se emaranham umas nas outras em
épicas confusões—é o que astrônomos chamam “canibalismo cósmico”.
A própria Via Láctea, neste momento, parece estar dilacerando uma dessas vizinhas menores”,
provoca o astrofísico Daminelli. Trata-se da Pequena Nuvem de Magalhães, situada a apenas 150
mil anos-luz de distância (cada ano-luz representa 9,5 trilhões de quilômetros; em comparação, a
mais próxima grande galáxia, Andrômeda, situa-se a 2,2 milhões de anos-luz). Assim, as partes mais
próximas da Nuvem de Magalhães estão sendo tragadas pelo puxão gravitacional da Via Láctea. É
certo que algumas colisões cósmicas podem envolver centenas de galáxias, gerando um híbrido
imenso e deformado, com mais de 1 trilhão de estrelas— algo que soa natural apenas a uma ínfima
fração do gênero humano, os astrofísicos.
No entanto, o fato de sermos simples micróbios em escala galáctica tem as suas vantagens: “Essas
colisões são muito grandes para nos afetar”, ensina Daminelli. De fato, se a Via Láctea caísse na
goela de um canibal do espaço, as nossas estrelas apenas mudariam de posição—não haveria choque
com as invasoras porque os astros estão geralmente muito afastados uns dos outros. Além desse
efeito, notaríamos apenas, milênio após milênio, um vigoroso aumento do número de estrelas no
céu. O primeiro passo para a descoberta do Grande Atrator, nesse agitado ambiente intergaláctico,
foi dado por dois pesquisadores americanos, Brent Tully e Marc Aaronson (este, falecido no ano
passado e o primeiro trabalhando na Universidade do Arizona).
A sua proeza foi determinar, há mais de dez anos, o movimento das 22 galáxias do Grupo Local na
direção do aglomerado de Virgem, a 900 mil quilômetros por hora. Essa violenta fisgada se explica
porque, embora a 70 milhões de anos-luz de distância, o aglomerado de Virgem contém centenas de
galáxias e ainda um avantajado canibal bem no seu centro. Mas a Virgem não permaneceu muito
tempo com o título de Atrator: em 1977, descobriu-se que a Terra tinha outra direção no espaço
além dessa. O planeta parecia estar se dirigindo rumo ao superaglomerado de Hidra-Centauro, duas
vezes mais distante e—a julgar por sua força— dez vezes maior do que a Virgem.
A surpresa foi grande, pois não se esperava que houvesse outra enorme concentração de matéria
capaz de competir com aquele aglomerado. Mas a novidade foi cuidadosamente checada e
confirmada. Os grandes telescópios revelaram que na direção da parte da Via Láctea ocupada pelas
constelações da Hidra e do Centauro, mas a 120 milhões de anos-luz, há um gigantesco enxame de
estrelas, como nunca se tinha visto antes. A descoberta deixou os cientistas desconfiados; afinal,
como ter certeza de que no futuro não se achariam novas causas para o rocambolesco movimento
da Terra? Era preciso imaginar um meio de dar um xeque-mate na questão—e foi com essa meta
que se reuniram, há cerca de cinco anos, os membros de um grupo de elite da comunidade
astronômica, que atende pelo respeitável apelido de Os Sete Samurais. Fiéis à fama, os americanos
Alan Dressler, David Bernstein, Roger Davis, Sandra Faber, e os ingleses Donald Lynden-Bell,
Robert Terlevich e Garry Wegner decidiram lançar mão dos mais modernos instrumentos de
investigação celeste para levar a cabo a missão. Suas armas de pesquisa são as mais sofisticadas do
planeta, como os telescópios estrategicamente situados nos Andes chilenos, Estados Unidos,
incluindo Havaí, Austrália e África do Sul. A grande vantagem desses instrumentos é a
disponibilidade de tempo: podem ser empregados por longos períodos no mapeamento do céu. A
eles, os Sete Samurais acrescentaram detectores eletrônicos capazes de registrar oitenta de cada cem
partículas de luz que recebem—um avanço espantoso em relação aos filmes fotográficos, que
acusam uma única partícula a cada cem.
Enfim, vêm os computadores. Diretamente ligados aos telescópios, analisam e corrigem
incessantemente as imagens captadas, transformando sinais distorcidos em fonte segura de
informação. Após cinco anos de trabalho, os Sete Samurais expuseram o resultado da caçada: o
próprio superaglomerado de Hidra-Centauro está sendo arrastado. Ou seja, não é ele ainda, o
Grande Atrator.
Apresentada no final do ano passado, a notícia causou grande agitação entre os cientistas. Primeiro,
porque o mapeamento dos Sete Samurais foi extremamente amplo, medindo a posição e a
velocidade de 400 galáxias num raio de 400 milhões de anos-luz.. O segundo motivo de agitação é
mais complexo. A partir de 1977, inventou-se novo método—muito preciso —para medir a
velocidade da Terra, utilizando para isso nada menos que o brilho apagado do Big Bang, a grande
explosão que deu origem ao Universo.Essa luz fóssil, gerada entre 15 e 20 bilhões de anos atrás
preenche por igual todo o Cosmo e chega à Terra vinda ao mesmo tempo de todas as direções. Ela
agora se encontra na forma esmaecida de microondas, semelhante à radiação empregada nos fogões
modernos. É o fato de ser idêntico em todas as direções do espaço que torna a luz do Big Bang um
bom meio de medir a velocidade da Terra. Pois, se a Terra se move numa certa direção, a radiação
primitiva será um pouco mais forte nessa direção —quebrando a uniformidade original do brilho
cósmico. As medições realizadas até agora são taxativas: há realmente um ponto no céu onde a
radiação se acentua, enquanto no rumo exatamente oposto ela se reduz a um mínimo.
Esse seria o movimento definitivo da Terra— medido em relação ao próprio espaço e não em
relação a outras estrelas e galáxias. Descontadas todas as piruetas, a Terra estaria avançando a cerca
de 2 milhões de quilômetros por hora rumo à constelação de Hidra. É de perder a respiração.
Durante toda a história da humanidade, a sensação de movimento sempre provocou um certo
desconforto. Quando o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) descobriu a revolução
da Terra em torno do Sol—foi a primeira vez que se admitiu que a Terra não estava em repouso
sereno—, a reação dos conservadores foi violenta, como se vê pelo destino do filósofo italiano
Giordano Bruno (1548-1600), queimado por defender a existência de infinitos mundos em
permanente correria cósmica.
Lentamente, a noção de movimento acabou se impondo, mas mesmo assim resta uma certa
inquietação. Esta se revela, no caso do Grande Atrator, diante da possibilidade de que o Universo
não seja tão bem organizado quanto se pensava. “As grandes concentrações de galáxias perturbam a
imagem que temos do Cosmo”, observa Daminelli. Feitas todas as contas, explica ele, os cientistas
esperavam encontrar uma escala de distância onde as concentrações desapareceriam: o excesso de
galáxias em alguns lugares seria compensado pela ausência de matéria em outros.
Os mais recentes mapeamentos do céu deixam dúvida, porém, quanto à existência de tal escala: 400
milhões de anos-luz é uma porção considerável do espaço e mesmo assim continua apresentando
desigualdade na distribuição dos astros. Por que será que o Universo apresenta uma face luminosa
tão uniforme, enquanto a matéria se mostra tão heterogênea? Esta é a monumental pergunta que o
Grande Atrator coloca aos cientistas empenhados em caçá-lo. Da resposta pode resultar mais uma
reviravolta no conhecimento humano sobre o infinitamente grande.
O Universo por um fio
O céu é habitado por uma vasta coleção de seres estranhos e inesperados — pelo menos nas teorias
que buscam explicar o cósmico tropel de galáxias relacionado com o Grande Atrator. Segundo um
desses vôos de imaginação científica, talvez a Terra não esteja sendo atraída por um gigantesco
vespeiro de estrelas, e sim pela força de objetos pré-históricos — e ponha-se pré-histórico nisso —,
como, por exemplo, aquilo que os estudiosos resolveram chamar de cordas. Naturalmente, essas
exóticas figuras das equações cosmológicas nunca foram avistadas no céu, mas alguns teóricos crêem
que elas teriam surgido 1 segundo depois da grande explosão que deu origem ao Universo. Durante
o resfriamento que se surgiu ao inferno primordial, parte da energia ficou cristalizada sob a forma
de fios imensos, finíssimos e pesadíssimos.
Um único centímetro de um fio desses pesaria tanto quanto uma montanha, embora as cordas
supostamente fossem quatrilhões de vezes mais finas que o núcleo de átomo. Em junho último,
uma equipe do Laboratório de Los Alamos, nos Estados Unidos, sugeriu que o Grande Atrator
poderia ser um novelo de cordas pesando 10 quatrilhões de vezes mais do que o Sol. Outros
pesquisadores, como o americano Jeremiah Ostriker, acreditam até que as cordas talvez tenham
sido a semente que fez surgir as próprias galáxias. Como se sabe, as galáxias são estruturas bem
organizadas e bem delimitadas no espaço—por isso mesmo, os cientistas não sabem explicar como
elas se formaram a partir do caldo indiferenciado de matéria e energia existente nos primórdios do
Cosmo.
O professor Ostriker vai ainda mais longe: ele sustenta que as cordas criaram a inesperada sucessão
de vazios e grandes concentrações de galáxias observada no Universo. Os vazios se assemelham a
bolhas em cuja superfície monumental se acomodam as galáxias e os aglomerados de galáxias. Essas
bolhas, sugere o cientista, seriam consequência da pressão de radiação emitida pelas cordas. “Se as
cordas existirem, elas deverão alterar a própria forma do espaço-tempo”, deduz o veterano
cosmologista americano Joseph Silk. Seja como for, não se chegará muito mais perto do Grande
Atrator antes disso. Mesmo que o Universo fosse estático—se a distância entre as galáxias não se
ampliasse continuamente, como pontos na superfície de um balão inflando—, ainda assim
levaríamos 30 bilhões de anos para chegar até essa misteriosa entidade. É um tempo mais que
suficiente para decifrar o grande enigma.
parte 3 (teorias)
Certo,vamos começar falando sobre a teoria das cordas, uma das mais famosas.
A teoria das cordas propõe unificar toda a física, unindo a teoria da relatividade e a teoria quântica
em uma única estrutura matemática. Como candidata à chamada “Teoria de Tudo”, a Teoria das
Cordas visa abordar vários enigmas teóricos; o mais fundamental é como a gravidade funciona para
objetos minúsculos como elétrons e fótons.
Uma solução possível, que os teóricos emprestaram dos físicos nucleares na década de 1970, é
livrar-se das problemáticas partículas de grávitons pontuais. Cordas, e apenas cordas, podem colidir
e se recuperar, sem implicar infinitos fisicamente impossíveis.
A teoria das cordas vira a página na descrição padrão do universo. Substituindo todas as partículas
de matéria e força, apenas um elemento: minúsculas cordas vibratórias que torcem e giram de
maneira complexa que, da nossa perspectiva, parecem partículas. Uma corda de um determinado
comprimento, atingindo uma nota específica, ganha as propriedades de um fóton, e outra corda
dobrada e vibrando com uma frequência diferente, desempenha o papel de um quark, e assim por
diante.
Além de domar a gravidade, a estrutura se mostrou atraente por seu potencial de explicar as
chamadas constantes fundamentais, como a massa do elétron. O próximo passo é encontrar o
caminho certo para descrever a dobragem e o movimento das cordas.
Essa simplicidade inicial, acabou por custar uma complexidade inesperada. A matemática das
cordas não funcionava nas quatro dimensões familiares (três de espaço e uma de tempo). Seriam
precisos seis dimensões adicionais (para um total de 10) visíveis apenas para as pequenas cordas.
Além do enigma 10 dimensões, os físicos haviam apresentado cinco teorias conflitantes sobre
cordas em meados da década de 1980. A teoria de tudo foi fraturada. No entanto, durante a década
seguinte, os cientistas que exploravam as relações entre as cinco teorias começaram a encontrar
conexões inesperadas.
Teoria M
Estudiosos argumentaram que as cinco teorias de cordas representam uma aproximação de uma
teoria tridimensional mais fundamental em uma situação específica; da mesma forma que as teorias
da relatividade de Einstein, que dobram o espaço e o tempo, correspondem à descrição de Newton
de objetos que se movem a velocidades normais.A nova teoria é chamada de teoria M, embora até
hoje ninguém saiba que forma matemática ela pode assumir. O “M” provavelmente é inspirado por
objetos de maior dimensão, chamados membranas; mas como a teoria não possui equações
matemáticas concretas, o “M” continua sendo um espaço reservado sem significado oficial.
Tentativas de encontrar equações gerais que funcionassem em todas as situações possíveis fizeram
pouco progresso. Porém a suposta existência da teoria fundamental, deu aos teóricos o
entendimento e a confiança necessários para desenvolver técnicas matemáticas para as cinco versões
da teoria das cordas e aplicá-las no contexto certo.
Entropia
As cordas são pequenas demais para serem detectadas com qualquer tecnologia concebível. Ainda
assim, um sucesso teórico inicial foi a capacidade de descrever a entropia dos buracos negros em
1996. Entropia refere-se ao número de maneiras pelas quais você pode organizar as partes de um
sistema. Porém, sem poder ver as profundezas impenetráveis de um buraco negro, ninguém sabe
que tipo de partículas pode estar dentro ou que arranjos podem ser tomadas.
No entanto, no início dos anos 70, Stephen Hawking e outros mostraram como calcular a entropia,
sugerindo que os buracos negros têm algum tipo de estrutura interna. A maioria das tentativas de
descrever a composição do buraco negro é insuficiente, mas tornou-se possível calcular as
configurações de sequências hipotéticas com a teoria das cordas.
Contudo, a estrutura de cordas ainda enfrenta muitos desafios: ela produz um número impossível
de maneiras de dobrar as dimensões extras que parecem se encaixar nos amplos recursos do Modelo
Padrão da física de partículas, com pouca esperança de distinguir qual é a correta. Além disso, todos
esses modelos se baseiam em uma equivalência entre partículas de força e partículas de matéria,
chamadas supersimetria, que, como as dimensões extras, não observamos em nosso mundo. Os
modelos também não parecem descrever um universo em expansão.
Independentemente de como a candidatura da Teoria de Tudo da teoria das cordas evolua, seu
legado como um programa de pesquisa produtivo pode ser garantido apenas por mérito
matemático.
Cientistas destacaram conexões chamadas dualidades. Uma dualidade é um relacionamento
abstrato e matemático entre duas situações que parecem diferentes, mas podem ser traduzidas de
uma para a outra. Considere, por exemplo, um holograma de pássaro no cartão de crédito. É 2D ou
3D? No sentido físico, o adesivo é plano, mas, no sentido visual, a imagem tem profundidade.
Ambas as descrições concordam que o holograma contém um pássaro.
Vamos falar da nossa grande teoria da relatividade, também sendo uma das mais famosas.
Teoria da Relatividade
A Teoria da Relatividade foi proposta pelo físico alemão Albert Einstein (1879-1955).
Ela representa a conjugação de duas teorias: a teoria da relatividade restrita (especial) e a teoria da
relatividade geral.
A teoria da relatividade especial foi publicada em 1905 no artigo "A Eletrodinâmica dos Corpos em
Movimento".
Já a teoria da relatividade geral foi apresentada em novembro de 1915 à Academia Prussiana de
Ciências, sendo publicada oficialmente poucos meses depois.
Na conjugação dessas duas teorias, Einstein explica as situações em que a física de Isaac Newton
falhou.
Assim, ele desenvolveu mudanças que revolucionaram as propostas para os conceitos de espaço,
tempo e gravidade.
1. Todas as leis da natureza são as mesmas em todos os sistemas de referência inerciais (sistemas de
referência não-acelerados).
2. A velocidade de propagação da luz no vácuo é a mesma em todos os sistemas de referência
inerciais (sistemas de referência não-acelerados).
Consequências
Uma consequência do 2º postulado é que o valor da velocidade da luz (3 .108 m/s) é um limite para
as velocidades. Nenhum corpo pode se mover com velocidade superior à da luz no vácuo.
Além disso, o fato da velocidade da luz ser constante, modificou as ideias clássicas do espaço e do
tempo.
O espaço e o tempo deixam de ser absolutos e passam a ser relativos.
O tempo medido entre o mesmo evento por observadores que estão em movimento relativo entre si
é diferente. Surge assim a ideia de dilatação do tempo.
Da mesma forma, ocorre uma contração do espaço medido por observadores em estados diferentes
(repouso e movimento).
Corpos em movimento sofrem uma contração na direção deste movimento em relação ao tamanho
que têm quando medidos em repouso.
A dilatação temporal e a contração do espaço só apresentam valores significativos quando os valores
das velocidades envolvidas são próximos aos da velocidade da luz no vácuo.
Fórmula
A teoria geral foi apresentada por Einstein 10 anos após a teoria restrita. Ela amplia a abrangência
daquela estendendo a descrição dos fenômenos físicos para sistemas acelerados (não inerciais).
A ideia básica da teoria é que a presença de matéria encurta o espaço-tempo. Assim, quanto maior
for a massa do corpo, mas ele encurva o espaço-tempo ao seu redor.
O Princípio da Equivalência, postula que um sistema de referência uniformemente acelerado é
fisicamente equivalente a um campo gravitacional uniforme.
Ao incluir campos gravitacionais, a teoria descreve os movimentos de objetos não mais como ação
de forças, mas sim como trajetórias sobre a superfície espaço-tempo.
A partir dessa nova concepção foi possível explicar o comportamento anômalo da órbita de
Mercúrio (precessão do periélio de Mercúrio).
A teoria previa que a luz deveria também acompanhar a curvatura da superfície espaço-tempo
gerada por campos gravitacionais intensos. O que foi posteriormente comprovado.
Foi previsto ainda que a medida do tempo também sofreria a influência dos campos gravitacionais.
Quanto mais intenso o campo, mais lentamente passaria o tempo.
Essa previsão também foi confirmada. Fazendo com que o Sistema de Posicionamento Global por
Satélite (GPS), para funcionar corretamente, seja necessário fazer correções.
Albert Einstein
Albert Einstein nasceu na cidade de Ulm, na Alemanha, em 1879 e morreu em 1955, nos Estados
Unidos.
O físico e matemático alemão recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1921, por trabalhos
desenvolvidos na física quântica e no estudo dos efeitos fotoelétricos.
Filho de uma família judaica e, temendo ser perseguido pelos nazistas na Alemanha, mudou-se para
os Estados Unidos.
Vamos agora para a teoria da evolução do universo, a grande teoria do Big Bang.
A teoria do Big Bang está entre as mais aceitas na atualidade para explicar a origem do Universo.
Sustenta que o Universo surgiu a partir da explosão de uma única partícula - o átomo primordial -
causando um cataclismo cósmico inigualável a cerca de 13,8 bilhões de anos.
A mesma teoria afirma ainda que o Universo está em contínua expansão.
Elaborada pelo astrônomo belga George Lemaître (1894-1966), a teoria considerou os estudos
sobre a Teoria da Relatividade Geral, do físico alemão Albert Einstein (1879 - 1955).
O matemático russo Alexander Friedmann (1888-1925), ao investigar soluções das equações da
relatividade geral, chegou a ideia da expansão do universo. Contudo, sua interpretação era muito
mais matemática do que física.
De forma independente, Lemaître chegou às mesmas soluções de Friedmann. Entretanto, ele foi
além da análise matemática, buscando explicar o universo real.
A teoria do Big Bang foi reforçada pelos estudos de Edwin Hubble (1889-1953) de que as galáxias
estão se afastando em todas as direções.
Nas suas observações, Hubble identificou que quanto mais distante a galáxia, maior é a velocidade
com que ela se afasta de nós (Lei de Hubble).
A Lei de Hubble nos leva a conclusão que, se o universo está em expansão, em algum momento do
passado o seu tamanho era mínimo. Sendo a grande expansão a responsável pela criação de tudo,
inclusive o espaço e o tempo.
Origem dos Planetas
Conforme a teoria, no instante um trilhão trilionésimo de segundo após o Big Bang, o Universo
quente e denso se expandiu com rapidez incompreensível para os padrões humanos, dando origem
ao escopo astronômico.
A expansão continuou de maneira mais lenta nos anos que se seguiram. À medida em que o
Universo esfriou, houve a combinação entre os elementos.
Antes desse evento, chamado "recombinação", o Universo era opaco, mas tornou-se transparente
para a radiação, também chamada de radiação cósmica de fundo.
Com o passar do tempo, a matéria esfriou e os mais diversos tipos de átomos começaram a se
formar e esses, eventualmente, se condensam e formam os corpos celestes do Universo atual
(estrelas, planetas, satélites e etc.).
Georges Lemaître
Georges Henri Joseph Édouard Lemaître foi um padre belga que ficou conhecido por seus estudos
em astronomia e cosmologia.
Lemaître nasceu em Charleroi, onde concluiu a educação secundária em uma escola jesuíta.
Formou-se em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Louvain, onde também obteve o
doutorado em Ciências e Matemática.
O cientista, que foi ordenado padre em 1923, lutou na 1º Guerra Mundial, onde atuou como
oficial de artilharia. No ano letivo de 1924 a 1925, Lemaître atuou na Harvard College Observatory
nos estudos que embasaram o seu doutorado.
Foi a partir das observações das equações de Einstein que passou a descrever o Universo em
expansão. Em um artigo publicado em 1927, previu que a velocidade de recessão de cada galáxia
deve ser proporcional à sua distância da Via Láctea.
Gravidade quântica em loop: a teoria em que espaço e tempo não existem
Para o físico Carlo Rovelli, compreender o mundo muitas vezes significa contrariar a nossa própria
intuição
Já parou para pensar que a realidade a sua volta pode não ser muito… real? Parece roteiro de filme
do Christopher Nolan, mas a verdade é que há uma teoria da física que prevê exatamente isso.
Segundo o físico italiano Carlo Rovelli, a teoria da gravidade quântica em loop reconhece que nós
precisamos mudar nossa noção de tempo e espaço para entender a física dos primórdios do
Universo e de dentro dos buracos negros. Ou seja, os conceitos de tempo e espaço simplesmente
não existem para esta teoria. E é por isso que ela é uma das ideias mais interessantes da física.
No livro A Realidade Não é o que Parece (Objetiva), Rovelli se dedica a informar os leitores de
modo simples e didático todos os aspectos deste conceito que parece absurdo, mas que ganha cada
vez mais relevância dentro da comunidade científica.
A treta do século
Para entender a gravidade quântica em loop, primeiro, é preciso entender as desavenças entre a
relatividade geral e a mecânica quântica — pode-se chamar de Ruth e Raquel, se preferir. A
primeira, proposta por Einstein, diz respeito aos corpos gigantescos do Universo, como estrelas e
planetas.
A segunda, é a base da física nuclear, ou seja, é a física que explica corpos muito, muito pequenos,
partículas menores do que prótons e elétrons. Este campo possui propriedades que não estão
presentes na teoria de Einstein, a relatividade geral. Mesmo assim, tanto o conceito do físico alemão
quanto a mecânica quântica parecem terrivelmente certos.
No livro, Rovelli cita uma antiga piada: “A natureza está se comportando conosco como aquele
rabino idoso consultado por dois homens para resolver uma disputa. Depois de ouvir o primeiro, o
rabino disse: ‘Você tem razão’. O segundo insistiu para ser ouvido. O rabino escutou e lhe disse:
‘Você também tem razão’. Então a mulher do rabino, que escutava a conversa de outra sala, gritou:
‘Mas os dois não podem ter razão ao mesmo tempo’. O rabino pensou um pouco, concordou e
concluiu: ‘Você também está certa’”.O Universo elegante
A questão é que cientistas são atraídos por teorias elegantes, ou seja, simples e funcionais. E essa
falta de compatibilidade entre as duas maiores teorias da física deixa a comunidade científica com o
cabelo mais em pé que o de Einstein.
Vários estudiosos tentaram resolver o problema ao longo dos anos. A busca por uma teoria única
que junte estes dois campos de estudo é o sonho de qualquer cientista. Sim, estamos falando da
Teoria de Tudo. E é aí que surge a Teoria das Cordas, como uma proposta para unificar as gêmeas
briguentas da física teórica.
Mas, enquanto os teóricos das cordas acreditam que o mundo quântico é formado por minúsculos
filamentos de energia (as cordas), os cientistas que defendem a ideia da gravidade quântica em loop
sequer acreditam que haja um mundo infinitamente pequeno que comporte estas cordas. São ideias
tão antagônicas que rendeu até briga em The Big Bang Theory , sem dúvidas o melhor seriado de
todos, meu preferido é o Sheldon, ele é perfeito.
Diferente de sua rival, a teoria da gravidade quântica em loop nem tem a pretensão de ser uma
Teoria de Tudo. “Acho que estamos bem longe disso porque ainda precisamos compreender muita
coisa sobre o Universo”, disse Rovelli à GALILEU. “A gravidade quântica em loop é ‘apenas’ uma
teoria que busca entender o Big Bang e o interior dos buracos negros. Eu ficaria bem feliz se
entendesse ‘apenas’ isso.”
Vale lembrar que nem a Teoria das Cordas, nem a gravidade quântica em loop têm comprovação
em laboratório. Por isso, são apenas sugestões de visão de mundo. Neste cabo de guerra da física
teórica, cada uma tenta juntar as evidências que pode já que ainda não existe tecnologia capaz de
fazer um tira-teima.Surge o loop
Esta tensão entre os dois tipos de física não existe na teoria da gravidade quântica em loop porque,
no fim, as duas conversam entre si. Rovelli explica: “A gravidade quântica em loop combina
relatividade geral e mecânica quântica com muito cuidado, porque não utiliza nenhuma outra
hipótese a não ser essas duas teorias, oportunamente reescritas para se tornarem compatíveis. Mas
suas consequências são radicais”.
Com a relatividade geral, aprendemos que o espaço não é mais uma caixa rígida e inerte, como um
recipiente em que você joga suas coisas. Ele é mais parecido com o campo eletromagnético (por
onde se propagam coisas como as ondas de rádio ou a luz que chega aos nosso olhos, que também é
onda): um imenso molusco imóvel em que estamos imersos, um molusco que se comprime e se
retorce, como escreveu Rovelli.
Já a mecânica quântica nos ensina que campos como este são feitos de “quanta”. Isso quer dizer que
o espaço seria formado por pequenos pacotinhos, como os fótons que formam a luz – a isso damos
o nome de estrutura granular. A diferença entre os fótons e os pacotinhos de espaço, ou “quanta de
espaço” (para dar um nome chique), é que, enquanto os fótons vivem no espaço, os pacotinhos de
espaço são eles próprios o espaço. Doido, né?
Ou como Rovelli explica no livro: “O espaço como recipiente amorfo das coisas desaparece da física
com a gravidade quântica. As coisas (os quanta) não habitam o espaço, habitam uma os arredores
da outra, e o espaço é o tecido de suas relações de vizinhança.“
Assim, entende-se que, em uma escala muito, muito pequena, o espaço não é mais algo contínuo,
ele tem um limite, que é o limite dos pacotinhos que o formam. E essa é um dos pilares da teoria da
gravidade quântica em loop.Quanto tempo o tempo tem
Outro ponto crucial da teoria é a forma como entendemos o tempo. E, se precisamos abandonar a
ideia de que o espaço é um “recipiente que contém as coisas”, também precisamos parar de ver o
tempo como uma linha na qual as coisas fluem. Aqui, em uma escala minúscula, o tempo não é
uma sucessão de acontecimentos formados por passado, presente e futuro.
Einstein já havia sugerido que o tempo e o espaço formam um todo único. E deu a isso o criativo
nome de “espaço-tempo”. Ou seja, não podemos vê-los como coisas separadas. E as teorias do físico
alemão também só ajudam a reforçar que o que entendemos por tempo é bastante limitado.
Segundo esta ideia, é errado, por exemplo, pensar que o tempo é o mesmo em todos os lugares. Ele
não é. Um relógio que está sob um móvel não vai marcar o mesmo horário de um outro que esteja
sob o chão, assim como o tempo de quem está na praia é diferente daquele de quem não está em
uma cidade litorânea. Isso porque quando mais próximo da Terra, onde a gravidade é mais intensa,
mais devagar o tempo passa.Nossos relógios de pulso e celulares não são capazes de perceber essa
diferença de infinitésima frações de segundo, mas instrumentos mais precisos de laboratório são.
Rovelli explica que, para entendermos a teoria da gravidade quântica, não devemos pensar que
exista um gigantesco relógio cósmico que marque o tempo do Universo. Pense em um recorte de
tempo como o “ano”, por exemplo. Um ano nada mais é do que o período em que a Terra dá uma
volta em torno do Sol. Ou seja, o “ano” é uma medida que só faz sentido para os terráqueos.
Possíveis alienígenas que vivessem em Plutão não teriam a mesma ideia de ano que nós, já que o
“ano” lá corresponde a 248 anos na Terra. Eles seriam obrigados a inventar uma outra forma de
comemorar aniversários ou de organizar a previdência. Assim, é possível perceber que o nosso
conceito de tempo nada mais é do que uma espécie de “acordo”, uma convenção que pouco tem a
ver com as leis do Universo como um todo.
Aprendemos com Einstein, há mais de um século, que cada objeto do Universo possui um tempo
próprio. Se na Terra, em altitudes diferentes, o tempo já muda, imagina em Marte ou na Próxima B.
É isso mesmo o que você está pensando, fã de Interestelar, foi exatamente essa ideia que permitiu
com que Matthew McConaughey ficasse mais novo do que a própria filha.
Antes do alemão, o próprio Newton já havia afirmado que não podíamos medir o “verdadeiro”
tempo, mas, se assumirmos sua existência, teríamos uma forma eficaz de descrever vários fenômenos
da natureza. De fato. O problema é que em uma escala muito pequena, uma escala quântica, o
tempo como o conhecemos não funciona.
“Trata-se de uma mudança simples, mas, do ponto de vista conceitual, o salto é grande. Temos de
aprender a pensar o mundo não como algo que muda no tempo, mas de alguma outra maneira. As
coisas mudam apenas uma em relação a outra. No nível fundamental, o tempo não existe”, escreveu
Rovelli.
Resumindo: o espaço é um campo e o tempo nasce dos processos desse mesmo campo. Logo, o
Universo inteiro seria formado por campos quânticos. E estes campos quânticos não viveriam no
espaço-tempo, já que eles seriam o próprio espaço-tempo, ou seja, tudo o que nos cerca seria
formado por campo sobre campo.
A estes campos que vivem sobre si mesmos sem a necessidade de um “suporte” damos o nome de
“campos quânticos covardiantes". O nome é assustador, mas a ideia é bem simples. “A substância de
que é feito o mundo simplificou bastante nestes últimos anos. O mundo, as partículas, a energia, o
espaço e o tempo, tudo isso é apenas a manifestação de um único tipo de entidade: os campos
quânticos covariantes.”
A ideia fica mais clara quando a comparamos com a luz, que é formada por fótons e ondas. Se você
se afastar o suficiente de um punhado de fótons, vai conseguir enxergar as ondas. Ou seja, os fótons
são a maneira como as ondas interagem.
Da mesma forma, o espaço e o tempo seriam formados por quantas de gravidade. Como os fótons
que permitem a interação entre as ondas de luz, os quanta de gravidade possibilitam a interação
entre espaço e tempo.Basta olhar para si mesmo. O que forma os seres humanos? Um braço? Uma
célula? Um átomo? Não. O que forma um ser humano é o conjunto de todas estas coisas. Se você se
afastar o suficiente de uma molécula do corpo humano vai poder ter uma visão geral do humano
que ela forma.
Como colocar Rovelli: “Pense nas montanhas. Onde ela começa? Onde ela termina? Quanto ela
continua sob a terra? São perguntas sem sentido, porque uma montanha não é um objeto em si, é
só uma maneira que temos de dividir o mundo para falar dele mais facilmente. Seus limites são
arbitrários, convencionais, cômodos. São maneiras de organizar a informação que dispomos, ou
melhor, formas da informação que dispomos”.
Tudo bem, é complexo, mas não é difícil. Segundo Rovelli, o preço conceitual pago para entender a
teoria da gravidade quântica em loop é a renúncia à ideia de espaço e tempo como estruturas gerais
para enquadrar o mundo. Ninguém pode chegar até você, dizer esse absurdo e fingir que não
aconteceu nada. Aconteceu, sim.Talvez, a dificuldade em entender o conceito se deva ao fato de que
é praticamente impossível pensar em um mundo sem tempo e sem espaço. Isso porque essa ideia
coloca em risco a própria realidade à nossa volta — daí para o niilismo de Nietzsche é um pulo. Mas,
como alertou o físico italiano, “compreender o mundo muitas vezes significa contrariar a nossa
própria intuição”.
Tire alguns segundos para refletir sobre o que você acabou de ler e assimilar o assunto. Ninguém vai
te culpar.
No fim, uma das maiores contribuições da gravidade quântica em loop é a nova forma de visão de
mundo que ela oferece. Por definir que existe um limite para o espaço e o tempo, a tensão entre
Ruth e Raquel, quer dizer, entre a relatividade geral e a mecânica quântica não existe mais.
Não precisamos tentar entender o que se passa em um universo infinitamente pequeno, em que as
leis de Einstein não fazem sentido, porque simplesmente não existe um universo infinitamente
pequeno, ele tem um limite: os quanta de gravidade. Ao eliminar essa ideia de espaço contínuo,
conseguimos encaixar as peças.
Ou seja, não é porque se trata de uma ideia sem comprovação que não devemos dar bola para ela.
Tem sempre a chance de que o problema seja dos seres humanos (e de sua incapacidade
tecnológica), não da teoria.
"Na física, nós não conseguimos provar de fato uma teoria, o que fazemos é excluir teorias
alternativas. De qualquer forma, você pode pesquisar mais e descobrir que aquela teoria que
julgavam ser fundamental têm estruturas mais fundamentais ainda. Então, não podemos afirmar
que nenhuma teoria da física é absolutamente correta (ou incorreta) porque não temos acesso a
todos os níveis de informação", afirmou a física teórica Lisa Randall, da Universidade Harvard, em
uma conferência.
Com esta teoria da física, ironicamente, ganhamos uma maneira mais filosófica de ver o mundo, já
que vem da filosofia essa ideia de deixar de ver o espaço como um “recipiente”. “Quanto mais
aprendemos de forma interdisciplinar, melhor compreendemos as coisas. Einstein lia muita
filosofia; Kant, Milton e Borges foram muito influenciados pela física... Manter a educação
separada nos torna mais ignorantes”, diz Rovelli à GALILEU.
Talvez, a questão mais interessante da ciência seja a de que quanto mais desvendamos o mundo,
mas descobrimos coisas a desvendar. Parafraseando o italiano, a única coisa realmente infinita no
Universo é a nossa ignorância.
Seleção natural cosmológica
Físico aplica a teoria da seleção natural para tentar explicar a origem do Universo.O Universo Fértil
ou também chamada Seleção Natural Cósmica é uma ideia desenvolvida por Lee Smolin, físico
norte americano, que sugere que as regras da Biologia se aplicam também ao universo em grande
escala. Segundo essa teoria buracos negros podem gerar um novo universo em outra região do
Multiverso e que esse novo universo pode possuir propriedades parecidas com às do universo que o
criou, como uma forma de “herança genética”. Os universos bebês por sua vez poderiam ou não
produzir buracos negros que também criariam outros universos… quanto mais buracos negros um
universo produzir tantos mais “filhos” ele terá, por outro lado universos pobres de buracos negros
teriam poucos “filhos” antes de sofrer uma “morte térmica” e outros até atingiriam a morte térmica
sem ter “gerado” nenhum universo. Por esse processo podemos
vislumbrar um multiverso repleto de universos com buracos negros e poucos sem eles. Isso é uma
forma de seleção natural. Essa teoria é interessante por ajudar a responder porque nosso universo é
do jeito que é – estudando a origem, a formação e o desenvolvimento do nosso
universo parece haver uma “conspiração cósmica” para criar um mundo capaz de produzir vida, e
talvez, vida inteligente. Com a nova abordagem, que é altamente especulativa, que fique claro, o
universo em que vivemos não é “especialmente projetado” para nos abrigar, ele é somente mais
um entre tantos outros que, por suas propriedades, pode produzir buracos negros, muitos deles… e
essas mesmas propriedades são as que permitem a formação de sistemas estelares, planetas sólidos,
água, complexas moléculas orgânicas e finalmente vida. O que diriam os “pais” da seleção natural,
Darwin e Wallace, dessa extrapolação ?
Universo oscilante
A teoria de universo oscilante é um dos muitos que foram planejados como uma possível explicação
da origem e evolução do universo. Segundo essa teoria, o universo oscilaria entre um Big Bang (Big
Bang) e um Big Crunch (Big Implosion).
Este processo pressupõe um começo e um fim de um universo que dá origem a um novo Big Bang
e, consequentemente, a um novo universo. Também é conhecida como a teoria do universo cíclico.
Para alguns físicos, isso seria possível se o hidrogênio presente nos espaços intergalácticos excedesse
a matéria de todas as galáxias em sete vezes.
Isso diminuiria a velocidade de voo das galáxias e começaria a colidir umas com as outras para
formar o Ylem Primitivo ou estado inicial do universo. De acordo com essa abordagem, a idade do
universo excede 80 bilhões de anos.
Em seu livro História do tempo Stephen Hawking, ao falar dessa teoria, assemelha-se ao universo a
um acordeão que se abre para uma linha do tempo expansiva que chegaria a uma freada
gravitacional para iniciar o recuo até sua implosão. Para este autor, seria um universo único e
auto-suficiente.
Uma teoria do universo oscilante, parte da premissa de que o universo é fechado com um raio de
curvatura que também irá oscilar.
Isso também significa que o universo atual pode ser o primeiro de uma série possível de universos.
Também poderia ser mais um ou o número n da série.
Cientistas envolvidos com a teoria do universo oscilante
Alexander Friedmann
Ele foi um matemático que desenvolveu essa ideia na forma de equações matemáticas em 1922.
Richard Tolman
Embora Friedmann tenha desenvolvido o modelo matemático, foi essa física-química que fez a
afirmação completa do universo oscilante pela primeira vez em 1934.
George Gamow
Ele falou da teoria indicando que a grande explosão deu origem a estrelas e galáxias e que a expansão
que ocorreu como resultado do Big Bang tem diminuído.
Ou seja, se você comparar a velocidade de expansão há alguns anos com o que pode ser visto hoje,
você perceberia uma considerável diminuição na velocidade.
Para Gamow, esse fato sugere que a expansão do cosmos será progressivamente mais lenta até chegar
a um ponto em que não ocorra, mas, ao contrário, se contraia até formar outro "ovo cósmico".
Embora tenha sido aceita pelos cosmólogos por algum tempo, a teoria do universo oscilante deixou
de ser popular a partir de 1960, devido a várias contradições ou inconsistências que os cientistas
começaram a revelar.
De fato, na década de 1980, Stephen Hawking e Roger Penrose provaram que o universo não
poderia pular depois de uma contração, como sugerido pela teoria do universo oscilante.
Algumas dessas críticas estão relacionadas à fraca explicação de por que esse rebote deveria ocorrer e
à incompatibilidade com a segunda lei da termodinâmica segundo a qual, a entropia aumentaria em
cada oscilação para que não pudesse ser devolvida às condições iniciais.
Alguns cientistas acreditam que para um universo oscilante ser possível, o Big Crunch deve reiniciar
tudo, incluindo as leis físicas.
Por outro lado, não existe tal massa gravitacional no universo, para justificar a frenagem e a possível
contração do universo.
Alguns argumentam que a oscilação é eterna, enquanto outros acreditam que é apenas outro estado
cósmico, porque uma oscilação eterna degradaria o universo de acordo com as leis físicas
conhecidas.
A falta de uma explicação sobre a origem de tudo, o primeiro Big Bang, é outro ponto contra essa
teoria. A ideia de uma massa atômica primitiva ou "ovo cósmico" não satisfaz a comunidade
científica.
A descoberta da energia escura e o surgimento da ideia de que o universo não está fechado também
contribuíram para que os cientistas abandonassem essa teoria.
E nem ele encontrou muita aceitação entre os estudiosos que se aproximaram dele de uma posição
religiosa.
No entanto, há aqueles que ainda pensam que o universo oscila, e eles o vêem reforçado pelo
surgimento da cosmologia branca.
O físico Alexander Friedman, da Universidade de Petrogrado, é um dos defensores dessa teoria.
O modo de vida em um universo oscilante é outra questão não resolvida. Há aqueles que se
aventuraram a afirmar que seriam baseados no carbono e que o seu metabolismo funcionaria
através de reações químicas, como os seres vivos atualmente conhecidos.
Superando o universo oscilante
Como é uma teoria incompatível com as leis físicas do mundo conhecido, muitos cientistas
argumentam que o universo não se expandirá ao ponto da singularidade graças aos efeitos
quânticos da gravidade.
De acordo com isso, essas forças farão com que o universo continue a se expandir.
Para reforçar esta ideia, os cientistas confiam na evidência da radiação cósmica de fundo de
microondas (CMBR), que indica que o universo é susceptível de atingir um Big Freeze ou Heat
Death.
Tal evidência foi coletada com o mesmo dispositivo que ajudou a calcular a idade do universo: a
sonda Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP). Portanto, é uma probabilidade muito
convincente no ambiente científico.
Agora vamos falar sobre a teoria da evolução, não é astronomia mas é ciência.É uma das teorias mais
importantes para a humanidade.
A evolução é a chave para entendermos a história da vida no nosso planeta, uma vez que é através
dela que compreendemos as modificações de formas de vida no decorrer do tempo.Os fósseis, sem
sombra de dúvidas, são umas das principais evidências da evolução
A Evolução é uma das partes mais importantes da Biologia. Segundo Stephen Jay Gould, “de todos
os conceitos fundamentais nas ciências da vida, a evolução é o mais importante e também o mais
mal compreendido”. É através do estudo dessa área que conseguimos entender como as formas de
vida encontradas na Terra atualmente estão aqui e que processos elas sofreram durante o tempo,
fornecendo-nos, assim, a história da vida no planeta.
A evolução biológica pode ser definida como as modificações nos organismos através do tempo.
Segundo essa teoria, todos os organismos apresentam um ancestral comum e todas as espécies hoje
existentes são resultados de contínuos processos de mudanças. Admite-se, portanto, que todas as
espécies não são fixas e estão em constante modificação.
parte 4 (telescópios)
Observar o espaço é uma das atividades humanas mais comuns dos últimos 4 mil anos. Com o
advento do telescópio, essa observação foi facilitada, e hoje já obtemos o conhecimento de muitas
coisas, como os anéis de Saturno, as muitas luas de Júpiter, estrelas, entre outros. A história do
telescópio começa de forma inusitada — voltada para a guerra — e hoje em dia temos diversos
satélites apontados para os quatro cantos do espaço.
Anos antes de o ser humano utilizar o telescópio para observar as estrelas e corpos celestes, eles eram
utilizados para observar os movimentos de tropas inimigas em guerras. Não se sabe quem
exatamente é o inventor desse revolucionário instrumento, mas o primeiro registro foi feito por
Hans Lippershey, em 1608, na Holanda.
Diz a lenda que Lippershey teve a ideia do primeiro telescópio depois de ver duas crianças
brincando com lentes, porém, é impossível afirmar se isso é verdade ou não. Então ele começou a
trabalhar. Seu primeiro modelo consistia em uma espécie de tubo com duas lentes, a frontal
(também chamada de objetiva) era convexa e a outra, a de observação, era côncava. Apesar de
simples, o objeto conseguia ampliar a visão em até 3 vezes.
Antes de ser apontado para o céu, os primeiros modelos de telescópios eram usados durante as
guerras.
O inventor então levou sua criação para realizar o registro da patente junto ao governo holandês.
Outras pessoas levaram objetos parecidos mais ou menos na mesma época, e como a invenção era,
teoricamente, bem simples, o registro foi rejeitado pelo governo. Porém, Lippershey recebeu uma
grande encomenda, já que naquele período a Holanda estava em guerra contra a Espanha.
A luneta, como era conhecido até então o telescópio, dava uma grande vantagem durante conflitos,
já que permitia que se visse muito antes a movimentação de tropas inimigas. Isso fez com que, com
a licença poética da piada a seguir, a invenção corresse por todo o continente europeu como fogo
em um rastilho de pólvora. Até que a informação chegou ao país do macarrão e pizza, ou seja, à
Itália.
Galileo Galilei
Antes de contar qual a participação de Galileo Galilei, vamos ver sua biografia. A família de Galileo
queria muito que ele se tornasse um médico, e ele inclusive foi enviado para a Universidade de Pisa,
na cidade de Pisa. Mas ele sentia que aquilo não era muito a dele, ainda assim, ele se forçou a
continuar. A razão pela qual ele insistia era uma só: dinheiro.
Durante as aulas, eventualmente, Galilei acabava participando de algumas cadeiras de física.
Quando estava quase terminando a faculdade de medicina, ele finalmente percebeu que não queria
nada daquilo em sua vida, e foi falar com seu pai para mudar de curso, indo estudar matemática.
Mesmo antes de mudar de curso, ele já havia inventado uma série de objetos, mas nenhum deles fez
com que ganhasse alguma posição de prestígio com algum lorde. Foi então que a notícia de um
objeto que ampliava o campo de visão muitas vezes chegou ao seu ouvido. E mesmo sem ter exata
noção de como era a luneta holandesa, ele conseguiu recriar e melhorar o objeto.
Galileo Galilei não o inventou, mas sua contribuição mudou para sempre a forma como
observamos o espaço, tornando-o um símbolo na história do telescópio.
Galilei levou seu objeto para apreciação dos poderosos da cidade de Veneza, e finalmente ganhou
todo o respeito que esperava e um cargo de professor. Ele passou então a dedicar a sua vida aos
estudos e desenvolveu uma série de outros produtos, mas ele ousou fazer uma coisa com que até
então ninguém pensara: apontou sua invenção para o céu.
Essa simples ação revolucionou totalmente o campo da astronomia, que até então realizava suas
observações apenas a olho nu. Em 1610, ele publicou o livro Sidereus Nuncius (Mensageiro Sideral,
em tradução literal) e lá constava uma série de observações sobre a lua. Como, por exemplo, as
muitas montanhas e crateras que ela possui, além de desenhos e outras informações.
Conforme Galilei melhorava o telescópio, como a capacidade de aumentar em 30 vezes a
visualização de qualquer objeto, ele fez uma série de outras observações sobre os planetas do Sistema
Solar, como as várias luas de Júpiter, as fases de Vênus, uma vaga ideia dos Anéis de Saturno, além
de realizar a primeira observação do que viria a ser conhecido como Netuno. Além disso, ele
observou a Via-Láctea e começou um estudo sobre manchas solares no Sol.
Em 1615 Galilei endossou a ideia do heliocentrismo, na qual a Terra e os demais planetas giram em
torno do Sol, modelo desenvolvido pelo matemático Nicolau Copérnico em 1543. Isso fez com que
a Igreja Católica considerasse a ideia uma completa heresia. Nos anos seguintes, ele publicou uma
série de trabalhos que iam de forma contrária às ideias defendidas pela Igreja. Em 1632, ele publicou
o livro Dialogo sopra i due massimi sistemi del mondo (Diálogo sobre os Dois Principais Sistemas
do Mundo, em tradução literal). Isso o fez ser julgado pela Inquisição Romana, que o condenou à
prisão domiciliar até o fim de sua vida, em 1942.
Outros inventores
Após o avanço de Galileo Galilei na Astronomia, uma série de outros cientistas deram
contribuições para que esse campo avançasse enormemente. Um dos principais contribuintes foi
Johannes Kepler, que além de ter feito uma série de melhorias nos telescópios, foi extremamente
importante para o campo da ótica. Seu próprio modelo apresentava as imagens de cabeça para baixo
e ele foi o primeiro a conseguir explicar como os telescópios realmente funcionavam.
Outro cientista bastante importante foi Christiaan Huygens. Ele construiu um enorme telescópio,
que media 3,7 metros, em 1655, o maior daquela época. Utilizando o instrumento, o cientista
conseguiu fazer observações precisas de Saturno, vendo com detalhes os anéis daquele planeta.
Isaac Newton estudou muito o trabalho de seus antecessores e decidiu que ao invés de lentes, seu
telescópio usaria espelhos. Seu modelo usaria um espelho côncavo, utilizado para focar a luz em
direção a um espelho menor, que projeta a imagem até o usuário. Esse modelo se provou
extremamente bem sucedido, já que era significativamente mais barato que os anteriores, mais fácil
de se construir e simples.
Isaac Newton é considerado um dos maiores cientistas de todos os tempos.
Nos anos seguintes, pouca coisa mudou nos telescópios. A construção de telescópios gigantes
começou em 1789, pelo astrônomo e músico William Herschel. Ele utilizou como base o trabalho
feito por Isaac Newton, mas o aparelho não funcionou muito bem. Depois disso, outros
telescópios gigantes começaram a aparecer.
No estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, o empreendedor Charles Yerkes bancou a criação do
que viria a ser conhecido como o Observatório Yerkes, em 1897. O astrônomo George Ellery Hale
ficou responsável pela construção do telescópio, que utilizou duas lentes com 102 centímetros de
diâmetro, o que era impressionante para sua época. Dentre os cientistas que passaram pelo local,
Carl Sagan é o nome de maior destaque.
O século passado foi maculado por duas grandes guerras e outros conflitos menores que
culminaram na morte de milhões de pessoas. Ainda assim, a observação espacial avançou como
nunca.
O telescópio foi desenvolvido por acaso. Em 1930, o engenheiro Karl Guthe Jansky, que trabalhava
na Bell Telephone Laboratories, foi designado a descobrir de onde estava vindo uma fonte estática
que estava interferindo com os sinais de rádio e telefone da região. Ele acabou construindo um
objeto muito grande, com 30 metros de diâmetro e 6 metros de altura, que podia girar totalmente
no seu próprio eixo. O telescópio conseguiu receber sinais de 20.5MHz e com os dados recolhidos,
ele descobriu que a fonte da interferência vinha de fora do nosso sistema solar.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o astrônomo Sir Bernard Lovell decidiu construir um
gigantesco telescópio para observar o espaço. Ele havia trabalhado para a Força Aérea Real do Reino
Unido como um operador de radar, com a função de detectar aeronaves e embarcações. No
condado de Cheshire, na Inglaterra, em 1957, foi inaugurado o Observatório Jodrell Bank, com um
telescópio de 76 metros. Esse enorme telescópio foi fundamental para o estudo de diversos
meteoros, quasares (uma espécie de fonte de rádio estelar) e muitos outros.
O telescópio Hubble é um dos grandes responsáveis pela imensa evolução da astronomia nos
últimos 30 anos e um marco na história do telescópio.
A NASA, a Agência Aeroespacial Norte Americana, planejava desde 1946 colocar um satélite
artificial no espaço, com o intuito de facilitar a observação espacial. Porém, seu lançamento só foi
realizado muitos anos depois, em 1990. O telescópio possui um espelho de 2,4 metros e uma série
de outros instrumentos que auxiliam em sua tarefa de captar imagens em alta definição. O Hubble
já recebeu outros instrumentos, além de ter sido consertado diversas vezes.
Após mais de 30 anos de ótimos serviços prestados, o telescópio Hubble receberá em breve um
“substituto”. A NASA, em conjunto com ESA (European Space Agency, a Agência Espacial
Europeia em tradução literal) e a CSA (Canadian Space Agency, a Agência Espacial Canadense em
tradução literal), estão produzindo o James Webb Space Telescope (Telescópio Espacial James
Webb, em tradução literal).
O novíssimo telescópio será montado com 18 espelhos hexagonais. O material utilizado em cada
um deles é uma mistura de ouro com berílio. A junção de todos criará um espelho com um
diâmetro de 6,5 metros, mais do que o dobro do Hubble.
De acordo com o planejamento inicial, a construção começaria em 1996 com o lançamento
marcado para 2007, mas nem tudo foi como esperado. Em 2005 o projeto teve que ser totalmente
redesenhado, e só então a construção começou. Desde então, diversos atrasos e problemas
aconteceram, desde problemas com a proteção solar do telescópio até a atual pandemia causada pelo
COVID-19. O lançamento está previsto para o dia das bruxas, ou seja, dia 31 de outubro de 2021,
com um custo que já ultrapassou a casa dos US $10 bilhões de dólares.
Um dos mais lembrados e importantes telescópios espaciais, o Hubble está em órbita há quase 30
anos. Ele ultrapassou a atmosfera terrestre para captar imagens precisas de locais bem distantes do
nosso planeta.
O Hubble fez contribuições importantes para quase todos os campos da astronomia – desde o
estudo de planetas e a análise da evolução das galáxias até a expansão acelerada do próprio universo
Apesar de o Hubble sempre vir à nossa mente, como os da Agência Espacial Europeia que captam
imagens nas frequências de raios-X e infravermelho. A NASA também tem equipamentos próprios
para raios gama, raios-X e infravermelho.
Na chuvosa manhã de Natal de 2021, por volta das 07:20, logo ao norte do nosso país, no Centro
Espacial da Guiana, o Telescópio Espacial James Webb encontrava-se no topo de um foguete Ariane
5 da Agência Espacial Europeia, pronto para ser lançado ao seu lugar no espaço, e começar sua
missão de revelar o universo como a humanidade nunca antes havia visto.
Em agosto de 2022, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) não apenas tem cumprido sua
função com êxito, como também vem encantando os amantes de astronomia de todo o globo com
as imagens que registrou, entre elas inclusive, a fotografia mais profunda dos cosmos.
A Jornada
Esta história começa em 1989, quando a NASA, em parceria com diversos institutos de pesquisa
em astronomia, realizou um congresso para discutir qual seria o próximo telescópio espacial após o
Hubble (este que ainda só seria lançado no ano seguinte), e desta reunião surgiam duas principais
propostas: a primeira era a construção de um espelho na superfície lunar, feito para estudar
principalmente galáxias distantes, e a segunda era a criação de um telescópio infravermelho, que
permitiria à humanidade enxergar através da poeira e dos gases que limitam nossa visão dos cosmos,
e em 1996, a segunda opção foi escolhida para ser realizada.
Em 1999 foram comissionados pela agência norte-americana múltiplos estudos sobre a viabilidade
do projeto e os fundos que seriam necessários. As primeiras pesquisas concluíram que o projeto
estaria pronto em 2007, custando aproximadamente 1 bilhão de dólares, mas estas previsões se
provaram extremamente otimistas, sendo que cada estudo subsequente, adiou a data de lançamento
prevista em alguns anos, assim como tornava clara a necessidade de mais fundos.
No ano de 2003, a construção do telescópio foi formalmente iniciada, sendo que no ano seguinte a
Agência Espacial Europeia optou por contribuir para o financiamento e desenvolvimento do
JWST, com a Agência Espacial Canadense fazendo o mesmo em 2007.
Se o tremendo apoio e a repercussão popular que o telescópio tem recebido nos últimos meses são
indicação de algo, entendemos que, independente dos atrasos e do alto custo, a sua possibilidade de
conseguir enxergar fontes de luz tão distantes, a ponto de serem quase da mesma idade do universo,
vale a pena.
Como disse o próprio narrador do lançamento em 25 de Dezembro de 2021: “de uma floresta
tropical, para o limite do próprio tempo, o James Webb inicia uma viagem em direção ao
nascimento do universo”.
A humanidade conseguiu vencer a gravidade, pisar na Lua e até construir estações espaciais.
Entretanto, todas essas conquistas, apesar de surpreendentes, são apenas uma gota no oceano do
Universo. O espaço fora da Terra é tão grande que, muito provavelmente nunca poderemos
conhecê-lo por completo
O nosso Sistema Solar sozinho possui inúmeros mistérios para serem desvendados por muitos
séculos. E apesar de ainda não podermos ir muito longe, enviamos naves espaciais não-tripuladas
para coletar informações sobre nossos planetas vizinhos, além de satélites, asteroides e cometas. Elas
carregam vários equipamentos de laboratório e câmeras fotográficas para fazer medições e enviar
imagens para a Terra. Essas naves são chamadas sondas espaciais e são fundamentais para a
exploração espacial.
Destinos distantes
As primeiras sondas foram lançadas ao espaço pelas agências espaciais da antiga União Soviética e
dos Estados Unidos no final da década de 1950. Mais recentemente, as agências europeia, japonesa,
chinesa e indiana também enviaram sondas ao espaço.
Já foram enviadas sondas para todos os planetas do Sistema Solar – além do próprio Sol, da Lua e de
alguns cometas. Marte tem recebido várias visitas, e isso é fácil de entender. O planeta vermelho
pode ser o próximo destino para viagens tripuladas. Mas, antes disso ser possível, é importante saber
o máximo sobre nosso vizinho espacial.
Algumas sondas – como as Voyager 1 e 2 (lançadas em 1977) – hoje estão fora do Sistema Solar.
Mas, antes disso, elas enviaram dados sobre planetas distantes, como Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno, sobre os quais tínhamos pouco conhecimento. Estas sondas levam consigo informações
sobre a Terra e o ser humano, além de imagens, sons e músicas, gravadas em discos de cobre
folheados a ouro. Estes discos estão lá para o caso de as sondas serem encontradas por seres
extraterrestres. Se isso acontecesse, será que iriam preferir escutar rock ou música clássica?
Missões de exploração
Existem sondas específicas para cada tipo de missão exploratória. A sonda de sobrevoo passa perto
de um planeta ou outro corpo celeste e tira fotos ou faz análises com instrumentos. A sonda orbital
entra na órbita de um astro e fica ali por algum tempo, funcionando como um satélite artificial.
A sonda de aterrissagem pousou na superfície de um astro para fazer suas análises, podendo
carregar um veículo. A sonda veicular é capaz de se mover, pode ser um jipe robótico ou outro tipo
de veículo (veja a imagem de Spirit, acima). Se você fosse inventar um novo tipo de sonda espacial,
qual seria sua função? E para onde a enviaria?
E esse é o final do livro de um simples garoto de 14 anos, entre quase 8 bilhões de pessoas, de mais
de 10 sextilhões de estrelas,e 100 bilhões de galáxias,e um mundo cheio de mistérios e dúvidas,
como será que isso irá acabar? será que existem mais universos? Por que descobrimos tudo isso para
no fim morrermos e acabar tudo ? ou será que vamos dar um jeito?ou não? no fim são só dúvidas,
até mas. :)