Trabalho de Historia - Didactica.

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica, Origem etimológica da palavra


Pedagogia e Didáctica, A relação entre Pedagogia com a Didáctica, Funções didácticas,
Descrição das principais funções didácticas, A relação entre as diferentes funções didácticas
na sala de aulas e Aplicação das funções didácticas na actividade docente.

Nome: Fátima Luzia Mangurana

Código: 708224006

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Didáctica Geral

Ano de Frequência: 1˚ Ano

Beira, Maio de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Tema:

Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica, Origem etimológica da palavra


Pedagogia e Didáctica, A relação entre Pedagogia com a Didáctica, Funções didácticas,
Descrição das principais funções didácticas, A relação entre as diferentes funções didácticas
na sala de aulas e Aplicação das funções didácticas na actividade docente.

Nome: Fátima Luzia Mangurana

Código: 708224006

Curso: Licenciatura em Ensino de História

Disciplina: Didáctica Geral

Ano de Frequência: 1˚ Ano

Tutor:

Beira, Maio de 2022


Índice
1. Introdução...............................................................................................................................4

2. Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica...............................................................5

2.1. Pedagogia.........................................................................................................................5

3. Origem etimológica da palavra Pedagogia e Didáctica..........................................................6

3.1. Origem da Pedagogia.......................................................................................................6

3.2. Origem da Didática..........................................................................................................6

3. A relação entre Pedagogia com a Didáctica...........................................................................8

3.1. Funções didácticas............................................................................................................8

3.2. Conceito de funções didácticas........................................................................................8

3.2.1. Introdução e Motivação.............................................................................................9

3.2.2. Mediação e Assimilação..........................................................................................10

3.2.3. Domínio e Consolidação.........................................................................................11

3.2.4. Controle e Avaliação...............................................................................................11

4. Relação entre as diferentes funções didáctica.......................................................................12

4.1. Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação............................................12

4.2. Relação Introdução /Motivação e Domínio /Consolidação............................................12

4.3. Relação Introdução /Motivação e Controlo /Avaliação.................................................13

4.4. Relação Medição/ Assimilação e Domínio / Consolidação...........................................13

4.5. Relação Mediação/ Assimilação e Controle /Avaliação................................................14

4.6. Relação Domínio /consolidação e controlo /avaliação..................................................14

5. Conclusão..............................................................................................................................15

6. Referencias bibliográficas.....................................................................................................16
1. Introdução

Ao abordar este trabalho que tem com foco no estudo de Pedagogia e os fundamentos
humanos da didáctica, Origem etimológica da palavra Pedagogia e Didáctica, A relação entre
Pedagogia com a Didáctica, Funções didácticas, Descrição das principais funções didácticas,
A relação entre as diferentes funções didácticas na sala de aulas e Aplicação das funções
didácticas na actividade docente.

Porem ira tratar a cerca da Didática como o principal ramo de estudo da Pedagogia.
Ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realização da instrução e do ensino.
Porém ira falar do Sentido da ciência didáctica, Objecto de estudo da didáctica, Processo de
ensino e aprendizagem, Características da aprendizagem, Principais categorias didácticas, e
por último ira debruçar acerca das Relação da didáctica com outras ciências.

A disciplina didáctica, como campo de conhecimento, surgiu no século XVII, e


constituiu um marco revolucionário e doutrinário no campo da Educação, com os seguintes
educadores: RATÍQUIO e COMÊNIU (século XVII), que propuseram agrupar os
conhecimentos pedagógicos.

Segundo LIBÂNIO, Didática é o principal ramo de estudo da Pedagogia. Ela investiga


os fundamentos, as condições e os modos de realização da instrução e do ensino. A ela cabe
converter objectivos sociopolíticos e pedagógicos em objectivos de ensino, seleccionar
conteúdos e métodos em função desses objectivos.

Segundo NIVAGARA no seu livro principais aforismos didácticos palavra didáctica


vêm do grego “didaktke” que quer disser arte de ensinar. O termo foi consagrado por João
amos comenius na obra “didáctica magna”, publicada em (1655).

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2. Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica

2.1. Pedagogia

Paulo Ghiraldelli Jr, é dividido em oitos partes. Nele, o autor aborda a pedagogia
desde os tempos remotos até os dias atuais, detalhando a sua importância em cada época e
fase do desenvolvimento, além da sua abrangência e expansão em diversas áreas.

Na primeira parte da obra, “Pedagogia: Utopia, Ciência, Filosofia”, GHIRALDELLI


trata das diversas conotações do termo pedagogia, a partir dos conceitos de pedagogia,
educação e ciência da educação.

O termo pedagogia surgiu na Grécia. Segundo Jaeger (1986), a origem da


problemática pedagógica também seria grega, com origem nos sofistas, que teriam trazido ao
plano das ideias, da sua elaboração consciente, o fazer da educação. Roma incorporou o termo
e a problemática pedagógica. Na língua latina, segundo Saviani (2008), essa problemática
expressava-se pelas palavras “paedagogatus” e também “institutio”, assumindo igualmente o
significado de educação ou formação.

A partir do século XIX, graças, sobretudo, à contribuição de Herbart, generalizou-se o


uso do termo “pedagogia” para nomear a “conexão entre a elaboração consciente da ideia da
educação e o fazer consciente do processo educativo, o que ocorreu mais fortemente nas
línguas germânicas e latinas do que nas anglo-saxônicas” (SAVIANI, 2008, p.6).

No âmbito do idealismo, a pedagogia foi identificada com a filosofia da educação, mas


no âmbito do positivismo, como em Durkheim (1965), a pedagogia é uma teoria prática,
voltada à realização do fenómeno educativo, em contraposição a uma teoria científica voltada
ao conhecimento do fato educativo (sociologia da educação). Segundo Saviani, a postura
positivista resultou principalmente numa submissão da pedagogia às ciências empíricas, que,
sob essa influência, foram tomadas como modelo para a pedagogia.

3. Origem etimológica da palavra Pedagogia e Didáctica

3.1. Origem da Pedagogia

A Pedagogia, como ciência, tem uma longa história. Os seus primeiros estudos e
aportes emergiram, com a origem e o desenvolvimento da própria civilização. Como também
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aconteceu com outras ciências, a Pedagogia viu seus primeiros grandes estudos nas obras dos
clássicos da antiguidade: Platão (427-347), Aristóteles (384-322), entre outros.

Seu surgimento sustenta-se a partir da definição de seu objeto de estudo: a educação.


O progresso da educação não poderia se fundamentar só com experiências do dia-a-dia e
conjecturas dos pensadores. Era necessário o surgimento de uma ciência que desse a esse
objeto de estudo, uma sustentação científico-tecnológico.

A seguir uma citação da interessante obra Pedagogia de um colectivo de autores


alemães que sintetiza a origem da ciência da educação, e confirmam assim, de forma sucinta,
que a Pedagogia surgiu como ciência particular a partir do século XIX.

A Pedagogia tem uma longa história. Surge como ciência no momento dela ser um
reflexo da manifestação social objectiva da educação. Na Antiguidade, ela tem sido encerrada
em complexas apreciações sobre o mundo e o homem (Por exemplo, em Aristóteles). No
Feudalismo e no Capitalismo, a Pedagogia vai-se diferenciando paulatinamente, em
correspondência com a necessidade social, da Teologia e da Filosofia.

No século XVI e no século XVII, nasce o primeiro sistema pedagógico como resultado
da divisão, do até então estreito vínculo entre a Teologia e a Filosofia. Esta é a expressão e o
resultado da luta da burguesia florescente contra o Feudalismo. Não obstante, a Pedagogia
continua sua relação com a filosofia, como por exemplos: Rousseau, Kant, Hegel, Herbart e
Chernichevski, ela se erige cada vez mais, como uma ciência independente, nos séculos XVIII
e XIX, aproximadamente com Pestalozzi, Diesterweg e Ushinski, entre outros. (NEUNER,G.
et al, 1981, p. 100).

3.2. Origem da Didática

Ainda que nas obras dos filósofos da antiguidade existam referências às formas que
deveriam ser seguidas no ensino na escola, com grandes contribuições ao Desenho Curricular
(currículo) como parte importante da Didática, é com a obra "Didática Magna" do eminente
checo João Amós Comínio, que surge a Didática, como uma incipiente área de conhecimento

Não obstante, o termo tinha sido utilizado, anteriormente, pelo alemão Wolfgang
Ratke, que foi o primeiro quem abordou as duas partes da Didática: Desenho Curricular ou

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Currículo e a Dinâmica do Ensino, quando, segundo Sandino Hoff, Universidade do
Contestado, explicitou:

Em seus princípios teóricos, captados do período de trabalho em Cöthen, Ratke fez


distinção entre "ensinos" e "arte de ensinar": os primeiros incluem conteúdos extraídos de
uma totalidade enciclopedicamente organizada de conhecimentos, e a segunda, de uma teoria
que configura o processo pedagógico.

Em outros termos, os "ensinos" são compostos com base na estrutura global das
ciências e da filosofia; e a arte de ensinar relaciona-se com normas e métodos extraídos das
idéias de harmonia entre a fé, a natureza e as línguas. (HOFF, S. 2007, p.147)

Voltando ao assunto da origem da Didática, se tem que no século XIX, Herbart,


intentando criar todo um sistema científico da educação, colocou a didáctica dentro da
Pedagogia, como teoria da instrução. Pode ser que a partir daqui, a Didática sempre seja vista
como isso, uma disciplina da Pedagogia. Outro aspecto que poderia ter influenciado sobre o
assunto foi a utilização ambígua dos termos: Educação, Instrução e Ensino, para denotar uma
mesma realidade ou fenómeno.

Já no século XX, a Didática passou por muitos questionamentos, como também tinha
acontecido, anteriormente, com a Biologia, a Física, a Química, e outras ciências no século
XIX. É importante destacar que toda ciência, independentemente do seu objeto de estudo: seja
da natureza, da sociedade ou do pensamento, passa por esses períodos críticos, onde sua
estrutura conceitual fica comprometida e duvidosa. Ás vezes, novos descobrimentos ou novas
teorias estremecem a base ou fundamentação teórica de uma determinada ciência. Voltando
ao assunto da origem, é a partir deste século XX, que começa o tratamento da Didática, como
uma ciência particular.

Depois desses períodos de crises, a Didática dá um salto qualitativo no seu


desenvolvimento. Como ciência particular, com autonomia científica, está neste momento do
século XXI, dando esse salto significativo com grandes aportes à sociedade. Claro que, como
toda ciência, enriqueceu seus fundamentos, categorias, conceitos, leis, corolários e princípios
a partir da contribuição de cientistas de outras áreas de conhecimento. Mas não existem
dúvidas que a Didática já tem sua autonomia.

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3. A relação entre Pedagogia com a Didáctica

3.1. Funções didácticas

Neste ponto, o trabalho vai fazer uma abordagem do tema tomando em conta três
pontos essenciais nomeadamente: o conceito de funções didácticas, as principais funções
didácticas e a relação que pode estabelecer entre as diferentes funções didácticas no PEA.

3.2. Conceito de funções didácticas

Funções didácticas são etapas que ocorrem no processo de ensino aprendizagem. Estas
funções estão estruturadas e sistematizadas.

Segundo Pilleti (1991) as funções didácticas são orientações para o professor dirigir o
processo completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades.

Cada fase ou passo da aula corresponde a uma só função didáctica dominante, embora
nesta mesma fase se regista o envolvimento das restantes, com o fim elas assegurarem a
eficiência da assimilação da matéria.

Cada função didáctica, como momento ou passo da aula que reflecte as regularidades
do processo de ensino aprendizagem, é proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método
dominante, conjuntos de meios e formas de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas
dos alunos (Pilleti:1991).

As principais funções didácticas são:

 Introdução e Motivação
 Mediação e Assimilação
 Domínio e Consolidação e
 Controle e Avaliação.

As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam isoladamente,


sobrepondo-se umas das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma
função didáctica abre o caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita
o sucesso da outra, assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e

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tal totalidade reflecte as relações especificas de cada função didáctica com a outra de maneira
recíproca

3.2.1. Introdução e Motivação

Num contexto geral, introdução significa acto ou efeito de introduzir, prefácio, inicio
de uma certa actividade, obra ou prática e a motivação é o acto de motivar, acção dos factores
que determinam a conduta.

Introdução e Motivação decorrem normalmente no principio de uma aula. Esta


desempenha grande papel para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Tem em vista preparar
o aluno para o inicio da aula e sua fase seguinte. Esta preparação tem 3 objectivos
fundamentais:

 Criar disposição e ambiente favoráveis aos alunos, que possam


assegurar o bom discurso da aprendizagem;
 Consolidar o nível inicial e orientar o aluno para novo conteúdo;
 Motivar permanentemente com o fim de manter o interesse e a atenção
dos alunos através de avaliação de estímulos.

Segundo Libânio (1994) Introdução, e a parte da entrada da aula que conduz ao aluno
para estratégia de desenvolvimento, faz apresentação do tema, apresentação da questão chave,
apresenta a problemática de forma resumida.

No contexto de sala de aula, usa-se a introdução de enquadramento em que o problema


enquadra-se a propósito do titulo, de clara a sua importância e actualidade, apresenta-se
síntese do trabalho antecipando a tese que será desenvolvida, tem frases genéricas e pouco
coerentes adequados a todos.

A Motivação consiste em apresentar a alguém estímulos e incentivos que lhe favoreça


determinado tipo de conduta. Consiste em oferecer ao aluno os estímulos e incentivos
apropriados para tornar a aprendizagem mais eficaz (PILETTI, 2007:233).

3.2.2. Mediação e Assimilação

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Nesta etapa ou Função Didáctica, se realiza a percepção dos objectos e fenómenos
ligados ao tem, a formação de conceitos, imaginação e de raciocínio dos alunos. No contexto
didáctico, mediação é um processo pelo qual o professor dirige o processo de ensino
aprendizagem em que são necessários elementos como: o professor, aluno, conteúdo, material
didáctico, métodos e fins a atingir.

Segundo Pillet (1991) Mediação é acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve dialogo e no fim faz a síntese.

A função do professor consiste em o processo de construção de conhecimentos e na


mediação, prevalecem as formas de estruturação e organização didáctica dos conteúdos. Neste
processo a figura do professor como transmissor de conhecimentos desaparece, para dar lugar
a figura de mediador, facilitador ou orientador e tal mediação actualmente deve ser diferente,
expondo cada vez mais alunos antes de objectos e receptores passivos, concebendo-os como
sujeitos da sua própria aprendizagem para alem de ter conhecimentos para ter conhecimentos
da própria aula.

Para Nerice (1999) “assimilação é o processo psicológico da mente, assimilar o mundo


exterior”.

Quando o indivíduo se defronta com uma situação nova e, por meio de seus esquemas
de acção compreende-a ou na mesma actua eficazmente, é por que houve assimilação, porque
parte do mundo exterior até então desconhecida, incorporou-se a sua vida mental. Na
assimilação, importam os processos de cognição mediante à assimilação activa e
interiorização de conhecimento, atitudes e convicções.

Assim, a mediação e a assimilação constitui a etapa onde a aula onde se realiza a


percepção dos fenómeno de conceitos, o desenvolvimento de capacidades cognitivas de
observação, imaginação e raciocínio dos alunos. Pode ser bem percebido como momento da
aula na qual o mediador deve dar explicações necessárias, organizar actividades dos alunos
que os possam conduzir a assimilação activa dos conhecimentos para desenvolver atitudes,
convicções, habilidades, hábitos, etc.

3.2.3. Domínio e Consolidação

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Enquanto o domínio constitui a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua
vez a consolidação consiste em recordar a matéria sobre habilidades e conhecimentos.

O domínio e consolidação é o momento da aula em que se realizam acções com a


finalidade de sistematizar, reflectir e aplicar (Pillet:1991).

Nesta etapa, pretende-se conseguir o aprimoramento do já (não) novo saber nos


alunos, para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias
através de exercícios e actividades praticas para solidificar a compreensão. Ainda neste
aspecto é preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente
dos alunos afim de que sejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de estudo
de vida, do mesmo modo em paralelo com os conhecimentos e através deles é preciso
aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização independente e criadora dos
conhecimentos.

3.2.4. Controle e Avaliação

O controle e avaliação, acompanham todo o P.E.A. e forma ao mesmo tempo


conclusão das unidades do ensino.

Segundo Libâneo (1994) para o professor poder dirigir efectivamente o P.E.A. deve
conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da matéria.
Este controle vai consistir também em acompanhar o P.E.A. avaliando-se as actividades do
professor e do aluno em função dos objectivos definidos.

A avaliação, como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa


que visa verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados
de modo a se decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola
como um todo.

Segundo Pilleti (1991), denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a


finalidade de medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno.

Sendo assim, ela não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para
verificar as mudanças de comportamento. Ela permite identificar os alunos que necessitam de
atenção especial e reformular o trabalho com a adopção de procedimentos para sanar tais
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deficiências. O próprio aluno deve perceber que a avaliação é um meio e, para isso, o
professor deve explicar-lhe os objectivos da mesma e analisar com ele os resultados
alcançados.

Através do controlo e avaliação o professor ou educador pode providenciar se


necessário rectificar, suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem.

4. Relação entre as diferentes funções didáctica

Entre as diferentes funções didácticas, há uma relação de complementaridade que


possa estabelecer tal como se pode verificar nos itens abaixo.

4.1. Relação Introdução /Motivação e Mediação /Assimilação

O professor apresenta o assunto da aula de forma interactiva, faz uma revisão,


reactivação dos conhecimentos assimilados que estejam relacionados com o novo assunto:
coloca questões da matéria nova para despertar interesse. A actividade anterior visa
transformar os objectivos da aula em objectivos de aprendizagem de cada um dos alunos.

O professor pode fazer a motivação de forma interactiva, quando colocando questões


da matéria nova ou ainda fazendo revisão dos conhecimento assimilados que estejam
relacionados com o novo assunto e ainda escrevendo o assunto da aula no quadro, tudo isso
com vista a despertar interesse nos alunos.

Uma vez o aluno motivado, o professor faz a mediação atreves de ilustrações, faz
resumos, esclarece os assuntos, expõe os conteúdos e o aluno na assimilação toma nota, presta
atenção, aplica os conhecimentos, apresente as questões, faz resumos e abstracções.

4.2. Relação Introdução /Motivação e Domínio /Consolidação

Sob ponto de vista de estruturação da aula, esta função, introdução e motivação


constitui a primeira etapa da aula, portanto, é caracterizado por um processo de estimulação
destinado a desencadear impulsos interiores do indivíduo a fim de predispô-lo a querer
participar nas actividades escolares oferecidas pelo mediador. Assim sendo, este momento de
aula tem a seguinte importância:

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Base do êxito e do rendimento, por subordinar-se à forma como os alunos são
motivados para a aprendizagem que deverá ser caracterizada por uma actividade consciente
para os alunos.

Estando o aluno motivado, na fase do domínio e consolidação procuram se reduzir os


erros dos alunos na compreensão da matéria e permitir a fixação dos conhecimentos na
memória. Portanto, ainda na fase de introdução e motivação entram elementos de reactivação,
o que significa que um bom domínio e consolidação começam com uma boa introdução e
motivação. Consolidar e dominar não só são funções de luta contra o esquecimento mas
também para elevar o nível das capacidades, desenvolver as habilidades, fixar os hábitos e
aplicar o aprendido.

4.3. Relação Introdução /Motivação e Controlo /Avaliação

Sabendo-se que para o professor dirigir efectivamente o PEA ele precisa conhecer o
grau das dificuldades dos alunos na compreensão das matérias e para isso o professor precisa
controlar e avaliar os alunos; dependendo dos resultados o professor pode saber até que ponto
foram motivados, isto é, pode medir até que ponto foi efectuada a função didáctica
Introdução/Motivação. Neste sentido o controle e avaliação tanto controla os alunos assim
como o professor.

4.4. Relação Medição/ Assimilação e Domínio / Consolidação

Partindo de princípio que na medição e assimilação ocorre a medição do conteúdo por


parte do professor e consequente a assimilação parte do aluno quanto mais eficaz for esta
função didáctica tanto mais será a função didáctica Domínio / Consolidação, isto é, o aluno só
poderá consolidar e dominar o que tiver assimilado, esteja isto correcto ou errado.

Ex: Sabe-se que na medição e Assimilação há retenção das leis, dos princípios das
formulas e das teorias e dissemos que na Consolidação exercitamos; o aluno só poderá aplicar
as fórmulas para a resolução de exercícios relacionados com a queda livre dos corpos se
realmente tiver assimilado as teorias assim como as formulas e todas as outras componentes
da função didáctica Medição/ Assimilação.

4.5. Relação Mediação/ Assimilação e Controle /Avaliação.

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Estas duas funções didácticas têm a seguinte relação:

Só pode ser controlado e avaliado um conteúdo previamente mediado e assimilado,


isto é, o professor não pode avaliar conteúdos não dados.

Ao mesmo, o Controle avalia até que os conteúdos forem mediados e assimilados,


para a partir daí fazer ajustes se necessário ou manter o mesmo ritmo se a
Assimilação/Mediação for bem sucedida.

Ex: falando ainda da queda livre dos corpos: o professor pode avaliar se os alunos
assimilaram os conteúdos, isto é, as teorias, os princípios, as fórmulas bem como as leis.

4.6. Relação Domínio /consolidação e controlo /avaliação

Os conhecimentos mediados e assimilados são organizados, aprimorados e “fixados”


na mente dos alunos de modo a que fiquem disponíveis para a sua aplicação em novas
situações de vida concreta do aluno.

O mais importante é que, de facto, estes conhecimentos devem ser aprimorados


possibilitando a formação de habilidades, hábitos para utilização independente e criadora
desses.

Deste modo, para a consolidação e a formação de habilidades e hábitos é necessários


que se incluam exercícios de fixação que podem ir desde perguntas simples até à
recapitulação dos focos principais da aula. Por isso, as tarefas de recapitulação, sistematização
e os exercícios devem dar oportunidade ao aluno de estabelecer entre o aprendido e situações
novas, comparar os conhecimentos obtidos com os factos da vida real, apresentar problemas
ou questões diferentemente de como foram abordados, por exemplo, no livro didáctico, pôr
em prática habilidades e hábitos decorrentes do estudo.

Tendo consolidado a matéria, é preciso testar se também e ver de que maneira o


professor mediou, avaliando-se as actividades do professor e dos alunos, em função dos
objectivos definidos. Avalia-se o nível atingido, identificam-se os problemas ou dificuldades
que existem e propõem-se medidas para a sua solução.

5. Conclusão

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As funções didácticas como orientações para o professor, dirigirem o processo
completo de aprendizagem e de aquisição de diferentes qualidades elas estão interligadas
entre si não podendo se realizar isoladamente dai a interdependência uma das outras durante
as diferentes etapas do PEA. Geralmente uma função didáctica abre o caminho para a
efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra, assumindo-se
como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma, esta totalidade reflecte as relações
especificas de cada função didáctica com a outra de maneira recíproca.

Da relação que se estabelece entre as funções importa verificar que: enquanto


introdução e motivação corresponde especificamente ao momento de preparação para a
mediação de conhecimento na sala de aula, a mediação e assimilação é o momento dos alunos
familiarizarem-se com o conhecimento que irão desenvolver. O Domínio e Consolidação é
etapa que se pretende conseguir o aprimoramento do já (não) novo saber nos alunos, e,
finalmente, o controle e avaliação permite educador providenciar se necessário rectificar,
suplementar ou mesmo reorientar a aprendizagem.

Entre as varias funções didácticas também se pode encontrar uma relação de


reciprocidade com vista a permitir que o PEA seja cada vez mais eficiente e eficaz

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6. Referencias bibliográficas

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