CP Comin 2014 2 18
CP Comin 2014 2 18
CP Comin 2014 2 18
CORNÉLIO PROCÓPIO
2015
KEROLYNIE THAIS HERNANDES CASAGRANDE
LINDOLPHO CLÁUDIO DAMAS VEIGA
LUCCAS DAMASCENO DA CUNHA CASTORINI
CORNÉLIO PROCÓPIO
2015
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Campus Cornélio Procópio
Nome da Diretoria
Nome da Coordenação
Curso Superior em Tecnologia em Manutenção Industrial
TERMO DE APROVAÇÃO
__________________________________
Prof. Msc. Tiago Silva
Orientador
___________________________________
Prof. Dr. Rubens Gallo
Membro titular
___________________________________
Prof. Carlo De Nardi
Membro titular
Cornelio Procopio
2015
Dedico esse trabalho a Andrea Hernandes Gaspar, minha mãe, que me
serviu de exemplo como uma mulher batalhadora e que não desiste de
seus sonhos, sempre me incentivando e dando forças para seguir em
frente.
A meus avós João e Maria Helena, às minhas tias Márcia e Maria José
e meus primos André e Nara que me apoiaram, motivaram, conduzindo
à essa conquista.
Acima de tudo, não só nessa etapa da minha vida, mas em toda ela,
dedico à minha avó Luzia de Olivera Veiga e meu avô José Veiga
Sobrinho pelo amor incondicional que sempre tiveram comigo e pelo
incentivo que sempre me deram para que eu me tornasse uma pessoa
boa e honesta.
Certamente estas linhas não irão atender a todas as pessoas que fizeram parte
do desenvolvimento desse Trabalho de Conclusão de Curso. Portanto, desde já
pedimos desculpas àquelas que não estão presentes entre essas palavras, mas elas
podem estar certas que fazem parte do nosso pensamento e da nossa gratidão.
Gostaríamos de expressar nossa gratidão primeiramente a Deus, pelo dom da
vida e por colocar em nossas vidas pessoas especiais que foram essenciais para a
realização deste trabalho.
Gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que durante o período da
graduação se fizeram presentes, que se preocuparam, que foram solidárias e que
torceram por nós não deixando de buscar nossos objetivos.
A empresa WEG e todos os seus colaboradores em especial André Motikawa
pela doação de dois Inversores de frequência, um botão de emergência e um
Contator.
A Franklin Electric Indústria de Moto bombas S.A. pela doação de duas bombas
centrifugas e todos seus colaboradores em especial Bruna Schmitt.
A KSB e seus representantes em Maringá C.O Muller pelo envio de uma bomba
centrifuga em especial o senhor Vagner Florêncio da Silva e a senhora Ângela Alves.
A empresa ICOS pela doação e todos seus colaboradores em especial Carolina
Gabriotti e Vanessa Reche.
A empresa bimetal pela doação de 7 manometros em especial o senhor Marcos
Godoy, ao professor Carlos Alberto Paschoalino, pela compra de uma tomada
industrial e a UTFPR, pela doação de uma parte dos materiais eletricos
As demais empresas que responderam nossos contatos.
Ao orientador Tiago Silva pela dedicação e paciência ao orientar e conduzir o
trabalho.
Agradecemos aos professores Ricardo Ferreira e Rubens Gallo, pela constante
presença, entusiasmo, amizade e exemplo profissional.
A Professor Carlos Di Nardi pela ajuda e conselhos em todas as vezes que
recorremos a ele para esclarecimentos de dúvidas.
“Na Natureza nada se cria, nada se
perde, tudo se transforma.”
Antoine Lavoisier
RESUMO
Este trabalho visa a construção de uma bancada para estudos e testes na área de
fluídos, que se fazia necessária para a apresentação aos alunos de mecanismos
hidráulicos e também para comprovar, na prática, o que se aprende em sala de aula,
junto dos por quês que surgem. A partir de uma estrutura de metalon, moto bombas e
tubulação, confeccionamos, a princípio, uma estrutura para testes de perda de carga
em linhas de sucção e recalque, com possibilidade de desenvolvimento da estrutura
para outros ensaios com conjuntos moto bomba, automação ou supervisão. Do projeto
à execução contou-se com, aproximadamente, 90% de doações, que partiram das
mais diversas empresas, que adotaram nosso projeto como um trabalho promissor.
Com projeto executado, os alunos da universidade se familizarão com instalações
hidráulicas, de bombeamento e instalações elétricas semelhantes as industriais,
apresentando um diferencial na aprendizagem e conhecimento prático ao se
adentrarem no mercado de trabalho. A bancada foi construída no laboratório de
mecânica dos fluidos da presente Universidade Tecnologica Federal do Paraná.
This work aims to build a bench for studies and tests on fluids area, which was
necessary for presentation to students of hydraulic mechanisms and also to prove in
practice what is learned in the classroom, from the whys that arise. From a metalon
structure, bike pumps and piping, we made, in principle, a framework for pressure drop
tests on suction and discharge lines, with the structure development of possibility for
further testing sets bike pump, automation and supervision . From design to
implementation counted with approximately 90% of donations, which departed from
various companies who adopted our project as a promising work. Executed project,
students of the university is familizarão with plumbing, pumping and electrical systems
like industrial, with a difference in learning and practical knowledge when venturing
into the labor market. The bench was constructed in the laboratory of fluid mechanics
of this Federal University of Paraná Tecnologica.
CV Cavalo a Vapor
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
Km Quilômetros
Fig. Figura
p. Página
UTFPR Universidade Tecnológica Federal do Paraná
A Àrea
F Força
m/s² Metros por segundo ao quadrado
°C Celsius
Mm Milímetros
Atm Atmosfera
Q Vazão
Ft Força Tangencial
Pg Pagina
dp Variação diferencial de pressão
Dv Variação diferencial de volume
V Volume
EP Energia em Potencial
E Energia mecânica total
CPGM Conferencia geral de pesos e medidas
Si Sistema Internacional
PSI Unidade de pressão (inglesa)
Dn Diâmetro nominal
NR Norma regulamentadora
V Volts
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA ............................................................................ 15
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO .................................................................................. 16
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 16
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 16
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 16
1.4 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 19
2.1 CLASSIFICAÇÃO DE MAQUINAS HIDRAULICAS ...................................... 19
2.1.1 Máquinas Motrizes........................................................................................ 19
2.1.2 Máquinas Mistas ........................................................................................... 21
2.1.3 Maquinas Geratrizes..................................................................................... 21
2.2 DEFINIÇÃO DE BOMBAS ............................................................................ 21
2.2.1 Classificação das Bombas – Quanto ao Deslocamento ............................... 22
2.3 CARACTERISTICAS DAS BOMBAS ........................................................... 22
2.3.1 Bombas de Deslocamento Positivo ou Volumétricas.................................... 22
2.3.2 Bombas Dinâmicas ou Turbo bombas .......................................................... 24
2.4 BOMBAS CENTRIFUGAS ............................................................................ 24
2.4.1 Classificações das Bombas Centrifugas e Funcionamento .......................... 24
2.4.2 Principais Componentes ............................................................................... 25
2.4.2.1 Rotor. ............................................................................................................ 25
2.4.2.2 Carcaça. ....................................................................................................... 26
2.4.2.3 Curva característica de uma bomba ............................................................. 26
2.5 FLUIDO ........................................................................................................ 26
2.6 FLUIDO CONTINUO E CAMPO DE VELOCIDADE ..................................... 28
2.7 VISCOSIDADE ............................................................................................. 31
2.8 FLUIDOS VISCOSOS E NÃO VISCOSOS ................................................... 33
2.9 ESCOAMENTO LAMINAR E TURBULENTO ............................................... 34
2.10 ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL E INCOMPRESSIVEL ........................... 35
2.11 CLASSIFICAÇÃO DA MECÂNICA DOS FLUIDOS ...................................... 36
2.12 ESCOAMENTO EM TUBOS E DUTOS........................................................ 36
2.13 PERDA DE CARGA...................................................................................... 37
2.13.1 Equação de Bernoulli.................................................................................... 37
2.13.2 Perdas Distribuídas ou Contínuas ................................................................ 38
2.13.3 Perdas Localizadas ...................................................................................... 39
2.14 PRESSÃO .................................................................................................... 40
2.14.1 Definições de Pressão .................................................................................. 40
2.14.2 Pressão Estática ........................................................................................... 41
2.14.3 Pressão Dinâmica ou Cinéica ....................................................................... 42
2.14.4 Pressão Total ............................................................................................... 44
2.14.5 Pressão Diferencial....................................................................................... 44
2.14.6 Teorema de Stevin ....................................................................................... 45
2.14.7 Principio de Pascal ....................................................................................... 46
2.14.8 Elementos Mecâncos para Medição de Pressão .......................................... 47
2.14.8.1 Elementos mecânicos de medição direta de pressão ............................ 47
2.14.8.2 Elementos mecânicos elásticos de medição de pressão ....................... 49
2.15 INVERSOR DE FREQUÊNCIA .................................................................... 50
2.15.1 Como Funciona os Inversores de Frequência .............................................. 50
2.15.2 Vantagens do Inversor de Frequência .......................................................... 51
3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 52
3.1 CONCEPÇÃO DA BANCADA ...................................................................... 54
3.1.1 Croqui da Bancada de Perda de Carga ........................................................ 55
3.1.2 Bancada de Perda de carga Construída ....................................................... 60
3.1.3 Orçamento .................................................................................................... 63
3.1.4 Funcionamento da Parte Hidráulica.............................................................. 63
3.1.5 Esquema Elétrico.......................................................................................... 64
4 LIMITAÇOES DO PROJETO................................................................................ 65
5 DIFICULDADES DO PROJETO ........................................................................... 66
6 OPORTUNIDADES DE MELHORIA..................................................................... 67
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 68
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 69
APÊNDICE A – PROJETO ELÉTRICO .................................................................... 70
APENDICE B – DISTRIBUIDOR .............................................................................. 80
ANEXO A – CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO DOS MANOMETROS ................... 81
15
1 INTRODUÇÃO
1.2 PROBLEMATIZAÇÃO
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
São aquelas que recebem trabalho mecânico, geralmente fornecido por uma
máquina motriz, e o transforma em energia hidráulica, comunicando ao
liquido um acréscimo de energia sob a forma de energia potencial de pressão
e cinética.
“Segundo Mattos e Falco (1998 p. 105) “as bombas podem ser classificadas
pela sua aplicação ou pela forma com que a energia e cedida ao fluido”. Podemos
afirmar então que necessário analisar o modo que é feito à transformação do trabalho
em energia hidráulica e o recurso utilizado para cede-la ao liquido para aumentar sua
velocidade e/ou pressão. (MANCINTYRE, 2010).
Assim podemos classifica-las, conforme apresentado na figura 4, em:
- Bombas de deslocamento positivo ou volumógenas;
- Bombas dinâmicas ou Turbas bombas.
Bombas estáticas, são bombas que possuem uma ou mais câmaras, onde após
o fluido ser confinado na mesma, pela ação de um pistão ou peças rotativas e
transferida energia de pressão ao liquido, provocando seu escoamento, assim
23
[...] o liquido recebe a ação das forças provenientes de uma ou mais peças
dotadas de movimento de rotação que, comunicando energia de pressão,
24
2.4.2.1 Rotor.
Peça essencial para uma bomba centrifuga, o qual tem a função de receber o
liquido e fornece-lhe energia. Em função do seu formato (forma com que o liquido
passa pela sucção e pelo recalque) e que está classificada as bombas centrifugas.
26
2.4.2.2 Carcaça.
2.5 FLUIDO
É possível observar nessa figura que a quantidade de fluído que entra pelo tubo
1 é a mesma que sai por 2 o que confere velocidade, massa específica, pressão, entre
outras propriedades, que seja a mesma em cada ponto a qualquer momento. Já o
regime variado tem suas configurações diferentes em um ponto conforme o tempo
passa. (BRUNETTI,2008 pg. 67)
Os fluídos possuem moléculas que se movimentam sempre e para descrever o
movimento destas, seria um inviável já que uma porção do fluido há inúmeras
moléculas. Para viabilizar a descrição do escoamento do fluído é levado em
consideração o fluido como contínuo em que as partículas interagem com o meio e
com si próprias, contendo, cada uma, muitas moléculas. Desse modo é possível
descrever o escoamento através do movimento das partículas, ao invés do movimento
das moléculas conforme ilustrado na figura 10.
30
2.7 VISCOSIDADE
Se o material sólido for substituído por um fluído como a água, por exemplo, a
força P aplicada na placa superior faria com que esta se movesse e, a partir de um
certo momento, ficaria com velocidade constante, U, conforme mostrado na figura 11.
Sendo assim podemos afirmar que o fluído que está em contato com a placa superior
tem velocidade U, o que está em contato com a placa inferior possui velocidade nula
e o fluído entre elas com velocidade dada por u=Uy/b, o que denota a existência do
gradiente de velocidade du/dy. (MUNSON, p. 13).
Brunetti afirma que esse movimento se dá pelo princípio da aderência em que
conforme o fluído rente a placa superior se desloca com uma velocidade, o que está
32
Os fluidos que seguem essa lei são chamados de fluidos newtonianos, sendo
eles a maioria dos fluidos como água, ar, óleo, entre outros. E os que não seguem
são nomeados não-newtonianos, o que não abordaremos nesse estudo.
A partir desse conceito, obtemos a lei de Newton da viscosidade:
𝜏
𝑑𝑣 (1)
𝜏𝛼 ou 𝑑𝑣
= 𝑐𝑡𝑒
𝑑𝑦 𝑑𝑦
33
𝑑𝑣 (2)
𝜏=𝜇
𝑑𝑦
Um fluído sem viscosidade é aquele que escoa sem perder energia por atrito,
o que se pode chamar de fluído ideal. Esse fluido não existe mas dependendo do caso
de estudo, é conveniente admitir esse fluido hipoteticamente afim de se facilitar os
cálculos. (BRUNETTI, 2008 p.10).
Figura 13 - (a) Experimento utilizado para caracterizar o escoamento em tubos (b) Filetes de tinta
típicos.
Fonte: Munson (2004, p. 399).
35
𝑑𝑝 (3)
𝐸=−
𝑑𝑉/𝑉
Ao se analisar essa fórmula, Munson percebeu que esta pode ser reescrita
levando em consideração que se o volume de uma massa diminuir, a massa
específica aumentará, m=pv, ficando assim:
𝑑𝑝 (4)
𝐸=
𝑑𝑃/𝑃
36
Para classificar a mecânicas dos fluídos, será exposto quatro tipos de energia,
sendo elas: a energia potencial (Ep) que é definida como um estado de energia
conforme sua posição em relação à outra posição, no plano gravitacional. Como o
próprio nome indica, ela é medida pelo potencial que o sistema tem para realização
do trabalho. (BRUNETTI, 2008 p. 85)
A energia cinética (Ec) é o estado da energia que varia conforme o fluído se
movimenta. A energia de pressão (Epr) é o trabalho potencial da força exercida pelas
pressões sobre o fluído no tubo. Energia mecânica total (E) é a somatória das energias
citadas acima. (BRUNETTI, 2008 p.87)
A perda de carga nada mais é do que a energia por unidade de peso que é
perdida ao decorrer da tubulação pelo atrito. (MATTOS; FALCO, 1998)
Brunetti explica, à partir dessa equação, que se uma partícula de peso unitário
passar pelo ponto 1, conforme figura 14., no qual as energias que a influenciam são:
z1, v12/2g e p1/y, e ao sair as energias que a influenciam devem ser z2, v22/2g e p2/y
de modo que mantenha a energia constante no volume do trecho estudado, ou seja,
entre 1 e 2. (BRUNETTI, 2008 p.88)
38
𝐿 𝑉² (6)
ℎ𝑓 = 𝑓
𝐷𝐻 2𝑔
39
𝑉² (7)
ℎ𝑓 = 𝐾
𝐿 2𝑔
𝐿 (8)
𝐾=𝑓
𝐷
2.14 PRESSÃO
Pressão pode ser conceituada como a ação de uma força contra outra força
contrária. Segundo Bega (2011, p. 21) “Ela tem a natureza de um empuxo distribuído
uniformemente sobre uma superfície plana no interior de um recipiente fechado.” E é
definida por:
F(força) (9)
P(pressão) =
A(área)
𝑉2 𝑁 (11)
𝑃𝑑 = 𝑝 . ( 2 )
2 𝑚
Ou
𝑉 2 𝑘𝑔𝑓 (12)
𝑃𝑑 = 𝑦 . ( )
2𝑔 𝑚2
Onde:
Pd = pressão dinâmica;
p = massa específica do fluído (kg/m³);
V = velocidade do fluído (m/s);
y = peso específico do fluído (kgf/m³ ou gf/cm³);
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s²).
que se deseja medir. O valor indicado será uma medida de pressão diferencial (BEGA,
2011). Basicamente a forma de medição de perda de carga deste trabalho.
Bega (2011, p. 26) diz “a diferença de pressão entre dois pontos de um fluído
em repouso é igual ao produto do peso específico do fluído (y) pela diferença de altura
entre os dois pontos (h)”, ou seja
𝑃 = 𝑦 .ℎ (13)
Isso quer dizer, que todos os pontos situados a uma mesma altura (h1) estão
submetidos a mesma pressão, da mesma forma que todos os pontos situados a uma
outra altura (h2) estão submetidos, também, a uma mesma pressão, mas diferente de
h1 conforme exemplifica a figura 20. Com isso, diz Bega (2011, p. 27) “têm-se, então,
planos paralelos na superfície livre do líquido, onde todos os pontos situados no
mesmo plano estão submetidos a uma mesma pressão.”
46
Segundo Bega (2011, p. 28) “são dispositivos nos quais a pressão é medida,
comparando-a com a pressão exercida por uma coluna de líquido com densidade e
altura conhecidas (manômetro de tubo em “U”, Manômetro de tubo inclinado, etc.)
Neste tipo de instrumento, o fluído a ser empregado como referência, é
escolhido com base em seu peso específico (𝛾) e o valor da pressão que será medida.
Normalmente, emprega-se nesses instrumentos, como referência, os líquidos
abaixo:
Água (𝛾 = 1 gf/cm³);
Álcool (𝛾 = 0,8 gf/cm³);
Mercúrio (𝛾 = 13,6 gf/cm³).
Esse tipo, que vai ser usado no presente trabalho, para medição de pressão
diferencial, é o mais simples e mais barato dos instrumentos de medição direta e
baixas pressões.
Segundo Bega (2011) e Soisson (2002) como o próprio nome diz, ele é formado
por um tubo feito de vidro ou algum outro tipo de material transparente em forma de
U, junto a uma parede suficientemente espessa para poder suportar a pressão à qual
48
o manômetro será submetido e uma placa graduada a partir do seu ponto médio, com
um líquido com peso específico conhecido (água, álcool, mercúrio, etc.).
Para se fazer a medição neste tipo de manômetro (com tubos com diâmetros
iguais), são feitas leituras, observando a diferença no nível do líquido (com peso
específico conhecido) chamada de altura (h) e respeitando a fórmula:
𝑃 = ℎ𝑦 (14)
Onde:
h = diferença de nível entre os dois braços do tubo em U;
y = peso específico do líquido utilizado;
P = pressão medida.
𝑑2 (16)
𝑃 = ℎ𝑦 (1 + )
𝐷2
Geralmente, esse tipo de instrumento possui uma escala de leitura que já leva
em consideração o deslocamento zero, ou seja, a escala já considera e corrige o fator
𝑑2
(1 + 𝐷2 ), possibilitando, assim, a leitura direta e precisa da pressão na escala
Bega (2011, p. 31) explica “são dispositivos (diafragma, fole, tubo bourdon,
elemento espiral, elemento helicoidal, etc.) que se deformam em função da pressão
exercida sobre eles pelo fluído medido.”
Eles são instrumentos que baseiam seu funcionamento na Lei de Hooke, que
diz: “Dentro de um limite definido de elasticidade, a deformação provocada em um
corpo sólido é proporcional ao esforço aplicado sobre ele.”
Segundo Bega (2011, p. 31) “os três tipos básicos de elementos elásticos,
utilizados como sensores em instrumentos medidores de pressão e que têm seu
princípio de funcionamento baseado na Lei de Hooke, são: diafragma, foles, tubos
Bourdon.”
50
𝑓 (17)
𝑅𝑃𝑀 = 120
𝑛
3 MATERIAL E MÉTODOS
Para execução deste trabalho foram utilizadas três bombas centrifugas que foram
doadas pelas empresas: Frankillin Schneider Motobombas e a KSB através de seus
representantes a C.O. Muller da cidade de Curitiba, sendo de vazões e potencias
diferentes. (Figura 23).
Figura 23 - Bombas Centrifugas KSB e Schneider (Da esquerda para direita 3/4
Fonte: Autoria própria
da montagem da parte hidráulica da bancada através do corte dos tubos de PVC com
serra manual de aço rápido e colagem do tubo nas conexões soldáveis com adesivo
para tubos, em seguida, estes foram rosqueados aos niples, reduções e adaptadores
dando seguimento ao ciclo projetado. No caso dos tubos de cobre, estes foram
soldados à um adaptador de cobre com rosca na extremidade com solda MIG
possibilitando a conexão deste aos demais tubos. É na parte hidráulica onde estão
distribuídos os pontos de coleta de pressão, afim de se medir a perda de carga. Para
esta medição poderá ser utilizado o manômetro de coluna em U, e manômetros de
Bordon com enchimento de glicerina a fim de que a vibração não interfira na coleta de
dados. Por fim após os dados coletados todos poderão ser tabulados e estudados
pelos alunos para se obter os resultados da perda de carga gerada. Por meio de
registro e válvula de retenção na tubulação, proporcionará a possibilidade de restringir
o trabalho do conjunto, assim tendo condições de traçar a curva de ação da bomba
centrifuga (para comparar com o melhor rendimento indicado pelo fabricante, por
exemplo com as curvas obtidas).
Como o objetivo da bancada consiste em um projeto didático, é importante
manter o funcionamento do conjunto por tempo suficiente. A partir deste raciocínio
principal, o intuito foi condicionar o trabalho em um ciclo repetitivo, ou seja, o
reservatório que irá receber a água recalcada pelo conjunto é, também, o reservatório
que irá fornecer água para sucção, alimentando o conjunto.
Isso quer dizer que, a partir do primeiro trabalho, de onde o reservatório irá ser
previamente enchido, o sistema terá condições de trabalhar em um ciclo repetitivo
com a água saindo e sendo recalcada para o mesmo reservatório.
professores das áreas a fins e estudados pelos alunos dos mais diversos cursos dessa
universidade.
Aqui, além de proporcionar um meio para o estudo da perda de carga,
proporcionamos, também, uma gama de conteúdo que pode abranger todos os cursos
técnicos, tecnólogos e engenharias.
Adotamos, de um modo limitado, claro, noções de hidráulica, mecânica dos
fluídos, elétrica, automação e possíveis inspeções mecânicas e elétricas, que darão
um diferencial ao profissional que aqui estudar, com a simples afirmação: “em todo
lugar se usa água. E, em quase todas as industrias existe uma estação, pelo menos,
de transporte de fluido.”
Figura 31 - Patrocinadores
Fonte: Autoria própria
3.1.3 Orçamento
CUSTOS TCC
NUMERO PRODUTO QUANTIDADE VALOR ESTIMADO VALOR PAGO
1 Motobomba Schneider 1/2 CV 1 R$ 600,00 DOAÇÃO
2 Motobomba Schneider 1 CV 1 R$ 1.115,60 DOAÇÃO
3 Motobomba KSB 3/4 CV 1 R$ 500,00 DOAÇÃO
4 Manômetros com enchimento de Glicerina 0 a 3 Kgf/cm² 3 R$ 750,00 DOAÇÃO
5 Manômetros com enchimento de Glicerina 0 a 7 Kgf/cm 4 R$ 1.000,00 DOAÇÃO
6 Inversor de Frequência CFW-08 WEG 220 V de 3~8,6 A 2 R$ 1.000,00 DOAÇÃO
7 Inversor de Frequência SIEMENS MICROMASTER 420 220 V de 3~8,6 A 1 R$ 800,00 DOAÇÃO
8 Materiais elétricos (painel, contatores, botões, lâmpadas e bornes) - R$ 750,00 DOAÇÃO
9 Materiais Hidráulicos (tubos, conexões, cola, válvulas, reservatório) - R$ 360,00 R$ 360,00
10 Materiais elétricos (fiação, canaletas, anilha, contatos) - R$ 373,50 R$ 373,50
11 Tintura - R$ 235,82 R$ 235,82
12 Mão de obra (soldagem e projeto elétrico) - R$ 2.030,00 DOAÇÃO
13 Fonte transformadora 220V para 24V VCC 4,5 A 1 R$ 300,00 R$ 300,00
14 Estrutura Metálica Metalon 2 R$ 1.000,00 DOAÇÃO
###### TOTAL - R$ 10.814,92 1269,32
4 LIMITAÇOES DO PROJETO
5 DIFICULDADES DO PROJETO
A maior dificuldade, e talvez o que nos moveu neste projeto, foi como vendemos
nossa ideia e nosso trabalho.
Tínhamos uma necessidade: formar. Iniciamos o projeto de tcc com a intenção
de montar a presente bancada. Mas como? Tudo era muito caro.
Só tinha um jeito: vamos atrás das doações. E deu certo!
Com o passar do tempo, foram chegando os materiais solicitados, e cada vez
mais à vontade e a possibilidade da execução aumentavam.
Enfim, conseguimos todos os materiais, e nos deixamos levar.
Com todos os problemas para a execução, sem dúvidas o maior foi o da parte
elétrica, que com o auxílio certo conseguimos superar.
67
6 OPORTUNIDADES DE MELHORIA
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
APENDICE B – DISTRIBUIDOR
81