O Que É Avaliação
O Que É Avaliação
O Que É Avaliação
Com o propósito de reflexão sobre as questões de esclarecimento é que o avaliador se coloca frente a
quatro questões:
Para os professores, a avaliação está relacionada a uma revisão constante das práticas, no sentido de
que, ao desvelar as dificuldades de aprendizagem e de ensino, exige-se a ressignificação do que está
sendo ministrado no condizente a se tornar uma aprendizagem significativa ao aluno.
Aos alunos, a avaliação está colocada enquanto um instrumental que situa o aluno no referente ao seu
processo de ensino e aprendizagem.
1. A avaliação formativa tem como função facilitar as aprendizagens, a serviço das questões pedagógicas.
2. A avaliação diagnóstica de etapas de ensino está relacionada com a questão da progressão institucional
(passagem ou não para a série seguinte).
5. A avaliação normativa de grupo fornece informações referentes ao nível de ensino dos alunos,
esclarece e prepara as escolhas curriculares.
6. A avaliação externa é um elemento de veiculação das informações advindas do sistema escolar aos
sujeitos sociais.
Com essas funções, o avaliador deve selecionar a que melhor atenda seus propósitos, uma vez que a
avaliação pode ocorrer de uma ou de outra maneira, dependendo exclusivamente do seu propósito.
Os instrumentais para organizar a aprendizagem dos alunos referente aos objetivos de ensino pelo
professor permitem traçar um indicativo do processo de desenvolvimento do aluno. Para tanto, utilizar
os objetivos que compõem o plano de ensino anual do professor com os itens apontados na matriz do
SAEB pode facilitar o incremento de uma prática pedagógica efi ciente. Utilizando o conteúdo de
semelhança de triângulo, a seguir há um instrumento que auxilia o avaliador a organizar sua coleta de
informação sobre a situação de aprendizagem dos alunos.
Exemplo:
Objetivos Aluno 1 Aluno 2
Identificar as relações de
proporcionalidade entre triângulos
semelhantes.
Além do cuidado com os objetivos, com o ensino e a aprendizagem, com a avaliação, um olhar sobre o
livro didático, o que está sendo colocado está coerente com suas práticas pedagógicas, é um elemento
de importância no processo de ensino. A clareza dos objetivos auxilia o trabalho de planejamento, uma
vez que a avaliação está inserida num contexto de diagnosticar/replanejar a atividade docente.
Neste sentido, ao realizar uma avaliação, o professor deve estar preparado para, à luz da análise dos
seus resultados, e da produção dos alunos, revisar seu planejamento, na direção de alternativas
pedagógicas que sanem as dificuldades desveladas.
Assim, um cenário investigativo, desafiador, em que os alunos deixam de ser meros receptores de
informação, pode se constituir em lócus privilegiado para o professor da disciplina, ocorrendo uma
adequação entre o cenário educativo e o contexto avaliativo.
Para a construção de aprendizagens significativas na área de história e geografia, Hoffmann (2003: 50-
51), aponta algumas recomendações. Ela aponta, que estas recomendações são de extrema importância
na prática pedagógica do professor, pois auxiliam o professor na construção de aulas interessantes que
conduzem a aprendizagens significativas pelo aluno.
Propor modelos avaliativos, com ocorrência processual, articulado e interrelacionado com outras
disciplinas e séries;
Elaborar correções conjuntas das avaliações realizadas, como de áreas de conhecimento diferentes;
Para um bom aproveitamento do curso, é necessário que você vá sempre além do conteúdo das aulas.
Clique no botão abaixo e inicie uma leitura complementar referente à cultura, memória e currículo
(parte II).
MATERIAL COMPLEMENTAR
SAIBA MAIS
O incentivo: hoje você conseguiu só um pouquinho, mas amanhã você vai conseguir muito mais...você
é capaz... Pense bem, você aprendeu algo de que você não sabia quase nada, veja só o quanto você
conseguiu...
Formas de Ameaça: Quem fizer bagunça tem zero... Vocês vão ver no dia da prova... Podem
conversar, mas depois não chore
Ex: listas de verificação para toda a turma (assinalar com um X a afirmação mais correta):
Escalas classificatórias
Constam em uma série de informações referentes a um determinado objetivo e indicam o grau, a
freqüência de dados referentes ou o nível em que o comportamento se manifesta. São instrumentos
mais adequados para o registro de dados referentes às atitudes, tais como iniciativa, responsabilidade,
integridade, esforço, capacidade de liderança, etc.
Alguns cuidados são necessários na construção de escalas, como: determinar o objetivo a ser avaliado;
desdobrar o objetivo em desempenhos observáveis; estabelecer dimensões do desempenho,
especificando seus vários graus ou níveis, de forma a construir uma escala; definir os diversos graus
ou níveis da escola com precisão, diferenciando uns dos outros; usar palavras ou frases que tenham
significado claro e inequívoco.
Ex: escalas para uso individual (assinalar com um X a posição que considerar adequada)
Ex: escalas para uso de grupo de alunos (assinalar com um X a afirmação mais correta)
Os instrumentos de coleta de dados ocorrem por meio de provas dos alunos, questionários
socioeconômico aplicados a eles, questionários aos professores e diretores, e questionários sobre
condições da escola.
Vale destacar que severas críticas têm sido feitas ao Saeb: que os modelos de provas deveriam ser
diversificados, o processo de amostragem é insuficiente para mapear a realidade educacional, a
divulgação e disseminação dos resultados, assim como a apropriação dos resultados nos níveis de
gestão educacional nem sempre são considerados no desencadeamento de alternativas locais para saná-
las.
Concluindo, o Saeb serviu de princípio na construção de Sistemas Regionais de Avaliação,
destacando-se os de São Paulo (1992), Minas Gerais (1992), Paraná (1995), Ceará (1996), Bahia
(1999), Rio de Janeiro (1999), Pernambuco (1987), e com essas experiências de avaliação regionais
possibilitou-se a formação de técnicos e pesquisadores na área temática nos sistemas de ensino e nas
Secretarias de Educação Estaduais. Com isso, novas posturas sobre o trabalho sociocomunicativo, que
conferissem à avaliação seu caráter de instrumentos de revisão são fortalecidos, rompendo com o
caráter de conotação punitiva e depreciativa da avaliação, dando-lhes novo significado.
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um programa avaliativo, que verifica o desempenho
dos estudantes do ensino médio. O Enem obedece a uma nova concepção de avaliação, colaborando
com as instituições de ensino em seus processos seletivos e, especialmente, oferecendo ao estudante a
possibilidade de fazer uma auto-avaliação sobre seu nível de conhecimento e desempenho. Criado pela
Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes)
é o novo instrumento de avaliação superior do MEC/Inep. Ele é formado por três componentes
principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes.
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) tem o objetivo de aferir o rendimento
dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e
competências. A metodologia utilizada para a coleta de dados e seleção do universo a ser pesquisado é
realizada por amostragem, e a participação no exame constará em documentos como o histórico
escolar do estudante ou, quando for o caso, sua dispensa pelo MEC.
O Inep, ao escolher os sujeitos participantes da amostra, utiliza para a seleção o número da inscrição,
na própria instituição de ensino superior, dos alunos habilitados a fazer a prova. Adentrando os
pressupostos avaliativos inseridos nas concepções de avaliação de massa (Saeb, Enem e Sinaes),
podemos observar o Estado enquanto avaliador, aquele que reforça o poder de regulação, pois retoma
o controle, a responsabilização e a prestação de contas relacionados com os resultados educacionais e
acadêmicos.
O Sinaes tem a proposta avaliativa de que é possível avaliar todos os aspectos que giram em torno dos
eixos: o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão
da instituição, o corpo docente, as instalações, entre outros aspectos.
O Sinaes tem uma série de instrumentos de coletas de informação complementares que abarcam:
autoavaliação, avaliação externa, Enade, condições de ensino (saiba mais sobre o assunto ao final
da aula), e instrumentos de informação (censo e cadastro). Com os resultados das avaliações, a defesa
pelo MEC/Inep é de que é possível traçar um panorama da qualidade dos cursos e instituições de
educação superior no país. Os processos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão
Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes).
As discussões atuais, sobre conhecimentos, estão respaldadas no pressuposto de que mais importante
do que reter informações e dominar técnicas é a capacidade que a escola deve ensinar aos seus alunos
de perceber em que momento e como utilizar determinado conhecimento. Apregoa-se também, a
necessidade de ter comportamentos e atitudes que traduzem eficiência, pertinência e responsabilidade
social, o que se pressupõe a habilidade do autocontrole e monitoramento de sua aprendizagem. Vale
apontar, ainda, que o desenvolvimento destas capacidades deve estar relacionado a uma visão positiva
de que o conhecimento não está pronto e acabado, e sim em construção, o que aponta para um perfil de
sujeito em constante revisão e incorporação de novos saberes, uma vez que as competências são
formadas ao longo da vida, no ambiente social, no trabalho, na educação formal.
É observável, então, em vários países, a crescente preocupação com as relações entre formação de
competências, educação e mercado de trabalho, no sentido de redefinirem- se metodologias
alternativas para definir as competências desejáveis. Reuniões entre educadores, representantes da
sociedade e entre empresários eram utilizadas para coletar quais as habilidades e atitudes esperadas em
determinadas áreas de trabalho. Estas competências eram incorporadas aos objetivos a serem
alcançados na educação profissional. Além das competências, eram determinados também os critérios
e as condições para a sua avaliação.
No início dos anos 70, essa metodologia de definição dos objetivos educacionais, DACUN¹,
considerada somente para conceber habilidades e competência para o mundo do trabalho, tende a ser
incorporada também na educação geral. Em conformidade a Novaes (2001: 96-7), diferentes modelos
definem competência: na abordagem da competência como um conjunto de tarefa, ela é analisada pela
observação direta do desempenho em tarefas independentes, sem considerar os efeitos das capacidades
subjacentes a eles, dos processos grupais e dos aspectos associados ao contexto.
Competência como conjunto de atributos concentra-se nas qualidades e nas capacidades gerais
indispensáveis para o desenvolvimento eficaz, em que se destacam características implícitas como o
conhecimento e o pensamento crítico, mas desconsidera o contexto em que devem ser aplicados.
A abordagem como competência em relação holística ou integrada considera que esta competência é
uma combinação complexa de atributos como conhecimentos, atitudes, valores e habilidades,
necessários para o desempenho em situações específicas.
A teoria sócio-histórica – os fenômenos psicológicos são elaborados pela interação social e pelo uso
de tecnologias, principalmente o instrumental lingüístico;
Conforme Novaes (2001:102), todos os posicionamentos aqui resumidos são importantes para a
compreensão do desenvolvimento das habilidades e competências, mas apresentam avanços e
limitações que precisam ser aprofundados.
Desta forma, o lócus educacional precisa viabilizar oportunidades que estimulem a competência para
além das habilidades cognitivas e sociais, encaminhando-se também para a incorporação daquelas
habilidades de cunho social, político e econômico. Neste contexto, o perfil do cidadão precisa ir além
da educação formal, apontando para a necessidade de um suporte mais amplo, incluindo a justiça
social, a determinação política e o envolvimento de toda a comunidade. Tal defesa está alicerçada ao
fato de que as habilidades avaliadas estão além daquelas verificadas no sistema avaliativo proposto
pelas instituições educacionais.
As discussões referentes ao modelo apregoado pelo MEC têm respaldo na questão de que a avaliação
da aprendizagem não pode ser separada de uma necessária avaliação institucional, mesmo que elas
sejam de natureza diferente: enquanto esta diz respeito à instituição, aquela refere-se mais
especificamente ao rendimento escolar do aluno.
São distintas, mas inseparáveis no processo educativo.
A defesa desta vinculação está inserida na dimensão de que o rendimento do aluno depende muito das
condições institucionais e do projeto político-pedagógico da escola. Conforme Gadotti (2005:4), o
caso de Minas Gerais pode ilustrar o que acabamos de afirmar. Neste Estado, o "Programa de
Avaliação da Escola Plural" foi implantado em 1992, como "exigência constitucional" (Constituição
do Estado de Minas Gerais, Art. 196), e como "política de governo" para "fundamentar decisões que
objetivassem a melhoria na administração do sistema educacional, em resultados avaliativos
cientificamente apurados" (Ana L. Antunes e Maria Alba de Souza. Apud BITAR, 1998: 21-38).
A avaliação do rendimento dos alunos em Minas Gerais foi considerada prioridade, "indissociável das
outras quatro que compunham o Programa Mineiro de Educação: autonomia da escola, fortalecimento
da direção da escola, desenvolvimento dos profissionais da educação e interação com os municípios"
(Idem, p. 24).
No Estado de São Paulo, a avaliação institucional está prevista, desde 1997, nas "Normas regimentais
básicas para as escolas estaduais". Como é verificável tanto no Estado de Minas Gerais como no
Estado de São Paulo, o processo da avaliação institucional está centrado na escola, ou melhor, no
conselho de escola. Para que ele seja eficaz, contudo, é necessário que sejam previstas também as
condições de funcionamento desses conselhos. Estas condições são tanto de ordem estrutural
(condições materiais e salariais) quanto de um bom referencial teórico, uma vez que é concreta a
situação de avaliadores sem uma adequada formação. A avaliação institucional precisa ser bem
planejada. A avaliação de um sistema educacional resulta de um conjunto de ações que não pode ser
improvisado. A avaliação institucional tem como infraestrutura uma teoria que serve de base para
orientar a linha de desenvolvimento da investigação e os diretores de escola devem tê-la como aporte
no desenvolvimento da avaliação institucional na escola.
Estas ações devem contar com algumas comissões: a primeira comissão é constituída de representantes
da comunidade que discutiu o projeto e elaborou o cronograma de avaliação; a segunda, que
identificou os principais desafios institucionais com base nos diagnósticos e com base nos dados
quantitativos do diagnóstico geral, realiza a autoavaliação; e a terceira comissão deve constituir uma
equipe de avaliadores externos que devem consultar a comunidade: usuários, sindicatos, ex-alunos e
pais. Com isso, a avaliação institucional constitui-se em uma ferramenta que diagnostica, além da
compreensão da tarefa educativa, as questões que se constituem em entraves, focando na sua
intervenção o saneamento dos problemas detectados, no sentido de diagnosticar a realidade e intervir
para melhorá-la.
Portanto, a avaliação de impacto ou de projetos sociais é utilizada como meio de melhorar os projetos
existentes, aprimorar o conhecimento sobre sua execução, contribuindo para seu planejamento futuro,
tendo como pano de fundo sua contribuição aos objetivos institucionais.
As etapas a serem realizadas para efetivar um processo de avaliação de projetos sociais envolvem as
conseqüentes atividades:
Ter clareza sobre os objetivos, o tipo de avaliação e a abordagem que se pretende utilizar;
Elaborar um plano para a realização do trabalho de campo - coleta de dados, análise das informações
coletadas, divulgação dos dados coletados.
Ao concluir estas etapas, os avaliadores terão em mãos informações que devem ser discutidas e
analisadas junto aos interessados: funcionários, usuários, parceiros e financiadores da pesquisa, para
possíveis intervenções de melhoria.
Nesta perspectiva, as propostas de intervenção para sanar os entraves devem advir dos dados
analisados, uma vez que o propósito da avaliação de impacto ou de projetos sociais é verificar se
ocorreu mudança nos indicadores iniciais referentes às condições de vida da população avaliada.
Escalas classificatórias
Constam em uma série de informações referentes a um determinado objetivo e indicam o grau, a
freqüência de dados referentes ou o nível em que o comportamento se manifesta. São instrumentos
mais adequados para o registro de dados referentes às atitudes, tais como iniciativa, responsabilidade,
integridade, esforço, capacidade de liderança, etc.
Alguns cuidados são necessários na construção de escalas, como: determinar o objetivo a ser avaliado;
desdobrar o objetivo em desempenhos observáveis; estabelecer dimensões do desempenho,
especificando seus vários graus ou níveis, de forma a construir uma escala; definir os diversos graus
ou níveis da escola com precisão, diferenciando uns dos outros; usar palavras ou frases que tenham
significado claro e inequívoco.
Ex: escalas para uso individual (assinalar com um X a posição que considerar adequada)
Ex: escalas para uso de grupo de alunos (assinalar com um X a afirmação mais correta)