Baca 0 D

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 51

Ednilson Sergio Ramalho de Souza

(Editor)

Volume 17

PESQUISAS EM TEMAS DE CIÊNCIAS DA


SAÚDE

Edição 1

Belém-PA

2022
© 2022 Edição brasileira
by RFB Editora
© 2022 Texto
by Autor(es)
Todos os direitos reservados

RFB Editora
Home Page: www.rfbeditora.com
Email: [email protected]
WhatsApp: 91 98885-7730
CNPJ: 39.242.488/0001-07
Av. Augusto Montenegro, 4120 - Parque Verde, Belém - PA, 66635-110

Diagramação e design da capa Gerente editorial


Worges Editoração Nazareno Da Luz
Imagens da capa
www.canva.com
Revisão de texto
Os autores
Bibliotecária
Janaina Karina Alves Trigo Ramos
https://doi.org/10.46898/rfb.9786558892779

Catalogação na publicação
Elaborada por RFB Editora

P474

Pesquisas em temas de ciências da saúde / Ednilson Sergio Ramalho de Souza


(Editor) – Belém: RFB, 2022.

(Pesquisas em temas de ciências da saúde , V.17)

Livro em PDF

3.600 KB., il.

ISBN: 978-65-5889-277-9
DOI: 10.46898/rfb.9786558892779

1. Ciências da Saúde. I. Souza, Ednilson Sergio Ramalho de (Editor). II. Título.

CDD 370

Índice para catálogo sistemático

I. Ciências da Saúde.
Todo o conteúdo apresentado neste livro, inclusive correção ortográfica
e gramatical, é de responsabilidade do(s) autor(es).
Obra sob o selo Creative Commons-Atribuição 4.0 Internacional. Esta li-
cença permite que outros distribuam, remixem, adaptem e criem a partir
do trabalho, mesmo para fins comerciais, desde que lhe atribuam o devi-
do crédito pela criação original.

Conselho Editorial
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Souza - UFOPA (Editor-Chefe)
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga-UFPA
Prof. Dr. Laecio Nobre de Macedo-UFMA
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida-UFOPA
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo-IFMA
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Silva-IFPA
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza-UFPA
Prof.ª Drª. Neuma Teixeira dos Santos-UFRA
Prof.ª Ma. Antônia Edna Silva dos Santos-UEPA
Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa-UFMA
Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho-UFSJ
Prof.ª Drª. Isabella Macário Ferro Cavalcanti-UFPE
Prof. Dr. Saulo Cerqueira de Aguiar Soares-UFPI
Prof.ª Drª. ​Welma Emidio da Silva-FIS

​ omissão Científica
C
Prof. Dr. Laecio Nobre de Macedo-UFMA
Prof. Me. Darlan Tavares dos Santos-UFRJ
Prof. Dr. Rodolfo Maduro Almeida-UFOPA
Prof. Me. Francisco Pessoa de Paiva Júnior-IFMA
Prof.ª Drª. Ana Angelica Mathias Macedo-IFMA
Prof. Me. Antonio Santana Sobrinho-IFCE
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza-UFPA
Prof. Me. Raphael Almeida Silva Soares-UNIVERSO-SG
Profª. Drª. Andréa Krystina Vinente Guimarães-UFOPA
Profª. Ma. Luisa Helena Silva de Sousa-IFPA
Prof. Dr. Aldrin Vianna de Santana-UNIFAP
Prof. Me. Francisco Robson Alves da Silva-IFPA
Prof. Dr. Marcos Rogério Martins Costa-UnB
Prof. Me. Márcio Silveira Nascimento-IFAM
Prof.ª Drª. Roberta Modesto Braga-UFPA
Prof. Me. Fernando Vieira da Cruz-Unicamp
Prof.ª Drª. Neuma Teixeira dos Santos-UFRA
Prof. Me. Angel Pena Galvão-IFPA
Profª. Drª. Dayse Marinho Martins-IEMA
Prof.ª Ma. Antônia Edna Silva dos Santos-UEPA
Profª. Drª. Viviane Dal-Souto Frescura-UFSM
Prof. Dr. José Morais Souto Filho-FIS
Profª. Ma. Luzia Almeida Couto-IFMT
Prof. Dr. Carlos Erick Brito de Sousa-UFMA
Profª. Ma. Ana Isabela Mafra-Univali
Prof. Me. Otávio Augusto de Moraes-UEMA
Prof. Dr. Antonio dos Santos Silva-UFPA
Profª. Dr. Renata Cristina Lopes Andrade-FURG
Prof. Dr. Daniel Tarciso Martins Pereira-UFAM
Profª. Drª. Tiffany Prokopp Hautrive-Unopar
Profª. Ma. Rayssa Feitoza Felix dos Santos-UFPE
Prof. Dr. Alfredo Cesar Antunes-UEPG
Prof. Dr. Vagne de Melo Oliveira-UFPE
Profª. Drª. Ilka Kassandra Pereira Belfort-Faculdade Laboro
Prof. Dr. Manoel dos Santos Costa-IEMA
Profª. Drª. Érima Maria de Amorim-UFPE
Prof. Me. Bruno Abilio da Silva Machado-FET
Profª. Drª. Laise de Holanda Cavalcanti Andrade-UFPE
Prof. Me. Saimon Lima de Britto-UFT
Prof. Dr. Orlando José de Almeida Filho-UFSJ
Profª. Ma. Patrícia Pato dos Santos-UEMS
Prof.ª Drª. Isabella Macário Ferro Cavalcanti-UFPE
Prof. Me. Alisson Junior dos Santos-UEMG
Prof. Dr. Fábio Lustosa Souza-IFMA
Prof. Me. Pedro Augusto Paula do Carmo-UNIP
Profª. Drª. Dayana Aparecida Marques de Oliveira Cruz-IFSP
Prof. Me. Alison Batista Vieira Silva Gouveia-UFG
Profª. Drª. Silvana Gonçalves Brito de Arruda-UFPE
Profª. Drª. Nairane da Silva Rosa-Leão-UFRPE
Profª. Ma. Adriana Barni Truccolo-UERGS
Prof. Dr. Saulo Cerqueira de Aguiar Soares-UFPI
Prof. Me. Fernando Francisco Pereira-UEM
Profª. Drª. Cátia Rezende-UNIFEV
Profª. Drª. Katiane Pereira da Silva-UFRA
Prof. Dr. Antonio Thiago Madeira Beirão-UFRA
Profª. Ma. Dayse Centurion da Silva-UEMS
Prof.ª Drª. ​Welma Emidio da Silva-FIS
Profª. Ma. Elisângela Garcia Santos Rodrigues-UFPB
Profª. Drª. Thalita Thyrza de Almeida Santa Rosa-Unimontes
Profª. Drª. Luci Mendes de Melo Bonini-FATEC Mogi das Cruzes
Profª. Ma. Francisca Elidivânia de Farias Camboim-UNIFIP
Prof. Dr. Clézio dos Santos-UFRRJ
Profª. Ma. Catiane Raquel Sousa Fernandes-UFPI
Profª. Drª. Raquel Silvano Almeida-Unespar
Profª. Ma. Marta Sofia Inácio Catarino-IPBeja
Prof. Me. Ciro Carlos Antunes-Unimontes
Prof. Dr. Marcos Pereira dos Santos - FAQ/FAEG
Prof. Dr. Elias Rocha Gonçalves - IFF
Prof. Me. Ennio Silva de Souza - IEMA
Nossa missão é a difusão do conhecimento gerado no âmbito acadêmico por meio da organização e
da publicação de livros científicos de fácil acesso, de baixo custo financeiro e de alta qualidade!
Nossa inspiração é acreditar que a ampla divulgação do conhecimento científico pode mudar para
melhor o mundo em que vivemos!

Equipe RFB Editora


SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS: UMA REVI-
SÃO DA LITERATURA.................................................................................................. 11
Bruna Peixoto Girard
Giovana Soares Buzinaro
Gustavo Moreira Garcia
Ilana Francisca de Sousa Araújo Albuquerque
Geovana Martins Lopes
Marcelo Costa Rodrigues
Grace Kelly Martins Carneiro
William Albuquerque Ferreira da Costa
Jean Carlos Triches
Lavínia Ferreira da Silva
Amanda Pereira da Cruz Ribeiro
DOI: 10.46898/rfb.9786558892779.1
CAPÍTULO 2
CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: REPERCUS-
SÕES FAMILIARES......................................................................................................... 21
Maria Luana Ferreira Caldas
Geovanna Renaissa Ferreira Caldas
Danilo de Freitas Araújo
Rafaela Caetano da Silva
Daniel Félix da Silva
Aniedne Hellen Cavalcanti
Ana Bessa Muniz
DOI: 10.46898/rfb.9786558892779.2
CAPÍTULO 3
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE NEU-
ROCRÍTICO...................................................................................................................... 33
Raiane da Rocha Figueredo
Geovanna Renaissa Ferreira Caldas
Aniedne Hellen Cavalcanti
Letícia Gabrielle César de Carvalho Menezes
Bárbara Lislla de Araújo Pereira
Renata Mendes do Nascimento
Solange de Fátima Gomes
Luana Cristine Gomes da Silva
Andrio Correa Barros
Ludmylle Rodrigues Silva França
Luana Rafaella Sampaio Leal
DOI: 10.46898/rfb.9786558892779.3
APRESENTAÇÃO
Prezad@s,

Satisfação! Esse é o sentimento que vem ao meu ser ao escrever a apresentação


deste atraente livro. Não apenas porque se trata do volume 17 da Coleção Pesquisas
em Temas de Ciências da Saúde, publicado pela RFB Editora, mas pela importância
que essa área possui para a promoção da qualidade de vida das pessoas.

Segundo a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível


Superior), fazem parte dessa área: MEDICINA, NUTRIÇÃO, ODONTOLOGIA,
FARMÁCIA, ENFERMAGEM, SAÚDE COLETIVA, EDUCAÇÃO FÍSICA, FO-
NOAUDIOLOGIA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Tal área suscita,
portanto, uma gama de possibilidades de pesquisas e de relações dialógicas que
certamente podem ser relevantes para o desenvolvimento social brasileiro.

Desse modo, os artigos apresentados neste livro - em sua maioria frutos de


árduos trabalhos acadêmicos (TCC, monografia, dissertação, tese) - decerto contri-
buem, cada um a seu modo, para o aprofundamento de discussões na área da Saúde
Brasileira, pois são pesquisas germinadas, frutificadas e colhidas de temas atuais
que vêm sendo debatidos nas principais universidades nacionais e que refletem o
interesse de pesquisadores no desenvolvimento social e científico que possa melho-
rar a qualidade de vida de homens e de mulheres.

Acredito, verdadeiramente, que a ampla divulgação do conhecimento científi-


co pode mudar para melhor o mundo em que vivemos!

Esse livro é parte da materialização dessa utopia.

Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Souza

Editor-Chefe
CAPÍTULO 1

MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DOENÇAS


HEMATOLÓGICAS: UMA REVISÃO DA
LITERATURA

ORAL MANIFESTATIONS OF HEMATOLOGICAL


DISEASES: A LITERATURE REVIEW

Bruna Peixoto Girard1


Giovana Soares Buzinaro2
Gustavo Moreira Garcia3
Ilana Francisca de Sousa Araújo Albuquerque4
Geovana Martins Lopes5
Marcelo Costa Rodrigues6
Grace Kelly Martins Carneiro7
William Albuquerque Ferreira da Costa8
Jean Carlos Triches9
Lavínia Ferreira da Silva10
Amanda Pereira da Cruz Ribeiro11

DOI: 10.46898/rfb.9786558892779.1

1 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0233-666X


2 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6901-7984
3 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3720-1848
4 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0372-0615
5 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8993-3648
6 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000.0002-6606-0538
7 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6679-8930
8 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5251-9363
9 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7127-0193
10 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0542-5353
11 E-mail: [email protected]; ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7587-910X
Bruna Peixoto Girard e outros

RESUMO

E ste estudo possui como objetivo revisar a literatura acerca das manifesta-
ções orais e as implicações da mesma na vida do indivíduo, retratando a
importância do diagnóstico correto, a fim de que seja estabelecida uma adequada
medida terapêutica, proporcionando melhor qualidade de vida nesses pacientes.
Para a construção deste artigo foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases
de dados SciVerse Scopus, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), U.S. Natio-
nal Library of Medicine (PUBMED) e ScienceDirect, com auxílio do gerenciador de
referências Mendeley. Os artigos foram contemplados entre os anos de 2010 a 2022.
As manifestações da cavidade oral são comuns em pacientes portadores de doenças
hematológicas e podem preceder ou ocorrer concomitante às outras manifestações
sistêmicas, colaborando com o diagnóstico precoce de tais doenças. Nesse sentindo,
os profissionais da saúde devem ficar atentos, sobretudo médicos e cirurgiões-den-
tistas quanto ao diagnóstico e detecção precoce e tais doenças, propiciando assim
uma melhora na qualidade de vida, além do aumento na sobrevida dos pacientes.

Palavras-chave: Hematologia. Alterações estomatológicas. Saúde bucal. Diagnósti-


co.

ABSTRACT

This study aims to review the literature on oral manifestations and their impli-
cations in the life of the individual, portraying the importance of the correct diagno-
sis, in order to establish an adequate therapeutic measure, providing a better quali-
ty of life in these patients. For the construction of this article, a bibliographic survey
was carried out in the databases SciVerse Scopus, Scientific Electronic Library On-
line (Scielo), U.S. National Library of Medicine (PUBMED) and ScienceDirect, with
the help of the Mendeley reference manager. The articles were covered between
the years 2010 to 2022. Oral cavity manifestations are common in patients with he-
matological diseases and may precede or occur concomitantly with other systemic
manifestations, contributing to the early diagnosis of such diseases. In this sense,
health professionals should be aware, especially doctors and dentists, regarding the
diagnosis and early detection of such diseases, thus providing an improvement in
the quality of life, in addition to an increase in the survival of patients.

Keywords: Hematology. Stomatological changes. Oral health. Diagnosis.

14
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

1 INTRODUÇÃO

Em 1986 a I Conferência Nacional de Saúde estabeleceu que a saúde bucal


constitui, em toda sua complexidade, parte integrante inseparável da saúde geral
do organismo (NEVILLE, 2009; VIRGÍLIO et al., 2011).

Dessa maneira, o cirurgião-dentista, assim como todos os profissionais da saú-


de devem considerar a que as condições bucais estabelecidas em cada paciente não
se restringem apenas a boca, pois, às vezes, representam manifestações locais de
doenças sistêmicas, tornando, dessa forma, necessária a avaliação completa do pa-
ciente e de suas condições sistêmicas (WANG et al., 2013).

É notório que muitas alterações sistêmicas possuem manifestações nos tecidos


orais. Da mesma forma, as doenças hematológicas muitas vezes cursam com altera-
ções da mucosa oral, sendo essas mais frequentes nas anemias e leucemias (WANG
et al., 2013).

Diante do exposto e sabendo a importância sobre as doenças hematológicas,


este estudo possui como objetivo revisar a literatura acerca das manifestações orais
e as implicações da mesma na vida do indivíduo, retratando a importância do diag-
nóstico correto, a fim de que seja estabelecida uma adequada medida terapêutica,
proporcionando melhor qualidade de vida nesses pacientes.

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão narrativa da literatura. A revisão de literatura per-


mite a busca aprofundada dentro de diversos autores e referenciais sobre um tema
específico, nesse caso, as manifestações orais em pacientes portadores de doenças
hematológicas (PEREIRA et al., 2018).

A fim de que haja direcionamento na pesquisa delineou-se como questão nor-


teadora: “Quais são as manifestações orais encontradas em pacientes que possuem
alterações hematológicas? ”

Para a construção deste artigo foi realizado um levantamento bibliográfico nas


bases de dados SciVerse Scopus, Scientific Eletronic Library Online (Scielo), U.S.
National Library of Medicine (PUBMED) e ScienceDirect, com auxílio do gerencia-
dor de referências Mendeley. Os artigos foram contemplados entre os anos de 2010
a 2021.

15
Bruna Peixoto Girard e outros

A estratégia de pesquisa desenvolvida para identificar os artigos incluídos e


avaliados para este estudo baseou-se nos descritores contidos na lista dos Descri-
tores em Ciência da Saúde (DeCS) e suas combinações no idioma português e in-
glês: [(mucosa oral OR oral mucosa OR boca OR mouth OR mucosa jugal OR cheek
mucosa OR língua OR tongue) AND (manifestações clínicas OR clinical findings)
AND (leucemia OR leucemia OR linfoma OR lymphoma OR anemia OR anemia OR
trombocitopenia OR thrombocytopenia]

2.1 Critérios de inclusão e exclusão

Considerou-se como critério de inclusão os artigos completos disponíveis na


íntegra nas bases de dados citadas, nos idiomas inglês e português e relacionados
com o objetivo deste estudo. Os critérios de exclusão foram artigos incompletos,
duplicados, resenhas, estudos in vitro e resumos.

2.2 Seleção de estudos

A estratégia de pesquisa baseou-se na leitura dos títulos para encontrar es-


tudos que investigassem a temática da pesquisa. Caso contemplasse esse primeiro
objetivo, posteriormente, os resumos eram lidos e, persistindo na inclusão, era feita
a leitura do artigo completo. Quando havia dúvida sobre a inclusão, o artigo era
lido por outro autor e, a decisão de inclusão ou exclusão era tomada em consenso.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com base na revisão de literatura feita nas bases de dados eletrônicas citadas,
foram identificados 2795 artigos científicos, dos quais 324 estavam duplicados com
dois ou mais índices. Após a leitura e análise do título e resumos dos demais artigos
outros 2390 foram excluídos. Assim, 81 artigos foram lidos na integra e, com base
nos critérios de inclusão e exclusão, apenas 22 artigos foram selecionados para com-
por este estudo. O fluxograma com detalhamento de todas as etapas de seleção está
na figura 1.

16
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

Figura 1 - Fluxograma de identificação e seleção dos estudos.

Fonte: os autores, 2022.

3.1 Anemias
3.1.1 Anemia Ferropriva

A anemia por deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia em todo o


mundo. Essa forma de anemia se desenvolve quando a quantidade de ferro dispo-
nível para o organismo não acompanha a necessidade de ferro para a produção de
células vermelhas do sangue. Esse tipo de anemia ocorre quando há perda excessiva
de sangue, aumento da demanda por hemácias, diminuição da ingestão de ferro ou,
ainda, pela diminuição da absorção e ferro (OLIVEIRA et al., 2015).

Os pacientes que possuem anemia ferropriva podem se queixar de fadiga, can-


saço fácil, palpitações, sensação de desfaleciemtno ou desmaio eminente e falta de
energia. Com relação as manifestações orais, incluem a queilite angular e glossite
atrófica, ou a atrofia generalizada da mucosa oral (PERIARD et al., 2019).

O tratamento para a anemia ferropriva, na maioria dos casos, consiste na su-


plementação de ferro na dieta por meio de sulfato ferroso oral. Em pacientes com

17
Bruna Peixoto Girard e outros

problemas relacionados à má absorção a administração parenteral de fero é consi-


derada uma alternativa. A resposta à terapia geralmente é imediata, com os parâ-
metros de células vermelhas voltando ao normal dentro de 1 a 2 meses (V. M. BUY-
ANOV, 2020).

3.1.2 Anemia Perniciosa

É uma condição incomum que ocorre com maior frequência entre pacientes
idosos. A doença é uma anemia megaloblástica causada pela má absorção de vi-
tamina B12 e/ou ácido fólico. Esses dois nutrientes são muito importantes, pois
atuam como coenzimas em reações que ocorrem na síntese de DNA. Existem medi-
camentos, condições sistêmicas e fatores comportamentais que também interferem
no metabolismo da vitamina B12, da homocisteína e do ácido fólico (ADEYEMO et
al., 2011; LIBERSA et al., 2002)

A anemia ameloblástica é um processo autoimune caracterizado pela destrui-


ção das células parietais e consequentemente do fator intrínseco que é essencial
para a absorção de vitamina B12 (GALVÃO; ALMEIDA, 2008).

Em relação às queixas sistêmicas, os pacientes com anemia perniciosa frequen-


temente relatam fadiga, fraqueza, dificuldade de respirar, dores de cabeças e sensa-
ção de desmaio. Dificuldade de caminhar e a diminuição da sensibilidade vibratória
e da noção de posição podem estar presentes. Sintomas psiquiátricos como perda de
memória, irritabilidade, depressão e demência também foram descritos (ALTIKAT;
CIFTÇI; BÜYÜKOKUROĞLU, 2002).

Com relação aos sintomas orais, frequentemente consistem na sensação de


queimação da língua, dos lábios e da mucosa jugal, ou de outros sítios. A queilite é
o sinal precoce e característico da doença, que resulta de inflamação e hiperceratose
no ângulo da boca (CHEKROUN et al., 2019).

3.1.3 Anemia falciforme

A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em


negros e em pacientes pediátricos, mas que também pode manifestarse nos brancos.
Ocorre a formação de uma hemoglobina anormal (HbS), devido a troca dos aminoá-
cidos valina e glutamina durante a formação da sua cadeia beta. Entre as razões da
anemia em crianças, encontram-se o baixo nível socioeconômico, a prematuridade/
baixo peso de nascimento, a escassa ingestão de ferro em crianças com menos de 2
anos e o desmame precoce (WANG et al., 2013).

18
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

As manifestações orais envolvem palidez da mucosa, coloração amarelada dos


tecidos, alterações radiográficas, retrocesso na erupção dos dentes, desordens da
mineralização do esmalte e da dentina, alterações das células superficiais da lín-
gua, maloclusões, hipercementose e um grau de periodontite infrequente nas crian-
ças. Alterações ortofaciais que geram disfunções respiratórias e mastigatórias, o
que contribui para a má oclusão. Além disso, a hiperplasia medular compensatória
pode ocasionar a expansão da maxila. Osteomielite mandibular é a mais comum
das complicações da anemia falciforme, com um envolvimento em 79% a 100% dos
casos (YAMAGISHI et al., 2017).

3.1.4 Anemia Aplásica

A anemia aplásica é um distúrbio hematológico raro e que ameaça a vida,


caracterizado pela falha na produção de números adequados de todos os tipos
de células sanguíneas pelas células precursoras hematopoiéticas na medula óssea
(VALIM et al., 2015).

Os achados orais relacionados à anemia aplásica incluem hemorragia gengi-


val, petéquias, púrpura e equimose. Além disso, a mucosa oral pode apresentar-se
pálida ao exame físico. As ulcerações orais associadas à infecção, particularmente
aquelas que envolvem os tecidos gengivais, podem estar presentes. Eritema mínimo
é geralmente associado à periferia das úlceras. Hiperplasia gengival também tem
sido relatada em associação com a anemia aplásica (BRAGA et al., 2003; NEVILLE,
2009).

3.2 Trombocitopenia

A trombocitopenia é uma desordem hematológica caracterizada por um nú-


mero marcadamente diminuído de plaquetas sanguíneas circulantes. Alguns fato-
res relacionados à diminuição das plaquetas envolvem e sua produção reduzida,
destruição aumentada ou, ainda, sequestro no baço (ARLEN DA SILVA FREIRE et
al., 2016; NEVILLE, 2009).

A condição muitas vezes é inicialmente detectada pela presença de lesões


orais. Eventos traumáticos menores ocorrem continuamente na mucosa oral du-
rante a mastigação e deglutição da comida. Além disso, também pode ocorrer pe-
téquias, equimose, hematoma e/ou hemorragia gengival espontânea (ARLEN DA
SILVA FREIRE et al., 2016; NEVILLE, 2009).

19
Bruna Peixoto Girard e outros

3.3 Leucemia

A leucemia representa vários tipos de malignidade na derivação das células-


-tronco hematopoiéticas. São um tipo de câncer muito comum em crianças e ado-
lescentes e a cavidade oral frequentemente é comprometida por suas manifestações
que podem estar presentes no estágio inicial da doença, tendem a aumentar a sua
intensidade quando instituída a terapia antileucêmica, como consequência da imu-
nossupressão, e a desaparecer com a sua remissão. As leucemias são divididas em
dois grupos quanto a sua manifestação: agudas e crônicas (ANTONINI; LEMES;
MOZZINI, 2019; NEVILLE, 2009)

Pacientes leucêmicos podem reclamar de equimoses fáceis e sangramento,


problemas causados pela falta de plaquetas sanguíneas (trombocitopenia), resul-
tantes da expulsão de megacariócitos da medula. Petéquias hemorrágicas no palato
duro posterior e no palato mole podem ser observadas e podem ser acompanhadas
por hemorragia gengival espontânea (COSTA; SILVA; MACEDO, 2011; NEVILLE,
2009).

Ulceração da mucosa oral está frequentemente presente como resultado da


habilidade prejudicada do hospedeiro em combater a flora microbiana normal. Ge-
ralmente, a mucosa gengival é a mais severamente afetada devido à abundância
de bactérias normalmente presentes em volta dos dentes. As úlceras neutropênicas
produzidas são tipicamente lesões profundas, perfuradas, com base necrótica cinza-
-esbranquiçada. A candidíase oral é frequentemente uma complicação da leucemia,
envolvendo a mucosa oral difusamente. Infecções herpéticas são as lesões virais
mais comuns e podem envolver qualquer área da mucosa oral em vez de estarem
confinadas a mucosa ceratinizada, como em pacientes imunocompetentes (COSTA;
SILVA; MACEDO, 2011; NEVILLE, 2009).

3.4 Linfoma

Os linfomas são neoplasias que se originam no tecido linfoide e que even-


tualmente infiltram a medula óssea e outros tecidos. Possuem duas subdivisões, o
Linfoma de Hodgkin e o Linfomas não Hodgkin (NEVILLE, 2009; VIRGÍLIO et al.,
2011).

Apesar de ser raro, os linfomas não Hodgkin podem acometer o palato, lín-
gua, assoalho da boca, gengiva, mucosa bucal, lábios, tonsilas palatinas, amígdalas
linguais ou orofaringe, ocorrendo mais comumente manifestações na gengiva e in-
traósseas na mandíbula, palato e maxila. Quando as lesões orais estão presentes, na

20
MANIFESTAÇÕES ORAIS DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

maioria das vezes sua resolução ocorre de forma rápida e na maioria das vezes es-
tão relacionadas a doença disseminada, sendo raras manifestações primárias (NEV-
ILLE, 2009; VIRGÍLIO et al., 2011).

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto, esse estudo objetivou revisar a literatura acerca das mani-
festações orais das doenças hematológicas.

As manifestações da cavidade oral são comuns em pacientes portadores de


doenças hematológicas e podem preceder ou ocorrer concomitante às outras mani-
festações sistêmicas, colaborando com o diagnóstico precoce de tais doenças. Nesse
sentindo, os profissionais da saúde devem ficar atentos, sobretudo médicos e cirur-
giões-dentistas quanto ao diagnóstico e detecção precoce e tais doenças, propician-
do assim uma melhora na qualidade de vida, além do aumento na sobrevida dos
pacientes.

REFERÊNCIAS
ADEYEMO, T. A. et al. Orofacial manifestations of hematological disorders: anemia
and hemostatic disorders. Indian journal of dental research : official publication
of Indian Society for Dental Research, v. 22, n. 3, p. 454–461, 2011.

ALTIKAT, S.; CIFTÇI, M.; BÜYÜKOKUROĞLU, M. E. In vitro effects of some anes-


thetic drugs on enzymatic activity of human red blood cell glucose 6-phosphate
dehydrogenase. Polish journal of pharmacology, v. 54, n. 1, p. 67–71, 2002.

ANTONINI, M. F.; LEMES, L. T. DE O.; MOZZINI, C. B. Manifestações Orais da


Leucemia no Momento do Diagnóstico. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 64,
n. 2, p. 227–235, 2019.

ARLEN DA SILVA FREIRE, A. et al. Manifestações Bucais Em Pacientes Submeti-


dos a Tratamento Quimioterápico No Hospital De Câncer Do Acre Bucal Manifesta-
tions in Patients Submitted To Chemotherapeutic Treatment in the Cancer Hospital
of Acre. Journal of Amazon Health Science, v. 2, n. 1, 2016.

BRAGA, J. A. P. et al. Púrpura trombocitopênica imunológica como manifestação


inicial de lúpus eritematoso sistêmico juvenil. Revista Brasileira de Reumatologia,
v. 43, n. 6, p. 392–396, 2003.

CHEKROUN, M. et al. Oral manifestations of sickle cell disease. British dental


journal, v. 226, n. 1, p. 27–31, jan. 2019.

COSTA, S. DE S.; SILVA, A. DE M.; MACEDO, I. DE A. B. M. Knowledge of Oral


Manifestations of the Leukemia and Protocol for Dental Care. Revista de Odonto-
logia da Universidade Cidade de São Paulo, v. 23, n. 1, p. 78–8, 2011.

21
Bruna Peixoto Girard e outros

GALVÃO, V.; ALMEIDA, V. DE. Queilite angular: sinais, sintomas e tratamento


/ Angular queilite: signs, symptoms and treatment. IJD. International Journal of
Dentistry, v. 6, n. 2, p. 55–57, 2008.

LIBERSA, P. et al. Immediate and late mandibular fractures after third molar remo-
val. Journal of oral and maxillofacial surgery : official journal of the American
Association of Oral and Maxillofacial Surgeons, v. 60, n. 2, p. 163–166, fev. 2002.

NEVILLE, B. W. D. D. C. A. J. B. Oral and Maxillofacial Pathology. 3. ed. [s.l: s.n.].

OLIVEIRA, K. K. V. DE et al. MANIFESTAÇÕES ORAIS NAS DOENÇAS HEMA-


TOLÓGICAS: revisão de literatura. Revista Da Universidade Vale Do Rio Verde,
p. 216–235, 2015.

PEREIRA, A. et al. Método Qualitativo, Quantitativo ou Quali-Quanti. [s.l: s.n.].

PERIARD, F. M. et al. Anemia falciforme e suas manifestações orais de interesse


clínico : revisão de literatura. p. 2019, 2019.

V. M. BUYANOV. Manifestações orofaciais de anemias: características para uma


abordagem odontológica Orofacial manifestations of anemia: characteristics for a
dental approach Manifestaciones orofaciales de las anemias: características para un
enfoque dental. Research, Society and Development, v. 9, n. 7, p. 1–18, 2020.

VALIM, V. et al. Recomendações para o tratamento da síndrome de Sjögren. Revis-


ta Brasileira de Reumatologia, v. 55, n. 5, p. 446–457, 2015.

VIRGÍLIO, E. et al. Linfomas – Manifestações Orais e Maxilofaciais. Prática Hospi-


talar, v. 78, p. 32–37, 2011.

WANG, Y.-P. et al. Oral manifestations and blood profile in patients with thalasse-
mia trait. Journal of the Formosan Medical Association = Taiwan yi zhi, v. 112, n.
12, p. 761–765, dez. 2013.

YAMAGISHI, J. A. et al. Anemia Ferropriva: Diagnóstico E Tratamento. Revista


Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, v. 8, n. 1, p. 99–110, 2017.

22
CAPÍTULO 2

CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO


AUTISTA: REPERCUSSÕES FAMILIARES

CHILDREN WITH AUTISTIC SPECTRUM DISORDER:


FAMILY REPERCUSSIONS

Maria Luana Ferreira Caldas1


Geovanna Renaissa Ferreira Caldas2
Danilo de Freitas Araújo3
Rafaela Caetano da Silva4
Daniel Félix da Silva5
Aniedne Hellen Cavalcanti6
Ana Bessa Muniz7

DOI: 10.46898/rfb.9786558892779.2

1 E-mail: [email protected], Lattes: http://lattes.cnpq.br/9527841510122388


2 E-mail: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1733-0009
3 E-mail: [email protected], Lattes: http://lattes.cnpq.br/3475301571535337
4 E-mail: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0001-5369-6564
5 E-mail: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3458-4895
6 E-mail: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3657-1625
7 E-mail: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4414-9854
Maria Luana Ferreira Caldas e outros

RESUMO

O bjetivo: Objetivou-se analisar e descrever a influência do diagnóstico e do


cuidado da criança com o TEA no ambiente familiar. Método: Trata-se de
uma revisão integrativa da literatura, efetuada nas bases de dados Sistema Online
de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os Descritores em Ciên-
cia da Saúde (DECS), em associação ao operador booleano: Autismo Infantil AND
Família AND Cuidado. Resultados: Os achados apontam que a família apresenta
papel relevante no cuidado a criança com o TEA, sendo a mãe a principal cuidado-
ra, mesmo a maioria não se encontrando preparada para esse diagnóstico. Conclu-
são: evidenciou-se que essa necessidade de atenção acarreta diversos problemas e
conflitos familiares, advindos de superproteção e preconceitos, mas que apesar da
importância da temática o assunto é pouco abordado na visão da própria criança.

Palavras-chave: Autismo. Criança. Saúde Mental. Autismo Infantil.

ABSTRACT

Objective: The objective was to analyze and describe the influence of the diag-
nosis and care of children with ASD in the family environment. Method: This is an
integrative literature review, carried out in the databases Online System for Search
and Analysis of Medical Literature (MEDLINE) and Latin American and Caribbean
Literature in Health Sciences (LILACS), using the Descriptors in Science of Health
(DECS), in association with the Boolean operator: Infantile Autism AND Family
AND Care. Results: The findings indicate that the family has a relevant role in ca-
ring for the child with ASD, with the mother being the main caregiver, even though
most are not prepared for this diagnosis. Conclusion: it was evidenced that this
need for attention causes several problems and family conflicts, arising from over-
protection and prejudice, but that despite the importance of the theme, the subject
is little addressed in the child’s own view.

Keywords: Autism. Kid. Mental health. Infantile Autism.

1 INTRODUÇÃO

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio que ocasiona mani-


festações desde os primeiros dias de vida, apresentando um déficit na interação
social, comunicação, linguagem e no comportamento, ou seja, crianças com esse
quadro possuem uma dificuldade em habilidades de se relacionar, escrever, falar,
ler e compreender, ainda apresentando uma dependência nas questões de habili-

24
CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

dades básicas do nosso dia a dia, como realizar o autocuidado. Essas autonomias
e capacidades variam conforme os ensinamentos, ajudas e estimulações dos pais:
quanto menos compreenderem a situação ou superprotegerem, será maior o risco,
o comprometimento e o grau (RODRIGUES et al., 2017).

Segundo o DSM-5 (AMERICAN PSYCHOLOGICAL ASSOCIATION, 2014) as


características presentes no transtorno do espectro autista são demonstradas em
critérios, citando-se prejuízo na comunicação social e na interação social (Critério
A), padrões repetitivos de comportamento ou atividades (Critério B) e sintomas
presentes desde o início da infância limitando desempenho social (Critérios C e D).

Mesmo com todo o avanço de conhecimentos sobre o espectro com o passar


dos anos, as suas causas e origem ainda são desconhecidas. Considera-se que a
etiologia é multicausal, envolvendo a genética, fatores neurológios e fatores sociais
(PINTO et al., 2016).

Uma das hipóteses cita a possibilidade de ser consequência de um pré-natal


mal realizado, com presença de falhas e erros durante a efetivação da consulta, falta
de atenção em comprometimento nos sinais neurológicos e apetência simbológica,
produzindo pouca ou nenhuma resposta durante as investidas parentais (AMBROS
et al., 2017).

Crianças com o autismo apresentam sinais que podem ser identificados desde
muito novos, sendo então, de extrema importância a observação das crianças du-
rante os primeiros anos de vida. Pode-se evidenciar comportamentos repetitivos,
atuando de forma constantemente padronizada, além da possibilidade de compro-
meter o intelecto (ROCHA et al., 2019).

Sua identificação possui um caráter difícil, pois o distúrbio não possui testes
laboratoriais ou marcadores biológicos que possibilitam uma diferenciação para
sua detecção. Dessa forma, ao observar e identificar precocemente o espectro, os re-
sultados e a evolução do quadro apresentam-se com um bom prognóstico, podendo
alcançar melhora no desenvolvimento e comportamento (COELHO-MEDEIROS et
al., 2019).

Em decorrência disso, é possível compreender que o recebimento desse diag-


nóstico provoca um estado de desafios para a criança, a família e os profissionais de
saúde, pois desencadeia diversas mudanças no dia-a-dia da família, carecendo de
maior atenção, gastos financeiros, maior necessidade de tempo e cuidado (PINTO
et al., 2016).

25
Maria Luana Ferreira Caldas e outros

Esses familiares, ao receberem o diagnóstico, se encontram em uma sequência


de estágios baseados em todo o processo de assistência: impacto ao saber sobre o
transtorno, negação perante todas as dificuldades que a criança irá apresentar, luto,
enfoque externo e encerramento, em pertinência aos complexos sentimentos (PIN-
TO et al., 2016).

Compreende-se, então, que esse tipo de revelação traz à tona um período ex-
tremamente complexo, desafiador e de trabalho contínuo para essa família. Em bus-
ca de auxiliar no processo do cuidar, muitos acabam atuando como terapeutas e/ou
professores dos próprios filhos, deixando de lado os seus principais papeis, como
mães e pais (MARTINI, 2019).

Habitualmente, as mães passam a dedicar todo o seu tempo e todo o seu es-
forço em agir perante as vulnerabilidades e dependências apresentadas pelo filho,
acumulando muitas obrigações, funções e sobrecargas físicas e psicológicas (SILVA
et al, 2018).

Em busca de alternativas frente a criança com o espectro autista, cita-se o estilo


parental permissivo e protetor, que pode ser exemplificado pela forma como os pais
se relacionam com seus filhos de forma indulgente, relutantes em se impor como
progenitores, demonstrando medo de negativar ou desapontar. Esse estilo define-
-se como algo negativo, pois gera um cuidado excessivo, podendo influenciar no
desenvolvimento funcional, comunicativa e social da criança (CARMO; ZANETTI;
SANTOS, 2019).

Diante da problemática apresentada, evidenciou-se a seguinte questão nortea-


dora: Qual o papel dos familiares no dia a dia das crianças com autismo? Como o
diagnóstico afeta essa família?

A relevância desse estudo destaca a importância de entender o autismo, co-


nhecendo suas dificuldades e limitações, sem proporcionar superproteção sobre a
criança, de forma que seja percebido que toda a família pode ser afetada, dependen-
do da maneira como a criança com o diagnóstico é tratada.

Deste modo, a pesquisa teve como objetivo descrever a influência do diag-


nóstico e do cuidado da criança com o Transtorno do Espectro Autista no ambiente
familiar.

26
CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

2 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Esse Neste tipo de revisão,


se torna necessário o esclarecimento do tema proposto mediante um levantamento
da literatura, realizado através do resgate de um levantamento de dados e de mate-
riais relevantes sobre a temática. Ou seja, é um processo de seleção de materiais que
já foram publicados, delimitando um problema claro e preciso a ser investigado e
determinando um objetivo para delineamento do estudo (GIL, 2008).

Para obtenção dos documentos, foi efetuada uma pesquisa nas bases de dados
Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Literatu-
ra Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os
seguintes Descritores em Ciência da Saúde, em associação ao operador booleano:
“Autismo Infantil AND Família AND Cuidado”.

Os critérios de inclusão dos artigos utilizados: estudos que se apresentassem


nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados entre os anos de 2015 a 2020,
que estivessem disponíveis na íntegra e que abordassem a temática central da pes-
quisa. Como critérios de exclusão cita-se: artigos duplicados, artigos incompletos
ou com apenas o resumo disponível revisões de literatura e com resultados incon-
clusivos.

Após aplicação dos critérios, realizou-se o download e leitura para a seleção


dos estudos e coleta dos dados que foram transcritos no Quadro 01, verificando-se
os seguintes dados: autores, ano de publicação, objetivo geral, amostra ou método e
periódico no qual foi publicado, para analise posteriormente.

3 RESULTADOS

De A busca resultou em um total de 70 artigos. Após emprego dos critérios de


inclusão e exclusão mencionados anteriormente, restaram 30 estudos, e desses, 25
encontravam-se na base de dados MEDLINE e 5 na base de dados LILACS. Desse
quantitativo, 20 foram produzidos na língua inglesa e 10 na língua portuguesa.

Após a leitura e verificação dos estudos encontrados, foram excluídos 20 es-


tudos por não apresentarem apenas o resumo na íntegra, permanecendo 10 artigos
que abordavam a temática proposta do estudo. Esses serão expostos e descritos nos
quadros a seguir:

27
Maria Luana Ferreira Caldas e outros

Quadro 1 - Caracterização dos achados da literatura resultantes do levantamento


AUTOR OBJETIVO PERIODICO ACHADOS

Vieira; Compreender a Psicologia em Fundamentando-se nos relatos


Portes, percepção dos pais Estudo (online) dos casais pode-se perceber que,
2020. com filhos apesar dos desafios envolvidos
diagnosticados com na criação de um filho com TEA,
Transtorno do eles conseguem encontrar
Espectro Autista, e estratégias de monitoramento
de sua relação dos comportamentos a serem
coparental adotados com crianças. Há
reconhecimento no desequilíbrio
na divisão de tarefas entre os
casais, fato reconhecido pelos
dois membros. As mães sentem-
se sobrecarregadas com o
cuidado excessivo.

Azevedo Analisar a relação Revista Quanto maior a harmonia na


, Cia, conjugal com a Brasileira de relação do casal, melhores foram
Spinazol rotina familiar; Educação os resultados no cuidado dentro
a, 2019. qualidade de vida, Especial do âmbito familiar, pois
necessidades ocorriam reuniões e conversas
parentais e satisfação em maior frequência,
com suporte social demonstravam menor
recebido. necessidade de apoio ou ajuda
de fora, realizando um melhor
cuidado e garantindo maior
qualidade de vida da criança
com necessidades especiais.

Hofzma Objetiva conhecer a Revista Com base na análise dos dados


nn et al, experiência dos Enfermagem surgiram três categorias: a
2019. familiares no em Foco descoberta do autismo por parte
convívio de crianças das famílias; as experiências dos
com TEA. familiares após o diagnóstico do
autismo; e o atendimento em
saúde da criança com autismo.
Sobre as experiências, os
familiares descrevem diversas
sensações, dentre aceitação,
negação, impotência. Abordam
também as dificuldades
financeiras e as pequenas
vitórias do dia a dia,
relacionadas à evolução do
quadro da criança.

28
CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Correa; Investigar as metas Revista Destaca-se as diferenças nos


Simas; de socialização e brasileira de papéis realizados pelo pai e pela
Portes, estratégias de ação educação mãe. A mãe fica como a
2018. de mães de crianças especial responsável principal nos
com suspeita de cuidados com a criança, o pai
Transtorno do exerce a função de provedor
Espectro Autista financeiro e permanece pouco
(TEA). tempo com a criança. As
estratégias de ação se refere ao
papel dos genitores como
modelo. Os principais
cuidadores são as mães: essas
apresentam necessidade de
superproteger o filho, usando
como alternativa o isolamento
social, mantendo contato da
criança apenas com familiares.

Mapelli Entender a Escola Anna As mães se colocam como


et al, experiência Nery Revista principais cuidadoras,
2018. vivenciada pela de organizando a dinâmica
família no cuidado Enfermagem familiar, que leva em
da criança com consideração as necessidades da
Transtorno do criança com TEA. O pai
permanece na retaguarda da
Espectro Autista e
participação do cuidado da
debater as
criança. A dificuldade de
possibilidades
aceitação do diagnóstico é
cuidado na saúde.
manifestada por sentimento de
culpa, negação, insegurança e
desesperança pela família.

Cezar, Compreender as Estudos de Os irmãos, mesmo também


Smeha, repercussões de ter Psicologia sendo crianças ou adolescentes,
2016. um irmão com conseguiam identificar alguns
autismo na trajetória sinais característicos do autismo,
de vida de sujeitos sem saber o que significava. Em
adultos. relação aos sentimentos, eles
relatam não gostar dessa
diferenciação de atenção, mas
sempre tentam entender que a
situação do irmão requer
cuidados diferentes. Em
decorrência da sobrecarga que as
mães sentem, muitos filhos
acabam por abdicar da vida
particular para ajudar no
cuidado da criança com o TEA
ou nas tarefas da casa.

29
Maria Luana Ferreira Caldas e outros

Filho et Analisar a Saúde em Foco A família não está preparada


al, 2016. participação da para cuidar de uma criança
família no cuidado autista, pois é uma situação nova
da criança com o e repentina no contexto familiar.
espectro autista. Muitas vezes as famílias acabam
tratando a criança como alguém
incapaz, gerando preocupações
constantes e superproteção. Isso
acaba se modificando para
alguns com o passar do tempo,
quando começam a ver a criança
naturalmente e entendem suas
limitações.

Pinto et Analisar o contexto Revista Gaucha A forma como a criança é tratada


al, 2016. da revelação do de do dia a dia pela família é
diagnóstico do Enfermagem considerada um aspecto
autismo e o impacto relevante frente ao diagnóstico,
deste nas relações considerando ainda a
familiares. importância da aceitação pela
família, diminuindo os impactos
sofridos e tornando as relações
mais sólidas. Também pode
provocar afastamentos por
preconceitos, especialmente dos
familiares paternos, e
proporcionar sentimentos de
ciúmes de irmãos pela
superproteção que os pais têm
com o autista, deixando-os de
lado ou demonstrando menos
afetividade e gerando conflitos.

Tabaqui O objetivo deste Psicopedagogi O papel de cuidar dos filhos,


m et al, estudo foi identificar a sobretudo aqueles portadores de
2015. a relação do padrão cuidados especiais, é delegado às
de independência mães ou às mulheres, que
da criança com TEA constituem 84,6% da amostra os
e o nível resultados demonstram que os
cuidadores possuem um bom
de autoeficácia do
índice de autoeficácia. As
seu cuidador.
pontuações feitas pelo Índice de
Katz evidenciam que poucas
crianças eram dependentes, a
maioria com necessidades de
assistência, ou mesmo,
independentes.

30
CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Van Determinar as Family Practice Evidenciou-se deficiências nos


Tongerlo experiências dos pais pais como cuidadores do filho
o et al, que tiveram um filho afetado, onde esses relataram
2015. com Transtorno do culpa pelo diagnóstico,
Espectro do Autismo sentiram-se incapazes para
(TEA) e que tipo de realizar o cuidado que estava
além de suas capacidades.
apoio os pais
gostariam de receber
na atenção primária.

Fonte: próprios autores

4 DISCUSSÕES

O recebimento do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é considera-


do um forte impacto para a criança e toda a sua família. Mapelli et al. (2018) iden-
tifica que no momento de descoberta do transtorno, as famílias passam a se sentir
desconfortáveis ao sair para espaços públicos com a criança, pois geralmente elas
não se sentem bem tendo contato com muitas pessoas ou se incomodam facilmente
com barulhos. Isso acaba gerando na família a ideia de que o isolamento social é a
opção, mantendo o contato de forma exclusiva entre os familiares.

Seguindo a mesma linha de raciocínio, Correa; Simas; Portes (2018) reforçam


que em decorrência do diagnóstico do autismo, as mães se veem na necessidade de
proteger os filhos de tudo, impedindo-os de ter convívio com outras pessoas fora do
círculo familiar, citando novamente a ideia de realizar o isolamento social.

Esse isolamento pode proporcionar adoecimento mental, suporte social não


reagente, sensações de desprezo, abandono, falta de confiança e receio constante
(PEREIRA; FERNANDES; RELVA, 2018).

Sendo assim, Filho et al. (2016) discorre sobre o fato das famílias não estarem
preparadas para o recebimento do diagnóstico e para o cuidado da criança com o
transtorno. Em muitos dos casos, os familiares tratam-na como uma incapaz, pro-
vocando apreensões e inquietações a todo instante, gerando uma grande superpro-
teção.

No momento de receber o diagnóstico, as famílias passam por um estado de


choque, entre oscilações de aceitar e rejeitar a condição, carecendo de apoio e aco-
lhimento durante essa fase de luto (MAIA; et al, 2016).

31
Maria Luana Ferreira Caldas e outros

Em relação ao cuidado prestado no dia a dia da criança autista, a partir de um


estudo de Tabaquim; Vieira; Razera (2015) foi possível reconhecer alguns dados
sobre quem seriam esses cuidadores, sendo que mais de 80% dos indivíduos da
amostra foram indicados como sendo do sexo feminino. Enquanto o estudo de Cor-
rea; Simas; Portes (2018) evidenciou dados mais precisos sobre quem seriam esses
cuidadores, apresentando, assim, que a maioria são as próprias progenitoras.

De forma comparativa, Mapelli et al. (2018) trouxe diferenças entre a atuação


dos familiares, sendo a mãe preconceito do transtorno, principalmente os familia-
res paternos, gerando sentimentos negativos para ela. Analisando, então, que mui-
tas das vezes o preconceito e a falta de aceitação iniciam-se dentro de casa, sucedido
dos próprios familiares.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A família apresenta um papel relevante no cuidado a criança com o Trans-


torno do Espectro Autista, sendo a mãe a principal cuidadora. Segundo os estudos
levantados, a maioria não se encontra preparada para esse tipo de diagnóstico, pois
é extremamente exaustivo, exige muito tempo e atenção especial. Assim, eviden-
ciou-se que essa necessidade de atenção acarreta diversos problemas e conflitos fa-
miliares, visto que os pais ofertam todo o seu tempo somente para aquela criança.

Foi possível demonstrar que o autismo é visto como algo a se ter medo, a
manter distância e que muitas das vezes, esse preconceito inicia dentre a família,
afetando a criança e gerando sofrimento.

Notou-se que além de todo o impacto negativo, a família realiza um papel


extremamente importante de forma positiva no cuidado dessa criança, atuando em
todas as necessidades, auxiliando no desenvolvimento e apoiando todas as evolu-
ções e conquistas, constituindo a base e o ponto de proteção e assistência.

O estudo apresentou limitações quanto à quantidade de artigos científicos dis-


poníveis na integra, já que a maioria se evidenciava somente de forma paga, sendo
necessário a contratação de periódicos para o acesso e a leitura dos documentos
completos.

Acerca da proposta abordada, destaca-se a carência de artigos visando a pers-


pectiva do pai, pois a maioria dos textos encontrados destacava a perspectiva da
mãe no âmbito familiar, além da falta de escritos sobre a perspectiva da criança,
sendo necessário em estudos futuros, identificar as carências e impactos sofridos
pelo autista, através da análise centrada nas crianças com o diagnóstico.

32
CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

REFERÊNCIAS
AMBROS, T.M.B.; et al. A musicalização como intervenção precoce junto a bebê
com risco psíquico e seus familiares. Rev. Latino am. psicopatol. fundam., São Pau-
lo ,  Vol. 20, n. 3, p. 560-578,  July  2017.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual de Diagnóstico e Estatístico


de Transtornos Mentais - DSM-5. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

AZEVEDO, T.L.; CIA, F.; SPINAZOLA, C.C. Correlação entre o Relacionamento


Conjugal, Rotina Familiar, Suporte Social, Necessidades e Qualidade de Vida de
Pais e Mães de Crianças com Deficiência. Rev. bras. educ. espec. volume 25 n.2.
Bauru, 2019.

CARDOSO, M.F.; FRANÇOZO, M.F.C. Jovens irmãos de autistas: expectativas, sen-


timentos e convívio. Saúde (Santa Maria), Santa Maria, Vol. 41, n. 2, p.87-98, 2015.

CARMO, M.A.; ZANETTI, A.C.G., SANTOS, P.L. O ambiente familiar e o desenvol-


vimento da criança com autismo. Rev enferm UFPE online., Recife, Vol. 13, n.1, p.
206-15, jan., 2019.

CEZAR, P.K.; SMEHA, L.N. Repercussões do autismo no subsistema fraterno na


perspectiva de irmãos adultos. Estud. psicol. (Campinas), Campinas, vol.33, n.1,
Jan./Mar., 2016.

COELHO-MEDEIROS, M.E.; et al. Validación del M-CHAT-R/F como instrumento


de tamizaje para detección precoz en niños con transtorno del espectro autista. Rev.
chil. pediatr.  Vol. 90, n.5, p. 492-499, Oct., 2019.

CORREA, B.; SIMAS, F.; PORTES, J.R.M. Metas de Socialização e Estratégias de


Ação de Mães de Crianças com Suspeita de Transtorno do Espectro Autista. Rev.
Brasileira de Educação Especial; vol.24, n.2. Bauru Apr/June, 2018.

FERREIRA, M.; SMEHA, L.N. A experiência de ser mãe de um filho com autismo no
contexto da monoparentalidade. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v.24, n.2,
p. 462-481, Ago., 2018.

FILHO, A.L.M.M.; et al. A importância da família no cuidado da criança autista.


Rev. Saúde em Foco, Teresina, v.3, n.1, p.66-83, 2016.

GIL, A.C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6º ed. São Paulo: Atlas, 2008.

HOFZMANN, R.R.; et al. Experiência dos familiares no convívio de crianças com


transtorno do espectro autista (TEA). Enferm. Foco, Vol.10, n.2, p. 64-69, 2019.

LUZ, M.H.S.; GOMES, C.A.; LIRA, A. Narrativas sobre a inclusão de uma criança
autista: desafios à prática docente. Educación Vol. XXVI, n.50, pp. 123-142; marzo,
2017.

33
Maria Luana Ferreira Caldas e outros

MAIA, F.A.; et al. Importância do acolhimento de pais que tiveram diagnóstico do


transtorno do espectro do autismo de um filho. Cad. Saúde Colet., Rio de Janeiro,
Vol.24, n.2, p.228-234, 2016.

MAPELLI, L.D.; et al. Criança com transtorno do espectro autista: cuidado da famí-
lia. Esc. Anna Nery, Vol.22, n.4, 2018.

MARTINI, A.M.R. A chegada do estrangeiro: Grupo de família – Construindo pon-


tes. Vínculo. São Paulo, Vol.16, n.1, jan./jun., 2019.

PEREIRA, A.I.L.; FERNANDES, O.M.; RELVA, I.C. Sintomatologia psicopatológica


e suporte social em pais de crianças portadoras de perturbação do espetro do autis-
mo. Aná. Psicológica. Lisboa, v.36, n.3, p.327-340, set. 2018

PINTO, R.N.M.; et al. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas


relações familiares. Rev Gaúcha Enferm. Vol.37, n.3. Set, 2016.

PORTES, J.R.M.; VIEIRA, M.L. Coparentalidade no contexto familiar de crianças


com transtorno do espectro autista. Psicologia em Estudo, Vol.25, 2020.

ROCHA, C.C.; et al. O perfil da população infantil com suspeita de diagnóstico de


transtorno do espectro autista atendida por um Centro Especializado em Reabilita-
ção de uma cidade do Sul do Brasil. Physis, Vol.29, n.4, 2019.

RODRIGUES, S.M.P.; et al. Autocuidado da criança com espectro autista por meio
das Social Stories. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, vol.21, n.1, 2017.

SILVA, S.E.D.; et al. A família, o cuidar e o desenvolvimento da criança autista. J.


Health BiolSci. Vol.6, n.3, p.334-341, 2018.

SILVA, W.N.; ROCHA, A.N.D.C.; FREITAS, F.P.M. Perfil de crianças com transtor-
no do espectro autista em relação à independência nas atividades de vida diária.
Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, Vol.5, n.2, p.71-84, Jul.-
-Dez., 2018.

TABAQUIM, M.L.M.; VIEIRA, R.G.S.; RAZERA, A.P.R. Autoeficácia de cuidadores


de crianças com o transtorno do espectro autista. Revista Psicopedagogia, Vol.32,
n.99, p. 285-292, 2015.

TSAI H-W.J.; et al. Siblings’ experiences of growing up with children with autism in
Taiwan and the United Kingdom. Research in Developmental Disabilities, Vol.83,
p. 206-216, 2018.

VAN TONGERLOO, M.A.M.M., et al. Raising a child with an Autism Spectrum


Disorder: “If this were a partner relationship, i would have quit ages ago.” Family
Practice. Vol.32, n.1, p. 88-93, 2015.

34
CAPÍTULO 3

A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM


FRENTE AO PACIENTE NEUROCRÍTICO

THE PERFORMANCE OF THE NURSING TEAM IN FRONT


OF THE NEUROCRITICAL PATIENT

Raiane da Rocha Figueredo1


Geovanna Renaissa Ferreira Caldas2
Aniedne Hellen Cavalcanti3
Letícia Gabrielle César de Carvalho Menezes4
Bárbara Lislla de Araújo Pereira5
Renata Mendes do Nascimento6
Solange de Fátima Gomes7
Luana Cristine Gomes da Silva8
Andrio Correa Barros9
Ludmylle Rodrigues Silva França10
Luana Rafaella Sampaio Leal11

DOI: 10.46898/rfb.9786558892779.3

1 E-mail: [email protected] Lattes: http://lattes.cnpq.br/4327675258894897


2 E-mail: [email protected], Lattes: http://lattes.cnpq.br/9527841510122388
3 E-mail: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0003-3657-1625
4 Email: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7287-950X
5 Email: [email protected], Lattes: http://lattes.cnpq.br/6718141933027178
6 Email: [email protected], Lattes: http://lattes.cnpq.br/2754233194730752
7 Email: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0493-835X
8 Email: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0380-4819
9 Email: [email protected], Lattes: http://lattes.cnpq.br/9280692098621273
10 Email: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0002-7719-9826
11 Email: [email protected], Orcid: https://orcid.org/0000-0002-8223-8471
Raiane da Rocha Figueredo e outros

RESUMO

O bjetivo: O presente estudo tem como objetivo determinar qual a atuação


da equipe de enfermagem frente ao paciente neurocrítico. Método: Tra-
ta-se de uma revisão integrativa da literatura, com utilização do protocolo PRISMA
para identificação e seleção dos estudos. Realizou-se buscas nas bases de dados
SciELO e LILACS, apresentando uma totalidade de 72 estudos. Após critérios de
inclusão e exclusão, restaram em um total de 09 artigos para confecção do presente
documento. Resultados: Em relação a plano de cuidados, pode-se incluir o monito-
ramento da PIC, do metabolismo e do oxigênio do cérebro, além de práticas assis-
tenciais mais simples como a mensuração dos sinais vitais (Pressão Arterial, Tempe-
ratura, Frequência cardíaca e Frequência Respiratória), a monitoração da glicemia,
da posição do paciente em relação à cama e o seu estado nutricional. Conclusão:
Conclui-se então, que a equipe de enfermagem possui um forte papel como atuante
frente a esse processo de cuidado, demonstrando-se como sendo profissionais de
destaque e grande valor para a estabilização do quadro, acompanhamento do pa-
ciente, avaliação dos resultados da terapêutica e o processo de reabilitação.

Palavras-chave: Enfermagem. Neurológico. Cuidado. Neurocrítico.

ABSTRACT

Objective: The present study aims to determine the role of the nursing team in
the face of neurocritical patients. Method: This is an integrative literature review,
using the PRISMA protocol for identification and selection of studies. The searches
were carried out in the SciELO and LILACS databases, presenting a total of 72 stu-
dies. After the inclusion and exclusion criteria, 09 articles remained for the prepara-
tion of this document. Results: Regarding the care plan, monitoring of ICP, metabo-
lism and cerebral oxygen can be included, in addition to simpler care practices such
as measuring vital signs (Blood Pressure, Temperature, Heart Rate and Respiratory
Rate), monitoring of blood glucose , the patient’s position in relation to the bed and
their nutritional status. Conclusion: It is concluded, then, that the nursing team has
a strong role as an actor in this care process, demonstrating itself as an outstanding
professional and of great value for the stabilization of the condition, patient follow-
-up, evaluation of the therapeutic results and the rehabilitation process.

Keywords: Nursing. Neurological. Caution. Neurocritical.

36
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
NEUROCRÍTICO

1 INTRODUÇÃO

As doenças que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos são chamados


de doenças neurológicas. Patologias neurológicas são doenças que podem afetar
o sistema nervoso central e periférico, as quais incluem desordens do encéfalo, da
medula espinhal, dos nervos periféricos e da junção neuromuscular. Podem ter di-
ferentes origens: genéticas ou hereditárias e congênitas, quando dependem de um
distúrbio do aumento embrionário ou fetal do sistema nervoso central e periférico
(MATOS; et al, 2019).

Estas patologias ocorrem com maior ou menor influência do ambiente, po-


dendo acometer longos períodos da vida, desde a etapa neonatal até a velhice. As
doenças neurológicas podem atingir cerca de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo,
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Hoje, 24,3 milhões de pessoas
sofrem do mal de Alzheimer e de outros tipos debilitantes de demências (MATOS;
et al, 2019).

Sabe-se então que essas doenças neurológicas são as grandes responsáveis por
causar diversos tipos de limitações ou incapacidades funcionais nos pacientes que
as possuem. Os indivíduos com certa quantidade de sequelas necessitam de uma
atenção maior, abrangendo todos os problemas, através da utilização de um cuida-
do especificado principalmente por parte da família e da equipe dos profissionais
da saúde, que contribuem para o seu desenvolvimento (MORAES; et al, 2019).

Em decorrência disso, observasse que os pacientes acometidos necessitam de


um cuidado especializado e totalmente direcionado as necessidades identificadas
para cada caso e para cada paciente, baseado nos problemas de saúde identificados,
todavia, esses cuidados geralmente são realizados por cuidadores informais e/ou
pelos próprios familiares, onde não ocorre essa assistência tão completa (MORAES;
et al, 2019)

Os grupos primordiais que compõem as doenças neurológicas supracitadas


são: doenças vasculares como o acidente vascular encefálico, comumente conhe-
cido como derrame; doenças desmielinizastes como a esclerose múltipla e outras;
doenças infeciosas que atingem as meninges e outros tipos como as encefalites; tu-
mores do sistema nervoso central e periférico; traumatismos cranianos (causando
repercussão cerebral), ou raquidianos; doenças inflamatórias como polirradicu-
loneurite aguda (síndrome de guillain-barré) polimiosite (do grego poli muitos;
myos- músculos;- itis inflamação) alterações no desenvolvimento como deficiência
mental, paralisias dos membros superiores e inferiores de diversas etiologias e poli

37
Raiane da Rocha Figueredo e outros

neuropatias; doenças neurológicas degenerativas, como mal de Alzheimer; mal de


Parkinson, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, distrofia muscular, atro-
fia muscular espinhal (AME), e muitas outras. (MATOS; et al, 2019).

Os cuidados direcionados ao paciente neurológico devem ser diferenciados,


abrangendo condutas que variam desde a uma avaliação correta de um indivíduo e
das suas necessidades específicas, como algumas atividades voltadas para identifi-
car possíveis sequelas relacionadas à marcha, avaliação do habito miccional, riscos
de quedas entre outros problemas por decorrência da situação (LIMA; et al, 2019).

Mediante essas informações, sabe-se que na assistência ao paciente neurocrí-


tico a enfermagem deve estar voltada a desenvolver um plano de cuidados especí-
ficos para o paciente, sendo de extrema importância incluir nesse plano a avaliação
da Pressão Intracraniana (PIC) e da Hipertensão Intracraniana (HIC), objetivando
evitar o aparecimento de lesões secundarias de células cerebrais, que podem causar
sequelas funcionais irreversíveis ao paciente acometido (LIMA; et al, 2019).

Diante do exposto, questiona-se: qual as intervenções de enfermagem realiza-


das frente ao paciente neurocrítico?

Esse trabalho justifica-se pela necessidade de uma assistência especializada


por parte da equipe de enfermagem ao paciente neurocrítico e, para tanto, faz-se
necessário identificar o conhecimento desses profissionais que atuam diretamente
com esse perfil de paciente, bem como suas práticas assistenciais, com vistas a uma
adequação na assistência de enfermagem.

Em virtude disso, o objetivo do estudo é determinar qual a atuação da equipe


de enfermagem frente ao paciente neurocrítico por meio de uma revisão integrativa
da literatura

2 METODOLOGIA

Método é o meio pelo qual se permite o alcance dos objetivos previamente


estabelecidos durante a realização de uma pesquisa, sendo esse de modo seguro e
sistematizado. Pode ser descrito também como um conjunto de processo ou ope-
rações, intelectuais e técnicas selecionadas para norteamento do cientista durante
todo o processo de pesquisa, tendo como objetivo principal chegar a um determina-
do fim. (PRODANOV; FREITAS, 2013).

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde esse tipo de método


fundamenta-se na realização de 06 fases: Escolha do assunto e da questão nortea-

38
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
NEUROCRÍTICO

dora; eleição dos critérios de inclusão e exclusão; esclarecimento das informações


obtidos; avaliação dos estudos; interpretação dos resultados e exposição da revisão
(MENDES; SILVEIRA; GALVAO, 2008).

Realizou-se uma busca na fonte: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e nas bases
de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)
e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), através da utilização dos Descrito-
res em Ciências da Saúde (DECS) em associação ao operador booleano, aplicando
para pesquisa na seguinte sequência: “Neurológico AND Enfermagem AND cuida-
do”.

Entre os critérios de inclusão e exclusão escolhidos, cita-se como de critérios


de inclusão: 1º artigos originais disponíveis gratuitamente, 2º publicados nos idio-
mas português, inglês e espanhol, 3º abordassem o tema do estudo, 4º publicados
entre os anos de 2013 a 2020. Como critérios de exclusão: documentos repetitivos,
revisões, resumos, monografias, dissertações, teses e estudos que apresentassem re-
sultados inconclusivos.

Após a leitura dos estudos selecionados, os dados coletados foram inseridos


em um instrumento (Tabela 01). Dentre os artigos indicados, foram extraídos os
seguintes dados: autor, ano, objetivo, amostra, periódico e principais achados, utili-
zados para a organização e demonstração com ilustrações.

Em relação a parte de aspectos éticos da pesquisa para as revisões, é dispensá-


vel a submissão ao Comitê de ética e pesquisa com seres humanos. Pois, os estudos
utilizados para a escrita da revisão já passaram pela a apreciação e apresentam-se
disponíveis online nas bases de dados.

3 RESULTADOS

Ao realizar a busca com uso dos descritores na BVS, foi filtrada apenas a base
de dados LILACS, obtendo uma totalidade de 59 documentos. Ao realizar-se a mes-
ma busca na base de dados SciELO, foram obtidos 13 documentos, resultando em
72 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão escolhidos, restaram
27 documentos, dos quais, apenas 09 abordavam a tematica proposta, sendo esses,
utilizados para confecção do estudo.

Para expressão de todo A metodologia de pesquisa e seleção dos estudos uti-


lizados, utilizou-se um fluxograma baseado no protocolo PRISMA, ilustrado na ta-
bela 01.

39
Raiane da Rocha Figueredo e outros

Tabela 1 - Fuxograma de escolha dos documentos.

Fonte: Protocolo PRISMA

Os 09 estudos selecionados foram arranjados na tabela 02, quanto ao autor e


ano de publicação, objetivo e principais achados, organizados conforme sequência
alfabética.

Dessa forma. percebe-se a relevância da criação e organização de um plano


de cuidados para os pacientes em estado crítico, de forma que, 100% dos estudos
selecionados, apresentaram algum tipo de cuidado ou intervenção que deve ser
utilizada para alavancar a assistência.

Verifica-se também anos diferenciados entre as publicações, evidenciando em


2013 (3 publicações), 2015 (1 publicação), 2016 (2 publicações), 2018 (1 publicação) e
2020 (2 publicações). Sob este aspecto, a necessidade de novas publicações sobre o
assunto, haja vista que, 33,3% dos artigos foram publicados a mais de 5 anos.

40
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
NEUROCRÍTICO

Esta variável destaca que esses cuidados para os pacientes em estado de saúde
neurocrítico, já vem sendo discutido a intervalo de tempo considerável, de forma
que, as intervenções mais antigas seguem em uso, com o apoio de novas ações. En-
tretanto, também destaca a pouca quantidade de pesquisas sobre a seguinte área.

Tabela 2 - Artigos distribuídos por autor e ano de publicação, objetivo e principais achados.
Autor e Objetivo Principais achados
ano
ALVEZ, Realizar um plano O Processo de Enfermagem permite à Enfermagem
2015 padronizado dos cuidados de prestar o cuidado de forma racional, lógica e sistemática,
enfermagem baseado na evitando a variabilidade na assistência e estabelecendo
melhor evidência científica, uma linguagem comum na assistência ao paciente
que sirva de guia para o neurocrítico. Dentro o plano de cuidado para esses
cuidado do paciente pacientes neurocríticos inclui-se: Controle
neurocrítico com hidroeletrolítico, controle de edema, melhora da perfusão
monitorização da pressão cerebral, monitorização da pressão intracraniana,
intracraniana internado na monitorização neurológica, monitorização dos sinais
unidade de tratamento vitais, manejo e aspiração das vias aéreas, oxigenoterapia,
intensivo. controle de infecções, precauções respiratórias,
prevenções de lesões por pressão, etc...
BARCE Descrever e identificar as Em relação aos cuidados de enfermagem ao paciente
LOS; et intervenções de enfermagem neurocrítico, os enfermeiros relataram a avaliação do
al, 2016 para pacientes neurocríticos nível de consciência, prevenção de lesões por pressão,
em uma Unidade de Terapia monitorização da pressão arterial, saturação e padrão
Intensiva respiratório, avaliação do tônus muscular, atentando em
toda as etapas de tratamento e reabilitação, na tentativa
de prevenir possíveis complicações, dando foco a
utilização e a importância da realização d escala de coma
de glasgow.
ANDR Identificar diagnósticos e Dentre as intervenções de enfermagem realizadas nos
ADE; et intervenções de enfermagem pacientes internados na UTI, citaram: Desenvolver um
al, 2013 para o cuidado de pacientes plano de cuidados para a pele, avaliar os sinais e sintomas
com lesão medular (LM) de infecção urinaria, orientações ao paciente e familiares
sobre a situação de saúde, os possíveis complicações
advindas da sua permanência e como evitar, reeducação
vesical e intestinal para avaliar retirada da sonda,
monitorar sinais vitais, realizar cateterismo, mudança de
decúbito e elevação da cabeceira.
BEZER Analisar os desfechos clínicos O conhecimento dos dados sobre os desfechos é
RA; et e epidemiológicos de fundamental para aperfeiçoar o atendimento de
al, 2020 pacientes neurocríticos de um enfermagem ao paciente neurológico na Unidade de
hospital universitário, do Terapia Intensiva. Iniciando com o enfermeiro, ao realizar
Vale do São Francisco. a admissão desse paciente na unidade, com atenção,
identificando prováveis diagnósticos de enfermagem e
criando estratégias para melhorar o cuidado desses
pacientes.

41
Raiane da Rocha Figueredo e outros

CACIA Analisar a assistência de Durante a assistência, as principais intervenções de


NO; et enfermagem prestada pelos Enfermagem identificadas foram a realização da Escala
al, 2020 enfermeiros aos pacientes de Coma de Glasgow, Escala de Agitação e Sedação
vítimas do acidente vascular Richmond, avaliação pupilar, elevação e manutenção da
encefálico hemorrágico cabeceira a 30°, monitorização e estabilização dos sinais
(AVEH) em unidade de vitais em seus parâmetros normais e avaliação da Escala
terapia intensiva (UTI) de Braden para prevenção de lesões por pressão.
MAURI Identificar os cuidados pós- Os pacientes pós-parada cardiorrespiratória são
CIO; et parada cardiorrespiratória considerados pacientes neurocríticos, que devem ser
al, 2018 (PCR) realizados e relacioná- avaliados minuciosamente pelo risco com o estado
los com o estado neurológico neurológico, através do controle da temperatura e
e a sobrevida nas primeiras 24 transferência para uma unidade de terapia intensiva,
horas, na alta, após seis meses monitorização dos valores de saturação, frequência
e um ano. respiratória, pressão arterial, débito urinário e os
processos e cuidados hemodinâmicos.

RAMO Analisar o perfil de O cuidado da equipe multiprofissional em UTI é


S; et al, diagnósticos de enfermagem complexo e vários fatores podem interferir na evolução
2013 em relação ao tempo de clínica dos pacientes, sendo assim, cabe a equipe de
permanência e evolução enfermagem atuar perante os diagnósticos de
clínica de pacientes enfermagem, por exemplo: risco para infecção, risco para
internados na Unidade de integridade da pele prejudicada, risco de desequilíbrio de
Terapia Intensiva de um volume de líquido, risco para alteração da nutrição:
município de Minas Gerais menos do que as necessidades corporais e déficit no
autocuidado.

ROSA; Apresentar a vivencia e o Dentre os procedimentos e as intervenções das quais os


LIMA; conhecimento da equipe de profissionais de enfermagem devem ter conhecimento e
INOUE, enfermagem que trabalha capacidade técnica, destacam-se o entendimento dos
2013 com pacientes neurocríticos parâmetros de normalidade de PPC, PAM, PVC, SvjO2,
ECO2, PIC e outros parâmetros adicionais que devem
ser anotados para contribuírem na avaliação do doente,
cuidados de enfermagem após a manipulação do
paciente com PIC, aspiração do tubo endotraqueal do
paciente com PIC, fatores e/ou procedimentos que
contribuam para elevação da PIC e estratégias de
combate à hipertermia.

ROSIN; Identificar os diagnósticos e Em relação aos diagnósticos de enfermagem e as


et al, as intervenções de intervenções escolhidas, identificando como intervenções
2016 enfermagem mais frequentes de enfermagem mais frequentes: posicionamento,
para pacientes neurológicos assistência e monitorização ventilatória, auxilio no
internados em um hospital autocuidado, cuidados, supervisão e prevenções de
público de ensino. lesões, cuidados de sondas, controle da dor,
monitorização neurológica e aspiração das vias aéreas.

Fonte: Elaboração própria.

4 DISCUSSÕES

Foram identificados neste estudo intervenções de enfermagem, questões que


falam que é primordial os cuidados aos pacientes neurocríticos. O ano de 2013 foi o
que houve mais publicações e em 2015 e 2018 foram os anos que menos ocorreram
publicações. Os artigos pesquisados e tabulados, foram necessários e importante
para o enriquecimento de saberes a respeito dos pacientes neurocríticos.

42
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
NEUROCRÍTICO

Entretanto mostrou-se fundamental a pesquisa, uma quantidade maior de ar-


tigo e um aprofundamento na pesquisa sobre esse tema abordado, não foi suficiente,
precisa-se de mais publicação referente ao assunto, por tanto foi realizado pesquisas
de referências de artigos mais antigos, por falta de publicação. Visto que geralmente
é necessária uma ampliação no conhecimento dos profissionais de saúde.

Os pacientes que apresentam quadro de insuficiência de um ou mais sistemas,


resultando em um sofrimento que acomete o estado neurológico, podem ser defi-
nidos como pacientes neurocríticos. Esses pacientes são frequentemente internados
em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), em decorrência de seu estado de saúde e
necessidades advindas desse estado, pois esse tipo de paciente apresenta diversas
instabilidades, isso faz com o usuário necessite de monitoramento constante e de
forma sempre contínua com interligação de toda a equipe multiprofissional que
trabalha no setor (ARRUDA; et al, 2019).

Observou-se que esses pacientes carecem de uma atenção voltada as suas ne-
cessidades, através de uma boa oferta de cuidado e uma equipe profissional capa-
citada e através da utilização de materiais, recursos, instrumentos e tecnologias que
auxiliam na realização do diagnóstico, de todo o processo de assistência e monito-
ração do usuário, de forma com que, as demandas sejam suprimidas durante todo
o momento de internação (PEREIRA; et al, 2019).

Sendo assim, faz-se necessário acrescentar que estes pacientes neurocríticos


podem evoluir rapidamente, até se encontrarem em um estado vegetativo persis-
tente. Um ser humano que se encontra nesse estado de saúde pode apresentar ainda
vários graus de complicações e diversos tipos de comprometimentos funcionais,
podendo regredir até chegar ao estado de óbito ou evoluir positivamente para uma
completa recuperação do seu caso (CAMACHO; RAMÍREZ; FERNÁNDEZ, 2016).

A utilização do Processo de Enfermagem permite ao enfermeiro, a criação de


um plano de cuidados voltados para as necessidades desses pacientes, como por
exemplo: Controle hidroeletrolítico, controle de edema, melhora da perfusão cere-
bral, monitorização da pressão intracraniana, monitorização neurológica, monitori-
zação dos sinais vitais, manejo e aspiração das vias aéreas, oxigenoterapia, controle
de infecções, precauções respiratórias e prevenções de lesões por pressão (ALVEZ,
2015).

Em relação ao plano de cuidados, pode-se incluir o monitoramento da PIC, do


metabolismo e do oxigênio do cérebro, além de práticas assistenciais mais simples
como a mensuração dos sinais vitais (Pressão Arterial, Temperatura, Frequência

43
Raiane da Rocha Figueredo e outros

cardíaca e Frequência Respiratória), a monitoração da glicemia, da posição do pa-


ciente em relação à cama e o seu estado nutricional (SUÁREZ, 2018).

Essa mesma ideia foi confirmada em outro estudo, reforçando ainda, a im-
portância de os profissionais possuírem conhecimento e capacidade técnica para a
verificação e o entendimento dos parâmetros de PPC, PAM, PVC, SvjO2, ECO2, PIC
e outros parâmetros adicionais, aspiração do tubo endotraqueal, o entendimento e
a identificação de fatores e/ou procedimentos que contribuam para elevação da PIC
e estratégias de combate à hipertermia (ROSA; LIMA; INOUE, 2013).

Inclui-se ainda o monitoramento do débito urinário e os processos e cuidados


hemodinâmicos (MAURICIO; et al, 2018).

Os cuidados voltados para esses pacientes com problemas neurológicos de-


pendem da realização de uma assistência imediata ao momento de necessidade e
sendo apropriada conforme o tipo de exigência, garantindo a segurança e melhora
do paciente, a qualidade da assistência de saúde e dos serviços prestados, podendo
utilizar etapas e indicadores de mensuração para avaliação dos resultados, após o
profissional de enfermagem aplicar todas as tomadas de decisões para o paciente
critico (MORAIS; ROJAS; VEIGA, 2014).

Confirma-se então, que esses pacientes carecem de atenção somado a um cui-


dado constante, sendo esses, direcionados para as tentativas de impedir uma possí-
vel piora do quadro de sinais e sintomas ou para regredir as alterações clinicas que
podem chegar a acometer diversos órgãos do corpo (MELO; et al, 2015).

Para a avaliação neurológica, destaca-se a Escala de Coma de Glasgow, que


busca detectar o agravamento ou degeneração do estado neurológico. Então, por
intermeio dessa, o enfermeiro deve avaliar as seguintes características e indicado-
res: a abertura ocular, a resposta verbal, a resposta motora e a reatividade pupilar,
buscando avaliar como se encontra o estado de consciência e verificar se o paciente
apresenta algum tipo de alteração do estado mental (BARCELOS; et al, 2016).

A utilização da Escala de Coma de Glasgow também é abordada por Caciano,


et al (2020), o qual apresenta as principais intervenções de Enfermagem utilizadas
em pacientes que se encontram na UTI, incluindo ainda a Escala de Agitação e Seda-
ção Richmond, elevação e manutenção da cabeceira a 30°, monitorização e estabili-
zação dos sinais vitais em seus parâmetros normais e avaliação da Escala de Braden
para prevenção de lesões por pressão.

44
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
NEUROCRÍTICO

Ao abordar os cuidados realizados com os pacientes internados em UTI, re-


produz-se as mesmas linhas de assistência, reforçando então, o desenvolvimento
de um plano de cuidados para a pele, avaliação dos sinais e sintomas de infecção
urinaria, orientações ao paciente e familiares sobre a situação de saúde, as possíveis
complicações advindas da sua permanência e como evitá-las, reeducação vesical e
intestinal para avaliar retirada da sonda, monitorização dos sinais vitais, realização
do cateterismo, mudanças de decúbitos a cada 2 horas e elevação da cabeceira (AN-
DRADE; et al, 2013).

Entretanto, para identificação dessas intervenções, ao realizar o Processo de


enfermagem, é necessário o estabelecimento dos Diagnósticos de Enfermagem, dos
quais, foram selecionados: Risco para infecção, Risco para integridade da pele pre-
judicada, Risco de desequilíbrio de volume de líquido, Risco para alteração da nu-
trição: menos do que as necessidades corporais e Déficit no autocuidado (RAMOS;
et al, 2013).

E como Intervenções de Enfermagem: posicionamento, assistência e monito-


rização ventilatória, auxilio no autocuidado, cuidados, supervisão e prevenções de
lesões, cuidados de sondas, controle da dor, monitorização neurológica e aspiração
das vias aéreas (ROSIN; et al, 2016).

Essas informações são reafirmadas, incluindo ainda que, para a manutenção


desse cuidado e para a realização de todas essas práticas de saúde, é necessário que
o profissional, citando-se o profissional de enfermagem, possua o conhecimento
teórico e prático necessário. (ALMEIDA; POLLO; MENEGUIN, 2019).

É possível evidenciar que a assistência da qual o enfermeiro é responsável du-


rante o cuidado, é bastante desafiadora, pois ela requer extrema cautela e paciência
em todo o processo de doença e todo o tempo que o paciente se encontra internado
(MAGNUS; BACKES; BACKES, 2018).

Esse processo deve seguir e se basear em protocolos e diretrizes já existentes


que foram previamente estabelecidos, isso garante uma padronização do cuidado,
além de respaldo de evidências científicas para o resguardo dos profissionais em
relação às condutas que foram realizadas (MAGNUS; BACKES; BACKES, 2018).

Ao atuar frente a esse processo desafiador, o enfermeiro convive com constan-


tes momentos de estresse e cobranças a si mesmo, isso ocorre pela unidade ser um
ambiente extremamente complexo que possui muitos equipamentos e aparelhos,

45
Raiane da Rocha Figueredo e outros

quais os trabalhadores devem entender e saber manusear, além dos diversos pa-
cientes em estado crítico (SILVA; et al, 2019).

Sendo necessário então, que o enfermeiro aperfeiçoe o atendimento ao pacien-


te neurológico, desde o momento da admissão, a identificação de prováveis diag-
nósSticos de enfermagem para a definição de plano assistencial, para auxiliar na
terapêutica e reabilitação desses pacientes neurocríticos (BEZERRA; et al, 2020).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Diante dos documentos analisados, foi possível entender a relevância da


atuação de equipe de enfermagem frente aos cuidados de pacientes em estado neu-
rocrítico, utilizando de práticas de precaução, atenção e vigilância, para que seja
possível identificar as necessidades evidenciadas perante as complicações advindas
de pacientes neurológicos.

Evidenciou-se como principais atuações e intervenções de enfermagem, o mo-


nitoramento do estado geral, dos sinais vitais e do controle hidroeletrolítico, pre-
venção de lesões por pressão, pois os pacientes neurocríticos, geralmente encon-
tram-se acamados e restritos ao leito. Dessa forma, essas atuações são decisivas para
um bom monitoramento desse tipo de paciente.

Cita-se ainda que nenhum dos autores apresentaram como relevante, o re-
conhecimento da tríade de Cushing, sendo um cuidado indispensável para esses
pacientes. A tríade consiste no aparecimento de 3 sinais, sendo eles: hipertensão
arterial, bradicardia e alterações respiratórias (CARVALHO; et al, 2007).

Conclui-se então, que a equipe de enfermagem possui um forte papel como


atuante frente a esse processo de cuidado, demonstrando-se como sendo profissio-
nais de destaque e grande valor para a estabilização do quadro, acompanhamento
do paciente, avaliação dos resultados da terapêutica e o processo de reabilitação.

REFERÊNCIAS
AMBROS, ALMEIDA, Carolina Marques de; POLLO, Camila Fernandes; MENE-
GUIN, Silmara. Intervenções de Enfermagem para pacientes com hipertensão intra-
craniana: revisão integrativa da literatura. AQUICHAN, vol. 19 n. 04 - chía, colom-
bia, oct-dic, 2019.

ALVEZ, María Susana Silvera. Cuidados enfermeros del paciente neurocrítico con
monitoreo de la presión intracraneana. Enfermería: Cuidados Humanizados; vol.
04, n. 01, 2015.

46
A ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE
NEUROCRÍTICO

ANDRADE, Leonardo Tadeu de; et al. Disreflexia autonômica e intervenções de


enfermagem para pacientes com lesão medular. Revista da escola de enfermagem
de USP. Vol. 47, n. 01, pag. 93-100, feb. 2013.

ARRUDA, Palloma Lopes de; et al. Evolução clínica e sobrevida de pacientes neu-
rocríticos. Rev. esc. enferm. USP, v. 53, São Paulo, 2019.

BARCELOS, Diego Gomes de; et al. Atuação do enfermeiro em pacientes vítimas


do Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico na Unidade De Terapia Intensiva.
Persp. Online: biol. & saúde. Campos dos Goytacazes, vol. 22, n. 06, pag. 41- 53,
2016.

BEZERRA, Naiara Kássia Macêdo da Silva; et al. Aspectos epidemiológicos e assis-


tenciais de pacientes neurológicos em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Neu-
rociências, vol. 28, pag. 1-14, 2020.

CACIANO, Kelly Regina Pires da Silva; et al. Intervenções de enfermagem para


pacientes neurocríticos. Rev enferm UFPE on line, vol. 14, 2020.

CARVALHO, Luís Fernando Andrade de; et al. Severe traumatic braininjury in


children and adolescents. Revista Brasileira de Terapia Intensiva; vol. 19, n 01,
pag. 98-106, 2007.

CAMACHO, Maria Lisett Lisett Peña; RAMÍREZ, Jaime Javier Chacón; FERNÁN-
DEZ, Alba Rosa. Valoración del Paciente Neurocrítico: Escala De Coma four versus
Glasgow. Rev. Salud. hist. sanid. on-line, vol. 11, n. 01, pag. 17-26, enero-junio,
2016.

LIMA, Maria Luzia Silva; et al. Assistência de enfermagem na monitorização da


pressão intracraniana em pacientes neurocríticos. Rev. pesqui. cuid. fundam. (On-
line); Vol. 11, n. 01, pág. 255-262, jan.-mar. 2019.

MAGNUS, Luciana Machado; BACKES, Marli Terezinha Stein; BACKES, Dirce


Stein. Mudança de decúbito em pacientes com injúria cerebral grave: construção de
um guia com enfermeiros intensivistas. Enfermagem em Foco, vol. 09, n. 02, pag.
28-34, 2018.

MATOS, Lilian Ramine de Souza; et al. Perfil Epidemiológico e Clínico de Pacien-


tes Neurológicos em um Hospital Universitário. Revista Neurociências, v27, 1-17,
2019.

MAURICIO, Evelyn Carla Borsari et al. Resultados da implementação dos cuidados


integrados pós-parada cardiorrespiratória em um hospital universitário. Revista
Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 26, 2018. DOI: https://doi.
org/10.1590/1518-8345.2308.2993.

MELO, Elizabeth Mesquita; et al. Clinical and demographic characteristics of pa-


tients on mechanical ventilation in the intensive careunit. Rev Enferm UFPI; 4(3):36-
41. Jul-Sep, 2015.

47
Raiane da Rocha Figueredo e outros

MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GAL-
VAO, Cristina Maria. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação
de evidências na saúde e na enfermagem. Texto contexto - enferm., Florianópolis,
v. 17, n. 4, p. 758-764, Dec. 2008.

MORAES, Jéssica Gonçalves; et al. Avaliação dos fatores de risco dos cuidadores
de pacientes neurológicos. Revista Perspectivas Online: Biológicas & Saúde, Vol.
9, nº 31, p. 34-45, Dez-2019.

MORAIS, Elaine Aparecida Silva de; ROJAS, Salomon Soriano Ordinola; VEIGA,
Viviane Cordeiro. Indicadores de saúde no cuidado ao paciente crítico neurológico.
Rev Rene; vol. 15, n. 02, pag. 189-95. mar-abr, 2014.

PEREIRA, Maria do Carmo Campos; et al. Saberes e práticas do enfermeiro na uni-


dade de terapia intensiva. Rev enferm UFPE on line., Recife, vol. 13, n. 01, pag.
70-8, jan., 2019.

PRODANOV, C. C.; ERNANI, C.F. Metodologia do trabalho científico: métodos e


técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico – 2. ed. – Novo Hamburgo: Feevale,
2013.

RAMOS, Guilherme Santos; et al. Diagnósticos de enfermagem documentados em


prontuários de pacientes em unidade de terapia intensiva. Rev. Enferm. Cent. O.
Min. Vol. 03, n. 02, pag. 679-686, mai/ago., 2013.

ROSA, Natalina Maria da; LIMA, Jamile Fernanda; INOUE, Kelly Cristina. Conhe-
cimento da equipe de enfermagem sobre neurointensivismo e a influência da edu-
cação contínua. Ciência, Cuidado e Saúde, vol.12, n. 01, pag 112-120, jan/mar, 2013.

ROSIN, Jéssica et al. Identificação de diagnósticos e intervenções de enfermagem


para pacientes neurológicos internados em hospital de ensino. Ciênc. cuid. saúde,
vol. 15, n. 04, p. 607-615, dez. 2016.

SILVA, Andressa Fernanda; et al. Absenteísmo na equipe multiprofissional de uma


unidade de terapia intensiva adulto. Rev. Expr. Catól. Saúde; v. 4, n. 1; Jan - Jun;
2019.

SUÁREZ, Orlando Valdés. Aspectos nutricionales en el paciente neurocrítico. Re-


vista Cubana de Medicina Intensiva y Emergencias. Vol. 17, suplemento 1, Pág.
41-50, 2018.

48
RFB Editora
Home Page: www.rfbeditora.com
Email: [email protected]
WhatsApp: 91 98885-7730
CNPJ: 39.242.488/0001-07
Av. Augusto Montenegro, 4120 - Parque Verde,
Belém - PA, 66635-110

Você também pode gostar