Plano de Ensino - Práticas Sociais e Subjetividade

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

PLANO DE ENSINO

CURSO: Psicologia
SÉRIE: 6º Semestre
DISCIPLINA: Práticas Sociais e Subjetividade
CARGA HORÁRIA SEMANAL: 1,5 horas/aula
CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 30 horas/aula

I – EMENTA

Interações humanas como fundamento para a constituição e a transformação do


mundo social e do sujeito. Reconhecimento das contradições, das instabilidades e
das descontinuidades existentes nas práticas sociais no decorrer do tempo.
Fenômenos humanos da vida cotidiana e a produção de sentidos.

II – OBJETIVOS GERAIS

 Compreensão das condições históricas – práticas sociais e discursos – que


possibilitam a constituição das subjetividades contemporâneas.

III – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Tal competência será desenvolvida a partir das seguintes habilidades:

 Observar e registrar fenômenos da vida cotidiana e compreender as implicações


na constituição das subjetividades contemporâneas.
 Desenvolver uma percepção acurada e uma escuta atenta à diversidade das
interações humanas que permitam uma apreensão da dialética existente entre a
experiência coletiva e a experiência individual.
 Buscar referenciais teóricos para a compreensão dos fenômenos humanos
observados.
 Elaborar texto que apresente a experiência vivida, o fenômeno humano
observado e a compreensão adquirida, a partir de um referencial teórico.
 Compreender o referencial teórico como uma produção humana histórica e
culturalmente determinada.
 Levantar informação bibliográfica em indexadores, periódicos, livros, manuais
técnicos e outras fontes especializadas através de meios convencionais e
eletrônicos.
 Fazer uso de informações levantadas em meios convencionais e eletrônicos na
elaboração de textos originais com um propósito definido e nas apresentações orais.
 Comunicar-se adequadamente, compreendendo e expressando-se de forma
clara e concisa, oralmente e por escrito.
IV – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

 O cotidiano – reconhecimento da densidade e da complexidade dos


acontecimentos do dia a dia na constituição dos sujeitos e da vida coletiva.
 Práticas discursivas e não discursivas na constituição histórica da epistème
contemporânea – sistema econômico neoliberal, sociedade de consumo, biopolítica
como regulação da vida.
 Constituição do sujeito e mundo contemporâneo: modernidade líquida.
 Observação de fenômenos humanos no mundo urbano: observação como
assimilação subjetiva que pretende captar formas de expressão da vida humana –
interações, deslocamentos e fluxos.
 Registro da observação: a escrita como construção e a escrita etnográfica como
referência.
 Diálogo entre teoria e realidade cotidiana observada: o referencial teórico como
uma compreensão possível em contraposição aos discursos totalizantes e aos
regimes de verdades.

V – ESTRATÉGIA DE TRABALHO

- Divisão da sala em grupos de 5 alunos para a realização das observações em


locais públicos e o respectivo registro dos fenômenos humanos observados por cada
grupo.
- Escolha por cada grupo de um tema e situações a serem observados sob a
orientação do professor. O tema tem a finalidade de ser o elemento unificador de
cada grupo pelo interesse específico, enquanto que a observação da realidade
cotidiana será o elemento diversificador para cada aluno do grupo.
- Temas a serem escolhidos:
 Raça, etnia e religião.
 Geração e idade.
 Gênero e orientação sexual.
 Diferenciação social, cultural e exclusão social.
 Situações: trabalho, saúde, educação, lazer, cultura.
- Apresentação dos registros das observações realizadas, contendo: caracterização
do contexto (história do lugar, mapas, fotos etc.) e levantamento dos discursos da
mídia (jornais, revistas, sites, televisão etc.) sobre o tema com base no fenômeno
humano observado.
- Apresentação de painel, em sala de aula, do fenômeno humano observado e
contextualizado, e a compreensão da experiência vivida quanto aos fenômenos
observados.
- Orientação bibliográfica referente à busca de diversos referenciais teóricos que
permitam uma compreensão teórica dos fenômenos observados.
- Reorganização dos relatos, apresentação e discussão, a partir das compreensões
feitas à luz dos referenciais teóricos adotados.
- Estágio supervisionado do Núcleo Básico Comum: 40 horas distribuídas em 20
horas de observação e 20 horas de registro descritivo, levantamento bibliográfico,
apresentação de seminário, elaboração do relatório final.
VI – AVALIAÇÃO

Será dada uma nota, no final do semestre, que será composta da seguinte forma:
 Pelo cumprimento do estágio = 20h de observação em campo + 20h de relatório
descritivo (registros de observação com pesquisa bibliográfica sobre o tema) = Valor:
de 0,0 a 3,0 pontos.
 Pela apresentação oral do relatório descritivo com a compreensão teórica do
fenômeno observado à luz de uma teoria = Valor: de 0,0 a 2,0 pontos.
 Por uma prova semestral com duas questões dissertativas, valendo 1,0 ponto
cada uma, referente à atividade prática desenvolvida: registro e compreensão teórica
do fenômeno observado. = Valor: de 0,0 a 2,0 pontos.
 Pelo relatório final escrito: descrição e reação inicial do fenômeno observado,
experiência de estranhamento, compreensão de inclusão, processo de busca de um
referencial teórico para compreensão do fenômeno. = Valor: de 0,0 a 3,0 pontos.

VII – BIBLIOGRAFIA

BÁSICA

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BAUMAN, Z. Amor líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 2004.

BAUMAN, Z. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria.


Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.

COMPLEMENTAR

BAUMAN, Z. Modernidade e ambivalência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

BAUMAN, Z. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Rio


de Janeiro: Jorge Zahar, 2014.

COIMBRA, C. M. B.; NASCIMENTO, M. L. O efeito Foucault: desnaturalizando


verdades, superando dicotomias.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-37722001000300006&script=sci_arttext

FOUCAULT, M. Nascimento da biopolítica. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

LOPES, M. C. Políticas de inclusão e governamentalidade.


http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/viewFile/8297/5536.

OUTRAS INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS:

ORTEGA, F. Biopolíticas da saúde: reflexões a partir de Michel Foucault, Agnes


Heller e Hannah Arendt. http://www.scielo.br
PRADO FILHO, K.; MARTINS, S. A subjetividade como objeto da(s)
Psicologia(s).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822007000300003

SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência


universal. 15ª edição. Rio de Janeiro: Record, 2008.

SPINK, P. Pesquisa de campo em psicologia social: uma perspectiva pós-


construcionista.
http://www.scielo.br/pdf/psoc/v15n2/a03v15n2

Você também pode gostar