Síndromes Medulares
Síndromes Medulares
Síndromes Medulares
Apresentações Clínicas
Anatomo - Fisiologia
Traumáticas;
Na fase aguda da lesão, encontra-se flacidez dos membros paralisados, abolição dos reflexos
tendinosos e retenção urinária. Esta fase é chamada de choque medular e pode se estender por vários
meses. Com o passar do tempo, pode haver recuperação dos movimentos e observa-se aumento dos
reflexos tendinosos e do tônus muscular. Muitas vezes, observa-se também a presença de espasmos
musculares. A retenção urinária é substituída por urgência para urinar ou incontinência urinária. O nível
sensitivo, ou seja, o local até onde se encontra a alteração da sensibilidade, também orienta o
diagnóstico topográfico da lesão. Alteração sensitiva até a cicatriz umbilical, por exemplo, indica lesão
medular na altura de T10
Lesões Incompletas
As lesões medulares incompletas são classificadas como: síndrome medular anterior,
síndrome medular posterior, síndrome central, síndrome hemimedular e síndrome radicular
(inclui a síndrome da cauda eqüina).
Disreflexia Autonômica
Disreflexia autonômica é uma complicação freqüente nas lesões cervicais e pode ocorrer também nas
lesões medulares acima de T6. Qualquer estímulo que, normalmente, causaria dor e desconforto na pessoa
sem lesão, na pessoa que não sente por causa de uma lesão medular pode causar uma crise de disreflexia.
As causas mais comuns são bexiga ou intestinos cheios e distendidos.
Os sintomas mais freqüentes de disreflexia autonômica são: dor de cabeça, enxergar pontos brilhantes,
visão borrada, arrepios acima do nível da lesão, sudorese acima do nível da lesão, manchas vermelhas na
pele acima do nível da lesão, obstrução nasal e freqüência cardíaca baixa. Pressão arterial elevada e
descontrolada é a conseqüência mais perigosa.
Co morbidades
Siringomielia
Alguns pacientes com lesão medular, meses a vários anos após a lesão passam a apresentar dor, ascensão
do nível sensitivo ou motor (como por exemplo um paciente paraplégico que passa a apresentar
dormência, atrofia e fraqueza em uma das mãos), acentuação da espasticidade (tônus muscular
aumentado), mudança do padrão urinário (de urgência, passa a apresentar retenção), alteração da
sudorese, ou, até mesmo, queixas como disfagia (dificuldade de deglutição). Em muitos deles, os exames
de imagem mostram a formação de cavidades intramedulares, que se estendem por vários níveis, acima e
abaixo da lesão traumática, e que recebem o nome de siringomielia pós-traumática. Considerada rara no
passado, a partir do advento da ressonância magnética, a prevalência de siringomielia em pacientes com
lesão medular tem sido estimada em torno de 8 por cento. O tratamento pode demandar procedimento
cirúrgico.
Caso “Real” (?)
Estamos em 2009, Fernando Fernandes acaba de sair do BBB, é uma “celebridade”...
Cabe alguma ação de saúde para este sujeito? Ele está sensível a alguma ação de saúde?
Se você estivesse no lugar dele, como você acha que deveria ser abordado sobre as questões de
saúde?
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf
Caso “Real” (?)
Estamos em 2009, Fernando Fernandes bate o carro em um poste...
Ao acordar no hospital, e “recebeu a sentença que mudaria a sua vida: uma lesão na
medula espinhal havia tirado o movimento de suas pernas”
Cabe alguma ação de saúde para este sujeito? Ele está sensível a alguma ação de saúde?
Se você estivesse no lugar dele, como você acha que deveria ser abordado sobre as
questões de saúde?
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf
Caso “Real” (?)
Sentiu medo ao saber que ficaria paraplégico? Sinto medo diariamente: de sair de casa, ir à padaria e não saber se vou enfrentar alguma
dificuldade. A lesão medular ainda é uma incógnita para a medicina: não dá para saber se vou continuar paraplégico. Tenho na minha cabeça que
vou andar um dia, não sei quando. Então, tracei um plano B, que é o esporte
Como superou o trauma? Não foi um psicólogo que me mostrou o que fazer. Busquei conversar comigo mesmo: o que me dá prazer?
A resposta foi o esporte. Minha religião é o esporte. O caiaque me devolveu a sensação que não tinha numa cadeira de rodas: a liberdade. Na
cadeira de rodas, nunca sei aonde posso ir, se vai ter escada... Dentro da água, sou livre.
Como surgiu a oportunidade do esporte? Quando estava internado no (hospital) Sarah Kubstechek. Eles usam o esporte de forma lúdica, para
entreter enquanto reabilita. Lá, passei pelo basquete adaptado, tênis de mesa... Mas, quando sentei no caiaque, ele me deu aquilo que eu estava
procurando, era a resposta pra minha vida. Não digo que escolhi, digo que Deus me colocou na canoagem para poder realizar tudo que estou
realizando hoje. A canoagem passou a ser minha vida, minha paixão. O que para as pessoas é dificuldade, como acordar cedo pra ir trabalhar, pra
mim é um prazer
Como é namorar? Namoro há dois anos (a empresária Carol Medeiros) e não vejo problema nenhum. Estar na cadeira de rodas e ter uma
deficiência não me faz menos homem. A única diferença é que estou sentado e ela, em pé (risos).
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_atencao_pessoa_lesao_medular.pdf