Luis Geografia

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Factores de localização da indústria

A actividade industrial não está distribuída uniformemente sobre a superfície


terrestre, pois existem áreas de maior concentração industrial que contrastam com
espaços onde não existe actividade industrial. Este facto deve-se conjugação de
factores de ordem físico-natural e socioeconómica. Assim, diversos são os factores
que concorrem para a localização das unidades industriais, nomeadamente:
matérias-primas, energia, água, mão-de-obra, mercado consumidor, transporte e
vias de comunicação, o capital, a inércia geográfica, solidariedade técnica, o
espaço, o ambiente e a acção do Estado. Pela sua infinidade, cingir-nos-emos
apenas a alguns dos principais factores.

FACTORES FÍSICO-NATURAIS

para que a localização de uma fábrica seja óptima, é necessário que vá originar a
maximização de lucros por minimização de investimentos. Nesta perspectiva, dá-se
enfâse conjugação total dos factores responsáveis pela localização espacial da
indústria, embora haja um que mais se destaque.

Matérias-primas

A matéria-prima é o ponto de partida para a obtenção de qualquer produto


elaborado ou semielaborado de que a indústria necessita. Portanto, a sua
dependência varia na razão da natureza da matéria-prima. Para as indústrias que
utilizam matérias-primas de maior desperdício, bastante volumosas e/ou pesadas
como, por exemplo as indústrias açucareiras, siderúrgicas, indústria extractiva
mineira, etc., elas devem localizar-se preferencialmente junto às fontes de matérias-
primas, com vista a reduzirem os maiores desperdícios, bem como os custos de
transportes, permitindo assim a maximização do capital. O mesmo acontece com as
indústrias que utilizam matérias-primas perecíveis ou de fácil deterioração, tal é o
caso das agro-indústrias (indústria de conserva de tomate, por exemplo) que se
devem implantar, neste caso, junto às plantações de tomate

Fontes energéticas
É inquestionável o papel que as fontes energéticas exercem para a localização das
indústrias.
Contudo, a energia a utilizar depende essencialmente da sua rentabilidade, da sua
abundância e do tipo de indústria.
As indústrias pioneiras localizavam-se junto às bacias carboníferas de carvão, junto
aos cursos de água para aproveitar a energia hidráulica e próximo das florestas
para explorar a lenha e carvão.

Estas indústrias tinham que forçosamente localizar-se junto às suas fontes. Dai que
durante muito tempo o carvão mineral (especialmente a hulha) tornou-se o «pão da
indústria» quer como combustível, quer como redutor na produção de ferro e ago.
Mas com o decorrer do tempo, embora estas fontes energéticas exercessem um
papel preponderante na localização das indústrias, constata-se que este
condicionalismo tem perdido pouco a pouco a sua função, visto que com a
descoberta de novas fontes energéticas — petróleo, gás natural e electricidade -
facilmente transportáveis a longas distâncias, veio libertar as indústrias dos
imperativos de localização.

Este facto é explicado porque o petróleo e o gás natural prestam-se bem a serem
transportados por oleodutos e gasodutos de grande extensão — por milhares de
quilómetros - que ligam poços de extracção as refinarias ou aos portos de
embarque. Por isso, a indústria está pouco condicionada por este factor.

Quanto à electricidade, importa frisar que esta é uma forma de energia facilmente
transportável, dai que a dependência locativa da indústria relativamente às zonas de
obtenção de energia eléctrica seja relativamente pequena.

Água
A água é um facto técnico de localização industrial simultaneamente antigo e
moderno. Nesta Visão, a água é usada na indústria como matéria-prima (indústria
química e de refrigerantes), para a lavagem ou limpeza dos escritórios e
instalações, diluição, no resfriamento de maquinarias (caldeiras e centrais
termoelétricas), etc. Todas as indústrias necessitam de água, uma mais do que
outras. As que consomem maior quantidade de água são as indústrias químicas,
siderurgias, têxtil e a de pasta para papel. Estas indústrias têm, pois, necessidade
de se localizarem em locais onde exista água em abundância, como por exemplo,
nas margens dos grandes rios.

Ambiente
Algumas indústrias são altamente poluidoras e, por isso, perigosas para a saúde
das populações que vivem nas suas imediações, visto que estas indústrias
provocam poluição sonora, do solo, atmosférica e hídrica que impedem assim o
desenvolvimento das espécies floro-faunísticas e, principalmente, perigam a saúde
humana. Assim sendo, alguns governos decretam leis que estimulam a sua
migração para locais muito distantes dos aglomerados populacionais, especialmente
das cidades, com vista a permitir uma boa saúde pública e a salvaguarda do meio
ambiente.

Espaço
Este factor é actualmente um dos mais importantes na localização das indústrias. A
expansão continua destas conduz inevitavelmente falta de espaço nos terrenos
anteriormente adquiridos.
Por um lado, o preço elevado dos terrenos e as restrições à industrialização urbana
tornam mais cómodo e rentável vender o terreno ocupado pela antiga indústria e
construir fábricas novas em espaços mais desafogados. Por outro, a implantação de
uma unidade industrial ou um complexo industrial tem de ter em atenção a natureza
do material litológico e a geomorfologia, isto é, o tipo de rocha e solos
predominantes, a disposição orográfica (topografia) e a menor ou maior dimensão
do terreno. Isto porque existem indústrias que, pelas suas características,
necessitam de um espaço maior, não só para ocupá-lo com infra-estruturas, mas
porque também precisam de um espaço amplo para as operações de
manuseamento de cargas, tanto de matéria-prima como do produto final, feito por
camiões e outras maquinarias.

Água
A água é um facto técnico de localização industrial simultaneamente antigo e
moderno. Nesta Visão, a água é usada na indústria como matéria-prima (indústria
química e de refrigerantes), para a lavagem ou limpeza dos escritórios e
instalações, diluição, no resfriamento de maquinarias (caldeiras e centrais
termoelétricas), etc. Todas as indústrias necessitam de água, uma mais do que
outras. As que consomem maior quantidade de água são as indústrias químicas,
siderurgias, têxtil e a de pasta para papel. Estas indústrias têm, pois, necessidade
de se localizarem em locais onde exista água em abundância, como por exemplo,
nas margens dos grandes rios.

Ambiente
Algumas indústrias são altamente poluidoras e, por isso, perigosas para a saúde
das populações que vivem nas suas imediações, visto que estas indústrias
provocam poluição sonora, do solo, atmosférica e hídrica que impedem assim o
desenvolvimento das espécies floro-faunísticas e, principalmente, perigam a saúde
humana. Assim sendo, alguns governos decretam leis que estimulam a sua
migração para locais muito distantes dos aglomerados populacionais, especialmente
das cidades, com vista a permitir uma boa saúde pública e a salvaguarda do meio
ambiente.

Espaço
Este factor é actualmente um dos mais importantes na localização das indústrias. A
expansão continua destas conduz inevitavelmente falta de espaço nos terrenos
anteriormente adquiridos.
Por um lado, o preço elevado dos terrenos e as restrições à industrialização urbana
tornam mais cómodo e rentável vender o terreno ocupado pela antiga indústria e
construir fábricas novas em espaços mais desafogados. Por outro, a implantação de
uma unidade industrial ou um complexo industrial tem de ter em atenção a natureza
do material litológico e a geomorfologia, isto é, o tipo de rocha e solos
predominantes, a disposição orográfica (topografia) e a menor ou maior dimensão
do terreno. Isto porque existem indústrias que, pelas suas características,
necessitam de um espaço maior, não só para ocupá-lo com infra-estruturas, mas
porque também precisam de um espaço amplo para as operações de
manuseamento de cargas, tanto de matéria-prima como do produto final, feito por
camiões e outras maquinarias.
Nesta perspectiva, as indústrias migram para a periferia porque no meio rural o
custo do espaço é mais barato. No meio rural evitam-se, também, as dificuldades do
trânsito rodoviário (congestionamento) que frequentemente acontecem nas cidades
que dificultam o fluxo de mercadorias.

SOCIOECONÓMICOS

Do ponto de vista socioeconómico destacam-se os seguintes factores: capital, mão-


de-obra, mercado consumidor, transportes e vias de comunicação, acção do
Estado, solidariedade técnica e inércia geográfica.
Capital
A criação e funcionamento de uma indústria moderna exige avultados
investimentos, tanto para a aquisição de equipamento (maquinaria), meios de
transportes, compra de terreno, pagamento de mão-de-obra, impostos, publicidade,
marketing, etc. Assim sendo, constata-se que, apesar disso, o capital exerce hoje
urna fraca influência na localização industrial, dada a eficiência e rapidez das
comunicações e o desenvolvimento da informática que permite maiores transações
de valores, ou seja, de operações bancárias. A sua influência é decisiva apenas ao
nível da distribuição mundial da indústria. Só para elucidar, os países de terceiro
mundo possuem fraco desenvolvimento industrial devido principalmente
insuficiência de capitais, pelo que as poucas indústrias ai existentes são controladas
pelos detentores do capital (multinacionais) dos países desenvolvidos e
industrializados.

Mão-de-obra
A quantidade e qualidade da mão-de-obra obrigam muitas vezes as indústrias a
localizarem-se em certas regiões. Constata-se que nem todas as indústrias têm a
mesma exigência quanto a mão-de-obra, isto é, há indústrias que a exigem muito,
como por exemplo, a indústria têxtil e a de confecção de calcado e, por isso, tais
indústrias tendem a localizar-se em locais que ofereçam mão-de-obra abundante,
barata e não qualificada.
As cidades são geralmente os grandes centros de atracção para estas indústrias,
pois ai encontram a mão-de-obra que necessitam. Para outras indústrias não
interessa a quantidade, mas sim a qualidade e a especialização da mão-de-obra.
São exemplo a indústria aeronáutica, electrónica, etc., e estas geralmente
localizam-se junto aos centros urbanos, universidades e centros de pesquisa e
investigação científica. Além disso, os técnicos especializados exigem determinadas
condições de Vida que só os centros urbanos oferecem. 
Mas actualmente nota-se pouco a pouco que esta dependência em relação aos
centros urbanos vem sendo atenuada, pois o desenvolvimento dos meios de
transportes e comunicação cada vez mais rápidos e cómodos, permitem grandes
deslocações em curto espaço de tempo e a longas distâncias, o que faz com que
sejam as indústrias a atrair a mão-de-obra e não o inverso. As grandes
multinacionais encarregam-se de recrutar a mão-de-obra e formá-la. Não obstante,
a automatização e automação do trabalho originam uma diminuição da dependência
da localização das indústrias em relação mão-de-obra.

Mercado consumidor
O poder de atracção que as cidades exercem sobre as indústrias não se resume
apenas Oferta de mão-de-obra, pois estas constituem também vastos mercados de
consumo, pelo que são para elas atraídas muitas indústrias ligeiras, como as do
vestuário, produtos alimentares, refrigerantes, artigos elétricos, artes gráficas, entre
outras.

Assim como o industrial procura sempre maximizar o lucro com o menor


investimento de capital, o mercado é um dos primeiros aspectos a ter em
consideração, sob risco de ver o Seu maior objectivo comprometido. Desse modo
existem indústrias que devem-se localizar junto ao mercado por causa da dinâmica
das necessidades dos seus consumidores. Como, por exemplo, a indústria de
confecção de vestuário e as indústrias de artigos de luxo, no caso concreto de joias,
que devem acompanhar de perto os estilos de Vida dos consumidores.

Nesta perspectiva, importa sublinhar que a atracção das indústrias pelo mercado
consumidor é também impelida pelo custo dos transportes e natureza do produto,
isto é, no caso do produto final ser de difícil ou frágil transporte, a indústria deverá
localizar-se próximo do lugar do Consumo. Temos como exemplo as indústrias
alimentares de frutas e refrigerantes, electrónica, entre outras.
Transporte e vias de comunicação
Os meios de transportes e comunicação constituem factores decisivos para a
localização da indústria pois estes permitem trazer a matéria-prima da sua fonte
para a indústria, desta para o mercado consumidor e, por sua vez, do mercado
consumidor novamente às indústrias (no caso dos produtos semiacabados). Apesar
disso ela também contribui para a mobilidade espacial da energia e mão-de-obra.
Para as indústrias cujo produto final é de difícil transporte, por necessitar de
cuidados especiais, como por exemplo, a indústria de mobiliário, eletrodomésticos,
etc., estas devem localizar-se preferencialmente junto as vias de transportes e
comunicação.

Acção do Estado
Alguns Estados intervêm na distribuição geográfica das suas indústrias. Assim,
estes descongestionam as indústrias das regiões densamente industrializadas para
regiões deprimidas, com vista a reduzir os desequilíbrios económicos existentes e
reduzir o desemprego, as migrações pendulares e o êxodo rural, etc. Para isso, os
governos têm tomado uma série de medidas que estimulam a implantação de
unidades industriais em regiões rurais ou naquelas em que há menor
desenvolvimento socioeconómico e industrial, por meio de isenções fiscais, ou
então, redução das taxas de impostos em determinados períodos de tempo em
detrimento das regiões fortemente industrializadas. E criam ainda infra-estruturas de
modo a atrair os empresários.

Paralelamente a esta visão, por questões estratégicas, alguns países desenvolvidos


expandem as suas indústrias (multinacionais) para todo o mundo para evitar que o
seu parque industrial seja eventualmente destruído por possíveis conflitos militares
(guerras).

A inércia geográfica
A distribuição geográfica de muitas indústrias actuais tem a sua explicação no
passado, pois a sobrevivência de uma área industrial antiga reside em muitos casos
na inércia geográfica, ou seja, na resistência ao declínio quando desaparecem as
vantagens locativas iniciais. Uma área pode ter-se tornado um centro industrial
importante graças à existência próxima de matérias-primas, de recursos energéticos
ou outros factores. Desaparecidos ou esgotados tais factores, o ideal seria pensar-
se que o centro industrial seria abandonado e que consequentemente
desapareceria. Todavia, este pode resistir ao declínio e manter-se.

As razões que explicam a inércia geográfica baseiam-se em dois aspectos: primeiro,


deve-se imobilidade do equipamento (edifícios e maquinarias) que é, normalmente,
de grande durabilidade e que representa um maior investimento. Dai que os
proprietários das empresas procurem mantê-las em actividade naquele mesmo
espaço, pois torna-se economicamente mais fácil expandir a infra-estrutura
industrial já existente ou mesmo reconvertê-la, do que construir novas fábricas em
regiões diferentes. Segundo, porque a existência duma força de trabalho qualificada
e a solidariedade técnica, desenvolvimento de meios de transportes e comunicação
a fama de certa reputação, a presença de vantagens comparativas no que respeita
a facilidades socioeconómicas, compensam em grande parte as desvantagens
surgidas, mantendo assim as indústrias naqueles locais iniciais.

O exemplo disso é o que se verifica nas siderurgias de Pittsburgh (EUA) e Sheffield


no Reino Unido onde a atracção pelas localizações iniciais tem diminuído de
importância, mas, heranças do passado aliadas vantagem resultante da
proximidade de muitas siderurgias, têm-lhes assegurado o lugar que ocupam na
produção siderúrgica dos respectivos países.

Solidariedade técnica
A solidariedade ou complementaridade técnica é um dos factores-chave para a
localização espacial das indústrias, uma vez que se traduzem em condições
adequadas para a implantação fabril, referimo-nos às vias de transportes e
comunicação, energia, serviços variados como a banca, seguros, hospitais, rede de
abastecimento de água, escolas, etc. Muitas indústrias aproveitam-se delas e
estabelecem-se próximo ou em redor da(s) primeira(s) indústria(s), com vista a
beneficiarem das condições criadas e minimizarem os seus custos de produção.
 
.
Assim, verifica-se que a aglomeração das diversas indústrias, mesmo
independentes, faz baixar os custos das infra-estruturas de suporte que as servem,
pela sua utilização comum. Por exemplo, o Parque Industrial da Matola, na província
de Maputo, tornou-se numa área de muitas indústrias, pese embora o facto de ser
uma região com inicial função industrial e residencial. Na zona de Beleluane-Matola
Rio, onde está instalada a Fábrica de Alumínio de Moçambique (Mozal), é notória a
influência da solidariedade técnica e tem-se verificado uma tendência crescente de
surgimento de muitas indústrias e empresas diversificadas em seu redor, como
resultado das condições socioeconómicas e técnicas criadas inicialmente pela
Mozal.

Classificação das indústrias


1.     De acordo com o estágio de elaboração da produção — neste critério
podemos reconhecer: a indústria de base - que são aquelas que usam matérias-
primas brutas (minerais ou produtos energéticos) e as transformam em produtos
brutos ou semi-acabados, para serem empregues por outras indústrias que realizam
os produtos acabados. Estão neste caso a siderurgia, a metalurgia do alumínio e
outros metais não ferrosos, a carboquímica, a indústria de cimentos, etc. Em
oposição temos as indústrias derivadas (têxtil, alimentícia, etc.)

2.     De acordo com a finalidade ou destino dos produtos (bens) produzidos -


teremos: indústrias de bens de produção ou de capital - são frequentemente
também designadas por indústrias de bens de equipamento, que correspondem
aquelas que produzem e fornecem materiais destinados a fins produtivos. Engloba,
portanto, quer as que produzem bens destinados a outras indústrias (matérias-
primas, energia, máquinas, ferramentas, etc.) quer as que fabricam material a ser
utilizado por outras actividades económicas (material ferroviário, máquinas
agrícolas, camiões, navios, etc.). Também são designadas por indústrias de base ou
pesadas.
Por outro lado, temos as indústrias de bens de consumo que são as que
transformam as matérias-primas brutas ou semiacabados em produtos destinados
ao consumo directo pelas populações. Nesta categoria, temos as indústrias de bens
de consumo imediato (ou não duráveis) que compreendem a indústria alimentícia,
têxtil, de calçados, etc., e as indústrias de bens de consumo duráveis onde se
incluem a indústria automobilística, eléctrica, móveis, etc.
Mas a distinção entre estes dois grandes tipos de indústria põe problemas. Com
efeito, alguns dos Seus ramos são difíceis de classificar com exactidão, uma vez
que fornecem, simultaneamente, bens de equipamento e bens de consumo, por
exemplo: a indústria automobilística fornece veículos para o uso particular (bens de
consumo) e veículos utilitários (bens de equipamento).

Igualmente, a indústria de refinação petrolífera fornece matérias químicas a outras


indústrias (bens de equipamento) e produtos para consumo directo, como por
exemplo, a gasolina para automóveis particulares (bens de consumo). Enfim, são
imensas as indústrias que podem ser consideradas simultaneamente indústrias de
equipamento e de bens de consumo.

 3.     De acordo com a natureza da matéria-prima utilizada — tem-se o critério


tradicional ou clássico o qual categoriza as indústrias nas seguintes tipologias:
indústria extractiva, transformadora e construtora.

3.1.         As indústrias extractivas — compreendem aquelas que estão ligadas


directamente extracção dos recursos naturais como, por exemplo, a indústria
mineira a qual retira e elabora minérios a partir de jazigos em produtos acabados ou
semi-acabados que serão posteriormente utilizados para vários fins. Paralelamente
indústria mineira, destacam-se a indústria extractiva florestal e a indústria pesqueira.

3.2.         Indústrias transformadoras — são aquelas que elaboram, a partir de


matérias-primas brutas ou semielaboradas, produtos acabados ou semielaboradas
com destino a outras indústrias ou ao consumo final. são, portanto, extremamente
diversificadas, lançando nos mercados uma infinidade de produtos: automóveis,
eletrodomésticos, mobiliário, máquinas variadas, produtos farmacêuticos, alimentos,
etc. Mas é importante considerar que na verdade todas as indústrias são
transformadoras, uma vez que laboram matéria-prima bruta ou não, em produtos já
acabados para a ulterior utilização. Neste contexto, afirmar que existe indústria
transformadora é uma questão óbvia, facto que permite-nos constatar que tal
nomenclatura não nos parece muito precisa e objectiva.
3.3.         As indústrias de construção civil e obras públicas — são as que produzem
materiais (edifícios, pontes, barragens, estradas, etc.) e a sua analogia é grande,
pelos meios e métodos de produção, com o conjunto das outras indústrias. Todavia,
apresentam duas diferenças essenciais em relação às indústrias transformadoras:
não são transportáveis, não podendo, consequentemente, ser deslocadas para os
locais de consumo.

 4.     De acordo com as afinidades tecnológicas — nesta categoria encontramos a


indústria de ponta, que são indústrias que estão na vanguarda de progresso técnico.
Estas utilizam tecnologias altamente evoluídas, recorrem a uma constante e
dispêndio pesquisa científica, muitas vezes em ligação com centros de investigação,
institutos tecnológicos, laboratórios, universidades e complexos militares.
Empregam mão-de-obra altamente qualificada (engenheiros, investigadores,
especialistas e outros quadros superiores) e laboram produtos de alto valor unitário.
De entre as indústrias pertencente a essa categoria, temos a destacar as seguintes:
indústria electronuclear, indústria de informática (computadores e telemática),
indústria farmacêutica e de actividades ligadas à saúde (genética, bioquímica e
biotecnologia, etc.), indústria aeroespacial, entre outras.

 5.     De acordo com o peso da matéria-prima - nesta, temos as indústrias


pesadas e as ligeiras ou leves. No primeiro caso fazem parte desta categoria as
indústrias que trabalham grandes quantidades de matéria-prima de pequeno valor
em relação ao peso. Ex.: indústrias de construção naval, de produção de material
ferroviário, de produção de cimento, etc. No segundo, são as indústrias cujo produto
final é de grande valor em relação ao peso. Ex.: Fábrica de calcado, televisores,
mobiliário, etc.

Bibliografia
MANSO, Francisco Jorge; VICTOR, Ringo. Geografia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª
Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

Escola secundá ria Joaquim Chissano


Tema: factores da localizacao de industrias

- Classificacao das industrias

Disciplina: Geografia

Turma: B06 Classse: 12ª

Nomes:

Carlos Zunguene Junior

Cândida

Isabel Soto

José Antonio

Luis Absalao Manhica

Manuel Antonio

Xai-Xai aos 4 de Junho de 2022

Introdução
Este trabalho tem como objectivo principal fazer ou dar entender todos os factores da
localização das indústrias, seja elas naturais, socioeconómicos, etc. Também dar entender
como são classificadas essas indústrias e todos os seus critérios.

Conclusão
Este trabalho foi mito importante pra nos pois serviu-nos de instrumento para saber tudo
cerca da classificação das industrias e também de muita coisa que nos não sabíamos como
por exemplo deu entender como estão localizadas as industrias com todos os factores e
muito mais.

Índice
Factores da localização das industrias:

Introdução……………………………………………………………………………….…………………………1

Factores físicos-naturais………………………………………………………………..……………………2

Factores socioeconómicos……………………………………………………………..…………………..5

Classificação das industrias…………………………….……………………………….…………………10

Conclusão………………………………………………………………………………………………………….13

Bibliografia…………………………………………………………………………………………….……………14

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