Livro Gestçao
Livro Gestçao
Livro Gestçao
GESTÃO DE PROCESSOS
E DA QUALIDADE
UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Prof.ª Bárbara Pricila Franz
Prof.ª Tathyane Lucas Simão
Prof. Ivan Tesck
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2017
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
658.562015195
N778f Nogueira, Reginaldo Alves
Fundamentos da gestão de processos e da qualidade / Reginaldo
Alves Nogueira; Reginaldo Otto Nau. Indaial : UNIASSELVI, 2017.
283 p. : il.
ISBN 978-85-69910-67-1
APRESENTAÇÃO...........................................................................01
CAPÍTULO 1
Introdução ao Estudo da Gestão de Processos....................09
CAPÍTULO 2
Aplicabilidade do Gerenciamento de Processos....................53
CAPÍTULO 3
Ferramentas e Técnicas para Mapeamento e Modelagem
de Processos................................................................................81
CAPÍTULO 4
Melhorias e Gerenciamento de Processos............................135
CAPÍTULO 5
Conceitos e Terminologias da Qualidade...............................197
CAPÍTULO 6
Visão Sistêmica e Abordagem de Processos..........................221
CAPÍTULO 7
Sistema de Gestão da Qualidade..............................................243
CAPÍTULO 8
Programa 5S...............................................................................263
APRESENTAÇÃO
Caro(a) pós-graduando(a)!
Novos desafios nos são propostos a cada fase da vida. Isso acontece porque
o mundo ao nosso redor mudou e essa mudança ocorre numa velocidade cada
vez maior nos dias atuais, causando uma série de transformações nas empresas
existentes, e elas precisam se adequar a essas mudanças, para serem capazes
de responder com maior eficácia, velocidade e flexibilidade.
Bons Estudos!
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
ConteXtualiZação
Neste capítulo, abordaremos os principais conceitos relacionados à gestão de
processos, apresentando a temática da gerência de processos, sua finalidade e di-
mensão, bem como a contextualização e os aspectos da evolução histórica. Iden-
tificaremos ainda as funções e as características relevantes presentes em uma or-
ganização. E, ao final, trataremos da importância de uma organização desenvolver
uma visão sistêmica - transversal.
Vamos lá!?
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Vejamos isso de forma mais detalhada, usando dois dos exemplos anteriores:
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Pieritz Netto (2010) afirma que a gestão está intrinsecamente ligada ao ser
humano, e que desde os tempos mais remotos, as pessoas sentiram necessidade
de gerir toda e qualquer atividade, seja no processo de caça, para cercar um
animal, seja nos seus afazeres de agricultura e cultivo. Afirma ainda que o
processo de gestão teve seu momento de decolagem com a Revolução Industrial,
encaminhando-o a níveis mais ousados e elevados para seu crescimento e
alcance nas recém-criadas organizações.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
Processo:
1) Método, sistema, modo de fazer uma coisa.
2) Conjunto de manipulações para obter um resultado.
3) O conjunto dos papéis relativos a um negócio.
4) Conjunto dos autos e mais documentos escritos numa
causa civil ou criminal.
5) Processamento.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
A palavra processo
tem origem no A palavra processo tem origem no latim procedere (e processus -
latim procedere (e
processus - derivado), derivado), significando: “método, sistema, maneira de agir ou conjunto
significando: “método, de medidas tomadas para atingir algum objetivo. Relativamente à sua
sistema, maneira de
agir ou conjunto de etimologia, processo é uma palavra relacionada a percurso, e significa
medidas tomadas avançar ou caminhar para a frente.
para atingir algum
objetivo.
“Sem gestão não há solução”, ABNT NBR ISO 37001:2017.Disponível em: <http://www.
abnt.org.br/images/boletim/Boletim__mar_abr_2017.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2017.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Processo está
relacionado ao
conjunto de Na concepção do BPM CBOK®, o processo está relacionado
atividades ou ao conjunto de atividades ou comportamentos desenvolvidos por
comportamentos
desenvolvidos por humanos ou sistemas em prol de resultados.
humanos ou sistemas
em prol de resultados Processo é um conjunto de atividades interdependentes,
ordenadas no tempo e espaço de forma encadeada, que ocor-
rem como resposta a eventos e que possui um objetivo, início,
fim, entradas e saídas bem definidos. Essas atividades são
geralmente interfuncionais ou interorganizacionais, que tra-
balham juntas para criar um produto ou serviço final. Atividades
são apresentadas no contexto da sua relação entre si para pro-
porcionar uma visão da sequência e do fluxo. Isso inclui um
conjunto definido de atividades ou comportamentos realizados
por humanos, sistemas ou uma combinação dos dois e têm
um ou mais resultados que podem levar ao fim do processo ou
uma entrega (handoff) a outro processo (BPM CBOK, 2013, p.
444, grifo nosso).
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
Unidades de desempenho
compostas por, pelo • Círculos de controle de qualidade: são
menos, três indivíduos. grupos de pessoas que buscam formas de
As atividades que desempenham aumentar a eficiência e a eficácia de seus
são complementares. processos de trabalho pelo alcance da maior
Possuem e identificam um produtividade e da melhoria de sua qualidade.
objetivo específico que é • Equipes de melhoria: são equipes de
comum a todos os membros. resolução de problemas constituídas para
Mantêm relações de lidar temporariamente com questões que
interação e interdependência cruzam funções ou linhas de autoridade
dinâmicas e complexas. e têm sua vida restrita a uma tarefa.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
EVolução HistÓrica
Vamos viajar um pouco no tempo? A história nos relata que os processos
de manufatura tiveram sua origem na Inglaterra entre o período de 1765 a 1815,
com a Revolução Industrial, e está ligada ao resultado do surgimento
de novas tecnologias associadas às habilidades dos artesãos daquela A princípio, a
produção de bens
época. A princípio, a produção de bens manufaturados surgiu do manufaturados
artesanato produzido pelos artesãos na Era Medieval europeia, como surgiu do artesanato
produzido pelos
sapatos, utensílios e carroças. Eram os grandes empresários da artesãos na Era
época, pois eram “os donos do negócio” - detinham tanto o poder de Medieval europeia,
projeto, como o de compra, venda e confecção dos produtos de toda a como sapatos,
utensílios e carroças.
produção. Nesse contexto, com ideias eminentemente centralizadoras,
o artesanato permaneceu inalterado como a principal forma de produção até o
advento da Revolução Industrial e tinha como características fundamentais:
mão de obra qualificada, baixo volume de produção e qualidade variável.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
A administração
1890 – Administração toma o poder
“One Best Way” Eficiência
1920 científica do encarregado
sobre a produção
Os anos
1920 – Curva de Automatização
dourados da Volume
1960 aprendizado da mão de obra
manufatura
Declínio da
Técnicas
manufatura Automatização
numéricas e
americana Automação e da mão de
computacionais
Base Eletrônica obra indireta
1960 –
versus
1990 Entrada
dos novos Qualidade e
Os modelos
competidores variedade Descentralizações
simplificados e
no cenário das decisões
descentralizados
internacional
Fábrica focalizada;
trabalhos em
equipes
Um tipo de Qualidade,
1990 em Manufatura
produção para Variedade e Lançamento de
diante como arma
cada estratégia Velocidade novos produtos
competitiva
de negócio
Customização
em massa
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
<https://www.youtube.com/watch?v=aU0E4FSAqw4>.
<https://www.youtube.com/watch?v=TtDgBoky3fo>.
<https://www.youtube.com/watch?v=meSQG
6bNvOM&spfreload=1>.
<https://www.youtube.com/watch?v=G7k9hX_KEPw>.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Certos autores comentam ainda que alguns desses itens ainda encontram
muita dificuldade para serem implementados, em razão da especialização, de
deslocamento do modelo mental dos gestores e do domínio sobre as inovações
tecnológicas necessárias à execução das inovações de melhoria de processos.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
Podemos dizer que há autores que têm nas figuras de Hammer e Champy
(1994) como os responsáveis pelo início do movimento de melhoria de processos,
baseada numa mudança radical no processo ao longo da organização, conquistando
com isso algumas melhorias no desempenho. Eles descrevem como “o repensar
fundamental e o redesenhar radical de processos de negócio para alcançar
melhorias dramáticas em medições-chave e contemporâneas de desempenho, tais
como custo, qualidade, serviço e velocidade” (FERREIRA, 2013, p. 54).
Atualmente, temos uma nova visão de gestão por processo de Atualmente, temos
negócio, conhecida como BPM (Business Process Management) uma nova visão
de gestão por
e tem foco no processo global. Essa visão está relacionada aos processo de negócio,
conceitos de Gestão, Tecnologia e Técnica, os quais estão sendo conhecida como BPM
(Business Process
implementados internacionalmente, por meio de associações nos Management) e tem
diversos países, do qual o Brasil já faz parte. Veremos mais detalhes foco no processo
desta abordagem nos Capítulos 3 e 4. global.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
• Divisão do trabalho.
• Responsabilização.
• Estruturas horizontalizadas.
• Compartimentação (silos).
• Tomada de decisão compartilhada.
• Subotimização do todo.
• Visão integrada dos processos
• Impede o contato interdepartamental
(ultrapassam os limites das
e interfuncional.
unidades funcionais).
• Gestão lenta e pesada (não consegue
• Agrupamento de atividades.
acompanhar o novo ritmo tecnológico e
• Redução de fluxos (eficiência).
gerencial).
• Relações de alianças, parcerias,
• Estruturas verticalizadas.
participação e acordos.
• Estruturas gerenciais e processos de
• Baseada em objetivos, políticas
trabalho desenhados há décadas.
e estratégias comuns.
• Esforços centrados para tarefas,
• Trabalho em equipe.
pessoas ou estruturas.
• Solução de conflitos pela negociação
ou eliminação das causas.
• Foco em resultados.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
CARACTERÍSTICAS
GESTÃO FUNCIONAL GESTÃO POR PROCESSOS
ANALISADAS
Times de processos
Alocação de Agrupados junto a seus
envolvendo diferentes
pessoas pares em áreas funcionais
perfis e habilidades
Fortalece a individualidade
Autonomia Tarefas executadas sob rígida
dando autoridade para
operacional supervisão hierárquica
a tomada de decisões
Avaliação de Centrada no desempenho Centrada no resultado dos
desempenho funcional do indivíduo processos de negócios
Forte supervisão de níveis Fundamentada na
Cadeia de comando
hierárquicos superpostos negociação e colaboração
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
O que podemos entender é que cada organização tem a sua estratégia, pela
qual traduzirá sua missão, visão e valor. Isso será a essência de sua existência, e
geralmente difere do status quo das outras.
Outra constatação após tudo isso é que, apesar de todos os avanços que temos
visto ou ouvido, não são todas as empresas que estão preparadas para encarar uma
gestão por processos. É uma decisão muito particular de cada uma, e que exige uma
análise cuidadosa da real situação e caracterização de cada organização.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Nos dias atuais, podemos dizer que o termo estratégia ganhou evidência
a partir da década de 1960, com a introdução de ferramentas de medição
de desempenho. A estratégia descreve os caminhos a serem trilhados pelas
organizações, com seus objetivos básicos de longo prazo e as ações a serem
implementadas, visando ao atingimento de suas metas e objetivos. "Essa
definição demanda um alinhamento organizacional, principalmente entre
estratégia e estrutura, mas já indica que a estratégia e os processos também
devem estar alinhados entre si" (PAIM et al., 2009, p. 54). Isso levou a uma
mudança de comportamento, pois as organizações começaram a ser vistas como
um conjunto integrado de elementos. Surgem também ferramentas que unem
estratégia e processos. O ponto crucial da estratégia é a tarefa de alinhar os
trabalhos gerenciais e operacionais numa única vertente nas ações e decisões
para que se alcance o fim pretendido.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
Não esqueça! É
Não esqueça! É importantíssimo que os processos sempre importantíssimo
estejam inter-relacionados à estratégia da organização. que os processos
sempre estejam
inter-relacionados
Assim, torna-se fundamental que cada organização conheça à estratégia da
ou comece a conhecer bem seus próprios processos, para poder organização.
dar prioridade e prosseguimento a eles, concentrar os esforços
em seus usuários diretos e indiretos, e decidir estrategicamente qual estrutura
organizacional é apropriada para atingir os objetivos propostos e lograr resultados
exponenciais.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividade de Estudos:
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
Esse entendimento nos leva a pensar nos processos transversais com mais
concretude. "Embora alguns processos sejam inteiramente realizados dentro de
uma unidade funcional, a maioria dos processos importantes das empresas [...]
atravessa as fronteiras das áreas funcionais. Por isso mesmo, são conhecidos
como processos transversais" (GUERRINI, 2014, p. 49).
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
CompleXidade de Atributos do
Processo
Paim et al. (2009, p. 105) analisam a complexidade de atributo do processo
e comentam que:
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
47
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Para Paim et al. (2009), o modelo funcional não sabe o que é ou para que
serve o processo transversal, apesar da unidade organizacional ficar dentro de
um contexto transversal.
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Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
Assim, mesmo que uma organização não tenha uma gestão ampla de seus
processos, item indispensável para resultados efetivos, a tendência da atualidade
está em observar, aplicar e desenvolver a inter-relação entre variados tipos de
processos organizacionais em uma cultura de negócio muito mais dinâmica e
sistêmica - transversal.
Atividade de Estudos:
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Algumas ConsideraçÕes
Ao longo deste capítulo, trabalhamos vários conceitos de processos e suas
múltiplas facetas, bem como sua importância como instrumentos técnicos para
uma organização. A relevância em saber e compreender as principais definições
e características da temática gestão de processos e gestão por processos se
mostra no cotidiano tanto da vida privada quanto da vida em comunidade - somos
compelidos a gerenciar processos. Vimos também a questão do conhecimento e
aplicabilidade da visão sistêmica/transversal com relação à gestão de processos
nas organizações. Vivemos em um ambiente em que todos os componentes que
nos cercam estão conectados uns aos outros. De posse desses conhecimentos,
podemos partir para voos mais altos!
ReFerências
ABNT. NBR ISO 9001:2015. Sistemas de gestão da qualidade: requisitos. 3.
ed. Rio de Janeiro. Disponível em: <http://www.logfacilba.com.br/iso/iso2015_
versao_completa.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2017.
50
Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA GESTÃO DE PROCESSOS
51
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
WOLF, C.; HARMON, P. The state of the business process management (bpm).
BPtrends Report, p. 1–63, 2012. Disponível em: <http://www.trendes.com>.
Acesso em: 20 abr. 2017.
52
C APÍTULO 2
Aplicabilidade do Gerenciamento de
Processos
ProF. Reginaldo AlVes Nogueira.
54
Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
ConteXtualiZação
Neste capítulo veremos assuntos referentes aos Componentes de Processo,
descrevendo suas características funcionais, até chegar a sua menor parcela.
Também abordaremos a questão dos Registros de Processos, que nos fazem
ver claramente sua importância para a organização (tanto para sua história como
para solução de problemas referentes à comprovação de ações e procedimentos),
seus desdobramentos menores visuais. Prosseguindo, trataremos também da
Classificação de Processos, enfatizando os Processos Críticos de Negócios,
haja vista que seu desempenho compromete a imagem e a atuação eficaz da
organização. E, por último, veremos as Relações Cliente versus Fornecedor.
Boa leitura!
Componentes de Processo
Olá! Agora vamos começar nossa caminhada rumo ao entendimento de
conceitos dos principais componentes de um processo. Já vimos no capítulo an-
terior várias definições de um processo. Veremos a partir deste momento seus
componentes (ou elementos), e identificaremos as subdivisões genéricas de um
processo como: a atividade, a tarefa, o evento.
Para você visualizar e entender melhor, veja a seguir uma estrutura detal-
hada. Uma estrutura genérica de um processo pode possuir os seguintes compo-
nentes (ou elementos):
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Registro de Processos
A partir da identificação das estruturas mais comuns de um processo,
passemos à fase de fazer o registro dele, que em analogia ao que acontece na
vida das pessoas, há o registro dos eventos mais significativos de cada um -
registro do nascimento, do casamento, da compra e venda de um imóvel/bem etc.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Atividades de Estudos:
a) Processo Crítico.
b) Estruturas.
c) Registro.
d) Atividade.
e) Elementos.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
ClassiFicação de Processos
Então, alguém pergunta:
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Fonte: Adaptado de Maranhão e Macieira (2004 apud MARSHALL JUNIOR et al., 2012).
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
NÍVeis do Processo
Maranhão e Macieira (2010, p. 18) afirmam que "os processos não possuem
fronteiras perfeitamente definidas; tanto os limites quanto o fracionamento de
processos em outros é uma decisão discricionária, de acordo com as finalidades
da respectiva modelagem de processos".
• Macroprocessos;
Processos;
Subprocessos.
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Tipos do Processo
Como todo substantivo da língua portuguesa, o processo também
exige suas nomenclaturas, que tipificam as suas categorias. Através desta
categorização, é possível determinar inúmeros procedimentos relacionados
que poderão ser implementados em cada tipo de processo na organização,
conforme Paim et al. (2009).
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Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
67
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
<https://www.youtube.com/watch?v=_JLSZw4Nsqs>.
<https://www.youtube.com/watch?v=hepIiFKG54Q>.
<https://www.youtube.com/watch?v=GWET5PUn7BQ>.
68
Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
69
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
a) Processos Críticos
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Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
→ Processos Principais
do Negócio
Outras Nomenclaturas
71
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Planejamento
Fixação de metas
Vendas estratégico
Avaliação do
Desenvolvimento Orçamento
resultado da
Exemplos
de produtos Empresarial
empresa
Distribuição Recrutamento
Gestão de
Cobrança e seleção
interfaces
Atendimento de pedidos Compras
Alocação de
Atendimento de garantia Treinamento
recursos
operacional
Processos Primários Processos de Suporte
Para Ricardi (2014), elas procuram saber quais são seus processos críticos.
E tentam aplicar uma metodologia sistemática que objetive melhorias naqueles
seus processos que têm muita relevância e aqueles de baixo impacto para o
alcance de seus resultados almejados. "Nas organizações que aplicam esse
conceito [...] os processos não têm um valor em sim mesmos, mas buscam, em
seu conjunto, atingir as melhorias para o sistema todo" (RICARDI, 2014, p. 88).
Então, surge a pergunta: o que são esses processos críticos? Vamos tentar
elucidar mais essa questão a seguir!
72
Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
No que se refere aos processos principais (ou críticos), ressalto Processos principais
(ou críticos), ressalto
que são eles que dão o tom de sucesso ou fracasso a qualquer unidade que são eles que
organizacional - depende de como são desenvolvidas suas operações e dão o tom de
atividades para o alcance dos objetivos. sucesso ou fracasso
a qualquer unidade
organizacional -
depende de como
são desenvolvidas
suas operações e
atividades para o
alcance dos objetivos.
73
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
74
Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Silva (2015) nos confirma que nas organizações isso também acontece
semelhantemente ao que ocorre na vida de cada um - tudo é resolvido por meio
de processos produtivos, e o resultado é entregue a um cliente, que pode entregar
esse mesmo produto a um terceiro e assim sucessivamente. Observe a figura:
75
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
76
Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Aqui vale a pena dizer que existem os Fundamentos da Excelência, que orientam
os processos pela busca da eficiência e eficácia em seu desenvolvimento operacional,
acresce valor aos olhos dos clientes e de todas as partes que têm interesse nele.
77
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
E caso queira aprofundar esta temática que vimos até aqui, basta consultar
nosso referencial teórico a seguir e bons estudos! No próximo capítulo, vamos
estudar um assunto muito importante para uma organização que prima pela
excelência: ferramentas e técnicas para mapeamento e modelagem de processos.
Até o próximo capítulo!
78
Capítulo 2 APLICABILIDADE DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Atividades de Estudos:
Algumas ConsideraçÕes
Ao finalizar esse capítulo, relembramos que a gestão de processos é
apontada para dar suporte ao gerenciamento que busca os resultados mais
promissores. E este fato tem sido a base para que as organizações o adotem
mais frequentemente - visam a melhorias através de metodologias eficazes,
aprimoramento contínuo dos seus processos, tendo como base as estratégias
e capacidades da organização em identificar de forma plena seus processos
principais do negócio.
79
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
ReFerências
BALDAM, R.; VALLE, R.; ROZENFELD, H. Gerenciamento de processos de negócio
– BPM: uma referência para implantação prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
PAIM, R. et al. Gestão de processos: pensar, agir e aprender. Porto Alegre: Bookman, 2009.
80
C APÍTULO 3
Ferramentas e Técnicas para
MapeamentoeModelagemdeProcessos
ProF. Reginaldo AlVes Nogueira.
82
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
ConteXtualiZação
Mais uma etapa vencida, prosseguimos nos estudos sobre os processos
nas organizações. E agora, nesse terceiro capítulo, vamos estudar as principais
ferramentas e técnicas de mapeamento e modelagem de processos consagrados
no mercado.
Bons estudos!!
FluXogramas
Fluxogramas!! Creio que pelo menos uma pequena ideia do que seja isso
você tem em mente, ou talvez já tenha ouvido alguém falar... E não se preocupe!!
Vai ser muito fácil e interessante conhecer um pouco sobre essas valiosas
ferramentas e técnicas. Let’s go!!
83
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
“Existem vários
tipos de gráficos, Segundo Cury (2016, p. 340), “existem vários tipos de gráficos,
mas o gráfico de mas o gráfico de processamento, por excelência, para trabalhos de
processamento, por análise administrativa, é o fluxograma, um gráfico universal, que
excelência, para
trabalhos de análise representa o fluxo ou a sequência normal de qualquer trabalho,
administrativa, é produto ou documento”.
o fluxograma, um
gráfico universal,
que representa o Um resumo sintético do que é um fluxograma, para maiores
fluxo ou a sequência esclarecimentos, nos é dado no Quadro 11.
normal de qualquer
trabalho, produto ou
documento”.
Quadro 11 - Visão geral de um Fluxograma
Visão geral: Fluxogramas têm sido utilizados por décadas e são baseados em um
conjunto simples de símbolos para operações, decisões e outros elementos de
processo. A notação para o mapeamento de fluxo mais comum foi aprovada como
um padrão ANSI em 1970 para representar fluxos de sistemas. Outras notações
de fluxogramas têm sido utilizadas por engenheiros industriais específicos. São
usados para descrever o fluxo de materiais, papéis e trabalho ou a colocação
de máquinas, análise de saídas e entradas em centros de expedição.
Tipos de símbolos Principais características
• Símbolos de início e fim representados por Usado com ou sem raias.
retângulos arredondados geralmente contendo a Muitas variações para
palavra "início" ou "fim", ou outra frase sinalizando diferentes propósitos.
o começo ou término de um processo, como Conjunto central simples
"submeter consulta" ou "receber produto". de símbolos.
• Setas provenientes de um símbolo e Precursor de notações
terminando em outro, indicando que o controle modernas.
passa de um símbolo para o próximo.
• Passos de processamento Quando usar
representados como retângulos. • Para capturar rapidamente
• Entradas e saídas representadas
um fluxo de processo para
por paralelogramos.
compartilhar, onde os detalhes
• Condição ou decisão representada como losango,
não exigem documentação.
geralmente contendo teste de sim/não ou
verdadeiro/falso. Esse símbolo é único, na medida • Para começar um projeto
em que possui duas setas saindo, geralmente a de modelagem em que não
partir da extremidade inferior e extremidade direita, haja financiamento disponível
uma correspondente a sim ou verdadeiro e uma para ferramentas com
correspondente a não ou falso. As setas devem ser recursos mais completos.
rotuladas. Mais de duas setas podem ser utilizadas, • Para desenvolver
mas é normalmente um indicativo claro de que uma diagramas detalhados
decisão complexa está para ser tomada, caso que para uso em codificação
pode necessitar ser mais detalhado ou substituído tradicional de sistemas.
por um símbolo de "processo predefinido".
84
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
Vantagens Desvantagens
Bem entendido por engenheiros Apesar da influência dos
de software e de sistemas. padrões ANSI, existem
Em alto nível, ajuda a criar consenso. muitas variações.
Adequado para ilustrações Pode ser impreciso
de "caminhos felizes". quando usado para
Aprendizado rápido. descrever processos
Suportado por ferramentas de baixo complexos de negócio.
custo, incluindo ferramentas gráficas Objetos não têm um conjunto
de uso geral e de visualização. de atributos descritivos.
Modelos construídos são
"planos", exigindo o uso de
símbolos de conexão para
mostrar onde segmentos
de processo continuam.
85
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
86
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
87
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
88
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
Nos dias atuais, para aquelas organizações que ainda convivem com uma
constante cobrança em meio à concorrência acirrada pela necessidade de processos
bem definidos, os fluxogramas são uma importante ferramenta de gestão para
apaziguar estas intempéries e melhorar o entendimento do processo, os registros, a
comunicação e, consequentemente, dar maior know-how para o gerenciamento.
89
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Comunicação.
Coleta de dados.
Fluxogramação.
Análise do Fluxograma.
Relatório da análise.
Apresentação do trabalho. (CURY, 2016, p. 341-343).
90
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
91
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
92
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
93
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
d) Elaboração de fluxograma
94
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
95
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Ressalto que para realizar uma modelagem mais avançada é necessário que
a organização tenha um nível maior de maturidade em gestão de processos, pois
quando aumenta o nível de complexidade dos símbolos pode haver dificuldades
no entendimento por parte de alguns usuários e ocasionar certos entraves durante
o desenvolvimento da modelagem. Para evitar estes transtornos é aconselhável
adaptar a notação BPM, utilizando uma simbologia mais básica e posteriormente
ir aplicando outras mais avançadas conforme o nível de aprendizagem for se
consolidando. Simples ou complexa, a ferramenta fluxograma se adapta a
qualquer organização.
Atividade de Estudos:
a) Processo Crítico
b) Software
c) Registro
d) Organização
e) Fluxograma
96
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
MatriZes
De forma semelhante a fluxogramas, as matrizes são ferramentas que
auxiliam na compreensão de sequência das atividades de uma unidade
organizacional. Há inúmeras matrizes. Veremos alguns exemplos das mais
aplicadas à gestão de processos, a seguir.
a) Matriz SIPOC
MATRIZ SIPOC
Componentes Características dos componentes
Suplliers Fornecedores Aqueles que fornecem as entradas.
O que entra no processo para ser processado
Inputs Entradas/Insumos
como: documentos, materiais etc.
A atividade de transformação que, aplicada
Process Processos
a uma entrada, vai gerar uma saída.
Outputs Saídas/Resultados Resultado de um processo de transformação.
97
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Esse quadro nos permite ter uma noção de como a matriz é formada, com
visualização global do processo dos seus respectivos campos (FNQ, 2017).
A grande vantagem
da matriz SIPOC A grande vantagem da matriz SIPOC é a visão que ela proporciona
é a visão que ela à organização de estar atenta aos desejos de seus clientes.
proporciona à
organização de estar
atenta aos desejos
de seus clientes. • Modelo SIPOC Simplificado
98
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
A matriz SIPOC dá
A matriz SIPOC dá o suporte para o desenvolvimento de melhorias. o suporte para o
desenvolvimento de
melhorias.
99
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
b) Matriz G.U.T
Matriz G.U.T.
100
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
O quadro a seguir pode ser útil como parâmetro para a atribuição dos pontos
(BRASIL, 2013, p. 49).
MATRIZ GUT
G U T
101
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
102
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
Os exemplos vistos até aqui sobre essa matriz não são taxativos, mas
apenas para termos noção do uso dessa ferramenta. Seu ambiente diário é uma
planilha eletrônica, e pode ser criada a critério do usuário.
c) Matriz S.W.O.T.
103
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
104
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
De acordo com Ricardi (2014), essa matriz é uma lista onde se visualizam os
aspectos internos e externos, os favoráveis e os desfavoráveis, da organização. O
quadro seguinte orienta esse entendimento.
105
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Essas forças podem ser entendidas como recursos, pois são fontes de
informações para a organização, no sentido de apontar possíveis riscos à sua
continuidade como organização (RICARDI, 2014).
106
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
Quando a organização consegue ter uma boa análise de seus pontos fortes
e pontos fracos (análise interna) e de suas oportunidades e ameaças (análise
externa), ela terá maiores condições de se posicionar mais estrategicamente para
que continue existindo de forma satisfatória no mundo das organizações.
Atividades de Estudos:
a) Matriz SIPOC.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
b) Matriz GUT.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
c) Matriz SWOT.
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
107
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
GráFicos
Os gráficos são representações de dados ou valores números em linhas e se
destinam à visualização de procedimentos de atividades.
a) Aplicações e benefícios
108
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
109
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
b) Gráfico de Pareto
Pareto verificou De forma mais clara, Pareto verificou que são poucos os fatores
que são poucos
os fatores que que frequentemente são responsáveis por uma grande parcela dos
frequentemente são problemas (por exemplo, 80% da riqueza de um país está nas mãos
responsáveis por
uma grande parcela de 20% de seus cidadãos - regra 80/20, e ela pode ser vista em muitas
dos problemas outras circunstâncias).
Que: 80% das causas triviais são responsáveis por cerca de 20% dos
resultados mais relevantes.
110
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
E que: 20% de causas essenciais são responsáveis por 80% dos resul-
tados mais relevantes.
1º Exemplo:
111
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
2º Exemplo:
3º Exemplo:
112
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
4º Exemplo:
113
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
114
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
115
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
116
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
117
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Venki (2016) ressalta que “nas palavras dos próprios professores Robert
Kaplan e David Norton”:
118
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
Atividades de Estudos:
119
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
120
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
O BPMN é uma ferramenta que foi criada pelo Business Process Management
Initiative (BPMI) e sua versão 1.0 foi disponibilizada em 2004.
→ BPM: Business
→ BPM: Business Process Management - Gerenciamento de Process
Management -
Processos de Negócios. Gerenciamento
de Processos de
Negócios.
→ BPMN: Business Process Model And Notation - Modelo de
Processo de Negócios e Notação. → BPMN: Business
Process Model
And Notation
A Notação para Modelagem de Processos de Negócios - BPMN - Modelo de
- está se convertendo em um modelo-padrão destinado a definir Processo de
softwares/sistemas integrados que atendam ao conceito de Business Negócios e
Notação.
Process Management.
121
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
122
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
a) Elementos do BPMN
124
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
125
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
126
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
127
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
<http://www.venki.com.br/blog/mapeamento-de-processos-e-
fluxograma/>.
<http://www.venki.com.br/blog/como-fazer-mapeamento-
processos-lean/>.
<http://www.venki.com.br/blog/exemplo-de-mapeamento-
de-processo-de-uma-empresa/>.
128
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
129
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
d) Aplicação de modelos
Organização (estruturação).
Descoberta (aprendizagem).
Previsão (estimativas).
Medição (quantificação).
Explicação (ensino, demonstração).
Verificação (validação).
Controle - restrições, objetivos. (BPM CBOK (2013, p. 72).
130
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
Atividade de Estudos:
a) ( ) BPI.
b) ( ) BPS.
c) ( ) BPMN.
d) ( ) BPM.
e) ( ) ABPMP.
131
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Algumas ConsideraçÕes
Os dias atuais são velozes. Com isso, as organizações precisam responder
de forma célere em seus processos produtivos e manter visão estratégica do
negócio parametrizada com o mercado global, se quiserem continuar sobrevivendo
e existindo. Isso faz com que a necessidade de instrumentos de análise de seus
processos aumente consideravelmente e que tal questão seja resolvida com
aqueles mais precisos e mais dinâmicos.
ReFerências
ABPMP BPM CBOK™, V3.0. Guia para o Gerenciamento de Processos de
Negócio Corpo Comum de Conhecimento. 1ª ed. em português, Brasil, 2013.
132
Capítulo 3 FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA MAPEAMENTO E MODELAGEM DE PROCESSOS
CURY, A. Organização & Métodos: uma visão holística. 9ª ed. – S.P: Atlas,
2016.
133
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
134
C APÍTULO 4
MelhoriaseGerenciamentodeProcessos
ProF. Reginaldo AlVes Nogueira.
136
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
ConteXtualiZação
A globalização, fenômeno que fez girar o mundo das organizações numa
velocidade vertiginosa, como nunca antes, forjou uma nova postura para as empresas.
Uma realidade que precisa ser tratada com as novas ferramentas disponíveis para
quem deseja continuar sua existência no mundo corporativo atualmente.
137
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Como tudo o mais na vida, para que haja um bom rendimento ou retorno de
qualquer coisa - evento/período -, se faz necessário o uso de parâmetros.
138
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
b) A conformidade
139
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Esses dois critérios (PNQ e ISO) utilizam os conceitos de qualidade como sua
base de sustentação. Sabemos que o termo qualidade é amplo e diversificado, e
por isso se faz necessária uma breve definição para podermos prosseguir em
nossos estudos.
A conformidade está
A conformidade está relacionada ao tipo de modelo de qualidade
relacionada ao tipo de
modelo de qualidade existente em relação aos seus requisitos. Não se preocupe, vamos
existente em relação entender melhor!
aos seus requisitos.
140
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
141
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
c) Referencial de conformidade
142
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
143
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
144
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
145
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Deste modo, vemos que a FNQ tem contribuído e muito para o aprimoramento
constante das empresas, pelo fato de atuar próxima às organizações que querem
manter-se atualizadas e sustentáveis no mercado com um padrão internacional
de qualidade. Tem se consolidado em centro de estudos, debates, e também
na geração e disseminação de conhecimentos com foco em gestão. E, a cada
dia, a FNQ reafirma esta missão de agente propulsor do desenvolvimento das
organizações e consequentemente da nação.
146
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Já foi mencionado antes, mas volto a repetir que todo processo existe para
uma finalidade ou tenta alcançar um resultado. Ele é formatado para chegar a um
objetivo! E esse intento, para ser eficiente e eficaz, depende da qualidade de seus
processos. Se conduzidos adequadamente, os produtos ou serviços gerados
devem ser capazes de:
147
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
148
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
149
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
150
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
151
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
A Cadeia de Valor se
torna muito útil por
ser um instrumento A Cadeia de Valor se torna muito útil por ser um instrumento que
que reúne várias reúne várias características para demonstrar o que se torna importante
características para para que a organização atinja seus objetivos estratégicos. Uma visão
demonstrar o que se geral desse conceito é dada no quadro a seguir.
torna importante para
que a organização
atinja seus objetivos
estratégicos.
Quadro 34 - Visão geral de uma Cadeia de Valor
Visão geral: Cadeia de valor é utilizada para demonstrar um fluxo simples contínuo da esquerda
para direita dos processos que diretamente contribuem para produzir valor para os clientes. O
conceito de cadeia de valor foi introduzido por Michel Porter em seus trabalhos sobre estratégia
corporativa e é tipicamente aplicado à modelagem corporativa em nível de planejamento.
Principais características Quando usar
• Características variam de
acordo com a ferramenta.
• Algumas vezes implementado como Para criar uma decomposição
diagrama de cadeia de valor agregado. de processos que se relacionam
• Sobreposições podem ser diretamente com a agregação
adicionadas para representar de valor para o cliente.
executores, custos, tempo, sistemas Para visualizar níveis de processos.
ou grupos específicos de dados.
• Raias podem ser utilizadas
para aumentar a eficácia.
Vantagens Desvantagens
Fácil de ler e interpretar.
Baixa ambiguidade devido a Pontos de decisão não claros.
relacionamentos simples.
Pode ser incrementado com Utilidade diminui com aumento
entradas adicionais e identificação de complexidade requerendo uso
de saída, ou outras sobreposições, de notações mais detalhadas
tais como financeiras ou de para decomposição adicional.
envolvimento organizacional.
Fonte: Elaborado a partir de ABPMP (2013, p. 93-94).
152
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
153
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
a) A estruturação de processos
154
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Por ser formada Por ser formada por um conjunto de processos interligados, a
por um conjunto cadeia de valor acaba se portando como um sistema vivo e seus
de processos componentes são subjetivos (cultural e humanos: clientes) e objetivos
interligados, a cadeia
(processos). Ela tem a capacidade de retroalimentação por meio dos
de valor acaba se
portando como um feedbacks - retornos - dados pelos clientes e a sociedade em geral.
sistema vivo e seus Observe o sentido de ida e volta das setas na cor alaranjada.
componentes são
subjetivos (cultural e "As crenças e os valores da organização devem permear a
humanos: clientes) e execução de todas as atividades diretas e indiretas para que seja
objetivos (processos).
percebido o valor da organização por todas as partes interessadas em
Ela tem a capacidade
de retroalimentação cada atitude/comportamento" (FNQ, 2014, p. 15).
por meio dos 4, p. 15)
feedbacks - retornos - • Desdobramento da cadeia de valor
dados pelos clientes e
a sociedade em geral. Nesse ponto, após estruturar a Cadeia de valor, deve-se fazer um
detalhamento máximo dos processos que a integram, chegando até
o nível que for satisfatório para que sejam executadas suas rotinas por áreas. O
pressuposto desse desdobramento em níveis da cadeia de valor é a hierarquia de
processos.
156
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
157
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
“A avaliação de
maturidade permite • Avaliação da maturidade dos processos
apoiar a análise de
cenário interno no A avaliação dos processos tende a conhecer até que ponto suas
ciclo de revisão da práticas atuais têm atendido em conformidade às práticas de classe
estratégia. Com isso, mundial. “A avaliação de maturidade permite apoiar a análise de
é possível direcionar
cenário interno no ciclo de revisão da estratégia. Com isso, é possível
esforços e recursos
para alavancar direcionar esforços e recursos para alavancar processos com focos
processos com focos estratégicos com maior assertividade" (FNQ, 2014, p. 19). A figura
estratégicos com adiante mostra as etapas de uma avaliação da maturidade.
maior assertividade”
Após avaliação dos processos, uma das metodologias existentes e que pode
ser utilizada é a matriz de qualidade x maturidade (FNQ, 2014, p. 22).
158
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
159
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
− Processos críticos
160
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Nesse aspecto, podemos dizer que há uma conexão direta entre a criação de
valor e a excelência da organização, pois nisso há o envolvimento de processos
de trabalho. "O modelo de gestão propício à criação de valor deve ser orientado
para a obtenção da maior eficiência e eficácia das atividades internas focadas em
resultados" (FERREIRA, 2014, p. 23).
• Valor do Produto
161
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
O valor do produto tem mais a ver com aquilo que o cliente/consumidor está
disposto a desembolsar para sua satisfação do que necessariamente o valor que
a empresa gastou para obtê-lo.
162
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Atividades de Estudos:
163
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Reengenharia de Processos
Nessa parte, abordaremos outra metodologia criada para tratar a gestão de
processos: a reengenharia. Sua característica é a reformulação brusca e radical
nos processos das empresas que a adotam.
164
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
a) A revolução da produtividade
Era a promessa futurística que havia na cabeça dos mais ousados da área.
Os modelos existentes nas empresas nos anos imediatos à Segunda Guerra
Mundial eram considerados lentos e complexos demais.
165
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Por outro lado, segundo Paim (2009), também há algumas causas para o
insucesso da aplicação de Reengenharia:
166
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
167
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
c) Metodologia
168
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
169
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
O que podemos compreender é que urge ter cautela nas decisões que se
referem à implantação adequada da Reengenharia nas organizações.
Atividades de Estudos:
170
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
171
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Autocontrole e autodisciplina.
Interação com competências básicas da empresa.
Criatividade.
Capacidade de oferecer melhor solução de forma sistêmica aos anseios
do cliente.
A maior relevância são os resultados.
Trabalhar na diversidade.
Atuar na adversidade com equilíbrio.
Possuir humildade.
Possuir otimismo e pessimismo moderados.
Trabalhar com inteligência em empresas inteligentes.
Moderável ao esperar mudança de cultura.
Delegar evidenciando eficiência, eficácia e efetividade.
172
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
173
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Oracle BPM Suite, Bizagi BPM Suite, IBM Websphere Lombardi e TIBCO
ActiveMatrix BPM são algumas das empresas que atuam nessa área de
certificação profissional.
- Webinar: <https://www.youtube.com/watch?v=dYpaHLdeask>.
- CBPP:<http://www.abpmp-br.org/?option=com_content&view
=article&id=72&Itemid=148> e <http://abpmp-br.org/>.
- OCEB2: <http://www.omg.org/oceb-2/> e <http://www.omg.org/>.
- CBPMP: <http://www.bpminstitute.org/certification>.
- CPBPM: <https://www.villanovau.com/programs/certificates/
bpm-certificate/>.
174
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
175
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Agora observe a Figura 48. Ao contrário da Figura 47, ela nos dá exemplo
de uma estrutura por processos com alternativas para que o Escritório de
Processos atue mais contundentemente. Na primeira figura temos a separação
das atribuições de normatização e melhorias; a segunda, inversamente, nos dá a
ideia do escritório acumulando estas funções.
176
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
177
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
178
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
179
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Por conta dessa gama de envolvimento, essa área deve se preparar e ser
capaz de privilegiar processos, em pontos críticos, definir por meio de métodos
específicos, visando melhorias. A seguir, temos vislumbre das responsabilidades
de uma área de mapeamento e melhoria de processos:
180
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
De acordo com Oliveira (2013), uma vez que a área de gestão de processos
não realiza atividades operacionais, ela deve ser estruturada como uma unidade
organizacional de assessoria, pois é um agente facilitador para a otimização
dessas atividades.
e) Objetivos e ações
181
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
a) Gestor de processos:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
182
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
183
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
184
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
É necessário e
É possível compreender que o fator econômico-financeiro não é o
inteligente mensurar
principal ou o único fator a ser mensurado como parâmetro de sucesso os valores intangíveis
em uma organização; e também nunca deve ser medido isoladamente, de desempenho
pois seria comprimir o conhecimento econômico de valor em um grão gerados pelas
de areia ínfimo, e em seguida enviá-lo ao espaço. É necessário e pessoas ao lidarem
inteligente mensurar os valores intangíveis de desempenho gerados com um processo,
seja no campo
pelas pessoas ao lidarem com um processo, seja no campo decisório
decisório da gestão;
da gestão; na realização de um processo manual, físico - in loco; seja na realização de um
como cliente ou fornecedor e vice-versa, por exemplo. processo manual,
físico - in loco; seja
Agora iremos conhecer um pouco mais acerca desta temática, como cliente ou
principalmente quanto às categorias de medidas dos processos. fornecedor e vice-
versa, por exemplo.
Acompanhem e let’s go!
185
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
186
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
187
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
- <https://www.youtube.com/watch?v=_A02vKgE4NQ>.
- <https://www.youtube.com/watch?v=R9Y3R4tuKzc>.
188
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Uma forma prática para definição dos objetivos e métricas das perspectivas
está em responder algumas indagações. Pois existe certo nível hierárquico que
interliga os objetivos financeiros (onde a empresa almeja chegar), indo em direção
dos clientes e processos e em seguida ao aprendizado e crescimento, que objetiva
a perpetuação das conquistas a longo prazo da organização.
189
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Vale lembrar que todas estas etapas são mapeadas em relação às quatro
perspectivas para que o gestor tenha uma visão completa da organização e possa
controlar efetivamente. Na figura seguinte podemos visualizar uma amostra que
Kaplan e Norton (1997) desenvolveram quanto às perspectivas do BSC e suas
principais etapas, veja adiante:
190
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
Aumentar o número de
Processos Internos:
elogios em 15% e di- Análise estatística dos Redesenhar processo de
Ser referência em atendi-
minuir as reclamações no relatórios do SAC. atendimento.
mento.
SAC em 80%.
Aprendizado e Cresci-
mento: Número de certificados Iniciar processo de recruta-
Substituir 30% dos vend-
Ter uma força de vendas com adquiridos pela equipe. mento e seleção.
edores.
profissionais experientes.
Empresa de Cervejaria Artesanal
Objetivos Metas Indicadores Iniciativas
Desenvolver novas políti-
Financeira: Aumentar re- Aumentar em 10% a re- Demonstrativos finan-
cas de crédito para os
ceitas. ceita líquida. ceiros.
Perspectivas – Empresa 2
distribuidores.
Cliente: Aumentar o valor de Valor das notas fiscais
Melhorar o mix de produtos
Contar com um ticket médio cada compra em 15% de cada venda indi-
e criar combos de ofertas.
alto. em média. vidual.
Processos Internos: Transferir ao menos 30%
Implementar telemarketing
Oferecer diversas opções de das vendas para novos % de vendas por canal.
e implementar loja virtual.
canais de vendas. canais de vendas.
Aprendizado e Crescimento:
Treinar 100% da equipe Número de certificados Desenvolver parceria com
Contar com força de vendas
de vendas. adquiridos pela equipe. empresa de cursos on-line.
capacitada.
Empresa de E-commerce
Objetivos Metas Indicadores Iniciativas
Aumentar em 15% as
Financeira:
vendas líquidas e di- Demonstrativos finan- Negociar com fornece-
Aumentar vendas e diminuir
minuir em 10% o custo ceiros. dores.
custos.
operacional.
Perspectivas – Empresa 3
191
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
E para quem quer apreciar uma boa leitura e maior fixação desta
temática, veja estes artigos:
- <http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso_internacional/anais/6CCF/
82_17.pdf>.
- <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Ene
gep0707_1846.pdf>.
- <https://www.gestaoesociedade.org/gestaoesociedade/article/
viewFile/1342/884>.
Atividades de Estudos:
192
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
193
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Algumas ConsideraçÕes
A revolução tecnológica trouxe uma infinidade de alterações para dentro
das organizações. Fez com que se repensasse a práxis da empresa, caso ela
quisesse continuar sobrevivendo em meio a tanta competição do mundo moderno.
ReFerências
ABPMP BPM CBOK™, V3.0. Guia para o Gerenciamento de Processos de
Negócio Corpo
Comum de Conhecimento. 1. ed. em português, Brasil, 2013.
194
Capítulo 4 MELHORIAS E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
195
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
196
C APÍTULO 5
ConceitoseTerminologiasdaQualidade
ProF. Reginaldo Otto Nau.
198
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
ConteXtualiZação
Atualmente, as organizações mundiais têm focado suas ações na busca pela
competitividade e, com isso, têm se preocupado cada vez mais com a qualidade
dos produtos e serviços oferecidos no mercado tão concorrido.
Com base neste contexto, este primeiro capítulo objetiva fazer um resgate
histórico sobre a evolução do conceito da qualidade. Muito se ouve falar em
qualidade, mas poucas são as pessoas que conseguem defini-la. Assim, você
verá porque é tão difícil encontrar uma definição exata para o termo e quais são
os fatores que influenciaram para a evolução do conceito.
199
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
O que é qualidade?
200
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
Dentre os diversos
Dentre os diversos conceitos existentes, pode-se dizer que qualidade
conceitos existentes,
é a capacidade de atender durante todo o tempo às necessidades do pode-se dizer
cliente, em conformidade com as suas exigências. Este conceito é que qualidade é
baseado com foco no cliente. a capacidade de
atender durante
Definir qualidade é algo complexo. Todos dizem que sabem o que é todo o tempo às
necessidades
qualidade, mas, na maioria das vezes, este termo é baseado em situações
do cliente, em
de nosso cotidiano ou necessidade de aplicação de algo. conformidade com
as suas exigências.
Este conceito é
baseado com foco
no cliente.
201
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividade de Estudos:
CONCEITO EXEMPLO
Transcendental
Focada no produto
Focada no usuário
Focada na fabricação
Focada no valor
202
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
203
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Como podemos ver, a qualidade pode ter conceitos muito subjetivos, e estes
estão relacionados às percepções de cada indivíduo e os fatores que o afetam.
Podemos qualificar das mais diversas formas os serviços prestados por uma
empresa, objetos e produtos produzidos por outra, mas, de uma maneira geral, a
qualidade é sinônimo de “excelência”, naquilo que está se referindo.
Gurus da Qualidade
A produção de bens acompanha o homem desde a sua origem, como
quando o homem pré-histórico polia a pedra, a fim de transformá-la em um
utensílio mais eficaz.
204
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
205
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Considerado no Japão
Qualidade é a satisfação Deming.
o pai do controle
das necessidades do Desenvolvimento
da qualidade.
cliente, em primeiro lugar. do controle
Seu nome se tornou
estatístico do
o Prêmio Japonês
processo (CEP).
da Qualidade –
Deming Prize.
Natural da Romênia,
estudou nos EUA.
Colaborador da Qualidade é adequação
Revolução da ao uso. Qualidade é Os 10 pontos de
J.M. JURAN
206
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
Controle da
Qualidade por
toda a empresa
(Company
Graduou-se
Wide Quality
K. ISHIKAWA
Vale destacar que em 1951 Deming foi ao Japão para ajudar com o
recenseamento pós-guerra do país. A União de Cientistas e Engenheiros do Japão
(JUSE) ficou muito interessada nos métodos estatísticos de Deming. Naquele
momento, a reputação dos produtos japoneses era terrível. No espaço de quatro
anos, empregando os métodos de Deming, a indústria japonesa teve uma reviravolta
completa, e estava no caminho certo para produzir os excelentes produtos disponíveis
hoje em dia (CARVALHO; PALADINI, 2005 apud GILSA, 2011).
A qualidade não é
A qualidade não é mais um diferencial, é um pré-requisito, ou mais um diferencial,
seja, ou “você tem” ou você “não tem”. é um pré-requisito,
ou seja, ou “você
tem” ou você “não
tem”.
207
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
208
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
PrincÍpios da Qualidade
Para se manter no caminho correto da qualidade e alcançar um alto
desempenho a médio prazo, existem alguns princípios fundamentais que as
empresas podem seguir. São oito princípios da gestão da qualidade, que as
organizações devem adotar para proporcionar a melhoria contínua e proporcionar
uma melhor eficiência e eficácia em seus processos.
209
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Estes oito princípios da qualidade foram definidos para que, de uma maneira
geral, as empresas pratiquem e melhorem sua gestão. Também são essenciais
para a implantação de um sistema de gestão da qualidade.
ISO é uma ISO é uma sigla originária das palavras International Organization
sigla originária for Standardization, ou seja, Organização Internacional de
das palavras Normalização, organização não governamental, internacional, que
International
elabora normas. Estudaremos mais adiante sobre este assunto.
Organization for
Standardization, ou
seja, Organização a) Foco no cliente: organizações dependem de seus clientes e, portan-
Internacional de to, convém que entendam as necessidades atuais e futuras do cliente,
Normalização, atendam aos requisitos e procurem exceder as suas expectativas.
organização não
governamental, b) Liderança: líderes estabelecem a unidade de propósitos e o rumo
internacional, que da organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente
elabora normas.
interno no qual as pessoas possam estar totalmente envolvidas no
Estudaremos mais
adiante sobre este propósito de atingir os objetivos da organização.
assunto.
c) Envolvimento de pessoas de todos os níveis: pessoas são a es-
sência de uma organização e seu total envolvimento possibilita que
as suas habilidades sejam usadas para o benefício da organização.
210
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
211
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
GESTÃO DE QUALIDADE
212
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
213
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
214
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
O papel dos gestores das empresas é fazer com que as pessoas acreditem
que a qualidade é importante para a empresa e para elas próprias. As pessoas
precisam entender que qualidade não é responsabilidade de apenas algumas
pessoas. Mas, sim, que está na nossa forma de pensar e agir em todas as etapas
do processo. Atualmente, sem qualidade, a empresa estará “fora do jogo”, e as
pessoas também (CARVALHO; PALADINI, 2005).
215
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividade de Estudos:
CompreendendoasNecessidadesaGestão
da Qualidade
Qualquer administrador, proprietário ou gestor de uma empresa pode se
perguntar: Por que Gestão da Qualidade? Como vimos, a qualidade é uma das
principais estratégias competitivas para conseguir melhores resultados e obter um
posicionamento estratégico diferenciado perante o mercado.
216
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
Tendo em vista este exemplo criado pela Hewlett-Packard para modelar uma
visão para a qualidade, faça o mesmo exercício para a empresa onde você atua,
com as pessoas envolvidas em seu setor ou para toda a empresa, e analise os
resultados com seus colegas.
217
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Algumas ConsideraçÕes
Neste capítulo você pôde conhecer um pouco do conceito de qualidade e
como ela tem acompanhado e mudado ao longo dos anos, e se consolidado após
a Revolução Industrial.
Vimos que a qualidade pode ter conceitos muito subjetivos, e estes estão
relacionados às percepções de cada indivíduo e os fatores que o afetam. Podemos
qualificar das mais diversas formas os serviços prestados por uma empresa, objetos
e produtos produzidos por outra, mas, de uma maneira geral, a qualidade é sinônimo
de “excelência”, naquilo que está se referindo.
ReFerências
CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo
japonês). 8. ed. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004.
218
Capítulo 5 CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA QUALIDADE
219
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
220
C APÍTULO 6
VisãoSistêmicaeAbordagemdeProcessos
ProF. Reginaldo Otto Nau.
222
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
ConteXtualiZação
Caro acadêmico, no capítulo anterior compreendemos os princípios e conceitos
básicos da qualidade. Reconhecemos a contribuição dos gurus da qualidade e
tivemos uma visão do que é a Gestão da Qualidade.
No mundo das empresas, devemos ter informações cada vez mais precisas
com relação à qualidade, por fim, entenderemos como representar nossos
processos em números, apreendendo assim, o que são indicadores de desempenho
e a sua importância para a produtividade.
Vamos lá!
223
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
224
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
225
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividade de Estudos:
EFiciência e EFicácia
Uma das dúvidas mais frequentes na área dos negócios é a diferença entre
eficiência e eficácia. As definições são muito parecidas, de acordo com Peter
Drucker, o pai da Administração moderna, que define os termos da seguinte
forma: "a eficiência consiste em fazer certo as coisas: geralmente está ligada
ao nível operacional, como realizar as operações com menos recursos – menos
tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima etc.…”. "Já
a eficácia consiste em fazer as coisas certas: geralmente está relacionada ao
nível gerencial".
226
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
227
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Abordagem de Processos
Vimos que a produção de bens acompanha o homem desde a sua origem,
quando o homem pré-histórico polia a pedra, a fim de transformá-la em um
utensílio mais eficaz. Todos os mecanismos empregados para a transformação de
bens, ou seja, inputs em outputs, são chamados de processos.
Todos nós estamos acostumados com este termo, mas devido a sua utilização
generalizada, pode gerar problemas de interpretação devido à quantidade de
significados que ela possui. Aqui, apresentaremos algumas definições que nos
darão um melhor entendimento para este termo, que será direcionado para
operações de manufatura (produção de bens) ou para operações de serviços.
228
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
Fonte: O autor.
229
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
230
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
ProdutiVidade
Atualmente, o termo produtividade tem sido usado exaustivamente pelas
empresas, apesar de ser um termo bastante antigo. Segundo Martins e Laugeni
(2006), foi utilizado por Littre, em 1883, como sinônimo de capacidade para
produzir. No início do século XX, o termo assumiu outro significado, ou seja, a
relação entre o produzido (output) e os recursos empregados na produção (input).
Figura 55 – Produtividade
Fonte: O autor.
231
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Solução:
= 1,20 ou 120%
232
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
233
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Atividades de Estudos:
234
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
Medidas de Desempenho
Dois conceitos muito importantes, vistos anteriormente, quando se fala em
desempenho, é a eficiência e eficácia. Normalmente, os cálculos efetuados pelas
empresas têm como resultado a eficiência de um processo, embora o que se busca
constantemente é a eficácia nos processos das empresas.
235
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
236
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
Temos que ter ciência de que nada adianta ter diversos sistemas de medição
se não conseguirmos avaliar ou acompanhar, e ainda ter um equilíbrio entre o
que o cliente espera e as estratégias da empresa. As medidas de desempenho
devem levar em consideração alguns fatores primordiais, que se destacam como
sendo cinco objetivos de desempenho: qualidade, velocidade, confiabilidade,
flexibilidade e custo. Por exemplo, o custo de uma operação é derivado de muitos
fatores, que podem incluir a eficiência de compras da operação e a eficiência de
sua produção, produtividade de pessoal e assim por diante (SLACK, CHAMBERS
E JOHNSTON, 2009).
Fonte: O autor.
237
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
238
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
Para entender melhor este assunto e finalizar este capítulo, leia o artigo a
seguir: “O que é Lean?”
Bons estudos!
O QUE É LEAN?
239
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Algumas ConsideraçÕes
Neste capítulo, avançamos um pouco mais, e podemos verificar que a
qualidade não se limita apenas a atender necessidades de clientes, mas também
visa à otimização de processos, de modo que tenha um mínimo de desperdício,
reduzindo custos e variabilidade do processo.
Apresentamos como ter uma visão sistêmica para nos tornarmos mais
efetivos na abordagem de processos. Vimos que um número cada vez maior de
empresas está se preocupando com sua produtividade, como estratégia para a
competitividade frente à concorrência. Demonstramos o conceito de produtividade
e como medi-la.
240
Capítulo 6 VISÃO SISTÊMICA E ABORDAGEM DE PROCESSOS
ReFerências
BORGES, L. A. J.; NETO, F. J. K. Gestão estratégica da produtividade e da
qualidade. ENAMPAD, v. 3, p. 36-44, Salvador, set.1993.
PAIM, Rafael et al. Gestão de Processos: pensar, agir e aprender. Porto Alegre:
Bookman, 2009.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 3.
ed. São Paulo: Atlas, 2009.
WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. Machine that changed the world.
Simon and Schuster, 1990.
241
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
242
C APÍTULO 7
Sistema de Gestão da Qualidade
ProF. Reginaldo Otto Nau.
Compreender a certificação.
244
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
ConteXtualiZação
Caro acadêmico, continuando nossos estudos, neste capítulo conheceremos
a norma ISO, que é um sistema elaborado e testado por especialistas do mundo
todo para gerenciar a empresa com o objetivo de atender às especificações dos
clientes e suas expectativas.
O Sistema ISO
A certificação de empresas através de sistemas de qualidade já tem se
tornado uma condição diferencial para a maioria dos consumidores. É também
vista como uma vantagem competitiva que as empresas têm frente aos seus
concorrentes.
A sigla ISO é
A sigla ISO é originária das palavras International Organization for originária das
Standardization, ou seja, Organização Internacional de Normalização. palavras International
Organization for
Segundo Martins e Laugeni (2005, p. 510), A ISO 9000 foi desenvolvida Standardization, ou
pela International Organization for Standardization, órgão europeu seja, Organização
para a qualidade e padrões, com sede em Genebra, na Suíça. Internacional de
Normalização.
245
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Ela não é destinada a um "produto" nem para alguma indústria específica. Tem
como objetivo orientar a implantação de sistemas de qualidade nas organizações. A
ISO 9000 é uma série de quatro normas internacionais para "Gestão da Qualidade"
e "Garantia da Qualidade", segundo o professor João Carlos Batista (2017). A série
é composta das seguintes normas:
246
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
“O que pode ser medido pode ser melhorado!” (Peter Drucker). “O que pode ser
medido pode ser
melhorado!” (Peter
Drucker).
Sistema de Gestão da Qualidade
Desde a antiguidade, a qualidade possui diferentes formas, de acordo com
o tipo de negócio. Nos séculos XVIII e XIX, os artesãos relacionavam a qualidade
de um produto ao fato de atender às necessidades de seus clientes. Segundo o
site Gestão de Qualidade (s.d.), seu histórico deu-se:
247
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
248
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
249
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Esses princípios foram desenvolvidos para serem utilizados pela alta direção
para dirigir a organização à melhoria de desempenho. Para dirigir e operar uma
organização com sucesso é necessário que sua gestão seja executada de forma
sistemática e transparente. O uso com sucesso dos oito princípios de gestão por
uma organização resultará em benefícios para as partes interessadas, tais como
melhoria no retorno financeiro, criação de valor e aumento de estabilidade.
A ABNT NBR ISO 9001 (2015, s.p.) (a versão mais recente da norma) é
constituída por um número de diferentes seções, sendo cada uma delas voltada a
um requisito envolvido:
250
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
• Seção 6 – Planejamento;
• Seção 7 – Apoio;
• Seção 8 – Operação;
• Seção 9 – Avaliação de desempenho;
• Seção 10 – Melhoria.
Atividade de Estudos:
CertiFicação
Segundo a ABNT, a certificação ABNT NBR ISO 9001 não é obrigatória,
portanto, o primeiro passo é avaliar se a certificação faz sentido para a sua
empresa. Embora a certificação possa assegurar aos clientes que seus produtos
e serviços estão alinhados às expectativas – e, em alguns casos, pode ser um
pré-requisito para trabalhar com determinados clientes -, muitas organizações
beneficiam-se do uso da norma sem buscar a certificação.
251
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
A ABNT também diz que se você optar pela certificação, o primeiro passo
será encontrar um órgão certificador. A ABNT (2015, s.p.) é um deles e, ao fazê-lo,
você deverá:
Ferramentas da Qualidade
As ferramentas da qualidade têm como objetivo o auxílio na verificação de
problemas, mas o principal ponto é a tomada de decisões e melhoramentos de
processos. Segundo Corrêa (2010, p. 134), elas foram montadas com o propósito
de “[...] municiar os participantes dos processos com ferramentas simples e ao
mesmo tempo fortes, de fácil entendimento e aplicação, de forma a apoiá-los na
resolução e controle de problemas de qualidade o mais próximo possível de suas
concorrências”.
a) Brainstorming
252
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Quando utilizar?
Como se faz?
Todos devem concordar com a questão ou então esta deve ser repensada.
A geração de ideias deverá ter duração de cinco a 20 minutos, no máximo, por
assunto. O grupo deve discutir a lista e procurar juntar as ideias similares ou afins. Se
necessário, o grupo pode escrever uma nova frase que represente a ideia geral das
frases contidas em cada um dos grupos.
Atividade de Estudos:
253
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
b) Diagrama de Ishikawa
Fonte: O autor.
254
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
c) 5W2H
255
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Fonte: O autor.
d) Diagrama de Pareto
A análise de Pareto
serve para comparar Através desta ferramenta podem-se verificar quais os defeitos mais
a magnitude relativa significativos. A análise de Pareto serve para comparar a magnitude
e a significância dos relativa e a significância dos fatores principais, e das respectivas
fatores principais,
e das respectivas interações, no resultado final (CARVALHO, 2008, p. 115).
interações, no
resultado final
256
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
257
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Deve-se ter em mente todos os itens que compõem cada componente citado
acima, sendo que o custo pesa mais no amplificador, pois ele é composto por
dezenas de componentes eletrônicos que possuem custo individual, enquanto o
móvel, por exemplo, é apenas uma peça de madeira com custo de mão de obra
agregado. O Gráfico 1 demonstra o percentual relativo de cada causa de não
conformidade.
Fonte: O autor.
e) Histograma
258
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
Tempo médio na fila
Atividade de Estudos:
259
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Algumas ConsideraçÕes
Neste capítulo conhecemos o sistema de gestão da qualidade ISO 9001, e
todos os requisitos que as empresas devem seguir para conseguir a certificação.
Esta norma pode ser aplicada a qualquer tipo de empresa.
ReFerências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR ISO 9001:2015
Como usar. Disponível em: <http://www.abnt.org.br/publicacoes2/category/145-
abnt-nbr-iso-9001>. Acesso em: 01 jun. 2017.
BATISTA, J. C. Normas "ISO" Série "9000" - Saiba o que é.... Disponível em:
<http://www.treinarvirtual.com.br/artigos/normas-iso-serie-9000-saiba-o-que-e>.
Acesso em: 20 maio 2017.
260
Capítulo 7 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
261
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
262
C APÍTULO 8
Programa 5S
ProF. Reginaldo Otto Nau.
Entender os 5 Sensos.
264
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
ConteXtualiZação
Caro acadêmico, estudamos no capítulo anterior as ferramentas que são
muito úteis na busca por melhorias da qualidade. Agora, dando continuidade ao
assunto, vamos estudar sobre uma das ferramentas da qualidade muito utilizadas
em todo o mundo: o 5S.
Com certeza, você já deve ter escutado muito sobre o programa 5S, afinal, a
maioria das empresas de grande e médio porte tem trabalhado e se adaptado no
sentido de melhorar seus processos internos através desta ferramenta.
Introdução ao 5S
As organizações são organismos vivos e, por isso, sofrem adaptações do
meio no qual estão inseridas. Assim, as forças do ambiente externo à organização
influenciam diretamente na sua gestão, ou seja, à medida que novas legislações e
órgãos de proteção começam a atuar, os reflexos são imediatos na empresa, e este
movimento que vem se aproximando das organizações é chamado de Housekeep-
ing, que pode ser traduzido como limpeza da casa (MARTINS; LAUGENI, 2005).
265
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
O nome 5S faz menção a cinco palavras japonesas que iniciam com a letra
S no alfabeto ocidental: Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu e Shitsuke. Cada palavra é
identificada como uma etapa do programa obtendo um entendimento (senso) a
ser seguido. No Brasil, o conceito foi adaptado e se associou à palavra Senso,
conforme Figura 58.
Figura 58 – Sensos do 5S
Fonte: O autor.
“é um conjunto
de conceitos e Segundo Carpinetti (2007, p. 105), o 5S “é um conjunto de
práticas que tem por
objetivos principais conceitos e práticas que tem por objetivos principais a organização e a
a organização e a racionalização do ambiente de trabalho [...]”.
racionalização do
ambiente de trabalho
266
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
• Será que o meu ambiente de trabalho pode ser mais agradável do que é
hoje?
• Existem coisas no meu local de trabalho que podem ser retiradas, sem
afetar o desempenho?
• O meu local de trabalho poderia ser mais limpo?
• Há desperdício de material no meu trabalho?
• Será que o meu trabalho poderia ser simplificado?
• As minhas ferramentas de trabalho não poderiam estar num lugar mais
seguro, ou de melhor acesso?
• O meu local de trabalho poderia ser mais seguro?
Caso você tenha respondido a pelo menos uma destas perguntas com
um “sim, certamente esta questão já seria um bom motivo para você iniciar o
programa 5S. Vamos conhecer agora um pouco mais dos 5 Sensos.
267
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Os 5 Sensos
Vejamos separadamente os conceitos de cada um dos 5S:
a) Senso de Utilização
Fonte: O autor.
268
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
b) Senso de Ordenação
O senso de
O senso de Ordenação é separar e acondicionar os materiais Ordenação é separar
de forma organizada e adequada de modo a serem facilmente e acondicionar
localizados, retirados e usados (MARTINS; LAUGENI, 2005, p. 464). os materiais de
forma organizada e
O segundo “S” é o Senso de Organização ou também conhecido como adequada de modo
Senso de Ordenação ou Arrumação e seu lema é “Um lugar para cada a serem facilmente
localizados, retirados
coisa e cada coisa no seu lugar! ”. Veja Figura 60. e usados
269
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Você pode promover Você pode promover o “Dia do Descarte”, que é o primeiro grande
o “Dia do Descarte”,
que é o primeiro mutirão em prol do 5S, definindo um local onde todos devem colocar
grande mutirão em o que é inútil, e este material pode ser classificado como: de conserto,
prol do 5S,
utilizado por outra pessoa, doado, reciclado, vendido e eliminado.
c) Senso de Limpeza
270
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
Fonte: O autor.
271
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
272
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
e) Senso de Autodisciplina
Devemos deixar claro aqui que se este senso não funcionar, tudo
vai por água abaixo. Pois temos que praticar diariamente o 5S, fazendo A principal causa de
com que ele faça parte de nossas rotinas diárias. A principal causa de falha no programa
5S é não manter o
falha no programa 5S é não manter o hábito e a cultura das pessoas hábito e a cultura
para o programa 5S. Este deve se tornar um modo de vida para que das pessoas para o
programa 5S
tenha sucesso. Neste senso o trabalho em equipe é essencial para
que os sensos anteriores tenham resultados.
Atividade de Estudos:
273
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
• Reduz o retrabalho.
• Aumenta a produtividade nas tarefas.
• Melhora a imagem da organização perante os clientes.
• Cria o hábito de medir tudo o que se faz.
• Racionaliza a alocação de recursos humanos, físicos e financeiros.
• Reduz os custos dos serviços para os clientes.
Dados os benefícios
relacionados com a Dados os benefícios relacionados com a implantação do 5S, o
implantação do 5S, mesmo pode até ser implantado em nossas casas para melhoria de
o mesmo pode até nossas vidas, criando hábitos saudáveis.
ser implantado em
nossas casas para
melhoria de nossas
vidas, criando hábitos
saudáveis.
274
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
Implantando o 5S
Uma das maiores dificuldades para a implantação efetiva do programa
é a obtenção da mudança de cultura em todos os níveis hierárquicos, ponto
fundamental para a busca da excelência dos seus processos, portanto a decisão
de implantação do projeto tem que vir de cima, ou seja, dos diretores da empresa.
Os diretores devem comprar a ideia do programa e deixar claros a todos os
empregados os objetivos da empresa para com a implantação.
275
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
O lema do segundo senso é um lugar para cada objeto, cada objeto em seu
lugar. Você consegue achar com rapidez e facilidade as coisas de que precisa?
Elas sempre estão bem guardadas nos locais ideais? O nosso sentido visual é
muito importante nesta fase do projeto. Por meio da visão, controlamos 80% das
informações que atingem nosso cérebro. Nosso senso de organização se torna
mais crítico, facilitando a colocação correta de cada objeto em seu respectivo
lugar. Aí vão algumas dicas:
276
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
Todos os objetos devem ser colocados em linha reta e em ângulo reto, para
aproveitar ao máximo a área da superfície plana, facilitando o fluxo dos próprios
objetos e o acesso das pessoas a eles.
Para a implantação
Para a implantação do 5S, sugere-se criar um cronograma com do 5S, sugere-se
as seguintes atividades: criar um cronograma
• Planejamento.
• Lançamento.
• Descarte “Dia D”.
• Organização.
• Limpeza.
• Higiene.
Monitorando o 5S
O último senso, que é a Padronização, é o resultado do cumprimento de
todas as exigências dos sensos anteriores, pois a responsabilidade de cada
indivíduo é ter disciplina. O senso de Autodisciplina é composto por:
277
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
Depois de ter em mãos os resultados das auditorias e cada setor ter recebido
suas não conformidades, os avaliadores deverão divulgar o conceito nos murais
ou placas de cada setor da empresa.
NoVa Abordagem do 5S
No Brasil, em 1990, uma prática de uma política mais agressiva de abertura
da economia começou a ser praticada. Algumas propostas para modernização
do sistema de gestão já estavam sendo utilizadas por abnegados professores
que estavam estudando novas metodologias, técnicas e ferramentas. Conforme
resultados excepcionais nesses estudos, os executivos, gestores, consultores
e empresários iniciaram novas formas de gestão, que assim trouxeram grandes
resultados para a qualidade e produtividade das empresas brasileiras e gerando
então um aumento na competitividade de produtos, tanto no mercado interno
quanto no mercado externo.
278
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
O PROGRAMA 10S
279
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
280
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
• Maior empregabilidade.
• Desenvolvimento de talentos.
• Aumento da produtividade e resultados.
281
Fundamentos de Gestão de Processos e da Qualidade
282
Capítulo 8 PROGRAMA 5S
Algumas ConsideraçÕes
Neste capítulo conhecemos o programa 5S. Este programa pode ser
implantado em qualquer empresa ou ramo de negócios, independentemente de
sua estrutura. Contudo, para isso acontecer serão necessárias algumas mudanças,
força de vontade e empenho de cada indivíduo (principalmente o envolvimento e a
participação da diretoria e gerências da empresa).
Às vezes você pode pensar: mas como um programa de fácil metodologia pode
oferecer tantos benefícios? O problema é que, muitas vezes, estamos acostumados
com maus hábitos no dia a dia e não paramos para pensar e ver como as coisas
poderiam ser diferentes. Adotar estes sensos não é uma tarefa assim tão fácil, pois
nem sempre estamos dispostos a mudar nossos hábitos e costumes.
ReFerências
CARPINETTI, L. C. R.; MIGUEL, P. A. C.; GEROLAMO, M. C. Gestão da
qualidade ISO 9001:2000: princípios e requisitos. São Paulo: Atlas, 2007.
283