Nota Técnica 06-2018-MP - Incorporação de Raios X

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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO

Secretaria de Gestão de Pessoas


Departamento de Remuneração e Benefícios
Coordenação-Geral de Previdência e Benefícios para o Servidor
Divisão de Previdência Própria do Servidor

Nota Técnica nº 6/2018-MP

Assunto: Incorporação de valores recebidos a título de gratificação por trabalhos com Raio- X
ou substâncias radioativas aos proventos de aposentadoria.
Referência: Processo nº 01250.022972/2017- 22
SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Trata a presente Nota Técnica de análise acerca do pedido de manifestação,


encaminhado pela Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovação e Comunicações, quanto à aplicabilidade das disposições da nova redação dada aos
parágrafos 1° e 2° do artigo 34 da Lei n. 4.345/64 aos servidores aposentados a partir da edição da Lei
nº 8.112/90, relativamente à possibilidade de incorporação de Gratificação por trabalhos com Raios X
ou substâncias radioativas aos proventos de aposentadoria, percebida administrativamente ou por força
de decisão judicial.
ANÁLISE

2. Os autos tiveram origem com pedido da Comissão Nacional de Energia Nuclear –


CNEN – sobre a aplicação do teor da Lei nº 4.345/1964 e suas modificações posteriores aos
servidores que passaram a ser regidos pela Lei nº 8.112/90.
3. Conforme informa o órgão consulente, a CNEN entendeu que a Lei nº 4.345/1964 não
se aplica aos servidores que passaram a ser regidos pela Lei nº 8.112/1990. Por outro lado,
a Procuradoria Federal daquela autarquia apresentou manifestações do Tribunal de Contas da União -
TCU - que apontaram para a existência do Acórdão/TCU nº 763/2006-Plenário, contendo Incidente de
Uniformização de Jurisprudência, que concluiu de forma favorável à incorporação sob comento.
Ademais, foi mencionada a existência de decisão judicial no mesmo sentido.
4. Após análise da matéria, o órgão setorial do SIPEC consulente entende ser possível a
incorporação de valores recebidos a título de gratificação por trabalhos com Raios-X ou substâncias
radioativas aos proventos de aposentadoria dos servidores regidos pela Lei nº 8.112/90, com base no
supracitado Acórdão da Egrégia Corte de Contas.
5. Vale registrar que a Gratificação de Raio-X encontra-se prevista, atualmente, na Lei nº
8.270, de 17 de dezembro de 1991.
Art. 12. O s se rvido re s c ivis da Uniã o , da s a uta rquia s e da s funda ç õ e s públic a s fe de ra is pe rc e be rã o a dic io na is de
insa lubrida de e de pe ric ulo sida de , no s te rmo s da s no rma s le g a is e re g ula me nta re s pe rtine nte s a o s tra ba lha do re s
e m g e ra l e c a lc ula do s c o m ba se no s se g uinte s pe rc e ntua is:
I - c inc o , de z e vinte po r c e nto , no c a so de insa lubrida de no s g ra us mínimo , mé dio e má ximo , re spe c tiva me nte ;
II - de z po r c e nto , no de pe ric ulo sida de .
§ 1° O a dic io na l de irra dia ç ã o io niz a nte se rá c o nc e dido no s pe rc e ntua is de c inc o , de z e vinte po r c e nto , c o nfo rme
se dispuse r e m re g ula me nto .
§ 2° A g ra tific a ç ã o po r tra ba lho s c o m Ra io s X o u substâ nc ia s ra dio a tiva s se rá c a lc ula da c o m ba se no pe rc e ntua l
de de z po r c e nto .
§ 3° O s pe rc e ntua is fixa do s ne ste a rtig o inc ide m so bre o ve nc ime nto do c a rg o e fe tivo .

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6. Para a sua concessão, os órgãos integrantes do SIPEC deverão observar às
determinações constantes no artigo 8º da Orientação Normativa/SEGRT nº 4, de 14 de fevereiro de
2017, in verbis:
Art. 8º A g ratificação po r trabalho s co m raio s-x o u substâncias radio ativas so mente po derá ser
co ncedida ao s servido res que, cumulativamente:
I - o perem direta, o brig ató ria e habitualmente co m raio s-x o u substâncias radio ativas, junto às fo ntes de
irradiação po r um perío do mínimo de 12 (do ze) ho ras semanais, co mo parte integ rante das atribuiçõ es
do carg o o u função exercida;
II - tenham sido desig nado s po r Po rtaria do dirig ente do ó rg ão o nde tenham exercício para o perar
direta e habitualmente co m raio s-x o u substâncias radio ativas; e
II - exerçam suas atividades em área co ntro lada.

7. Conforme consta dos autos, o Tribunal de Contas da União se manifestou por intermédio
do Acórdão/TCU nº 763/2006-Plenário, pela legalidade da incorporação da referida gratificação ao
proventos de aposentadorias. Vejamos excertos da referida manifestação....
9. No mérito , a do utrina no s ensina que vantag ens co ndicio nais o u mo dais só integ ram o s pro vento s
quando essa integ ração é determinada po r lei. No caso da Gratificação de Raio s X, há lei específica
que determina a sua inco rpo ração .
...
18. É leg al, po rtanto , a inco rpo ração da vantag em deno minada Gratificação de Raio s X no s pro vento s
do s inativo s, à razão de 1/10 po r ano de exercício em atividades desempenhadas co m aparelho s de
Raio s X, po dendo -se, inclusive, fazer jus à integ ralidade dessa vantag em apó s 10 ano s de trabalho so b
tal situação especial, que, atualmente, co rrespo nde ao percentual de 10% do vencimento básico . Não
há, po r co nseg uinte, limite tempo ral para o direito à referida inco rpo ração e esta não será na fo rma de
VPNI.

8. Verifica-se que, a premissa adotada pelo Tribunal de Contas da União é a existência de


lei determinando a incorporação da referida vantagem aos proventos de aposentadoria dos servidores.
Todavia, a orientação da antiga Secretaria de Previdência Social, então vinculada ao Ministério da
Previdência Social e atual Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda, sobre a incorporação
das vantagens aos proventos de aposentadoria é diversa e até conflituosa com o entendimento do
TCU, consoante artigo 43 da Orientação Normativa/SPS nº 2, de 31/03/2008:
Art. 43. É vedada a inclusão no s benefício s de apo sentado ria e pensão , para efeito de percepção
destes, de parcelas remunerató rias pag as em deco rrência de lo cal de trabalho , de função
de co nfiança, de carg o em co missão , de o utras parcelas tempo rárias de remuneração , o u do abo no
de permanência de que trata o art. 86.
§ 1º Co mpreende-se na vedação do caput a previsão de inco rpo ração das parcelas
tempo rárias diretamente no s benefício s o u na remuneração , apenas para efeito de co ncessão de
benefício s, ainda que mediante reg ras específicas, independentemente de ter havido incidência de
co ntribuição so bre tais parcelas.
§ 2º Não se incluem na vedação prevista no caput, as parcelas que tiverem integ rado a remuneração de
co ntribuição do servido r que se apo sentar co m pro vento s calculado s pela média aritmética, co nfo rme
art. 61, respeitando -se, em qualquer hipó tese, o limite de remuneração do respectivo servido r no
carg o efetivo em que se deu a apo sentado ria, ainda que a co ntribuição seja feita mediante a o pção
prevista no caput do art. 29.
§ 3º As parcelas remunerató rias deco rrentes de lo cal de trabalho que não se caracterizarem co mo
tempo rárias, sendo inerentes ao carg o , deverão ser explicitadas, em lei, co mo integ rantes
da remuneração do servido r no carg o efetivo e da base de cálculo de co ntribuição .

9. Mais ainda, por intermédio da NOTA Nº 77/2014 CGNAL/DRPSP/SPPS/MPS, o então


Ministério da Previdência Social apresentou os esclarecimentos sobre a inclusão de parcelas
temporárias nos benefícios a serem concedidos pelos RPPS. conforme se segue:
2. Desde a pro mulg ação da Emenda Co nstitucio nal nº 20, de 1998, que altero u substancialmente o art.
40 da Co nstituição Federal, o valo r das apo sentado rias e das pensõ es co ncedidas pelo s RPPS está
limitado à remuneração do servido r no carg o efetivo . Co nfira-se a redação :
Art. 40. ......................................................................................................................
§ 2º Os pro vento s de apo sentado ria e as pensõ es, po r o casião de sua co ncessão , não
po de rão exceder a remuneração do respectivo servido r, no carg o efetivo em que se
deu a apo sentado ria o u que serviu de referência para a co ncessão da pensão . (Redação
dada pela Emenda Co nstitucio nal nº 20, de 15/12/1998)
3. A vedação de inclusão de parcelas tempo rárias no s benefício s co ncedido s pelo s RPPS também está
prevista no inciso X do art. 1º da Lei nº 9.717, de 1998, que dispõ e so bre as reg ras g erais para a
o rg anização e funcio namento do s RPPS. O dispo sitivo fo i inserido pela Medida Pro visó ria no 2.043-

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20, de 2000, e alterado pela Lei no 10.887, de 2004, co nfo rme texto s a seg uir:
Art. 1º ...........................................................................................................................................
X - vedação de inclusão no s benefício s, para efeito de percepção destes, de parcelas
remunerató rias pag as em deco rrência de lo cal de trabalho , de função de co nfiança o u de
carg o em co missão , exceto quando tais parcelas integ rarem a remuneração de co ntribuição
do servido r que se apo sentar co m fundamento no art. 40 da Co nstituição Federal, respeitado ,
em qualquer hipó tese, o limite previsto no § 2o do citado artig o ; (Redação dada pela Lei no
10.887, de 18/06/2004)
X - vedação de inclusão no s benefício s, para efeito de cálculo e percepção destes, de
parcelas remunerató rias pag as em deco rrência de função de co nfiança o u de carg o em
co missão , exceto quando tais parcelas integ rarem a remuneração de co ntribuição do servido r
que se apo sentar co m fundamento no art. 40 da Co nstituição , respeitado , em qualquer
hipó tese, o limite previsto no § 2o do citado artig o ; (Redação anterio r dada pela Medida
Pro visó ria no 167, de 19/02/2004, co nvertida na Lei no 10.887, de 18/06/2004)
...
7. No âmbito do s RPPS, a vedação de que o valo r do s benefício s de apo sentado ria e pensão ultrapasse
a remuneração do servido r no carg o efetivo persiste ainda que tenha havido a incidência de
co ntribuição previdenciária so bre tais parcelas, visto que o limite do s benefício s definido no § 2º do
art. 40 da Co nstituição – a remuneração no carg o efetivo – não po de ser descumprido em qualquer
hipó tese. Lembre-se que o valo r da remuneração do servido r no carg o efetivo , que so mente po de
co ntemplar parcelas permanentes, não co rrespo nde necessariamente à remuneração de co ntribuição
do seg urado , que é a base de cálculo da co ntribuição , co nceito de natureza tributária, definida na
leg islação de cada ente federativo , no exercício da co mpetência atribuída pelo § 1º do art. 149 da
Co nstituição Federal.
...
9. É po r isso que, embo ra o ente detenha a co mpetência tributária para definir a base de co ntribuição ao
RPPS, é recomendável que a lei estabeleça uma aproximação entre a “remuneração de contribuição” e
a “remuneração do cargo efetivo”, definindo que a contribuição somente incidirá sobre os adicionais,
gratificações e vantagens de caráter permanente, ou seja, aquelas parcelas que possuem relação direta
com o cargo público ocupado ou que a lei preveja tal característica, co nfo rme estabelece o item 14 da
NOTA TÉCNICA Nº 04/2012/CGNAL-CGACI/ DRPSP/SPPS/MPS, de 2012 3. Nesse sentido ,
também é reco mendável que a incidência de co ntribuição so bre verbas remunerató rias não
permanentes seja feita mediante o pção do seg urado , de aco rdo co m a previsão do § 1º do art. 4º da
Po rtaria MPS nº 402, de 2008.
Art. 4º A lei do ente federativo definirá as parcelas que co mpo rão a base de cálculo da
co ntribuição .
§ 1º O ente po derá, po r lei, prever que a inclusão das parcelas pag as em deco rrência de lo cal
de trabalho , de função de co nfiança o u de carg o em co missão , será feita mediante o pção
expressa do servido r, para efeito do cálculo de que trata o art. 1º da Lei nº 10.887, de 2004,
respeitado , na definição do valo r do s pro vento s, o limite máximo de que trata o § 5º daquele
artig o .
10. A eventual incidência de co ntribuição so bre parcelas tempo rárias so mente teria o efeito de
mo dificar o valo r do s benefício s quando calculado s pela média das remuneraçõ es de co ntribuição ,
disciplinada pelo art. 1º da Lei nº 10.887, de 2004. No entanto , mesmo nesse caso , o valo r do
benefício não po derá ultrapassar o limite da última remuneração do servido r no carg o efetivo (em cuja
definição não se co nsideram as parcelas tempo rárias). É o que estabelece a redação vig ente do inciso
X do art. 1º da Lei nº 9.717, de 1998, antes transcrito .
11. Deve também ser esclarecido que, em razão da limitação estabelecida pelo § 2º do art. 40 da
Co nstituição Federal, pelo § 5º do art. 1º da Lei nº 10.887, de 2004, e da vedação do inciso X do art. 1º
da Lei nº 9.717, de 1998, co ntraria as no rmas g erais a lei que incluir parcelas tempo rárias no co nceito
de remuneração do carg o efetivo o u no ro l de vantag ens que integ ram essa remuneração , o u que
defina a remuneração do carg o po r meio de média em que se incluam também parcelas tempo rárias.
12. Estão ig ualmente co ntrárias à reg ra g eral as previsõ es de inco rpo ração do valo r de parcelas
tempo rárias à remuneração do servido r “para efeito de aposentadoria” , explícita o u
implicitamente, mesmo que cumprido determinado prazo de carência o u que tenha havido co ntribuição
po r determinado tempo .
13. So mente são co nsideradas parcelas permanentes, integ rantes da definição de remuneração no
carg o efetivo , co nfo rme o art. 23, § 5º da Po rtaria MPS nº 402, de 2008, aquelas quanto às quais o
servido r tem g arantia de seu recebimento enquanto titular do carg o , independentemente de qualquer
co ndição . Ou seja, quando não po dem ser excluídas da remuneração , mesmo se afastadas as
circunstâncias que determinam seu pag amento , e cuja inco rpo ração à remuneração não esteja vinculada
à o co rrência de apo sentado ria. Quanto às demais, ainda que percebidas durante g rande parte da vida
funcio nal e mesmo que tenha havido co ntribuição , a simples po ssibilidade de serem retiradas impede

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sua inclusão no s pro vento s.
14. Na identificação de quais verbas remunerató rias po ssuem natureza permanente, devem ser
identificadas as que são caracterizadas co mo vantag ens integ rantes da remuneração de to do s o s
servido res o cupantes do carg o efetivo co rrespo ndente, independentemente da mudança do lo cal de
trabalho , de pro dutividade individual o u de o utra co nting ência leg almente definida. Exemplo s de
parcelas permanentes são as g ratificaçõ es amplas co ncedidas a uma determinada categ o ria,
independentemente de qualquer aferição de desempenho individual. Outro são o s adicio nais po r tempo
de permanência no carg o o u no serviço público , que se caracterizam co mo uma vantag em pesso al
deco rrente do tempo cumprido no carg o e que não será excluído do patrimô nio do servido r caso esse
tempo tenha sido leg almente averbado no s seus assentamento s funcio nais.
(...)

10. Verifica-se que as gratificações temporárias, definição na qual se inclui a Gratificação


de Raio-X, somente poderão integrar os proventos de aposentadoria (i) caso o servidor opte por um
regra que tenha como base de cálculo a média aritmética e desde que tenha requerido a inclusão destas
vantagens na sua base contributiva ao PSS; e (ii) já aos servidores que venham a se aposentar com base
em regras de cálculo dos proventos que tenham como base a integralidade/paridade, as gratificações
temporárias somente poderão integrar os proventos caso componham a remuneração do cargo efetivo
ocupado pelo servidor.
11. Nesse caso específico, observa-se que de acordo com os artigos 18, 18-A, 18-B e 18-
C da Lei nº 11.344, de 08/09/2006, a Gratificação de Raio-X não faz parte do rol das parcelas que
integram a remuneração dos servidores das Carreiras de Pesquisa em Ciência e Tecnologia, de
Desenvolvimento Tecnológico e de Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia,
da qual o CNEN integra.
Art. 18. O valo r do vencimento básico das Carreiras de Pesquisa em Ciência e Tecno lo g ia, de
Desenvo lvimento Tecno ló g ico e de Gestão , Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecno lo g ia,
de que trata a Lei nº 8.691, de 28 de julho de 1993, é o dispo sto no Anexo VIII-A desta
Lei, pro duzindo efeito s financeiro s nas datas nele estabelecidas. (Redação dada pela Lei nº 12.702, de
2012)
Art. 18-A. A estrutura remunerató ria do s servido res de nível superio r integ rantes das Carreiras referidas
no art. 18 desta Lei será co mpo sta das seg uintes parcelas: (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
I - Vencimento Básico , co nfo rme valo res estabelecido s no Anexo VIII-A desta Lei; (Incluído pela Lei
nº 11.907, de 2009)
II - Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecno lo g ia - GDACT, instituída pelo art. 19
da Medida Pro visó ria nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
III - Retribuição po r Titulação - RT.(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 18-B. A estrutura remunerató ria do s servido res de níveis intermediário e auxiliar integ rantes das
Carreiras referidas no art. 18 desta Lei será co mpo sta das seg uintes parcelas: (Incluído pela Lei nº
11.907, de 2009)
I - Vencimento Básico , co nfo rme valo res estabelecido s no Anexo VIII-A desta Lei; (Incluído pela Lei
nº 11.907, de 2009)
II - Gratificação de Desempenho de Atividade de Ciência e Tecno lo g ia - GDACT, instituída pelo art. 19
da Medida Pro visó ria nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; e (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
III - Gratificação de Qualificação - GQ. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 18-C. Os servido res integ rantes das Carreiras referidas no art. 18 desta Lei não fazem jus à
percepção da Vantag em Pecuniária Individual - VPI, de que trata a Lei no 10.698, de 2 de julho de
2003. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)

12. Na oportunidade, cabe destacar que este Órgão Central do SIPEC já adotou as
premissas estabelecidas pelo então Ministério da Previdência Social ao concluir, por intermédio da
Nota Técnica nº 158/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP, pela impossibilidade da Gratificação de
Raio-X integrar os proventos de aposentadoria.
13. Assim, vale reforçar que a Gratificação de Raio X poderá integrar os proventos
calculados utilizando-se média aritmética simples dos salários de contribuição ao PSS (fundamentos
legais para aposentadoria: artigo 40 da Constituição Federal/88 ou artigo 2º da Emenda Constitucional
nº 41, de 2003). Dessa forma, permanece vedada a sua incorporação às regras que tenham por critério
a paridade/integralidade (artigos 6º e 6º -A da Emenda nº 41, de 2003 ou artigo 3º da Emenda nº 47,
de 2005) por tal vantagem não integrar a estrutura remuneratória dos servidores públicos federais, em
face das determinações da Lei nº 9.717, de 27/11/98, que dentre outras disposições veda a inclusão,
Nota Técnica 6 (5234787) SEI 01250.022972/2017-22 / pg. 4
nessas aposentadorias, das parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho, de
função de confiança ou de cargo em comissão e que estabelece a competência do então Ministério da
Previdência Social, atribuição transferida para o Ministério da Fazenda, para orientar, supervisionar e
acompanhar os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos militares da
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, e dos fundos a que se refere o artigo 6º da
referida lei (artigo 9º ).
CONCLUSÃO

14. Diante do exposto, sugere-se o encaminhamento da presente Nota Técnica à


consideração do Senhor Diretor do Departamento de Remuneração e Benefícios - Substituto e à
aprovação do Senhor Secretário de Gestão de Pessoas, com posterior encaminhamento à
Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e
Comunicações, para conhecimento e providências complementares, com cópia da presente
manifestação ao Departamento de Legislação e Provimento de Pessoas, para adequações no sistema
SIAPE que se fizerem necessárias.

À consideração superior.

Brasília, 02 de janeiro de 2018.


TEOMAIR CORREIA DE OLIVEIRA
Coordenador-Geral de Previdência e Benefícios para o Servidor - Substituto

De acordo. Encaminhe-se à apreciação do Senhor Secretário de Gestão de Pessoas.

Brasília, 02 de janeiro de 2018.


CÉSAR MARMORE RIOS MOTA
Diretor do Departamento de Remuneração e Benefícios - Substituto

De acordo. Encaminhe-se na forma proposta.

Brasília, 02 de janeiro de 2018.


AUGUSTO AKIRA CHIBA
Secretário de Gestão de Pessoas

Documento assinado eletronicamente por TEOMAIR CORREIA DE OLIVEIRA,


Coordenador-Geral Substituto, em 02/01/2018, às 16:13.

Documento assinado eletronicamente por CÉSAR MÁRMORE RIOS MOTA, Diretor


Substituto, em 02/01/2018, às 16:14 .

Documento assinado eletronicamente por AUGUSTO AKIRA CHIBA, Secretário de


Gestão de Pessoas, em 02/01/2018, às 18:4 2.

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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO


Secretaria de Gestão de Pessoas
Esplanada dos Ministérios Bloco “C – 7º andar
CEP 7004 6-900 - Brasília - DF
Fone: 2020-1033

Ofício nº 104 /2018-MP

À Sua Senhoria a Senhora


EDNA DA SILVA AMORIM
Coordenadora-Geral de Gestão de Pessoas
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Esplanada dos Ministérios, Bloco R, 3º Andar, Sala 302
70044-900 - Brasília-DF

Assunto: Incorporação de valores recebidos a t ít ulo de grat if icação por t rabalhos com
Raio-X ou subst âncias radioat ivas aos provent os de aposent adoria
Referência: Processo nº 01250.022972/2017-22

Senhora Coordenadora-Geral,

1. Cumprimentando-a cordialmente, refiro-me ao Processo em epígrafe para


encaminhar cópia da Nota Técnica SEI nº 6/2018-MP, desta Secretaria, que trata do assunto
em questão.

Atenciosamente,

AUGUSTO AKIRA CHIBA


Secretário de Gestão de Pessoas

Documento assinado eletronicamente por AUGUSTO AKIRA CHIBA, Secretário de


Gestão de Pessoas, em 02/01/2018, às 18:4 2.

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Ofício 104 (5237917) SEI 01250.022972/2017-22 / pg. 8

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