Curso 152748 Aula 00 f1b8 Simplificado

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Aula 00

Conhecimentos Específicos p/ SES DF e


HUB DF (Residência Multiprofissional -
Fisioterapia)Pós-Edital

Autor:
Gislaine dos Santos Holler, Mara
Claudia Ribeiro

23 de Outubro de 2020

02471391575 - Mayara dos Santos Teles


Gislaine dos Santos Holler, Mara Claudia Ribeiro
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AULA – MARCHA - RESUMIDA

Sumário

Apresentação do Curso .................................................................................................................... 3

Apresentação Pessoal ....................................................................................................................... 4

1. MARCHA ....................................................................................................................................... 6

CICLO DA MARCHA ..................................................................................................................... 6

MEDIDAS IMPORTANTES ........................................................................................................... 12

2. CINEMÁTICA ANGULAR ............................................................................................................ 13

3. AÇÃO MUSCULAR DURANTE A MARCHA ................................................................................ 20

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL .......................................................................... 20

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO ........................................................................... 21

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO .................................................................... 22

4. MARCHA PATOLÓGICA ............................................................................................................. 27

MARCHA ESCARVANTE - MARCHA COM PÉ CAÍDO (PÉ EM GOTA)....................................... 27

FRAQUEZA DOS FLEXORES PLANTARES .................................................................................. 28

FRAQUEZA DE GLÚTEO MÉDIO – MARCHA DE TRENDELEMBURG ....................................... 29

MARCHA ATÁXICA ..................................................................................................................... 30

MARCHA HEMIPLÉGICA OU HEMIPARÉTICA............................................................................ 31

MARCHA PARKINSONIANA ....................................................................................................... 32

MARCHA ANSERINA ................................................................................................................... 33

MARCHA EM TESOURA .............................................................................................................. 34

MARCHA PATOLÓGICA ............................................................................................................. 38

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APRESENTAÇÃO DO CURSO

Prezado (a) concursando(a), parabéns pela iniciativa de adquirir o curso, trata-se de um passo

importante para a sua aprovação !!!

É com imensa satisfação que iniciaremos os estudos do Curso Regular Preparatório Concursos de

Fisioterapia. Este material vai te ajudar a se preparar de forma completa, tanto para concursos

Hospitalares, de Residência, de Secretarias de Saúde, Prefeituras ou poderá te auxiliar a retomar

seus estudos e iniciar uma preparação a longo prazo. Cuidamos para desenvolver o melhor

material possível, com muita dedicação e responsabilidade. Esforçando-nos ao máximo para

oferecer o melhor e mais completo conteúdo possível para concursos que pode ser encontrado

no mercado.

Em todas as aulas serão apresentadas diversas questões de diferentes bancas que desenvolvem

provas para concurso em todo o Brasil, procurando sempre dar ênfase nas bancas que mais

frequentemente preparam concursos.

A fim de discutirmos e ampliar os nossos conhecimentos as questões serão TODAS

COMENTADAS. E para que você possa praticar bastante, teremos, no final do material questões

sem comentários, com gabarito.

Em todos os cursos temos a aula 00, trata-se de uma aula gratuita e que apresenta o curso, delimita

os assuntos que serão abordados. Nesta aula 00 também pode ser apresentado assuntos iniciais

do curso.

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APRESENTAÇÃO PESSOAL

Sou a professora MARA RIBEIRO, formada em fisioterapia e pós-graduada em Fisioterapia


Neurofuncional pela Universidade Estadual de Londrina, Mestre em Gerontologia pela
Universidade Católica de Brasília e Doutora em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília.
Leciono no ensino superior há 15 anos, em cursos de graduação e pós-graduação, em diversas
disciplinas ligadas ao Sistema Locomotor. Atuo no Estratégia Concursos, preparando materiais e
ministrando aulas que te ajudarão a se preparar para Concursos Públicos em Fisioterapia. Já fui
aprovada e cursei Residência em Fisioterapia Neurofuncional na Universidade Estadual de
Londrina - PR. E também tive outras aprovações: Rede Sarah, Saúde da Família (GDF), Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e fui selecionada e atuei como Fisioterapeuta no
Exército Brasileiro.

Completando a equipe, temos a Professora GISLAINE HOLLER que também está envolvida
na elaboração do Curso. Ela possui graduação em Fisioterapia (2013) e pós-graduada em
Fisioterapia Traumato-ortopédica e Desportiva e Dermatofuncional. Iniciou sua vida de
concurseira em 2014, com êxitos nos concursos voltados à fisioterapia, sendo aprovada na
Secretaria de Saúde do Distrito Federal (2014), Prefeitura Municipal de Bela Vista do Toldo – SC
(2015) e Prefeitura Municipal de Canoinhas – SC (2015).

Utilizaremos uma linguagem informal, com ênfase nos temas que realmente são cobrados
pela banca organizadora, ou seja, para que otimize ao máximo a sua preparação e te habilite para
a resolução de questões na área de fisioterapia, objetivando sua aprovação.

Para isso, os alunos matriculados no curso terão acesso ao seguinte conteúdo:

A) Material em pdf com as TEORIA + QUESTÕES COMENTADAS de todos os assuntos mais


cobrados na área de fisioterapia.

B) Figuras e Mapas Mentais para facilitar a memorização dos principais tópicos da disciplina.

C) Videoaulas em aproximadamente 90% do curso, que complementarão o PDF.

D) Acesso ao Fórum de dúvidas, onde você poderá tirar todas as dúvidas diretamente conosco.

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E) Resumo dos principais assuntos abordados nos diferentes livros, textos;

F) Slides das vídeo aulas.

G) Plano de Estudo personalizado.

H) Curso RETA FINAL com aulas de revisão do conteúdo.

Este material é de extrema importância para que você obtenha êxito em ser aprovado em um
concurso na área de Fisioterapia.

Estamos sempre à disposição para tirar dúvidas e fazer esclarecimentos, via fórum de dúvidas
...

E-mail: [email protected]

Instagram: @profa.mara / @prof.gislaineholler / @fisio_estrategiaconcursos

Telegram: https://t.me/profmararibeiro

YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCIZKxVCvvyp5-aEU9_UcdyQ

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1. MARCHA

Entende-se por MARCHA o ato do indivíduo deambular. Este ato incorpora vários
princípios, termos e conceitos que são utilizados para reconhecer o que é considerada a “marcha
normal”.

CICLO DA MARCHA

Um ciclo da marcha normal pode ser definido como os eventos que ocorrem desde o
primeiro toque do pé de um dos membros inferiores no solo até o próximo toque do mesmo pé
mais adiante.

O ciclo da marcha é dividido em 2 FASES: FASE DE APOIO e FASE DE BALANÇO (OSCILAÇÃO).

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FASE DE APOIO

Período de tempo que o membro permanece em contato com o solo e sustenta o peso.

Corresponde a 60% do ciclo da marcha.

Permite que o membro inferior suporte o peso e possibilita o avanço do corpo sobre o
membro que está sustentando.

A fase de apoio é dividida em cinco subfases

1 – Fase de toque do calcanhar (Contato Inicial);


2 – Fase de contato (Resposta a carga);
3 – Fase de apoio médio (Deslocamento anterior da tíbia);
4 – Fase de saída do calcanhar (Apoio terminal);
5 – Fase de propulsão (pré-balanço);

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FASE DE BALANÇO

Período de tempo em que o membro permanece no ar.

Corresponde a 40% do ciclo da marcha.

A Fase de Balanço pode ser dividida em 3 subfases


1 – Fase de balanço inicial (Aceleração);
2 – Fase de balanço médio;
3 – Fase de balanço final (Desaceleração).

APOIO SIMPLES / DUPLO APOIO

Teremos momentos na fase de apoio em que os dois pés tocam o solo (duplo apoio) e

momentos nos quais apenas um pé está em contato com o solo (apoio simples).

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO

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(IBFC - Fisioterapeuta - EBSERH-HUUFMA – 2013) As afirmações abaixo falam sobre a marcha


normal do ser humano. Assinale a alternativa correta:

A) A fase que corresponde a 35-40% do ciclo da marcha é composta pelas subfases: apoio duplo
inicial, apoio sobre um só membro e segundo apoio duplo.
B) O ciclo da marcha consiste no intervalo de tempo ou na sequência de movimentos que ocorrem
entre o contato inicial de um pé consecutivo ou do outro pé.
C) Quando a velocidade aumenta, há aumento proporcional do comprimento do ciclo da marcha.
D) A fase que corresponde a 60-65% do ciclo da marcha é composta pelas subfases: balanço inicial,
balanço médio e balanço terminal.
E) A fase de apoio corresponde a 60-65% do ciclo da marcha e a fase de oscilação a 35-40% do
ciclo.

COMENTÁRIO: Vamos analisar as alternativas:

ALTERNATIVA A - A fase que corresponde a 35-40% do ciclo da marcha é composta pelas


subfases: apoio duplo inicial, apoio sobre um só membro e segundo apoio duplo.
Incorreto. Esta questão está toda incorreta e apresenta várias informações equivocadas.
A fase que corresponde a 35/40% do ciclo da marcha é a fase de oscilação.
A oscilação é composta pelas subfases: aceleração, balanço médio, desaceleração.

ALTERNATIVA B - O ciclo da marcha consiste no intervalo de tempo ou na sequência de


movimentos que ocorrem entre o contato inicial de um pé consecutivo ou do outro pé.
Incorreto. Vamos relembrar:
Um ciclo da marcha normal pode ser definido como os eventos que ocorrem desde o primeiro
toque do pé de um dos membros inferiores no solo até o próximo toque do mesmo pé mais
adiante.

ALTERNATIVA C - Quando a velocidade aumenta, há aumento proporcional do comprimento do


ciclo da marcha.
Incorreto. Ainda veremos este assunto mais a frente nesta aula. Mas já vamos adiantar: Aumento
de velocidade não equivale a aumento do passo ou da passada.
O que medimos é o comprimento do passo ou da passada e não o comprimento do ciclo da
marcha.

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ALTERNATIVA D - A fase que corresponde a 60-65% do ciclo da marcha é composta pelas


subfases: balanço inicial, balanço médio e balanço terminal.
Incorreto. A fase que corresponde a 60-65% do ciclo da marcha é a fase de apoio.
A fase de apoio é subdividida em:
1 – Fase de toque do calcanhar (Contato Inicial);
2 – Fase de contato (Resposta a carga);
3 – Fase de apoio médio (Deslocamento anterior da tíbia);
4 – Fase de saída do calcanhar (Apoio terminal);
5 – Fase de propulsão (pré-balanço);

ALTERNATIVA E - A fase de apoio corresponde a 60-65% do ciclo da marcha e a fase de oscilação


a 35-40% do ciclo.
Correto. É isso mesmo. Duração das fases da marcha.

FASE DE APOIO
Período de tempo que o membro permanece em contato com o solo e sustenta o peso.
Corresponde a 60% do ciclo da marcha.

FASE DE BALANÇO

Período de tempo em que o membro permanece no ar. Corresponde a 40% do ciclo da marcha.

Portanto a alternativa correta é a E.

Também é importante que você esteja atento as porcentagens do ciclo, no qual cada
subfase acontece:

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MEDIDAS IMPORTANTES

PASSO X PASSADA

PASSO: Do toque do calcanhar de um dos pés até o toque do calcanhar do outro pé.

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PASSADA: Do toque do calcanhar de um dos pés até o toque de calcanhar do mesmo pé.

2. CINEMÁTICA ANGULAR
Descreve o movimento angular que ocorre em torno de um eixo de rotação que é uma linha

perpendicular ao plano em que uma rotação ocorre.

Movimentos angulares no PLANO SAGITAL: FLEXÃO / EXTENSÃO;

Movimentos angulares no PLANO FRONTAL: ABDUÇÃO / ADUÇÃO;

Movimentos angulares no PLANO TRANSVERSO: rotação.

Vamos analisar os movimentos que ocorrem nas articulações dos membros inferiores:

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TORNOZELO

No contato inicial o tornozelo encontra-se em posição neutra;


Na resposta à carga o tornozelo faz uma flexão plantar de 7º, daí em diante ele começa a
fazer uma dorsiflexão que chega a 15º.

Na fase de apoio terminal e pré-oscilação, o tornozelo faz flexão plantar de 15º.


Imediatamente após dedos-fora, o tornozelo faz rapidamente a dorsiflexão até a posição
neutra.

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JOELHO

O joelho inicialmente está estendido, flexionando-se gradualmente, em seguida, até sua


flexão máxima da fase de sustentação em 20º na fase de médio apoio, quando volta a se estender,
e então volta a flexionar-se agora em 40º durante a pré-oscilação.

Ao iniciar o balanço, o joelho continua a se flexionar até 60º a 70º, no balanço médio,
voltando a se estender na preparação do próximo apoio.

Em relação a abdução e adução o movimento que ocorre é automático; o joelho é bastante


estável na fase de apoio pela própria morfologia.
==b981b==

Na maioria dos indivíduos, o joelho aduz de 2º a 3º em toda a fase de apoio. Já na


oscilação o joelho abduz até 10º, mas na sequência recupera a posição aduzida na fase
terminal do balanço.

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QUADRIL

No contato inicial, o quadril é flexionado em aproximadamente 30º, durante


toda a fase terminal do apoio, o quadril estende-se até alcançar 10º de extensão.

Na pré-oscilação, o quadril flexiona-se 35º e, em seguida, começa a estender-


se exatamente antes do próximo contato inicial.

* Na figura, acompanhe o que ocorre na linha contínua (quadril)

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Postura articular durante a marcha: uma análise do plano sagital

Segmento Toque do Contato Apoio Elevação Aceleração Balanço


do Corpo Calcanhar até o médio até do até o balanço médio até a
até o apoio a elevação calcanhar médio desaceleraçã
contato médio do até a o
calcanhar propulsão

Tornozelo Neutra Neutra a 15º PF a 15º DF 15º a 20º DF Neutra


15º PF 10º DF

Joelho Extensão 0º a 15º. Extensão 5º de 0º a 30º. De 60º a 0º de


Completa De flexão a 10º flexão flexão flexão

Quadril 30O de 30º de 30º a 0º 10º de 30º de flexão 30º de flexão


flexão flexão de flexão extensão a neutra.

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QUESTÃO DE FIXAÇÃO

(IBFC - Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UNIVASF – 2014) Observe atenciosamente a Figura 2, que


representa a cadência da marcha e em seguida assinale a alternativa correta:

a) A representa um pé cavo e B representa um pé normal.


b) A representa um pé normal e B representa um pé cavo.
c) A representa um pé normal e B representa um pé plano.
d) A representa um pé plano e B representa um pé cavo.
e) A representa um pé cavo e B representa um pé plano.

COMENTÁRIO: A alternativa correta é a letra B. Pois o pé cavo é aquele que apresenta aumento
do arco plantar e esta característica está representada na figura B. Já a figura A representa a
descarga de peso de um pé normal.

GABARITO: B

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3. AÇÃO MUSCULAR DURANTE A MARCHA


Diferentes músculos e grupos musculares desempenham funções significativas na marcha.

A compreensão da função de cada músculo durante cada momento das diferentes fases da marcha

ajuda a reconhecer as diferenças entre a mecânica normal e a anormal da marcha.

MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO QUADRIL

Diferentes grupos musculares atuam no movimento e na estabilidade do quadril durante o

ciclo da marcha. Os músculos extensores do quadril, especialmente o músculo glúteo máximo,

contraem isometricamente no toque do calcanhar, preparando o membro para atuar como um

membro rígido (apoio firme).

À medida que o indivíduo se move na fase de apoio, a atividade dos extensores do quadril

diminui significativamente. Os músculos flexores do quadril também se contraem isometricamente

no toque do calcanhar e, em seguida, trabalham excentricamente à medida que o indivíduo se

move para elevar o calcanhar, tornando mais lenta a extensão do quadril. Durante o inicio da fase

de balanço, os flexores do quadril contraem concentricamente para acelerar o membro e então

mais uma vez para desacelerá-lo, se preparando para o contato do calcanhar.

Além disso, no quadril, os estabilizadores medial e lateral ajudam a manter o equilíbrio

durante o apoio sobre uma única perna. Isto é reforçado pela ação reversa do músculo glúteo

médio, ajudando a manter a pelve do indivíduo em posição neutra à medida que ele se move na

fase de apoio. A fraqueza do músculo glúteo médio resultará em assimetria pélvica no plano frontal

(Marcha de Trendelemburg).

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MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO JOELHO

Os principais grupos musculares que atuam no joelho são os músculos quadríceps e

isquiotibiais. O músculo quadríceps atua como extensor do joelho, ao passo que os isquiotibiais

atuam como flexores.

No toque do calcanhar, o músculo quadríceps contrai isometricamente quando o joelho se

prepara para suportar as forças de reação do solo. À medida que o membro se aproxima da fase

de apoio médio, este músculo trabalha excentricamente, enquanto o joelho entra em flexão. Da

fase de apoio médio até a saída do calcanhar, ocorre pouca atividade. Em seguida, novamente na

fase de propulsão, o quadríceps inicia um trabalho excêntrico, enquanto o joelho se flexiona,

preparando-se para a fase de balanço.

Durante a fase de balanço, as atividades do músculo quadríceps continuam a ser observadas

excentricamente durante a aceleração até a flexão máxima ser alcançada pelo joelho. Neste ponto,

o quadríceps dispara brevemente de modo concêntrico para iniciar o movimento anterógrado da

tíbia.

Durante a desaceleração, os músculos isquiotibiais contraem-se excentricamente para

controlar o movimento do membro na direção anterógrada. Mais uma vez, quando o joelho se

prepara para o toque do calcanhar, o quadríceps femoral se contrai isometricamente para

estabilizar a articulação do joelho.

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MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Quando o pé se aproxima do toque do calcanhar, os músculos tibial anterior, extensor longo

dos dedos e extensor longo do hálux contraem-se excentricamente à medida que o pé se move

em flexão plantar. A fraqueza dos músculos citados fará com que o tornozelo realize uma flexão

plantar mais ampla ao toque do calcanhar, diminuindo assim a capacidade de o pé tocar o solo

com o calcanhar. Este controle excêntrico continua a ser observado nos músculos da flexão dorsal

do tornozelo durante as fases de contato e de apoio médio. Esta mudança é muito rápida e envolve

a contração concêntrica dos músculos flexores plantares, como gastrocnêmios, fibular longo, flexor

longo do hálux e flexor longo dos dedos. Este movimento serve como o impulso para o início da

elevação, antes da entrada na fase e balanço.

A principal ação observada durante a fase de balanço, no tornozelo, é uma contração

suficientemente forte dos músculos extensores para manter o tornozelo em posição neutra, o que

permitirá que o pé toque no solo com o calcanhar em posição ideal. Os músculos plantares não

realizam qualquer contração significativa durante esta fase.

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ATIVIDADE MUSCULAR DURANTE A MARCHA

FASE DE APOIO

Toque do Contato Apoio Elevação do Propulsão


Calcanhar médio calcanhar
QUADRIL
Movimento Flexão 30o Flexão 30o Extensão Extensão Flexão
a 25o a 25o
Grupo Gl Max, IT, Gl Max, IT Repouso Adutor Longo Flexores
muscular Adutor / Magno no
Magno final da fase
Contração Isométrica Isométrica Repouso Excêntrica Concêntrica
JOELHO
Movimento Flexão 5o Flexão Extensão Extensão è Flexão
Flexão
Grupo Quadríceps, Quadríceps Quadríceps Gastrocnêmios Gastrocnêmios
Muscular IT, Poplíteo até 0o e poplíteos e poplíteos
Contração Excêntrica Excêntrica Concêntrica Excêntrica Concêntrica
– até 0o para
Quadríceps concêntrica

Concêntrica
- IT
TORNOZELO
Movimento Flexão Flexão Flexão Flexão Dorsal Flexão Plantar
Plantar 0o Plantar Dorsal para Flexão
Plantar
Grupo Flexores Flexores Flexores Flexores Flexores
muscular dorsais dorsais Plantares Plantares Plantares
Contração Excêntrica Excêntrica Excêntrica Excêntrica concêntrica
para
concêntrica

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FASE DE BALANÇO

Aceleração Balanço Médio Desaceleração


QUADRIL
Movimento Flexão Flexão Flexão, Extensão
no final
Grupo muscular Flexores Adutor longo, Extensores
grácil
Contração Concêntrica Concêntrica Excêntrica
JOELHO
Movimento Flexão Extensão Extensão para
flexão
Grupo Muscular IT, Sartório IT IT, Quadríceps e
e Grácil Poplíteo
Contração Concêntrica Excêntrica Excêntrica para
Concêntrica
TORNOZELO
Movimento Flexão Flexão Dorsal Flexão Dorsal
Dorsal
Grupo muscular Flexores Flexores dorsais Flexores dorsais
dorsais
Contração Concêntrica Concêntrica Isométrica /
Concêntrica

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4. MARCHA PATOLÓGICA

MARCHA ESCARVANTE - MARCHA COM PÉ CAÍDO (PÉ EM GOTA)

Trata-se de qualquer alteração que produza uma incapacidade de controlar a flexão dorsal

adequada do tornozelo para a liberação durante os componentes de toque do calcanhar e balanço

na marcha.

EXEMPLOS: Paralisia ou Lesão do Nervo Fibular (também chamada de MARCHA

ESCARVANTE), fraqueza dos músculos flexores dorsal (TIBIAL ANTERIOR), Diminuição da ADM na

posição de flexão dorsal ou Contratura em flexão plantar.

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1361083/

Alterações:

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- fase de apoio da marcha com o contato inicial ocorrendo na porção anterior do pé, ou

poderá fazer contato com o calcanhar, seguido de uma rápida desaceleração do restante

do pé.

- Fase de balanço ocorre com o indivíduo arrastando o pé no solo, para compensar esta

dificuldade a pessoa aumenta a ADM de flexão de joelho e/ou quadril.

Tratamento:

Além de fortalecer os músculos extensores e alongar os músculos plantiflexores, este tipo

de disfunção pode demandar uma órtese tornozelo-pé de modo a manter o posicionamento do

tornozelo.

FRAQUEZA DOS FLEXORES PLANTARES

A diminuição da força dos flexores plantares resulta na perda da capacidade de empurrar

o solo. Isto é observado durante a fase de propulsão.

Este padrão de marcha é denominada padrão de marcha calcâneo. E é caracterizado por

flexão do tornozelo e do joelho além da amplitude durante a fase de apoio e por um tempo mais

curto durante o apoio unipodal.

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FRAQUEZA DE GLÚTEO MÉDIO – MARCHA DE TRENDELEMBURG

O músculo glúteo médio age como estabilizador lateral do quadril e da pelve. A fraqueza

ou lesão deste músculo resulta no padrão conhecido como marcha de Tredelemburg.

Fonte: https://discoverosteopathy.wordpress.com/hip-and-pelvis-provocative-tests/

Com a fraqueza do Glúteo médio o indivíduo pode exibir uma queda da pelve contralateral

durante o apoio unipodal. Isto é, se o Glúteo médio esquerdo estiver fraco, então durante o apoio

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sobre o membro esquerdo, a pelve direita parecerá mais baixa. Esta fraqueza não apenas produz

um desvio visível, mas também trás ao indivíduo uma sensação de instabilidade no plano frontal.

Para compensar esta sensação, ele inclinará o tronco lateralmente na direção do lado da

fraqueza durante a fase de apoio.

MARCHA ATÁXICA

Paciente apresenta perda de equilíbrio e de coordenação com a tendência a


ampliação da base de sustentação.

Este tipo de marcha geralmente é decorrente de lesões no cerebelo ou perda de


sensibilidade proprioceptiva (lesão no funículo posterior).

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Fonte: http://blogsumed.es/blog/2016/09/25/25-de-septiembre-dia-
internacional-de-la-ataxia/

MARCHA HEMIPLÉGICA OU HEMIPARÉTICA

Também conhecida como marcha ceifante, neste tipo de alteração o paciente apresentara

um padrão de circundução do membro inferior plégico para fora e para frente. O membro superior

afetado permanece flexionado ao lado do tronco.

Este tipo de padrão patológico de marcha surge como consequência de lesões encefálicas

unilaterais, especialmente AVE e TCE.

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Fonte: https://olharfisio.blogspot.com/2016/05/marchas-patologicas.html

MARCHA PARKINSONIANA

Marcha caracterizada pelos pés arrastado no chão e por vezes, passos curtos e rápidos. O

paciente ainda apresenta um padrão de flexão de tronco, joelhos e membros superiores.

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Pode ocorrer o fenômeno de festinação, quando o paciente demora para iniciar o ciclo da

marcha, mas depois que inicia acelera rapidamente como se “corresse” atrás do centro de

gravidade.

Fonte: https://www.rafaeloliveiraneuro.com/doenca-de-parkinson

MARCHA ANSERINA

O paciente caminha com rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando os quadris

de um lado para o outro a cada passo, para deslocar o peso do corpo, assemelhando ao pato

quando anda. É frequente nas miopatias com fraqueza da musculatura da cintura pélvica,

principalmente dos músculos glúteos médios.

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Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/42418/

MARCHA EM TESOURA

Ocorre um encurtamento dos músculos adutores do quadril, provocando uma adução das

coxas, de modo que os joelhos podem cruzar-se um na frente do outro, com a passada

assemelhando-se a uma tesoura. Bastante comum nos pacientes com espasticidade grave dos

membros inferiores, principalmente os que tem diplegia espástica congênita (paralisia cerebral,

doença de little).

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Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1747651/

QUESTÃO DE FIXAÇÃO

(AOCP – Fisioterapeuta - EBSERH/HU-UFMS - 2014) Os pacientes com fraqueza proximal


substancial do membro inferior, balançam de um lado para outro à medida que caminham, por
uma falha em inclinar a pelve quando uma perna é elevada do solo. Existe uma lordose lombar
exagerada. Acima foi descrito um tipo de marcha, assinale a marcha que corresponde a descrição.

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(A) Marcha Parkinsoniana.


(B) Marcha atáxica.
(C) Marcha anserina.
(D) Marcha espástica.
(E) Marcha com o pé caído.

COMENTÁRIO: A alternativa correta é a letra C. Vale lembrar:

MARCHA ANSERINA
O paciente caminha com rotação exagerada da pelve, arremessando ou rolando os quadris de um
lado para o outro a cada passo, para deslocar o peso do corpo, assemelhando ao pato quando
anda. É frequente nas miopatias com fraqueza da musculatura da cintura pélvica, principalmente
dos músculos glúteos médios.

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Fonte: http://terapiaocupacionalcarlaalves.blogspot.com/2013/01/o-estudo-da-
marcha-pode-dizer-muito.html

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MARCHA PATOLÓGICA

TIPO DE MARCHA LESÃO / DOENÇA CARACTERÍSTICA


PÉ CAÍDO
- NERVO FIBULAR
ARRASTA PONTA DO PÉ NO
ESCARVANTE CHÃO
- FRAQUEZA DE TIBIAL
ANTERIOR
FLEXÃO AUMENTADA DE
QUADRIL E JOELHO
PÉ CAÍDO

ARRASTA PONTA DO PÉ NO
STEPAGGE - SEQUELA DE POLIOMIELITE CHÃO

FLEXÃO AUMENTADA DE
QUADRIL E JOELHO
FLEXÃO DE MMSS

AVE CIRCUNDUÇÃO DE QUADRIL


HEMIPLÉGICA / CEIFANTE
TCE EXTENSÃO DE MMII

PLNATIFLEXÃO
FRAQUEZA DE GLÚTEO
MÉDIO DO PÉ DE APOIO DESNIVELAMENTO DA
PELVE CONT5RALATERAL AO
FRAQUEZA DE GLÚTEO PÉ DE APOIO
TREDELEMBURG
MÍNIMO DO PÉ DE APOIO
INCLINAÇÃO DO TRONCO
LESÃO DO NERVO GLÚTEO PARA O LADO DA LESÃO
SUPERIOR
CEREBELO
ATÁXICA BASE DE SUSTENTAÇÃO
FUNÍCULO POSTERIOR – AUMENTADA
FASCICULO GRÁCIL E

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CUNEIFORME (PERDA DA OSCILAÇÃO DO CORPO


PROPIOCEOPÇÃO
CONSCIENTE) OLHAR PARA O CHÃO
FRAQUEZA DE
MUSCULATURA PROXIMAL
DA PELVE DESLOCAMENTOS LATERAIS
DA PELVE
ANSERINA
MIOPATIAS
HIPERLORDOSE LOMBAR
DISTROFIA MUSCULAR DE
DUCHENNE
PASSOS CURTOS

FESTINAÇÃO
PARKINSONIANA PARKINSON
FLEXÃO ANTERIORDO
CORPO
DIPLEGIA ESPÁSTICA PLANTIFLEXÃO
TESOURA
HIPERTONIA DE MÚSCULOS PERNAS SE CRUZAM
ADUTORES DURANTE OS PASSOS

RESUMÃO

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