Aula Pre Natal

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Prof.

: Luiz Lourenço
De acordo com a Lei do
Exercício Profissional da
Enfermagem – Decreto nº
94.406/87 -, o pré-natal de baixo
risco pode ser inteiramente
acompanhado pela enfermeira.
O intervalo entre as consultas
deve ser de quatro semanas.
Após a 36° semana, a
gestante deverá ser
acompanhada a cada 15 dias,
visando à avaliação da pressão
arterial, da presença de edemas,
da altura uterina, dos
movimentos do feto e dos
batimentos cardiofetais.
INTRODUÇÃO
• O principal objetivo da atenção pré-natal e
puerperal é acolher a mulher desde o início da
gravidez, assegurando ao fim da gestação, o
nascimento de uma criança saudável e a
garantia do bem estar materno e neonatal.
• A atenção do pré-natal deve integra-se com
todos os níveis de atenção: promoção,
prevenção, e assistência à saúde da gestante e
do recém-nascido, desde o atendimento
ambulatorial básico até o atendimento
hospitalar de alto risco.
INTRODUÇÃO
• Após a confirmação da gravidez em
consulta, médica ou de enfermagem, dá-se
início ao acompanhamento da gestante, com
seu cadastramento no SISPRENATAL. Os
procedimentos e as condutas que seguem
devem ser realizadas sistematicamente e
avaliadas em toda consulta de pré-natal. As
condutas e os achados diagnósticos sempre
devem ser anotados no prontuário, ficha
perinatal e no cartão da gestante.
INTRODUÇÃO
• Captação precoce das gestantes com
realização da primeira consulta de pré-natal
até 120 dias de gestação;
• Realização de, no mínimo, seis consultas de
pré-natal (médica e de enfermagem), sendo
preferencialmente, uma no primeiro
trimestre, duas no segundo trimestre e três no
terceiro trimestre de gestação;
• Desenvolvimento de atividades educativas;
• Anamnese e exame clínico obstétrico da
gestante;
INTRODUÇÃO
PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

• Vinculação de unidades que prestam


atenção pré-natal às maternidades/
hospitais, conforme definição do gestor
local;
• Garantia dos recursos humanos, físicos,
materiais e técnicos necessários à
atenção pré-natal, assistência ao parto e
ao recém-nascido e atenção puerperal,
com estabelecimento de critérios mínimos
para o funcionamento das maternidades e
unidades de saúde;
INTRODUÇÃO
PAPEL DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

• Captação precoce de gestantes na


comunidade;
• Garantia de atendimento a todas as
gestantes que procurem os serviços de
saúde;
• Garantia da realização dos exames
complementares necessários;
• Garantia de atendimento a todas as
parturientes e recém-nascidos que
procurem os serviços de saúde e garantia
de internamento, sempre que necessário;
INTRODUÇÃO
ACOLHIMENTO
O acolhimento, aspecto essencial da
política de humanização, implica recepção
da mulher, desde sua chegada na unidade
de saúde, responsabilizando-se por
ela,ouvindo suas queixas, permitindo que
ela expresse suas preocupações,
angústias,garantindo atenção resolutiva e
articulação com os outros serviços de
saúde para a continuidade da assistência,
quando necessário.
DIAGNÓSTICO
Devemos sistematizar os sinais e sintomas
da gravidez distribuídos da seguinte forma:

DE PRESUNÇÃO: baseados em alterações de


ordem geral que acometem o organismo no estado
gravídico.

DE PROBABILIDADE: baseiam-se nas alterações


das genitálias.

DE CERTEZA: são alterações detectadas na


gravidez avançada, através de exames físicos:
inspeção, palpação, escuta e toque.

Nas gestações iniciais a certeza é dada


pelos dados dos testes laboratoriais.
SINAIS E SINTOMAS DE
PRESUNÇÃO

MANIFESTAÇÕES
NEUROVEGETATIVAS:
náuseas, vômitos,
sialorréia, polaciúria e
nictúria.
SINAIS E SINTOMAS DE
PRESUNÇÃO

ALTERAÇÕES
PIGMENTARES: cloasma,
linha nigra e aréola
mamária.
SINAIS E SINTOMAS DE
PRESUNÇÃO

AUMENTO DO VOLUME
ABDOMINAL: trata-se de
um sinal que pode estar
presente em outras
condições. Ex:
obesidade, ascite,
flatulência, tumores, etc.
SINAIS E SINTOMAS DE
PROBABILIDADE
Trata-se do diagnóstico clínico da gravidez, são:

AMENORRÉIA: trata-se de AUMENTO DO VOLUME


um sinal de grande valor, UTERINO E
pois se instala subitamente MODIFICAÇÕES NA SUA
em mulheres na faixa FORMA: o útero na
etária reprodutiva e que gravidez adquire um
não estejam utilizando aspecto globoso e suas
métodos contraceptivos. paredes ocupam o fundo
do saco vaginal, é o
OBS: outras condições
chamado sinal de Nobile-
podem levar a falta de
Budin.
menstruação. Ex:
pseudociese.
SINAIS E SINTOMAS DE
PROBABILIDADE

 SINAIS LOCAIS:  SINAIS MAMÁRIOS:


▪ No istmo, sinal de ▪ Aumento de volume
Hégar dos tubérculos
▪ No colo, sinal de ▪ Aumenta a
vascularização
Goodel
▪ Saída do colostro
▪ Na vagina, sinal de
OBS: a temperatura
Jacquemier. basal da gestante
continua elevada.
DIAGNÓSTICO DE
CERTEZA
 GRAVIDEZ INICIAL:
sem dúvida a
identificação do
hormônio gonadotrófico
coriônico ajuda a
diagnosticar
precocemente a
gravidez, pois se trata
da verificação dos
níveis deste hormônio
no sangue.
Gravidez na
identificação biológica
na urina trata-se de
planotest.
ANAMNESE E EXAME
FÍSICO (SEMIOLOGIA)
1ª CONSULTA
A coleta ordenada dos dados (anamnese) está
associada ao exame obstétrico, representa etapa
obrigatória e indiscutível na profilaxia e
rastreamento precoce de intercorrências que
possam tumultuar ou colocar em risco o binômio.
A anamnese obstétrica deverá centrar o seu
diálogo respeitosamente, evitando invadir a
privacidade da paciente e conquistando sua
confiança.
ANAMNESE E EXAME
FÍSICO (SEMIOLOGIA)
EXAME FÍSICO:
▪Idade
▪Cor
▪Profissão
▪Estado civil
▪Procedência
▪Grau de instrução

OBS: deve-se pesquisar situações como: gestantes que


trabalham com anestésicos, raios-X e produtos tóxicos,
além daquelas que executam atividades físicas ou
tenham atividades que exijam alterações de postura.
ANAMNESE GERAL

QUEIXA E DURAÇÃO: deve-se valorizar a queixa


por menor que seja e também averiguar seu início,
intensidade, persistência, sinal, sintoma e
característica.
HISTÓRIA DA DOENÇA
CONHECER O HDA:
▪Verificando toda sua semiologia atual
ANTECEDENTES FAMILIARES:
▪Deve-se verificar a presença de patologia hereditária
hipertensão; diabetes; doenças congênitas;
gemelaridade; câncer de mama; hanseníase;
tuberculose e outros contatos domiciliares
ANTECEDENTES PESSOAIS:
▪Verificam-se as questões de ordem geral,
ginecológica e obstétrica, ex: menarca, catamênios,
paridade e gestações, além de abortos e tentativas
para engravidar.
HISTÓRIA DA DOENÇA

ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS:

− ciclos menstruais (duração, intervalo e


regularidade);
− uso de métodos anticoncepcionais (quais, por
quanto tempo
e motivo do abandono);
− infertilidade e esterilidade (tratamento);
− doenças sexualmente transmissíveis
(tratamentos
realizados, inclusive do parceiro);
− cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
− mamas (alteração e tratamento);
− última colpocitologia oncótica (Papanicolaou
HISTÓRIA DA DOENÇA
OBS: no geral observa-se e questiona-se a
presença de patologias como: hepatite, AIDS,
hipertensão arterial; cardiopatias; diabetes;
doenças renais crônicas; anemia; transfusões de
sangue; doenças neuropsíquicas; viroses (rubéola
e herpes); cirurgia (tipo e data); alergias;
hanseníase; tuberculose
No que se refere à ordem ginecológica, nos
referimos a: menarca, catamênios além de IST.
E no que se refere ao fator obstétrico,
verifica-se: o número de gestações, partos e
puerpérios, além do fator amamentação.
HÁBITOS DAS GESTANTES
Verifica-se a presença dos fatores de tabagismo,
alcoolismo, uso de drogas. A alimentação e o
vestuário também deverão ser levados em
consideração.

OBS: devemos interrogar


a gestante sobre o
funcionamento dos
diversos sistemas:
nervoso, urinário,
respiratório, digestivo,
circulatório e locomotor.
HISTÓRIA OBSTÉTRICA
ATUAL
▪ DUM
▪ DPP
▪ IG em semanas
▪ Sinais e sintomas
▪ Utilização de medicação
▪ Exame físico (geral)

Deve-se observar manchas na face da


gestante,os SSVV, cabeça, pescoço, coração,
pulmões, abdome e membros.
EXAME
FÍSICO/OBSTÉTRICO

É realizado durante toda a gestação, utilizando


os seguintes exames, quando convier:
▪ Inspeção
▪ Palpação
▪ Percussão
▪ Ausculta
▪ Mensuração
▪ Toque
EXAME
FÍSICO/OBSTÉTRICO
No exame obstétrico verificamos ainda:

CABEÇA: presença de penugem nas áreas


adjacentes de couro cabeludo, chamado de sinal
halban,presença de cloasma e possíveis
sangramento gengivais.

PESCOÇO: hiperplasia da tireóide causará


aumento leve e difuso do pescoço.

MAMAS: com o aumento de volume tornam-se


sensíveis, ainda assim devemos procurar nódulos e
linfonodos axilares até a expressão da mama.
Verificamos também o mamilo.
EXAME
FÍSICO/OBSTÉTRICO
ABDOME: verificamos forma, presença de
tumores, manobras de Leopold. Dependendo da IG:
BCF, mensuração do tamanho do útero (AFU).
Verificamos ainda presença de estrias e de linha
nigra.
GENITÁLIA EXTERNA: varizes vulvares, presença
de irritação dérmica, coloração e espessura dos
grandes lábios e leucorréia (cor, aspecto e odor).
EXAME ESPECULAR: verifica-se a presença de IST
e o aspecto da leucorréia, bem como integridade das
paredes vaginais e colo.
TOQUE VAGINAL: este é mais executado durante o
trabalho de parto, de acordo com a parturiente, e
poderá ser uni ou bidigital.
EXAMES LABORATORIAIS
Hemograma: exame de sangue obrigatório pelo
menos em 2 trimestres,onde se verifica níveis de
hemoglobina,hematócrito, leucócitos,plaquetas,etc.
Glicemia de jejun: exame realizado no sangue para
verificação dos níveis de glicose,com a gestante em
jejun. Repetir próximo à 30ª semana
Classificação sanguínea: exame realizado para
averiguar o tipo sanguíneo e o fator RH da gestante.
VDRL(Teste para Sífilis): é realizado no sangue da
gestante para verificar presença do Treponema
Pallidium,causador da Sífilis. Repetir próximo à 30ª
semana
EXAMES LABORATORIAIS
Teste rápido p/ HIV: exame de sangue obrigatório
no minímo em 2 trimestres,serve para rastrear a
presença do vírus HIV;
Toxoplasmose: exame realizado no sangue para
verificação de presença de Toxoplasma Gondii;
Teste para Rubéola: exame de sangue que serve
para identificar presença de vírus pertencente ao
gênero Rubivírus.
•Sorologia para hepatite B (HBsAg): de preferência
próximo à 30ª semana de gestação, onde houver
disponibilidade para realização;
• Sumário de Urina ou Urina tipo I
EXAMES DE IMAGENS

USG OBSTETRICA

Pontos importante na observação da USG:


1- Posição Fetal
2- Movimentação Fetal
3- Bat. Card. Fetais- BCF
4- Grau da maturação da placenta 0-III
5- Liquido amniótico Crescimento Fetal
6- Má formações
7- Circular de cordão
CONSULTAS SUBSEQUENTES
− revisão da ficha perinatal e anamnese atual;
− cálculo e anotação da idade gestacional;
− controle do calendário de vacinaçãO
− exame físico geral e gineco-obstétrico:
• determinação do peso;
• calcular o ganho de peso
• medida da pressão arterial;
• inspeção da pele e das mucosas;
• inspeçãodas mamas;
• palpação obstétrica e medida da altura uterina
• ausculta dos batimentos cardiofetais;
• pesquisa de edema;
• toque vaginal, exame especular e outros, se
necessários. –
. interpretação de exames laboratoriais e solicitação
de outros, se necessários;
CÁLCULO DPP
O objetivo desse cálculo é estimar o período
provável do nascimento.
Calcula-se a data provável do parto (DPP)
levando-se em consideração a duração média da
gestação
. normal (280 dias ou 40 semanas
depois da última menstruação).

Pode ser calculado das seguintes maneiras:

-Com o disco (gestograma)


colocar a seta sobre o dia e o mês
correspondente ao primeiro dia da última
menstruação e observar a seta na data (dia e
mês) indicada como data provável do parto;
CÁLCULO DPP
GESTOGRAMA
CÁLCULO DPP
Uma outra forma de calcular a DPP é somar sete dias ao
primeiro dia da última menstruação e subtrair três meses ao mês em
que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se
corresponder aos meses de janeiro a março) – Regra de Nagele.
Nos casos em que os números de dias encontrado for maior do
.
que o número de dias do mês, passar os dias excedentes para o mês
seguinte, adicionando 1 ao final do cálculo de mês.

Exemplos.
•1- Data da última menstruação – 13/09/2008
•Data provável do parto – 20/06/2009
•(DIA 13 + 7 = 20 / MÊS 9-3 = 6)

•2- Data da última menstruação – 10/02/2004


•Dpp – 17/11/2004
•(10 + 7 = 17 DIA/2 + 9 = 11 MES)
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
a) Quando a data da última menstruação (DUM) é
conhecida:
• uso do calendário - contar o número de semanas a
partir do 1º dia da última menstruação ate a data da
consulta. A data provável do parto (DPP) corresponde
ao final da 40º semana, contada a partir da data do 1º
dia da última menstruação;
• uso de disco ou gestograma - instrução no verso.
b) Quando a data da última menstruação é
desconhecida, mas se conhece o período do mês em
que ela ocorreu:
• se o período foi no início, meio ou final do mês,
considerar como data da última menstruação os dias
5, 15 e 25, respectivamente; proceder, então, à
utilização de um dos métodos acima descritos.
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
. Quando não se conhece a DUM:

REGRA DE MC DONALD

AFU X 8 : 7

Ex1: AFU= 20

20 X 8 : 7 = 22SEMANAS E 8 DIAS
CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL
. Quando se conhece a DUM:

Ex 1: 22/09/11 (SET tem 30 dias)


8
31 (OUT)
30 (NOV)
31 (DEZ)
31 (JAN)
28 (FEV)
04 (MARÇO) data atual
-------------------
163 : 7 = 23 semanas e 2 dias
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E CONDUTAS

1 - TIPAGEM SANGÜÍNEA/FATOR Rh
• Fator Rh positivo: escrever no cartão o resultado e informar à gestante
sobre seu tipo sangüíneo;
• Fator Rh negativo e parceiro com fator Rh positivo e/ou
desconhecido: solicitar teste de Coombs indireto. Se o resultado for
negativo, repeti-lo em torno da 30ª semana. Quando o Coombs indireto
for positivo, encaminhar a gestante ao pré-natal de alto risco.
Todas as mulheres com Rh negativo não sensibilizadas
(Coombs indireto negativo) devem receber 300mcg de
imunoglobulina anti-D nas Primeiras 72 horas após o parto de um
recém nascido com Rh positivo e Coombs direto negativo.
Também deve ser indicada imunoglobulina, dentro de 72 horas,
após abortamento, gestação ectópica, gestação molar, sangramento
vaginal ou após procedimentos invasivos (amniocentese, biópsia de
vilo corial, cordocentese) quando o pai é Rh+ e a mãe é Rh-.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E CONDUTAS

2 - SOROLOGIA PARA SÍFILIS (VDRL)

• VDRL negativo: escrever no cartão e informar à gestante sobre o


resultado do exame e o significado da negatividade, orientando-a para o
uso de preservativo (masculino ou feminino). Repetir o exame em torno
da 30ª semana, no momento do parto ou em caso de abortamento, em
virtude dos riscos sempre presentes de infecção/reinfecção
• VDRL positivo: solicitar testagem do(s) parceiro(s) e o teste
confirmatório (FTA-Abs ou MHATP), sempre que possível. Se o teste
confirmatório for "não reagente", descartar a hipótese de sífilis e
considerar a possibilidade de reação cruzada pela gravidez e outras
doenças, como lúpus, e encaminhar a gestante para consulta com
especialista. Se o teste confirmatório for "reagente", o diagnóstico de
sífilis está afirmado, devendo ser instituído o tratamento e o
acompanhamento
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E CONDUTAS
3 - URINA TIPO I
Valorizar a presença dos seguintes componentes:
• Proteínas: “traços” sem sinais clínicos de pré-eclâmpsia (hipertensão,
ganho de peso) – repetir em 15 dias; “positivo” na presença de
hipertensão – pré-eclâmpsia leve. Orientar repouso e controle de
movimentos fetais, alertar para a presença de sinais clínicos, se possível
solicitar proteinúria em urina de 24 horas e agendar retorno em, no
máximo, sete dias; e “maciça”referir imediatamente ao pré-natal de alto
risco;
• Bactérias/leucócitos/piócitos sem sinais clínicos de infecção do trato
urinário: deve-se solicitar urocultura com antibiograma e agendar
retorno mais precoce que o habitual para resultado do exame. Se o
resultado for positivo, tratar
• Hemáceas se associadas à bacteriúria: proceder da mesma forma que
o anterior. Se hematúria isolada, excluir sangramento genital e referir
para consulta especializada;
• Cilindros: referir ao pré-natal de alto risco
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E CONDUTAS
4 - HEMATIMETRIA – DOSAGEM DE HEMOGLOBINA E
HEMATÓCRITO
• Hemoglobina ≥11 g/dl: ausência de anemia. Manter a suplementação
de 40 mg/dia de ferro elementar e 5 mg de ácido fólico, a partir da
20ª semana. Recomenda-se ingestão uma hora antes das refeições.
• Hemoglobina < 11 g/dl e > 8 g/dl: diagnóstico de anemia leve a
moderada. Solicitar exame parasitológico de fezes e tratar parasitoses, se
presentes. Prescrever sulfato ferroso em dose de tratamento de anemia
ferropriva (120 a 240 mg de ferro elementar/dia), de três a seis drágeas
de sulfato ferroso/dia, via oral, uma hora antes das principais refeições.
Repetir o exame em 60 dias. Se os níveis estiverem subindo, manter o
tratamento até a hemoglobina atingir 11 g/dl, quando deverá ser mantida
a dose de suplementação (60 mg ao dia), e repetir o exame em torno da
30ª semana. Se os níveis de hemoglobina permanecerem estacionários ou
em queda, referir a gestante ao pré-natal de alto risco.
• Hemoglobina < 8 g/dl: diagnóstico de anemia grave. A gestante deve
ser referida imediatamente ao pré-natal de alto risco.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E CONDUTAS
5 - GLICEMIA DE JEJUM
Glicemia de jejum na 1ª consulta
1- se < 85 mg/dl
Solicita glicemia de jejum após a 20ªsemana
se < 85 mg/dl = Rastreamento negativo
se ≥ 85 mg/dl = Rastreamento positivo
2 – se ≥ 85 mg/dl = Rastreamento positivo

6 - TESTE ANTI-HIV
se a gestante se enquadrar em um dos seguintes critérios de
vulnerabilidade (portadora de alguma DST e usuária ou parceira de
usuário de drogas injetáveis em prática de sexo inseguro) e tiver o
resultado da nova testagem negativa, o exame deve ser repetido no final
da gestação (36ª e 37ª semanas) ou no momento da internação para o
parto (teste rápido anti-HIV).
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS E CONDUTAS

7- SOROLOGIA PARA HEPATITE B (HBsAg)


Recomenda-se, sempre que possível, a triagem para a hepatite B. O
HBsAg – antígeno de superfície do vírus da hepatite B (VHB) – é o
primeiro marcador que aparece no curso da infecção aguda pelo VHB e
desaparece com a cura.
Sua persistência por mais de 6 meses é indicativa de hepatite crônica.
Portanto, HBsAg positivo indica presença de infecção pelo VHB,
podendo ser aguda ou crônica.

8 - SOROLOGIA PARA TOXOPLASMOSE


Recomenda-se, sempre que possível, a triagem para toxoplasmose por
meio da detecção de anticorpos da classe IgM (Elisa ou
imunofluorescência).
Em caso de IgM positiva, significa doença ativa e o tratamento deve
ser instituído.
MEDICAÇÕES DO PROTOCOLO DO PRÉ-NATAL

PROGRAMA DE PRÉ-NATAL
- Ácido Fólico 5mg – Comprimido
- Dimenidrinato 50 mg – Comprimido
- Hidróxido de Alumínio - Suspensão Oral (Frasco 150ml)
- Metildopa 500mg - Comprimido
- Metronidazol 500mg - Creme Vaginal (Bisnaga 50g)
- Nistatina 25.000 UI - Creme Vaginal (Bisnaga 60g)
- Nitrofurantoína 100mg - comprimido
- Penicilina G. Benzatina 1.200.000 UI – Solução Injetável
(Frasco-ampola + diluente)
- Polivitaminas – Solução Oral (Frasco 150ml)
- Sulfato Ferroso 40mg – comprimido
- Paracetamol 500mg – comp.
PREVENÇÃO DO TÉTANO NEONATAL –
IMUNIZAÇÃO ANTITETÂNICA
Observar história de imunização antitetânica comprovada pelo cartão
de vacina

1) Sem nenhuma dose registrada = Iniciar o esquema


vacinal o mais precocemente possível, independentemente da idade
gestacional, com três doses, com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30
dias

2)Menos de três doses = Completar as três doses o mais


precocemente possível, com intervalo de 60 dias ou, no mínimo, 30 dias

3) Três doses ou mais, sendo a última dose há menos


de cinco anos = Não é necessário vacinar

4)Três doses ou mais, sendo a última dose há mais


de cinco anos = Uma dose de reforço
IMUNIZAÇÃO CONTRA HEPATITE B

• O PNI indica a vacinação contra Hepatite B para todas


as gestantes com sorologia negativa para Hepatite B
• A administração está indicada após o primeiro trimestre
• Gestantes já imunizadas não necessitam tomar
• Gestantes não imunizadas ou com esquema incompleto
deverão receber três doses no intervalo 0,1 e 6 meses ou
completar esquema vacinal
• A dose vai variar de acordo com a idade: 0,5ml até 19
an0s e 01 ml a partir desta
IMUNIZAÇÃO CONTRA INFLUENZA (fragmentada)

• A vacina contra a influenza é recomendada a todas as


gestantes em qualquer período gestacional.
• O PNI disponibiliza esta vacina na rede pública de saúde a
todas as gestantes durantea campanha anual contra influenza
sazonal.
• O esquema consta de uma dose no período da campanha.
• Contraindicações:
• Pessoas com história de alergia severa à proteína do ovo e
aos seus derivados, assim como a qualquer componente da
vacina;
• Pessoas que apresentaram reações anafiláticas graves a
doses anteriores da vacina.
IMUNIZAÇÃO NA GESTAÇÃO
CARTÃO DA GESTANTE
CARTÃO
CARTÃO DA
DA GESTANTE
GESTANTE
“Não somos ridículos pelas
qualidades que não temos,
mas, por aquelas que
fingimos ter”.
La Rochefoucauld

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