Aula 3 (27-02) Perda de Carga 1

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MÁQUINAS DE FLUXO – Perda de Carga

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

Prof.: Wendel Fonseca da Silva


Revisão: Perda de Carga

Definição
É a energia perdida pela unidade de peso do fluido quando
este escoa em um tubo ou canal, a perda de energia dinâmica do
fluido devido à fricção das partículas do fluido entre si e contra as
paredes da tubulação que os contenha.

• Escoamento Interno (Tubo, duto ou canal)


– Efeitos viscosos

– Perda de energia

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Escoamento interno
• O fluido está completamente confinado por uma superfície sólida duto ou tubo.

• No escoamento interno há dois regimes distintos:

Recr=2400
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Revisão: Perda de Carga
Escoamento interno - Viscosidade
• É a propriedade física que caracteriza a resistência de um fluido ao escoamento.
A viscosidade cinemática (letra grega ni, ν), é definida por:

onde ρ é a massa específica do fluido e μ é a viscosidade dinâmica.

No SI, as unidades:
ν - viscosidade cinemática [ m²/s].
ρ - massa específica [kg/ m³]
μ - viscosidade dinâmica [kgf.s/m²]

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Escoamento Laminar e Turbulento


O número de Reynolds é ligeiramente distinto entre os dois regimes, sendo
definido como:

Onde:
ρ = massa específica do fluido [kg/ m³]
µ = viscosidade dinâmica do fluido [kgf s / m²]
v = velocidade do escoamento [m/s]
D = diâmetro da tubulação [m]
ν = viscosidade cinemática [ m²/s].

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Perda de carga pode ser:


• Contínua, ao longo dos condutos regulares, dita como perda de carga
distribuída (hl ).
• Acidental ou localizada, (hm ):
– Em estreitamento,
– Em acessórios (curva, restrição, válvula, etc):

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Perda de Carga Total:

hl - Perda de carga principal (Distribuída)


• Devido ao atrito no escoamento plenamente desenvolvido entre pontos da
tubulação com área constante.

hlm - Perda de carga secundária (Localizada)


• Acessórios como: Válvulas, Tês, Joelhos; porções do sistema com área variável
tais como saídas de reservatórios, bocais convergentes e divergentes. A perda de
carga na entrada ou saída de uma tubulação é considerada secundária.
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Revisão: Perda de Carga

Perda de Carga Total:


As perdas de carga na transição pelo sistema:
– na região de comprimento de entrada (perdas devido à entrada)
– na região do escoamento plenamente desenvolvido
– na saída, onde o escoamento deixa o tubo (perdas devido à saída).

(ht) = Localizada (hm) + Distribuída (hl)

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Perda de Carga Total:


• A diferença de pressão entre a entrada e a saída é dada em função
de:

• A diferença de pressão é composta por uma parcela devido a


coluna hidrostática de altura H e outra devido ao atrito.

A função de uma máquina de fluxo no circuito é suprir a


diferença de pressão consumida pela altura hidrostática e
pelo atrito.
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Fluxograma Perda de Carga Total:

hlt+ = hl + Σhlm

ƒ – Diagrama Moody Tabelas comerciais


Laminar e Turbulento ábacos

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Equações para o calculo da perda de carga principal (distribuída) (hl):

– Equação de Hazen-Williams

– Darcy-Weisbach.

• Existe Limitações do uso da Equação de Hazen-Williams,


“Bombardelli e García (2003) verificaram que o mau uso da
equação de Hazen-Williams”.

• Para evitar que tais erros sejam cometidos, eles sugerem o uso da
Equação de Darcy-Weisbach.

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• A equação de Darcy-Weisbach
– Sua finalidade é calcular a perda de carga em tubos transportando fluidos, podendo
estes ser líquido ou gás.

– Conforme o fluido escoa ao longo do tubo a pressão diminui devido a fricção do


fluido com a parede do tubo.

• A equação de Darcy é usada para calcular essa diminuição da pressão:

Sendo:
h – a perda de carga (pressão) por fricção
ƒ – fator de atrito de Darcy,
L – comprimento do tubo,
D – diâmetro interno do tubo,
V – velocidade média do escoamento,
g – aceleração da gravidade.
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Perda de Carga Principal – Escoamento Laminar

Perda de Carga Principal – Escoamento Turbulento

Equação de Darcy

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• Equação de Darcy Regime turbulento:

• O fator de atrito tem as dependências:

Rugosidade
Relativa

Laminar: só
depende de Re,

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Rugosidade média de tubos (hr)

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Revisão: Perda de Carga
Diagrama de Moody e o fator de Atrito f

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Revisão: Perda de Carga
Diagrama de Moody e o fator de Atrito f

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Revisão: Perda de Carga
O fator de atrito: numericamente

Equação de Colebrook
Solução iterativa

Estimativa inicial pra


utilizar Colebrook

Correlação de Blasius:
escoamento turbulento, tubos lisos.
Re ≤105

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O fator de atrito: numericamente

Equação de Wood

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Perda de carga secundária (localizada):
Método do comprimento equivalente
- Comprimento equivalente em metros de canalização retilínea.

Tabela perda de carga em tubos

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Perda de carga secundária (Localizada)
• Método do coeficiente de perda:
• Determinado experimentalmente

Alguns valores são fornecidos para alguns acessórios.

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Perda de carga secundária (Localizada):

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Revisão: Perda de Carga
Perda de carga secundária (localizada):

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Revisão: Perda de Carga
Perda de carga secundária (localizada):

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Revisão: Perda de Carga
Exemplo: Calcule a perda de carga total para o sistema abaixo, duto
de aço carbono usado. Dados:

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Exemplo: Perda de carga total na sucção

Regime Turbulento Re≥2400

Cotovelo 90° médio


Perda de Carga – Acessórios Leq = 9,5 m

Seção reta
Perda de Carga – Trecho reto
Leq = 6 m
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Revisão: Perda de Carga
Exemplo: Fator de Atrito [ ƒ ]

Numero Reynolds Regime Turbulento


Re≥2400

Relativa Ɛ
Rugosidade Relativa Ɛ
Aço carbono
usado

No diagrama de Moody em entrar com o numero de Reynolds Re e


a Rugosidade Relativa Ɛ

• Re = 116.409
• Ɛ = 00001314
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Re = 116.409
Ɛ = 0,0001314

ƒ = 0.018

Ɛ = 0,0001314

Re ≈ 116.409
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Revisão: Perda de Carga
Exemplo: Fator de atrito (ƒ = 0.018 diagrama de moody)

Perda de Carga – Acessórios

Perda de Carga – Trecho reto

PERDA DE CARGA TOTAL


PARA A SUCÇÃO

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Revisão: Perda de Carga
Exemplo: calculo da perda de carga Recalque

Perda de Carga –
Trecho reto

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Exemplo: Perda de carga total do sistema:

+
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Revisão: Perda de Carga

1) Exercício: Ar a 30º C e a pressão atmosférica escoa através de uma


seção horizontal de um tubo de aço trefilado de 4mm de
diâmetro comum a velocidade média de 50m/s. Determine a
queda de pressão em 0,1m de comprimento de tubo.

Dados:

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Revisão: Perda de Carga

2) Exercício: A vazão através de um duto de aço laminado de 10 cm de


diâmetro for de 0,04 m3/s. Calcule a diferença na elevação H dos dois
reservatórios.

Dados:

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Revisão: Perda de Carga

3) Água escoa do tanque “A” para o tanque “B” através de uma


tubulação de aço comercial com diâmetro interno de 50 cm. Qual
deve ser a profundidade “H” no tanque “A” para que a vazão na
tubulação seja de 2000 litros por segundo?

Dados:
• ρágua= 999 kg/m3;
• μágua= 1,14x10-3 Pa.s;
• Kentrada= 0,5
• Ksaída= 1,0
• Kcotovelo 90°= 0,75.

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Revisão: Perda de Carga
Resolução Exercício 1: Ar a 30º C e pressão atmosférica escoa através de uma seção
horizontal de um tubo de aço laminado de 4mm de diâmetro comum a velocidade
média de 50m/s. Determine a queda de pressão em 0,1m de comprimento de tubo.

Regime Turbulento
Numero Reynolds
Re≥2400

Tubo de aço laminado (Conforme Tabela)


Rugosidade relativa é: a rugosidade é:

Rugosidade relativa é:

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Revisão: Perda de Carga
Resolução Exercício1 : Ar a 30º C e pressão atmosférica escoa através de uma seção
horizontal de um tubo de aço trefilado de 4mm de diâmetro comum a velocidade
média de 50m/s. Determine a queda de pressão em 0,1m de comprimento de tubo.

• No diagrama de Moody em entrar com o numero de Reynolds [Re] e a


Rugosidade Relativa [Ɛ]:
(Diagrama de Moody
• Re = 1,25x104
• Ɛ = 0,000375

Fator de atrito [ ƒ ]

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Revisão: Perda de Carga
Resolução Exercício 2: Calcule a diferença na elevação H dos dois reservatórios.

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Revisão: Perda de Carga
Resolução Exercício 2: Calcule a diferença na elevação H dos dois reservatórios.

Ø = 10 cm Q=VA
1) Qual o escoamento?
Q = 0,04 m³ / s

A velocidade:

Numero Reynolds

Regime Turbulento Re≥2400


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Revisão: Perda de Carga
Resolução Exercício 2: Calcule a diferença na elevação H dos dois reservatórios.

(Conforme Tabela)

Calcular a rugosidade relativa: aço laminado

Pelo diagrama de Moody: f = 0,018


(Conforme Tabela)

Kentrada (canto vivo) = 0,45 Kvalvula Globo 10cm = 5,7


Perda de carga secundária (localizada): 2 x Kcotovelo 10cm 90° = 0,64 Ksaida = 1,0

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Resolução Exercício 2: Calcule a diferença na elevação H dos dois reservatórios.

Kentr. (canto vivo) = 0,45 / Kvalv. Globo = 5,7 / 2 x Kcotovelo 90° = 0,64 / Ksaida = 1,0

As perdas localizadas são grandes porque há 5 acessórios (elementos de perda) ao


longo da linha
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Revisão: Perda de Carga
3) Resolução Exercício 3: Qual deve ser a profundidade “H” do tanque “A” para que
a vazão na tubulação seja de 2000 L/s?

Dados:
• ρágua= 999 kg/m3;
• μágua= 1,14x10-3 Pa.s;
• Kentrada= 0,5
• Ksaída= 1,0
• Kcotovelo 90°= 0,75.

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Revisão: Perda de Carga
3) Resolução Exercício 3: Qual deve ser a profundidade “H” no tanque “A” para que
a vazão na tubulação seja de 2000 L/s?
.1

.2
hƖ = ɀ1 – ɀ2

• Ponto 1 – Superfície livre do tanque A

• Ponto 2 – Superfície livre do tanque B


H = hƖ + 15 + 5
• Velocidade constante V=V1=V2
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Revisão: Perda de Carga
3) Resolução Exercício 3: Qual deve ser a profundidade “H” no tanque “A” para que
a vazão na tubulação seja de 2000 L/s?

D = 50cm = 0,5m Aço comercial


hr = 0,046 x 10-3 m
Q = 2000l/s = 2m³/s
Kentrada= 0,5 Ksaída= 1,0
L = 75+15+45 = 135m
e Kcotovelo 90°= 1,5.

(ht) = Localizada (hm) + Distribuída (hl)

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Revisão: Perda de Carga
3) Resolução Exercício 3: Qual deve ser a profundidade “H” no tanque “A” para que
a vazão na tubulação seja de 2000 L/s?

D = 50cm = 0,5m Aço comercial


Q = 2000l/s = 2m³/s hr = 0,046 x 10-3 m

Regime Turbulento
Re≥2400

Pelo Diagrama de Moody, ƒ = 0,012


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Revisão: Perda de Carga
3) Resolução Exercício 3: Qual deve ser a profundidade “H” no tanque “A” para que
a vazão na tubulação seja de 2000 L/s?

H = hƖ + 15 + 5

H = 33,4 + 15 + 5 H = 53,4 m

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Resumo: Perda de Carga
Fluxograma Perda de Carga O número de Reynolds é
definido como:

Regimes distintos:
• Laminar: Re < 2300
• Turbulento: Re > 2300

Perda de carga (hL)

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Máquinas de Fluxo

Obrigado pela atenção

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Revisão: Perda de Carga
Diagrama de Moody e o fator de Atrito f

Re = 1,25x104
Ɛ = 0,000375
ƒ = 0.028 voltar

Ɛ = 0,000375

Re = 1,25x104
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