Peticao - Antonio Calumby Filho
Peticao - Antonio Calumby Filho
Peticao - Antonio Calumby Filho
Proc. 000999-07.2006.8.05.0105
Prestação de Contas
I – BREVE RESUMO
Fls. 82
II - A HABILITAÇÃO DO CAUSÍDICO
Fls. 88
1
Proc. 0000215-11.1998.05.0105
Ao analisar os autos, o Demandado extraiu
algumas informações melhor elencadas no quadro abaixo, onde indica quais
são os representantes legais regularmente constituídos pelo Espólio, e em
nenhuma página dos autos constou o referido procurador:
2
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o
juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
ATO inexistente em relação ao substabelecido, cujo vício é capaz de levar o feito a
extinção.
3
Art. 24 do Código de Ética do Advogado diz que o substabelecimento é ato pessoal do advogado da
causa, ou seja, apenas ele é que pode substabelecer, sem intervenção de mais ninguém. Além disso, se
ocorrer um substabelecimento sem reserva de poderes, o cliente deve ser avisado anteriormente de tal
decisão.
4
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. § 1º O advogado,
afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias,
prorrogável por igual período. § 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos
os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais. § 3º O advogado
que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a
representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo.
No art. 45, do CPC5, dispõe sobre o prazo de 10
dias para o advogado substituído solicitar ao cliente a indicação de outro
profissional habilitado a prosseguir com a causa.
5
Art. 45. O advogado poderá, a qualquer tempo, renunciar ao mandato, provando que cientificou o
mandante a fim de que este nomeie substituto. Durante os 10 (dez) dias seguintes,
o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para Ihe evitar prejuízo.
estampada, razão pela qual o feito deve ser extinto sem julgamento de
mérito.
6
Proc. 9.663/97 – Comarca de Ipiaú
E essa inércia, Excelência, ao longo de quase
“bodas de pratas” processual, sem empenho algum, concreto apenas
algumas singelas certidões nos autos, se espera do “gestor” judicial muito
mais além disso, há flagrante omissão, dolo que culminou com a perda do
objeto da causa!
A resposta é positiva!
7
FRADERA, Véra Maria Jacob de. Pode o credor ser instado a diminuir o próprio prejuízo? Revista
trimestralde direito civil, Rio de Janeiro, v. 19, p. 109-119, jul./set. 2004. p. 119; 116. Itálicos no
original.
razoavelmente evitáveis, sob pena de não ser indenizado por eles, com
fundamento na boa-fé objetiva e no abuso do direito.
8
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
Na aplicação da norma de mitigação, a boa-fé
não bloqueia apenas o exercício da pretensão pelo credor que não agiu
adequadamente; impede o surgimento do próprio direito à reparação
por aquela parcela do prejuízo9.
9 Cf. PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tradado de Direito Privado: Parte Geral. t. 6. 3.
ed. Rio de Janeiro: Borsoi, 1970. p. 14.
11
Schreiber, Anderson. A proibição de comportameno contraditório. Tutela da confiança venire contra
factum proprium. Rio de Janeiro: Renovar, 2007. p. 96.
Isto é, a parte que tolera o recebimento de
contraprestações em atraso sem o devido acréscimo de juros e correção
monetária, ou mesmo deixa de aplicar reajustes contratuais no tempo
devido, corre sério risco de ser impedido de fazê-lo no futuro, por culpa de
sua inércia reiterada no tempo.
12
Expressão utilizada pelo Luciano de Camargo Penteado no artigo "Figuras parcelares da boa-fé
objetiva e venire contra factum proprium" que nada mais é que sub figura da boa-fé objetiva.
Em 2010 foi proferida a primeira decisão nesse
sentido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)13, na qual foi reconhecido o
dever de mitigar o próprio prejuízo.
13
STJ. REsp 758.518/PR, Rel. Ministro Vasco Della Giustina, Terceira Turma, julgado em
17/06/2010, Pub. DJe 28/06/2010
III - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
OAB/SP nº 136.827