Apostila Curso NR-10
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Apostila Curso NR-10
Coordenadores:
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Av. Cristovão Colombo, 398 – Conj. 202 – Bairro Floresta – Porto Alegre/RS
Os acidentes com eletricidade são ainda muito comuns mesmo entre
profissionais qualificados.
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- Colocar placas de advertência de forma bem visível para a manipulação
em casos de emergência;
- Proteger chaves seccionadoras e quadros de comando, pois suas
partes energizadas oferecem riscos de acidente.
- Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão por meio de guardas
fixas como telas, ou a instalação em locais de pouca circulação, nos quais não
oferecem perigo;
- Dimensionar e proteger corretamente as instalações elétricas, usando
condutores, fusíveis e disjuntores devidamente dimensionados, de acordo com
as normas aplicáveis, para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja
interrompido;
- Verificar se a tensão de fornecimento de energia elétrica corresponde à
tensão nominal de especificação para o equipamento evitando assim danos ao
circuito elétrico e a equipamentos e ele ligados.
Perigo: É uma situação que pode ocasionar lesão, dano ao meio ambiente,
instalações ou equipamentos. É inerente à atividade, isto é, não muda, estará
sempre presente.
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A APR é uma técnica de análise prévia de riscos, uma visão do trabalho
a ser executado, propicia condição para evitar os riscos ou conviver com eles
em segurança promovendo o trabalho em equipe e a responsabilidade
solidária.
a) Desligamento:
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É a ação de interrupção da alimentação elétrica, ou seja, da tensão
elétrica num equipamento ou circuito elétrico. A interrupção é executada
com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de manobra sobre
carga, geralmente a do disjuntor alimentador do equipamento ou circuito a
ser isolado.
b) Seccionamento:
É a ação de desligar completamente um equipamento ou circuito de
outros equipamentos ou circuitos, promovendo afastamento adequado de
acordo com o nível de tensão. É obtido através de chave seccionadora,
disjuntor ou através de ferramentas apropriadas e segundo procedimentos
específicos. Deve ser tomado cuidado para não abrir circuitos ligados,
evitando a formação de arcos.
c) Impedimento de reenergização:
É o processo pelo qual se impede o religamento acidental de um circuito
desenergizado. Este impedimento pode ser feito por bloqueio mecânico,
extração do disjuntor ou fusíveis, utilização de cadeados em seccionadora
impedindo a manobra de religamento e travamento da manopla dos
disjuntores por cadeado ou lacre. Os cadeados devem ser um para cada
dos executantes dos serviços.
e) Aterramento temporário:
A instalação de aterramento temporário tem por finalidade a
equipotencialização dos circuitos desenergizados, condutores e
equipamentos, ou seja, ligá-los eletricamente ao mesmo potencial. Não se
deve utilizar o condutor neutro em substituição a ponto de terra com a
finalidade de execução de aterramento temporário. Para a execução do
aterramento temporário devemos seguir as seguintes etapas:
- afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e na
verificação da desenergização;
- confirmação da desenergização do circuito a ser aterrado
temporariamente;- inspecionar todos os dispositivos utilizados no
aterramento temporário antes da sua utilização;
- ligar à terra um condutor do conjunto de aterramento temporário e ao
neutro, quando houver;
- conectar as garras de aterramento aos condutores fases utilizando os
equipamentos de isolação e proteção adequadas de maneira a obter-se
uma equalização de potencial entre todas as partes condutoras no ponto de
trabalho. Em circuitos trifásicos, após a ligação com a malha de terra,
conectar primeiro a fase mais afastada do operador e as outras duas em
sequência.
- para desconexão do aterramento temporário, desconectar em primeiro
lugar as extremidades ligadas aos condutores ou equipamentos e em
seguida a extremidade ligada à malha de terra.
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f) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada:
Todos os elementos energizados, situados na Zona Controlada, deverão
receber isolação adequada (mantas, capuz de material isolante, etc.), para
que não possam ser acidentalmente tocados.
- Zona Controlada: é definida como o entorno da parte condutora
energizada não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados.
- Zona de Risco: é definida como o entorno da parte condutora
energizada não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de
técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.
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Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e
livre.
Legenda:
Rr = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona de risco.
Rc = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona controlada.
ZL = Zona Livre.
ZR = Zona de Risco, restrita a profissionais autorizados e com a adoção de
técnicas e instrumentos.
ZC = Zona Controlada, restrita a profissionais autorizados.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície construída com material resistente e dotada de todos
dispositivos de segurança.
b) Ligações a terra:
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento
deve ser único em cada local da instalação. Para casos específicos, de
acordo com as prescrições da instalação, podem ser usados
separadamente desde que sejam tomadas as devidas precauções.
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É o aterramento de um ponto do sistema, instalação ou equipamento
elétrico, destinado a outros fins que não a proteção contra choques
elétricos. O termo funcional está associado ao uso do aterramento e da
equipotencialização para fins de transmissão de sinais e de
compatibilidade eletromagnética.
g) Aterramento Temporário:
Ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional à terra,
destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante
a intervenção na instalação elétrica.
h) Equipotencialização:
Conjunto de medidas que visam minimizar as diferenças de potenciais
entre componentes de instalações elétricas de energia e de sinal
(telecomunicações, rede de dados, etc.) prevenindo acidentes com
pessoas, e baixando a níveis aceitáveis os danos tanto nessas instalações
quanto nos equipamentos a elas conectados. Deverão ser interligados
todos os aterramentos de uma mesma edificação, tais como, QGBT,
SPDA, DG de telefonia, redes de telecomunicação e de dados, todas as
massas metálicas, todas as tubulações metálicas tais como rede de
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hidrantes, eletrodutos, todos DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos),
através do BEP (Barramento de Equalização Principal).
Devem ser obedecidas as prescrições, referente a equipotencialização
de potenciais elétricos e condutor de proteção (aterramento), descritas a
seguir:
- A equipotencialização via condutor de proteção, deve ser única e geral,
envolvendo todas as massas da instalação, e deve ser interligada com o
ponto da alimentação aterrado, geralmente o ponto neutro;
- Recomenda-se o aterramento dos condutores de proteção em tantos
pontos quanto possíveis, realizando a equipotencialização local, entre
condutores de proteção e elementos condutivos da edificação, cumprindo
o papel de aterramento múltiplo do condutor de proteção.
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i) Secionamento automático:
É um princípio de proteção contra choques elétricos, por contatos
indiretos, de seccionamento automático da alimentação, sendo que as
massas devem ser ligadas a condutores de proteção formando uma rede
de aterramento.
O seccionamento automático da alimentação do circuito é realizado
sempre que uma falta entre parte energizada e a massa der origem a uma
tensão de contato perigosa, conforme contato limite Ul da NBR 5410.
Deve ser atuada por dispositivo de proteção de sobrecorrente, do tipo
Disjuntor Termomagnético e Fusível, ou dispositivo de corrente Diferencial
Residual (DR). A utilização de um dispositivo ou outro dependerá do
esquema de aterramento utilizado e da finalidade.
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instalações elétricas, notadamente no que se refere à proteção contra
sobrecorrentes e contra os efeitos térmicos, incluindo os riscos de
incêndio. A proteção contra sobrecorrentes é realizada da seguinte
maneira:
- O dispositivo de proteção deve ser adequado à seção dos condutores e
insensível à corrente transitória de energização do transformador. A
proteção pode ser garantida por fusíveis rápidos compatível com a
corrente de energização do transformador ou por minidisjuntores tipo C.
- Os condutores do circuito de extra-baixa tensão de segurança devem
estar separados dos condutores de qualquer outro circuito, caso contrário,
uma das seguintes condições deve ser atendida:
* Os condutores do circuito de extra-baixa tensão devem ser dotados de
cobertura, além da isolação básica;
* Os condutores do circuito a outras tensões devem ser separados por
uma tela metálica aterrada ou por blindagem metálica aterrada;
* Quanto às tomadas de corrente, não deve ser possível inserir plug’s de
circuitos de extra-baixa tensão de segurança em tomadas alimentadas sob
outras tensões.
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Exemplo:
- Cercados – com placas de advertência;
- Telas de proteção com avisos;
- Tapumes com placas de advertência;
- Tampas sem lacre – com placas de advertência.
q) Bloqueios e impedimentos:
Em qualquer atividade elétrica é de fundamental importância o bloqueio
elétrico, significando que o circuito está impedido de religação ou
energização, impossibilitando acesso à dispositivos e elementos de
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manobra ou à áreas de serviços (zonas controladas e de risco), de forma a
garantir a segurança de pessoal e instalações.
O bloqueio deve ser feito com o uso de um cadeado, conhecido pela
palavra inglesa “Lockout” (bloqueio) Apenas o desarme e sinalização,
sem bloqueio, não é considerado uma operação segura.
Como procedimento de segurança é obrigatório o bloqueio (Lockout) e
sinalização (Tagout).
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A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de
normatização.
Observações:
Aplica-se a instalações novas e a reformas em instalações existentes;
Limita-se às instalações elétricas internas, ou seja, após a medição da
concessionária de energia elétrica.
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Também se aplica a instalações alimentadas por fonte própria de
energia em média tensão.
Abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia
elétrica, sem prejuízo das disposições particulares relativas aos locais e
condições especiais de utilização constantes das respectivas normas.
As instalações especiais, tais como: marítimas, de tração elétrica, de
usinas, pedreiras, luminosas com gases (neônio e semelhantes), devem
obedecer, além desta, às normas específicas aplicáveis em cada caso.
7. Regulamentações do MTE:
a) NRs:
A Constituição Federal é a origem dos instrumentos jurídicos de
proteção ao trabalhador. Ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluindo
entre eles a proteção de sua saúde e segurança por meio das normas
específicas.
Coube ao ministério do trabalho estabelecer estas Normas
Regulamentadoras – NR por intermédio da portaria nº 3.214/18, possuindo
caráter de Lei.
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Art. 180 – Somente profissional qualificado poderá instalar, operar,
inspecionar ou reparar instalações elétricas.
Art. 181 – Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou
instalações elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a
acidentados por choque elétrico.
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Sua tensão de isolação deve ser superior a tensão nominal de
operação. Para tensão de 13,8 kV, utilizamos tapete com isolação superior a 15
kV. Para 23 kV utilizamos tapete com isolação superior a 25 kV.
- Detector de tensão:
Equipamento destinado à verificação de tensão elétrica em locais que
se pretende trabalhar com a rede desenergizada.
- Placas de sinalização:
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São utilizadas para sinalizarmos perigos (perigo de morte, etc.), e
situações dos equipamentos (equipamentos energizados, não manobre este
equipamento sobre carga, etc.), visando assim à proteção de pessoas que
estiverem trabalhando no circuito e de pessoas que venham a manobrar os
sistemas elétricos.
- Protetores de máquinas:
Anteparos destinados a impossibilitar contatos acidentais com partes
energizadas ou partes móveis de equipamento. Protetores isolantes de
borracha para redes elétricas. Anteparos destinados a proteção contra contatos
acidentais em redes aéreas, utilizados na execução de trabalhos próximos a ou
em redes energizadas.
Aplicáveis a todas as correias, polias, engrenagens, eixos e transmissão
bem como às demais partes dos equipamentos que sejam móveis e que
estejam expostas e/ou energizadas, podendo causar acidentes. Estas
proteções devem ser fabricadas, de modo que as aberturas da tela e sua
distância em relação ao equipamento, garanta que os dedos das pessoas não
entrem em contato direto com as partes móveis, mesmo que intencionalmente.
As proteções devem ser fabricadas bipartidas, em tela, com malha até
12,7 mm (1/2”) de abertura no máximo, e a distância mínima entre a tela e a
parte móvel deve ser de 40 mm.
- Sinalização de segurança:
A sinalização de segurança tem por objetivo identificar, através das
cores, os equipamentos de segurança, delimitações de áreas, identificação das
canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases,
advertindo contra riscos de acidente, conforme segue:
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Verde: Cor que caracteriza segurança. Empregado para
identificar canalizações de água, chuveiro de emergência, armários de EPI.
- Extintor de incêndio:
Auxilia no combate de incêndio. Devem ser apropriados para o local a
ser protegido. O Corpo de Bombeiros exige a inspeção anual de todos os
extintores, além dos testes hidrostáticos a cada cinco anos, por firma
habilitada. Devem ser recarregados os extintores em que forem constatados
vazamentos, diminuição de carga ou pressão e vencimento de carga.
Legislação Específica:
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A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), apresenta artigos
específicos sobre EPI, conforme segue:
- Artigo 158: Constitui ato faltoso do empregado a recusa do uso do EPI.
- Artigo 166: A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, os equipamentos de proteção individual adequados ao risco e
em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas
de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes
e danos à saúde dos empregados.
- Artigo 167: O EPI só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
- Máscara / respiradores:
Equipamento destinado a utilização em áreas confinadas e sujeitas a
emissão de gases, poeiras, contra pós, névoas tóxicas, fumos, vapores
orgânicos ou gases ácidos.
Ampla variedade de aplicações em indústrias de modo geral, fundições,
carvoarias, frigoríficos, petroquímicas, avícolas, hospitais, laboratórios,
pedreiras, fábricas de alumínio, etc,; em trabalhos com moagem, lixo,
agrotóxico, escavação, perfuração, etc., e em todas as condições de trabalho
onde um material sólido se parta liberando partículas finas que se depositem
por efeito de gravidade.
- Luvas de proteção mecânica:
As mãos sofrem lesões com maior frequência. Isso pode ser evitado
através do uso de luva. Elas impedem o contato direto com materiais cortantes,
abrasivos ou aquecidos. A luva de raspa é a mais indicada, devido à sua
resistência e durabilidade.
- Luvas impermeáveis:
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As luvas impermeáveis servem para evitar o contato direto com partes
molhadas e/ou contaminadas.
Utilizar do tipo impermeável de Borracha Nitrílica ou Neopreme quando
for manipulado produto químico, solventes orgânicos, concentrados
emulsionáveis.
Luvas de Látex ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou
formulações que não contenham solventes orgânicos.
Procedimentos para ajudar a evitar ferimentos nas mãos:
- O uso de luvas correta ajuda a prevenir ferimentos nas mãos e nos dedos.
- Mantenha as mãos e luvas livres de graxas e de óleos.
- Não fique com as mãos ou dedos em lugares onde possam ser esmagados
ou apertados.
- Antes de manusear qualquer material, verifique a existência de bordas
cortantes e mantenha as mãos afastadas das extremidades destes materiais.
- Certifique-se de que as proteções para mãos e dedos e outros dispositivos de
segurança nas ferramentas, equipamentos e maquinários estão no lugar e se
são operantes.
- Por razões de segurança não use aneis ou a alianças quando estiver
trabalhando. Estes objetos podem se prender facilmente no maquinário e em
outros objetos, provocando um corte grave no dedo, ou o pior, uma amputação.
- As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro das mangas do
jaleco, com exceção de quando o trabalhador pulveriza dirigindo o jato para
alvos que estão acima da linha do seu ombro (para o alto).
- Talabarte:
O talabarte é uma tira de couro ou outro material resistente que passa
pela cintura e pelo poste para dar sustentação, facilidade de movimentação,
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destreza e liberação das mãos para execução das tarefas, é indicado para
proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura.
- Capa de chuva:
É recomendada a utilização da capa quando do recolhimento de
material.
- Cinto de segurança:
Equipamento destinado a proteção contra quedas de pessoas, sendo
obrigatório a utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura do nível
inferior, onde haja risco de queda.
Deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em
sistema de ancoragem. O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela
Análise de Risco. O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de
ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do
nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de
queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do
trabalhador colidir com estrutura inferior.
É obrigatório o uso de absorvedor de energia (dispositivo destinado a
reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurança
durante a contenção da queda) nas seguintes situações:
a) fator de queda for maior que 1 (razão entre a distância que o trabalhador
percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo);
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.
Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes
providências:
a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
Os trabalhos em altura deverão ser feitos na companhia de outras
pessoas ( não trabalhar sozinho), para socorrer em casos de emergências.
Caso não exista um ponto fixo para prender o cinto de segurança,
deverá ser esticado um cabo de aço de dimensões adequadas (mínimo de
3/16” – linha de vida) para que permita a fixação do cinto e/ou a locomoção do
usuário.
- Protetores auriculares:
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Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos
prejudiciais à audição. Devem ser utilizados protetores auriculares apropriados
sem elementos metálicos para trabalhos com eletricidade.
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10. Rotinas de trabalho – Procedimentos
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d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;
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12. Riscos adicionais:
a) Altura NR-35:
Nos trabalhos com energia elétrica em alturas devemos seguir as
instruções relativas à segurança descritas abaixo:
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- Ao subir, não leve ferramentas nos bolsos, levante-as com corda ou
em bolsas próprias;
- Trabalhe de frente para a escada e não procure atingir distâncias
maiores que o comprimento de seus braços. Mude a escada de local
quando o trabalho exigir;
- Trabalhar somente após a escada estar firmemente amarrada,
utilizando o cinto de segurança, e com os pés apoiados sobre os degraus
da mesma;
- Somente uma única pessoa deve subir na escada de cada vez;
- Jamais fique sobre os dois últimos degraus da escada. Nessa posição,
seu equilíbrio torna-se precário;
- Mantenha a escada afastada do apoio, aproximadamente um quarto
da sua extensão;
- Nunca apoie uma escada sobre caixotes ou materiais que possam
resvalar;
- Transportar em veículos, colocando-as com cuidado nas gavetas ou
nos ganchos suportes, devidamente amarradas;
- As subir ou descer, conserve-se de frente para a escada, segurando
firmemente os montantes;
- As escadas devem ser conservadas com óleo de linhaça e suas partes
metálicas com graxa;
- Cuidado ao atravessar as vias públicas, observando que a escada
deverá ser conduzida paralelamente ao meio fio;
- Instalar a escada de modo que a distância entre o suporte e o pé da
escada seja aproximadamente um quarto de comprimento da escada.
b) Ambientes confinadosNR-33:
Nas atividades que exponham os colaboradores a riscos de asfixia,
explosão, intoxicação e doenças do trabalho, devem ser adotadas medidas
especiais de proteção, a saber:
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- A cada grupo de 20 (vinte) colaboradores, 2 (dois) deles devem ser
treinados para resgate;
- Manter ao alcance dos colaboradores, ar mandado e/ou equipamento
autônomo para resgate;
- No caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia
antes da execução do trabalho.
- Trabalho em poste:
Devem ser observadas as instruções sobre trabalho em altura e
utilização de escadas, ao término dos serviços, as sobras dos materiais
utilizados devem ser removidas e a área de trabalho deve ficar limpa.
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13. Proteção contra combate a incêndio
Atos Inseguros:
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes
do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que
decorrem da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança.
É a maneira como os colaboradores se expõem (consciente ou
inconscientemente) aos riscos de acidentes. É falsa a ideia de que não se pode
predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, é possível
analisar os fatores relacionados com a ocorrência dos atos inseguros e
controlá-los. Segue alguns fatores que podem levar os colaboradores a
praticarem atos inseguros:
- Inadaptação: entre homem e função por fatores constitucionais, por
exemplo, sexo, idade, tempo de reação aos estímulos, coordenação motora,
agressividade, impulsividade, nível de Inteligência, grau de atenção;
- Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o desempenho do
indivíduo no momento, por exemplo, problemas familiares, abalos emocionais,
discussão com colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc.;
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- Desconhecimento dos riscos: na função e/ou da forma de evita-los.
São na maioria das vezes causados por seleção ineficaz, falhas de
treinamento, falta de treinamento;
- Desajustamento: fator relacionado com condições específicas do
trabalho, como problema com a chefia, problemas com colegas, políticas
salarial impróprias, política promocional imprópria, clima de insegurança;
- Personalidade: fazem parte da característica da personalidade do
colaborador e que se manifestam por comportamentos impróprios, como o
desleixo, o machão, o exibicionista, desatenção e brincadeiras.
Condições Inseguras:
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco
a integridade física e ou mental do colaborador, devido à possibilidade do
mesmo acidentar-se. Manifestam-se como deficiências técnicas, podendo
apresentar-se:
- Construção e instalações em que se localiza a empresa: áreas
insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta
de ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de
sinalização;
- Maquinário: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em
partes móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas
apresentando defeitos;
- Proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente,
roupa e calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (EPI’s e
EPC’s), ferramental defeituoso ou inadequado.
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- Tensão estática: os condutores possuem elétrons livres e, portanto,
podem ser eletrizados por indução. Os isoladores, conhecidos também por
dielétricos, praticamente não possuem elétrons livres.
O código penal brasileiro, no art. 135, refere-se a omissão de socorro, onde diz
que deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a
pessoa inválida ou ferida ou em grave e iminente perigo, ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública, pode sofrer pena de detenção ou multa.
Assim, deve se proceder socorro, iniciando com a avaliação inicial do cenário,
antes de iniciar o contato com a vítima, depois verificar suas funções vitais e evitar
o agravamento de suas condições, até que receba assistência qualificada.
3- Se a vítima não responder, pode ser uma parada cardíaca. Ligue para o
serviço de emergência;
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6- Faça compressões fortes e rápidas, com uma frequência de 100 a 120 por
minuto (cerca de 5 compressões a cada 3 segundos), em uma profundidade de no
mínimo 5 cm;
16. Responsabilidades.
Gerência Imediata:
- Instruir e esclarecer seus funcionários sobre as normas de segurança do
trabalho e precauções relativas às peculiaridades dos serviços executados em
Estações;
- Fazer cumprir as normas de segurança do trabalho a que estão obrigados
todos os empregados, sem exceção;
- Designar somente pessoal devidamente habilitado para a execução de cada
tarefa;
- Manter-se a par das alterações introduzidas nas normas de segurança do
trabalho, transmitindo-as a seus funcionários;
- Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as
medidas que possam evitar sua repetição;
- Proibir a entrada de menores aprendizes em estações ou em áreas de risco.
Supervisores e Encarregados:
- Instruir adequadamente os funcionários com relação às normas de segurança
do trabalho;
- Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados antes
do início de execução dos serviços;
- Orientar os integrantes de sua equipe quanto às características dos serviços
a serem executados e quanto às precauções a serem observadas no seu
desenvolvimento;
- Comunicar à gerência imediata irregularidades observadas no cumprimento
das normas de segurança do trabalho, inclusive quando ocorrerem fora de sua
área de serviço;
- Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade,
quando deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho;
- Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança,
assim como pela sua correta utilização;
- Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos
inadequados ou defeituosos;
- Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço;
- Manter-se a par das inovações introduzidas nas normas de segurança do
trabalho, transmitindo-as aos integrantes de sua equipe;
- Providenciar prontamente os primeiros socorros para funcionários
acidentados e comunicar o acidente à gerência imediata, logo após sua
ocorrência;
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- Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as
medidas que possam evitar sua repetição;
- Conservar o local de trabalho organizado e limpo;
- Cooperar com as CIPA’s na sugestão de medidas de Segurança do Trabalho;
- Atribuir serviços somente a funcionários que estejam física e emocionalmente
capacitados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade
técnica de cada um;
- Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu
reinício devem ser tomadas precauções para verificação da segurança geral,
como foi feita antes do início do trabalho;
Funcionários:
- Observar as normas e preceitos relativos à segurança do trabalho e ao uso
correto dos equipamentos de segurança;
- Utilizar os EPI’s e EPC’s;
- Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de
maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes;
- Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho,
qualquer acidente, por mais insignificantes que seja ocorrido consigo próprio,
colegas ou terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis;
- Avisar o seu superior imediato quando, por motivo de saúde, não estiver em
condições de executar o serviço para o qual tenha sido designado;
- Observar a proibição da ocorrência de procedimentos que possam gerar
riscos de segurança, como:
-Ingestão de bebidas alcoólicas ou uso de drogas antes do início, nos
intervalos ou durante a jornada de trabalho;
-Brincadeiras em serviço;
-Porte de arma, excluindo-se casos de empregados autorizados pela
administração da empresa, em razão das funções que desempenham;
-Uso de objetos metálicos de uso pessoal, tais como: aneis, correntes,
bota com biqueira de aço, isqueiros a gás, etc. no interior das Estações, a fim
de se evitar o agravamento das lesões em caso de acidentes elétricos;
-Uso de relógios, exceto quando indispensável no desempenho das
suas funções;
-Uso de guarda-chuvas no interior da Estação;
-Uso de aparelhos sonoros.
Acompanhantes:
O funcionário encarregado de conduzir os visitantes pelas Estações deverá:
- Dar-lhes conhecimento das normas de segurança;
- Fazer com que os acompanhantes permaneçam juntos do funcionário;
- Alerta-lhes para que mantenham a distância adequada dos equipamentos,
não os tocando.
- Fornecer-lhes EPI’s aplicáveis (capacete, protetores auriculares, etc.)
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