Apostila Curso NR-10

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CURSO NR-10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E

SERVIÇOS COM ELETRICIDADE

Coordenadores:

Douglas Vinícius Steffen


Eng. Eletricista e Segurança do Trabalho

Aidês José Machado Filho


Tec. Em Mecânica e Segurança do trabalho
NORMA REGULAMENTADORA-10
1. Consideração inicial e objetivo:
Esta norma regulamentadora, NR-10, destina-se a profissionais
autorizados envolvidos diretamente em intervenções em instalações elétricas e
outros trabalhadores que exerçam suas atividades dentro dos limites
estabelecidos como zonas controladas e de risco.
Seu objetivo é de capacitar os profissionais para prevenção em
acidentes com eletricidade, estabelecendo diretrizes básicas para implantação
de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança e saúde, de
forma a garantir a segurança dos trabalhadores.
As prescrições aqui estabelecidas abrangem todos os que trabalham
em eletricidade, em qualquer das fases de geração, transmissão, distribuição e
consumo de energia elétrica, incluindo as etapas de projeto, execução,
construção, montagem, operação, manutenção, reforma e ampliação,
atendendo as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes
e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
O treinamento de reciclagem deve ser realizado bienalmente e sempre
que ocorrer algumas das seguintes situações:
- Troca de função ou mudança de empresa;
- Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período
superior a três meses;
- Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de
métodos e/ou processos de trabalhos.
O trabalho em áreas classificadas deve ser precedido de treinamento
específico de acordo com o risco envolvido. Os trabalhadores com atividades
em proximidades de instalações elétricas devem ser informados e possuir
conhecimentos que permitam identificá-las, avaliar seus possíveis riscos e
adotar as precauções cabíveis.

2. Introdução à segurança com eletricidade:


A eletricidade fere e mata, esta é uma forma severa, mas verdadeira de
abordar o estudo de segurança em eletricidade. Quando estamos trabalhando
com equipamentos elétricos, ferramentas manuais ou com instalações
elétricas, estamos exposto aos riscos da eletricidade. Isso ocorre no trabalho,
em casa e em qualquer outro lugar.
Mesmos os que não trabalham diretamente também se expõem aos
efeitos nocivos da eletricidade ao utilizar ferramentas elétricas manuais, ou ao
executar tarefas simples de desligar ou ligar circuitos e equipamentos, se os
dispositivos de acionamento e proteção não estiverem adequadamente
projetados e mantidos.
A segurança em eletricidade visa instruir o colaborador que exerce suas
funções em redes elétricas ou próximas dela, assim, minimizar ou até eliminar
os acidentes.
O contato com partes energizadas da instalação pode fazer com que a
corrente elétrica passe pelo seu corpo, resultando em choque elétrico e
queimaduras internas e externas. As consequências destes acidentes são
muito graves, provocam lesões físicas e traumas psicológicos e muitas vezes
são fatais, como também produzem incêndios originados por falhas ou
desgaste das instalações.

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Os acidentes com eletricidade são ainda muito comuns mesmo entre
profissionais qualificados.

3. Riscos em instalações e serviços com eletricidade:


Os principais riscos devido aos efeitos da eletricidade no ser humano e
no meio ambiente são: o choque elétrico, a eletrocussão quando o choque for
fatal, queimaduras, quedas provocadas pelo choque, o arco elétrico, a
exposição aos campos eletromagnéticos e incêndios.

3.1. Choque Elétrico:


O choque elétrico é um efeito acidental causado por uma corrente
elétrica que passa através do corpo humano ou de um animal qualquer.
O pior choque é aquele que a corrente elétrica passa pelos órgãos
vitais, como no caso de o percurso ser de uma mão a outra, pois atravessa o
tórax podendo afetar o coração e a respiração.
A eletrocussão é a morte provocada pela exposição do corpo à uma
dose letal de energia elétrica. As descargas atmosféricas, raios, e os fios de
alta tensão (voltagem superior a 600 volts), costumam provocar este tipo de
acidente. Pode ocorrer também com baixa voltagem (inferior a 600 V) quando
houver a presença de poças d’água, roupas molhadas, umidade elevada ou
suor.
O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é de 1mA
(0,001 A). Com uma corrente a partir de 10 mA (0,01 A), a pessoa perde o
controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato,
causando muita dor, como também a possibilidade de causar parada
respiratória. O valor mortal situa-se entre 20 mA e 3 A.
Uma corrente de 30 mA (0,03 A) a um tempo de contato superior a 14
segundos poderá ocasionar a morte.
Não é citado a tensão elétrica e sim a corrente em mA, pois no choque
elétrico levamos em conta é a corrente e não a tensão. O corpo humano
permite a passagem de corrente elétrica, dependendo da situação em que se
encontra em relação ao seu contato com a terra, não importando
necessariamente a tensão e sim a intensidade de corrente que passa pelo
corpo.
Aplica-se, portanto, a lei de Ohm, I = V / R, na qual indica que a
passagem da corrente será diretamente proporcional à tensão da rede e
inversamente proporcional à resistência encontrada, sendo:
I = corrente – Ampère (A)
V = tensão – Volt (V)
R = resistência – Ohm (Ω)
Deste modo quando houver menor resistência, haverá maior passagem
de corrente, o mesmo acontecendo se houver maior tensão. Assim a baixa
resistência permite a passagem de correntes com maior intensidade,
aparecendo quando há um bom contato do corpo com o refencial de terra ou
outro potencial elétrico, como por exemplo os pés molhados, roupa
encharcada, mão nuas, etc.

3.2. Cuidados nas instalações elétricas:


- Não deixar fios, partes metálicas e objetos energizados exposto ao
contato acidental;

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- Colocar placas de advertência de forma bem visível para a manipulação
em casos de emergência;
- Proteger chaves seccionadoras e quadros de comando, pois suas
partes energizadas oferecem riscos de acidente.
- Proteger os equipamentos elétricos de alta tensão por meio de guardas
fixas como telas, ou a instalação em locais de pouca circulação, nos quais não
oferecem perigo;
- Dimensionar e proteger corretamente as instalações elétricas, usando
condutores, fusíveis e disjuntores devidamente dimensionados, de acordo com
as normas aplicáveis, para que, em caso de sobrecarga, o circuito seja
interrompido;
- Verificar se a tensão de fornecimento de energia elétrica corresponde à
tensão nominal de especificação para o equipamento evitando assim danos ao
circuito elétrico e a equipamentos e ele ligados.

4. Técnicas de análise de risco:


Diferença entre Perigo e Risco.

Perigo: É uma situação que pode ocasionar lesão, dano ao meio ambiente,
instalações ou equipamentos. É inerente à atividade, isto é, não muda, estará
sempre presente.

Risco: É a probabilidade, pequena ou grande, de um perigo causar lesão,


dano ao meio ambiente, instalações ou equipamentos. O risco é o resultado do
perigo, e o perigo é inerente ao tipo de trabalho.

Técnicas de Análise de Risco:


- Análise Preliminar de Riscos - APR;
- Análise da Falha Humana;
- Análise de Falhas e de Defeitos;
- Análise de Segurança de Sistemas;
- Árvore de Falhas;
- Árvore de Eventos.

Análise Preliminar de Riscos – APR


Técnica qualitativa que tem por objetivo o reconhecimento dos riscos e
perigos potenciais nas tarefas a serem executadas por parte dos profissionais
que atuam em instalações elétricas.
As principais informações requeridas para a realização de uma APR
são:
a) Conhecer as instalações, especificações técnicas do projeto,
equipamentos e layout;
b) Sobre os processos, descrevendo os procedimentos envolvidos;
c) Sobre as substâncias perigosas envolvidas;
d) Sobre os limites das instalações analisadas;
e) Verificação dos principais sistemas de proteção e segurança das
instalações.

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A APR é uma técnica de análise prévia de riscos, uma visão do trabalho
a ser executado, propicia condição para evitar os riscos ou conviver com eles
em segurança promovendo o trabalho em equipe e a responsabilidade
solidária.

5. Medidas de controle de risco elétrico:


5.1. Proteção Contra Contatos Diretos:
São medidas de controle de risco elétrico visando o impedimento de
contatos acidentais com as partes energizadas de circuitos elétricos.

Podemos caracterizar como proteção contra contato direto a


desenergização, sendo o conjunto de ações sequenciadas e controladas,
visando garantir efetiva ausência de tensão no circuito ou ponto de trabalho,
durante todo o tempo de intervenção e sob o controle dos trabalhadores
envolvidos. Deve ser realizada por no mínimo duas pessoas. Segue
procedimentos para desenergização:

a) Desligamento:

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É a ação de interrupção da alimentação elétrica, ou seja, da tensão
elétrica num equipamento ou circuito elétrico. A interrupção é executada
com a manobra local ou remota do respectivo dispositivo de manobra sobre
carga, geralmente a do disjuntor alimentador do equipamento ou circuito a
ser isolado.

b) Seccionamento:
É a ação de desligar completamente um equipamento ou circuito de
outros equipamentos ou circuitos, promovendo afastamento adequado de
acordo com o nível de tensão. É obtido através de chave seccionadora,
disjuntor ou através de ferramentas apropriadas e segundo procedimentos
específicos. Deve ser tomado cuidado para não abrir circuitos ligados,
evitando a formação de arcos.

c) Impedimento de reenergização:
É o processo pelo qual se impede o religamento acidental de um circuito
desenergizado. Este impedimento pode ser feito por bloqueio mecânico,
extração do disjuntor ou fusíveis, utilização de cadeados em seccionadora
impedindo a manobra de religamento e travamento da manopla dos
disjuntores por cadeado ou lacre. Os cadeados devem ser um para cada
dos executantes dos serviços.

d) Constatação de ausência de tensão:


É a verificação real de ausência de tensão nos condutores do circuito
seccionado, usualmente por sinalização luminosa ou voltímetro instalado no
próprio painel, por detectores de tensão de proximidade ou de contato e
chave teste. Deve ser feito teste toda vez que estes equipamentos forem
utilizados.

e) Aterramento temporário:
A instalação de aterramento temporário tem por finalidade a
equipotencialização dos circuitos desenergizados, condutores e
equipamentos, ou seja, ligá-los eletricamente ao mesmo potencial. Não se
deve utilizar o condutor neutro em substituição a ponto de terra com a
finalidade de execução de aterramento temporário. Para a execução do
aterramento temporário devemos seguir as seguintes etapas:
- afastar as pessoas não envolvidas na execução do aterramento e na
verificação da desenergização;
- confirmação da desenergização do circuito a ser aterrado
temporariamente;- inspecionar todos os dispositivos utilizados no
aterramento temporário antes da sua utilização;
- ligar à terra um condutor do conjunto de aterramento temporário e ao
neutro, quando houver;
- conectar as garras de aterramento aos condutores fases utilizando os
equipamentos de isolação e proteção adequadas de maneira a obter-se
uma equalização de potencial entre todas as partes condutoras no ponto de
trabalho. Em circuitos trifásicos, após a ligação com a malha de terra,
conectar primeiro a fase mais afastada do operador e as outras duas em
sequência.
- para desconexão do aterramento temporário, desconectar em primeiro
lugar as extremidades ligadas aos condutores ou equipamentos e em
seguida a extremidade ligada à malha de terra.

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f) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada:
Todos os elementos energizados, situados na Zona Controlada, deverão
receber isolação adequada (mantas, capuz de material isolante, etc.), para
que não possam ser acidentalmente tocados.
- Zona Controlada: é definida como o entorno da parte condutora
energizada não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados.
- Zona de Risco: é definida como o entorno da parte condutora
energizada não segregada, acessível inclusive acidentalmente, de
dimensões estabelecidas de acordo com o nível de tensão, cuja
aproximação só é permitida a profissionais autorizados e com a adoção de
técnicas e instrumentos apropriados de trabalho.

Tabela de raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre.


Faixa de Tensão Rr – Raio de delimitação Rc – Raio de delimitação
Nominal da Instalação entre zona de risco e entre zona controlada e
Elétrica em kV controlada em metros livre em metros
<1 0,20 0,70
>1a<3 0,22 1,22
>3a<6 0,25 1,25
> 6 a < 10 0,35 1,35
> 10 a < 15 0,38 1,38
> 15 a < 20 0,40 1,40
> 20 a < 30 0,56 1,56
> 30 a < 36 0,58 1,58
> 36 a < 45 0,63 1,63
> 45 a < 60 0,83 1,83
> 60 a < 70 0,90 1,90
> 70 a < 110 1,00 2,00
> 110 a < 132 1,10 3,10
> 132 a < 150 1,20 3,20
> 150 a < 220 1,60 3,60
> 220 a < 275 1,80 3,80
> 275 a < 380 2,50 4,50
> 380 a < 480 3,20 5,20
> 480 a < 700 5,20 7,20

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Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e
livre.

Legenda:
Rr = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona de risco.
Rc = Raio circunscrito radialmente de delimitação da zona controlada.
ZL = Zona Livre.
ZR = Zona de Risco, restrita a profissionais autorizados e com a adoção de
técnicas e instrumentos.
ZC = Zona Controlada, restrita a profissionais autorizados.
PE = Ponto da instalação energizado.
SI = Superfície construída com material resistente e dotada de todos
dispositivos de segurança.

g) Instalação de sinalização e impedimento de reenergização:


Este tipo de sinalização é utilizado para diferenciar os equipamentos
energizados dos não energizados, fixando no dispositivo de comando do
equipamento principal e sinalizando que o mesmo está impedido de ser
manobrado. Esta sinalização deve ser executada em todos os pontos onde
é possível energizar, acidentalmente ou não, o equipamento ou circuito
desenergizado. Informar o nome do responsável e somente este poderá
liberar o equipamento.

5.2. Proteção Contra Contatos Indiretos:


a) Aterramento:
Os sistemas de aterramento devem sinalizar às prescrições de
segurança das pessoas e do funcionamento das instalações elétricas. O
valor da resistência de aterramento deve satisfazer às condições de
proteção e de funcionamento da instalação elétrica.

b) Ligações a terra:
Qualquer que seja sua finalidade (proteção ou funcional) o aterramento
deve ser único em cada local da instalação. Para casos específicos, de
acordo com as prescrições da instalação, podem ser usados
separadamente desde que sejam tomadas as devidas precauções.

c) Aterramento Funcional (FE):

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É o aterramento de um ponto do sistema, instalação ou equipamento
elétrico, destinado a outros fins que não a proteção contra choques
elétricos. O termo funcional está associado ao uso do aterramento e da
equipotencialização para fins de transmissão de sinais e de
compatibilidade eletromagnética.

d) Aterramento do condutor neutro:


Quando a instalação for alimentada por concessionária de energia
elétrica, o condutor neutro deve ser sempre aterrado na origem da
instalação o que propicia uma melhoria na equalização de potenciais que é
essencial à segurança.

e) Aterramento de Proteção (PE):


A proteção contra contatos indiretos proporcionados em parte pelo
equipamento e em parte pela instalação é aquela associada a
equipamentos classe I.
Um equipamento classe I possuem além da isolação básica, sua massa
é provida de meios de aterramento, isto é, o equipamento vem com
condutor de proteção (condutor PE, ou fio terra), incorporado ou não ao
cordão de ligação ou então sua caixa de terminais inclui um terminal PE
para aterramento.
A instalação deve permitir ligar esse equipamento adequadamente,
conectando-se ao fio terra do equipamento ao PE, conforme norma NBR
5410: 2004, garantindo que, em caso de falha na isolação desse
equipamento, um dispositivo de proteção atue automaticamente,
promovendo o desligamento do circuito.
Com aterramento de proteção a corrente, em caso de falha ou isolação,
praticamente não circula corrente pelo corpo e sem aterramento o único
caminho é o corpo.

f) Aterramento combinado de proteção e funcional (PEN):


Quando for exigido um aterramento por razões combinadas de proteção
e funcionais, as prescrições relativas às medidas de proteção devem
prevalecer. Trata-se de uma instalação onde não existe um condutor
exclusivo de proteção, a massa dos equipamentos é interligada ao
condutor neutro.

g) Aterramento Temporário:
Ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional à terra,
destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante
a intervenção na instalação elétrica.

h) Equipotencialização:
Conjunto de medidas que visam minimizar as diferenças de potenciais
entre componentes de instalações elétricas de energia e de sinal
(telecomunicações, rede de dados, etc.) prevenindo acidentes com
pessoas, e baixando a níveis aceitáveis os danos tanto nessas instalações
quanto nos equipamentos a elas conectados. Deverão ser interligados
todos os aterramentos de uma mesma edificação, tais como, QGBT,
SPDA, DG de telefonia, redes de telecomunicação e de dados, todas as
massas metálicas, todas as tubulações metálicas tais como rede de

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hidrantes, eletrodutos, todos DPS (Dispositivos de Proteção contra Surtos),
através do BEP (Barramento de Equalização Principal).
Devem ser obedecidas as prescrições, referente a equipotencialização
de potenciais elétricos e condutor de proteção (aterramento), descritas a
seguir:
- A equipotencialização via condutor de proteção, deve ser única e geral,
envolvendo todas as massas da instalação, e deve ser interligada com o
ponto da alimentação aterrado, geralmente o ponto neutro;
- Recomenda-se o aterramento dos condutores de proteção em tantos
pontos quanto possíveis, realizando a equipotencialização local, entre
condutores de proteção e elementos condutivos da edificação, cumprindo
o papel de aterramento múltiplo do condutor de proteção.

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i) Secionamento automático:
É um princípio de proteção contra choques elétricos, por contatos
indiretos, de seccionamento automático da alimentação, sendo que as
massas devem ser ligadas a condutores de proteção formando uma rede
de aterramento.
O seccionamento automático da alimentação do circuito é realizado
sempre que uma falta entre parte energizada e a massa der origem a uma
tensão de contato perigosa, conforme contato limite Ul da NBR 5410.
Deve ser atuada por dispositivo de proteção de sobrecorrente, do tipo
Disjuntor Termomagnético e Fusível, ou dispositivo de corrente Diferencial
Residual (DR). A utilização de um dispositivo ou outro dependerá do
esquema de aterramento utilizado e da finalidade.

j) Dispositivo a corrente de fuga:


Os dispositivos de proteção a corrente de fuga são do tipo diferencial
residual – DR, que medem permanentemente a soma vetorial das
correntes que percorrem os condutores.
Não havendo falha de isolamento em qualquer equipamento alimentado
por este circuito a soma vetorial das correntes é praticamente nula.
Ocorrendo uma falha, romperá uma corrente de falha à terra, ou seja, uma
corrente residual para terra.
Devido a esta fuga de corrente para a terra a soma vetorial das
correntes no circuito monitorado pelo DR não é mais nulo e o DR detecta
essa diferença de corrente.
A NBR 5410 recomenda o uso de proteção DR de alta sensibilidade
para corrente igual ou inferior a 30mA, sendo obrigatório nos seguintes
casos:
-Circuitos de tomadas em copas, cozinha, lavanderia, áreas de serviços e
garagens;
-Circuito de todo local interno molhado em uso normal ou sujeito a
lavagem;
-Circuitos que alimentam tomadas situadas em locais contendo chuveiros;
-Circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à
edificação;
-Circuitos de tomadas internas, mas com alimentação de equipamento ou
máquina no exterior à edificação.

k) Proteção por extra-baixa tensão (EBT):


Trata-se da faixa de tensão não superior a 50 volts em corrente
alternada ou 120 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e
terra. Nestas faixas de tensões pessoas não autorizadas e não treinadas
poderão realizar atividades sem restrições legais. É aplicada para
condições de trabalho desfavoráveis, como trabalhar em ambientes
úmidos ou em espaços confinados.
Do ponto de vista de segurança a EBT é excelente:
- Isolação funcional;
- Redução de tensão;
- Isolação do sistema de alta tensão, através do uso de transformadores.

O emprego da extra-baixa tensão, embora aparente certo nível de


segurança no que se refere a proteção contra choques elétricos, não
dispensa o respeito às medidas de segurança prescritas para todas as

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instalações elétricas, notadamente no que se refere à proteção contra
sobrecorrentes e contra os efeitos térmicos, incluindo os riscos de
incêndio. A proteção contra sobrecorrentes é realizada da seguinte
maneira:
- O dispositivo de proteção deve ser adequado à seção dos condutores e
insensível à corrente transitória de energização do transformador. A
proteção pode ser garantida por fusíveis rápidos compatível com a
corrente de energização do transformador ou por minidisjuntores tipo C.
- Os condutores do circuito de extra-baixa tensão de segurança devem
estar separados dos condutores de qualquer outro circuito, caso contrário,
uma das seguintes condições deve ser atendida:
* Os condutores do circuito de extra-baixa tensão devem ser dotados de
cobertura, além da isolação básica;
* Os condutores do circuito a outras tensões devem ser separados por
uma tela metálica aterrada ou por blindagem metálica aterrada;
* Quanto às tomadas de corrente, não deve ser possível inserir plug’s de
circuitos de extra-baixa tensão de segurança em tomadas alimentadas sob
outras tensões.

l) Proteção por barreiras e invólucros:


Barreiras: são destinadas a impedir todo contato com as partes
energizadas das instalações elétricas nas direções habituais de acesso.
Invólucros: envoltório de partes energizadas destinado a impedir
qualquer contato com partes internas e que assegura proteção contra
determinadas influências externas e proteção contra contatos diretos em
qualquer direção.
As barreiras e invólucros devem ser fixados de forma segura e ser de
uma robustez e de uma durabilidade suficiente para manter os graus de
proteção e a separação das partes vivas nas condições normais de
serviços.
Visam:
- Impedimento de contatos acidentais;
- Isolação de áreas energizadas;
- Bloqueio de acesso à pessoas não autorizadas em ambiente ou zona
de risco;
- Impedimento de local com potencial de risco em eletricidade;
- Compartimentação de equipamentos;
- NBR 60529:2005 / NBR 5410;

m) Proteção por obstáculos e anteparos:


Os obstáculos são destinados a impedir os contatos acidentais com
partes energizadas, mas não os contatos voluntários por uma tentativa
deliberada de contorno do obstáculo.
Os obstáculos devem impedir:
- Aproximação física não intencional das partes energizadas, por exemplo,
por meio de corrimões ou telas de arame;
- Contatos não intencionais com partes vivas por ocasião de operação de
equipamentos sob tensão, por exemplo, por meio de telas ou paineis sobre
os seccionadores;
- Os obstáculos podem ser desmontáveis sem a ajuda de uma ferramenta
ou de uma chave, entretanto, devem ser fixados de forma a impedir
qualquer remoção involuntária.

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Exemplo:
- Cercados – com placas de advertência;
- Telas de proteção com avisos;
- Tapumes com placas de advertência;
- Tampas sem lacre – com placas de advertência.

n) Proteção por isolamento das partes vivas:


É a separação da parte energizada, ou seja, é qualquer espaço entre
um ponto externo e o ponto de potencial energizado.
Em instalações e serviços dizemos que a isolação está em condições
quando não oferece risco de ruptura ao nível de tensão de serviço.
Características a considerar:
- Nível de tensão;
- Distâncias e afastamentos;
- Material isolante.

o) Isolação dupla ou reforçada:


A utilização de isolação dupla ou reforçada tem como finalidade
propiciar uma dupla linha de defesa contra contatos indiretos. A isolação
dupla é constituída de:
- Isolação básica: isolação aplicada as partes vivas, destinada a
assegurar proteção básica contra choques elétricos;
- Isolação suplementar: isolação independente e adicional à isolação
básica, destinada a assegurar proteção contra choques elétricos em caso
de falha da isolação básica, ou seja, assegurar proteção supletiva.
Normalmente são utilizados sistemas de isolação dupla em alguns
eletrodomésticos e ferramentas elétricas portáteis (furadeiras, lixadeiras,
etc.).
Podemos considerar como condutor com isolação reforçada o cabo,
pois o mesmo pode ser instalado em locais inacessíveis sem a utilização
de invólucros ou barreiras (eletrodutos, calhas fechadas, etc.), sendo o
mesmo constituído de isolação e cobertura em composto termoplástico de
PVC.
O fabricante considera a função de isolação da camada de cobertura
somente como proteção contra influências externas.

p) Proteção por colocação fora do alcance:


Os locais de serviços elétricos são recintos destinados à operação de
uma instalação elétrica. Neles só tem acesso pessoas qualificadas e
advertidas.
A proteção parcial por colocação fora de alcance é somente destinada a
impedir os contatos involuntários com as partes vivas.
Quando há o espaçamento, este deve ser suficiente para que se evite
que pessoas circulando nas proximidades das partes vivas em média
tensão possam entrar em contato com essas partes, seja diretamente ou
por intermédio de objetos que elas manipulem ou que transportem.

q) Bloqueios e impedimentos:
Em qualquer atividade elétrica é de fundamental importância o bloqueio
elétrico, significando que o circuito está impedido de religação ou
energização, impossibilitando acesso à dispositivos e elementos de

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manobra ou à áreas de serviços (zonas controladas e de risco), de forma a
garantir a segurança de pessoal e instalações.
O bloqueio deve ser feito com o uso de um cadeado, conhecido pela
palavra inglesa “Lockout” (bloqueio) Apenas o desarme e sinalização,
sem bloqueio, não é considerado uma operação segura.
Como procedimento de segurança é obrigatório o bloqueio (Lockout) e
sinalização (Tagout).

r) Proteção por separação elétrica:


Na proteção por separação elétrica o circuito deve ser alimentado por
intermédio de uma fonte de separação utilizando um transformador cujo
secundário é isolado, ou seja, no secundário nenhum condutor vivo deve
ser aterrado inclusive o neutro.
Este sistema de proteção baseia-se na impossibilidade de “fechamento”
da corrente pela terra no caso de contato de uma pessoa com uma parte
energizada.
Tal impossibilidade perdura enquanto estiver garantido o isolamento
para terra e cessa após a primeira falta para a terra, o que torna evidente a
necessidade de controlar permanentemente o isolamento. A separação é
uma medida de aplicação limitada.
Esta proteção contra contatos indiretos tem as seguintes características:
- Uma separação, entre o circuito separado e outros circuitos, incluindo
o circuito primário que o alimenta, equivale na prática à dupla isolação;
- Isolação entre o circuito separado e a terra;
- Ausência de contato entre a(s) massa(s) do circuito separado, a terra e
outras massas (de outros circuitos) e/ou elementos condutivos;
- Constitui-se em um sistema elétrico “ilhado”.
A separação elétrica individual é, por assim dizer, o retrato ideal da
separação elétrica como medida de proteção.
Sendo o circuito separado isolado da terra, uma falha na isolação do
equipamento alimentado, que tornasse viva sua massa, não resultaria em
choques elétricos, pela inexistência de caminho para a circulação da
hipotética corrente de falta, até aí, nenhuma diferença entre separação
individual e a que alimenta vários equipamentos.
Evitando-se a alimentação de vários equipamentos, descarta-se, por
exemplo, o risco de contato simultâneo com massas que porventura se
tornam vivas pela ocorrência de faltas envolvendo duas fases distintas.
Por isso a necessidade de equipotencialização (não aterrada) entre
massas quando o circuito separado alimenta mais um equipamento.
Além da equipotencialização das massas, é necessário que um
dispositivo de proteção seccione automaticamente a alimentação do
circuito separado, num tempo máximo estipulado, se após a ocorrência da
primeira falta, envolvendo uma massa, sobreviver uma segunda falta,
envolvendo outra massa e outro condutor, distinto do primeiro.

6. Normas técnicas brasileiras – NBR da ABNT: 5410, 14039 e outras:

No Brasil, as normas técnicas oficiais são desenvolvidas pela ABNT


(Associação Brasileira de Norma Técnicas) e registradas no INMETRO
(Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial);
A sigla NBR (Norma Brasileira Registrada), antecede muitas siglas,

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A ABNT é a representante brasileira no sistema internacional de
normatização.

Normas para atividades com eletricidade:


6.1. NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão:
Esta norma fixa as condições que devem satisfazer as instalações
elétricas a fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de
pessoas e animais domésticos e a conservação do patrimônio. Aplica-se às
instalações elétricas alimentadas sob uma tensão nominal igual ou inferior a
1000 V em corrente alternada, com frequências inferior a 400 Hz, ou a 1500 V
em corrente contínua.
Sua aplicação é considerada a partir da origem da instalação,
observando-se que:
a) A origem de instalações alimentadas diretamente por rede de distribuição
pública em baixa tensão corresponde aos terminais de saída do dispositivo
geral de comando e proteção; no caso excepcional em que tal dispositivo
se encontre antes do medidor, a origem corresponde aos terminais de
saída do medidor;
b) A origem de instalações alimentadas por subestação de transformação
corresponde aos terminais de saída do transformador;
c) Se caso a subestação possuir vários transformadores, a cada
transformador corresponderá uma origem, havendo tantas instalações
quantos forem os transformadores;
d) Nas instalações alimentadas por fonte própria de energia, a origem é
considerada de forma a incluir a fonte como parte da instalação.

Abrangência da NBR 5410:


a) Edificações residenciais;
b) Edificações comerciais;
c) Estabelecimento de uso público;
d) Estabelecimentos industriais;
e) Estabelecimentos agropecuários e hortigranjeiros;
f) Edificações pré-fabricadas;
g) Reboques de acampamento (trailers), locais de acampamento
(camping), marinas e instalações análogas;
h) Canteiro de obras, feiras, exposições e outras instalações temporárias.

Observações:
Aplica-se a instalações novas e a reformas em instalações existentes;
Limita-se às instalações elétricas internas, ou seja, após a medição da
concessionária de energia elétrica.

6.2. NBR 14039 – Instalações Elétricas de Média Tensão (1,0 kV a 36,2


kV):
Esta norma fixa os métodos de projeto e execução de instalações
elétricas de média tensão, com tensão nominal de 1,0 kV a 36,2 kV, à
frequência industrial, de modo a garantir segurança e continuidade de serviço.
Sua aplicação é considerada a partir de instalações alimentadas pela
concessionária de energia elétrica, que corresponde a ponto de entrega
definido através da legislação vigente da ANEEL (Agência Nacional de Energia
Elétrica).

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Também se aplica a instalações alimentadas por fonte própria de
energia em média tensão.
Abrange as instalações de geração, distribuição e utilização de energia
elétrica, sem prejuízo das disposições particulares relativas aos locais e
condições especiais de utilização constantes das respectivas normas.
As instalações especiais, tais como: marítimas, de tração elétrica, de
usinas, pedreiras, luminosas com gases (neônio e semelhantes), devem
obedecer, além desta, às normas específicas aplicáveis em cada caso.

Esta norma não se aplica:


- Às instalações elétricas de concessionárias dos serviços de geração,
transmissão e distribuição de energia elétrica, no exercício de suas funções em
serviços de utilidade pública;
- Às instalações de cercas eletrificadas;
- À manutenção em linha viva;
As prescrições desta norma constituem as exigências mínimas a que
devem obedecer às instalações vizinhas ou causar danos a pessoas e animais
e a conservação dos bens e do meio ambiente. Aplica-se a instalações novas;
às reformas em instalações existentes e às instalações de caráter permanente
ou temporário.

Outras normas brasileiras aplicáveis ao segmento de energia


elétrica:

- NBR 5419:2009 Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA);


- NBR 10898:2013 Sistema de Iluminação de Emergência;
- NBR 12232:2015 Proteção contra Incêndios com CO2 p/ Transformadores e
Reatores de Potência;
- NBR 60079-14:2016 Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas.
- NBR 8995-1:2013 Iluminação de ambiente de trabalho;
- NBR 13534:2008 Instalações Elétricas em Ambientes Assistenciais de Saúde –
requisitos para a segurança;
- NBR 13570:2021 Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público – requisitos
específicos;
- Resolução ANEEL 414/2010 Portaria para Condições Gerais de Fornecimento de
Energia;
- RIC BT Regulamento de Instalações Consumidoras Baixa tensão;
- RIC MT Regulamento de Instalações Consumidoras Média tensão.

7. Regulamentações do MTE:

a) NRs:
A Constituição Federal é a origem dos instrumentos jurídicos de
proteção ao trabalhador. Ao relacionar os direitos dos trabalhadores, incluindo
entre eles a proteção de sua saúde e segurança por meio das normas
específicas.
Coube ao ministério do trabalho estabelecer estas Normas
Regulamentadoras – NR por intermédio da portaria nº 3.214/18, possuindo
caráter de Lei.

Relação das NR’s:


NR 1: Disposições Gerais;
NR 2: Inspeção Prévia;(REVOGADO)
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NR 3: Embargo ou Interdição;
NR 4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho;
NR 5: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes;
NR 6: Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s;
NR 7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
NR 8: Edificações;
NR 9: Avaliação E Controle Das Exposições Ocupacionais A Agentes Físicos,
Químicos E Biológicos;
NR 10: Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade;
NR 11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
NR 12: Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
NR 13: Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques Metálicos De
Armazenamento;
NR 14: Fornos;
NR 15: Atividades e Operações Insalubres;
NR 16: Atividades e Operações Perigosas;
NR 17: Ergonomia;
NR 18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
NR 19: Explosivos;
NR 20: Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis;;
NR 21: Trabalho a céu aberto;
NR 22: Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração;
NR 23: Proteção contra Incêndios;
NR 24: Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
NR 25: Resíduos Industriais;
NR 26: Sinalização de Segurança;
NR 27: Registro profissional do Técnico de Segurança do
Trabalho;(REVOGADO)
NR 28: Fiscalização e Penalidades;
NR 29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário;
NR 30: Segurança E Saúde No Trabalho Aquaviário;
NR 31: Segurança e Saúde nos Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,
Exploração Florestal e Aquicultura;;
NR 32: Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde.
NR 33: Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados;
NR 34: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval;
NR 35: Trabalho em Altura;
NR 36: Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
Processamento de Carnes e Derivados.
NR 37: Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo.

b) NR-10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade):


A Norma Regulamentadora nº 10 (NR-10) trata da segurança em
instalações e serviços em eletricidade, tendo fundamentação legal, que dá
embasamento jurídico à existência desta NR, está nos artigos 179 a 181 da
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 179 – O MTbE disporá sobre as condições de segurança e as
medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétricas
em qualquer das fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de
energia.

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Art. 180 – Somente profissional qualificado poderá instalar, operar,
inspecionar ou reparar instalações elétricas.
Art. 181 – Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou
instalações elétricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a
acidentados por choque elétrico.

c) Qualificação, habilitação, capacitação e autorização:


É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão
de curso específico na área elétrica reconhecida pelo Sistema Oficial de
Ensino.
É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador
previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes
condições, simultaneamente:
1) Receba capacitação sob orientação e responsabilidade de
profissional habilitado e autorizado; e
2) Trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e
autorizado.
A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas
condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado, responsável
pela capacitação.
São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou
capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.
A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a
qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador.
Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas
devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da
empresa.
Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem
ser submetidos a exame de saúde compatível com as atividades a serem
desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu
prontuário médico.

8. Equipamentos de proteção coletiva - EPC:

São instrumentos de uso coletivo cuja finalidade é a de neutralizar,


atenuar ou sinalizar determinados riscos de um trabalho executado. O EPC
deve ser usado em qualquer situação em que o risco é coletivo. Deve-se na
medida do possível darmos preferência a utilização de EPC’s a EPI’s.

Exemplos de EPC’s em instalações elétricas e demais atividades:

- Tapetes de borracha isolantes:


Acessório utilizado principalmente em subestações, sendo utilizado para
executarmos a isolação contra contatos indiretos, minimizando assim as
consequências por uma falha de isolação nos equipamentos, reduzindo a
corrente de falta que possa fluir pelo corpo, quanto maior for o valor da
resistência de isolação do tapete e menor a resistência do aterramento de
proteção. Deste modo o tapete é um complemento da proteção por
aterramento da carcaça.
Normalmente o material empregado é composto de borracha maciça.

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Sua tensão de isolação deve ser superior a tensão nominal de
operação. Para tensão de 13,8 kV, utilizamos tapete com isolação superior a 15
kV. Para 23 kV utilizamos tapete com isolação superior a 25 kV.

- Conjunto de aterramento temporário:


Equipamento destinado a execução de aterramento temporário, visando
à equipotencialização e proteção pessoal contra energização devida do circuito
em intervenção.

- Vara de manobra isolada:


Vara isolada, destinada a fazer manobra na rede elétrica energizada a
uma distância segura.

- Detector de tensão:
Equipamento destinado à verificação de tensão elétrica em locais que
se pretende trabalhar com a rede desenergizada.

- Cones e bandeiras de sinalização:


Anteparos destinados a fazermos a isolação de uma área que estejam
sendo executadas intervenções.

 Fita zebrada para sinalização:


Fita plástica colorida em poliestileno, com listras amarela e preta
intercaladas.
Utilizada interna e externamente na sinalização, interdição, balizamento
ou demarcações em geral, por indústrias, construtoras, transportes,
órgãos públicos ou empresas que realizam trabalhos externos.
Leves, resistentes, dobráveis e de fácil instalação, são fornecidas em
rolo de 200 metros de comprimento e 70 mm de largura, podendo ser
afixadas em cones e tripés.

 Cone em PVC para sinalização:


Utilizados para sinalizar, isolar, balizar ou interditar áreas de tráfego ou
serviços com extrema rapidez e eficiência.
Fornecido em polietileno / PVC ou borracha, são altamente duráveis e
resistentes a intempéries e maus tratos.
Cores: amarelo / preto ou branco / laranja.
Dimensões: altura de 50 cm ou 75 cm.

 Correntes para sinalização em ABS:


Correntes de sinalização e isolamento em plástico ABS de alta
durabilidade, resistência mecânica e contra altas temperaturas.
Excelente para uso externo, não perdendo cor ou descascando com a
ação de intempéries. Fabricados nos tamanhos pequeno e grande, nas
cores amarelas, preta, ou as duas cores mescladas. Indicada para uso
na construção como isolamento e sinalização.

- Placas de sinalização:

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São utilizadas para sinalizarmos perigos (perigo de morte, etc.), e
situações dos equipamentos (equipamentos energizados, não manobre este
equipamento sobre carga, etc.), visando assim à proteção de pessoas que
estiverem trabalhando no circuito e de pessoas que venham a manobrar os
sistemas elétricos.

- Grades e aros de proteção:


Utilizados na sinalização e demarcação da área onde está sendo
realizado algum trabalho, de forma que nenhuma pessoa entre ou sofra queda
de forma não intencional nesta área. Um exemplo de sua utilização são as
caixas substerrâneas.

- Protetores de máquinas:
Anteparos destinados a impossibilitar contatos acidentais com partes
energizadas ou partes móveis de equipamento. Protetores isolantes de
borracha para redes elétricas. Anteparos destinados a proteção contra contatos
acidentais em redes aéreas, utilizados na execução de trabalhos próximos a ou
em redes energizadas.
Aplicáveis a todas as correias, polias, engrenagens, eixos e transmissão
bem como às demais partes dos equipamentos que sejam móveis e que
estejam expostas e/ou energizadas, podendo causar acidentes. Estas
proteções devem ser fabricadas, de modo que as aberturas da tela e sua
distância em relação ao equipamento, garanta que os dedos das pessoas não
entrem em contato direto com as partes móveis, mesmo que intencionalmente.
As proteções devem ser fabricadas bipartidas, em tela, com malha até
12,7 mm (1/2”) de abertura no máximo, e a distância mínima entre a tela e a
parte móvel deve ser de 40 mm.

- Sinalização de segurança:
A sinalização de segurança tem por objetivo identificar, através das
cores, os equipamentos de segurança, delimitações de áreas, identificação das
canalizações empregadas nas indústrias para a condução de líquidos e gases,
advertindo contra riscos de acidente, conforme segue:

Vermelho: Usado para distinguir equipamentos de proteção e


combate à incêndio.

Amarelo: Em canalizações, utilizado para identificar gases não


liquefeitos. Ex.: Nitrogênio.

Preto: Empregado para indicar as canalizações de inflamáveis e


combustíveis de alta viscosidade. Ex.: óleo lubrificante, etc.

Branco: Empregado em passarelas e corredores de circulação,


por meio de faixa, áreas destinadas à armazenagem, etc.

Azul: Empregado em canalizações de ar comprimido, para


indicar cuidado.

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Verde: Cor que caracteriza segurança. Empregado para
identificar canalizações de água, chuveiro de emergência, armários de EPI.

Laranja: Empregado para identificar canalizações de ácidos,


partes móveis de máquinas e equipamentos.

Cinza Claro: Usado para identificar canalizações de vácuo.

Cinza Chumbo: Usado para identificar eletrodutos.

Marrom: Pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar


qualquer fluido não identificável pelas demais cores.

- Extintor de incêndio:
Auxilia no combate de incêndio. Devem ser apropriados para o local a
ser protegido. O Corpo de Bombeiros exige a inspeção anual de todos os
extintores, além dos testes hidrostáticos a cada cinco anos, por firma
habilitada. Devem ser recarregados os extintores em que forem constatados
vazamentos, diminuição de carga ou pressão e vencimento de carga.

9. Equipamentos de proteção individual - EPI:

São instrumentos de uso pessoal cuja finalidade é neutralizar ao


atenuar a ação de agentes agressivos que poderiam causar lesões ao
emprego. O EPI não evita a ocorrência do acidente, mas sim atenua a ação do
agente agressivo contra o corpo de quem o usa. São utilizados toda vez que as
medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes
para controlar os riscos.
Devem ser específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em
atendimento ao disposto na NR-6, a norma regulamentadora do Ministério do
Trabalho e Emprego relativo a esses equipamentos.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades,
considerando-se também a condutividade, inflamabilidade e influências
eletromagnéticas.
É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações
elétricas ou em suas proximidades, principalmente se forem metálicos ou que
facilitem a condução de energia.
O Ministério do Trabalho atesta a qualidade dos EPI’s disponíveis no
mercado através da emissão do Certificado de Aprovação (C.A.). O
fornecimento e a comercialização de EPI sem C.A. é considerado crime e tanto
o comerciante quanto o empregador ficam sujeitos às penalidades previstas
em lei.
O EPI deve ser utilizado quando:
- Não for possível eliminar o risco por outros meios;
- For necessária complementar a proteção coletiva;
- Forem executados trabalhos eventuais e em exposição de curta
duração, cujo controle na fonte ainda não tenha sido estudado.

Legislação Específica:

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A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), apresenta artigos
específicos sobre EPI, conforme segue:
- Artigo 158: Constitui ato faltoso do empregado a recusa do uso do EPI.
- Artigo 166: A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, os equipamentos de proteção individual adequados ao risco e
em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas
de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes
e danos à saúde dos empregados.
- Artigo 167: O EPI só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Exemplos de EPI’s em instalações elétricas e demais atividades:

- Capacetes isolantes de segurança:


Equipamento destinado à proteção da cabeça quando exista o risco de
batida contra obstáculos, queda de objetos, quedas em alturas, efeitos nocivos
do sol, choque elétrico, objetos projetados, etc.
Quando estiver em locais sujeitos a ação do vento e a partir de uma
altura igual ou superior a 2 metros, é obrigatório o uso de fita de fixação
conhecida como jugular Deve passar por baixo do queixo, evitando que o
capacete caia quando a pessoa estiver olhando para baixo ou quando soprar
um vento muito forte.
Confeccionado em tamanho único, o capacete possui uma suspenção
interna conhecida como carneira, que deve ser utilizada bem ajustada à
cabeça. Ela funciona como um amortecedor, diminuindo o impacto na queda de
objetos.
O capacete utilizado em serviços com eletricidade deve ser de classe B
(submetidos a testes de rigidez dielétrica a 30 kV), e preferencialmente com
aba total. Caso contrário deverá ser usado com aba frontal voltada para a
frente. O objetivo desta aba é proteger o nariz do trabalhador contra a queda
de objetos.
Atenção:
- Sempre que necessário, lave o capacete com água e sabão neutro;
- Não use gorros ou bonés embaixo do capacete, pois diminui a eficiência da
fixação do mesmo na cabeça.

- Máscara / respiradores:
Equipamento destinado a utilização em áreas confinadas e sujeitas a
emissão de gases, poeiras, contra pós, névoas tóxicas, fumos, vapores
orgânicos ou gases ácidos.
Ampla variedade de aplicações em indústrias de modo geral, fundições,
carvoarias, frigoríficos, petroquímicas, avícolas, hospitais, laboratórios,
pedreiras, fábricas de alumínio, etc,; em trabalhos com moagem, lixo,
agrotóxico, escavação, perfuração, etc., e em todas as condições de trabalho
onde um material sólido se parta liberando partículas finas que se depositem
por efeito de gravidade.
- Luvas de proteção mecânica:
As mãos sofrem lesões com maior frequência. Isso pode ser evitado
através do uso de luva. Elas impedem o contato direto com materiais cortantes,
abrasivos ou aquecidos. A luva de raspa é a mais indicada, devido à sua
resistência e durabilidade.

- Luvas impermeáveis:

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As luvas impermeáveis servem para evitar o contato direto com partes
molhadas e/ou contaminadas.
Utilizar do tipo impermeável de Borracha Nitrílica ou Neopreme quando
for manipulado produto químico, solventes orgânicos, concentrados
emulsionáveis.
Luvas de Látex ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou
formulações que não contenham solventes orgânicos.
Procedimentos para ajudar a evitar ferimentos nas mãos:
- O uso de luvas correta ajuda a prevenir ferimentos nas mãos e nos dedos.
- Mantenha as mãos e luvas livres de graxas e de óleos.
- Não fique com as mãos ou dedos em lugares onde possam ser esmagados
ou apertados.
- Antes de manusear qualquer material, verifique a existência de bordas
cortantes e mantenha as mãos afastadas das extremidades destes materiais.
- Certifique-se de que as proteções para mãos e dedos e outros dispositivos de
segurança nas ferramentas, equipamentos e maquinários estão no lugar e se
são operantes.
- Por razões de segurança não use aneis ou a alianças quando estiver
trabalhando. Estes objetos podem se prender facilmente no maquinário e em
outros objetos, provocando um corte grave no dedo, ou o pior, uma amputação.
- As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro das mangas do
jaleco, com exceção de quando o trabalhador pulveriza dirigindo o jato para
alvos que estão acima da linha do seu ombro (para o alto).

- Luvas de borracha isolantes de BT e AT:


Equipamento destinado à execução de manobras, sendo usada
geralmente a complementar a utilização de varas de manobra.
Devem ser utilizadas em conjunto com uma luva de cobertura
apropriada, e acondicionadas em compartimento apropriado, visando o não
comprometimento de suas características de isolação.
As mesmas podem ser testadas com inflador de luvas para verificação
da existência de furos, e por injeção de tensão de testes.
Apresentam identificação no punho, próximo da borda, marcada de
forma indelével, que contém informações importantes, como tensão de uso, por
exemplo, nas cores correspondentes a cada uma das seis classes existentes.
Elas são classificadas pelo nível de tensão de trabalho e de teste,
conforme tabela a seguir:

CLASSES DE LUVAS ISOLANTES (NBR 10622/89)


Tensão de Uso Tensão de Tensão de
Classe Cor
(V) Ensaio (V) Perfuração (V)
00 Bege 500 2.500 5.000
0 Vermelha 1.000 5.000 6.000
1 Branca 7.500 10.000 20.000
2 Amarela 17.000 20.000 30.000
3 Verde 26.500 30.000 40.000
4 Laranja 36.000 40.000 50.000

- Talabarte:
O talabarte é uma tira de couro ou outro material resistente que passa
pela cintura e pelo poste para dar sustentação, facilidade de movimentação,

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destreza e liberação das mãos para execução das tarefas, é indicado para
proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura.

- Capa de chuva:
É recomendada a utilização da capa quando do recolhimento de
material.

- Calçados (botina, sem biqueira de aço):


Equipamento utilizado a minimizar consequências de contatos com
partes energizadas, sendo as mesmas selecionadas conforme o nível de
tensão de isolação, e aplicabilidade (trabalhos em linhas energizadas ou não).
Protegem os membros inferiores contra queda de objetos,
principalmente os objetos cortantes de perfurantes.
Impermeáveis, devem ser calçadas sobre meias de algodão de cano
longo, para evitar atrito com os pés, tornozelos e canela. As bocas da calça do
EPI sempre devem estar para fora do cano das botas, a fim de impedir o
escorrimento do produto tóxico para o interior do calçado.
Devem ser acondicionadas em local apropriado, para não perder suas
características de isolação. Para conservação, limpar com pano úmido e
engraxar sempre que necessário.

- Cinto de segurança:
Equipamento destinado a proteção contra quedas de pessoas, sendo
obrigatório a utilização em trabalhos acima de 2 metros de altura do nível
inferior, onde haja risco de queda.
Deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em
sistema de ancoragem. O sistema de ancoragem deve ser estabelecido pela
Análise de Risco. O trabalhador deve permanecer conectado ao sistema de
ancoragem durante todo o período de exposição ao risco de queda.
O talabarte e o dispositivo trava-quedas devem estar fixados acima do
nível da cintura do trabalhador, ajustados de modo a restringir a altura de
queda e assegurar que, em caso de ocorrência, minimize as chances do
trabalhador colidir com estrutura inferior.
É obrigatório o uso de absorvedor de energia (dispositivo destinado a
reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e sistema de segurança
durante a contenção da queda) nas seguintes situações:
a) fator de queda for maior que 1 (razão entre a distância que o trabalhador
percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo);
b) comprimento do talabarte for maior que 0,9m.
Quanto ao ponto de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes
providências:
a) ser selecionado por profissional legalmente habilitado;
b) ter resistência para suportar a carga máxima aplicável;
c) ser inspecionado quanto à integridade antes da sua utilização.
Os trabalhos em altura deverão ser feitos na companhia de outras
pessoas ( não trabalhar sozinho), para socorrer em casos de emergências.
Caso não exista um ponto fixo para prender o cinto de segurança,
deverá ser esticado um cabo de aço de dimensões adequadas (mínimo de
3/16” – linha de vida) para que permita a fixação do cinto e/ou a locomoção do
usuário.
- Protetores auriculares:

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Equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos
prejudiciais à audição. Devem ser utilizados protetores auriculares apropriados
sem elementos metálicos para trabalhos com eletricidade.

São dois modelos:


- de inserção;
- tipo concha.

Razões para utilização do protetor auricular:


- evitar que o trabalhador adquira uma doença profissional irreversível de
surdez;
- evitar níveis de qualidade de produção indesejáveis;
- evitar interferências nas comunicações levando a codificações erradas de
certos serviços;
- evitar que existam alterações do sistema nervoso do trabalhador, causando
um acidente;

- Proteção para os olhos – Óculos de Segurança:


Equipamento destinado à proteção contra elementos que venham
prejudicar a visão, como exemplo, descargas elétricas, cabos e fios que
quando cortados possam atingir os olhos dos colaboradores.
Os óculos de segurança são de uso obrigatório em todos os locais de
trabalho, não importando o nome da sua profissão.
Quando houver visitantes, peça que eles usem os óculos de segurança
enquanto estiver acompanhando você.
Se forem utilizados óculos escuros para atividade externa, o mesmo
deverá ser com lentes com proteção dos raios ultravioletas.

- Proteção para o rosto – Protetor Facial:


Deve ser usado o protetor facial toda vez que for trabalhar com
esmirilhadeira, lixadeira, esmeril, serra circular ou máquinas similares e em
manobras da rede elétrica de alta tensão quando o operador estiver próximo.
A viseira deve ficar um pouco afastada do rosto para não embaçar.
O protetor facial somente será eficiente se for usado junto com o óculos
de segurança. Deve se utilizar conjugado com o capacete.
Ele não resiste ao impacto de um disco abrasivo quebrado ou de uma
serra circular rompida.

- Proteção contra arcos elétricos:


Vestimenta de proteção contra arcos elétricos (voltaicos) especialmente
desenvolvidas para proteção de trabalhadores que atuam na manutenção
elétrica de subestações, cabines de distribuição, CCMs, entre outros. As
roupas de proteção confeccionadas com tecidos antichama conferem proteção
essencial contra queimaduras provocadas por arcos elétricos.
Devido a diversidade de riscos existentes em cada instalação industrial,
as roupas de proteção contra arcos elétricos são fornecidas com até quatro
camadas de tecido, sendo que a partir da 2º camada, são adicionadas mantas,
o que proporciona maior leveza e flexibilidade, criando uma vestimenta muito
mais confortável para o usuário, com proteção adequada à diversos potenciais
de arcos elétricos.

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10. Rotinas de trabalho – Procedimentos

Os serviços em instalações elétricas devem ser planejados e realizados


em conformidade com procedimentos de trabalho específicos, padronizados,
com descrição detalhada de cada tarefa, passo a passo, assinados por
profissional que atenda ao que estabelece a norma.
Os serviços em instalações elétricas devem ser precedidos de ordens
de serviço especificas, aprovadas por trabalhador autorizado, contendo, no
mínimo, o tipo, a data, o local e as referências aos procedimentos de trabalho a
serem adotados.
Os procedimentos de trabalho devem conter, no mínimo, objetivo,
campo de aplicação, base técnica, competências e responsabilidades,
disposições gerais, medidas de controle e orientações finais.
Os procedimentos de trabalho, o treinamento de segurança e saúde e a
autorização de que trata a norma devem ter a participação em todo processo
de desenvolvimento do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e
Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver.
A autorização referida deve estar em conformidade com o treinamento
ministrado, previsto no Anexo III desta NR.
Toda equipe deverá ter um de seus trabalhadores indicado e em
condições de exercer a supervisão e condução dos trabalhos.
Antes de iniciar trabalhos em equipe os seus membros, em conjunto
com o responsável pela execução do serviço, devem realizar uma avaliação
prévia, estudar e planejar as atividades e ações a serem desenvolvidas no
local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores técnicas
de segurança aplicáveis ao serviço.
A alternância de atividades deve considerar a análise de riscos das
tarefas e a competência dos trabalhadores envolvidos, de forma a garantir a
segurança e a saúde no trabalho.

11. Documentação de instalações elétricos

Conforme a NR-10, no item 10.2.4, estabelece que os estabelecimentos


com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário
de Instalações Elétricas, contendo, além do disposto no subitem 10.2.3, onde
as empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das
instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do
sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção, no
mínimo ainda:

a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de


segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das
medidas de controle existentes;

b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção


contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos;

c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o


ferramental, aplicáveis conforme determina está NR;

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d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados;

e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em


equipamentos de proteção individual e coletiva;

f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas


classificadas;

g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações,


cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”.

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12. Riscos adicionais:

São consideradas como riscos adicionais elétricos, as situações


impostas pelo meio que venham a agravar as consequências dos acidentes
elétricos, ou propiciar os mesmos.

a) Altura NR-35:
Nos trabalhos com energia elétrica em alturas devemos seguir as
instruções relativas à segurança descritas abaixo:

- É obrigatório o uso do cinto de segurança e do capacete com jugular.


- Quando estiverem sendo executados trabalhos em estruturas ou
equipamentos acima do solo, havendo condutores e outros equipamentos
sob tensão próximos, deve ser designados um ou mais observadores a fim
de prevenir qualquer descuido de seus companheiros.
- O observador deve estar devidamente instruído sobre o serviço a ser
executado e dedicar-se exclusivamente à observação, devendo ser
substituído após determinado espaço de tempo, a critério do responsável
pelo serviço.

- Quando for imprescindível o uso de andaimes tubulares metálicos


em estações, eles deverão:
- Respeitar as distâncias de segurança, principalmente durante as
operações de montagem e desmontagem;
- Estar aterrados;
- Ter as tábuas das plataformas com, no mínimo, uma polegada de
espessura, estarem travadas e nunca ultrapassar o andaime;
- Ter base com sapatas;
- Ter guarda-corpo de noventa centímetros de altura em todo o
perímetro com vãos máximos de trinta centímetros;
- Ter cinto de segurança tipo paraquedas para alturas iguais ou
superiores a dois metros;
- Ter estais a partir de três metros e a cada cinco metros de altura.
- As escadas de madeira não devem ter qualquer parte metálica nas
extremidades, devem ser pintadas na parte inferior com faixas de
sinalização até a altura de 2 metros.

- Quando for executar trabalhos com escadas, deverão:


- Antes de usar a escada, verificar cuidadosamente se não está
rachada, com degraus soltos, quebrados ou em decomposição, com as
laterais frouxas ou com outro defeito qualquer. Se houver problemas,
providenciar a troca imediatamente;
- Ao posicionar a escada amarre-a, verificando as condições da área de
apoio e evitar locais com possível fuga de energia. Quando não for possível
amarrá-la, solicitar a presença de um companheiro para segurá-la, devendo
estar ciente da sua responsabilidade;
- As escadas devem sempre ser manuseadas com luvas;
- Sinalize com cones;
- Limpe a lama, a graxa, o óleo ou qualquer substância escorregadia
dos calçados antes de subir;
- Instalar a escada usando o pé direito para o apoio e a mão fechando
por cima do degrau, verificando o travamento da extensão;

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- Ao subir, não leve ferramentas nos bolsos, levante-as com corda ou
em bolsas próprias;
- Trabalhe de frente para a escada e não procure atingir distâncias
maiores que o comprimento de seus braços. Mude a escada de local
quando o trabalho exigir;
- Trabalhar somente após a escada estar firmemente amarrada,
utilizando o cinto de segurança, e com os pés apoiados sobre os degraus
da mesma;
- Somente uma única pessoa deve subir na escada de cada vez;
- Jamais fique sobre os dois últimos degraus da escada. Nessa posição,
seu equilíbrio torna-se precário;
- Mantenha a escada afastada do apoio, aproximadamente um quarto
da sua extensão;
- Nunca apoie uma escada sobre caixotes ou materiais que possam
resvalar;
- Transportar em veículos, colocando-as com cuidado nas gavetas ou
nos ganchos suportes, devidamente amarradas;
- As subir ou descer, conserve-se de frente para a escada, segurando
firmemente os montantes;
- As escadas devem ser conservadas com óleo de linhaça e suas partes
metálicas com graxa;
- Cuidado ao atravessar as vias públicas, observando que a escada
deverá ser conduzida paralelamente ao meio fio;
- Instalar a escada de modo que a distância entre o suporte e o pé da
escada seja aproximadamente um quarto de comprimento da escada.

b) Ambientes confinadosNR-33:
Nas atividades que exponham os colaboradores a riscos de asfixia,
explosão, intoxicação e doenças do trabalho, devem ser adotadas medidas
especiais de proteção, a saber:

- Treinamento e orientação para os colaboradores quanto aos riscos que


estão submetidos, a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado
em situação de risco;
- Nos serviços em que se utilizem produtos químicos, os colaboradores não
poderão realizar suas atividades sem a utilização de EPI adequado;
- A realização de trabalho em recintos confinados deve ser precedida de
inspeção prévia e elaboração de ordem de serviço com os procedimentos a
serem adotados;
- Monitoramento permanente de substância que cause: asfixia, explosão e
intoxicação, no interior de locais confinados realizados por colaborador
qualificado sob supervisão de responsável técnico;
- Proibição de uso de oxigênio para ventilação de local confinado;
- Ventilação local exaustora eficaz que faça a extração dos contaminantes e
ventilação geral que execute a insuflação de ar para o interior do ambiente,
garantindo de forma permanente a renovação contínua do ar;
- Sinalização com informação clara e permanente durante a realização de
trabalhos no interior de espaços confinados;
- Uso de cordas ou cabos de segurança e armaduras para amarração que
possibilitem meios seguros de resgates;
- Acondicionamento adequado de substâncias tóxicas ou inflamáveis
utilizadas na aplicação de laminados, pisos, papéis de parede ou similares;

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- A cada grupo de 20 (vinte) colaboradores, 2 (dois) deles devem ser
treinados para resgate;
- Manter ao alcance dos colaboradores, ar mandado e/ou equipamento
autônomo para resgate;
- No caso de manutenção de tanque, providenciar desgaseificação prévia
antes da execução do trabalho.

- Trabalhos em caixas subterrâneas:


- É necessária uma autorização (OS) antes do início dessa atividade;
- É obrigatória a utilização de grade de proteção, com a finalidade de
alertar os transeuntes e proteger os empregados;
- Após sinalizar a caixa subterrânea, retire a tampa utilizando
ferramentas apropriadas (chave de guarita);
- O máximo de cuidado deve ser tomado para se evitar lesões nos pés e
nas mãos, considerando o elevado peso das tampas;
- Quando retiradas, as tampas devem ser colocadas em lugar afastado
da entrada da caixa;
- Quando houver necessidade de interromper o serviço para ausentar-
se, a tampa deve ser recolocada no lugar;
- Ao sentir qualquer irritação nos olhos, nariz ou garganta ou ainda
encontrar certa dificuldade para respirar, o trabalhador deve retirar-se
imediatamente da guarita e retornar somente após ser solucionado o
problema;
- Não é permitido o uso de maçarico ou qualquer chama livre no interior
da caixa subterrânea ou em suas proximidades, antes que seja verificada a
existência de gases explosivos;
- Em hipótese alguma o botijão de gás poderá ser colocado dentro da
caixa subterrânea. No processo de vedação do cabo com o capuz, não se
deve aproximar a chama do maçarico aos ombros;
- Antes de iniciar o puxamento do cabo deve-se inspecionar as
condições de segurança na patesca e do gancho da caixa de subterrânea;
- Não é permitido permanecer na caixa subterrânea, durante o tempo
que o cabo estiver sendo tracionado. Quando for necessário repuxar o
cabo, o funcionário deverá ficar sempre ao lado da caixa subterrânea,
nunca em frente ao gancho;
- Para se entrar numa caixa subterrânea, deve ser utilizado o capacete
de segurança e se a caixa subterrânea não estiver completamente seca
devem ser calçadas botas impermeáveis;
- Devem ser utilizadas escadas para entrar e sair de caixas
subterrâneas;
- Quando do término dos serviços, as sobras dos materiais utilizados
devem ser removidas e a área de trabalho deve ficar limpa.

- Trabalho em poste:
Devem ser observadas as instruções sobre trabalho em altura e
utilização de escadas, ao término dos serviços, as sobras dos materiais
utilizados devem ser removidas e a área de trabalho deve ficar limpa.

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13. Proteção contra combate a incêndio

As áreas onde houver instalações ou equipamentos elétricos devem ser


dotadas de proteção contra incêndio e explosão, conforme dispõe a NR 23 -
Proteção Contra Incêndios.
Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados
à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas
potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no
âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação.
Os processos ou equipamentos susceptíveis de gerar ou acumular
eletricidade estática devem dispor de proteção específica e dispositivos de
descarga elétrica.
Nas instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco
acentuado de incêndio ou explosões, devem ser adotados dispositivos de
proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir
sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras
condições anormais de operação.
Os serviços em instalações elétricas nas áreas classificadas somente
poderão ser realizados mediante permissão para o trabalho com liberação
formalizada, conforme estabelece a NR-10 ou supressão do agente de risco
que determina a classificação da área.

14. Acidentes de origem elétrica

A segurança no trabalho é essencial para garantir a saúde e evitar


acidentes nos locais de trabalho, sendo um item obrigatório em todos os tipos
de trabalho.
Podemos classificar os acidentes de trabalho relacionando-os; com
fatores humanos (atos inseguros), e com o ambiente (condições inseguras).
Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes.
No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são
provocados pela presença de condições inseguras e atos inseguros ao mesmo
tempo.

Atos Inseguros:
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes
do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que
decorrem da execução de tarefas de forma contrária às normas de segurança.
É a maneira como os colaboradores se expõem (consciente ou
inconscientemente) aos riscos de acidentes. É falsa a ideia de que não se pode
predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, é possível
analisar os fatores relacionados com a ocorrência dos atos inseguros e
controlá-los. Segue alguns fatores que podem levar os colaboradores a
praticarem atos inseguros:
- Inadaptação: entre homem e função por fatores constitucionais, por
exemplo, sexo, idade, tempo de reação aos estímulos, coordenação motora,
agressividade, impulsividade, nível de Inteligência, grau de atenção;
- Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o desempenho do
indivíduo no momento, por exemplo, problemas familiares, abalos emocionais,
discussão com colegas, alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc.;

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- Desconhecimento dos riscos: na função e/ou da forma de evita-los.
São na maioria das vezes causados por seleção ineficaz, falhas de
treinamento, falta de treinamento;
- Desajustamento: fator relacionado com condições específicas do
trabalho, como problema com a chefia, problemas com colegas, políticas
salarial impróprias, política promocional imprópria, clima de insegurança;
- Personalidade: fazem parte da característica da personalidade do
colaborador e que se manifestam por comportamentos impróprios, como o
desleixo, o machão, o exibicionista, desatenção e brincadeiras.

Condições Inseguras:
São aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco
a integridade física e ou mental do colaborador, devido à possibilidade do
mesmo acidentar-se. Manifestam-se como deficiências técnicas, podendo
apresentar-se:
- Construção e instalações em que se localiza a empresa: áreas
insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta
de ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de
sinalização;
- Maquinário: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em
partes móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas
apresentando defeitos;
- Proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente,
roupa e calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (EPI’s e
EPC’s), ferramental defeituoso ou inadequado.

Causas Diretas de Acidentes com Eletricidade:


Podemos classificar como causas diretas de acidentes elétricos, as
propiciadas pelo contato direto por falha de isolação, podendo ser classificadas
quanto ao tipo de contato físico:
- Contatos diretos: consistem no contato com partes metálicas
normalmente sob tensão (partes vivas).
- Contatos indiretos: consistem no contato com partes metálicas
normalmente não energizadas (massas), mas que podem ficar energizadas
devido a uma falha de isolamento.

Causas Indiretas de Acidentes Elétricos:


Podemos classificar como causas indiretas de acidentes elétricos as
originadas por descargas atmosféricas, tensões induzidas eletromagnéticas e
tensões estáticas.
- Descargas atmosféricas: causam sérias perturbações nas redes
aéreas de transmissão de distribuição de energia elétrica, além de provocarem
danos materiais nas construções atingidas por elas e riscos de morte a que as
pessoas e animais ficam submetidas.
- Tensões induzidas eletromagnéticas: As descargas atmosféricas
quando ocorrem, induzem surtos de tensão em qualquer estrutura metálica
próximas a elas, podendo chegar a centenas de kV, devendo estas estruturas
metálicas estarem aterrradas, escoando esta energia ao subsolo, e serem
unidas em um mesmo potencial tornando-as equilibradas no ponto de vista
elétrico.

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- Tensão estática: os condutores possuem elétrons livres e, portanto,
podem ser eletrizados por indução. Os isoladores, conhecidos também por
dielétricos, praticamente não possuem elétrons livres.

15. Primeiros socorros

O código penal brasileiro, no art. 135, refere-se a omissão de socorro, onde diz
que deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a
pessoa inválida ou ferida ou em grave e iminente perigo, ou não pedir, nesses
casos, o socorro da autoridade pública, pode sofrer pena de detenção ou multa.
Assim, deve se proceder socorro, iniciando com a avaliação inicial do cenário,
antes de iniciar o contato com a vítima, depois verificar suas funções vitais e evitar
o agravamento de suas condições, até que receba assistência qualificada.

RCP- Ressuscitação Cardiopulmonar

1 – Verifique se a cena é segura para você e para a vítima;

2- Avalie a responsividade. Coloque uma mão em cada ombro e chame a


vítima até três vezes: “senhor, senhor, o senhor está me ouvindo? ”

3- Se a vítima não responder, pode ser uma parada cardíaca. Ligue para o
serviço de emergência;

4 – Avalie a respiração. Verifique se a pessoa está respirando. Faça isso em no


mínimo 5 e no máximo em 10 segundos. Se a vítima apresentar respiração
agônica, considere como ausência de respiração;

5– Ajoelhe-se ao lado da vítima, na altura do ombro dela. Estique os braços,


entrelace os dedos. Coloque o calcanhar da mão no centro do tórax;

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6- Faça compressões fortes e rápidas, com uma frequência de 100 a 120 por
minuto (cerca de 5 compressões a cada 3 segundos), em uma profundidade de no
mínimo 5 cm;

Importante! Não pare as compressões até a chegada do atendimento


profissional, a não ser que a vítima volte a se mexer ou respirar. Se houver ajuda,
a cada 200 compressões, troque o socorrista;

16. Responsabilidades.

Gerência Imediata:
- Instruir e esclarecer seus funcionários sobre as normas de segurança do
trabalho e precauções relativas às peculiaridades dos serviços executados em
Estações;
- Fazer cumprir as normas de segurança do trabalho a que estão obrigados
todos os empregados, sem exceção;
- Designar somente pessoal devidamente habilitado para a execução de cada
tarefa;
- Manter-se a par das alterações introduzidas nas normas de segurança do
trabalho, transmitindo-as a seus funcionários;
- Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as
medidas que possam evitar sua repetição;
- Proibir a entrada de menores aprendizes em estações ou em áreas de risco.

Supervisores e Encarregados:
- Instruir adequadamente os funcionários com relação às normas de segurança
do trabalho;
- Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados antes
do início de execução dos serviços;
- Orientar os integrantes de sua equipe quanto às características dos serviços
a serem executados e quanto às precauções a serem observadas no seu
desenvolvimento;
- Comunicar à gerência imediata irregularidades observadas no cumprimento
das normas de segurança do trabalho, inclusive quando ocorrerem fora de sua
área de serviço;
- Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade,
quando deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho;
- Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança,
assim como pela sua correta utilização;
- Proibir que os integrantes de sua equipe utilizem ferramentas e equipamentos
inadequados ou defeituosos;
- Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço;
- Manter-se a par das inovações introduzidas nas normas de segurança do
trabalho, transmitindo-as aos integrantes de sua equipe;
- Providenciar prontamente os primeiros socorros para funcionários
acidentados e comunicar o acidente à gerência imediata, logo após sua
ocorrência;

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- Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as
medidas que possam evitar sua repetição;
- Conservar o local de trabalho organizado e limpo;
- Cooperar com as CIPA’s na sugestão de medidas de Segurança do Trabalho;
- Atribuir serviços somente a funcionários que estejam física e emocionalmente
capacitados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade
técnica de cada um;
- Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu
reinício devem ser tomadas precauções para verificação da segurança geral,
como foi feita antes do início do trabalho;

Funcionários:
- Observar as normas e preceitos relativos à segurança do trabalho e ao uso
correto dos equipamentos de segurança;
- Utilizar os EPI’s e EPC’s;
- Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de
maneira incorreta ou atos que possam gerar acidentes;
- Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho,
qualquer acidente, por mais insignificantes que seja ocorrido consigo próprio,
colegas ou terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis;
- Avisar o seu superior imediato quando, por motivo de saúde, não estiver em
condições de executar o serviço para o qual tenha sido designado;
- Observar a proibição da ocorrência de procedimentos que possam gerar
riscos de segurança, como:
-Ingestão de bebidas alcoólicas ou uso de drogas antes do início, nos
intervalos ou durante a jornada de trabalho;
-Brincadeiras em serviço;
-Porte de arma, excluindo-se casos de empregados autorizados pela
administração da empresa, em razão das funções que desempenham;
-Uso de objetos metálicos de uso pessoal, tais como: aneis, correntes,
bota com biqueira de aço, isqueiros a gás, etc. no interior das Estações, a fim
de se evitar o agravamento das lesões em caso de acidentes elétricos;
-Uso de relógios, exceto quando indispensável no desempenho das
suas funções;
-Uso de guarda-chuvas no interior da Estação;
-Uso de aparelhos sonoros.

Acompanhantes:
O funcionário encarregado de conduzir os visitantes pelas Estações deverá:
- Dar-lhes conhecimento das normas de segurança;
- Fazer com que os acompanhantes permaneçam juntos do funcionário;
- Alerta-lhes para que mantenham a distância adequada dos equipamentos,
não os tocando.
- Fornecer-lhes EPI’s aplicáveis (capacete, protetores auriculares, etc.)

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Contato para dúvidas:

E-mail: [email protected]
E-mail: [email protected]

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