Mitologia Grega

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Aluna: Giovana Luisa Zamberlan

Série: 1° 11 E.M.

MITOLOGIA GREGA

A Mitologia Grega é o conjunto de histórias, lendas e mitos sobre vários


deuses, heróis, titãs, ninfas, e centauros que foram criados pelos gregos na
antiguidade e fizeram parte da sua cultura e religiosidade. A civilização grega
era baseada numa religião politeísta (acreditavam em vários deuses).
O objetivo principal era de explicar alguns fatos, como a origem da vida, a vida
após a morte, ou até mesmo os fenômenos da natureza. A criação das
narrativas fantásticas que englobam a mitologia grega foi a maneira encontrada
pelos gregos para preservarem sua história.
Não existem escrituras sagradas (como a Bíblia para os cristãos) a respeito da
Mitologia Grega.

Podiam ser contados oralmente, mas os gregos registraram pela escrita uma
parte considerável da sua cultura. Importantes registros foram feitos no século
VIII a.C. (quando acredita-se ter surgido a mitologia grega)
por Hesíodo (Teogonia), e por Homero (Ilíada e Odisséia). Na Teogonia são
tratadas a origem e a história dos deuses gregos. Nas narrativas Ilíada e
Odisséia são descritos os grandes acontecimentos envolvendo heróis e
deuses.

Os mitos gregos teriam se originado a partir da unificação de uma série de


histórias e mitologias antigas, com destaque para as de origem dórica e
micênica. Apesar de serem parte importante da cultura e da religiosidade
grega, a crença neles não era unanimidade, uma vez que existiam pessoas
céticas na Grécia que duvidavam da existência dos deuses e não acreditavam
nas suas histórias.

Seres Mitológicos
A mitologia grega é muito rica em personagens e criaturas sobrenaturais, que
representam características inerentes da personalidade humana e das forças
da natureza. Alguns dos principais seres mitológicos gregos são:
Deuses: entidades de poder superior e imortais, mas dotados de diversas
características típicas dos seres humanos, como o ciúme, a inveja, o desejo
sexual, entre outras.
Heróis: considerados os semideuses, ou seja, filhos de deuses com humanos.
Ao contrário dos deuses, os heróis são mortais e protagonizam grande parte
das narrativas sobre a Grécia Antiga. Dos heróis gregos destacam-
se: Hércules, Perseu, Teseu e Belerofonte.
Perseu, filho de Zeus e Dânae, ficou marcado por ter recebido
a missão de obter a cabeça de Medusa, uma górgona, ser monstruoso
conhecido por sua ferocidade e por sua capacidade de transformar em pedra
as pessoas que olhassem diretamente para ela. Perseu contou com a ajuda
dos deuses e cumpriu o feito ao decapitá-la.
Hércules, por sua vez, era filho de Zeus e Alcmena e portador de uma força
sobre-humana. Foi perseguido por Hera parte de sua vida, sendo levado à
loucura e induzido a assassinar sua esposa e seus filhos. Além disso, ficou
marcado por ter concluído 12 trabalhos que eram considerados impossíveis.
Ninfas: figuras mitológicas femininas sempre lindas e alegres e que cuidavam
das florestas. Por exemplo, as Alseídes, ninfas das flores e bosques; as
Dríades, ninfas dos carvalhos; as Nereidas, ninfas da água.
Sereias: criaturas marinhas, conhecidas por serem metade mulher e metade
peixe, tal qual as Harpias. As lendas sobre as sereias falam do canto mágico
que atraíam os marinheiros para o mar.
Centauros: criaturas lendárias e fortes que vivem nas florestas, conhecidas por
serem metade ser humano e metade cavalo. Destaca-se Quíron, amigo de
Herácles criado por Cronos.
Sátiros: possuíam um corpo de homem com patas de bode e chifres. São
correspondentes aos faunos da mitologia romana. Dos sátiros gregos destaca-
se: Pã, o Deus dos bosques.
Górgonas: figuras femininas que possuíam cabelos de serpentes, por exemplo,
a Medusa: uma feiticeira com cobras no lugar dos cabelos. As lendas dizem
que caso alguém olhe diretamente para uma medusa é transformado numa
estátua de pedra.
Minotauros: criaturas ferozes que tinham corpo de homem e cabeça de touro. A
lenda do Labirinto do Minotauro é uma das histórias mais populares sobre este
ser mitológico.

Deuses Gregos
Os deuses gregos eram figuras imortais e antropomórficas. Ou seja, eram
deuses com formas humanas e que também possuíam sentimentos humanos
como o amor, o ódio, a maldade, a inveja, a bondade, egoísmo, fraqueza. Os
mitos ressaltavam que essas divindades tinham qualidades e defeitos também
humanos, e suas personalidades, eventualmente, geravam conflitos.

Os deuses poderiam ser a personificação de fenômenos da natureza, mas


também representar valores abstratos presentes na cultura e sociedade
gregas. Assim, por exemplo, os gregos acreditavam que Zeus tinha o poder de
controlar o clima, portanto, qualquer mudança brusca nesse sentido poderia ser
entendida como ação dele.

As principais divindades gregas eram olímpicas, isto é, que residiam no Monte


Olimpo, governado por Zeus. Os deuses olímpicos se estabeleceram após a
guerra iniciada por Zeus contra os titãs. Esse conflito recebeu o nome
de Titanomaquia e se iniciou porque Zeus se rebelou contra o próprio
pai, Cronos, e foi em busca de seus irmãos, que haviam sido devorados pelo
titã.

Depois de vencida a guerra, Zeus e seus irmãos procederam com a divisão dos
reinos, e Zeus ficou com os céus, Hades, com o submundo, e Poseidon,
com as águas. Ninguém ficou com a Terra, pois ela era o domínio de Gaia.
Importante mencionar que nem todos os deuses gregos residiam no Olimpo,
como é o caso de Hades, deus do submundo.

São 12 os deuses olímpicos:

 Zeus: deus dos deuses e governante do monte Olimpo (morada dos deuses


superiores). Também é considerado o deus da chuva, do céu e das
tempestades.

 Hera: deusa do matrimônio, do parto e da família. É a companheira de Zeus e


rainha do Olimpo.

 Afrodite: deusa do amor, da beleza e do sexo. Considerada a deusa mais bela


de todas.

 Apolo: deus do sol e da luz, mas também era contemplado como deus da


música e poesia. Conhecido por dirigir uma carruagem que transporta o sol.

 Atena: deusa da sabedoria. Filha de Zeus e Métia (sua primeira companheira).

 Ares: deus da guerra. Filho de Zeus e Hera.

 Poseidon: deus dos oceanos e mares. Irmão mais velho de Zeus e Hades.


 Hefesto: deus do fogo e da forja. Considerado o “arquiteto do Olimpo” e o
responsável pelas erupções vulcânicas. É filho de Zeus e Hera, mas foi
abandonado pela mãe por ter nascido muito fraco e feio.

 Ártemis: deusa da caça, da vida selvagem e das noites de lua. Também é


considerada a deusa protetora dos animais.

 Héstia: deusa do fogo. Filha de Reia e Cronos.

 Hermes: mensageiro dos deuses, protetor dos viajantes e comerciantes. É filho


de Zeus com Maia, filha de Atlas.

 Deméter: deusa das plantas, das estações do ano e da terra cultivada. É filha


de Cronos e Réia.

Em alguns textos, Dionísio (deus do vinho, da festa e do prazer) também


aparece como membro oficial do panteão, substituindo a deusa Héstia.

Hades, o deus do submundo e dos infernos, também é considerado um dos


principais deuses da mitologia grega, no entanto não tem um lugar garantido no
monte Olimpo, visto que passa a maior parte do tempo no mundo dos mortos.

E, de acordo com as lendas e histórias que compõem a mitologia grega, ainda


existiam outras divindades menores que eram servas ou descendentes dos
deuses supremos. Entre eles destacam-se: Têmis (deusa das leis), Eros (deus
do amor), Éos (deus do amanhecer), Pã (deus da natureza
selvagem), Dione (deusa das ninfas), Némesis (deusa da
vingança), Nice (deusa da vitória), Hécate (deusa da magia, bruxaria e
feitiços), entre outros.

Deuses romanos: Os principais deuses da mitologia romana e os seus


correspondentes na mitologia grega: Júpiter (Zeus); Juno (Hera);
Netuno (Poseidon); Vesta (Héstia); Ceres (Deméter); Febo (Apolo);
Marte (Ares); Diana (Ártemis); Mercúrio (Hermes); Plutão (Hades);
Minerva (Atena); Vênus (Afrodite); Baco (Dionísio)

Heróis Gregos
Alguns dos principais heróis gregos que protagonizam as lendas e histórias
mais famosas da mitologia são:

Teseu
Conhecido por ter vencido o minotauro no labirinto criado pelo rei Minos, em
Creta. Com a vitória, Atenas passou a se livrar das cruéis imposições feitas por
Minos (oferecer anualmente 14 jovens atenienses – 7 rapazes e 7 moças –
para serem devorados pelo minotauro).

Jasão
Protagonista da história que narra a aventura do herói em companhia dos
argonautas em busca do “velo de ouro”. Na narrativa, Jasão e seus
companheiros tiverem que enfrentar vários monstros e seres mitológicos, além
da ira de alguns deuses.

Belerofonte
Ficou conhecido por ter derrotado a Quimera – criatura mística híbrida – e
dominado o lendário Pégaso, graças a rédea de ouro oferecida pela deusa
Atena, como símbolo de gratidão por ter destruído a Quimera.

Perseu
Perseu conseguiu derrotar a Medusa, cortando a sua cabeça e evitando que se
transformasse numa estátua de pedra.

Herácles
Popularmente mais conhecido por Hércules (nome dado na mitologia romana),
este semideus (filho de Zeus) é conhecido pela história de seus 12 trabalhos
impossíveis.

1. Matar o leão de Neméia;

2. Matar a hidra de Lerna, uma criatura de nove cabeças;

3. Capturar a corça Crinéia;

4. Capturar o javali de Erimanto;

5. Limpar os estábulos do rei Áugias (onde viviam mais de três mil animais);

6. Matar as aves de rapina do lago Estinfália;

7. Capturar o touro de Creta;

8. Capturar os cavalos selvagens de Diomedes;

9. Pegar o cinturão de Hipólita (rainha das amazonas);

10. Capturar os bois de Gerião;

11. Pegar as maçãs de ouro das Hespérides;

12. Vencer Cérbero, o guarda do inferno.


Mitos Gregos
O mito grego da criação: Para os gregos, no início de tudo só havia trevas,
habitadas por duas entidades primordiais: Érebo, a personificação da
escuridão, e Nyx, a própria noite. No meio do vazio original, só existiam essas
duas entidades irmãs, filhas do Caos. E teria continuado assim não fosse a sua
separação, que resulta na divisão entre a Terra (Gaia) e o Céu (Urano).
Quando Nyx e Érebo se separam, também nasce Eros, o deus do amor.
Segundo o historiador Pierre Grimal, é o amor que “assegura a coesão do
universo nascente”. No princípio da existência, para os gregos, havia o amor.

O nascimento dos 12 Titãs: Os Titãs são as divindades poderosas que


precederam os deuses do Olimpo. Portanto, antes de Apolo, Atena e
companhia, da união entre Gaia e Urano surgiram 12 criaturas elementares:
Têmis, Febe, Tétis, Mnemosina, Teia e Reia (do lado feminino) e Crio,
Hiperião, Jápeto, Ceos, Oceano e Cronos (do lado masculino). Também
surgiram do enlace da Terra com o Céu criaturas monstruosas como os
Ciclopes (que personificam o relâmpago) e os gigantescos Hecatônquiros, são
mitos gregos.

O mito de Cronos: Urano não gostava de seus filhos e não queria que eles
saíssem da Terra. Isso provocou a ira de Gaia, que convocou seus filhos a se
rebelarem contra o pai. Só Cronos atendeu ao chamado. Munido de uma foice
dada por Gaia, na primeira oportunidade Cronos perfurou Urano nos testículos,
de onde jorrou sangue que fecundou a Terra. Assim nasceram os Gigantes, as
Erínias (entidades punitivas) e as ninfas Melíades. Algumas gotas de sangue
caíram no mar, dando origem a Afrodite, deusa do amor e da beleza. Mas
Cronos não cumpriu com sua palavra. Ele não libertou seus irmãos das
profundezas da Terra (Tártaro) e passou a reinar sozinho. Devido a uma
profecia de Gaia, que dizia que o reino de Cronos terminaria pelas mãos de um
de seus filhos, ele decidiu comer todos eles. Sempre que a esposa de Cronos
(Reia) dava à luz algum filho, o pai devorava o recém-nascido da mitologia
grega.

O mito de Pandora: Pandora é a primeira mulher na mitologia grega, ela foi


enviada por Zeus à Terra como um presente para os homens. Na sua ida à
Terra, Pandora levou consigo uma caixa e recebeu dos deuses a advertência
de jamais abri-la. Ela não sabia, mas dentro da caixa havia todos os males que
podemos imaginar, como guerras, pestes e fome, até então, o mundo dos
homens era regido pela paz. Mas a curiosidade de Pandora falou mais alto,
passado um tempo, ela abriu a caixa, deixando escapar tudo o que havia lá
dentro. Ela ainda tentou desfazer o erro, voltando a fechar a caixa, mas já era
tarde.
O mito de Prometeu: A história de Prometeu é uma das mais famosas da
mitologia grega. Prometeu é um titã de segunda geração que participou da
batalha contra os deuses, vencida por Zeus. Foi justamente Zeus quem
condenou Prometeu a um dos destinos mais terríveis que se possa imaginar,
depois que o titã cometeu o crime de roubar o fogo dos deuses e compartilhá-lo
com os homens. Todos os dias uma águia devoraria o fígado de Prometeu, que
estaria acorrentado a uma rocha. Para piorar, o martírio se repetiria
diariamente, já que o fígado se reconstituiria durante a noite, ficando novinho
em folha para águia repetir o serviço no dia seguinte.

Afrodite, Helena e a Guerra de Troia: A relação da deusa Afrodite com a


Guerra de Troia é bem curiosa. Tudo começou com um concurso, promovido
durante o casamento do herói Peleu com a deusa Tétis, para saber quem era a
deusa mais bonita do mundo. Concorriam Hera, Afrodite e Atena, cada uma
prometeu algum benefício ao juiz, Páris, príncipe de Troia, que acabou
escolhendo o suborno oferecido por Afrodite: a mulher mais bonita do mundo.
Porém, a mulher mais bonita do mundo, a semideusa Helena, já era casada, e
com ninguém menos do que Menelau, rei de Esparta. Findo o concurso, Páris
foi buscar o seu “presente” – na verdade, foi sequestrar Helena. Revoltado,
Menelau, junto de seu irmão Agamenon e outros aliados gregos, partiram para
Troia para tentar recuperar Helena. Eis o início de uma das guerras mais
famosas da mitologia.

O mito de Aquiles: Diz a lenda que, quando pequeno, sua mãe, Tétis, banhou
o filho no rio Styx, que fica no submundo. Um mergulho nessas águas mágicas
era o bastante para tornar alguém invencível. O problema é que nesse
mergulho o calcanhar de Aquiles não se molhou, ficando desprotegido. Após
dominar a guerra de Troia, matando muitos guerreiros troianos, Aquiles acabou
sendo atingido por uma flecha envenenada atirada por Páris, príncipe de Troia,
vingando a morte de seu irmão Heitor.

O mito de Perséfone: Perséfone era cobiçada por Hades, deus do submundo,


certo dia, quando a bela Perséfone colhia flores, Hades raptou-a. Deméter,
deusa da agricultura e mãe de Perséfone, ficou desesperada, seu desespero
resultou em uma das maiores secas da mitologia grega. Com isso, Zeus, pai de
Perséfone, enviou Hermes ao submundo para convencer Hades a soltar sua
filha. Hades topou soltar Perséfone, mas antes colocou em execução um plano
infalível. Ele pôs um caroço de romã na boca da jovem deusa, fazendo com
que ela jamais se esquecesse do submundo. Assim, todo ano Perséfone
voltava ao submundo para ficar com Hades, na outra metade do ano ela
passava tempo com seus pais no Olimpo. O mito simboliza a mudança das
estações do ano e o próprio ciclo da vida.
O mito da Medusa: Segundo o poeta Ovídio, a Medusa era uma sacerdotisa
do templo de Atena, uma das versões do mito diz que Poseidon, atraído pela
beleza monumental de Medusa, violou-a. Isso infringiu a regra da castidade do
templo, e Atena, em vez de dirigir sua fúria ao agressor, puniu a pobre vítima,
transformando-a num terrível monstro. Com dentes afiados e cabelos de
serpente, a Medusa foi condenada à eterna solidão. Quem ousava olhar para
seus olhos era transformado em pedra. Desafiado num torneio, o semideus
Perseu atreveu-se a matar a fera. E para executar seu plano sem riscos, ele se
guiou pelo reflexo de seu escudo, conseguindo se desviar do olhar petrificante
da Medusa, que acabou decepada o mito grego.

O mito de Narciso e Eco: Narciso era filho da ninfa Liríope, que consultando o
oráculo descobriu que seu filho só viveria enquanto não se conhecesse.
Quando cresceu, Narciso se tornou o mais belo dos rapazes, recusou uma fila
de pretendentes, inclusive a ninfa Eco, que devido a uma maldição imposta por
Hera só era capaz de repetir o final das frases ditas por seu interlocutor.
Desdenhada, Eco se isolou, definhou e morreu. O jovem Narciso era tão belo,
mas tão belo, que acabou se apaixonando por sua própria imagem refletida nas
águas do rio. Por não poder consumar seu amor, desesperou-se. Segundo
conta o poeta Ovídio, ele começou a esmurrar o próprio peito e se transformou
em flor. Narciso foi punido por excesso de vaidade.

Rituais
Os gregos valorizavam os rituais, pois acreditavam que deles dependia a sorte
dos humanos. Os ritos giravam em torno do altar de sacrifícios, que tinham um
caráter festivo — a própria palavra sacrifício, em grego antigo, significava
também festa religiosa —, acompanhados de músicas, cânticos, jogos e
competições

Festas

Festas Dionisíacas: Diversas festas eram dedicadas ao deus Dioniso ao longo


do ano. A principal delas eram as Grandes Dionisías, que ocorriam entre março
e abril, celebrando a chegada da primavera. No início, os festejos eram uma
espécie de transgressão teatral da sociedade da época. O pobre se vestia de
rico, os homens se vestiam de mulheres, as prostitutas fingiam ser donzelas,
etc. A festa se estendia por três dias com consumo de vinho em grandes
quantidades. As relações sexuais abertas eram consideradas normais. Dessa
tradição surge, ao longo do tempo, um concurso de peças cômicas e
dramáticas para celebrar Dioniso. Daqui surge o teatro! 
 
Bacanais: A Roma Antiga também absorve a tradição de celebrar Baco com
cultos religiosos regados a muito vinho. Essas festas passam a ser chamadas
de bacanais. Originalmente, as festas eram feitas em secreto somente por
mulheres. Com o tempo, os bacanais se tornam públicos e são celebrados com
representações teatrais que servem de cerimônia religiosa. Com o tempo, os
bacanais passam a ser mal vistos, perdendo o sentido religioso inicial. As
festas começam a se transformar em orgias noturnas cada vez mais
frequentes (feitas até 5 vezes a mês). Como o rito levava a muitas
extravagâncias e desordens sociais, ele é proibido por volta de 186 a.C.

Apolo
Apolo foi um deus presente na mitologia grega. Era o deus do Sol, da música,
das artes, da medicina, da profecia etc. Sabia tocar a lira como poucos e
manejava muito bem o arco e flecha, tendo matado uma serpente com esse
instrumento. Era filho de Zeus e viveu várias histórias de amores frustrados.

Apolo, deus do Sol


Apolo era um deus que estava presente no panteão de deuses dos
gregos antigos. Era considerado o deus do Sol e o deus patrono da luz, da
música, da medicina, das artes, da profecia etc. Era um dos deuses mais
relevantes da religião grega e era considerado um grande representante das
artes, da beleza e da juventude.

Apolo também esteve presente na religiosidade romana e era conhecido em


Roma pelo mesmo nome. Muito conhecido como deus Sol, acredita-se que
essa faceta de Apolo só foi desenvolvida durante o Período Helenístico da
história grega. Em outros períodos da Grécia, como no Homérico, o culto a
Apolo ainda não o enxergava como deus do Sol.

A Apolo também era creditada a responsabilidade pelas pragas e por pessoas


que morriam subitamente. Assim, se uma pessoa adoecia subitamente, ou se
uma epidemia se espalhava, acreditava-se que Apolo teria lançado uma flecha
com a praga. Na Ilíada, de Homero, por exemplo, conta-se que Apolo foi o
responsável por levar pragas contra os soldados gregos.

Como citado, Apolo era um dos principais deuses do panteão grego e dois
importantes santuários em sua homenagem foram construídos
em Delfos e Delos. Acredita-se que o templo para Apolo em Delfos tenha
surgido por volta de 650 a.C., e o templo de Delos tenha surgido por volta de
700 a.C. Outros locais, como Naxos, Coríntio e Bassas, também possuíam
templos para Apolo.

Nascimento de Apolo
Na mitologia grega, Apolo era filho de Zeus, o deus mais poderoso do panteão
grego, e de Leto, filha dos titãs Febe e Céos. Algumas fontes tratam Leto como
uma deusa, enquanto outras a tratam como uma titânide. Apolo era irmão
gêmeo de Ártemis, e o parto dos dois foi atribulado por causa dos ciúmes que
Hera sentia de Zeus.

Hera era a esposa de Zeus, e o caso dele com Leto a deixou furiosa, fazendo
com que a raiva dela fosse voltada contra a própria Leto. Hera proibiu Gaia, a
Mãe Terra, de permitir que Leto tivesse seu filho em terra. Uma das versões da
história diz que Leto era expulsa de todos os lugares que ia, até que Poseidon
criou uma ilha flutuante para que Leto pudesse dar à luz os seus filhos.

Além disso, a lenda conta que a deusa dos partos, Ilícia, foi proibida de permitir
que Leto desse à luz seus filhos. Leto sofreu as dores do parto por dias, até
que Ilícia fosse convencida a desobedecer à ordem de Hera. Assim, Apolo e
Ártemis nasceram e, logo após o parto, Apolo tomou um néctar e comeu
ambrosia, o que fez com que ele imediatamente fosse transformado em um
homem adulto.

A morte de Píton
Quando estava grávida, Leto teve de fugir constantemente da serpente Píton,
enviada por Hera para a matar. Depois de adulto, Apolo tornou-se um ótimo
arqueiro, e seu arco e sua flecha foram os instrumentos usados por ele para
matar a serpente. Píton residia no monte Parnaso, e Apolo teria se dirigido até
lá para vingar-se.

Na lenda, Apolo matou a serpente com três flechas que atingiram o olho, o


peito e a boca de Píton. A morte da serpente teria agradado à população
grega, e um templo teria sido construído em homenagem ao deus. Esse templo
ficou conhecido como Oráculo de Delfos, um local onde as pessoas iam em
busca de previsões, uma vez que Apolo era o deus da profecia.

Amores frustrados de Apolo


Apolo ficou conhecido por inúmeros amantes, tanto homens quanto mulheres,
mas as histórias mais conhecidas são as de seus amores frustrados. Uma
dessas histórias envolve a ninfa Dafne. Tudo começou quando Apolo zombou
das habilidades de Eros, deus do amor, quando este manejava um arco e
flecha. Apolo estava envaidecido, pois tinha matado Píton há pouco.
Eros vingou-se fazendo com que Apolo se apaixonasse por uma mulher que
não o queria. Para que isso acontecesse, Eros lançou uma flecha de ouro que
fez Apolo apaixonar-se perdidamente por Dafne. Em seguida, ele lançou uma
flecha de chumbo em Dafne, o que fez com que ela tivesse aversão a todos
que se apaixonassem por ela.

Quanto mais Apolo manifestava suas intenções para Dafne, mais ela o
desprezava. Essa história terminou quando Apolo decidiu perseguir Dafne por
um bosque. Aterrorizada e cansada de Apolo, Dafne pediu que seu pai, Peneu,
a convertesse em outro ser e ela tomou a forma de um loureiro.

Outra história envolve Jacinto, um mortal. Apolo passava muito tempo com


Jacinto, e certo dia os dois praticavam lançamento de disco quando uma
tragédia aconteceu. Zéfiro, deus do vento oeste, também era apaixonado por
Jacinto e, enciumado da relação dele com Apolo, Zéfiro interferiu no disco
lançado pelo deus do Sol, fazendo com que o disco fosse contra a cabeça de
Jacinto, causando um acidente fatal.

Outra história frustrada envolve Corônis, uma mulher por quem Apolo se


apaixonou. Ela tornou-se amante de Apolo, mas acabou apaixonando-se por
Ischys e traindo Apolo com esse homem. Um corvo teria contado a Apolo sobre
a traição, e a raiva de Apolo foi tamanha que ele puniu seu mensageiro.
Corônis foi morta por Ártemis, e Ischys foi morto pelo próprio Apolo.

Curiosidades sobre Apolo


 Apolo foi condenado por seu pai a viver durante um ano como um homem
mortal na Grécia, depois de ter matado os ciclopes que produziram o raio
de Zeus.
 A primeira lira de Apolo foi um presente de seu meio-irmão, Hermes.
 Como deus da música, Apolo era habilidoso no manejo da lira.
 Apolo também era habilidoso no manuseio do arco e flecha.
 Apolo participou da Guerra de Troia e defendeu os troianos nesse conflito.

Atena
Atena era a deusa grega da sabedoria e das artes. Os romanos a chamavam
de Minerva. Foi concebida da união de Zeus e da deusa Métis. Era uma deusa
virgem, linda guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua
cidade Atenas.
Atena era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis ficou grávida, Zeus
engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe
tirar o trono, mas para que isso acontecesse convenceu Métis a participar de
uma brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente
e Métis pouco prudente acabou se transformando em uma mosca, e Zeus a
engoliu. Métis foi para a cabeça de Zeus. Mas com o passar dos anos, Zeus
sentiu uma forte dor de cabeça e pediu para que Hefesto lhe desse uma
machadada, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu
pai, já com armadura, elmo e escudo.

Atena leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma
estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que
amansou os cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade
Atenas era sua preferida já que levou seu nome e onde também se fazia cultos
em sua homenagem.
Atena e Poseidon, seu tio, chegaram a disputar o padroado de uma
cidade importante, para isso estabeleceram um concurso: quem desse o
melhor presente à cidade ganharia a disputa. Poseidon bateu com seu
tridente e fez jorrar água do mar e também fez aparecer um cavalo. Já
Atena além de domar o cavalo e torna-lo um animal doméstico, também
deu como presente uma Oliveira que produzia alimento, óleo e madeira,
foi então que ganhou e assim a cidade levou seu nome, Atenas.

Atena, considerada a deusa virgem, ficou assim durante toda a história, pois
pedia para que os deuses não se apaixonassem, pois ela ficaria grávida e teria
que largar sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica.

Atena também ficou conhecida como Minerva pelo voto de desempate que deu
quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas. Orestes matou a
mãe para se vingar da morte do pai. Atena deu o "voto de Minerva" como é
conhecido hoje, e declarou Orestes inocente.

Essa grande deusa era para ser a nova Rainha do Olimpo, mas como era
mulher seu pai continuou no trono. Mas Atena foi a deusa da sabedoria,
prudência, capacidade de reflexão, poder mental, amante da beleza e da
perfeição.

Zeus, o deus supremo dos gregos


Zeus era uma das divindades que faziam parte da religiosidade dos gregos
antigos, sendo considerado o deus mais poderoso de todos. Residia no Monte
Olimpo, regendo o Universo e controlando os céus. Ele comandava os
humanos e os outros deuses e era considerado pelos gregos como o deus do
trovão, dos céus e do raio. Os romanos conheciam Zeus como Júpiter.
Como era o deus dos céus, Zeus tinha o poder de controlar o clima, podendo
usá-lo em benefício ou em prejuízo dos seres humanos. Além desses atributos
e poderes, Zeus era visto por Hesíodo, poeta que narrou a origem das
divindades gregas, como o deus responsável por manter a justiça.
Historiadores contemporâneos, no entanto, afirmam que o conceito de justiça
de Zeus era influenciado por sua própria vontade.
Zeus, assim como diversos outros deuses gregos, podia receber epítetos que
ressaltavam qualidades específicas. Essas alcunhas eram adotadas em
determinados locais, como templos religiosos. Dentre seus vários epítetos,
podemos destacar:
Zeus Agoreu: evidenciava-o como bom para os negócios e como responsável
por punir os comerciantes desonestos.
Zeus Órquio: distinguia-o como uma divindade que protegia os juramentos e
que punia aqueles que não os cumprissem.
Zeus era conhecido por punir severamente as pessoas que cruzavam o seu
caminho e que cometiam ações que ele considerava incorretas. Um exemplo
disso está na punição que ele decretou aos titãs que lhe combateram na
Titanomaquia. Os titãs foram aprisionados pela eternidade no Tártaro, um dos
domínios do submundo. A mitologia grega está repleta de exemplos dessas
punições.
Ele podia ser o causador de conflitos entre os deuses e entre os seres
humanos, mas também era conhecido como uma divindade que podia intervir e
resolver desentendimentos. Um dos mitos mais famosos narra a ação de Zeus
para intermediar um acordo entre Hades e Deméter por conta de Perséfone.
Os mitos gregos também narram que Zeus casou-se duas vezes, sendo
que suas duas esposas foram Métis e Hera. A mitologia narra que Hera, deusa
do casamento e protetora das mulheres e do parto, era extremamente
ciumenta e punia quem se envolvesse com seu marido. Os ciúmes de Hera se
davam pelo fato de que Zeus era extremamente infiel.
Os casos extraconjugais de Zeus foram inúmeros e renderam a ele dezenas de
filhos, entre os quais se destacam Perséfone, Apolo, Ártemis, Hermes, Aleteia,
Dionísio, Perseu, Herácles etc. Do relacionamento de Zeus com Métis nasceu
Atena. Com Hera, Zeus teve Ares, Ilítia, Éris, Hebe, Hefesto e Angelos.
Origem de Zeus
Zeus era filho de Cronos, um titã que regia o Universo. Cronos era filho de
Gaia, personificação da Terra na mitologia grega. A história de Cronos tinha
ficado marcada pela luta dele contra o próprio pai, Urano. Depois de derrotar
seu pai, Cronos recebeu a profecia de que um de seus filhos o destronaria,
assim como ele havia feito com seu genitor.
Depois disso, ele decidiu devorar todos os filhos que tivesse com sua esposa, a
titânide Reia. Assim ele fez, mas quando Zeus nasceu, Reia, sua mãe,
enganou Cronos, dando-lhe uma pedra com roupas de bebê para que ele
comesse. Cronos comeu a pedra, e Zeus foi enviado para Creta para não ser
morto por seu pai. Lá, ele foi cuidado por Gaia ou por ninfas que habitavam a
ilha — há essa variação entre os mitos.
Assim, Zeus cresceu longe de Cronos e, quando se tornou adulto, voltou para
resgatar seus irmãos que foram engolidos. Zeus envenenou o seu pai para que
ele vomitasse e assim libertasse todos aqueles que havia devorado. Isso
libertou Héstia, Deméter, Hera, Hades e Poseidon. Esse resgate culminou no
acontecimento de duas guerras:
Titanomaquia: uma guerra entre os deuses e os titãs. Como vimos, os titãs
foram derrotados e presos por Zeus no Tártaro.
Gigantomaquia: uma guerra entre os deuses e os gigantes, que foram
instigados por Gaia, insatisfeita com a derrota dos titãs, que eram filhos dela.
Os deuses venceram novamente.
Essas vitórias, além de terem consolidado Zeus como o rei dos deuses, uma
vez que ele liderou a guerra contra os titãs e foi o responsável por libertar seus
irmãos, permitiram que:
Zeus tomasse o céu para si;
Poseidon ficasse com as águas;
Hades comandasse o submundo.
Os gregos prestavam culto a Zeus?
Prestar culto a Zeus era uma das práticas estabelecidas na religiosidade grega,
e, para isso, existiam templos e estátuas construídas a ele em diferentes locais
da Grécia Antiga. Havia também oráculos, isto é, sacerdotes que prestavam
culto a Zeus e que se apresentavam como pessoas que poderiam oferecer
conselhos e visões sobre o futuro.
Além disso, os gregos realizavam festivais para Zeus. O mais conhecido deles
eram os Jogos Olímpicos, que se estabeleceram em Olímpia a partir de 776
a.C. A cada quatro anos, essa cidade reunia homens de toda a Grécia — as
mulheres não eram permitidas — para a prática de diferentes competições
esportivas.
A cidade de Olímpia possuía, ademais, uma gigante estátua de Zeus que era
feita de madeira, marfim e ouro, com altura de 12 metros. Essa estátua ficou
particularmente conhecida por integrar a lista das sete maravilhas do mundo
antigo. Além disso, Atenas possuía um templo para Zeus Olímpico e um altar
para Zeus Agoreu.
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