Aula 081599143970

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ECONOMIZE ENERGIA

Vimos o conceito de fator de potência. O fator de potência evidencia o fato


de as indutâncias dos motores de indução, dos reatores e transformadores
consumir uma potência reativa além da energia ativa. Vimos ainda que a energia
reativa decorre do efeito de autoindução na formação do campo magnético pela
passagem de corrente pelo solenoide dos referidos aparelhos. A energia reativa
é consumida, mas não é medida pelos medidores de energia usuais, pois se
trata de uma troca de energia entre o gerador e o receptor.
Nos circuitos resistivos o fator de potência é igual a 1, o que significa que
a potência ativa é igual a potência aparente. Nos circuitos indutivos (que utilizam
reatores magnéticos, motores, transformadores, etc.) o fator de potência é
inferior a 1, neste caso há um aumento na intensidade de corrente, maior queda
de tensão e consequentemente, menor voltagem nos equipamentos.
Nas residências e escritórios normalmente o fator de potência não é um
problema a ser corrigido, uma vez que a maior parte dos equipamentos utilizados
são resistivos. Entretanto, o fator de potência é algo que deve ser levado em
consideração nas indústrias, uma vez que utilizam pesadamente equipamentos
indutivos, ou seja, motores, reatores, transformadores, etc., em outras palavras,
elas tendem a apresentar baixo fator de potência, o que significa sobrecarga
para as instalações industriais e para a concessionária de energia.

Resolução 456 da ANEEL

A Resolução n° 456, de 29/12/200, da Agência Nacional de Energia


Elétrica (ANEEL) determinou que o fator de potência deve ser maior ou igual a
0,92.
Analisemos um exemplo prático: considere uma indústria cujo fator de
potência é 150 kW e fator de potência igual a 0,65. Determine a corrente
demandada pela rede trifásica de 220V, e qual seria a corrente demandada se o
fator de potência fosse 0,92?
Resposta:
Primeiro calculamos a corrente aparente:
150
1° caso, para fator de potência = 0,65: = 231 𝑘𝑉𝐴
0,65
150
2° caso, para fator de potência = 0,92: = 163 𝑘𝑉𝐴
0,92

Agora calculamos a corrente conforme a fórmula apresentada para rede


trifásica de 220V:
𝐾𝑉𝐴 . 1000
𝐼= 𝑈 .√3

231,1000
Para fator de potência = 0,65, 𝐼= = 606 𝐴
220 .√3

163,1000
Para fator de potência = 0,92, 𝐼 = = 428 𝐴
220 .√3

Conclusão: ao aumentarmos o fator de potência de 0,65 para 0,92 temos


uma redução na corrente de 178 A (606 – 428 = 178). Quando aumentamos o
fator de potência melhoramos a eficiência de todo o sistema ligado à rede.

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

A correção do fator de potência deve ser realizada nas instalações que


utilizam pesadamente equipamentos indutivos para atender as exigências da
concessionária de energia e para melhorar a eficiência de todo o sistema,
economizando energia. Para corrigir o fator de potência instalam-se capacitores
em paralelo com a carga com o objetivo de reduzir a potência reativa.

CAPACIDADE DE CARGA E FATOR DE POTÊNCIA

Como determinar a potência, em kVAr, do capacitor que, quando instalado


em um sistema predominantemente indutivo, minimiza a
potência reativa, de maneira que o fator de potência seja igual ou maior que
0,92?

Tabela - Correção do fator de potência.

Fonte: Weg.
O exemplo abaixo nos ajudará a entender como calcular a capacidade
(em KVAr) do capacitor para elevar seu fator de potência para 0,92.
Em uma indústria a carga instalada é 200 kW e seu fator de potência é
0,85. Calcule qual deve ser a potência do capacitor para reduzir a potência
reativa e eleve o fator de potência para 0,92, obtendo com isso economia e
atendendo a exigência da concessionária de energia.
Resposta:
Para resolver esse problema, consultamos a tabela 12 e procuramos a
linha (horizontal) de nosso fator de potência atual (0,85) e nas colunas (vertical),
procuramos o fator de potência desejado. Ao cruzar a linha e coluna especificada
encontramos 0,191. Para acharmos qual deve ser a potência capacitiva para
corrigir o fator de potência, basta multiplicar a carga instalada total (200 KW, no
nosso exemplo) por 0,191.
Pc = 200 x 0,191 = 38,2 kVAr
Pc = 38,2 kVAr

Capacitores

Os capacitores são dispositivos estáticos que introduzem capacitância,


minimizando o efeito das cargas indutivas nos circuitos. São especificados
conforme sua tensão e potência reativa nominal e o tipo de rede, monofásica,
bifásica ou trifásica.
AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL E PREDIAL

Conforme Oliveira (2005), a automação predial e residencial foi baseada


na automação industrial, bem conhecida e difundida há mais tempo. Entretanto,
em residências não são necessárias grandes centrais controladoras e extensos
sistemas de cabeamento. O desejo de automação em projetos de pequeno e
médio porte com características comerciais ou residenciais começou a surgir na
década de 80 quando companhias como a Leviton começaram a desenvolver
sistemas de automação predial, alcançando 4 milhões de edifícios e casas já no
ano de 1996. Como o grande número de aplicações e oportunidades geradas
pelo computador pessoal, pelo surgimento da Internet e pela redução dos custos
do hardware, criou-se uma nova cultura de acesso à informação digitalizada.
Esses fatores permitiram elevar o projeto elétrico de seu nível convencional para
um superior no qual todas as suas funções desenvolvidas estejam integradas e
trabalhando em conjunto.
Os edifícios automatizados, ou edifícios inteligentes, devem integrar seus
diversos componentes em um sistema central, fazendo uso mais completo dos
dispositivos de:
a) Segurança: pessoas e bens;
b) Conforto;
c) Economia: consumo de energia, gás, ar comprimido, agua e esgotos;
d) Comunicação.
e) Supervisão e controle:
• Temperatura;
• Pressão;
Fonte: (Grupo Orion, 2009).

ALARMES ANTIFURTO

Os alarmes antifurto têm como objetivo proteger as edificações contra


intrusos. Há uma enorme variedade de dispositivos disponíveis no mercado que
podem ser acionados por meios mecânicos, magnéticos, luminosos e que
acionam sinais sonoros e/ou luminosos ou um autodiscador de telefone, que liga
para a polícia ou para o dono do imóvel. Podem ser alimentados pela rede
principal ou por baterias e pilhas.

Fonte: (Segurança Predial, 2012).


Há ainda, alarmes constituídos por células fotoelétricas que acionam
quando os raios luminosos emitidos por uma fonte para um sensor são
bloqueados; e os alarmes constituídos por circuitos de TV que permitem
monitorar o local a ser protegido, o que possibilita não só gravar imagens de
eventos suspeitos, mas também acionar mecanismos de defesa após a
identificação de um sinal de invasão enviado a uma central de monitoramento.
Além dos alarmes antifurto, temos ainda os alarmes técnicos: indicam
inundação, vazamento de gás, queda de energia, etc.; alarmes que indicam fogo
e fumaça: possibilitam a detecção rápida, alerta a moradores, chamada de
bombeiros; alarmes médicos: possibilitam o monitoramento e diagnóstico remoto
de sinais vitais, dentre outros. Em cada um desses alarmes existem dispositivos
específicos (sensores ou detectores) que possibilitam seu correto
funcionamento. Abaixo trataremos dos sistemas de alarme contra fogo, fumaça
e gases e seus respectivos sensores.

DETECTORES DE FOGO, FUMAÇA E GASES

Todos os dispositivos, sistemas e instalações contra fogo, fumaça e gases


devem obedecer às recomendações do Código de Segurança contra Incêndio e
Pânico (COSCIP), bem como à legislação complementar.
Para que haja incêndio, são necessários quatro elementos: combustível
(exemplo: plástico, madeira, papel, tecido, gasolina, etc.); oxigênio ou
comburente; calor ou energia de ativação (o elemento que inicia o fogo); e reação
em cadeia. Naturalmente, nos locais em que esses quatro elementos estão
disponíveis o risco de incêndio é iminente.
Combustível

Portanto, diante do risco de incêndio é essencial a instalação de Sistemas


de Proteção contra Incêndios nas edificações residenciais, comerciais e
industriais. Para isso, devemos implantar sistemas que possibilitem detectar e
reportar adequadamente a existência de um incêndio; tomar as medidas
necessárias com eficácia e precisão; e controlar e eliminar o incêndio com o
menor dano possível às pessoas e bens patrimoniais.
Para detectar e localizar o foco do incêndio, utilizamos sensores ou
detectores de fumaça, ionização, temperatura, etc. Eles enviam essas
informações para a Central de Alarme e Incêndio, que aciona sinais sonoros e
luminosos, indicam em seu painel o foco do incêndio, bem como aciona
dispositivos aspersores de água e de combate a incêndio, desligando os
condicionadores de ar e exaustores, impedindo que a fumaça atinja outros locais.
Algumas centrais avisam os porteiros e zeladores, e contatam o Corpo de
Bombeiros, por meio de chamada telefônica com emissão de alarme de incêndio.
Algumas instalações inundam o ambiente com 𝐶𝑂2, agente ideal nas áreas
desocupadas, ou com 𝑁2, em áreas ocupadas, o que reduz a concentração do
comburente (oxigênio), diminuindo a combustão. Nas instalações industriais, os
sensores indicam ainda a presença de gases tóxicos ou vazamentos que, apesar
de não indicarem incêndios, visam eliminar desperdícios
(vazamentos de gás), evitar intoxicações ou proteger a atmosfera contra a
poluição.
É importante ressaltar que os sistemas de detecção e alarme de incêndio
devem ser elaborados conforme a NBR 9441 - 2005: Detecção e Alarme de
Incêndio.

SENSORES AUTOMÁTICOS

Os sensores automáticos, quando instalados criteriosamente, detectam o


foco do incêndio e enviam sinais à Central de Controle. Os principais detectores
são:
1) Detectores de fumaça por ionização: possui grande sensibilidade a
fumaça. Esses detectores possuem uma câmara de ionização, composta por um
material radioativo, protegido por um recipiente de cerâmica, que mantém o ar
ionizado (carregado eletricamente). Esse ar fica entre duas placas metálicas,
uma de carga positiva e outra negativa. A diferença de potencial entre o ar e as
placas gera uma corrente elétrica permanente. Em um incêndio, a fumaça
penetra na câmara de ionização, interrompendo o fluxo da corrente. O circuito
eletrônico, ao detectar essa redução na corrente elétrica, aciona a central de
incêndio. Protegem uma área média de 60 a 120 m².

Fonte: (Segurança Safe and Sound., 2011).


2) Detectores termovelocimétricos: seu funcionamento se baseia em uma
variação na resistência (em Ohms) no termístor (Dispositivo que utiliza dos
semicondutores sensíveis à temperatura, cujo funcionamento é similar ao termo
elemento) em função de uma mudança na temperatura ambiente. Esse detector
aciona os alarmes quando ocorre uma variação de 5, 10 ou 15° C por minuto.

Fonte: (Extintors Barcelona, 2012).

3) Detectores térmicos: são utilizados quando as condições ambientais não


permitem o uso de detectores mais sensíveis. Cobrem uma área média de 36
m².
4) Detectores convencionais automáticos: com novos padrões na tecnologia
de detecção de incêndios por meio de uma combinação de sensores ópticos,
térmicos e químicos (de gás) com o sistema eletrônico de avaliação inteligente.
A sua característica mais impressionante é a capacidade de prevenção de falsos
alarmes (ocasionados por leves aumentos de temperatura, ou por fumaça de
cigarro, por exemplo), bem como a velocidade e precisão de detecção.

CENTRAL DE INCÊNDIO

Essa central processa os sinais fornecidos pelos detectores e


supervisiona as linhas de diagnóstico e comando. Ligam sirenes e as bombas
de combate a incêndios, acionam o Corpo de Bombeiros,
desligam os condicionadores de ar, controlam exaustores, etc. Ou seja, as
centrais de combate a incêndio respondem com uma grande variedade de
operações dependendo dos objetivos pretendidos durante sua instalação.

Fonte: Centrais de incêndio, fabricante: Siemens.

SUPERVISÃO E CONTROLE

Nas instalações prediais comerciais e residenciais existe uma enorme


variedade de equipamentos para garantir segurança, conforto e funcionalidade
aos seus usuários. São os condicionadores de ar, escadas rolantes, elevadores,
exaustores; alarmes contrafogo, incêndio e furto; aquecedores, detectores de
temperatura, água gelada, água quente, etc. Para manter todos esses
equipamentos em bom funcionamento é necessário realizar manutenções
(preventivas, preditivas e corretivas) com frequência, uma vez que paralizações
podem gerar desconforto ou acidentes. Quando algum equipamento deixa de
funcionar, detectar a causa da paralização constitui um verdadeiro desafio, visto
que diferentes fatores podem ocasionar a parada no funcionamento de um
equipamento.
Com o objetivo de minimizar esses problemas é conveniente instalar uma
Central de Supervisão e Controle de Operações, composta por hardware (parte
física, computadores, sensores, atenuadores, CLP, etc.) e software (comandos
ou instruções lógicas) que permite gerenciar todo o edifício. A central é
alimentada por sensores que informam a corrente, tensão, temperatura, pressão,
nível de água, presença de fogo ou fumaça, umidade, concentração de monóxido
de carbono, dióxido de carbono, velocidade de escoamento, e funcionamento
dos equipamentos, etc. Essas informações são processadas e podem ser lidas
em painéis luminosos ou em computadores que indicam qualquer ocorrência,
bem como o local da mesma.
É importante destacar que há uma vasta gama de centrais de controle e
supervisão disponíveis no mercado, desde sistemas mais simples, para prédios
e residências, até sistemas complexos para industriais, hospitais, shoppings
centers, aeroportos, etc.

EXECUÇÃO DOS PROJETOS

Conhecemos os materiais e dispositivos empregados nas instalações


elétricas. Além dos materiais já vistos, (fios, cabos, chaves, interruptores,
tomadas, disjuntores, etc.) convém apresentar materiais que embora citados
(calhas, canaletas, eletrodutos, caixas de distribuição, etc. citados quando
analisamos os tipos de linhas elétricas) precisam ser explicitados. A seguir,
faremos uma análise sucinta desses materiais, visto que uma abordagem
aprofundada de todas as normas e indicações tornaria este texto
demasiadamente extenso.

ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO

Conforme Niskier (2005), o espaço de construção é o espaço existente na


estrutura ou nos componentes de uma edificação, no qual passam os condutores
que alimentam as cargas ao longo do prédio, tendo acesso apenas em
determinados pontos.

Eletrocalha

As eletrocalhas são elementos de linha fechada e aparente, cuja


cobertura é desmontável, pode ser lisa ou perfurada, destinada à condução e
distribuição de fios e cabos, fabricados em chapas de aço SAE 1008/1010,
conforme a NBR 11888-2 e NBR 7013. Dobradas em forma de “U” ou em “C”,
podendo ser com ou sem virola.

Eletrocalha lisa com virola. Eletrocalha perfurada com virola.

Eletrocalha lisa sem virola. Eletrocalha perfurada


simples.

As tampas das eletrocalhas podem ser de encaixe, de pressão ou


aparafusadas.
Tampa de pressão. Tampa de encaixe,

Tampa Parafusada
Fonte: (VALEMAM Perfis Metálicos, 2012).

Para a instalação e fixação das eletrocalhas, como mostra a figura a


seguir, é necessário, uma série de acessórios que serão detalhados a seguir.
Fonte: (VALEMAM Perfis Metálicos, 2012).

Onde:
1. Tê horizontal;
2. Redução à direita;
3. Cruzeta 90°;
4. Desvio à direita;
5. Tê vertical descida;
6. Curva horizontal de 90°;
7. Curva de inversão.

Acessórios para instalação e fixação das eletrocalhas.


Fonte: (Perfil Líder Indústria Eletromecânica Ltda, 2012).
Exemplo de montagem de eletrocalhas:
Fonte: (mmai - Mecânica e manutenção Industrial , 2012).

CANALETA

É um tipo de eletrocalha, pode ser de metal ou de PVC, sendo instalada


abaixo ou acima do solo, fechado ou ventilado, pode ser instalado sobre as
paredes, em tetos ou suspensas.
Fonte: (Energética Network Sciences, 2011).

BANDEJAS

Bandeja nada mais é que uma eletrocalha sem tampa, com base contínua,
pode ser perfurada ou não perfurada.

Fonte: (Pandex Business Systems, 2011).


PERFILADO

Perfilado é uma bandeja ou eletrocalha de tamanho reduzido.

Fonte: (Mega Ltda, 2008).

LEITO

Leito é uma “escada para cabos”, um suporte constituído por travessas


fixas a duas longarinas longitudinais, sem cobertura.
FONTE: (Stock Perfil , 2012).

Exemplo De Instalação De Leitos.


Fonte: (Maxtil, 2012).

CONDUTOS

Condutos são dispositivos que têm como finalidade acondicionar os


condutores. Podemos classificá-los como:
1. Eletrodutos;
2. Dutos;
3. Canaletas e calhas (conduto aberto ou fechado);
4. Bandejas ou leito (conduto aberto);
5. Molduras, alizares e rodapés.

Conforme determina a NBR 5410, todos os condutores de um mesmo


circuito devem ser colocados em um mesmo conduto.

ELETRODUTOS

Os eletrodutos são tubos em que se colocam os condutores com a


finalidade de: proteger os condutores contra a corrosão e ações mecânicas;
evitar curto-circuito, superaquecimento e incêndios; evitar choques elétricos (em
eletrodutos metálicos aterrados) e funcionar como condutor de proteção.
Os eletrodutos podem ser rígidos ou flexíveis. Os eletrodutos rígidos
podem ser constituídos por: aço carbono; alumínio (frequente nos Estados
Unidos); PVC; polietileno de alta densidade; polipropileno; ou plástico com fibra
de vidro. A figura a seguir mostra alguns modelos de eletrodutos rígidos.

Fonte: ( Stoll Representações, 2012).

Os eletrodutos de aço devem ser protegidos contra os efeitos da corrosão,


essa proteção pode ser: cobertura por esmalte a quente; galvanização ou banho
de zinco a quente; capa externa plástica ou asfáltica; ou proteção de tinta
epóxica.

CONEXÕES E ACESSÓRIOS

As conexões são usadas para emendar tubos, mudar sua direção (curvas)
e prendê-los as caixas. As principais são:
• Luvas: são peças de rosca usadas para unir dois tubos ou unir um tubo a
uma curva.
• Buchas: são peças de arremate colocadas na extremidade do tubo para
impedir que os fios e cabos sejam danificados pelas rebarbas na extremidade do
eletroduto.

FONTE: (Wetzel, 2012).

Porcas: são semelhantes às buchas, porém são colocadas externamente


às caixas com o objetivo de melhorar a fixação do eletroduto a parede da caixa.

FONTE: (DERSEHN do Brasil, 2012).


Curvas: possibilita curvar o eletroduto, direcionando-o para outros locais.
Há eletrodutos que utilizam conexões não rosqueadas, neste caso as
conexões são de encaixe (pressão) ou aparafusadas.

Fonte: (Wetzel, 2012).

Fonte: (Wetzel, 2012).

Conforme Júlio Niskier (2005) os eletrodutos são utilizados em uma ampla


variedade de situações:
• Em lajes e alvenaria: rígidos metálicos ou de plástico rígidos.
• Enterrados no solo: rígidos não metálicos ou metálicos com proteção
contra corrosão.
• Aparentes: fixados por braçadeiras nos tetos, paredes ou elementos
estruturais: eletrodutos rígidos metálicos ou de PVC rígido; podem ser fixados
em “mão-francesa”.
• Em equipamentos que apresentam grande vibração, como motores é
recomendado o uso de eletrodutos flexíveis metálicos (conduites) formados por
uma fita enrolada em hélice.
Para se determinar o número de condutores que podem ser colocados no
eletroduto, deve-se levar em consideração a seção nominal em mm² dos
condutores, bem como a dimensão dos eletrodutos em polegadas. A tabela
abaixo mostra o limite máximo de condutores que podem ser colocados em um
eletroduto com base a seção nominal dos condutores e na dimensão dos
eletrodutos.

Fonte: Nbr 5410.


A figura a seguir ilustra a instalação de eletrodutos embutidos.
Fonte: (Wetzel, 2012).

A figura a seguir ilustra a instalação elétrica aparente muito utilizada na


indústria e comércio.

Fonte: (Wetzel, 2012).


DUTOS

Os dutos nada mais são que tubos que têm como finalidade possibilitar a
condução de cabos, quando esses devem ser enterrados. Portanto, precisam
ser impermeáveis e resistentes, sendo normalmente de cerâmica vitrificada,
PVC flexível ou rígido.

INSTALAÇÕES DE CALHAS E CANALETAS

Conforme dissemos anteriormente, as calhas e canaletas podem ser


abertas ou fechadas, com ou sem ventilação direta: de concreto ou alvenaria
com reboco impermeável; de chapa dobrada ou de alumínio; de placas de
concreto pré-moldado; de placas de ferro fundido e com superfície protetora. Os
condutores instalados devem ter bom isolamento para não serem danificados
pela água ou umidade. Nas instalações industriais é recomendado o uso de
prateleiras para evitar o contato de líquidos com os cabos.

Fonte: (VALEMAM Perfis Metálicos, 2012).


LINHAS AÉREAS

Conforme as recomendações da NBR 5410: 2004, as linhas aéreas


podem utilizar condutores com ou sem cobertura, com isolamento resistente ao
tempo (sol e chuva), ou cabos multiplexados (formados pela reunião de um, dois
ou três condutores) resistentes ao tempo instalados sobre postes ou estruturas.
Nos locais em que há riscos de explosão, as linhas devem ser enterradas
há pelo menos 20 metros do local de risco.
A altura mínima para as linhas aéreas são:
• 5,50 m nos locais em que há tráfego de ônibus, caminhões e demais
veículos pesados.
• 4,50 m nos locais em que há apenas tráfego de automóveis e demais
veículos leves.
• 3,50 m nos locais onde há apenas passagem de pedestres.
Recomenda-se ainda que os condutores fiquem distantes de janelas,
sacadas, terraços, escadas, saídas de incêndio e locais similares. Neste caso,
os condutores devem estar a uma distância horizontal mínima de 1,20 m; acima
do nível das janelas; manter uma distância mínima vertical de 3,50 m do piso das
varandas, sacadas ou terraços; ou manter uma distância mínima vertical de 0,50
m abaixo do piso de sacadas, varandas ou terraços.

CAIXAS, TIPOS E USOS

As caixas nas instalações elétricas podem ter várias finalidades, como:


possibilitar passagem ou enfiação; instalar tomadas e/ou interruptores; instalar
lâmpadas; e instalar tomadas no piso.
A figura a seguir mostra uma caixa de embutir de ferro estampado (4”x 2”)
para uma tomada e/ou interruptor.
Caixa de embutir de ferro estampado. FONTE: (Marest, 2012).

Caixa de PVC 4” x 2” Fonte: (Theater, 2012).

As caixas embutidas (as que ficam dentro da parede) devem ser de aço,
quando instaladas em lajes devem ter formato octogonal.
Figuras - Caixa octogonal de aço.

Fonte: (Alibaba, 2012).

Essas caixas possuem “orelhas” que possibilitam a fixação dos


interruptores ou tomadas por meio de parafusos. Uma vez fixados os
interruptores e tomadas, coloca-se sobre eles “espelhos” ou “placas” de bronze,
alumínio, PVC, ou baquelite que rematam com a parede, tendo uma função
estética e protetora.

Figura - Placas Axolute. Fabricante: Bticino.

Fonte: (BTicino, 2012).

CONDULETES
Os conduletes são caixas de distribuição aparente (mas também podem
ser embutidos) muito usada nas instalações industriais e comerciais.
Normalmente são de alumínio ou PVC.

FONTE: (MAPI - Mercado de Artefatos e Produtos de Iluminação, 2012).

A figura a seguir mostra um exemplo de instalação em uma indústria.


Fonte: (Wetzel, 2012).

PROJETO RESIDENCIAL E PREDIAL

O projeto de instalação elétrica deve ter clareza no uso de símbolos, deve


ser completo ao descrever todos os materiais que serão utilizados, e deve ser
coerente com as normas aplicáveis. Um projeto de instalação elétrica é
constituído por três elementos: memorial descritivo, planta ou projeto gráfico e
orçamento.

MEMORIAL DESCRITIVO
O memorial descritivo tem como objetivo descrever o projeto elétrico
especificando: os materiais que serão empregados; as normas, procedimentos
e métodos que serão empregados; e a indicação dos serviços que deverão ser
executados.
A metodologia varia de acordo com o projeto. A norma a ser aplicada
também varia, no caso de instalações elétricas de baixa tensão, deverá ser a
NBR 5410: 2004.

Plantas
A planta é o projeto gráfico das instalações. Deve constar de: subsolo;
térreo; pavimentos; andares; cobertura ou telhado; esquema vertical; local de
medição (concessionária de eletricidade); e quadros de carga e diagramas.
Quanto aos símbolos usados, deve-se seguir a recomendação da NBR
5444: 1989 - Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais.

ORÇAMENTO

O orçamento é montado com base em materiais e mão de obra.


Para os custos de materiais, inicialmente montamos uma tabela ou
planilha com a definição de todos os materiais envolvidos e suas respectivas
quantidades. Para cada item, pesquisamos seu preço unitário e multiplicamos
pelo número de unidades a ser utilizado. Dessa forma obtemos o total parcial.
Fazemos isso para todos os itens envolvidos no projeto. Por fim, basta
somar os totais parciais para encontrar o custo total dos materiais empregados.
Para os custos de mão de obra, sua determinação engloba: o somatório
dos salários dos profissionais envolvidos no projeto multiplicado pelo tempo de
serviço; encargos trabalhistas e leis sociais; impostos e taxas; custos de
transporte para os colaboradores; e despesas do próprio projeto (criação e
modificações). O somatório de todos esses elementos constitui o custo da mão
de obra.
O preço total do projeto e execução é a soma do custo material com o
custo de mão de obra.

FUNDAMENTOS DE ELETRÔNICA

Eletrônica é o ramo da ciência e da tecnologia que estuda os fenômenos


da condução da eletricidade no vácuo, em um gás e em semicondutores e
também a aplicação de dispositivos baseados em tais fenômenos. (Gardini,
2000)

DIODOS

Diodo é um dispositivo eletrônico composto por dois terminais, a saber,


ânodo e catodo, que possibilita a passagem da corrente elétrica apenas do
ânodo para o cátodo.
John Ambrose Fleming, em 1904, criou o primeiro diodo que funcionava
por efeito termiônico. Era composto por uma ampola de vidro no vácuo com dois
eletrodos: a placa (ânodo) no formato tubular e o cátodo que era aquecido direta
ou indiretamente pela passagem de uma corrente elétrica que emitia elétrons
pelo efeito termiônico. Ao se aplicar uma tensão positiva no ânodo, os elétrons
emitidos pelo cátodo sofrem atração pelo ânodo, o que faz circular uma corrente
elétrica do ânodo para o cátodo. Contrariamente, se submetermos o ânodo a um
potencial negativo em relação ao cátodo, não haverá passagem de corrente
elétrica (Azzolin, 2007).
Válvula diodo Fleming. Fonte: (Escuela Universitaria de Informática Ctra.
de Valencia, 2012).

Atualmente os diodos termiônicos foram quase totalmente substituídos


pelos diodos semicondutores. Apenas em algumas aplicações especiais ainda
se utiliza os diodos e demais válvulas termiônicas. (MSPC - Informações
Técnicas, 2008)
Os diodos semicondutores são compostos pela união de um metal e um
semicondutor (diodo com ponta de contato) ou entre dois semicondutores (como
o Ge e Si) dopados P e o outro N. Neste caso, há a passagem de corrente de P
para N (P corresponde ao ânodo e N o cátodo). Esse tipo de diodo não requer
aquecimento, entretanto, quando polarizado inversamente, permite a passagem
de uma pequena corrente, a corrente inversa.
Os diodos são amplamente usados como retificadores de corrente
alternada, pois permitem a passagem da corrente em apenas um sentido. São
fundamentais nos sistemas eletrônicos, com suas características
assemelhandose às de uma simples chave.
Símbolo do diodo.

A seta simboliza o material P (ânodo do diodo) e a barra simboliza o


material N (cátodo do diodo)

O cátodo e ânodo em um diodo podem ser identificados de duas


maneiras, como mostra a figura a seguir:

Fonte: (Wendling, 2011).

No circuito a seguir, o terminal negativo da bateria é ligado no cátodo do


diodo. O terminal positivo passa pela lâmpada e retorna ao ânodo do diodo.
Nessa situação o diodo permite a passagem de corrente elétrica pelo
circuito.
Contrariamente, quando o terminal negativo da bateria é ligado no ânodo
do diodo, e o terminal positivo passa pela lâmpada e retorna para o cátodo, o
diodo não permite a passagem de corrente elétrica, e a lâmpada permanece
apagada.

Fonte: (Wendling, 2011).

TIPOS DE DIODO

1. Diodo controlado ou tiristor (thyristor): é um diodo semicondutor que


possui um terceiro eletrodo complementar, no qual a condução só ocorre quando
se aplica sobre ele uma tensão de disparo.
2. Diodo a gás: diodo em que a condução ocorre em um gás rarefeito (ou
ionizado), como o neon, mercúrio ou argônio.
3. Diodo túnel ou diodo Esaki: consiste em um diodo P-N fortemente dopada
em ambos os lados. A corrente no sentido favorável aumenta proporcionalmente
com o aumento da tensão aplicada, esse aumento ocorre até determinado limite
de tensão. Ao se ultrapassar esse limite de tensão a corrente diminui. Devido a
essas características, os diodos túnel são usados em osciladores de frequência
muito alta e em memórias eletrônicas.
4. Diodo Zener: nele a tensão inversa aumenta proporcionalmente. Sua
curva de corrente inversa é parecida com a de um diodo normal, até certo valor,
a partir do qual temos uma elevação da corrente bem rápida que alcança um
valor máximo diante de uma mínima variação de tensão. Por isso ele é muito
utilizado para estabilizar tensões relativamente baixas.
5. Diodo emissor de luz (LED - light-emitting diode): é um diodo que quando
polarizado diretamente emite luz visível (amarelo, vermelho, verde, azul, laranja,
etc.) ou luz infravermelha. Não é constituído de silício, mas sim de elementos
como o gálio, arsênico e fósforo. Apresenta grande vida útil, funciona em baixa
tensão e consome pouca corrente.
6. Fotodiodo: é um diodo sensível a luz, com encapsulamento transparente.
Esse diodo aumenta a corrente inversa com o aumento da intensidade luminosa.
Em outras palavras, quanto mais luz incidir sobre ele, maior será a passagem de
corrente inversa.

Capacitores

É um componente eletrônico capaz de armazenar energia elétrica. São


constituídos por duas placas condutoras separadas por um material isolante.
Essas placas ou armaduras podem ser planas, cilíndricas, esféricas, duas
esféricas concêntricas, etc.
Fonte: (Eletrônica Fórum, 2012).

Ao ligar uma pilha em um capacitor descarregado há uma distribuição de


cargas e depois de certo tempo as tensões igualam-se, e a corrente elétrica para
de circular.
Os capacitores podem ser de papel, mica, tântalo, cerâmica, eletrolítico e
variável (distância / área das placas, exemplo Padder; Trimmer).
Os capacitores ou condensadores, como também são conhecidos, podem
ser associados por duas razões: quando a capacitância (quantidade de carga
que um capacitor pode armazenar) de um capacitor não é suficiente; ou quando
o capacitor não suporta uma elevada diferença de potencial. No primeiro caso
(baixa capacitância), associamos os capacitores em série. A capacitância
resultante será igual à soma das capacitâncias dos capacitores ligados em série.

Fonte: (Infoescola, 2012).


Na associação de capacitores em paralelo, o inverso da capacitância
equivalente (Ceq) é igual à soma do inverso das capacitâncias de cada um dos
capacitores em paralelo.
Matematicamente:

Fonte: (INTERNETT SKOLEN, 2012).

Transistores

Transistor é um dispositivo semicondutor que possui três terminais e pode


funcionar como amplificador, como chave eletrônica, como oscilador e que
substitui as antigas válvulas termiônicas.
Atualmente há uma grande variedade de transistores para diversas
aplicações. Dessa forma, há transistores que operam em altas frequências, com
grande potência para serem empregados como amplificadores de saída e para
chaveamento de potência, etc.
O transistor foi desenvolvido com base na tecnologia usada no diodo de
junção para desempenhar as funções de amplificação, detecção, oscilação,
comutação, etc. Desde 1951, ano de sua invenção, a eletrônica teve um enorme
desenvolvimento.
Um transistor bipolar é composto por três materiais semicondutores
dopados, sendo dois cristais tipo N e um tipo P ou dois cristais tipo P e um tipo
N. O primeiro é conhecido como transistor NPN e o segundo é o PNP. A imagem
a seguir mostra esquematicamente os dois tipos de transistores.

Fonte: (Electrónica, 2010).

Cada cristal do transistor é nomeado conforme sua função. O cristal do


meio é base, pois é comum aos outros cristais. Um dos cristais da extremidade
é chamado de emissor, pois emite portadores de carga; e o cristal da outra
extremidade recebe o nome de coletor, pois recebe os
portadores de carga. O transistor possui duas ligações, uma entre a base e o
coletor e outra entre a base e o emissor, por isso dissemos que ele se parece
com dois diodos. O diodo da esquerda é o diodo emissor – base (ou diodo
emissor) e o da direita é o diodo coletor – base (ou somente diodo coletor).
Os transistores bipolares deixam passar a corrente entre dois terminais
chamados coletor e emissor quando se faz passar uma corrente muito menor
por um terminal chamado base. (Centelhas, p. 03).

Transistor como Amplificador (Neves, 2009)

Ao polarizar diretamente a junção base-emissor e inversamente a junção


base-coletor, a corrente de coletor IC passa a ser controlada pela corrente de
base IB.

Fonte: (Electrónica, 2010).

• Uma variação na corrente de base IB provoca um aumento na corrente de


coletor IC e vice-versa.
• A corrente de base sendo bem menor que a corrente de coletor, uma
pequena variação de IB provoca uma grande variação de IC. Isto
significa que a variação de corrente de coletor é um reflexo amplificado da
variação da corrente na base. (Neves, 2009)
Este efeito amplificação nada mais é que um ganho de corrente e pode
ser expresso matematicamente pela relação entre a variação de corrente do
coletor e a variação da corrente de base, isto é:

Transistor como chave

A utilização do transístor como chave, ou seja, de modo que ele ligue


conduzindo totalmente a corrente entre emissor e o coletor, ou desligue sem
conduzir corrente alguma é conhecido como operação como chave. (Neves,
2009)
A figura a seguir mostra um exemplo disso, em que ligar a chave S1 e
fazer circular uma corrente pela base do transístor, ele satura e acende a
lâmpada. A resistência ligada à base é calculada, de forma que, a corrente
multiplicada pelo ganho dê um valor maior do que o necessário ao circuito do
coletor, no caso, a lâmpada. (Neves, 2009)

Fonte: (Electrónica, 2010).


Veja que temos aplicada uma tensão positiva num transístor NPN, para
que ele sature e uma tensão negativa, para o caso de transístores PNP,
conforme mostra a figura a seguir. (Neves, 2009)

Fonte: (Electrónica, 2010).

Saiba mais sobre os principais componentes eletrônicos:

GERAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

A condição fundamental para produzir energia elétrica é obter a força


necessária para girar as turbinas das usinas de eletricidade. Gigantescos
sistemas de hélices movem geradores que transformam a energia mecânica
(movimento) em energia elétrica. (Eletrobrás, 2012)
Essa força pode ser obtida de diversas fontes de energia primária. No
Brasil, a energia elétrica vem, em primeiro lugar, de usinas hidrelétricas; depois,
de termelétricas, e, por último, de usinas nucleares. (Eletrobrás, 2012)

ENERGIA HIDRELÉTRICA

Em países como o Brasil, que possui muitos rios com grandes desníveis,
uma das soluções mais econômicas para fazer girar turbinas é
aproveitar a força das águas, construindo usinas hidrelétricas. Em uma usina
desse tipo, uma barragem, também conhecida como represa controla as águas
do rio. (Eletrobrás, 2012)
No interior da barragem, são instalados grandes tubos inclinados,
geralmente chamados de aquedutos, que abrigam as turbinas. A água desce
pelos tubos e faz girar o sistema de hélices, movimentando o eixo dos geradores
que produzem a energia elétrica. Perto dos geradores são instalados os
transformadores, equipamentos que acumulam e enviam a energia elétrica para
os cabos das linhas de transmissão. (Eletrobrás, 2012)
Depois de movimentar as turbinas, as águas voltam para o leito do rio sem
sofrer nenhum tipo de degeneração. É por isso que a energia hidrelétrica é
considerada uma fonte limpa, além de ser renovável. No Brasil, a maior
quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas hidrelétricas.
(Eletrobrás, 2012)
Construída e administrada por Brasil e Paraguai, Itaipu, no rio Paraná, é
a segunda maior hidrelétrica do mundo em potência instalada, com 14 mil
megawatts de capacidade de geração, atrás apenas de Três Gargantas, na
China. A Eletrobrás detém metade de Itaipu em nome do governo brasileiro, além
de ser dona, por meio de suas empresas, de algumas das principais hidrelétricas
em operação no país, como Tucuruí, no rio Tocantins, e Xingó e as usinas do
Complexo Paulo Afonso, no rio São Francisco. (Eletrobrás, 2012)

ENERGIA TERMELÉTRICA

Em regiões com poucos recursos hidrográficos, mas com boas reservas


de óleo, carvão ou gás, é possível girar as hélices das turbinas com a força do
vapor resultante da queima desses combustíveis. Para isso, são construídas
usinas termelétricas. (Eletrobrás, 2012)
A maioria das usinas termelétricas usa fontes primárias consideradas não
renováveis, mas em alguns lugares do Brasil já é possível gerar energia
queimando combustíveis alternativos, como a biomassa. (Eletrobrás, 2012)

ENERGIA NUCLEAR

Na natureza, algumas substâncias, como o urânio, têm núcleos atômicos


extremamente pesados e instáveis, que podem ser divididos em partículas
menores se forem bombardeados por nêutrons. Os nêutrons, ao atingir um
núcleo de urânio, provocam sua quebra em dois núcleos menores e a liberação
de mais nêutrons, que, por sua vez, irão atingir outros núcleos de urânio e
provocar novas quebras. Essa é uma reação em cadeia. No momento em que
se dividem os núcleos emitem calor na forma de radiação. (Eletrobrás, 2012)
A velocidade de uma reação em cadeia pode ser de dois tipos: não
controlada e controlada. No primeiro caso, a reação ocorre muito rapidamente
(em menos de 1 segundo), liberando enorme quantidade de energia. É o que
acontece, por exemplo, na explosão da bomba atômica. No segundo caso, a
reação é controlada pelos chamados reatores de fissão nuclear, permitindo que
a energia liberada seja aproveitada e evitando explosões. (Eletrobrás, 2012)
As usinas nucleares brasileiras em operação – Angra 1 e Angra 2 – estão
localizadas na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, que fica em Angra dos
Reis, no Rio de Janeiro e pertence à Eletrobrás Eletronuclear. (Eletrobrás, 2012)

TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

As usinas de energia elétrica são, geralmente, construídas longe dos


centros consumidores (cidades e indústrias) e é por isso que a eletricidade
produzida pelos geradores tem de viajar por longas distâncias, em um complexo
sistema de transmissão. (Eletrobrás, 2012)
Ao sair dos geradores, a eletricidade começa a ser transportada por meio
de cabos aéreos, revestidos por camadas isolantes e fixados em grandes torres
de metal. Chamamos esse conjunto de cabos e torres de rede de transmissão.
Outros elementos importantes das redes de transmissão são os
isolantes de vidro ou porcelana, que sustentam os cabos e impedem descargas
elétricas durante o trajeto.
No caminho, a eletricidade passa por diversas subestações, onde
aparelhos transformadores aumentam ou diminuem sua voltagem, alterando o
que chamamos de tensão elétrica. No início do percurso, os transformadores
elevam a tensão, evitando a perda excessiva de energia. Quando a eletricidade
chega perto dos centros de consumo, as subestações diminuem a tensão
elétrica, para que ela possa chegar às residências, empresas e indústrias. A
partir daí, os cabos prosseguem por via aérea ou subterrânea, formando as
redes de distribuição. (Eletrobrás, 2012)
Depois de percorrer o longo caminho entre as usinas e os centros
consumidores nas redes de transmissão, a energia elétrica chega a subestações
que abaixam a sua tensão, para que possa ser iniciado o processo de
distribuição. Entretanto, apesar de mais baixa, a tensão ainda não é adequada
para o consumo imediato. Por isso, transformadores menores são instalados nos
postes de rua. Eles reduzem ainda mais a voltagem da energia que vai
diretamente para as residências, o comércio, as empresas e indústrias.
(Eletrobrás, 2012)
As empresas responsáveis pela distribuição também instalam em cada
local de consumo um pequeno aparelho que consegue medir a quantidade de
energia por eles utilizada. A medição é feita por hora e chamamos de horário de
pico o momento em que uma localidade utiliza maior quantidade de energia
elétrica. Nos centros urbanos, o horário de pico se dá por volta das 18 horas,
quando escurece e, normalmente, as pessoas chegam do trabalho acendendo
as luzes, ligando os condicionadores de ar e a televisão e tomando banho com
a água aquecida por chuveiros elétricos.
Podemos observar que o consumo de eletricidade varia de acordo com a
estação do ano e com a região do país, dependendo do nível de luminosidade e
do clima, entre outros fatores.

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