Rev. B 08 / 2014: Procedimento
Rev. B 08 / 2014: Procedimento
Rev. B 08 / 2014: Procedimento
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 23 CONTEC - Subcomissão Autora.
Inspeção de Sistemas e As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Equipamentos em Operação Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 3
3 Termos e Definições............................................................................................................................ 4
5 Requisitos de SMES............................................................................................................................ 6
Figuras
Figura 1 - Gráfico para Definição dos Grupos de Risco para Vasos de Pressão ................................... 7
Figura 2 - Gráfico para Definição da Distância de Isolamento para Teste Pneumático ......................... 8
2
-PÚBLICO-
Prefácio
O texto base desta Norma está alinhado com a última revisão da NR-13, conforme Portaria nº 594 do
Ministério do Trabalho e Emprego, de 28 de abril de 2014.
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para a execução de teste de pressão em serviço
de vasos de pressão e caldeiras.
1.2 Esta Norma define os critérios para seleção e aplicação de teste hidrostático, pneumático e
hidropneumático.
1.3 Esta Norma define os critérios para determinação das condições a serem utilizadas na execução
de testes de pressão em vasos de pressão e caldeiras, quando aplicável, no cumprimento das
Inspeções de Segurança previstas na NR-13, para certificação ou recertificação do equipamento ou
quando executado por decisão do profissional habilitado.
1.4 Esta Norma não se aplica ao teste de pressão em fábrica ou no campo sob a responsabilidade
do fabricante ou montadora. Para estas situações o teste de pressão deve ser realizado de acordo
com normas de projeto, fabricação e montagem do equipamento (PETROBRAS N-253, N-268 e
N-269).
1.6 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
3
-PÚBLICO-
3 Termos e Definições
Para os propósitos desta Norma são adotados os termos e definições indicadas em 3.1 a 3.10.
3.1
grupo de risco
classificação do potencial de danos de um teste de pressão de um determinado sistema, sendo que,
o maior potencial de risco é o grupo 1 e menor, o grupo 3
3.2
inspeção de segurança inicial
inspeção realizada em vasos de pressão e caldeiras novos, antes de sua entrada em operação, no
local definitivo de instalação, devendo compreender exame externo e interno, conforme definido na
NR-13. A execução do Teste Hidrostático na inspeção de segurança inicial é mandatória para
equipamentos não testados em fábrica, montados no campo ou sem evidência documental de que o
teste foi realizado
3.3
NR-13
Norma Regulamentadora que estabelece regras compulsórias a serem seguidas no projeto,
operação, inspeção e manutenção de caldeiras e vasos de pressão instalados em unidades
industriais e outros estabelecimentos públicos no Brasil, como definido no corpo da norma
3.4
PMTA (Pressão Máxima de Trabalho Admissível)
pressão manométrica máxima de trabalho permitida, definida pelo PH, em função do projeto e
condições físicas do equipamento
3.5
Profissional Habilitado (PH)
aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades
referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e
supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão, em conformidade com a regulamentação
profissional vigente no país
3.6
SMES
Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde
3.7
teste de estanqueidade
teste realizado com a finalidade de atestar a capacidade de retenção de fluido, sem vazamentos, em
equipamentos, tubulações e suas conexões, antes de sua entrada ou retorno à operação
3.8
teste de pressão
teste por meio de fluido compressível ou incompressível ou uma mistura de ambos, até um dado valor
de pressão, com a finalidade de avaliar a integridade, estanqueidade e a resistência estrutural dos
componentes sujeitos à pressão, dentro das condições estabelecidas para a sua realização
3.9
teste hidrostático
teste de pressão no qual o fluido utilizado é tipicamente a água
4
-PÚBLICO-
3.10
teste pneumático
teste de pressão no qual o gás utilizado é tipicamente o nitrogênio ou ar
4 Condições Gerais
4.1 Após reparos que exijam soldas em componentes de pressão o PH deve avaliar a necessidade
de realização de teste de pressão nos vasos de pressão e caldeiras.
4.2 Os testes de pressão somente podem ser realizados após a execução dos Ensaios não
Destrutivos especificados pelos códigos de projeto e normas aplicáveis.
4.3 Prazos mínimos recomendados para execução do teste de pressão após soldagem ou
tratamento térmico em partes pressurizadas:
NOTA Estes prazos podem ser redefinidos a critério do PH. [Prática Recomendada]
NOTA O teor máximo de cloretos permitido na água deve ser conforme definido pelo projeto,
porém sempre igual ou inferior a 50 ppm para equipamentos fabricados com aços
inoxidáveis austeníticos, duplex, super duplex ou com revestimento interno desses
materiais.
4.5 O equipamento a ser testado deve ser isolado eletricamente de qualquer parte em que se
realizem serviços que possam induzir a passagem de corrente elétrica e por em risco os
trabalhadores e a instalação.
4.6 O equipamento ou a tubulação a ser testado deve ser isolado com raquetes ou Figura 8 dos
equipamentos que não fazem parte do teste. No caso que não tenha local apropriado para instalar
raquete ou Figura 8, deve ser realizada uma Análise de Riscos para liberação do teste.
4.7 As seguintes condições devem ser verificadas quando da realização de teste de pressão em um
sistema composto por mais de um equipamento e/ou tubulações conectadas:
a) a pressão de teste deve ser limitada pelo componente de menor pressão máxima
admissível;
b) a pressão de teste do sistema deve ser estabelecida de forma a atender isoladamente os
valores exigidos para qualquer dos equipamentos interligados, considerando o nível de
tensão aplicada e a resistência mecânica de cada parte do conjunto.
4.8 A necessidade de realização do teste de recalque deve ser definida pelo PH. Caso seja realizado
o teste de recalque ele deve atender os requisitos da PETROBRAS N-1807.
5
-PÚBLICO-
4.11 Um dos manômetros utilizados no teste deve estar situado em local e a uma distância segura
do equipamento e visível ao inspetor durante todo o tempo de teste.
4.12 A menos que seja utilizado manômetro digital, o valor máximo da escala do manômetro ou
registrador deve ser preferencialmente o dobro da pressão de teste ou estar compreendido entre
1,5 vezes a 4 vezes a pressão de teste.
4.13 A menor divisão da escala não deve exceder a 5 % da indicação máxima da escala.
4.14 Para evitar risco de fratura frágil durante o teste, devem ser respeitadas as seguintes condições
de temperatura do metal:
NOTA O 4.14 refere-se apenas a aço-carbono e baixa liga. Para os demais casos a temperatura
deve ser estabelecida pelo PH em função das propriedades dos materiais utilizados.
4.15 A temperatura de teste deve ser igual ou superior aos valores estabelecidos no 4.14, a menos
que existam informações sobre características frágeis do material do equipamento, indicando que
uma temperatura de teste diferente da recomendada seja aplicável.
4.16 Deve ser previsto acesso às partes a serem inspecionadas durante o teste.
4.17 A remoção do isolamento térmico do equipamento deve ser feita a critério do PH.
4.18 Deve ser analisada a necessidade de instalação de dispositivo de proteção contra vácuo.
5 Requisitos de SMES
5.1 Devem ser considerados os aspectos de riscos e impactos ambientais causados pelo teste de
pressão em serviço de vasos de pressão e caldeiras.
5.2 Deve ser emitida a permissão de trabalho de acordo com a PETROBRAS N-2162. Em caso de
não conformidades, comunicar ao órgão gestor de segurança industrial.
6
-PÚBLICO-
5.3 Devem ser utilizados os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) necessários para execução
do serviço.
5.4 A execução dos serviços deve ser realizada com acessos, andaimes e iluminação suficientes,
adequados e seguros.
5.5 Deve ser verificado se os trabalhos de manutenção em paralelo não oferecem riscos à
segurança.
5.6 Antes da realização do teste de pressão devem ser previstas todas as precauções de
demarcação e isolamento da área de teste. A determinação da área de isolamento deve ser definida
em função do grupo de risco do equipamento.
5.6.1 Para definir o grupo de risco para testes de pressão em vasos de pressão, entrar no gráfico da
Figura 1 com a pressão do teste em bar e o volume em m3.
150
140
130
120
110
Pressão de teste (bar)
100
90
80
Grupo de
70 risco 1
60
50
Grupo de
40 risco 2
30
20
Grupo de
10
risco 3
0
v < 0,25 1 4 8 16 32 64 128 256 512 1024
Volume (m³)
Figura 1 - Gráfico para Definição dos Grupos de Risco para Vasos de Pressão
5.6.4 Nos cálculos das áreas de risco para teste de pressão foram desconsiderados alguns eventos,
tais como:
7
-PÚBLICO-
Os equipamentos devem ser isolados em um raio mínimo de 4 m, durante todo o teste de pressão.
Os equipamentos devem ser isolados em um raio mínimo de 1 m, durante todo o teste de pressão.
1000
r = 256 m
r = 128 m
100
r = 64 m
10
Volume (m³)
r = 32 m
r = 16 m
1
r=8m
0,1
r=4m
r=2m
0,01
0,001
0,5 1 2 4 8 16 32 64
Pressão (bar)
8
-PÚBLICO-
5.9 A análise de riscos deve ser elaborada previamente ao início das atividades. Dependendo desta
análise o teste pode não ser executado.
5.10 Recomenda-se a utilização do documento ASME PCC-2 Part 5, para verificar a viabilidade da
aplicação do teste pneumático. [Prática Recomendada]
6.1.1 Os seguintes aspectos devem ser considerados quando da definição de pressão de teste pelo
PH:
6.1.2 Os seguintes aspectos devem ser considerados pelo PH antes da realização do teste
hidrostático:
Para execução do teste hidrostático, deve-se seguir a sequência mostrada nos gráficos apresentados
nas Figuras 3 e 4, conforme o grau de risco.
9
-PÚBLICO-
120
110
Estabilização sem
inspeção - 30 min.
100
Pressurização 100 100 Despressurização
5 % pt /minuto 20 % pt /minuto
90
Estabilização pressão - 5 min. Inspeção final
80
80 80
77
Pressão de teste %
70
Pressurização
10 % pt /minuto
60
Inspeção inicial
50
50 50
40
Despressurização
20 % pt /minuto
30
Pressurização
20 % pt /minuto
20
10
0
0 Tempo 0
120
110
Estabilização sem
inspeção - 30 min.
100
Pressurização 100 100 Despressurização
20 % p t /minuto 20 % p t /minuto
90
Inspeção final
80
77
70
Pressão de teste %
60
Inspeção inicial
50
50 50
40
Despressurização
20 % pt /minuto
30
Pressurização
20 % p t /minuto
20
10
0
0 Tempo 0
10
-PÚBLICO-
120
110
Estabilização sem
inspeção - 30 min.
100
100 100 Despressurização
20 % p t /minuto
90
Inspeção final
Pressão de teste %
80
77 77
70
60
50
40
Despressurização
20 % p t /minuto
30
Pressurização
20 % pt /minuto
20
10
0
0 Tempo 0
6.2.1 Os preparativos e a execução do teste de pressão devem ser executados de acordo com um
procedimento especifico
6.2.2 O teste hidrostático deve ser feito com a superfície do equipamento totalmente seco.
6.2.3 Por motivo de segurança, nenhuma inspeção deve ser executada na pressão de teste. Pessoal
e equipamentos devem permanecer afastados, em local seguro.
6.2.4 Reduzir a pressão gradativamente, conforme os gráficos, até a pressão atmosférica e abrir os
drenos e respiros, para efetuar a drenagem.
6.2.5 Quando a pressão for mantida por um período de tempo durante o qual o fluido possa sofrer
expansão térmica devido à insolação, devem ser tomadas precauções para o alívio da pressão, por
meio da abertura de respiros.
6.2.6 No caso de detecção de defeitos no teste de pressão, o sistema deve ser despressurizado,
drenado, e o local do defeito secado, antes do início do reparo.
6.3.1 Deve ser realizada uma inspeção visual observando deformações, vazamentos e recalques.
6.3.2 Para equipamentos cladeados ou revestidos com tiras soldadas (“strip lining”), recomenda-se a
realização de inspeção visual interna para a avaliação da integridade do revestimento. [Prática
Recomendada]
11
-PÚBLICO-
7.1 Devem ser avaliadas as condições de risco antes da aplicação do teste com fluido compressível.
A análise de risco que serve como base para a definição da viabilidade do teste e deve propor
recomendações de segurança para realização deste teste.
NOTA A aplicação de teste de pressão com fluido compressível (teste pneumático) ou mistura de
fluidos compressíveis e incompressíveis (teste hidropneumático) é permitida, porém deve
ser considerado que um equipamento submetido a teste com fluido compressível possui
uma energia armazenada muito maior que o mesmo vaso submetido a teste hidrostático na
mesma pressão. Como o potencial de risco numa eventual liberação não controlada dessa
energia é muito maior, a aplicação de teste pneumático ou hidropneumático deve ser
restrita àquelas condições em que um fluido líquido é inviável.
7.3 Os seguintes aspectos devem ser considerados quando da definição de pressão de teste pelo
PH:
7.4.1 Para a execução do teste pneumático, seguir a sequência mostrada no gráfico apresentado na
Figura 6.
12
-PÚBLICO-
120
Estabilização sem
inspeção - 30 min.
100
100
Inspeção final
Degraus de pressurização de 10 % pt 91
com estabilização de 5 minutos 90
80
80
Pressão de teste %
70
60
60 Despressurização
Inspeção inicial
20 % p t /minuto
50
40
Pressurização
10 % p t /minuto
20
0
0 Tempo 0
7.4.2 Quando a pressão for mantida por um período em que o fluido possa sofrer expansão térmica
devido à insolação, deve ser providenciado alívio da pressão, por meio da abertura de respiros.
8.1 Os seguintes aspectos devem ser considerados quando da definição de pressão de teste pelo
PH:
8.2 A quantidade e localização de manômetros devem ser definidas de acordo com o 4.7. Na
ausência de indicadores de pressão locais, devem ser utilizados manômetros posicionados no topo
da caldeira. Havendo super-aquecedor, um manômetro deve ser posicionado na saída do mesmo.
13
-PÚBLICO-
9 Registro de Resultados
Após a realização do teste, devem ser registradas, no mínimo, as informações descritas em 9.1 a 9.3.
9.1 Identificação
a) TAG do equipamento;
b) local de instalação;
c) tipo de equipamento;
d) categoria do equipamento;
e) classe do fluido de serviço.
a) data do teste;
b) tipo do teste;
c) fluido de teste;
d) pressão de teste.
a) duração;
b) identificação dos manômetros com número dos respectivos certificados;
c) faixa de utilização do manômetro (escala de fundo);
d) data e validade da calibração dos manômetros do teste;
e) procedimento ou norma utilizada;
f) resultado do teste;
g) profissional que acompanhou o teste - nome legível e assinatura.
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-PÚBLICO-
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. B
Prefácio Incluído
1.5 Incluído
1.6 Revisado
2 e 3.1 Revisados
3.2 Removido
3.4 Incluído
3.5 Removido
4.8 Revisado
5.10 Incluído
6.4 Removido
7.5 Revisado
8.1 Removido
IR 1/1