Disturbios Hematologicos Na Infancia

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SICAPEN – SISTEMA DE CAPACITAÇÃO E ESPECIALIZAÇÕES EM

CURSO TECNICO DE ENFERMAGEM

ANA CLAUDIA TEIXEIRA DOS SANTOS


ANA LÚCIA NUNES DA SILVA
IZABEL LOPES PEREIRA COSTA
KANANDA LIMA ASSUNÇÃO
KELIANE DA COSTA CARVALHO
PÂMELA DENISE COSTA MOREIRA

DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS NA INFÂNCIA

IGARAPÉ – AÇU PA
2022
SICAPEN – SISTEMA DE CAPACITAÇÃO E ESPECIALIZAÇÕES EM
CURSO TECNICO DE ENFERMAGEM

ANA CLAUDIA TEIXEIRA DOS SANTOS


ANA LÚCIA NUNES DA SILVA
IZABEL LOPES PEREIRA COSTA
KANANDA LIMA ASSUNÇÃO
KELIANE DA COSTA CARVALHO
PÂMELA DENISE COSTA MOREIRA

DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS NA INFÂNCIA

Trabalho apresentado
como requisito parcial à
obtenção de nota na
disciplina de Saúde da
Criança do Curso Técnico
de Enfermagem.

Profº. Larissa Vitória


Lúcio.

IGARAPE – AÇU PA
2022
DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS NA INFÂNCIA

Autor¹, ANA CLAUDIA TEIXEIRA DOS SANTOS, ANA LÚCIA NUNES DA


SILVA, IZABEL LOPES PEREIRA COSTA, KANANDA LIMA ASSUNÇÃO,
KELIANE DA COSTA CARVALHO, PÂMELA DENISE COSTA MOREIRA.

RESUMO- Os distúrbios que afetam o sangue são chamados de distúrbios do sangue ou distúrbios
hematológicos. Existem vários distúrbios do sangue, e eles podem afetar a quantidade e a função das
células do sangue (células sanguíneas) ou proteínas no sistema de coagulação sanguínea. Ela inclui a
coagulação do sangue.

PALAVRAS-CHAVE: Sangue, Células Sanguíneas, Hematológicos.

_______________________________________

[email protected]
1. INTRODUÇÃO

Os distúrbios que afetam o sangue são chamados de distúrbios do sangue ou


distúrbios hematológicos. Existem vários distúrbios do sangue, e eles podem afetar a
quantidade e a função das células do sangue (células sanguíneas) ou proteínas no
sistema de coagulação sanguínea ou sistema imunológico.
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE DISTÚRBIOS DO SANGUE

Os distúrbios que afetam o sangue são chamados de distúrbios do sangue ou


distúrbios hematológicos. Existem vários distúrbios do sangue, e eles podem afetar a
quantidade e a função das células do sangue (células sanguíneas) ou proteínas no
sistema de coagulação sanguínea ou sistema imunológico.

Alguns distúrbios sanguíneos fazem com que o número de células no sangue


diminua:

 Uma diminuição do número de glóbulos vermelhos é chamada de anemia.


 Uma diminuição do número de glóbulos brancos é chamada de leucopenia.
 Uma diminuição do número de plaquetas é chamada de trombocitopenia.

Outros distúrbios sanguíneos fazem com que o número de células sanguíneas


aumente:

 Um aumento do número de glóbulos vermelhos é chamado de eritrocitose.


 Um aumento do número de glóbulos brancos é chamado de leucocitose.
 Um aumento do número de plaquetas é chamado de trombocitose ou
trombocitemia.

Outros distúrbios sanguíneos afetam as proteínas dentro das células sanguíneas ou


do plasma sanguíneo (a porção líquida do sangue):

 Hemoglobina, a proteína transportadora de oxigênio dentro dos glóbulos


vermelhos do sangue.
 Proteínas do sistema imunológico, como anticorpos (também chamados
imunoglobulinas).
 Fatores de coagulação sanguínea.

O sangue flui para todas as células do corpo e é importante para a saúde e função
de todos os órgãos do corpo.
As células sanguíneas são produzidas na medula óssea, e muitas proteínas do
sangue são produzidas no fígado ou nas próprias células sanguíneas. As células
sanguíneas e as proteínas do sangue exercem as seguintes funções:

 Glóbulos vermelhos contêm hemoglobina, que transporta oxigênio para todas as


partes do corpo.
 Glóbulos brancos e anticorpos combatem infecções e cânceres.
 Plaquetas e fatores de coagulação sanguínea interrompem a hemorragia ou
impedem a ocorrência de hemorragia.

Distúrbios sanguíneos causam sintomas que resultam da interrupção dessas


funções, podendo surgir em qualquer um dos tecidos e órgãos afetados adversamente.

Os médicos farão perguntas sobre os sintomas da pessoa e realizarão um exame


físico, mas, frequentemente, a presença de um distúrbio sanguíneo é descoberta
inicialmente por um exame de sangue, como o hemograma completo, realizado quando
o médico conduz uma avaliação completa da pessoa ou ao investigar por que a pessoa
não está se sentindo bem. O médico normalmente precisa realizar outros exames de
sangue para diagnosticar o distúrbio sanguíneo de uma pessoa e, às vezes, uma biópsia
da medula óssea é necessária.
3. SINTOMAS DOS DISTÚRBIOS DO SANGUE

Distúrbios sanguíneos podem causar diversos sintomas em praticamente qualquer


área do corpo. Os sintomas são causados mais frequentemente por reduções dos
componentes do sangue.
 A redução de glóbulos vermelhos e hemoglobina podem causar sintomas de
anemia, como fadiga, fraqueza e falta de ar.
 A redução de glóbulos brancos ou de proteínas do sistema imunológico pode
causar febre e infecções recorrentes.
 A redução de plaquetas ou de fatores de coagulação sanguínea pode causar
hemorragia anormal e formação de hematomas.
Ocasionalmente, os sintomas podem estar relacionados a aumentos dos
componentes sanguíneos.
 O aumento de glóbulos vermelhos ( eritrocitose) pode provocar o espessamento
do sangue (aumento da viscosidade do sangue) e, assim, causar dor de cabeça e
tez avermelhada (pletora).
 O aumento de proteínas do sistema imunológico também pode causar
espessamento do sangue (aumento da viscosidade do sangue).
 O aumento de plaquetas ( trombocitemia) ou de fatores de coagulação sanguínea
pode causar coagulação sanguínea excessiva imprópria (trombose).
Distúrbios sanguíneos podem causar diversos sintomas em praticamente qualquer área
do corpo. Os sintomas são causados mais frequentemente por reduções dos
componentes do sangue.

A redução de glóbulos vermelhos e hemoglobina pode causar sintomas de anemia,


como fadiga, fraqueza e falta de ar.
A redução de glóbulos brancos ou de proteínas do sistema imunológico pode causar
febre e infecções recorrentes.
A redução de plaquetas ou de fatores de coagulação sanguínea pode causar hemorragia
anormal e formação de hematomas.
Ocasionalmente, os sintomas podem estar relacionados a aumentos dos componentes
sanguíneos.

 O aumento de glóbulos vermelhos ( eritrocitose) pode provocar o espessamento


do sangue (aumento da viscosidade do sangue) e, assim, causar dor de cabeça e
tez avermelhada (pletora).
 O aumento de proteínas do sistema imunológico também pode causar
espessamento do sangue (aumento da viscosidade do sangue).
 O aumento de plaquetas ( trombocitemia) ou de fatores de coagulação sanguínea
pode causar coagulação sanguínea excessiva imprópria (trombose).

Quando os distúrbios sanguíneos causam o espessamento do sangue de uma


pessoa, o sangue espesso (mais viscoso) pode ter dificuldade para atravessar pequenos
vasos sanguíneos, reduzindo o fluxo sanguíneo em determinadas áreas do corpo; trata-
se de um grave quadro clínico chamado de síndrome de hiperviscosidade. As pessoas
afetadas podem apresentar sintomas como falta de ar, cefaleias, tontura e confusão. A
síndrome da hiperviscosidade pode ocorrer em pessoas que apresentam mieloma
múltiplo, sendo causada pelo aumento de proteínas do sistema imunológico.
Os distúrbios sanguíneos frequentemente causam sintomas que também podem
ocorrer em outros distúrbios. Por exemplo, a fraqueza e a falta de ar causadas pela
anemia podem ser causadas por outros quadros clínicos que comprometem a
distribuição de oxigênio no organismo, como distúrbios cardíacos ou pulmonares. Além
disso, a fácil formação de hematomas, um sintoma sugestivo de um distúrbio sanguíneo,
pode ser causada por outros quadros clínicos, como distúrbios dos vasos sanguíneos ou
o uso de diversos medicamentos, como aspirina. Sangue na urina ou nas fezes pode ser
causado por um distúrbio sanguíneo, mas geralmente é causado por uma anomalia no
trato urinário ou gastrointestinal.
Embora as pessoas possam ter sangramento após uma lesão ou um procedimento
médico (por exemplo, procedimentos dentários) ou durante a menstruação, a presença
de alguns distúrbios sanguíneos faz com que esse sangramento piore.
Alguns sintomas são mais sugestivos de um distúrbio sanguíneo. A seguir, damos
alguns exemplos:
Petéquias (pele)

COM PERMISSÃO DO EDITOR. DE DEITCHER S. EM ATLAS OF CLINICAL HEMATOLOGY.


EDITADO POR JO ARMITAGE. FILADÉLFIA, CURRENT MEDICINE, 2004.

exemplos:

 Coágulo sanguíneo (flebite), normalmente em uma perna (causando mais


frequentemente inchaço, vermelhidão e/ou sensação de calor na perna ou falta de
ar)
 Petéquias (uma erupção cutânea em forma de pequenos pontos vermelhos)
causadas pela quantidade muito baixa de plaquetas
 Bolhas de sangue na boca (causadas pela quantidade muito baixa de plaquetas
ou por problemas de coagulação)
 Linfonodos inchados causados por cânceres de glóbulos brancos (como
leucemias ou linfomas)
 Palidez (pele pálida) causada por anemia
 Pica (ou alotriofagia) (ingestão de gelo, terra ou argila) sugere anemia
ferropriva.

4. HISTÓRICO CLÍNICO E EXAME FÍSICO RELACIONADO A


DISTÚRBIOS SANGUÍNEOS

Inicialmente, os médicos obtêm o histórico médico de uma pessoa (perguntarão


sobre os sintomas, exposição ocupacional ou de outro tipo, e histórico familiar). Depois,
os médicos realizam um exame físico. As descobertas decorrentes do histórico e do
exame físico ajudam os médicos a decidirem quais exames laboratoriais podem ser
necessários.

4.1 Histórico clínico

Os médicos podem suspeitar de um distúrbio sanguíneo com base em um grande


número de possíveis sintomas. Além disso, alguns fatores do histórico clínico de uma
pessoa indicam que a pessoa está em risco. Alguns exemplos incluem:

 Um distúrbio sanguíneo em um membro da família da pessoa


 Outro distúrbio (como doença hepática ou renal) que pode causar um distúrbio
sanguíneo
 A etnia ou raça de uma pessoa (por exemplo, anemia falciforme ocorre
principalmente em negros)
 Uso de um medicamento que pode causar hemorragia (como aspirina,
medicamentos anti-inflamatórios não esteroides ou varfarina)
 Exposições (por exemplo, uma exposição ocupacional) a uma substância
química que poderia causar hemorragia ou dano à medula óssea.

4.2 Exame físico

Durante o exame físico, os médicos procuram achados físicos específicos que


possam estar relacionados a um distúrbio sanguíneo.
Telangiectasias

Fotografia fornecida pelo Dr. Thomas Habif.


(Telangiectasias são vasos sanguíneos dilatados próximos à superfície da pele)
 Eles examinam a pele e as membranas mucosas (como a superfície interna das
pálpebras ou da boca), procurando palidez, vasos sanguíneos anormais (
telangiectasias), hematomas, pequenos pontos vermelhos ou roxos ou erupções
cutâneas avermelhadas.
 Eles palpam as áreas do pescoço, axilas e virilhas para verificar o aumento do
volume dos linfonodos.
 Eles examinam as articulações para verificar se estão sensíveis ou inchadas.
 Eles examinam o abdômen, para verificar o aumento do volume do baço ou do
fígado.
 Eles realizam um exame retal para verificação da presença de sangue nas fezes.

As descobertas decorrentes do histórico e do exame físico ajudam os médicos a


decidirem quais exames laboratoriais podem ser necessários.

5. EXAMES LABORATORIAIS RELACIONADOS A DISTÚRBIOS


SANGUÍNEOS

Os médicos escolhem exames para ajudar a diagnosticar distúrbios sanguíneos com base
nos sintomas da pessoa e nos resultados do exame físico. Às vezes, um distúrbio
sanguíneo não causa sintomas, mas é descoberto quando um exame laboratorial é
realizado por outro motivo. Por exemplo, um hemograma completo realizado como
parte de um check-up regular pode revelar uma contagem reduzida de glóbulos
vermelhos (anemia). Quando há suspeita de um distúrbio sanguíneo, pode ser necessário
realizar um hemograma completo e outros exames para determinar o diagnóstico
específico.

5.1 Hemograma completo

O exame de sangue realizado mais frequentemente é o hemograma completo. O


hemograma completo é uma avaliação de todos os componentes celulares (glóbulos
vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) no sangue. Máquinas automatizadas realizam
esse exame em menos de um minuto com uma pequena quantidade de sangue. O
hemograma é suplementado, ocasionalmente, com o exame de células sanguíneas ao
microscópio (esfregaço de sangue).
Os parâmetros relativos aos glóbulos vermelhos avaliados pelo hemograma incluem

 Número de glóbulos vermelhos (contagem de glóbulos vermelhos)


 Proporção de sangue composto por glóbulos vermelhos (hematócrito, Hct)
 Quantidade de hemoglobina (a proteína transportadora de oxigênio nos glóbulos
vermelhos) no sangue (hemoglobina, Hb)
 Tamanho médio de glóbulos vermelhos (volume celular médio, VCM)
 Variabilidade do tamanho de glóbulos vermelhos (amplitude de distribuição dos
eritrócitos, RDW)
 Quantidade de hemoglobina em um glóbulo vermelho individual (hemoglobina
celular média, HCM)
 Concentração de hemoglobina em um glóbulo vermelho individual
(concentração de hemoglobina celular média, CHCM)

Anomalias desses parâmetros podem alertar os técnicos de laboratório quanto à


presença de anomalias nos glóbulos vermelhos (que podem então ser avaliados por
exame ao microscópio).
Os glóbulos vermelhos anormais podem estar fragmentados ou ter a forma de
lágrimas, crescentes (forma de foice) ou diversas outras formas. Conhecer a forma e o
tamanho específicos dos glóbulos vermelhos pode ajudar um médico a diagnosticar a
causa particular da anemia. Por exemplo, células em forma de foice são características
da anemia falciforme; pequenas células contendo quantidades insuficientes de
hemoglobina apontam provavelmente para uma anemia ferropriva; e células grandes
sugerem anemia por deficiência de folato (ácido fólico) ou deficiência de vitamina B12.
Os parâmetros relativos aos glóbulos brancos avaliados pelo hemograma incluem:
 Número total de glóbulos brancos
 Percentuais e números dos diferentes tipos de glóbulos brancos
Os glóbulos brancos constituem o componente principal do sistema imunológico
do corpo. Normalmente, há cinco tipos principais de glóbulos brancos (neutrófilos,
linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos) e tipos diferentes são recrutados para
trabalhar quando o sistema imunológico responde a diferentes estresses ou distúrbios. A
contagem do número de glóbulos brancos de cada tipo (contagem diferencial de
glóbulos brancos) pode sugerir a um médico as possíveis causas de uma alteração na
contagem total de glóbulos brancos. Por exemplo, se uma pessoa com sintomas de
resfriado apresentar uma contagem elevada de glóbulos brancos devido ao aumento de
neutrófilos, o médico provavelmente suspeitaria de uma pneumonia bacteriana, em vez
de uma infecção viral, uma vez que os neutrófilos são recrutados mais frequentemente
para combater infecções bacterianas.
Para obter mais informações sobre os glóbulos brancos, o médico pode examinar
essas células em um microscópio. O exame microscópico pode identificar
características das células que são particulares de determinadas doenças. A presença de
grandes quantidades de glóbulos brancos com aspecto muito imaturo (blastos), por
exemplo, pode indicar leucemia (câncer dos glóbulos brancos).
As plaquetas também são contadas como parte de um hemograma. As plaquetas
são células que atuam no processo de coagulação, reunindo-se no local da hemorragia e
se aglutinando, de maneira a formar um tampão. O número de plaquetas é uma medida
importante da capacidade do sangue de formar coágulos sanguíneos (a formação de
coágulos sanguíneos é o mecanismo protetor do corpo para interromper hemorragias). A
deficiência de plaquetas pode prejudicar a coagulação sanguínea. Um número elevado
de plaquetas (trombocitose) pode levar à coagulação sanguínea excessiva em vasos
sanguíneos pequenos, sobretudo nos que se encontram no coração ou no cérebro.
Entretanto, em alguns distúrbios, um número elevado de plaquetas pode,
paradoxalmente, resultar em sangramento excessivo.
5.2 Esfregaço de sangue
Embora as máquinas automatizadas possam determinar rapidamente o número de
diferentes células sanguíneas e fornecer informações sobre o tamanho e a forma de
glóbulos vermelhos e tipos de glóbulos brancos, o exame de uma amostra de sangue ao
microscópio pode fornecer informações adicionais. Para fazer isso, uma gota de sangue
é espalhada em uma lâmina de vidro para formar uma camada fina que facilita a
visualização de células individuais do sangue. Em seguida, a lâmina é corada com
substâncias químicas coloridas para revelar características específicas das células
sanguíneas e examinada ao microscópio. Um examinador experiente pode, com
frequência, obter informações melhores sobre contagens, tamanho e formato de células,
bem como características específicas das células, do que as obtidas de uma máquina.
5.3 Contagem de reticulócitos
A contagem de reticulócitos mede o número de glóbulos vermelhos recém-
formados (jovens) (reticulócitos) em um determinado volume de sangue. Os
reticulócitos normalmente constituem cerca de 0,5 a 2,5% do número total de glóbulos
vermelhos. Quando o corpo necessita de mais glóbulos vermelhos, como após uma
perda de sangue, a medula óssea geralmente responde produzindo mais reticulócitos.
Assim, a contagem de reticulócitos é uma medida da capacidade da medula óssea de
produzir novos glóbulos vermelhos.
5.4 Exames especiais das células sanguíneas
Quando um médico determina que algo está errado com um ou mais dos tipos de
células do sangue, muitos exames adicionais estão disponíveis para elucidar o problema.
Os médicos podem medir a proporção de diferentes tipos de glóbulos brancos e podem
determinar subtipos dessas células avaliando certos marcadores na superfície das
células. Exames estão disponíveis para medir a capacidade dos glóbulos brancos de
combater infecções, para avaliar o funcionamento das plaquetas e sua capacidade de se
coagular e para medir o teor dos glóbulos vermelhos para ajudar a determinar a causa da
anemia ou por que as células não estão funcionando de maneira apropriada. A maioria
desses exames é realizada em amostras de sangue, mas alguns requerem uma amostra da
medula óssea.
5.5 Testes de coagulação
Uma medida da capacidade do corpo de parar sangramentos é a contagem do
número de plaquetas. Às vezes, os médicos precisam examinar o funcionamento das
plaquetas. Outros exames podem medir o funcionamento geral das muitas proteínas
necessárias para a coagulação normal do sangue (fatores de coagulação). Os mais
comuns desses exames são o tempo de pro trombina (TP) e o tempo de tromboplastina
parcial (TTP). Os níveis de fatores de coagulação individuais também podem ser
determinados.
5.6 Medições de proteínas e outras substâncias
O plasma sanguíneo (a porção líquida do sangue) contém diversas proteínas. A
urina contém quantidades muito pequenas de proteínas. Às vezes, os médicos medem
algumas dessas proteínas em busca de anomalias na quantidade ou na estrutura, que
ocorrem em certos distúrbios sanguíneos. Por exemplo, no mieloma múltiplo,
determinadas células da medula óssea, chamadas de plasmócitos, se tornam cancerosas
e produzem proteínas incomuns de anticorpos (imunoglobulinas) (incluindo as proteínas
de Bence Jones) que podem ser medidas no sangue e na urina.
A eritropoietina é uma proteína produzida nos rins que estimula a medula óssea a
produzir glóbulos vermelhos. O nível dessa proteína pode ser medido no sangue. Os
níveis de ferro e de certas vitaminas (por exemplo B12 e folato) necessários para a
produção de células sanguíneas saudáveis também podem ser medidos.
5.7 Tipagem sanguínea
O tipo sanguíneo, determinado pela presença de certas proteínas na superfície dos
glóbulos vermelhos, pode ser identificado medindo-se a reação de uma pequena amostra
do sangue de uma pessoa a certos anticorpos. A Tipagem sanguínea requer avaliação
tanto do plasma quanto dos glóbulos vermelhos. A Tipagem sanguínea deve ser
realizada antes que o sangue possa ser transfundido.

6. EXAME DE MEDULA ÓSSEA


Os glóbulos vermelhos, a maioria dos glóbulos brancos e as plaquetas são
produzidos na medula óssea, o tecido macio e gorduroso encontrado nas cavidades
ósseas. Às vezes, uma amostra de medula óssea precisa ser examinada para se
determinar por que as células sanguíneas estão anormais ou por que há um número
demasiadamente pequeno ou demasiadamente grande de um tipo específico de células
sanguíneas. O médico pode extrair dois tipos diferentes de amostras de medula óssea:
 Aspirado de medula óssea: Remoção do líquido e das células pela inserção de
uma agulha na medula óssea e sucção (aspiração) do líquido e das células
 Biópsia de fragmento de medula óssea: Remoção de um pedaço intacto da
medula óssea com a utilização de um dispositivo para perfuração (semelhante a
uma agulha de diâmetro maior)

O aspirado da medula óssea revela quais células, normais e anormais, estão


presentes na medula óssea e fornece informações sobre seu tamanho, volume e outras
características. Exames especiais tais como culturas de bactérias, fungos ou vírus,
análise cromossômica e análise de proteínas da superfície celular, podem ser realizados
na amostra.
A biópsia de fragmento remove um pedaço inteiro de medula óssea e mostra não
apenas quais células estão presentes, mas também o grau de preenchimento da medula
óssea com células e onde as células estão localizadas no interior da medula óssea.
Ainda que o aspirado com frequência forneça informações suficientes para um
diagnóstico, o processo de coleta da medula com seringa danifica a frágil medula óssea.
Como resultado, fica difícil determinar a disposição original das células.
Quando se precisa determinar a relação anatômica exata entre os diferentes tipos
de células, assim como a estrutura dos tecidos avaliados, o médico faz também uma
biópsia de fragmento. Um pequeno fragmento de medula óssea intacta é retirado com
uma agulha especial de biópsia de medula óssea e fatiado em seções finas que são
examinadas ao microscópio.
Ambos os tipos de amostras são geralmente retirados do osso do quadril (crista
ilíaca), frequentemente durante um único procedimento. Os aspirados são raramente
retirados do esterno. Em crianças muito pequenas, as amostras de medula óssea são
ocasionalmente extraídas dos ossos da parte inferior da perna (tíbia).
A extração de uma amostra de medula óssea começa com a limpeza, esterilização
e anestesia da pele sobre o osso. O procedimento costuma causar dor leve seguida de
pequeno desconforto. O procedimento demora alguns minutos e não causa danos
duradouros ao osso.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANUAL MSD, Considerações gerais sobre distúrbios do sangue: 2021, Disponível
em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/sintomas-
e-diagn>. Acesso em 05 Jul., 2022.
MANUAL MSD, Sintomas dos distúrbios do sangue: 2021, Disponível em:
<https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/sintomas-e-
diagn>. Acesso em 05 Jul., 2022.
MANUAL MSD, Histórico clínico e exame físico relacionado a distúrbios
sanguíneos: 2021, Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist >.
Acesso em 05 Jul., 2022.
MANUAL MSD, Exames laboratoriais relacionados a distúrbios sanguíneos: 2021,
Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-
sangue/sintomas-e-diagn >. Acesso em 05 Jul., 2022.
MANUAL MSD, Exame da medula óssea: 2021, Disponível em: <
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/sintomas-e-
diagn >. Acesso em 05 Jul., 2022.

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