Uqbar Anuario Imobiliario 2015
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SECURITIZAÇÃO
E FINANCIAMENTO
IMOBILIÁRIO
2015
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Caro leitor,
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Equipe Uqbar
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
ÍNDICE DE CONTEÚDO
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 11
1 GOVERNO
Introdução
2 MERCADO BANCÁRIO
Introdução
33
35
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) 38
Letras 44
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) 46
Termos e Condições 49
Letras Hipotecárias (LH) 50
Termos e Condições 52
3 MERCADO DE CAPITAIS
Introdução
Renda Fixa
54
56
58
Debêntures de Empresas do Setor Imobiliário 60
Renda Variável 64
Ações de Empresas do Setor Imobiliário 66
Cotas de FII 69
Termos e Condições 73
Classificação dos Fundos 75
Mercado Secundário 78
Análise Setorial 85
Investidores 89
Cotas de FIP 91
Termos e Condições 91
Securitização 95
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 100
Termos e Condições 101
Emissores 107
Cedentes 123
Mercado Secundário 124
Investidores 126
Cotas de FIDC Imobiliário 127
Termos e Condições 128
Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 132
Termos e Condições 134
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Introdução 137
Mercado Primário 158
CRI 160
Securitizadoras Imobiliárias 161
Cotas de FIDC Imobiliário 163
Cotas de FII 163
Mercado Secundário 165
CRI 167
Negociações 167
Cotas de FIDC Imobiliário 168
Negociações 168
Cotas de FII 169
Negociações 169
Rentabilidade 170
Capitalização 172
Indicadores 172
Entidades Emissoras 174
Securitizadoras Imobiliárias 176
FIDC Imobiliários 177
FIP Imobiliários 177
Terceiros 178
Administradores 179
FII 179
FIP Imobiliários 181
Advogados 182
CRI 182
FII 183
Agências de Classificação de Risco 184
CRI 184
Agentes Fiduciários 186
CRI 186
Auditores 188
Securitizadoras Imobiliárias 188
FII 189
Estruturadores 191
FII 191
Líderes 192
CRI 192
FII 193
5 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO
Por Alexandre Assolini Mota e Luis Peyser
do Escritório PMKA Advogados
194
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE
Os dados das figuras desta publicação têm como data base 31 de dezembro
de 2014. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este
mercado, utilize o Orbis e o Portal Tlon.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
ÍNDICE
FIG. 43 Histórico do Número de Negócios dos FII por Tipo de Ativo 86
FIG. 44 Histórico da Capitalização de Mercado dos FII por Tipo de Ativo (em R$ milhões) 87
FIG. 45 Histórico do Float Mensal Médio dos FII por Tipo de Ativo (%) 88
FIG. 46 Histórico do Rendimento Médio Mensal dos FII por Tipo de Ativo (% do Valor de Mercado) 88
FIG. 47 Composição do Montante Emitido de FII em 2014 por Classe de Investidor (% de Montante) 90
FIG. 48 Histórico do Montante de Emissões de Securitização (em R$ milhões) 98
FIG. 49 Histórico do Montante de Emissões de Securitização Imobiliária por Ativo-lastro (em R$ milhões) 99
FIG. 50 Histórico da Participação das Emissões Imobiliárias por Tipo de Devedor 99
FIG. 51 Histórico do Montante de Emissões de CRI por Ativo-lastro (em R$ milhões) 103
FIG. 52 Histórico do Montante de Emissões de CRI por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 104
FIG. 53 Depósitos de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 105
FIG. 54 Estoque de CRI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 105
FIG. 55 Composição do Montante Emitido de CRI em 2014 por Faixa Final de Prazo (% de Montante) 106
FIG. 56 Composição do Montante Emitido de CRI em 2014 por Indexador (% de Montante) 107
FIG. 57 Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM 108
FIG. 58 Participação no Montante de Emissões em 2014 por Securitizadora Imobiliária 109
FIG. 59 Participação Acumulada no Montante de Emissões por Securitizadora Imobiliária 109
FIG. 60 Altere – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 111
FIG. 61 Ápice – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 112
FIG. 62 Barigui – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 113
FIG. 63 Brazilian Securities – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 113
FIG. 64 Brazil Realty – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 114
FIG. 65 BRC – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 115
FIG. 66 Cibrasec – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 116
FIG. 67 Gaia – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 116
FIG. 68 Habitasec – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 117
FIG. 69 ISEC – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 118
FIG. 70 Nova Securitização – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 119
FIG. 71 Pátria – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 119
FIG. 72 PDG – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 120
FIG. 73 Polo Capital – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 120
FIG. 74 RB Capital Companhia de Securitização – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 121
FIG. 75 RB Capital Securitizadora – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 122
FIG. 76 REIT – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 122
FIG. 77 TRX – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) 123
FIG. 78 Número de Cedentes de CRI Pessoa Física por Atividade Econômica – Ano 2014 124
FIG. 79 Número de Cedentes de CRI Pessoa Jurídica por Atividade Econômica - Ano 2014 124
FIG. 80 Negócios de CRI na CETIP e BM&FBOVESPA – Evolução Histórica (em R$ milhões) 125
FIG. 81 Composição do Montante Emitido de CRI em 2014 por Classe de Investidor (% de Montante) 126
FIG. 82 Número de FIDC Imobiliários Registrados na CVM 130
FIG. 83 Histórico do Montante de Emissões de Cotas de FIDC Imobiliários (em R$ milhões) 130
FIG. 84 Histórico do Patrimônio Líquido de FIDC Imobiliários 131
FIG. 85 Depósitos de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 132
FIG. 86 Estoque de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 133
FIG. 87 Negociações de CCI na CETIP – Evolução Histórica (em R$ milhões) 133
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE
Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 31 de dezembro de
2014. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado,
utilize o Orbis e o Portal Tlon.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
ÍNDICE
TAB. 43 Ranking dos Advogados por Montante Emitido de CRI em 2014 182
TAB. 44 Ranking dos Advogados por Número de Operações de CRI em 2014 182
TAB. 45 Ranking dos Advogados por Montante Emitido de Cotas de FII em 2014 183
TAB. 46 Ranking dos Advogados por Número de Operações de Cotas de FII em 2014 183
TAB. 47 Ranking das Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2014 184
TAB. 48 Ranking das Agências de Classificação de Risco por Número de Títulos de CRI Classificado em 2014 184
TAB. 49 Ranking das Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado – Consolidado 185
TAB. 50 Ranking das Agências de Classificação de Risco por Número de Títulos de CRI Classificado – Consolidado 185
TAB. 51 Ranking dos Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2014 186
TAB. 52 Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2014 186
TAB. 53 Ranking dos Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI 187
TAB. 54 Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI 187
TAB. 55 Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 188
TAB. 56 Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI 188
TAB. 57 Ranking dos Auditores de FII por Capitalização de Mercado 189
TAB. 58 Ranking dos Auditores de FII por Número de Fundos Negociados 189
TAB. 59 Ranking dos Auditores de FII por Patrimônio Líquido 190
TAB. 60 Ranking dos Auditores de FII por Número de Fundos 190
TAB. 61 Ranking dos Estruturadores de FII por Montante Emitido em 2014 191
TAB. 62 Ranking dos Estruturadores de FII por Número de Operações em 2014 191
TAB. 63 Ranking dos Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2014 192
TAB. 64 Ranking dos Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2014 192
TAB. 65 Ranking dos Líderes de Distribuição de Cotas de FII por Montante Emitido em 2014 193
TAB. 66 Ranking dos Líderes de Distribuição de Cotas de FII por Número Operações em 2014 193
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A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. empregou seus melhores esforços na obtenção e verificação
dos dados apresentados neste documento. Nossas informações foram obtidas de fontes que consideramos fidedignas,
mas sua exatidão e seu grau de integralidade e integridade não estão garantidos. A Uqbar Educação e Informação
Financeira Avançada Ltda. não se responsabiliza por quaisquer perdas ou prejuízos que possam advir de informações
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Todos os direitos autorais inerentes ao presente documento são de propriedade da Uqbar Educação e Informação
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da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda.
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INTRODUÇÃO
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
1 Fontes para os diversos índices citados no parágrafo: Banco Central do Brasil, Hypostat,
HOFINET, Banco Central de Chile
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
POUPANÇA x LCI
Quando se passa para a análise do comportamento das fontes
bancárias, abordadas no segundo capítulo desta publicação, pode se detectar
uma tendência de alteração de forças entre os dois principais mecanismos de
captação. A caderneta de poupança, veículo de passivo bancário característico
das instituições financeiras participantes do Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo (SBPE), que tem sido a fonte de financiamento imobiliário
protagonista no mercado brasileiro, atravessa um período que aponta para uma
potencial exaustão de recursos suficientes. A outra fonte bancária relevante, as
Letras de Crédito Imobiliário (LCI), atravessa fase de pujança, estendendo um
período multianual de crescimento vigoroso.
Porém, são as condições de contorno estabelecidas através da
regulamentação que determinam em grande parte o comportamento destas
fontes. Os recursos captados via caderneta de poupança, remunerados
de forma regulada, são, também por exigência regulamentar, direcionados
preponderantemente para a concessão de crédito habitacional no âmbito do
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
Sistema Financeiro de Habitação (SFH)2. Isto significa que, para esta parte do
fluxo financeiro bancário, quase não há margem para se alterar preço, na forma
de remuneração de depósitos captados e/ou de custo de financiamentos
concedidos, como reflexo de alterações entre as forças de demanda e de
oferta de recursos. Do lado da captação, a caderneta de poupança tem sua
remuneração atrelada à Taxa Referencial (TR) acrescida de 6,0% ao ano. Do
lado da concessão de crédito no âmbito do SFH, o custo dos financiamentos
não pode superar a TR acrescida de 12,0% ao ano, mas, devido à atuação
dominante da Caixa Econômica Federal, instituição financeira pública que tem
buscado atender à demanda acima dos níveis de direcionamento exigidos, o
custo dos financiamentos, em base competitiva, tem sido bem menor.
Assim, devido à distorção causada pela prática de preços fixos em
ambos os lados do balanço bancário, em um cenário de taxas de juro real
que se elevaram (em contraposição à TR constante), tal qual se sucede neste
momento no país, diminui-se o poder de captação de recursos via caderneta
de poupança, subtraindo-se o volume ofertado para a concessão de crédito,
ao mesmo tempo em que se aumenta o incentivo para se tomar empréstimos,
adicionando-se à demanda por crédito. O resultado é uma trajetória rumo ao
desequilíbrio entre a oferta e a demanda de financiamentos habitacionais no
âmbito do SFH. Os números referentes às evoluções anuais do volume de novos
financiamentos imobiliários com recursos da poupança, incluindo a parcela
concedida a taxas de mercado, e de variação de saldo total da poupança
começam a apontar nesta direção, conforme ilustrado na figura 1. Sendo
a retomada do aumento da taxa de juros um evento que se iniciou apenas
no final do ano de 2014, os números anuais ainda não traduzem claramente
esta tendência. Porém, vale destacar que em janeiro de 2015 a captação via
poupança registrou o seu pior resultado mensal em 20 anos, com uma saída
líquida de R$4,45 bilhões.
2 As instituições financeiras que são membros do SBPE, de acordo com as regras do Sistema
Financeiro da Habitação (SFH), devem cumprir limites mínimos de alocação para o financiamento
imobiliário, a maior parte habitacional, com os recursos captados através da caderneta de
poupança. A maior parte destes financiamentos deve ser concedida a taxas de juros indexadas
à Taxa Referencial (TR) e sujeitas a um teto. Adicionalmente, outra parcela destes recursos deve
ser alocada como depósito compulsório no Banco Central. O montante restante, que é captado
através da caderneta de poupança e que deve ser alocado para financiamentos imobiliários,
mas podendo ser concedido a taxas de juros de mercado, ou que pode ser alocado para outros
fins, representa menos que 25,0% do total.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
79.917 82.761
78.147
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Variação do Saldo de SBPE Financiamentos via SBPE
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INTRODUÇÃO
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
34.019
17.699
15.046
11.919
7.691
1.989 1.748
uqbar publicações 18
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
4 Os FIDC Imobiliários, responsáveis por apenas R$142,0 milhões em emissões em 2014, são
abordados no capítulo 3.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
9.275
7.359
4.077
3.135
2.610
1.543
876 838
173 12 88 77 37 379
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
CONCLUSÃO
Para concluir esta Introdução do Anuário, cumpre voltar ao ponto inicial
deste texto, que apontou as condições necessárias para a sustentabilidade
do crescimento do crédito imobiliário na economia brasileira. As trajetórias
de evolução da composição e da dimensão do funding do financiamento
imobiliário no Brasil serão sempre determinadas pelas transformações de
natureza macroeconômica, institucional e política que ocorrem no país, todas
elas bastante interdependentes. Há pouco mais de 50 anos, políticas públicas
habitacionais de maior escopo começaram a ser desenhadas e implementadas
no país. Mas as décadas que se sucederam se caracterizaram, em grande
parte, pela volatilidade macroeconômica e, consequentemente, o precário
avanço institucional, tornando de baixo alcance os efeitos daquela que fosse a
política pública setorial em vigor.
Foi somente a partir de um quadro de maior estabilidade
macroeconômica, tal qual se logrou no Brasil a partir da segunda metade
da década de 90, principalmente com a implantação do plano Real, que se
criaram as condições necessárias para o progresso institucional no setor
imobiliário e para a atuação efetiva governamental.
Nos últimos dez anos o financiamento imobiliário se expandiu em
forte ritmo no país. O Governo participou ativamente desta expansão como
fonte direta de recursos, e também como regulador. O mercado bancário,
a principal fonte para o setor, finalmente desenvolveu escala e capacidade
de atuar na concessão de novos empréstimos imobiliários habitacionais.
E o mercado de capitais, principalmente o seu segmento de securitização
imobiliária, tornou–se uma fonte complementar substancial para viabilizar o
financiamento imobiliário diversificado no país através da participação direta
do investidor.
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INTRODUÇÃO
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1 GOVERNO
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INTRODUÇÃO
GOVERNO
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FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO
DE SERVIÇO (FGTS)
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
é administrado por um conselho curador
composto por representantes oriundos das
classes de trabalhadores e dos empregadores e
também do governo. Este último também atua,
por meio do Ministério das Cidades, na elaboração
de orçamentos e definição de metas. Além disto,
a importância da Caixa Econômica Federal
(CEF), instituição financeira estatal, na estrutura
operacional do FGTS é bastante relevante.
Como agente operador do fundo, uma de suas
atribuições é centralizar todos os recolhimentos
e realizar os repasses aos agentes financeiros
autorizados a atuar no Sistema Financeiro de
Habitação (SFH) que, posteriormente, concedem
o financiamento aos tomadores de recursos.
Ademais, como principal agente financeiro do
FGTS, a CEF é responsável direta pelas suas
operações de concessão de crédito imobiliário
utilizando recursos do fundo.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
GOVERNO
Fonte: FGTS/Uqbar
1 Todos os números desta seção têm como base o site do FGTS, que foi consultado em
08/01/2015.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
GOVERNO
342 355
317 320 320
264 253 272 265
246
15.673
10.345
6.891 6.759
5.356
3.870 3.073 3.758 3.819 3.874
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Montante Financiado (em R$ Milhões) Número de Unidades (em Milhares)
Fonte: FGTS/Uqbar
84.131
88.440
68.462
74.165
48.925 59.909
39.040
21.135
15.493 15.666
11.631
19.411
14.836 14.263
12.194
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
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REPASSES DO GOVERNO
Os Repasses de Governo são uma destacada fonte
de financiamento habitacional sob controle direto
do governo, comparável à quantia empenhada pelo
FGTS. Os Repasses do Governo são oriundos do
Orçamento Geral da União, tendo como fonte de
recursos o Tesouro Nacional.
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GOVERNO
Valores Nominais
Ano Variação (%)
(em R$ milhões)
1994 2.972 -
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GOVERNO
123.020
94.439
71.853
48.460
33.535
24.530
18.664
15.716
9.306 12.095
2.972 1.783 863 4.472 6.967
889 864 633 262 1.464
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
(set)
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2 MERCADO
BANCÁRIO
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INTRODUÇÃO
MERCADO BANCÁRIO
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MERCADO BANCÁRIO
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MERCADO BANCÁRIO
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SISTEMA BRASILEIRO DE
POUPANÇA E EMPRÉSTIMOS (SBPE)
O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos
(SBPE) tem sido a maior fonte de financiamento
imobiliário no Brasil. As instituições financeiras
que integram o SBPE captam recursos de pessoas
físicas e jurídicas através dos depósitos voluntários
em caderneta de poupança. Tal qual ocorre com
o FGTS, e característica fundamental para a
viabilização de financiamentos imobiliários em
formato segundo os parâmetros do SFH, o custo
de captação de recursos através da caderneta
de poupança pelas instituições pertencentes ao
SBPE tem sido consistentemente menor que o
custo básico de captação do Governo. A concessão
de crédito com estes recursos é sujeita a um
direcionamento obrigatório parcial. Atualmente,
segundo a Resolução nº 3.932/2010 do Banco
Central do Brasil, 65,0% dos depósitos de
poupança devem ser aplicados em financiamentos
imobiliários, com 80,0% desta parcela devendo
ser destinada a operações de financiamento
habitacional no âmbito das regras do SFH.
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MERCADO BANCÁRIO
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
196
34.017
114 30.032
61 47 54 61 18.283
38 35 39 36 36 36 29 36
9.340
4.852
1.735 1.871 1.463 1.725 2.084 1.696 1.910 1.870 1.770 2.218 3.002
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 40
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
209.631
206.075
182.610
162.133
112.386 133.364
93.326
79.383
100.213
60.791 82.024
48.598 47.697 52.305
40.184
61.184 55.777
53.581 52.565
38.204
28.271
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Abecip
78,6 %
SFH
15,2 %
TM – Residencial
6,3 %
TM – Comercial
uqbar publicações 41
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
40,9 %
Imóvel Usado
31,3 %
Imóvel Novo
27,8 %
Construção / Reforma
uqbar publicações 42
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
471
411
325
262
228
177
136
105 191
65 156 172
39 48 140
23 26 109 124
6 95
68 81
42 55
8 18 32
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Saldo Rentabilidade
uqbar publicações 43
LETRAS
Esta seção apresenta os principais números
referentes às:
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
uqbar publicações 46
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
Fonte: CETIP
159.652
110.388
83.404
57.231
39.056
26.191
16.513
8.138
63 246 52 0 3.507 3.438
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 47
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
Fonte: CETIP
160.000
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
Nov-01
Mar-02
Jul-02
Nov-02
Mar-03
Jul-03
Nov-03
Mar-04
Jul-04
Nov-04
Mar-05
Jul-05
Nov-05
Mar-06
Jul-06
Nov-06
Mar-07
Jul-07
Nov-07
Mar-08
Jul-08
Nov-08
Mar-09
Jul-09
Nov-09
Mar-10
Jul-10
Nov-10
Mar-11
Jul-11
Nov-11
Mar-12
Jul-12
Nov-12
Mar-13
Jul-13
Nov-13
Mar-14
Jul-14
Nov-14
A trajetória do montante negociado de LCI acompanha o movimento
crescente verificado até aqui em relação aos outros indicadores deste título.
Em 2014 as transações com LCI atingiram R$10,68 bilhões, crescimento de
68,1% frente ao ano anterior, quando a cifra havia sido de R$6,36 bilhões. Além
disso, quando comparado ao não tão distante 2009, têm-se que o montante
negociado mais que decuplicou no período, tendo em vista que naquele ano
a quantia havia sido de R$915,2 milhões. Para efeito comparativo, em 2014 o
montante total negociado registrado na CETIP em Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRI), o principal título de securitização imobiliária no país, alcançou
R$24,79 bilhões. A figura 14 exibe a evolução histórica do montante negociado
de LCI registrado na CETIP desde 2001.
Fonte: CETIP
10.684
6.356
3.702
1.348 1.576
915
54 101 198 8 2 2 103
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 48
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Termos e Condições
MERCADO BANCÁRIO
Garantia Caução de créditos imobiliários, por sua vez garantidos por hipoteca ou
alienação fiduciária de bem imóvel. A LCI pode contar também com garantia
fidejussória adicional de instituição financeira.
Forma e Registro Cartular e escritural. A critério do credor poderá ser dispensada a emissão de
certificado, ficando registrada sob a forma escritural na instituição emissora. Na
forma escritural, deve ser registrada em sistemas de registro e liquidação
financeira de títulos privados autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento público.
A atualização de valor é permitida, desde que os títulos tenham prazo e
periodicidade de reajuste mínimos de um ano. Atualização mensal é permitida,
desde que os títulos emitidos tenham prazo mínimo de trinta e seis meses.
Porém, é vedado o pagamento dos valores relativos à atualização monetária
apropriados desde a emissão, quando ocorrer o resgate antecipado, total ou
parcial, em prazo inferior ao mínimo, exceto no caso de quitação ou vencimento
antecipado dos créditos imobiliários que lastreiam a letra.
Prazo Prazo mínimo depende da taxa de juros ou do índice de reajuste do valor nominal
(atualização monetária). A LCI não poderá ter prazo de vencimento superior ao
prazo de quaisquer dos créditos imobiliários que lhe servem de lastro.
uqbar publicações 49
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural, através dos registros das
negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos
autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Ao transferir a letra para outrem, o titular responde por sua veracidade, mas
não pelo pagamento. Se a instituição financeira não o honrar, o titular não
poderá exigir o pagamento daquele que lhe transferiu a letra.
uqbar publicações 50
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
Fonte: CETIP
11.901
11.619
9.100
7.551 7.440
6.386
3.532 3.463
3.076
2.230
1.568 1.838
1.067 1.093 850 871
566
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 51
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO BANCÁRIO
Fonte: CETIP
16.000
14.000
12.000
10.000
8.000
6.000
4.000
2.000
0
Jul-94
Jan-95
Jul-95
Jan-96
Jul-96
Jan-97
Jul-97
Jan-98
Jul-98
Jan-99
Jul-99
Jan-00
Jul-00
Jan-01
Jul-01
Jan-02
Jul-02
Jan-03
Jul-03
Jan-04
Jul-04
Jan-05
Jul-05
Jan-06
Jul-06
Jan-07
Jul-07
Jan-08
Jul-08
Jan-09
Jul-09
Jan-10
Jul-10
Jan-11
Jul-11
Jan-12
Jul-12
Jan-13
Jul-13
Jan-14
Jul-14
O montante de negociações de LH registradas na CETIP, que
praticamente inexistiu em 2013, ao registrar R$10,4 milhões, chegou à
nulidade em 2014. Nenhum negócio envolvendo LH em 2014 consta no
registro da câmara.
Termos e Condições
Descrição Título de crédito, garantido por créditos hipotecários. A Letra Hipotecária (LH)
confere aos seus titulares direito de crédito pelo valor nominal, juros e, se for o
caso, atualização monetária nela estipulados.
Garantia Hipoteca.
Forma e Registro Cartular e escritural. A critério do credor poderá ser dispensada a emissão de
certificado, ficando registrada sob a forma escritural na instituição emissora. Na
forma escritural deve ser registrada em sistemas de registro e liquidação
financeira de títulos privados autorizados pelo Banco Central do Brasil.
uqbar publicações 52
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento público.
A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e
periodicidade de reajuste mínimos de um ano. Atualização mensal é permitida,
desde que os títulos emitidos tenham prazo mínimo de trinta e seis meses.
Porém, é vedado o pagamento dos valores relativos à atualização monetária
apropriados desde a emissão, quando ocorrer o resgate antecipado, total ou
parcial, em prazo inferior ao mínimo, exceto no caso de quitação ou vencimento
antecipado dos créditos imobiliários que lastreiam a letra.
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural, através dos registros das
negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos
autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Ao transferir a letra para outrem, o titular responde por sua veracidade, mas
não pelo pagamento. Se a instituição financeira não o honrar, o titular não
poderá exigir o pagamento daquele que lhe transferiu a letra.
uqbar publicações 53
3 MERCADO
DE CAPITAIS
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
MERCADO DE CAPITAIS
uqbar publicações 56
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
oferta de recursos direcionados ao setor imobiliário por cada uma das fontes,
mas é improvável que atuem como limitantes absolutos. Para além de um
aumento quantitativo da oferta de recursos direcionados ao setor imobiliário
proporcionado pelo mercado de capitais, há também uma mudança
qualitativa deste setor. A ampla gama de instrumentos atualmente disponíveis
para tal financiamento, aliado a aprimoramentos incrementais no âmbito
da governança, seja pela via regulamentar ou por práticas espontâneas
de mercado, têm franqueado o contínuo desenvolvimento do mercado de
capitais brasileiro.
uqbar publicações 57
RENDA FIXA
A seção Renda Fixa do Mercado de Capitais é
representada unicamente pelas debêntures
de empresas do setor imobiliário. Exclusos os
títulos associados ao mercado de securitização,
as debêntures constituem a principal fonte
de financiamento do setor imobiliário que
é representada por um título de renda fixa
componente do mercado de capitais.
A seguir são apresentadas as informações e os
dados referentes a este único título pertencente à
seção Renda Fixa.
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Histórico das Ofertas Públicas Primárias de Debêntures de Empresas do Setor Imobiliário FIG. 17
Fonte: CVM/Uqbar
2.048 1.640
11 11
1.782
6 1.505
6
1.000 780
3 850
4 3
179
30 2 240
1 1 0
0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 60
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Emissões Primárias de Debêntures Realizadas por Empresas do Setor Imobiliário em 2014 TAB. 5
uqbar publicações 61
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Emissões Primárias de Debêntures Realizadas por Empresas do Setor Imobiliário em 2014 (cont.) TAB. 5
Total 2.635.789.000
Fonte: Uqbar
Fonte: Uqbar
6.673
6.673
43
39
5.532
23
4.071
3.570 26
19
2.050 2.636
1.770 26
11 11
30 176 240
1 2 1
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Montante Emitido (em R$ Milhões) Quantidade de Emissões
uqbar publicações 62
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Construção 10
Outras
Atividades 8
Imobiliárias
uqbar publicações 63
RENDA VARIÁVEL
No mercado de capitais, as fontes de
financiamento do setor imobiliário pertencentes
ao universo de títulos de renda variável, exclusos
os títulos associados ao mercado de securitização,
são representadas pelas ações de empresas deste
setor, pelas cotas de Fundos de Investimento
Imobiliário (FII) e pelas cotas de Fundos de
Investimento em Participações (FIP) que investem
preponderantemente em empresas do setor.
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
3.959 6.019
8 9
3.143 2.809
6 6 1.515
617
0 389 3
2 0
0 1
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Montante Registrado (em R$ Milhões) Quantidade de Registros
uqbar publicações 66
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
6.868
9
4.069
7 3.635 2.782
6 6
1.007 1.407
0 448 3
2 0
0 1
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Multiplan 8.451
BR Malls 7.568
Cyrela Realty 4.421
Iguatemi 4.345
MRV 3.369
EZTEC 3.228
BR Properties 3.057
Aliansce 2.605
São Carlos 1.887
Brookfield 1.801
uqbar publicações 67
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
91.371
83.978 30
31
69.115 70.217
31 30 55.204
30
Fonte: BM&FBOVESPA
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Dez-07
Mar-08
Jun-08
Set-08
Dez-08
Mar-09
Jun-09
Set-09
Dez-09
Mar-10
Jun-10
Set-10
Dez-10
Mar-11
Jun-11
Set-11
Dez-11
Mar-12
Jun-12
Set-12
Dez-12
Mar-13
Jun-13
Set-13
Dez-13
Mar-14
Jun-14
Set-14
Dez-14
uqbar publicações 68
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Há que se ressaltar que tal cenário, longe de ser fatal, abre espaço para
que a atividade de gestão da carteira dos FII seja mais ativa, de modo a se
antecipar a quadros mais delicados do mercado e arbitrar com o significativo
deságio entre o valor de mercado de FII e o respectivo Patrimônio Líquido. Mas,
ao mesmo tempo, o cenário negativo adquire especial relevo para os fundos
cuja carteira é composta por somente um imóvel.
Adicionalmente, ocorreu em meados de 2014 a difusão do inesperado
entendimento da Receita Federal do Brasil sobre tributação de FII, um
importante revés, embora de impacto limitado. Segundo o entendimento do
fisco, consubstanciado pela publicação da Solução de Consulta Cosit nº 181
no Diário Oficial da União em 04 de julho de 2014, ganhos de capital auferidos
na alienação de cotas de FII por outros FII sujeitam-se à incidência do Imposto
de Renda à alíquota de 20,0%.
No âmbito regulatório, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atuou no
sentido da redução de ambiguidades e na elevação dos critérios de governança
de FII. Em 2 de maio de 2014, a autarquia publicou o Ofício-Circular/CVM/SIN/
SNC/Nº1/2014, que teve por objetivo orientar os administradores de FII sobre a
forma de cálculo dos “lucros auferidos, apurados segundo o regime de caixa”,
segundo o art. 10º, parágrafo único, da Lei nº 8.668/93, para fins de cálculo do
valor dos rendimentos a distribuir. A CVM pontificou que, para atender a norma,
o administrador deve aplicar o regime de competência no período e ajustá-lo
pelos efeitos das entradas e saídas de caixa. Ainda, a autarquia ressalta que
o administrador que optar por distribuir o resultado aos cotistas mensalmente
deverá observar que, ao final do semestre, sejam distribuídos no mínimo 95,0%
dos resultados auferidos.
Em 4 de agosto, o Edital de Audiência Pública SDM nº 07/14 foi
divulgado, mirando a mudança do regime de divulgação de informações e
as regras de governança dos FII, alterando, ao mesmo tempo, as Instruções
nº 472 e nº 400. A minuta se propõe revisar tanto o conteúdo como o formato
dos dados apresentados, acompanhado de um esforço de padronização dos
mesmos. Além disso, a periodicidade das informações prestadas também
é fruto de mudança. Por exemplo, no caso das informações que sofrem
alteração constantemente, a proposta é que sejam retiradas do regulamento
e passem a figurar em Informes a serem divulgados em periodicidade mensal,
trimestral e anual. No âmbito da governança, pretende-se aprimorar regras
relacionadas à convocação, à participação e à tomada de decisões de cotistas
em assembleias gerais, bem como à atuação de representantes de cotistas.
Na arena do mercado primário, foram os FII não listados para
negociação na BM&FBOVESPA que sustentaram o montante total de cotas
emitidas em um nível não irrisório. Conforme ilustrado na figura 25, em
2014 o montante consolidado emitido em cotas de FII atingiu R$6,69 bilhões
uqbar publicações 70
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
11.375 11.084
9.066
8.604
6.726 6.695
4.289
3.531
2.534
1.270
949 854 1.000 718
236 177 211 206 345 245 386 421 348
145
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Uqbar
70.000 280
260
Número de Fundos (unidades)
60.000 240
220
50.000 200
PL (R$ milhões)
180
40.000 160
140
30.000 120
100
20.000 80
60
10.000 40
20
0 0
Jul-11
Jul-03
Jul-04
Jul-06
Jul-07
Jul-08
Jul-09
Jul-10
Jul-12
Jul-13
Jul-14
Jul-05
Jan-11
Jan-03
Jan-04
Jan-06
Jan-07
Jan-08
Jan-09
Jan-10
Jan-12
Jan-13
Jan-14
Jan-05
PL Número de FII
uqbar publicações 71
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
30.000 120
Capitalização de Mercado (R$ milhões)
25.000 100
15.000 60
10.000 40
5.000 20
0 0
Jan-03
Mai-03
Set-03
Jan-04
Mai-04
Set-04
Jan-05
Mai-05
Set-05
Jan-06
Mai-06
Set-06
Jan-07
Mai-07
Set-07
Jan-08
Mai-08
Set-08
Jan-09
Mai-09
Set-09
Jan-10
Mai-10
Set-10
Jan-11
Mai-11
Set-11
Jan-12
Mai-12
Set-12
Jan-13
Mai-13
Set-13
Jan-14
Mai-14
Set-14
Capitalização de Mercado Número de FII
uqbar publicações 72
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
180
160
140
120
100
80
60
Jan-03
Abr-03
Jul-03
Out-03
Jan-04
Abr-04
Jul-04
Out-04
Jan-05
Abr-05
Jul-05
Out-05
Jan-06
Abr-06
Jul-06
Out-06
Jan-07
Abr-07
Jul-07
Out-07
Jan-08
Abr-08
Jul-08
Out-08
Jan-09
Abr-09
Jul-09
Out-09
Jan-10
Abr-10
Jul-10
Out-10
Jan-11
Abr-11
Jul-11
Out-11
Jan-12
Abr-12
Jul-12
Out-12
Jan-13
Abr-13
Jul-13
Out-13
Jan-14
Abr-14
Jul-14
Out-14
A seguir, nesta seção, são apresentados e comentados dados
referentes à composição, liquidez e rentabilidade do mercado de FII em 2014
e historicamente. Em seguida, procede uma análise setorial das principais
categorias de ativos e os dados referentes à composição do universo investidor
no mercado primário de cotas de FII.
Termos e Condições
Forma e Registro Constituídos sob a forma de condomínio fechado, podem ter prazo de duração
indeterminado. A constituição e funcionamento dos FII dependem de registro
prévio na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que é concedido
automaticamente mediante entrega de conjunto de documentos e informações.
Limites de Investimento (a) Fundos que invistam preponderantemente em valores mobiliários devem
respeitar certos limites de aplicação por emissor e por modalidade de ativos
financeiros. Não existem limites para investimentos em cotas de Fundos de
Investimento em Participações (FIP), cotas de FII e Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRI).
uqbar publicações 73
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Custódia Custódia dos ativos financeiros dos FII é necessária sempre que estes ativos
representem mais que 5,0% do patrimônio líquido do fundo.
Tipo de Investidor Não existe limitação quanto ao tipo de investidor. Porém, é permitida a
constituição de fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados,
que podem contar com condições e características específicas.
Classe Classe única no caso de fundos para investidores em geral. Fundos destinados
exclusivamente a investidores qualificados podem emitir cotas com direitos ou
características especiais quanto à ordem de preferência no pagamento dos
rendimentos periódicos, no reembolso de seu valor ou no pagamento do saldo
de liquidação do fundo.
uqbar publicações 74
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Série Emissão de cotas pode ser dividida em séries, com o fim específico de
MERCADO DE CAPITAIS
Distribuição Oferta pública de cotas depende de prévio registro na CVM e deve ser realizada
por instituições intermediárias integrantes do sistema de distribuição de valores
mobiliários. Uma nova distribuição não pode ser iniciada antes de totalmente
subscrita ou cancelada a anterior.
Retorno Capital Investido Capital investido em cotas de FII é retornado através (i) da distribuição de
resultados; (ii) da amortização das cotas; (iii) da venda das cotas no mercado
secundário; ou (iv) da dissolução do fundo, com a venda dos seus ativos e a
distribuição proporcional do patrimônio aos seus cotistas.
uqbar publicações 75
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
209
Imóvel
82
23
Renda fixa
17
Renda 6
variável 5
Multiclasse 9
2
Indústria FII FII Listados
uqbar publicações 76
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
86,0 %
Imóvel
10,7 %
Renda fixa
3,0 %
Renda variável
0,3 %
Multiclasse
Fonte: Uqbar
52,2 % 1,8 %
Escritórios Escolar
18,0 % 1,2 %
Varejo - Shopping Centers Hospitalar
14,4 % 1,0 %
Varejo-Lojas Individuais Industrial
4,9 % 0,7 %
Logística Varejo - Galerias
3,5 % 0,5 %
Diversificado Hospedagem
1,8 %
Residencial
uqbar publicações 77
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
80,4 %
Renda
13,9 %
Gestão de Ativos Financeiros
4,1 %
Diversas
1,6 %
Desenvolvimento Imobiliário
Mercado Secundario
Para ser melhor compreendida, a análise do comportamento da liquidez
do mercado secundário de cotas de FII em 2014 precisa ser decomposta,
em um primeiro momento, pelos dois principais critérios utilizados no
acompanhamento daquela variável: o montante negociado e o número de
negócios. Em boa medida, estes indicadores têm apontado para direções
contrárias pelo menos desde meados de 2013. Com a reversão da política
monetária a partir daquele período, iniciando um lento processo de aumento
de juros que se alonga até o presente, o mercado secundário de cotas de FII,
analisado sob o critério do montante negociado, sofreu forte impacto. Isto se
fez notar mais claramente devido à correlação existente entre o desempenho
dos preços das cotas de FII, negativamente impactados com o movimento
de alta da taxa Selic, e o montante negociado. Percebe-se, entretanto, uma
considerável estabilidade do indicador de montante negociado mensal em
2014, em patamares acima do que se via em 2012, por exemplo. Por outro
lado, pelo critério do número de negócios, a despeito da ligeira redução deste
indicador ao longo do segundo semestre de 2013, a liquidez se elevou a níveis
uqbar publicações 78
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: CETIP
128
828
7 193 79
251 244
133
69 79
67 54
uqbar publicações 79
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
7.828
808.097 959.962
5.095
3.588
311.875
907
71 176 139 144 229 377 76.149
53 53
742 1.271 2.258 4.240 6.793 6.793 9.386 23.963
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
1.200 120.000
Montante Negociado (R$ milhões)
800 80.000
600 60.000
400 40.000
200 20.000
0 0
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
uqbar publicações 80
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
3.500
3.000
2.500
2.000
1.500
1.000
500
0
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
BTG Pactual Corporate Office Fund BB Progressivo II Kinea Renda Imobiliária
Santander Agências XP Corporate Macaé TB Office
Maxi Renda CSHG Real Estate Kinea Rendimentos Imobiliários
Brasil Plural Absoluto Fundo de Fundos
uqbar publicações 81
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0 Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
BTG Pactual Corporate Office Fund BB Progressivo II Kinea Renda Imobiliária
Santander Agências XP Corporate Macaé TB Office
Maxi Renda CSHG Real Estate Kinea Rendimentos Imobiliários
Brasil Plural Absoluto Fundo de Fundos
Mar-12
Mai-12
Jul-12
Set-12
Nov-12
Jan-13
Mar-13
Mai-13
Jul-13
Set-13
Nov-13
Jan-14
Mar-14
Mai-14
Jul-14
Set-14
Nov-14
uqbar publicações 82
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: BM&FBOVESPA
1.700
1.600
1.500
1.400
1.300
1.200
1.100
1.000
900
Dez-10
Fev-11
Abr-11
Jun-11
Ago-11
Out-11
Dez-11
Fev-12
Abr-12
Jun-12
Ago-12
Out-12
Dez-12
Fev-13
Abr-13
Jun-13
Ago-13
Out-13
Dez-13
Fev-14
Abr-14
Jun-14
Ago-14
Out-14
O ano de 2014 apresentou o menor número de novos fundos Dez-14
autorizados a ter suas cotas negociadas em bolsa desde que este mercado
passou a apresentar vigoroso crescimento, em 2010. A figura 40 mostra a
evolução histórica anual do número de novos fundos registrados para serem
negociados em bolsa. Foram 13 fundos registrados em 2014, ante os 24 que
haviam ingressado no mercado secundário em 2013. No entanto, dos fundos
registrados, poucos foram efetivamente negociados em 2014. Mesmo entre
aqueles negociados, o nível de liquidez se mostrou incipiente. Como aponta
a tabela 6, apenas quatro destes fundos apresentaram alguma negociação
em 2014, e um número ainda menor (dois) chegou a ser negociado no mês de
dezembro.
uqbar publicações 83
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
28
24
22
19
13
7 7
5
3 3 3
2
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
FII Registrados para Negociação na BM&FBOVESPA em 2014* - Liquidez e Variação de Preço das Cotas TAB. 6
Montante
Início de Preço de Preço Dez/14 Variação Número de
Fundo Ticker Negociado
Negociação Emissão (R$) (R$)** (%) Negócios
(R$ milhares)
Castello Branco Office Park CBOP11 06/03/2014 1.000,00 689,42 -31,06 12.552 1.387
NCH Brasil Recebíveis Imobiliários NCHB11B 20/03/2014 1.000,00 1.450,00 45,00 1.180 73
* Embora registrados em 2014, os fundos BTG Pactual Malls (BTGM11), Infra Real Estate (FINF11), Polo Shopping Indaiatuba (VPSI11), Sia Corporate
(SAIC11B), Transinc (TSNC11), Urbanização I (URBN11), Vereda (VERE11), Vida Nova (FIVN11) e XP Ativos Corporativos (XPAC11) foram excluídos pois
não apresentaram nenhuma negociação em 2014.
** Preço médio de negociação em dez/14 ponderado por montante negociado. Para os fundos Reit Riviera (REIT11B) e NCH Brasil Recebíveis Imobiliários
(NCHB11B) foram considerados os preços médios de jul/14 e out/14, respectivamente.
Análise Setorial
A análise setorial pretendida nesta seção se fundamenta, antes de tudo,
na divisão do conjunto de Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) segundo o
tipo de seus ativos. Desde 2008, com a edição da Instrução CVM nº 472 (ICVM
472), os FII têm em aberto a possibilidade de investir preponderantemente
em títulos ligados ao setor imobiliário, ampliando as possibilidades de
diversificação das carteiras destes fundos. Desde então, duas categorias de
ativos foram alçadas ao patamar de maior representatividade da indústria:
Renda Fixa, além de, por óbvio, Imóveis. A segunda categoria, porém, tem
uma composição própria tão diversificada, que se faz necessário, em seu nível,
mais uma categorização, desta vez representada principalmente por Escritórios
e Shopping Centers. O racional subjacente a estas segmentações pauta-se,
entre outros aspectos, pelos distintos perfis de risco inerentes à natureza do
ativo alvo de cada fundo.
uqbar publicações 84
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Histórico das Emissões dos FII Listados por Tipo de Ativo (em R$ milhões) FIG. 41
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Escritórios Shoppings Renda Fixa Outros
uqbar publicações 85
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Histórico do Montante Negociado dos FII por Tipo de Ativo (em R$ milhões) FIG. 42
Fonte: Uqbar
1.200
1.000
800
600
400
200
0
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
Escritórios Shoppings Renda Fixa Outros
Fonte: Uqbar
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
mar-14
abr-14
mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
uqbar publicações 86
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
uqbar publicações 87
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
o último mês do ano com float mensal de 2,7%. Os FII de Escritórios, por outro
lado, registraram, ao longo de 2014, uma média de float mensal de 1,9%,
mais próximo do indicador consolidado de todo o mercado. Por sua vez, o
float mensal dos FII de Shopping Centers, sucessivamente abaixo de 1,0% em
2014, apresentou menor oscilação no ano.
Histórico do Float Mensal Médio dos FII por Tipo de Ativo (%) FIG. 45
Fonte: Uqbar
7
6
5
4
3
2
1
0
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
Escritórios Shoppings Renda Fixa Consolidado
1,4
1,2
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
Jan-12
Fev-12
Mar-12
Abr-12
Mai-12
Jun-12
Jul-12
Ago-12
Set-12
Out-12
Nov-12
Dez-12
Jan-13
Fev-13
Mar-13
Abr-13
Mai-13
Jun-13
Jul-13
Ago-13
Set-13
Out-13
Nov-13
Dez-13
Jan-14
Fev-14
Mar-14
Abr-14
Mai-14
Jun-14
Jul-14
Ago-14
Set-14
Out-14
Nov-14
Dez-14
uqbar publicações 88
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Investidores
Levantamento da composição dos investidores do mercado primário de
cotas de FII com base em Anúncios de Encerramento aos quais a Uqbar obteve
acesso e que correspondem a 49,7% (R$3,32 bilhões) do total de emissões
realizadas ao longo de 2014, aponta que os investidores pessoas físicas foram
responsáveis por adquirir aproximadamente 55,0% do montante emitido. Esta
classe de investidor tem sido a protagonista dos investimentos em cotas de
FII por três anos consecutivos, mas em 2014 registrou a menor parcela do
total neste período. Esse recuo é perceptível, de maneira complementar, pelo
número descendente de pessoas físicas que detém cotas de FII negociadas
na BM&FBOVESPA. Após chegar ao máximo de 101.710 investidores em
dezembro de 2013, desde então este número se reduziu mês após mês, até
registrar 92.712 pessoas físicas em fins de 2014.
Tais fatos apontam no sentido de que os principais adquirentes de
cotas de FII em 2014 –aqueles pertencentes à classe pessoa física– são, em
essência, investidores que já possuíam investimentos anteriores nestes títulos,
salvo a improvável ocorrência de uma alta rotatividade de investidores durante
uqbar publicações 89
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
55,0 %
Pessoas físicas
21,9 %
Entidades de Previdência
10,5 %
Fundos de Investimento
8,2 %
Investidores Estrangeiros
4,4 %
Outros
uqbar publicações 90
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Termos e Condições
uqbar publicações 91
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Forma e Registro Constituídos sob a forma de condomínio fechado, seus regulamentos devem
MERCADO DE CAPITAIS
Politica de Investimento (a) Investimento deve permitir ao FIP participar do processo decisório da
companhia investida, com efetiva influência na definição de sua política
estratégica e na sua gestão, notadamente através da indicação de membros
do Conselho de Administração.
Participação nas Decisões A participação do fundo no processo decisório da companhia investida pode
ocorrer das seguintes maneiras: (i) pela detenção de ações que integrem o
respectivo bloco de controle; (ii) pela celebração de acordo de acionistas; ou (iii)
pela celebração de ajuste de natureza diversa ou adoção de procedimento que
assegure ao fundo efetiva influência na definição de sua política estratégica e na
sua gestão.
Tipo de Investidor Destinado exclusivamente a investidores qualificados, condição que deve ser
verificada pelo administrador no ato da subscrição de cotas.
Descrição Cotas de FIP são valores mobiliários que correspondem a frações ideais do
patrimônio desses fundos.
uqbar publicações 92
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
acesso aos investidores, que pode ser por meio de oferta pública, nos termos
da Instrução CVM nº 400/03 ou oferta restrita, nos termos da Instrução CVM
nº 476/09.
Chamadas de Capital As regras e o prazo limite para chamadas de capital devem estar dispostos no
regulamento do fundo, observado o previsto no compromisso de investimento
firmado pelo subscritor. O investidor é obrigado a atender às chamadas de
capital, sujeito às penas expressas no compromisso de investimento firmado.
Transferência
e Negociação As cotas podem ser transferidas mediante termo de cessão e transferência,
assinado pelo cedente e pelo cessionário, e registrado em cartório de títulos e
documentos ou, no caso exclusivamente de cotas integralizadas, negociadas
em mercados regulamentados onde forem registradas, tais como bolsa de
valores ou entidade de mercado de balcão organizado.
uqbar publicações 93
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
PL Principais Investimentos
Fundo Administrador
(R$ milhões) (% do PL)
OAS Empreendimentos
OAS Empreendimentos 1.448 Caixa Econômica Federal
(99,9%)*
LPP II Empreendimento
LPP Investimentos II 1.284 Votorantim Asset Management DTVM
e Participações (96,4%)
LPP Empreendimento
LPP Investimentos 1.134 Votorantim Asset Management DTVM
e Participações (99,7%)
Global Equity Properties 878 Santander Securities Services Brasil DTVM Diversas empresas
Scopel Empreendimento
SCPL Brazil Real Estate I 854 Santander Securities Services Brasil DTVM
Imobiliários (47,1%); e UrbPlan (30,2%)*
uqbar publicações 94
SECURITIZAÇÃO
Nesta seção são apresentados informações e
dados referentes ao mercado de securitização
com foco nas operações imobiliárias, setor do
mercado de capitais que exerce, como alternativa
às fontes tradicionais, importante função para o
financiamento imobiliário.
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
2
Os principais títulos de securitização no mercado brasileiro de capitais
são as cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e
os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Este é um setor que tem
expandido em uma perspectiva de longo prazo, embora não tenha desfrutado
de um crescimento contínuo. Amparado pela crescente demanda por crédito
imobiliário na economia brasileira, que se reflete na parcela cada vez maior
deste tipo de crédito frente ao montante de crédito consolidado na economia,
o montante de emissões de securitização tendo como lastro direitos creditórios
oriundos do setor imobiliário atingiu sua máxima histórica anual em 2014. As
emissões envolvendo este tipo de lastro foram da ordem de R$17,03 bilhões
neste ano. Na comparação com o desempenho do ano anterior, cuja cifra de
R$16,74 bilhões representa agora o segundo maior valor anual histórico, o
crescimento se equivaleu a 1,7%.
Note-se, entretanto, que a participação dos FIDC no montante
total de securitização de recebíveis imobiliários implica tão somente um
papel complementar deste veículo neste tipo de securitização, que é
preponderantemente realizado através de operações de CRI. Estas últimas,
diferentemente das operações de FIDC, só podem ser específicas para o
segmento imobiliário. Quando se analisa o comportamento do montante de
emissões de securitização de lastro não imobiliário, todas estas referentes aos
FIDC, constata-se que, em 2014, este indicador atingiu seu segundo maior
valor anual histórico: R$25,98 bilhões. A cifra é 35,0% superior ao montante
das emissões de securitização não imobiliárias ocorridas em 2013, que havia
alcançado R$19,24 bilhões, mas é equivalente a pouco mais de dois terços do
montante recorde anual destas emissões, de R$38,10 bilhões, realizadas em
2011.
A visualização das trajetórias das montas de ambas as categorias de
emissões, com lastro imobiliário e não imobiliário, indica o avanço do setor
imobiliário no âmbito da securitização frente aos outros diversos setores
da economia, reunidos sob a chancela “Não imobiliário” na figura 48,
que apresenta a evolução anual das emissões de títulos de securitização
segmentadas entre ambos os lastros. Em 2014, 39,6% das emissões de
securitização tiveram como lastro recebíveis imobiliários, o segundo maior
percentual dos últimos doze anos.
uqbar publicações 97
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Fonte: Uqbar
38.098
13.827
25.980
17.033
19.240
22.892 16.745
8.516 19.907
9.799
16.875
4.737
12.227
4.122
9.750 11.197 12.039
1.393
2.162 902
3.752
1.731 939
20
173 224 252 342
12
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 98
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
MERCADO DE CAPITAIS
Histórico do Montante de Emissões de Securitização Imobiliária por Ativo-lastro (em R$ milhões) FIG. 49
7.359
4.077 2.440
4.438
3.135 2.610
1.602 1.512
1.543
379 838
88 77 37 876 619
63 524 555
173 12 136 175 305
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Uqbar
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
uqbar publicações 99
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Termos e Condições
MERCADO DE CAPITAIS
Garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo
do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse
ativo. Poderá ainda contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os
créditos imobiliários. Adicionalmente, os CRI contarão com as garantias
constituídas em relação aos créditos imobiliários que lhes servem de lastro,
bem como com as eventuais garantias, reais ou pessoais, vinculadas
diretamente à emissão.
Regime Fiduciário Instituto que permite que os créditos imobiliários de uma operação de CRI
sejam destinados exclusivamente ao pagamento dos CRI aos quais estão
vinculados e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste processo,
mantendo-se apartados do patrimônio comum do Emissor até que se complete
Classe É admitida a emissão de CRI de classe sênior, que possui preferência para
efeitos de amortização e resgate, e CRI de classes subordinadas, que se
subordinam aos CRI de classe sênior para efeito de amortização e resgate.
Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento público.
A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e
periodicidade de reajuste mínimos de um ano. No entanto, é admitida a
atualização mensal de valor, por índices de preço ou pelo índice de remuneração
básica dos depósitos de poupança, se os títulos tiverem prazo de vencimento
mínimo de 36 meses. CRI não podem ser indexados a moedas estrangeiras.
Negociação Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação
não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição
integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários para montante de
captação superior a esse valor. Nas ofertas públicas realizadas com esforços
restritos de colocação (Instrução CVM nº 476), é obrigatória a contratação de
uma instituição intermediária.
7.107
4.059 2.440
4.438
3.135
1.602 2.321
1.512
1.483 811
88 77 32 583 619 379 555
524
173 12 136 175 305 63
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
682 44
4.055 1.152
2.637
334
274
60 73 28 490 1.768 334 1.092
156 568
173 12 164 179 309
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: CETIP
16.867
16.425
12.334
9.866
7.834
4.556 4.106
1.406 1.015
173 117 244 198 404 385
86
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: CETIP
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Jan-99
Jul-99
Jan-00
Jul-00
Jan-01
Jul-01
Jan-02
Jul-02
Jan-03
Jul-03
Jan-04
Jul-04
Jan-05
Jul-05
Jan-06
Jul-06
Jan-07
Jul-07
Jan-08
Jul-08
Jan-09
Jul-09
Jan-10
Jul-10
Jan-11
Jul-11
Jan-12
Jul-12
Jan-13
Jul-13
Jan-14
Jul-14
9,4% 37,5%
de 15 a 20 anos
até 5 Anos
19,3% 3,2%
de 5 a 10 anos acima de 20 anos
30,6%
de 10 a 15 anos
67,8% 3,1 %
TR IGP-M
16,3 % 0,4 %
DI IGP-DI
12,4 % 0,1 %
IPCA IPC
Emissores
Singelo reflexo da eminencia conquistada pelo mercado de CRI,
o número de Securitizadoras Imobiliárias que obtiveram registro de
funcionamento concedido pela CVM em 2014 apresentou seu maior valor
anual nos últimos sete anos e seu quarto maior valor anual desde 1997.
Como desenhado pela figura 57, foram seis Securitizadoras Imobiliárias
registradas em 2014, o dobro do número referente ao ano de 2013. A tabela
8, por sua vez, traz a lista nominal das Securitizadoras Imobiliárias, incluindo
suas respectivas datas de registro. Duas destas securitizadoras realizaram
emissões de CRI já em 2014: a SCCI e a Logos. Juntas elas emitiram R$453,0
milhões em CRI no ano.
SCCI 16/01/2014
AKRO 26/03/2014
Gávea 20/06/2014
Logos 04/09/2014
Fonte: Uqbar
11
8
7
6
4 4 4 4 4
3 3 3 3
2
1 1 1
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Uqbar
31,0 % 5,4 %
Cibrasec Brazilian Securities
18,2 % 4,9 %
RB Capital Gaia
17,7 % 14,0 %
Barigui Outros
8,9 %
Ápice
20,8% 8,7 %
RB Capital Ápice
18,6 % 3,8 %
Brazilian Securities PDG
12,4 % 12,3 %
Gaia Outros
Barigui 28/10/2008 15/12/2013 2.989.507.046 Brasil Cards serviços Financeiros 1.350.000 - ON 1.350.000
Brazilian Securities 10/04/2000 23/04/2001 904.545.354 Ourinvest Real Estate Holding 77.864.936 - ON 170.228.652
Polo Capital 31/05/2010 30/06/2011 102.308.573 Marcos Duarte dos Santos 500.000 - ON 500.000
RB Capital Companhia
09/09/1998 10/05/2000 3.074.287.650 RB Capital Holding 5.996.865 - ON 15.482.912
de Securitização
RB Capital
17/11/1999 06/07/2006 4.064.838 RB Capital Holding 6.821.612 - ON 2.845.423
Securitizadora
Altere
A Altere, que não realizava novas emissões de CRI desde 2009, voltou
a emitir em 2014. A securitizadora está registrada junto à CVM desde 1998 e
emitiu seu primeiro CRI em 2003. No último ano realizou uma operação no valor
de R$15,5 milhões. A emissão tem como lastro uma CCB, representada por
uma CCI, tendo a Porte Construtora como devedora e o Banco Paulista como
cedente. A figura 60 mostra a evolução das emissões de CRI da companhia
por tipo de devedor.
Altere – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 60
Fonte: Uqbar
139
63 200
42
9 33
6 16
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Ápice
A Ápice iniciou suas atividades no mercado de CRI, através da sua
primeira emissão, em 2013, tendo sido, logo em seu primeiro ano, a emissora
com maior montante emitido. Em 2014 foram realizadas 20 operações pela
securitizadora que, em conjunto, somaram um montante de R$1,50 bilhão.
Com isso, a mesma ocupou o segundo lugar no Ranking anual por número de
operações, com uma participação de 14,2% e o quarto lugar no Ranking anual
por montante emitido, com uma participação de 8,9%. Deste total emitido no
ano, 5,1% se referiu a operações cujo tipo de devedor é pessoa física e 94,9%
correspondeu a operações que possuem pessoas jurídicas como devedores.
A figura 61 mostra a evolução das emissões de CRI da companhia por tipo
de devedor.
4.478
920
77
1.425
2013 2014
Áurea Securities
Após obter registro de funcionamento junto à CVM em setembro
de 2012, a Aurea Securities entrou efetivamente no mercado de CRI em
2014 com a realização de sua primeira emissão no valor de R$8,4 milhões.
O lastro da operação consiste em créditos imobiliários referentes aos
empreendimentos Moradas do Sol e Praça Verde, ambos localizados na
Cidade de Cosmópolis (SP).
Barigui
Com registro de funcionamento na CVM desde 2009, a Barigui realizou
sua primeira emissão de CRI apenas em 2013. No ano de 2014 foram realizadas
23 operações pela securitizadora que, em conjunto, somaram um montante
de R$2,99 bilhões. Com isso, a companhia passou do 17° lugar ocupado
em 2013 nos dois Rankings, por número de operações e por montante
emitido, para o primeiro e terceiro lugares, respectivamente, em 2014. Uma
característica comum em 21 de suas 23 operações de 2014 é a presença do
Itaú Unibanco como cedente. Deste total emitido, 0,6% se referiu a operações
cujo tipo de devedor é pessoa física e 99,4% correspondeu a operações que
possuem pessoas jurídicas como devedores. A figura 62 mostra a evolução
das emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
Barigui – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 62
Fonte: Uqbar
19
2.971
33
2013 2014
Brazilian Securities
Atuante no mercado desde o ano 2000, a Brazilian Securities ocupou
em 2014 o quinto lugar em ambos os Rankings. No ano foram realizadas 13
operações que totalizaram um montante de R$904,5 milhões. O lastro de
quatro dessas operações consiste em contratos de aluguel e o das demais
em contratos de financiamento imobiliário, sendo cinco de financiamentos
residenciais e quatro de financiamentos corporativos. Do total emitido no ano,
35,0% se referiu a operações cujo tipo de devedor é pessoa física e 65,0%
correspondeu a operações que possuem pessoas jurídicas como devedores.
A figura 63 mostra a evolução das emissões de CRI da companhia por tipo
de devedor.
54 500
334 317
1.029 568
574 138 588
228 568
218 290
18 96
14 13 6 31
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Pessoa Jurídica Pessoa Física
Brazil Realty
Desde 2011 a Brazil Realty realiza uma emissão de CRI por ano. A
emissão de 2014, no valor de R$50,0 milhões, foi a menor já realizada pela
securitizadora. A operação, que conta com aval da Cyrela Brazil Realty
Empreendimentos e Participações, é securitização de um financiamento
habitacional concedido pelo Banco Safra via emissão de uma CCB visando
a construção de empreendimentos residenciais a serem desenvolvidos pela
Plano & Plano Construções e Participações. A figura 64 mostra o histórico das
emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
300
270
130
50
BRC
Atuante no mercado desde 2007, a BRC realizou em 2014 apenas uma
emissão no valor de R$85,0 milhões. O lastro desta securitização imobiliária
é um contrato de locação que caracteriza uma operação de built-to-suit. A
John Deere Brasil e a BRES Viracopos Empreendimentos Imobiliários são a
devedora e a cedente, respectivamente, do referido contrato de locação. A
figura 65 mostra o histórico das emissões de CRI da companhia por tipo de
devedor.
551
339
190
60 85
19 19
0
BSI Capital
Com registro de funcionamento na CVM desde 2013, a BSI Capital
realizou sua primeira e única emissão de CRI em 2014. A operação, dividida
em CRI de classes sênior e subordinada, totalizou um montante de R$194,6
milhões. O lastro da operação consiste em debêntures, representadas por CCI,
emitidas pela Héstia Incorporações Imobiliárias e cedidas à securitizadora pela
Héstia Participações.
Cibrasec
A Cibrasec, que foi a primeira companhia a emitir CRI em 1999, emitiu
13 operações em 2014 com um montante total de R$5,24 bilhões. Com
isso, alcançou o primeiro lugar no Ranking anual por montante emitido,
obtendo uma participação de 31,0% do mercado, e ocupou o quarto lugar
no Ranking anual por número de operações, obtendo uma participação de
9,2% do mercado. Destaque para duas operações que somaram R$4,00
bilhões e possuem a Petrobras como devedora do lastro. Deste total emitido,
0,5% se referiu a operações cujo tipo de devedor é pessoa física e 99,5%
correspondeu a operações que possuem pessoas jurídicas como devedores.
A figura 66 mostra o histórico das emissões de CRI da companhia por tipo
de devedor.
126
1.089
1.803
49
2.250 812
776
139
439 117
7 321 728 151
46 10 197 44 450 373
173 294 13
6 58 11 45
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Gaia
Com registro de funcionamento na CVM desde 2006, a Gaia obteve
em 2014 o seu segundo pior desempenho em termos de montante emitido
de CRI, tendo superado apenas a cifra anotada em 2009, ano de sua primeira
emissão. No ano foram realizadas doze operações totalizando um montante
de R$823,0 milhões. Do total emitido no ano, 26,6% se referiu a operações
cujo tipo de devedor é pessoa física e 73,4% correspondeu a operações que
possuem pessoas jurídicas como devedores. A figura 67 mostra o histórico
das emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
Gaia – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 67
Fonte: Uqbar
2.438
732 2.441
521
244 698
1.018 513
219
355 604
48
Habitasec
Com registro de funcionamento na CVM desde 2008 e emitindo CRI
desde 2010, a Habitasec realizou cinco operações que, em conjunto, somaram
um montante de R$111,2 milhões em 2014. A totalidade das operações de
CRI realizadas pela securitizadora no ano correspondeu a operações que
possuem pessoas jurídicas como devedores, sendo que uma é lastreada
por debêntures e as demais por CCB. A figura 68 mostra o histórico das
emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
18
374
36
236
111
82
15
ISEC
Anteriormente denominada Imowel Securitizadora, a ISEC estreou
efetivamente no mercado de CRI em 2013. No ano de 2014 realizou três
operações que somaram um total de R$93,6 milhões. Do montante total emitido
pela companhia no ano, 18,8% se referiu a operações cujo tipo de devedor
é pessoa física e 81,2% correspondeu a operações que possuem pessoas
jurídicas como devedores. A figura 69 mostra o histórico das emissões de CRI
da companhia por tipo de devedor.
ISEC – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 69
Fonte: Uqbar
45
126
18
76
2013 2014
Logos
Registrada na CVM em 2014, a Logos iniciou suas atividades, através
da primeira emissão de CRI, neste mesmo ano. Foram duas emissões que
totalizaram um montante de R$22,8 milhões. Ambas as operações são
lastreadas em CCI que representam CCB, cujos devedores são pessoas
jurídicas.
Nova Securitização
Com registro de funcionamento na CVM desde 2007 e emitindo CRI
desde 2011, a Nova Securitização realizou, em 2014, nove operações,
totalizando um montante de R$537,5 milhões. A operação de maior
relevância em termos de volume financeiro, equivalente a R$224,7 milhões,
teve como lastro um financiamento concedido, por meio de uma CCB, pelo
Itaú Unibanco à Edifício Odebrecht RJ, com a finalidade de construir um
edifício comercial na cidade do Rio de Janeiro para abrigar um escritório da
organização Odebrecht. A figura 70 mostra o histórico das emissões de CRI
da companhia por tipo de devedor.
586
538
170
115
Pátria
Com registro de funcionamento na CVM desde 1999, a Pátria tem sua
primeira operação de CRI datada de 2002. No ano de 2014, como nos quatro
anos anteriores, a companhia realizou apenas uma emissão de CRI, sendo a
deste último ano no valor de R$41,8 milhões. O lastro da operação consiste em
um contrato de locação caracterizando um built-to-suit, no qual uma subsidiária
da Gerdau é a locatária e a SPE Campo Grande é a locadora. A figura 71
mostra o histórico das emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
Pátria – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 71
Fonte: Uqbar
110
58
42
36 34
27
8
3
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
PDG
Registrada na CVM em 2008, a PDG emitiu seu primeiro CRI no ano
seguinte. Em 2014 realizou mais duas operações que totalizaram um montante de
R$262,5 milhões. O lastro das operações consistem em CCB emitidas pela PDG
Realty Empreendimentos e Participações em favor dos bancos Itaú Unibanco
e Fibra para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários. A figura 72
mostra o histórico das emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
PDG – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 72
Fonte: Uqbar
144
137
1.079
792
387
48 263
100 50
Polo Capital
Realizando emissões de CRI desde 2011, a Polo Capital realizou quatro
operações em 2014, que somaram R$102,3 milhões. Do total emitido pela
companhia, 40,6% se referiu a operações cujo tipo de devedor é pessoa física
e 59,4% correspondeu a operações que possuem pessoas jurídicas como
devedores. A figura 73 mostra o histórico das emissões de CRI da companhia
por tipo de devedor.
Polo Capital – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 73
Fonte: Uqbar
117
72
104
50
42
105 61
2.513
1.438
1.790
1.284
1.750
58
2 17 263 63 13 7 35 42
12 158 29 20 41 74 17 10 45 23 7
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
RB Capital Securitizadora
Com registro de funcionamento na CVM desde 2005 e emitindo CRI
desde 2006, a RB Capital Securitizadora realizou, em 2014, apenas uma
emissão de CRI, com montante de R$4,1 milhões. Diferentemente de todos
os demais CRI emitidos pela companhia em anos anteriores, a operação de
2014 possui pessoas físicas como devedores dos créditos imobiliários, os
quais foram cedidos pela Domus Companhia Hipotecária. A figura 75 mostra
o histórico das emissões de CRI da companhia por tipo de devedor.
2.420
1.481
1.003 1.096
560
261
8 7 4
REIT
Logo após ser registrada na CVM em 2012, a REIT emitiu seu primeiro
CRI ainda no mesmo ano. Em 2014 realizou duas operações perfazendo o
montante de R$55,0 milhões. Ambas as operações são lastreadas em CCI que
representam contratos de locação cujos devedores são pessoas jurídicas. A
figura 76 mostra o histórico das emissões de CRI da companhia por tipo de
devedor.
REIT – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 76
Fonte: Uqbar
121
55
30
SCCI
A SCCI, que obteve registro de funcionamento junto à CVM em 2014,
realizou sua primeira emissão ainda nesse mesmo ano. Foram sete operações
realizadas, totalizando um montante de R$430,2 milhões. Deste valor emitido
pela companhia, 4,6% se referiu a operações cujo tipo de devedor é pessoa
física e 95,4% correspondeu a operações que possuem pessoas jurídicas
como devedores.
TRX
Registrada na CVM e emitindo CRI desde 2011, em 2014 a TRX
realizou seis operações que totalizaram um montante de R$347,2 milhões.
As operações de CRI realizadas pela securitizadora no ano possuem pessoas
jurídicas como devedores. A figura 77 mostra o histórico das emissões de CRI
da companhia por tipo de devedor.
TRX – Histórico do Montante Emitido por Tipo de Devedor (em R$ milhões) FIG. 77
Fonte: Uqbar
347
35 34
Cedentes
O panorama de atividades econômicas dos cedentes de operações
de CRI permanece, em termos gerais, inalterado quando comparado com
aquele referente ao ano de 2013: empresas que desempenham atividades
no setor imobiliário e instituições financeiras representam a maioria. Em 2014
as empresas do setor imobiliário, categoria que abarca empreendedoras,
loteadoras, incorporadoras, entre outras, foram responsáveis por 68,7% do
número de cedentes de operações cujos devedores são pessoas jurídicas (CRI
Pessoa Jurídica), e 55,2% daqueles cujos devedores são pessoas físicas (CRI
Pessoa Física). Adiante, empresas de intermediação financeira responderam
por 22,2% do total de cedentes de CRI Pessoa Jurídica e 27,6% de CRI
Pessoa Física. Nesta categoria, que inclui bancos, fundos de investimento e
companhias hipotecárias, a tendência verificada é a predominância de poucas
empresas em termos absolutos, mas que atuam como cedente em diversas
operações, ao contrário do que ocorre, por exemplo, com as empresas de
atividades imobiliárias. A diferença observada entre o número de cedentes
por cada tipo de operação se dá quando a empresa cedente atua no ramo
da construção. Enquanto as empresas deste setor somam apenas 3,0% dos
cedentes de CRI Pessoa Jurídica, o percentual sobe para 17,2% quando a
base de cálculo são os CRI Pessoa Física.
Número de Cedentes de CRI Pessoa Física por Atividade Econômica – Ano 2014 FIG. 78
Fonte: Uqbar
Atividades Imobiliárias 16
Intermediação Financeira 8
Construção 5
Número de Cedentes de CRI Pessoa Jurídica por Atividade Econômica - Ano 2014 FIG. 79
Fonte: Uqbar
Atividades
Imobiliárias 46
Intermediação
Financeira 15
Construção 2
Serviços 2
Comércio
1
Eletricidade,
Gás e Água 1
Mercado Secundário
No esteio do vigoroso incremento das emissões de CRI ocorridas nos
últimos anos, as negociações com estes títulos sofreram correspondente
ascensão. Nos últimos cinco anos, a soma anual dos negócios registrados
na BM&FBOVESPA e na CETIP vem crescendo notoriamente, tendo mais que
quintuplicado entre os anos de 2010 e 2014.
O montante consolidado total de negócios ocorridos em ambas
as câmaras em 2014 assinalou R$24,88 bilhões. Em 2013, por sua vez,
13.290
327
10.911
100
4.067
1.623 191
238 196 256 238 516
98
260 670 250 176 218 33
11 219 194 50
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
BM&FBOVESPA CETIP
Investidores
A figura 81 apresenta a composição por classe de investidor do
montante adquirido de CRI nas emissões realizadas em 2014. A distribuição
teve como base uma amostra correspondente a 39,9% dos R$16,89 bilhões
emitidos no ano, fatia para a qual a Uqbar obteve acesso aos dados para o
mapeamento dos investidores.
26,7 % 12,6 %
Instituições Intermediárias
Participantes do Consórcio Pessoas Físicas
12,2 %
de Distribuição
23,4 % Instituições
Financeiras
FGTS
16,1 % 8,9 %
Outros
Fundos de Investimento
Termos e Condições
Emissor Cada FIDC, é uma comunhão de recursos que destina parcela preponderante
de seu Patrimônio Líquido (acima de 50,0%) para a aplicação em direitos
creditórios. Os FIDC podem ser constituídos sob a forma de condomínio aberto
ou fechado e ter prazo de duração determinado ou indeterminado.
Adicionalmente, os FIDC podem ser padronizados ou não-padronizados, de
acordo com os ativos que forem objeto de investimento.
Forma e Registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome dos respectivos titulares, na
própria instituição administradora do FIDC ou em instituições financeiras
devidamente autorizadas pela CVM a prestar serviços de escrituração de cotas
de fundos de investimento que venham a ser contratadas pela instituição
administradora do FIDC. As cotas de fundo fechado poderão ser registradas
para negociação secundária em bolsa de valores ou em mercado de balcão
organizado.
Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de
amortização e resgate, e cotas de classe subordinada, que se subordinam às
cotas sênior para efeito de amortização e resgate.
uqbar publicações 128
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado, que não
representa nem pode ser considerado como uma promessa, garantia ou
sugestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. Representa o limite máximo
de remuneração possível para os investidores destas cotas.
Transferência Fundo aberto – as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência,
salvo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal.
Fonte: Uqbar
3 3 3 3
2 2 2 2
0 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Uqbar
293 289
260 253
142
101
60
27 19
5
0 0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: Uqbar
1.600 14
1.400 12
PL (em R$ milhões)
1.200 10
Número de FIDC
1.000
8
800
6
600
400 4
200 2
0 0
Jul-13
Jul-14
Jul-10
Jul-11
Jul-12
Jul-06
Jul-07
Jul-08
Jul-09
Out-12
Out-13
Out-14
Out-10
Out-11
Abr-13
Abr-14
Out-06
Out-07
Out-08
Out-09
Abr-09
Abr-10
Abr-11
Abr-12
Abr-06
Abr-07
Abr-08
Jan-12
Jan-13
Jan-14
Jan-10
Jan-11
Jan-08
Jan-09
Jan-06
Jan-07
PL Número de FIDC
Ático Adm. de
Ático Imobiliários SOCOPA Banco Paulista Baker Tilly Abengoa Brasil 67.308.295
Recursos
Modal Adm. de
Brisbane Banco Modal Banco Modal PwC Diversos 3.820.914
Recursos
BRZ Créditos Imobiliários Gradual BRZ Investimentos Banco Paulista Confiance N.A. 29.946.311
Buriti Imobiliários Oliveira Trust Oliveira Trust Oliveira Trust Crowe Horwath Diversos 94.730.505
FAI Imobiliários SOCOPA LFI Investimentos Banco Paulista Baker Tilly Diversos 6.098.224
Prosperitas
GP Aetatis II Imobiliários Oliveira Trust Oliveira Trust KPMG Diversos 110.349.862
Investimentos
Hortoville Emp. Imob.
Greenville Intrag Intrag Itaú Unibanco PwC 1.775.795
e Gobi Emp. Imob.
Santander Securities Polo Capital Gestão
Polo Multisetorial NP Banco Santander KPMG Diversos 489.723.349
Services de Recursos
Rio de Janeiro Fator Towers
STF Dillon Banco Paulista ATA Construção e 14.773.457
Investimentos Incorporação
Fonte: CETIP
22.159 21.617
17.076
11.942 12.422
6.431 6.791
1.545 840
7 277 454
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Fonte: CETIP
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
Ago-03
Dez-03
Abr-04
Ago-04
Dez-04
Abr-05
Ago-05
Dez-05
Abr-06
Ago-06
Dez-06
Abr-07
Ago-07
Dez-07
Abr-08
Ago-08
Dez-08
Abr-09
Ago-09
Dez-09
Abr-10
Ago-10
Dez-10
Abr-11
Ago-11
Dez-11
Abr-12
Ago-12
Dez-12
Abr-13
Ago-13
Dez-13
Abr-14
Ago-14
Dez-14
Na tendência oposta dos indicadores citados anteriormente, o
montante de negócios com CCI registrados na CETIP apresentou redução
em 2014. Neste ano, os negócios com CCI somaram R$1,54 bilhão, 40,0%
inferior à cifra do ano de 2013, período no qual este tipo de montante havia
atingido R$2,57 bilhões. Analisando o desempenho histórico, em relação ao
qual a figura 87 exibe os valores anuais das negociações de CCI registradas
na CETIP, nota-se que a trajetória tem sido essencialmente oscilante. Na
medida em que não há crescimento consistente deste indicador, não se
detecta forte correlação com o comportamento do indicador de depósitos
deste ativo naquela câmara.
Fonte: CETIP
2.619 2.574
1.584 1.544
1.502
1.387
1.258
305
4 8 80 11
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Termos e Condições
MERCADO DE CAPITAIS
Garantia Poderá contar com garantia real ou fidejussória. Sendo o crédito imobiliário
garantido por garantia real imobiliária, a emissão da cédula deverá ser averbada
em registro de imóveis, mencionando-se apenas o número, a série e a instituição
custodiante da CCI.
Forma e Registro Escritural ou cartular. A emissão da cédula sob a forma escritural é feita mediante
escritura pública ou instrumento particular, devendo esse instrumento
permanecer custodiado em instituição financeira (instituição custodiante) e
registrado em sistemas de registro e liquidação financeira de títulos privados
autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural, através dos registros das
negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos
autorizados pelo Banco Central do Brasil.
A cessão de crédito garantido por direito real, quando representado por CCI emitida
sob a forma escritural, está dispensada de averbação no registro de imóveis.
Sistema de Registro
e Negociação CETIP e BM&FBOVESPA.
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
INTRODUÇÃO
RANKINGS DE 2014
MERCADO PRIMÁRIO
CRI
O montante de CRI emitidos em 2014 cresceu 1,5% na comparação
com o ano anterior, chegando à marca dos R$16,89 bilhões, ante os R$16,64
bilhões de 2013. Em termos de número de operações, o crescimento foi mais
significativo, 15,9%. No ano foram realizadas 141 operações, contra 126 em
Securitizadoras Imobiliárias
O ano de 2014 apresentou mudanças importantes nos rankings anuais
de Securitizadoras Imobiliárias. Para começar, Cibrasec e Barigui, líderes em
2014 por montante emitido e número de operações respectivamente, não
estavam entre os três primeiros colocados destes rankings no ano anterior.
As grandes emissões registradas no ano foram fundamentais para as
três posições de liderança do ranking anual por montante emitido. Enquanto
que as duas operações que têm a Petrobras como devedora de seus
lastros contribuíram fortemente para a Cibrasec ascender a uma posição
não alcançada por ela desde 2008, a operação da Barigui contribuiu para
catapultá-la da 17ª posição em 2013 para a terceira posição neste ranking
em 2014. Já a RB Capital, historicamente presente entre as cinco maiores
Securitizadoras Imobiliárias por montante emitido, com a contribuição da
emissão anteriormente citada, subiu duas posições no ranking, alcançando
a segunda colocação, registrando um aumento de aproximadamente 75,0%
no seu montante emitido no ano, de R$1,76 bilhão em 2013 para R$3,08
bilhões. As movimentações nas primeiras colocações, no entanto, não
alteraram significativamente o nível de concentração de mercado no topo.
As três primeiras colocadas (Top 3) foram responsáveis por 66,9% do total
realizado em 2014, nível levemente inferior àquele de 2013, 68,0%.
Em termos de números de operações, as mudanças nas primeiras
posições foram menores. Àpice e RB Capital, presentes também no Top 3
em 2013, trocaram de posições em 2014 ficando, respectivamente, com a
Cotas de FII
O ano passado configurou-se um ano difícil para novas emissões de
FII. Comparativamente a 2013 houve queda de 39,6% no total emitido por
toda a indústria de FII e, em relação a apenas as emissões dos fundos listados
para negociação na BM&FBOVESPA, o quadro se mostrou ainda mais crítico,
com queda de 89,3%. No cômputo geral de todas as emissões de cotas de
FII realizadas no ano passado, anota-se a cifra de R$6,69 bilhões, sendo que
somente R$717,5 milhões foram referentes às emissões dos fundos negociados
na bolsa de valores.
A maior emissão de cotas de um fundo listado em 2014 foi a
do FII CENESP, no valor de R$97,4 milhões. O fundo possui 25,0% do
empreendimento denominado Centro Empresarial São Paulo (CENESP),
localizado na Cidade de São Paulo. Contudo, quando se considera todos
os FII, e não somente os listados, esta emissão sequer figura entre as dez
maiores ocorridas no último ano.
A maior emissão de 2014, considerando todo o universo dos FII, foi a
realizada pelo FII Votorantim Securities no valor de R$1,01 bilhão, equivalendo
a 15,0% do total. Além deste fundo, outros dois realizaram emissões acima
de R$750,0 milhões em 2014: o FII Votorantim Securities II, que, assim
como o FII Votorantim Securities, investe predominantemente em uma
carteira diversificada de CRI, e o Brisa Renda Imobiliária que investe, direta
ou indiretamente, nos empreendimentos imobiliários comerciais listados no
regulamento do fundo. O recorde histórico de maior emissão permanece com
o FII Porto Maravilha, que em 2011 emitiu cotas em montante equivalente a
R$3,50 bilhões.
MERCADO SECUNDÁRIO
Para os rankings de negociações de CRI e de cotas de FIDC com lastro
imobiliário, foram considerados tanto os negócios registrados na CETIP como
os realizados na BM&FBOVESPA. Embora denominado Mercado Secundário,
vale ressaltar que grande parte dos negócios de CRI registrados na CETIP,
por suas características, estão mais vinculados ao mercado primário do que
ao secundário. A seu turno, para os rankings de cotas FII foram considerados
unicamente os negócios realizados na BM&FBOVEPSA.
CRI
As negociações de CRI atingiram, em 2014, seu maior volume anual no
registro histórico. Em termos totais, o montante de negócios registrados na
CETIP e realizados na BM&FBOVESPA no último ano aproximou-se da marca
dos R$25,00 bilhões, denotando crescimento de quase 30,0% frente ao volume
de 2013, quando o montante negociado havia alcançado R$19,31 bilhões. Em
paralelo, o número de negócios fechou 2014 estabelecendo o recorde anual de
4.919, crescimento de 44,4% em relação à cifra de 2013, de 3.406 negócios,
embora naquele ano houvesse sido verificado um recuo em relação ao anterior.
Números totais à parte, é importante que se qualifique o caráter
“secundário” destas negociações. A maior parte desse montante negociado
ocorreu em um período de até 30 dias após a emissão dos títulos, o que
significa que estes negócios, provavelmente, estão vinculados ao processo
de registro desses títulos na CETIP. Quanto mais distantes do momento de
suas respectivas emissões, mais as transações dos títulos estão associadas
com um mercado secundário genuíno. Vale lembrar que existem exceções em
ambos os casos.
Entre os CRI com maior volume negociado em 2014 estão títulos cujos
negócios seguramente não estão ligados ao mercado secundário, pois foram
anotados em apenas uma transação que ocorreu em até 30 dias após a
emissão. Em ordem, a 232ª e a 234ª séries da segunda emissão da Cibrasec
registraram, respectivamente, R$2,35 bilhões e R$1,65 bilhão transacionados.
Na sequência, a 110ª série da primeira emissão da RB Capital Companhia de
Securitização registrou R$1,53 bilhão e a 3ª série da primeira emissão da Barigui
registrou R$890,8 milhões. O quinto título com maior montante negociado foi
a 6ª série da segunda emissão da Gaia, sendo que todo o respectivo volume
transacionado deve estar de fato associado a um mercado secundário legítimo,
já que foram 361 negócios registrados, todos após 180 dias a partir da data de
emissão, somando R$730,2 milhões.
Em termos de número de negócios, a 6ª série da segunda emissão da
Gaia também se destacou. Os 361 negócios registrados em 2014 fizeram
este título ocupar a liderança do ranking, com participação de 7,3% do total.
A 1ª série da terceira emissão da Brazil Realty ocupou a segunda posição,
com 192 negócios (3,9%), e a 330ª série da primeira emissão da Brazilian
Securities ocupou a terceira posição, com 157 negócios (3,2%). Para efeitos
comparativos, nove títulos registraram mais de 100 negócios em 2014, número
que se confronta com os apenas três referentes a 2013.
uqbar publicações 142
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
Cotas de FII
Dependendo do critério de liquidez utilizado, o desempenho do mercado
secundário de cotas de FII ao longo de 2014 caminhou em direções opostas
em comparação com o ocorrido em 2013. Ainda no primeiro semestre de 2013,
o mercado de FII vinha produzindo números recordes de liquidez. Porém, a
partir do segundo semestre daquele ano, a liquidez do mercado secundário,
principalmente quando mensurada pelo critério de montante negociado,
passou a sentir o impacto crescente da política monetária restritiva em pleno
curso então, se reduzindo. Entretanto, este indicador logo se estabilizou em
base mensal, mas em patamar bem abaixo do nível exuberante alcançado
no primeiro semestre de 2013. Em termos de número de negócios, a liquidez
de mercado cedeu muito menos no início do segundo semestre de 2013 e
retomou tendência moderada de crescimento ao longo de 2014. Em bases
anuais, o montante negociado na BM&FBOVESPA decresceu 34,9% de 2013
para 2014 e o número de negócios cresceu 18,8%.
Revezando-se diariamente ao longo do ano como as cotas mais
negociadas do mercado, era patente que as cotas do FII BTG Pactual Corporate
Office Fund (BRCR11), do FII BB Progressivo II (BBPO11) e do FII Kinea
Renda Imobiliária (KNRI11) ocupariam as primeiras colocações dos rankings.
Exatamente nesta ordem elas se posicionaram nos dois rankings de liquidez
de cotas de FII. O BRCR11, fundo que tem uma gestão ativa de sua carteira
e objetiva principalmente investimentos em lajes corporativas, movimentou
ao longo de 2014 R$862,3 milhões (16,9%) em 292.795 negócios (30,5%)
com suas cotas. Por sua vez, O BBPO11, fundo que possui diversas agências
bancárias locadas para o Banco do Brasil em sua carteira, movimentou ao longo
de 2014 R$631,1 milhões (12,4%) em 115.215 negócios (12,0%) com suas
cotas. Por fim, o KNRI11, fundo que investe seus recursos preferencialmente
em empreendimentos corporativos e centros logísticos, movimentou ao longo
de 2014 R$468,8 milhões (9,2%) em 64.365 negócios (6,7%) com suas cotas.
Passando agora para a análise da rentabilidade das cotas de FII em
2014, é importante clarear os indicadores acompanhados neste Anuário. O
seu valor patrimonial. A média de dividend yield realizado dos 72 fundos deste
ranking foi de 9,3% em 2014. Para efeitos comparativos, a taxa DI rendeu
10,8% no mesmo período, ou 9,2% ao se descontar 15,0% de imposto de
renda.
Mudando o foco para o indicador Dividend Yield Estimado, o qual
considera o preço da cota no final do período, computa-se a média de
10,7% de rentabilidade indicada no final de 2014 para os 76 fundos do
ranking. Número que, em função da queda verificada dos preços ao longo
do último ano, é naturalmente superior à média do dividend yield realizado.
Os primeiros colocados deste ranking são fundos que notadamente passaram
por problemas ao longo do ano e, consequentemente, sofreram queda de seu
valor no mercado secundário. Apenas para citar alguns exemplos, o FII CEO
Cyrela Commercial Properties (CEOC11B) e o FII Presidente Vargas (PRSV11),
com variações negativas de seus títulos em 2014 de 45,5% e de 40,5%,
respectivamente, passaram esses 12 meses enfrentando a falta de locatários
em seus imóveis. Consequentemente, as cotas destes dois fundos foram as
que indicavam os maiores dividend yield estimados no final de 2014: 20,8%
para o CEOC11B e 16,5% para o PRSV11.
A carteira do CEOC11B é composta por andares do empreendimento
Edifício Corporate Executive Offices (CEO), no Rio de Janeiro. Além disso, o
fundo conta com uma Renda Mínima Garantida (RMG), desde o período de
obras até junho de 2015, de 9,0% a.a. sobre o valor da oferta (R$100,00).
Porém, mesmo após o encerramento das obras, o fundo ainda busca
locatários para os espaços, apresentando vacância atual de 100,0%. Por sua
vez, o PRSV11, que investe em dois imóveis comerciais no Centro do Rio de
Janeiro, sofre com a saída parcial de um dos inquilinos e a iminente saída de
outro.
A rentabilidade efetiva média de cotas de FII negociadas na
BM&FBOVESPA não alcançou o terreno positivo em 2014. A média para os
73 FII que atenderam os critérios do ranking foi de 1,8% negativo. Foram
33 rentabilidades efetivas individuais positivas e 40 negativas. Já o índice
setorial do mercado secundário de cotas de FII negociadas no âmbito da
BM&FBOVESPA, o IFIX, perdeu 2,8% do seu valor ao longo de 2014, tendo
iniciado o ano valendo 1.375 e terminando o mesmo em 1.337.
O líder do ranking de rentabilidade efetiva em 2014, cuja cota rendeu
26,9%, foi o RNDP11, assim como em outros rankings discutidos anteriormente.
Os segundo e terceiro colocados foram os títulos sênior, que vêm sendo
amortizados e possuem rentabilidade-alvo, do FII RB Capital Prime Realty II
(RBPD11) e do RB Capital Prime Realty I (RBPR11), respectivamente, fundos
de empreendimentos imobiliários residenciais e, como o RNDP11, de liquidez
reduzida, que obtiveram retorno de 19,0% e 16,9%.
ENTIDADES EMISSORAS
RANKINGS DE 2014
Securitizadoras Imobiliárias
FIDC Imobiliário
O FIDC Caixa RB Capital Habitação segue sendo o maior FIDC Imobiliário
pelo critério do Patrimônio Líquido (PL). O fundo, que possuía PL de R$436,5
milhões no final de 2013, cresceu para R$582,2 milhões (41,4% do total) em
2014. Na sequência aparecem o FIDC Polo Multisetorial NP, que também teve
incremento em seu PL passando de R$276,4 milhões em 2013 para R$489,7
milhões em 2014 (34,8%), e o FIDC GP Aetatis II Imobiliários, que viu expandido
o seu PL de R$103,7 milhões para R$110,3 milhões (7,8%) no mesmo período.
O FIDC Greenville, que em 2013 havia ocupado a terceira posição, com PL de
R$117,6 milhões, teve suas cotas sênior totalmente amortizadas, de forma
que ao fim de 2014 possuía apenas cotas subordinadas em circulação, que
possuíam PL de R$1,8 milhão (0,1%).
FIP Imobiliário
RANKINGS DE 2014
TERCEIROS
Administradores
No mercado de administradores de FII, a BTG Pactual Serviços
Financeiros DTVM segue na liderança dos quatro rankings elaborados
para este tipo de prestador de serviço. Ao final de 2014, a BTG Pactual
Serviços Financeiros DTVM administrava 23 fundos (27,7%) negociados na
BM&FBOVESPA, os quais totalizavam capitalização de mercado de R$6,55
bilhões (32,2%). Ao olhar para toda a indústria, suas participações diminuem
um pouco quando comparadas com as auferidas dentre os fundos listados:
20,5% (51) da quantidade de fundos em operação e 31,3% do PL (R$17,64
bilhões).
Os quatro rankings de administradores de FII foram marcados por
alterações mínimas nas posições dos dez maiores participantes, com duas
exceções que merecem nota. A Rio Bravo Investimentos DTVM galgou
três posições, entre 2013 e 2014, no ranking pelo critério de montante de
capitalização de mercado, passando de R$1,68 bilhão (6,9%) no primeiro ano
para R$2,27 bilhões (11,1%) no ano seguinte. A explicação para o salto de
1 Informação referente a junho de 2014, pois até a data de publicação deste Anuário o
Demonstrativo de Composição e Diversificação das Aplicações referente ao mês de dezembro
de 2014 encontrava-se, por solicitação do administrador do fundo, omitida ao público em geral.
Advogados
Devido à mudança de critério realizada para esta edição do Anuário,
os rankings de advogados de operações de CRI apresentados a seguir não
contam com a tradicional comparação de posições em relação ao ano anterior.
Apesar disso, neste texto são mencionados alguns dados históricos deste
segmento do mercado.
O ano de 2013 ficou marcado por um fato inédito: pela primeira vez
desde 2007 a liderança de um ranking de advogados de CRI não ficou com o
PMKA Advogados. Naquele ano o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey
Jr. e Quiroga Advogados ficou com o posto de número 1 no ranking por
montante emitido de CRI pela ínfima diferença de 0,1%. Entretanto, em 2014 o
PMKA Advogados retomou a habitual supremacia. As lideranças por montante
emitido e número de operações foram conquistadas sem emoção ou ameaça.
Agentes Fiduciários
Com a função de zelar pela proteção dos direitos e interesses dos
investidores, através do acompanhamento da administração da carteira de
ativos securitizados e monitoramento das atividades de terceiros atuantes na
operação, o agente fiduciário tem papel de grande relevância no desenrolar da
vida de um CRI.
O ano de 2014 marcou a volta das corretoras SLW e Planner ao
mercado, companhias que não haviam sido contratadas para prestar serviço
em nenhuma emissão realizada em 2013. A SLW Corretora foi mandatada
em cinco operações nas quais foram captados R$320,5milhões em CRI,
ocupando, assim, a quinta posição nos rankings anuais por montante emitido
Auditores
Em 2012 e 2013, Deloitte Touche Tohmatsu (Deloitte),
PricewaterhouseCoopers (PwC) e EY haviam ocupado, com larga margem,
as primeiras colocações dos rankings de auditores das Securitizadoras
Imobiliárias. Contudo, em 2014 a Grant Thornton Auditores Independentes
(Grant Thornton), que anteriormente nem figurava nos rankings, inseriu-se entre
as líderes. A companhia foi contratada em abril de 2014 para ser auditora da
RB Capital Securitizadora.
A Deloitte se mantém na liderança dos dois rankings, por saldo devedor
dos CRI e por quantidade de operações de CRI a vencer, desde 2011, quando
desbancou a PwC. O saldo devedor dos CRI das companhias auditadas pela
Deloitte somou R$28,2 bilhões (48,9%) ao final de 2014, divididos em 274
operações (41,5%). Entre as Securitizadoras Imobiliárias auditadas pela Deloitte
estão as maiores: em ordem alfabética, Barigui, Cibrasec, Gaia e RB Capital
Companhia de Securitização. Com saldo devedor de R$10,5 bilhões (18,2%)
e 178 operações (26,9%) de CRI a vencer, a PwC ocupou a segunda posição
de ambos os rankings no último ano, ultrapassando a EY, que em 2013 havia
ocupado este lugar no ranking por saldo devedor. Entre os serviços de auditoria
prestados pela PwC, destaque para os contratados pela Brazilian Securities.
A EY, por sua vez, ocupou a terceira posição no ranking por saldo devedor,
com R$6,11 bilhões (10,6%), e a quarta posição no ranking por número de
operações, com 47 operações (7,1%) de CRI a vencer. Os CRI da Ápice
representam 93,9% do montante creditado à EY no ranking. A Grant Thornton
ocupou a quarta posição no ranking por saldo devedor, com R$6,10 bilhões
(10,6%), e a terceira posição no ranking por número de operações, com 50
operações (7,6%) de CRI a vencer. Estes quatro auditores representaram, ao
final de 2014, respectivamente, 88,3% e 83,1% da participação de mercado,
por saldo devedor e por número de operações.
A PwC, que em 2013 já havia começado a ver os concorrentes bem de
perto em alguns dos rankings, por mais um ano registrou queda de participação
em todos os quatro rankings elaborados para o mercado de auditores de FII.
Contudo, desta vez a vantagem que tinha para os demais participantes não
foi suficiente para manter-se na liderança no ranking por montante de PL em
2014.
Nos rankings que levam em consideração somente os FII listados, a
PwC auferiu a liderança mesmo com quedas de 11,7 e 14,5% de participação
nos rankings por capitalização de mercados e por número de fundos
respectivamente. A Pwc figurou nos rankings com capitalização de mercado
de R$7,06 bilhões (34,7%) e 32 fundos (38,6%). Bem mais próximas da líder do
que nos anos anteriores, EY e KPMG aparecem, nesta ordem, em ambos os
rankings. No fim de 2014 a capitalização de mercado consolidada de todos os
20 FII (24,1%) auditados pela EY era de R$5,33 bilhões (26,2%), e a referente
a KPMG era de R$4,34 bilhões (21,3%), distribuídos em 18 fundos (21,7%).
Por outro lado, a PwC não foi capaz de manter a liderança no ranking
por montante de PL em 2014. Com R$18,95 bilhões de PL e participação
de 34,2%, a EY assumiu a dianteira. A PwC ficou em segundo, com PL de
Estruturadores
Ao se levar em consideração o universo dos FII negociados na
BM&FBOVESPA, nenhuma empresa estruturou mais de um dos fundos que
realizaram emissão em 2014. Assim, a classificação do ranking por número de
operações seguiu à do por montante emitido. BTG Pactual Serviços Financeiros
DTVM, estruturadora do FII CENESP, em primeiro com R$97,4 milhões (22,6%),
Oliveira Trust DTVM, estruturadora do FII Vida Nova, em segundo com R$94,1
milhões (21,8%), e Rio Bravo Investimentos DTVM, estruturadora do FII Via
Parque Shopping, em terceiro com R$81,9 milhões (19,0%).
Líderes
Depois de 26 instituições terem participado da distribuição dos CRI
emitidos em 2013, no último ano esse número recuou para 24 agentes
colocadores de títulos. Ao se analisar este segmento do mercado, vários
indicadores apontam para o aumento da concentração entre os participantes
de 2013 para 2014. Por exemplo, a participação dos dez maiores agentes
distribuidores aumentou tanto por montante emitido quanto por número de
operações. No primeiro caso, o aumento foi de 3,7%, passando de 90,3%
em 2013 para 94,0% em 2014. Já no segundo, o incremento foi ainda maior,
saltando de 75,8% em 2013 para 84,7% em 2014, ou seja, 8,9 pontos
percentuais a mais. Outro indicador que corrobora a afirmativa de que
houve maior concentração no segmento é a participação, por quantidade de
operações, dos dois maiores líderes de distribuição de CRI em 2014. Aquela
do que mais distribuiu aumentou 14,9 pontos percentuais e aquela do outro
aumentou 9,7 pontos percentuais.
O primeiro colocado do ranking por número de operações, o Banco
Itaú BBA, distribuiu CRI que estavam vinculados a 37 operações (27,0%) em
montante de R$5,30 bilhões (31,5%). A cifra colocada pelo Banco Itaú BBA o
fez conquistar a segunda colocação no ranking por montante emitido, atrás
apenas do Banco Bradesco BBI. Este, por sua vez, além da liderança por
montante emitido, ficou em segundo no ranking por número de operações.
Foram 21 operações (15,3%) e R$6,33 bilhões (37,6%) em CRI colocados no
último ano. Dentre eles estão os CRI da Cibrasec, apresentados anteriormente
na seção Mercado Primário deste capítulo, cujo devedor é a Petrobras. A
segunda colocação alcançada pelo Banco Bradesco BBI no ranking por
LISTA DE RANKINGS
RANKINGS DE 2014
Mercado Primário
Mercado Secundário
Entidades Emissoras
Terceiros
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2014
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Número de Títulos de CRI Classificado em 2014
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado – Consolidado
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Número de Títulos de CRI Classificado – Consolidado
Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI
Ranking dos Líderes de Distribuição de Cotas de FII por Montante Emitido em 2014
Ranking dos Líderes de Distribuição de Cotas de FII por Número Operações em 2014
uqbar publicações
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
CRI
RANKINGS DE 2014
Critério: Ordenam os CRI por montante emitido durante o ano de 2014, e desde 1999.
SECURITIZADORAS IMOBILIÁRIAS
RANKINGS DE 2014
Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total emitido e no número de operações
efetivamente realizadas, durante o ano de 2014, e calculados de forma consolidada desde 1999. As securitizadoras
que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas registradas, não são consideradas
para o Ranking. O Ranking referente a 2014 considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua
primeira emissão, naquele ano.
COTAS DE FII
1/1/2014 - 31/12/2014
1/1/1995 - 31/12/2014
Emissor Participação
Montante (R$) (%)
Critério: Ordenam as cotas de FII por montante emitido durante o ano de 2014, e de
forma consolidada desde 1995.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
CRI
RANKINGS DE 2014
Negociações
Negociações
Ranking de Negociações de Cotas de FIDC Imobiliários por Número de Negócios – Consolidado TAB. 23
Critério: Ordenam as cotas de FIDC lastreados em créditos imobiliários por montante negociado e número de
negócios realizados na BM&FBOVESPA e registrados na CETIP de forma consolidada desde 2002.
COTAS DE FII
RANKINGS DE 2014
Negociações
Critério: Ordenam as cotas de FII por montante negociado e por número de negócios realizados na BM&FBOVESPA
durante o ano de 2014.
RENTABILIDADE
RANKINGS DE 2014
2014 2013
Variação Variação
Posição Posição
Título Ticker* (% a.a.) (% a.a.)
* Código de Negociação
Critério: Ordena as cotas de FII pela variação de preço no ano de 2014. A variação
de preço de cota dos fundos é calculada usando-se os preços médios da cota de
cada fundo nos meses de dezembro de 2013 e 2014, ponderados pelos montantes
negociados nestes meses em ambientes de bolsa ou balcão organizado da
BM&FBOVESPA. As cotas são excluídas do Ranking se houver alguma amortização
entre dezembro de 2013 (exclusive) e dezembro de 2014 (inclusive). A cota também
é excluída do Ranking se em dezembro de 2013 ou dezembro de 2014 o montante
negociado for menor que R$ 100,0 mil ou o número de negócios for menor que 10.
2014 2013
Divd. Yd.
Título Ticker* Posição Divd. Yd. (%) Posição
(%)
* Código de Negociação
2014 2013
Divd. Yd. Divd. Yd.
Título Ticker* Posição Posição
(%) (%)
* Código de Negociação
Critério: Ordenam as cotas FII pelos dividend yield indicados em dezembro de 2014. O dividend
yield estimado é calculado somando-se os rendimentos distribuídos pelos fundos ao longo dos
últimos doze meses dividido pelo valor da cota em dezembro de 2014. O dividend yield realizado
é calculado somando-se os rendimentos distribuídos pelos fundos ao longo dos últimos doze
meses dividido pelo valor da cota em dezembro de 2013. O valor da cota é o preço médio
de negociação no mês, ponderado pelo montante negociado na BM&FBOVESPA. As cotas
são excluídas do Ranking se houver alguma amortização entre dezembro de 2013 (exclusive) e
dezembro de 2014 (inclusive). A cota também é excluída do Ranking Dividend Yield Realizado
[estimado] se em dezembro de 2013 [2014] o montante negociado for menor que R$100,0 mil ou
o número de negócios for menor que 10.
2014 2013
* Código de Negociação
Critério: Ordena as cotas de FII pela rentabilidade efetiva no ano de 2014. A rentabilidade efetiva
é calculada usando-se a Taxa Interna de Retorno, levando-se em conta as amortizações e os
rendimentos distribuídos pelos fundos ao longo do ano e a variação de preço de cota destes.
Por sua vez, a variação de preço de cota dos fundos é calculada usando-se os preços médios
da cota de cada fundo nos meses de dezembro de 2013 e 2014, ponderados pelos montantes
negociados nestes meses em ambientes de bolsa ou balcão organizado da BM&FBOVESPA.
A cota é excluída do Ranking se em dezembro de 2013 ou dezembro de 2014 o montante
negociado for menor que R$100,0 mil ou o número de negócios for menor que 10.
CAPITALIZAÇÃO
RANKINGS DE 2014
Kinea Rendimentos
KNCR11 720.303.481 6 3,5 8 3,0 0,5
Imobiliários
* Código de Negociação
Critério: Ordena as cotas dos FII pela capitalização de mercado em dezembro de 2014. A capitalização de mercado
das cotas é calculada multiplicando-se o valor da cota em dezembro de 2014 e o número de cotas emitidas e
integralizadas até o final deste mês (quantidade). O valor da cota é o preço médio de negociação no mês, ponderado
pelo montante negociado naquele mês em ambientes de bolsa ou balcão organizado da BM&FBOVESPA. Caso não
haja valor da cota em dezembro de 2014 é utilizado o último valor de cota de até 6 meses anteriores, desde que
neste intervalo de meses, entre dezembro de 2014 e o último mês (exclusive) em que a cota foi negociada, não tenha
ocorrido alguma amortização. Se não for possível atribuir um valor para a cota, ela fica excluída do Ranking. A cota
também é excluída do Ranking se em dezembro de 2014, ou no mês do último negócio, o montante negociado for
menor que R$100,0 mil ou o número de negócios for menor que 10.
INDICADORES
*Código de Negociação
de 2014. O float de 2014 é calculado pela divisão entre (i) o montante negociado na
BM&FBOVESPA em 2014, e (ii) a capitalização de mercado do mês de dezembro de
2014, calculada conforme o critério da tabela 30, no entanto, para este Ranking não é
utilizado o critério de exclusão das cotas que tiveram montante negociado menor que
R$100,0 mil ou o número de negócios menor que 10.
31/12/2014 31/12/2013
RB Capital Desenvolvimento
RBDS11 108,0 6 - -
Residencial II
* Código de Negociação
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
SECURITIZADORA IMOBILIÁRIA
RANKINGS DE 2014
Ranking das Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI TAB. 33
Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de operações de CRI a
vencer (PU) no último dia útil de 2014. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelas Securitizadoras
Imobiliárias não são consideradas para o Ranking.
FIDC IMOBILIÁRIO
RANKINGS DE 2014
Critério: Ordena os FIDC com lastro em recebíveis imobiliários pelo patrimônio líquido (PL) do último dia útil do ano
de 2014.
FIP IMOBILIÁRIO
1/1/2003 – 31/12/2014
Critério: Ordena os FIP que investem preponderantemente em empresas do setor imobiliário pelo patrimônio líquido
(PL) do último dia útil do ano de 2014.
uqbar publicações 177
TERCEIROS
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
ADMINISTRADORES
RANKINGS DE 2014
FII
Critério: Ordenam os administradores de FII com base no número de fundos no último dia útil do ano de 2014, e no
montante agregado de Capitalização de Mercado dos fundos. A capitalização de mercado dos fundos é calculada
conforme o critério da tabela 30.
uqbar publicações 179
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
RANKINGS DE 2014
Critério: Ordenam os administradores de FII por número de fundos e por montante agregado de PL dos fundos
no último dia do ano de 2014. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é
considerado para os Rankings.
FIP IMOBILIÁRIO
RANKINGS DE 2014
1/1/2003 – 31/12/2014
1/1/2003 – 31/12/2014
Administrador Número de Operações Posição Participação
ADVOGADOS
RANKINGS DE 2014
CRI
1/1/2014 – 31/12/2014
Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 312.400.000 6 2,2
1/1/2014 – 31/12/2014
FII
Ranking dos Advogados por Montante Emitido de Cotas de FII em 2014 TAB. 45
Ranking dos Advogados por Número de Operações de Cotas de FII em 2014 TAB. 46
Critério: Ordenam os assessores legais de FII com base no montante emitido e no número de operações realizadas
RANKINGS DE 2014
durante o ano de 2014. Quando duas ou mais instituições assessoram conjuntamente um mesmo FII, o crédito
é atribuído integralmente a todas as instituições. O Ranking considera apenas os fundos que têm suas cotas
negociadas na BM&FBOVESPA.
CRI
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2014 TAB. 47
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Número de Títulos de CRI Classificado em 2014 TAB. 48
Ranking das Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado – Consolidado TAB. 49
Critério: Ordenam as agências de classificação de risco com base no montante e no número de atribuições
de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRI. O valor considerado no Ranking das agências
de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de
toda a operação. Os Rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas
(registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas
agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das agências não são
contabilizadas para suas posições no Ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma
única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são
informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias agências de classificação de risco. Quando um
título recebe classificações de duas ou mais agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as
agências. Os Rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2014.
AGENTES FIDUCIÁRIOS
RANKINGS DE 2014
CRI
Ranking dos Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2014 TAB. 51
Ranking dos Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2014 TAB. 52
Critério: Ordenam os agentes fiduciários com base no montante emitido e no número total
de operações realizadas durante o ano de 2014. O Ranking considera apenas as operações
efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2014.
Ranking dos Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI TAB. 53
Critério: Ordenam os Agentes Fiduciários com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer
(PU) no último dia útil de 2014. As emissões que não tiveram informações divulgadas pelos Agentes Fiduciários não
são consideradas para o Ranking.
AUDITORES
RANKINGS DE 2014
Securitizadora Imobiliária
Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI TAB. 55
Ranking dos Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI TAB. 56
Critério: Ordenam os auditores de Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de
operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2014. As emissões que não tiveram informações divulgadas
pelos participantes da operação não são consideradas para o Ranking.
uqbar publicações 188
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
FII
RANKINGS DE 2014
Critério: Ordenam os auditores de FII com base no número de fundos no último dia útil do ano de 2014, e no
montante agregado de Capitalização de Mercado dos fundos. A capitalização de mercado dos fundos é calculada
conforme o critério da tabela 30.
Critério: Ordenam os auditores de FII por número de fundos e por montante agregado de PL dos fundos no último
dia do ano de 2014. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado
para os Rankings.
ESTRUTURADORES
RANKINGS DE 2014
FII
Critério: Ordenam os estruturadores de FII com base no montante emitido e no número de operações realizadas
durante o ano de 2014. Quando duas ou mais instituições estruturaram conjuntamente um mesmo FII, o crédito
é atribuído integralmente a todas as instituições. O Ranking considera apenas os fundos que têm suas cotas
negociadas na BM&FBOVESPA.
LÍDERES
RANKINGS DE 2014
CRI
63 -
Ranking dos Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2014 TAB. 63
Ranking dos Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2014 TAB. 64
Critério: Ordenam os líderes de distribuição de CRI com base no montante emitido e no número de operações
distribuídas durante o ano de 2014. O Ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de
sua primeira emissão, no ano de 2014.
uqbar publicações 192
ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
FII
RANKINGS DE 2014
Ranking dos Líderes de Distribuição de Cotas de FII por Montante Emitido em 2014 TAB. 65
Ranking dos Líderes de Distribuição de Cotas de FII por Número Operações em 2014 TAB. 66
Critério: Ordenam os líderes de distribuição das cotas de FII com base no montante emitido e no número de
operações distribuídas durante o ano de 2014. O Ranking considera apenas os fundos que têm suas cotas
negociadas na BM&FBOVESPA.
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ANUÁRIO SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO 2015
REGULAMENTAÇÃO E LEGISLAÇÃO
INTRODUÇÃO
Durante o ano de 2014, mesmo com tantos acontecimentos como
Copa do Mundo e eleições para presidente, bem como acontecimentos
negativos como protestos nas capitais de diversos estados, o mercado e as
autoridades competentes não deixaram de manter suas discussões acerca
de como fomentar e melhorar o financiamento do setor imobiliário brasileiro.
Assim, neste artigo o leitor terá acesso a informações sobre duas novidades
regulatórias aplicáveis ao mercado financeiro imobiliário, bem como aos
principais questionamentos acerca de tais mecanismos de financiamento.
A primeira novidade é um novo título que poderá ser emitido por
instituições financeiras e chamado de Letra Imobiliária Garantida (o Covered
Bond brasileiro). A seguir o leitor encontrará uma análise independente sobre
os assuntos que ainda precisam de certos esclarecimentos pelos órgãos
reguladores bem como pontos de atenção relevantes para o acompanhamento
pelos agentes do mercado sobre as emissões a serem realizadas.
A segunda novidade é referente a algumas alterações que estão
sendo propostas na regulamentação de Fundos de Investimento Imobiliários.
Nossa análise abordará alguns pontos da audiência pública que a Comissão
de Valores Mobiliários realizou solicitando que o mercado se manifestasse
sobre o aperfeiçoamento da Instrução n° 472/08, sobretudo acerca de itens
relativos à governança dos fundos imobiliários, com aprimoramento de regras
relacionadas à convocação, participação de cotistas e tomada de decisões em
assembleias, entre outros.
Características principais
As Letras Imobiliárias Garantidas são títulos de crédito nominativos de
emissão exclusiva de instituições financeiras, que representam promessa de
pagamento em dinheiro e somente podem ser emitidas sob a forma escritural
e registradas em depositário central autorizado pelo Banco Central do Brasil.
A instituição emissora deverá identificar no momento de emissão
das letras diversos itens relativos aos valores, juros, correções monetárias
aplicáveis mas, sobretudo, deverá determinar a carteira de ativos (conhecida
como covered pool nas emissões de Covered Bonds) que será segregada
do patrimônio da instituição financeira para ser utilizada como garantia
exclusivamente aos detentores das LIG.
A Lei n° 13.097 prevê que além das próprias Letras Imobiliárias
Garantidas, os ativos que compõe a Carteira de Ativos deverão ser depositados
em entidade autorizada a exercer a atividade de depósito centralizado ou
registrados em entidades autorizadas a exercer a atividade de registro de ativos
financeiros e de valores mobiliários. Tal provisão é de grande relevância para
a definição dos tipos de ativos que podem compor a carteira de ativos, já
que nem todos os ativos referentes a créditos imobiliários existentes estão,
ou podem facilmente ser depositados, nos termos da legislação. Assim, os
potenciais emissores precisarão fazer ajustes em seus procedimentos atuais de
formalização das operações de crédito de forma a buscar possuir documentos
suficientes e necessários para o referido depósito.
Estabelece ainda a Lei n° 13.097 que a carteira de ativos poderá ser
composta por:
(i) créditos imobiliários, conforme vier a ser definido pelo Conselho
Monetário Nacional e desde que garantidos por alienação fiduciária
de bem imóvel ou garantia hipotecária, ou ainda se for referente a
incorporação imobiliária desde que esta esteja submetida ao regime
afetação;
(ii) títulos de emissão do Tesouro Nacional;
(iii) instrumentos derivativos contratados por meio de contraparte
central garantidora;
(iv) outros ativos que venham a ser autorizados pelo Conselho Monetário
Nacional.
A carteira de ativos deverá ainda ser composta por, no mínimo, 50,0%
de créditos imobiliários, sendo que a carteira de ativos deverá exceder, no
mínimo, em 5,0% o volume total da emissão das Letras Imobiliárias Garantidas.
Para que a carteira de ativos seja efetivamente segregada do patrimônio
da instituição financeira emissora, será necessária a instituição de regime
fiduciário próprio estabelecido na própria Lei n° 13.097, sendo que o mesmo
Pontos de Atenção
Tendo em vista as características principais acima expostas, bem como
os itens que ainda deverão ser regulados pelo Conselho Monetário Nacional
e pela Comissão de Valores Mobiliários, o mercado e os reguladores ainda
terão que se empenhar em pontos relevantes para que os detentores de LIG
e os outros credores das instituições financeiras emissoras tenham segurança
jurídica adequada. Nesse artigo detalhamos dois desses pontos, conforme
abaixo.
CONCLUSÃO
Não há como negar que a evolução jurídica nos últimos 10 anos de
mercado “mobiliário imobiliário” foi bastante grande e que isso contribuiu muito
para o crescimento do financiamento do setor.
Assim, é ótimo notar que, em ambos os casos acima, os legisladores
e os órgãos reguladores estão envolvidos na criação e aperfeiçoamento das
normas para tornar nosso mercado imobiliário financeiro mais pujante do que
nunca e que, provavelmente em 5 anos, teremos o mercado mais seguro, mais
robusto e mais dinâmico do que o atual, sendo que parte desse sucesso será
devido à mencionada determinação na regulamentação e supervisão do setor.
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