Manual Transfusional 3 Edição
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MANUAL
TRANSFUSIONAL
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Ficha Catalográfica
Ricci Junior, O et al.
Manual Transfusional, Hemocentro de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, São Paulo, 3º edição, 2019.
110 p.
Manual Transfusional – Guia de Condutas Hemoterápicas da Fundação Faculdade Regional de Medicina de São
José do Rio Preto e Instituições Conveniadas
Conteúdo pág.
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 1
5. TRANSFUSÃO EM ADULTOS............................................................................................. 15
6. TRANSFUSÃO PEDIÁTRICA.............................................................................................. 28
9. TRANSFUSÃO AUTÓLOGA................................................................................................ 46
18. REFERENCIAS................................................................................................................... 98
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APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
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2.7.1.1. INDICAÇÕES:
Prevenção de Reação Transfusional Febril Não Hemolítica
o História de duas reações febris não hemolíticas
Profilaxia de aloimunização em pacientes a serem Politransfundidos
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o Hemoglobinopatias
o Anemias hemolíticas hereditárias
o Transplante de medula óssea
o Anemia aplástica
o Síndrome mielodisplásica (SMD)
o Leucemia mielóide aguda
o Doenças onco-hematológicas graves até esclarecimento diagnóstico
Prevenção de Infecção para CMV nas seguintes situações:
o Síndromes de imunodeficiências congênitas
o Paciente HIV positivo com sorologia negativa para CMV.
o Candidato a transplante de órgãos e medula óssea se doador e
receptor forem negativos para CMV.
o Transfusão intrauterina.
o Gestantes com sorologia não reativa ou desconhecida para CMV.
o Recém nascidos prematuros (inferior a 28 semanas) e/ou de baixo
peso (≤1.200g) de mães CMV negativas ou com sorologia
desconhecida.
2.7.2. IRRADIAÇÃO
A irradiação dos hemocomponentes é realizada para a prevenção da
doença do enxerto versus hospedeiro associada à transfusão (DECH-AT),
complicação imunológica usualmente fatal, causada pela enxertia e expansão
clonal dos linfócitos do doador em receptores suscetíveis. Com a finalidade de
prevenir esta complicação, os hemocomponentes celulares (concentrado de
hemácias e de plaquetas) devem ser submetidos à irradiação gama na dose
de, pelo menos, 2500cGy (25Gy), impossibilitando a multiplicação dos
linfócitos. As hemácias podem ser submetidas à irradiação até 14 dias após a
coleta e armazenado até 28 dias depois da irradiação.
2.7.2.1. INDICAÇÕES:
Na prevenção da Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro Associada a
Transfusão (DECH-AT) nos seguintes grupos de risco:
o Transfusão intrauterina.
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OBSERVAÇÕES:
O médico responsável pela cirurgia deverá solicitar o número de
hemocomponentes de acordo a proposta da tabela de Recomendação
de preparo de CH para cirurgia por especialidade no HB e HCM (Tabela
1).
A AT irá compatibilizar o número de CH de acordo com a proposta,
porém deverá possuir estoque suficiente para atender qualquer
intercorrência. No transcorrer da cirurgia, conforme houver solicitação de
transfusão das bolsas compatibilizadas previamente cabe a AT sempre
deixar uma unidade de CH compatibilizada. No entanto, o médico
responsável pela cirurgia deve avisar a AT se houver intercorrência e
necessidade de compatibilizar mais bolsas do que previamente
solicitado. É importante esclarecer que o tempo de compatibilização
para CH é de aproximadamente 60 minutos.
Deve-se evitar requisição de bolsas de hemocomponentes para estoque
em sala de cirurgia. Se for necessário, será enviado em maleta térmica,
lacrada. Recomenda-se não abrir a maleta até que a necessidade de
transfusão seja confirmada.
Requisições de reservas de CP devem seguir o item 5.2.4
Procedimentos cirúrgicos, invasivos e condições especiais.
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5. TRANSFUSÃO EM ADULTOS(3,12,13,15–18)
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5.1.4.1. PRÉ-OPERATÓRIO:
Realizar consulta pré-operatória / pré-anestésica e avaliar risco
transfusional (ver tabela 3);
o Se houver necessidade de reserva, providenciar requisição de
reserva com antecedência de 12 a 24 horas ao serviço de
hemoterapia (ver capítulo reserva de hemocomponente para
cirurgia)
Investigar anemia e corrigir se Hb <8,0g/dL;
Quando a cirurgia é eletiva, o ideal é evitar a transfusão. Deve-se
investigar e tratar a anemia preexistente, suspender o uso de
antiagregantes plaquetários, reverter a anticoagulação e programar,
sempre que possível, a transfusão autóloga.
Em pacientes hígidos, ou seja, sem doença cardíaca, cerebral ou
pulmonar preexistente, não há indicação para elevar a hemoglobina a
10g/dL no pré-operatório. Hemoglobina acima de 8g/dL é segura e
aceitável nessas circunstâncias
Em pacientes com doença cardíaca, pulmonar ou cerebrovascular
preexistente, deve-se elevar a hemoglobina para 10g/dL no pré-
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5.1.4.2. INTRA-OPERATÓRIO
A transfusão de hemácias está indicada durante o ato cirúrgico quando a
perda sanguínea for maior que 500mL ou quando houver sinais de hipóxia
decorrente da perda aguda de sangue
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5.1.4.3. PÓS-OPERATÓRIO
Seguir as mesmas regras utilizadas para a transfusão nos tópicos
relacionados
Observação: Para transfusão de outros hemocomponentes, ver tópicos
específicos, relacionado ao hemocomponente de interesse.
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5.1.4. DOSE
Deve ser transfundida a quantidade de hemácias suficiente para
correção dos sinais/sintomas de hipóxia ou para que a hemoglobina atinja
níveis aceitáveis. Uma unidade de CH deve elevar o nível de hemoglobina em
1,0 g/dL e o hematócrito em 3% em um receptor com cerca de 70 kg de peso e
que não apresente sangramento ativo ou hemólise. Em pacientes pediátricos, o
volume a ser transfundido para obtenção dos mesmos resultados deve ser de
10 a 15 mL/kg.
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5.2.6. DOSE
A dose preconizada é de 1 unidade de CP para cada 7 a 10 kg de peso
do paciente, porém pode-se considerar também a contagem de plaquetas
desejada dependendo da presença ou ausência de sangramento como segue:
IP x VS
Dose (x109) =
F
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5.3.1. INDICAÇÕES
Deficiência de fatores da coagulação, congênita ou adquirida (quando
não se tem produto industrializado);
Coagulação intravascular disseminada (CID);
Transfusão maciça com sangramento por coagulopatia;
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5.3.3. DOSE
O volume a ser transfundido depende do peso e da condição clínica e
hemodinâmica do paciente.
A dose de 10-20mL/kg aumenta de 20 a 30% os níveis dos fatores de
coagulação.
5.4.1. INDICAÇÕES
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5.4.2. DOSE
A dose habitual é de 1 a 2 unidades para cada 10kg de peso. Cada
unidade aumentará o fibrinogênio em 5-10mg/dL e a dose em 60 a
100mg/dL em um adulto médio.
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6. TRANSFUSÃO PEDIÁTRICA(3,16,21–28)
A indicação de transfusão em pediatria segue os mesmos critérios da
transfusão em adultos no que se refere à avaliação risco x benefício. Na
hemoterapia pediátrica, os recém-nascidos pré-termo representam um grupo
de especial interesse, pois são os mais frequentemente transfundidos nas
unidades de cuidado intensivo.
Serão utilizados os seguintes critérios para a definição de recém-nascido ou
neonato (RN) e recém-nascido pré-termo (RNPT):
RN: até o 28° dia de vida.
RNPT: nascido até o último dia da 37° semana de gestação (259°),
determinada pela data da última menstruação.
6.1.1. INDICAÇÃO
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6.2.1. INDICAÇÃO
6.2.2. CRIANÇAS ATÉ 04 MESES:
A plaquetopenia leve a moderada é a principal anormalidade
hemostática encontrada em RN doentes, acometendo cerca de 20% dos
neonatos internados em terapia intensiva. A etiologia usualmente é
multifatorial, incluindo produção insuficiente, destruição aumentada e
trombocitopenia dilucional causada por transfusão maciça. Os fatores da
coagulação, normalmente mais baixos no nenonato, também podem sofrer
efeito de diluição após transfusão de grandes volumes de CH.
Ao contrário dos pacientes adultos que raramente apresentam
sangramentos importantes com contagens plaquetárias acima de 10.000/mm3,
recém nascidos pré-termo com doenças associadas podem sangrar na
vigência de contagens plaquetárias mais elevadas. Esse risco aumentado de
sangramento pode ser atribuído à baixa concentração dos fatores de
coagulação no plasma, à presença na circulação de um anticoagulante que
pode potenciar o efeito da inibição da trombina, à disfunção plaquetária
qualitativa e/ou a um aumento da fragilidade vascular. Uma das principais
complicações hemorrágicas que pode ocorrer nos RNPT nas primeiras 72h de
vida é a hemorragia intraventricular (IVH), acometendo cerca de 40% dos
pacientes. O papel da trombocitopenia como fator de risco para a IVH não está
bem definido nos estudos clínicos realizados nesta população.
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6.3.1. INDICAÇÃO
Quadro 6. Orientação para transfusão de PFC em neonatos e crianças
1. Terapia de suporte durante tratamento da coagulação intravascular disseminada
(CIVD)
2. Terapia de reposição:
Quando o fator específico não está disponível, incluindo, mas não limitado a:
antitrombina e deficiência de proteína C ou S, fatores II, V, X e XI;
Durante plasmaférese terapêutica quando o PFC ou PIC for indicado;
Reversão da anticoagulação com warfarin em situações de emergência, como
ates de procedimentos invasivos na vigência de sangramento ativo.
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6.5.1. INDICAÇÕES
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7.3. OBSERVAÇÕES
A AT deve ser acionada para que produtos sanguíneos sejam
precocemente preparados, evitando atrasos no tempo de entrega (15
min) e no descongelamento de componentes plasmáticos (30 min).
Em casos de sangramentos de grandes volumes, avaliar necessidade de
ativação de protocolo de transfusão maciça, capítulo 8.
Ao requisitar uma transfusão de emergência o médico estará
autorizando a liberação de hemocomponentes, muitas das vezes, sem
exames pré-transfusionais, para isso deverá afirmar expressamente o
conhecimento do risco e concorde com o procedimento, presente no
termo de responsabilidade. O risco de reação transfusional hemolítica é
maior com a liberação de emergência, por isso, sua indicação sempre
deve ser baseada na gravidade do paciente.
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9. TRANSFUSÃO AUTÓLOGA(1,2,4)
A doação autóloga define-se como coleta prévia de uma bolsa de sangue
de uma pessoa para uso próprio em procedimentos transfusionais
programados. Tem como indicações a prevenção de doenças infecciosas
transmissíveis por transfusão sanguínea, a prevenção de aloimunizações,
evitar reações transfusionais em pacientes portadores de aloanticorpos quando
existe dificuldade de obtenção de sangue compatível para um paciente em
particular e evitar complicações em pacientes com antecedentes de reações
transfusionais graves.
A doação autóloga deve ser realizada somente mediante solicitação do
médico assistente do paciente-doador e aprovação do médico hemoterapeuta,
através de encaminhamento para consulta no HSJRP.
O paciente-doador deverá passar por uma consulta clínica, realizada pelo
médico do HSJRP que irá avaliar condições para doação, podendo ser
admitido ou recusado. Se o paciente-doador for recusado para a doação, o
médico do HSJRP deverá avisar os motivos ao médico requisitante. Se o
paciente-doador for admitido no programa de doação-transfusão autóloga, será
liberado para doação.
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seria suficiente para evitar a aloimunização, no entanto a seringa não pode ser
fracionada, devendo ser administrada completamente (dose cheia).
Nova dose de Imunoglobulina anti-D deverá ser prescrita caso o
paciente seja novamente exposto à transfusão incompatível após 6
semanas da primeira dose ou antes disso se PAI (pesquisa de
anticorpos irregulares) em gel for negativa.
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I - Tratamento padrão
II - Tratamento de suporte
IV - Não há benefícios
NR – Não Relatado
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Eritrocitaférese Indicação
Síndromes falciformes I
Hiperparasitemias (malária, babesiose) II
Profilaxia em gestantes com anemia falciforme III
Reação hemolítica aguda grave III
Poliglobulia (primária, secundária) IV
Trombocitaférese
Trombocitose sintomática I
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12.3.1. COLETA
As amostras usadas para os testes pré-transfusionais deverão ser
coletadas para este fim específico, não sendo aceitas amostras utilizadas ou
encaminhadas a outros setores, como laboratórios de análises clínicas.
Em toda primeira solicitação de transfusão ou reserva cirúrgica
requisitada ao paciente, deverá ser realizado a coleta das amostras. Para
atendimentos subsequentes é recomendado uma consulta na Agência
Transfusional (AT) para identificar se o paciente possui uma amostra válida,
evitando recoletas no período de validade da amostra. A seguir descrevemos o
protocolo da AT que estabelece o material e as quantidades necessárias para
realização dos testes pré-transfusionais:
Neonato e crianças até 4 meses: UM tubo com anticoagulante EDTA
(tubo hemograma pediátrico), sem gel, contendo no mínimo 0,5mL;
Criança com mais de 4 meses e adultos: DOIS tubos, um com
anticoagulante EDTA (tubo hemograma), sem gel e outro de retração de
coagulo (tubo seco), com gel, ambos com no mínimo 2mL.
12.3.2. IDENTIFICAÇÃO:
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12.3.4. TRANSPORTE(36,37)
As amostras de pacientes são categorizadas como categoria B. Trata-se
de material biológico infeccioso ou potencialmente infeccioso. O material
biológico classificado nesta categoria deve receber a marcação UN 3373. Esta
marcação deve ser exibida na superfície da embalagem externa, claramente
visível e legível (figura 2).
As amostras devem ser acondicionadas em embalagens de boa
qualidade, suficientemente resistentes para suportar os impactos e os
carregamentos normalmente enfrentados durante o transporte. As embalagens
devem evitar qualquer perda de conteúdo que possa ser causada em
condições normais de transporte, por ação de vibração, ou por mudanças de
temperatura, umidade ou pressão. O sistema de embalagens deve ser
constituído por três embalagens para transporte até o serviço de hemoterapia:
Embalagem primária: recipientes que entram em contato direto com o
material biológico. Ex.: tubos de coleta;
Embalagem secundária: com capacidade para envolver e conter a(s)
embalagem(ns) primária(s). Pode ser constituída por saco plástico, saco
plástico tipo bag, caixa de PVC, metal e outros. Esta embalagem deve
conter material absorvente nos transportes de amostras externa ao
complexo FUNFARME, não sendo necessário para transportes internos, ou
seja dentro do complexo FUNFARME;
Embalagem externa (terciária): recipiente com rigidez adequada. Pode ser
constituída por papelão, PVC, metal e outros (exceto isopor). Ex.: Caixa
rígida tipo cooler.
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13.4. CRIOPRECIPITADO
O CRIO selecionado para transfusão deverá ser ABO compatível para
receptores até 35kg e preferencialmente para os com mais peso;
O CRIO deverá ser descongelado a temperatura de 37ºC com os mesmos
cuidados descritos no PFC. Uma vez completado o descongelamento, o
hemocomponente deverá ser transfundido o mais breve possível. Na
impossibilidade de transfusão imediata, as unidades de crioprecipitado
deverão ser mantidas a temperatura de 22ºC +/- 2ºC por no máximo 6
horas. É proibido o recongelamento.
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15.2. OBSERVAÇÕES:
No ambiente interno (Hospital de Base) os hemocomponentes liberados
para transfusão poderão ser enviados diretamente ao paciente em
temperatura ambiente ou desconhecida por período de transporte de no
máximo 30 minutos, desde que seja descontado do tempo de 4 horas para
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16.6. INTERCORRÊNCIAS
Deverá ser interrompida a infunsão de qualquer hemocomponente na
vigência de reação transfusional e a intercorrência deverá ser imediatamente
comunicada ao médico responsável pela prescrição ou monitoramento da
transfusão. A AT também deverá ser comunicada para a adequada orientação
de como proceder (ver capítulo a seguir) e realização dos registros necessários
que visam evitar liberação de novo componente até devida avaliação e
determinação de condutas preventiva.
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16.8. ADMINISTRAÇÃO DE CH
O tempo médio recomendado de infusão (paciente estável) de cada
unidade de CH deve ser de 90 a 120 minutos em pacientes adultos. Em
pacientes pediátricos, não exceder a velocidade de infusão de 20-
30mL/kg/hora.
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Aloimunização eritrocitária
Aloimunização HLA Hemossiderose
TARDIA Reação enxerto x hospedeiro
Púrpura pós transfusional Doenças infecciosas
Imunomodulação
17.4.1.2. Prevenção
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17.4.2.2. Prevenção
Após segundo episódio, pré-medicar com antipirético de 30 a 60 minutos
antes da transfusão.
Produtos desleucocitados para casos recorrentes.
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17.4.3.2. Prevenção
Após primeiro episódio grave ou segundo leve: medicar com
antihistamínico antes das próximas transfusões.
Após segundo episódio grave: pré-medicar e lavar os
hemocomponentes.
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17.4.4.2. Prevenção
Pré-medicação: antihistamínico e/ou esteróides,
Hemocomponentes celulares lavados.
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17.4.5.2. Prevenção
Avaliação de distúrbios hemodinâmicos prévios e controle da velocidade e
do volume de infusão ou fracionar a bolsa para infundir volumes menores.
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17.4.6.2. Prevenção
Cuidados nas etapas do ciclo do sangue, quanto à redução de riscos
de contaminação bacteriana.
17.4.7.2. Prevenção
Não há unanimidade. Se o anticorpo do doador é demonstrável como
causador da TRALI, os componentes que contenham plasma não devem ser
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17.4.8.2. Prevenção
Investigar história de uso de ECA.
Evitar utilização de filtros de remoção de leucócitos a beira do leito para
pacientes com história de reação hipotensiva.
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17.4.9.2. Prevenção
A prevenção da hemólise não imune está relacionada à observação de
protocolos bem estabelecidos para a obtenção, preparo, armazenamento e
aplicação do sangue, com realização de teste de hemólise da bolsa de
componente eritrocitário antes da liberação.
17.4.10.2. Hipotermia
Arritmias cardíacas podem ocorrer em pacientes que recebem infusão
rápida de grande volume de sangue, principalmente no uso de catéter central,
próximo ao sistema de condução. A hipotermia aumenta a toxicidade cardíaca
à hipocalcemia ou hipercalemia, podendo causar arritmia ventricular, com baixa
eficiência miocárdica. Outras complicações da hipotermia incluem: bloqueio da
hemostasia com tendência hemorrágica e maior risco infeccioso.
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18. REFERENCIAS
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2015. 136 p.
2. BRASIL. Portaria de Consolidação no 5, de 28 de Setembro de 2017 -
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