Lab 11 Isaque Morais

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ISAQUE DA SILVA MORAIS

LABORATÓRIO DE ELETROMAGNETISMO I

AULA PRÁTICA Nº 11

ESTUDO PRÁTICO DOS DIODOS

Palmas – TO, Junho de 2022

Isaque da Silva Morais


Prática XI – Relatório

Relatório sobre o laboratório de


Eletromagnetismo 1 apresentado ao curso
de Engenharia Elétrica da Universidade
Federal do Tocantins, como parte dos
requisitos para a obtenção de nota.

Professor: Washington Lima

Palmas 2022
SÚMARIO

INTRODUÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------1

1 OBJETIVO---------------------------------------------------------------------------------------3

2 MATERIAIS-------------------------------------------------------------------------------------4

2 PROCEDIMENTOS---------------------------------------------------------------------------5

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES------------------------------------------------------------7

CONCLUSÃO -----------------------------------------------------------------------------------14

REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------------------15
1

INTRODUÇÃO

Para um bom entendimento da prática são necessários um conhecimento prévio


sobre os conceitos de diodos. Um diodo é basicamente um componente eletrônico
semicondutor que permite a passagem da corrente elétrica somente em um sentido. Diodo
é um componente com 2 terminais, onde a própria simbologia esquematiza a polaridade.
Nessa esquematização, quando visualizada de perto, é possível observar o triangulo que
forma uma seta, indicando o sentido que passa a corrente elétrica. Conforme a
esquematização da figura 01.

Figura 01 – Comportamento básico do diodo

Nota-se que, conforme a figura 01, o diodo permite a passagem de corrente apenas
quando está polarizado diretamente. Entretanto, existe uma tensão mínima necessária
para a ativação do funcionamento do diodo. Normalmente, para o diodo ideal, esse valor
de tensão mínima aproximasse-se ao valor de 0.7V, mas esse valor pode ser alterado
devido as interferências no circuito.

Vale ressaltar que se o diodo for polarizado reversamente a tendencia é que esse
componente não permita a passagem de corrente elétrica no circuito., funcionando como
uma chave aberta. Dependendo da situação e da ocasião, isso pode ser muito utilizado. Já
2

que, a partir desses confeitos de polarizações dos diodos surgiu os transistores, que
revolucionaram a tecnologia.

Os diodos também são conhecidos como retificadores porque conseguem alterar


a corrente alternada (CA) em corrente contínua pulsante (CC). Os diodos são classificados
de acordo com seu tipo, tensão e capacidade de corrente.

Ademais, os diodos também possuem polaridade, sendo elas um ânodo (derivação


positiva) e um cátodo (derivação negativa). Ordinariamente, a maioria dos diodos permite
que a corrente flua somente quando a tensão é positiva é aplicada ao ânodo.

Conforme a simbologia, a direção do fluxo de elétrons se dar pelo sentido da seta


do diodo.

Entretanto para o desenvolvimento dessa prática será montado um circuito apenas


com diodo emissor de luz (LED) e o diodo 1N4007. Além disso, será adicionado no diodo
uma resistência em série juntamente com uma força eletromotriz.
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OBJETIVOS

Os objetivos dessas práticas consistem na montagem de um circuito eletrônico


cuja análise deve ser feita observando o comportamento do diodo emissor de luz ou do
diodo 1N4007.

Com isso, visualizar a passagem da corrente na polarização direta e na polarização


reversa dos diodos. Partindo dessa visualização, deve-se realizar a criação de um gráfico
da tensão pela corrente em todos os casos de polarização.
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MATERIAIS E MÉTODOS

Para a efetuação dessa prática serão necessários os seguintes componentes e


equipamentos:

1. Diodo 1N4007
2. Diodo emissor de luz com 5mm
3. Jumpers para as conexões
4. Dois multímetros
5. Uma fonte de tensão contínua 6V
6. Resistencia de 220Ω
7. Uma placa para ensaio
8. Ponta de prova para os multímetros

Figura 2: Componentes e equipamentos utilizados

Fonte: Própria do autor

Obviamente, com o auxílio de multímetro, foi realizado a medição da


resistência. Com isso, obteve-se o valor de 276Ω. Observa que o valor dessa resistência
foi superior ao esperado, entretanto nada que prejudique o entendimento da prática.
5

Procedimentos para o diodo 1N4007:

Conforme o roteiro disponibilizado no AVA, foi montado o circuito que pode ser
visualizado na figura 3, onde a fonte de tensão contínua é conectada a um resistor de
276Ω e em seguida ao diodo.

Figura 3 – circuito com o diodo 1N4007

Fonte: Própria do autor

Em seguida o circuito foi montado na placa de ensaio. Feito isso, com o auxílio
do multímetro, deu-se início a medições de tensão e corrente que passa no diodo. Foi
dividido em dois casos.

O primeiro caso é quando o diodo está polarizado diretamente, entretanto, para


melhor análise, começou-se o experimento com a fonte ajustada para 0.5V e
progressivamente ajustou-se esse valor de modo aumentasse o valor da fonte até 6V. Com
isso a visualização do comportamento do diodo ficou bem mais clara.

Ademais, conforme os valores da tensão da fonte aumentasse, registrou-se a


tensão e a tensão do diodo. Logo pode-se criar uma tabela (tabela 01), onde ela apresenta
os valores de tensão da fonte, tensão do diodo e a corrente do diodo.

A partir dessa tabela foi possível a criação de um gráfico (gráfico 1) que representa
o comportamento do diodo.

O segundo caso é bem semelhante ao primeiro caso. Porém, inverte-se a


polaridade do diodo, com isso o diodo ficou inversamente polarizado. Aplicou-se os
6

mesmos procedimentos do primeiro caso. Logo, também foi efetuado a criação de uma
tabela (tabela 2) e de um gráfico (gráfico 2) para conseguir visualizar o comportamento
do diodo polarizado inversamente.

Procedimentos para o diodo emissor de luz:

Novamente, conforme o roteiro, iniciou-se os procedimentos para o diodo emissor


de luz. Pode-se afirmar que o comportamento do diodo emissor de luz será bem
semelhante ao diodo 1N4007, já que ambos possuem os mesmos conceitos.

Assim, conforme a figura 4, montou-se o circuito com o diodo emissor de luz.

Figura 4 – circuito com o diodo emissor de luz

Fonte: Própria do autor

Novamente, para melhor análise, dividiu-se em dois casos. Sendo o primeiro caso
com o diodo LED polarizado diretamente e o segundo caso com o diodo LED polarizado
inversamente.

No primeiro caso, iniciou-se o experimento com a fonte em 0.5V e mediu-se a


tensão e a corrente que fluem no diodo LED. Assim, progrediu-se o valor da fonte até que
seu valor chegasse aos 6V. Logo, conforme progredisse o valor da fonte, continuou-se a
medir a tensão e corrente que passa no Led. Com isso, pode-se criar uma tabela (tabela
3) e um gráfico (gráfico 3) para observar o comportamento do diodo.

Os mesmos procedimentos foram aplicados ao segundo caso, só muda o fato do


diodo LED está agora inversamente polarizado. Com os mesmos procedimentos
aplicados, registrou-se os valores de tensão e corrente que fluem no diodo emissor de luz.
Assim, criando novamente, uma nova tabela (tabela 4) e gráfico (gráfico 4) foram
estabilizadas.
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RESULTADOS E DISCURSÕES

Os resultados dos procedimentos resumem a uma série e tabelas e gráficos que


são ilustrados a seguir.

RESULTADOS DO DIODO 1N4007 DIRETAMENTE:

Vale ressaltar que por está trata-se de uma prática experimental é comum encontra
valores com uma margem de erro. Entretanto, nesse caso a margem de erro é muito
pequena e pode ser desconsiderada.

Tabela 1: Tabela com os dados obtidos no diodo 1N4007 diretamente.

DIODO 1N4007
DIRETAMENTE
VF VD ID
0,5V 0,47V 0,078mA
1V 0,61V 1,38mA
1,5V 0,66V 3,8mA
2V 0,68V 5,9mA
2,5V 0,7V 7,9mA
3V 0,71V 10mA
3,5V 0,72V 12,3mA
4V 0,73V 14,4mA
4,5V 0,731V 16,5mA
5V 0,737V 18,5mA
5,5V 0,741V 20,7mA
6V 0,746V 23mA

Onde VF é a tensão da fonte, VD é igual a tensão do diodo e ID é a corrente que flui


no diodo.

Por meio da tabela 1 é possível retirar algumas informações importante sobre o


funcionamento e comportamento do diodo em questão quando polarizado diretamente.

A primeira informação clara é que para o diodo começar a funcionar é necessária


uma fonte acima de 0.5V. Isso acontece pelo fato do diodo 1N4007 “consumir” 0.7V.
Esse é o valor que é comumente chamado de queda de tensão do diodo, essa energia é
geralmente é convertida em calor durante o funcionamento do diodo no circuito
8

A segunda informação clara é que o diodo limita a tensão em aproximadamente


0.7V ao aceitar corrente infinita. Logo, independente da tensão da fonte, a tendencia é
que o diodo consiga manter o valor aproximado de 0.7V

Outro ponto bastante evidente é a progressão da corrente que flui no diodo.


Mesmo a tensão do diodo mantendo os aproximados 0.7V a corrente não se limita a um
valor fixo.

Assim, para melhor visualização da tensão pela corrente pode-se analisar o gráfico 1.

Gráfico 1: V x I no diodo 1N4007 diretamente

DIODO 1N4007 POLARIZADO


DIRETEMENTE
25
Valores de corrente (mA)

20

15

10

0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8
Valores de tensão (V)

Fonte: Própria do autor

O gráfico exemplifica exatamente o que já foi exposto. Fica mais nítido que o
diodo tenta e consegue manter a tensão próxima a 0.7V, já a corrente aumente de valor
cada vez mais.
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RESULTADOS DO DIODO 1N4007 INVERSAMENTE:

Inversamente, existem atributos significativos para serem levado em questão.


Primeiramente, o diodo não permite a passagem de corrente quando está inversamente,
logo a tendencia é que em um diodo ideal a corrente seja igual a zero. Entretanto, existe
uma corrente muito pequena, essa corrente é denominada como corrente de fuga. A partir
desse pressuposto pode-se analisar a tabela 2.

Tabela 2 - Tabela com os dados obtidos no diodo 1N4007 inversamente.

DIODO 1N4007
INVERSAMENTE
VF VD ID
0,5V 0,5V 0mA
1V 1,01V 0mA
1,5V 1,54V 0mA
2V 2,05V 0mA
2,5V 2,51V 0,1mA
3V 3,05V 0,1mA
3,5V 3,53V 0,1mA
4V 4,05V 0,2mA
4,5V 4,51V 0,2mA
5V 5,04V 0,3mA
5,5V 5,58V 0,3mA
6V 6,1V 0,4mA

Onde VF é a tensão da fonte, VD é igual a tensão do diodo e ID é a corrente que flui


no diodo.

A partir da tabela 2, pode-se concluir que a fonte de tensão não gera o valor correto
para o circuito, dando um pequeno acréscimo, porém, isso não chega a prejudicar o
experimento.

Dito isso, percebe-se uma pequena corrente à medida que tensão aumenta. Essa
corrente nada mais é do que a corrente de fuga. Percebe-se também que agora o diodo
não limita a tensão, ou seja, pela tabela pode-se afirmar que todo valor da fonte é
aproximadamente igual ao do diodo inversamente.

Para melhor análise, pode-se observar o gráfico 2.


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Gráfico 2: V x I no diodo 1N4007 inversamente

DIODO 1N4007 POLARIZADO


INVERSAMENTE
0,5

Valores de corrente (mA)


0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 1 2 3 4 5 6 7
Valores de tensão (V)

Fonte: Própria do autor

Observando o gráfico, pode-se afirmar que não a mais um limitador de tensão e


que a corrente se aproxima de zero, já que 0.4mA é 0,0004, ou seja, uma corrente muito
pequena. Por mais que a corrente no gráfico pareça manter um valor fixo por um instante
de tempo, isso não ocorre desse modo. Isso foi apenas pelo fato do multímetro que mede
a corrente não está na escala correta.

RESULTADO DO DIODO LED DIRETAMENTE:

Os resultados do diodo emissor de luz serão bem semelhantes aos valores do diodo
1N4007, a principal diferença é que o diodo emissor de luz, obviamente, vai emitir uma
luz.

Com isso, pode-se analisar a tabela 3.


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Tabela 3 - Tabela com os dados obtidos no diodo LED diretamente.

DIODO LED
DIRETAMENTE
VF VD ID
0,5V 0,6V 0mA
1V 1V 0mA
1,5V 1,5V 0,028mA
2V 1,7V 0,78mA
2,5V 1,8V 2,8mA
3V 1,89V 4,7mA
3,5V 1,91V 7mA
4V 1,93V 9,2mA
4,5V 1,95V 11,3mA
5V 1,96V 13,4mA
5,5V 1,97V 15,7mA
6V 1,98V 17,8mA

Onde VF é a tensão da fonte, VD é igual a tensão do diodo e ID é a corrente que flui


no diodo.

Um fato que deve ser explicito é que inicialmente, com a tensão de 0.5V, o LED
não emitia, ou emitia com fraqueza, obviamente é necessária uma tensão mínima para o
funcionamento do diodo. Novamente, a tensão é limitada e a corrente continua a crescer.

Repetidamente, pode-se analisar o gráfico 3 para uma melhor visualização do


comportamento do LED.
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Gráfico 3: Tensão pela corrente no LED polarizado diretamente

DIODO EMISOR DE LUZ POLARIZADO


DIRETAMENTE

VALORES DE CORRENTE
20
18
16
14
(mA)
12
10
8
6
4
2
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5

VALORES DE TENSÃO(V)

Fonte: Própria do autor

Observa-se que a corrente tende ao infinito e que a tensão do diodo se limita em um valor próximo
a 2V. Por trata-se de um LED vermelho a tensão necessária para ativação desse diodo se aproxima a 1.7V.
Se fosse outra cor, como por exemplo o azul, seria necessária uma tensão mínima de 3V. Fazendo um
cálculo rapidamente pode-se afirmar que a potência necessária está na faixa dos 10 aos 150mW.

RESULTADO DO DIODO LED INVERSAMENTE:

Esse resulto deve ser aproximadamente igual ao diodo 1N4007 inversamente, já que
ambos não permitem a passagem de corrente quando polarizados inversamente. Dito isso pode-se analisar
a tabela 4.

Tabela 4 - Tabela com os dados obtidos no diodo LED inversamente.

DIODO LED
INVERSAMENTE
VF VD ID
0,5V 0,4V 0mA
1V 0,9V 0mA
1,5V 1,4V 0mA
2V 1,9V 0mA
2,5V 2,4V 0,1mA
3V 2,8V 0,1mA
3,5V 3,31VV 0,1mA
4V 3,82 0,2mA
4,5V 4,32V 0,2mA
5V 4,8V 0,3mA
5,5V 5,57V 0,3mA
6V 6,1V 0,4mA
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Observa-se mais uma vez a corrente de fuga. E quando comparada aos valores do
diodo 1N4007 pode-se afirmar que as correntes e tensões estão no mesmo valor. Ou seja,
o mesmo comportamento que o diodo 1N4007 teve o diodo LED também teve.

Vale ressaltar que novamente a tensão da fonte está maior do que o valor que ela
atribui. Entretanto, isso não afeta os resultados.

Para melhor análise, pode-se observar o comportamento do diodo LED pelo


gráfico 4.

Gráfico 4: Tensão pela corrente no LED polarizado inversamente

DIODO EMISOR DE LUZ POLARIZADO


INVERSAMENTE
VALORES DE CORRENTE

0,6

0,4
(mA)

0,2

0
0 1 2 3 4 5 6 7
VALORES DE TENSÃO (V)

Fonte: Própria do autor

Observa-se uma corrente muito próxima de zero, como esperado.


Novamente a corrente se estabiliza por um instante de tempo, contudo, como já
explicado, isso não ocorre dessa maneira, na verdade isso só ocorreu pelo fato do
multímetro não está na escala ideal.
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CONCLUSÃO

A partir do experimento realizado, foi possível observar e analisar o


comportamento de um LED e do diodo 1N4007 presentes em um circuito de corrente
contínua e associados em série com um resistor. Por ser o LED um diodo emissor de luz
ele possui características e particularidades semelhantes ao do diodo 1N4007, como sua
polarização, opera conduzido corrente quando ele é polarizado diretamente, e ao ser
inversamente polarizado atua como uma chave, abrindo o circuito e impedindo a
passagem de corrente.

Outra característica observada é a queda de tensão de 0,7[V] para o diodo de silício


quando polarizado diretamente. Tanto LED como o Diodo são componentes
semicondutores que possuem curvas do comportamento da corrente semelhantes e
dependem de uma tensão limiar para acionamento e de sua polarização para permitir a
passagem de corrente.
15

REFERÊNCIAS

BOYLESTAD, Robert L., NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e


Teoria dos Circuitos, 8 Ed.

São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2004.

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