5 Materiais I 2022 Tintas Imobiliarias

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Materiais de Construção I – 2022 – Materiais de Pintura - Completo

TINTAS IMOBILIÁRIAS
PINTURA
Pintura é a denominação genérica atribuída ao conjunto de todas as camadas de recobrimento que
formam uma película final de acabamento aderente a uma superfície, com inúmeras finalidades.
Pintura imobiliária é a denominação atribuída à pintura sobre elementos e componentes das obras
de construção civil, com maior abrangência nas edificações.
FINALIDADES DA PINTURA
1. Proteção: visa proteger um elemento ou componente através de uma barreira em forma de
película aplicada aderente, visando a sua durabilidade, tais como: Impedir a corrosão de metais,
reduzir ou impedir a penetração de umidade, proteção contra a ação deletéria das intempéries
(insolação, radiação, ventos, chuvas, tempestades, maresia, etc.).
2. Estética: embelezar e decorar os ambientes, tornando-os mais agradáveis.
3. Acabamento: dar acabamento, regularidade, planeza ou textura a determinadas superfícies.
4. Funcional: adequação do elemento ou componente pintado às funções para as quais foram
projetados, tais como:
-> Sinalização e demarcação: faixas de estacionamento, local de extintor, passagem de
pedestre, avisos de segurança, etc.
-> Identificação: tubulações de incêndio, água potável, esgoto, gás, locais perigosos, etc.
-> Controle de luminosidade: de reflexão, absorção ou difusão da luz.
-> Conforto térmico: mitigação dos efeitos das radiações solares.
5. Higienização: facilitar a visualização e identificação de sujeiras, facilitando a sua limpeza. Barreira
contra a proliferação de organismos e micro-organismos vivos nocivos à saúde.
TINTA
Tinta é, genericamente, um material de pintura pigmentado, líquido, pastoso ou em pó, contendo
resinas orgânicas e adições que, quando aplicado sobre uma superfície (substrato), forma uma
película sólida, contínua, opaca, uniforme e aderente após a secagem, adequada à uma ou mais
finalidades e a cada tipo específico de substrato.
Tinta imobiliária é a denominação atribuída às tintas utilizadas na construção civil. O termo “tinta
imobiliária” agrega uma grande variedade de produtos utilizados na construção civil, tais como: as
tintas látex e acrílicas, os esmaltes sintéticos, as tintas à óleo, os vernizes, as lacas, as seladoras, as
massas niveladoras e demais produtos afins.
CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DAS TINTAS
Aplicabilidade/Pintabilidade: facilidade de aplicação (trabalhabilidade) da tinta, sem a ocorrência de
respingamento e escorrimento;
Nivelamento/Alastramento: a tinta deve formar uma película uniforme sem marcas de aplicação;
Secagem: processo onde uma tinta em estado líquido converte-se em uma película sólida, em tempo
razoável (não deve ser tão rápida, nem tão lenta), não atrasando as demãos posteriores;
Poder de cobertura: Capacidade que o produto possui em cobrir uniformemente toda a superfície
em que for aplicado, ocultando a cor do substrato, com menor número de demãos,
observando a diluição recomendada pelo fabricante da tinta.
Rendimento: É a área que se consegue pintar com um determinado volume de tinta, expresso
geralmente em m²/galão/demão. A tinta de maior rendimento é a que tiver cobertura
de maior área por galão com igual poder de cobertura;
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Estabilidade: o produto de pintura (tintas, esmaltes, vernizes, seladoras, etc.) deve apresentar
estabilidade durante o seu prazo de validade, seja no armazenamento, transporte e
manipulação, não apresentando sedimentação, coagulação ou qualquer tipo de degradação.
Lavabilidade: a tinta deve permitir e resistir à limpeza com produtos de limpeza doméstica, tais como
sabão, detergente e outros, possibilitando a remoção de manchas e sujeiras sem afetar a
integridade da película.
Odor: não deve apresentar odores que impeçam ou dificultem o trabalho de aplicação do produto e
não deixar qualquer resquício de odor no menor espaço de tempo.
Propriedades mecânicas: o produto deve apresentar a dureza e resistência mecânica estabelecidas
pelo fabricante do produto, respeitando os parâmetros mínimos estabelecidos pelas normas
técnicas da ABNT, no que couber.
Resistência e compatibilidade química: o produto deve ser inerte ao substrato sobre o qual for
aplicado.
Aderência ao substrato: deve ser observado a perfeita aderência do produto de pintura ao substrato.
Impermeabilidade
Durabilidade: é determinada em função das condições de uso, da ação do meio ambiente
(intempéries: sol, chuva, maresia, variações de temperatura, poluição, etc.), da adequada
preparação do substrato (superfície) e da correta escolha do sistema de pintura. A tinta com
maior durabilidade é aquela que demora mais tempo para sofrer alterações em sua película,
mantendo suas propriedades originais.

CONSTITUINTES BÁSICOS DAS TINTAS


As tintas, de um modo geral, são
compostas basicamente de:
1. Parte não volátil constituída de:
 Veículo (Resina), Pigmento e Aditivos.
2. Parte volátil constituída de:
 Solvente ou água/solvente.

A parte volátil é o componente líquido da formulação, constituído por solventes, diluentes e aditivos
líquidos, que evaporam durante o processo de secagem e cura.
VEÍCULO (RESINA)
O veículo consiste basicamente na resina (principal componente da parte não volátil da tinta),
responsável pela formação do filme ou película de pintura após o enrijecimento da tinta, assim como
pelas principais propriedades da tinta, chamada também veículo não volátil.
A Resina constitui-se no agente aglutinante (ligante) das partículas sólidas de pigmentos e aditivos que
compõe a tinta. Sem resina não há tinta, nem revestimento de pintura. Os principais tipos de veículos
são: 1. Óleos Sicativos (secantes);
2. Resinas naturais;
3. Resinas naturais submetidas a modificações químicas;
4. Resinas sintéticas.
A indústria de tintas utiliza a combinação de diversos tipos de veículos (resinas), óleos, polímeros,
solventes e aditivos a fim de melhorar ou acrescentar as propriedades a uma tinta.
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1. ÓLEOS SICATIVOS (Secantes)


O óleo sicativo (secante) é a denominação dada ao tipo de óleo que, após ser espalhado sobre uma
superfície, numa fina camada, seca ao ar formando uma película sólida com elevada coesão,
resistência e dureza. Os óleos sicativos mais utilizados na fabricação de tintas são de origem vegetal.
Os principais óleos são: de linhaça (semente do linho), de tungue, de mamona (óleo de rícino), de
oiticica, de soja e de girassol.
Os óleos sicativos são usados principalmente na preparação das resinas alquídicas e apresenta a
menor permeabilidade entre os sistemas de pintura. Uma reação entre um ácido e um álcool gera
um poliéster.
Uma resina alquídica resulta da modificação de um poliéster com a adição de um óleo secante.
 Tinta a óleo
A Tinta a óleo é o principal produto produzido a partir de óleos sicativos, são constituídas por um
óleo sicativo, um pigmento e um solvente orgânico para diluir o óleo pigmentado, não sendo este
modificado com qualquer resina sintética.
Após aplicação, o revestimento seca por evaporação do solvente, ao tempo em que ocorre
polimerização auto-oxidativa, onde o óleo reage com o oxigênio do ar formando ligações cruzadas
(reticulada), transformando a tinta aplicada em uma película sólida aderente e elástica por uma
polimérica.
 Oleoresinas
As Oleoresinas resultam da mistura e reação química de óleos sicativos vegetais com resinas,
obtendo-se vernizes com maior capacidade de secagem, mais brilho e formando películas mais duras
do que aplicando apenas o óleo.

2. RESINAS NATURAIS
As resinas naturais são aquelas de origem vegetal ou animal, podendo ser mais ou menos
polimerizadas, sendo solúveis em solventes orgânicos, mas insolúveis em água.
 Goma-laca
A goma-laca é uma resina obtida da secreção do inseto Kerria lacca (cochonilha), encontrado na Índia
e Tailândia. Esta resina forma uma película dura e elástica, com grande variedade de usos.
Utilizada como verniz e lacas, a goma-laca é diluída em álcool que, após aplicação, evapora
rapidamente deixando uma película dura, forte e flexível, sendo útil para envernizar ou laquear
móveis de madeira e superfícies diversas.
 Colofônia
A Resina colofônia ou colofónia é obtida da seiva do pinheiro. Apresenta coloração clara e boa
resistência à oxidação. Utilizada na fabricação de vernizes transparentes e incolores aplicados em
acabamento de superfícies de madeira.
 Copais
O copal é uma resina fossilizada extraída de restos vegetais fossilizados ou semifossilizados de
algumas árvores tropicais, utilizado na fabricação do verniz copal à base de resina alquídica.
O verniz copal possui boa durabilidade, grande poder de penetração, de fácil aplicação e excelente
rendimento, além de um acabamento duradouro e brilhante que protege e realça a superfície da
madeira.
Muito usadas no passado, as películas de resinas naturais são hoje aplicadas na restauração de móveis
antigos e nas cores de arte.
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3. RESINAS NATURAIS QUIMICAMENTE MODIFICADAS


 Resinas Celulósicas (Nitrocelulose)
As resinas celulósicas são obtidas por modificação da celulose extraída da madeira ou fibras de
algodão, como a nitrocelulose, o acetato de celulose e a etilcelulose, sendo praticamente utilizada
somente a Nitrocelulose.
A nitrocelulose é uma resina produzida pela reação de celulose, altamente purificada, com ácido
nítrico, na presença de ácido sulfúrico. A nitrocelulose raramente é empregada sozinha, sendo
normalmente combinada e modificada com outras resinas. A nitrocelulose possui grande uso na
obtenção de lacas, cujo sistema de cura é por evaporação de solventes. São usados em composições
de secagem rápida para pintura de automóveis.
Exemplo da composição de uma determinada Laca de Nitrocelulose:

Greencell ES ½” – Especificação química do tipo de Nitrocelulose utilizada.


 Resinas de borracha clorada
Obtidas por modificação química da borracha natural (látex da seringueira). Apresentam excelente
resistência à água. Utilizados em ambientes corrosivos ou marítimos. A tinta de borracha clorada é
utilizada na pintura de pisos (quadras poliesportivas), demarcação de faixas de sinalização, tanque,
tubulações e estruturas metálicas.
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4. RESINAS SINTÉTICAS
As resinas sintéticas são constituídas por materiais poliméricos obtidos na indústria petroquímica.
São produzidas em escala bem maior que as resinas naturais por apresentarem maiores qualidades
de aderência, flexibilidade, nivelamento, resistência, rendimento, lavabilidade e durabilidade.
 Resinas vinílicas
As resinas vinílicas são polímeros obtidos na copolimerização em emulsão (base água) de
monômeros vinílicos de acetato de vinila e cloreto de vinila com diferentes monômeros acrilatos.
Estas emulsões aquosas são usadas nas tintas imobiliárias látex vinílicas e vinil acrílicas.
 Resinas acrílicas
As resinas acrílicas são resultantes da polimerização ou copolimerização de monômeros acrílicos e
metacrílicos. A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas
denominadas emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. Aumenta a resistência à água e aos álcalis,
a flexibilidade e a durabilidade da película de pintura.
A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com
resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos formando os
chamados poliuretânicos acrílicos.
 Resinas alquídicas
Reação de um poliálcool com um poliácido e modificada com óleos sicativos (linhaça) e outras
resinas (fenólicas, acrílicas, uretanas, etc.).
As suas propriedades (cor, dureza, sensibilidade à água e tempo de secagem) dependem do óleo
sicativo usado no fabrico da resina.
 Resinas epoxídicas (epóxi)
Polímero termofixo dos grupos epóxi. Podem ser combinadas com resinas alquídicas e óleos
sicativos que melhoram o seu desempenho (aderência, resistência química e à umidade). São do
tipo bicomponentes.
 Resinas poliuretana
Resultantes da reação de isocianatos polifuncionais com compostos contendo grupos hidroxilo
reativos. Formam sempre películas duras com elevado brilho. São do tipo bicomponentes.
 Resinas fenólicas
Resinas duras obtidas através da reação entre o fenol e o aldeído. As resinas fenólicas são usadas
para modificar outros polímeros em tintas proporcionando maior retenção de brilho e melhor
resistência à água e aos álcalis.
 Resinas Poliésteres
Os ésteres são produtos da reação de ácidos com álcoois. As resinas poliésteres são resultantes da
policondensação de poliácidos e de polióis. Têm uma estrutura química similar aos alquídicos e são,
no fundo, um tipo específico de resina alquídica sem óleo. Quando ela é modificada com óleo,
recebe o nome de alquídica.
As resinas poliéster são usadas na fabricação de primers e acabamentos de cura à estufa,
combinadas com resinas amínicas, epoxídicas ou com poliisocianatos bloqueados e não
bloqueados.
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 Resinas de Silicone
A estrutura de base da resina de silicone consiste numa cadeia que comporta grupos siloxano
constituída por átomos de silício e de oxigénio (em vez dos átomos de carbono), que se apresentam
copolimerizadas com resinas alquídicas ou poliuretanos. Aumentam a durabilidade, o brilho e a
resistência ao calor, e apresentam superior resistência ao clima e à água, sendo usado em pinturas
na marinha e de manutenção.
PIGMENTOS
Material corante, geralmente formado por partículas sólidas extremamente finas, não voláteis e
insolúveis no meio de suspensão (veículo), orgânicos ou inorgânicos, ativos ou inertes, utilizados
devido às suas propriedades óticas, protetoras e/ decorativas, utilizados com a finalidade de conferir
cor ou cobertura às tintas.
Os pigmentos podem desempenhar as seguintes funções:
- Dar cor, brilho e opacidade à película de pintura;
- Aumentar a resistência da tinta;
- Melhorar a consistência da tinta;
- Proteger o material pintado contra a sua degradação;
- Proteção contra a ação do fogo;
- Garantir e aumentar a durabilidade dos materiais pintados.
Uma tinta com boa capacidade de proteção tem na sua composição grande quantidade de pigmentos
bem dispersos para que a penetração de ar ou de sais seja a mais baixa possível.
A natureza e o teor do pigmento existente numa tinta são de extrema importância, uma vez que são
os únicos componentes da tinta responsáveis pela cor e pela opacidade da película seca que irá
revestir, de forma homogênea, toda a superfície que serve de suporte.
Os pigmentos podem ser classificados em vários tipos:
1. Pigmentos orgânicos – Predominam compostos de carbono. Cores mais vivas, mais brilhantes,
menor opacidade (mais claros), menor resistência ao calor e à luz e à radiação solar. Na sua maioria
são produtos de origem da indústria petroquímica.
2. Pigmentos inorgânicos – Predominam elementos metálicos (Titânio, chumbo, cromo, cádmio,
zinco e outros). Possuem alta opacidade, maior resistência ao calor e à luz que os orgânicos. Alguns
podem apresentam toxicidade para a saúde humana e o meio ambiente.
Principais pigmentos:
 Dióxido de titânio (TiO2): pigmento branco mais utilizado e de maior opacidade;
 Óxido de zinco (ZnO): pigmento branco inibidor do crescimento de fungos. Produto tóxico;
 Óxidos de cromo (CrO3): pigmento empregado em pinturas esmaltadas;
 Óxidos de ferro: alta resistência às intempéries e aos raios ultravioleta, apresentam-se em cores
de tons terrosos (Preto, amarelo, laranja, marrom, vermelho e terracota);
 Cromatos de chumbo (PbCrO4): pigmento amarelo sob o nome amarelo de cromo, excelente
poder de cobertura, mas é considerado tóxico pela presença do chumbo.
 Cromatos de zinco (ZnCrO4): usado em fundo anticorrosivo para superfícies metálicas. Tóxico.
 Zarcão – Tetróxido de chumbo (Pb3O4): excelentes propriedades anticorrosivas, uso limitado
devido à sua toxicidade.
 Fosfato de zinco (Zn₃(PO₄)₂) e Fosfato de cálcio Ca3(PO4)2: inibidores de corrosão atóxico.
• Pigmentos de extensão (cargas): materiais inertes classificados como Cargas, tais como Silicato de
magnésio (talco), Caulim (argila), Sulfato de cálcio (gesso), Carbonato de cálcio (calcita), alvaiade.
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• Pigmentos especiais: conferem efeitos especiais.


 Pigmentos nacarados: baseados em mica, aspecto superficial e brilho similar a pérola.
 Pigmentos metalizado: possuem pequenas partículas metálicas (em geral pó de alumínio), em
mistura com pigmentos coloridos.
 Pigmentos fosforescentes: caracterizados pela sua aptidão para armazenarem luz natural ou
artificial, luz que é emitida em forma de luz visível, quando o artefato se encontra num local escuro.
Estes ciclos de absorção-emissão podem repetir-se durante longos períodos de tempo.
 Pigmentos Fluorescentes: são pigmentos com capacidade para emitir luz quando expostos a
radiações do tipo ultravioleta (UV), raios catódicos ou raios X. As radiações absorvidas e que são
invisíveis pelo olho humano, transformam-se em luz visível, pelo fato de possuírem um
comprimento de onda maior do que o da radiação incidente.
PVC (Pigment Volume Concentration)
O PVC (Pigment Volume Concentration) representa a fração
volumétrica de pigmento, ou seja, a proporção de pigmentos na
tinta, é determinada pela divisão entre Volume de pigmentos (Vp)
pelo volume de película seca de pintura (Vp + Vv). Vv = Volume de
veículo.
PVC Crítico (CPVC): Representa o ponto em que o volume de pigmentos na película de pintura tem
veículo (resina) suficiente para preencher todos os vazios entre as partículas de pigmento. Acima do
PVC Crítico, a pintura resulta em uma película sem coesão, descontínua e de elevada porosidade.
Efeito do PVC nas propriedades da pintura e no acabamento da pintura:

PODER DE COBERTURA DE TINTA


ABNT NBR 14942:2003 - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não
industriais – Determinação do poder de cobertura de tinta seca.
ABNT NBR 14943:2003 - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não
industriais – Determinação do poder de cobertura de tinta úmida.
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Exemplo: Limite mínimo dos requisitos de tinta látex:


REQUISITO DE COBERTURA ECONÔMICA STANDARD PREMIUM
Cobertura seca m²/litro - NBR 14942 4,0 m²/l 5,0 m²/l 6,0 m²/l
Cobertura úmida % - NBR 14943 55,0 % 85,0 % 90,0 %

SOLVENTES E DILUENTES
A norma ISO 4618 define solvente como um líquido simples ou mistura de líquidos, volátil sob
determinadas condições de secagem, onde o ligante é solúvel.
Solventes (veículo volátil) são compostos líquidos (simples ou mistura de líquidos) capazes de
solubilizar (dissolver) os constituintes sólidos das tintas (resinas, pigmentos, cargas e adições) a fim de
conferir viscosidade adequada à sua aplicação. São voláteis sob determinadas condições de secagem.
Além de possibilitar a aplicação da tinta, os solventes devem ter a capacidade de molhar e penetrar no
substrato levando os componentes sólidos que, após evaporação do solvente, ajudam a preencher
quaisquer fissuras, espaços vazios ou irregularidades da superfície do substrato.
Após aplicação da tinta, todos os solventes devem evaporar permanecendo sobre as superfícies
pintadas a matéria não-volátil da tinta (pigmentos e resina), formando uma camada dura, sólida e com
as propriedades finais desejada.
Um diluente é definido na norma ISO 4618 como “um líquido volátil, simples ou em mistura que, sem
ser solvente, pode ser usado em conjunto com o solvente sem causar qualquer efeito indesejável”.
Principais grupos de solventes: 1. Água
2. Solventes – Compostos orgânico voláteis.
1. Água
A água é considerada o solvente universal. A água é o único solvente que apresenta ótimas condições
de salubridade, não é tóxica e nem inflamável e é inodora. Entretanto, muitos dos componentes das
tintas são insolúveis na água, principalmente as resinas, necessitando da utilização de agentes
surfactantes para reduzir a tensão superficial da água (formação de gotas), emulsificantes para
formação de uma emulsão e iniciadores (solventes orgânicos), para controlar a solubilidade da resina
e componentes sólidos e a evaporação da água após a aplicação da tinta.
O óleo puro, em condições de equilíbrio, é imiscível na água, não forma emulsões, apresentam duas
fases distintas com o óleo em suspensão. As resinas, da mesma forma, não se misturam com a água,
necessitando de um agente emulsificador para promover a diluição dos componentes sólidos da tinta,
formando uma emulsão que permita a sua aplicação sobre uma superfície e posterior secagem
relativamente rápida.
• Condições para existência de uma emulsão:
1) Dispersão mecânica do óleo na água e vice-versa, introdução de minúsculas gotículas de uma fase
no interior da outra;
2) Uso de agente químico emulsificante: estabilizar as gotículas de uma fase no interior da outra fase,
impedindo a coalescência;
Coalescência: diz-se do processo de união das
gotículas de óleo umas às outras, voltando a formar
fases distintas.
Secagem das Tintas: Processo de coalescência dos
componentes da tinta (resina, pigmentos, cargas e
aditivos) e evaporação da água e solventes,
resultando na formação de uma película – a
pintura.
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2. Solventes – Compostos orgânico voláteis (COV)


Devido a existência de numerosos tipos de solventes, os solventes orgânicos podem ser agrupados em
classes, em função da sua composição química. Os mais utilizados são:
 Hidrocarbonetos
Os solventes à base de hidrocarbonetos são derivados da destilação do petróleo, cujas moléculas
contêm apenas átomos de hidrogênio e de carbono. Os hidrocarbonetos podem ser:
– Alifáticos: nafta e aguarrás mineral.
– Aromáticos: são os solventes mais fortes utilizados na formação de películas secas, tais como
tolueno, benzeno, xileno e nafta aromática
 Solventes Oxigenados
Os Solventes Oxigenados são compostos que contém átomos de oxigênio, além de carbono e
hidrogênio, como por exemplo:
– Ésteres: acetato de etila, de butila, de isopropila e de etilglicol.
– Álcoois: etílico, butílico, isopropílico e metanol.
– Cetonas: acetona, diacetona e ciclo-hexanona.
– Éteres glicólicos: metilglicol e etilglicol.

 Terpenos: são solventes derivados da seiva dos pinheiros, como é o caso da terebintina.
CLASSIFICAÇÃO DOS SOLVENTES E DILUENTES
Os solventes e diluentes podem ser classificados em:
1. Solventes verdadeiros
Solventes capazes de solubilizar sozinho o veículo (as resinas, óleos e pigmentos). Exemplos:
– Aguarrás: solubilizar óleos e resinas modificadas com óleos;
– Ésteres: solubilizar tintas acrílicas e vinílicas;
– Acetonas: solubilizar resinas epóxi, poliuretana, acrílica e outras.
2. Solventes auxiliares
Solventes que sozinhos não são capazes de solubilizar o veículo, porém aumentam o poder de
solubilização do solvente verdadeiro. Exemplo:
– Tolueno: solvente auxiliar para as resinas acrílicas e vinílicas.
3. Diluentes
Os diluentes são compostos por misturas de solventes de evaporação que embora não sendo solventes
do veículo, contribuem para a diminuição da viscosidade (diluir a tinta). Exemplos:
– Misturas de xileno, tolueno e glicóis: diluente para tintas epóxi e poliuretana.
4. Thinner
Os thinners são misturas de solventes a base de cetonas (acetatos), glicóis (álcool), aromáticos e outros
recomendado apenas para diluição de tintas nitrocelulose e muito utilizado para limpeza de tintas
secas, de peças e máquinas, e de equipamentos para a pintura.
Após aplicação da tinta, todos os solventes devem evaporar permanecendo sobre as superfícies
pintadas a matéria não-volátil da tinta, constituída pelos pigmentos e pelo ligante, que formam uma
camada dura, sólida e com as propriedades finais.
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ADITIVOS
A norma ISO 4618 define aditivo como “qualquer substância adicionada em pequenas quantidades a
um produto de pintura, para melhorar ou modificar uma ou mais propriedades”, físicas ou químicas.
Os aditivos são geralmente designados pela função específica que desempenham no produto de
pintura ou na película, porque a única coisa realmente importante num aditivo é o resultado da função
que vai desempenhar.

CARGAS
As cargas são materiais sob a forma de grânulos ou de pó utilizadas para modificar ou influenciar
determinadas propriedades físicas, geralmente como pigmento, ação anticorrosiva, aumento da
resistência e dureza, redutor de brilho e redução de custo. Exemplos:
– Cargas naturais (minerais): carbonato de cálcio, agalmatolito, caulim, mica, diatomite, barita.
– Cargas sintéticas: Carbonato de cálcio, sulfato de bário, sílica, etc.
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TIPOS DE TINTA IMOBILIÁRIAS


 Quanto ao veículo volátil (Solvente/Diluente/Água)
1. Base de solvente
As tintas à base solvente, em comparação com as tintas à base d’água, proporcionam melhor
cobertura na primeira demão, adere melhor a superfícies, mesmo às que não estejam muito limpas.
O tempo de abertura (aplicação antes de começar a secar) é maior. A secagem é bem mais rápida.
Depois de seca, apresentam maior resistência à aderência, à abrasão e ao desgaste. Em seu desfavor
estão a sua toxidade para o aplicador que deve usar proteção, a liberação do solvente para a
atmosfera e o custo maior do solvente em relação ao custo da água.
2. Base de água
As tintas à base d’água apresentam melhor flexibilidade a longo prazo, maior resistência a
rachaduras e lascas, maior resistência ao amarelecimento em áreas protegidas da luz solar, exala
menos odor e não é tóxica.
 Quanto à resina
As principais características e propriedades das tintas imobiliárias provém dos tipos de resinas e das
proporções utilizadas na sua fabricação, determinando a sua classificação, constituindo-se no
primeiro parâmetro para escolha de uma tinta. Os principais grupos de tintas são:
1. Tintas Vinílicas
As tintas vinílicas são constituídas por resinas vinílicas, tais como: poliacetato de vinilo (PVA), o
policloreto de vinilo (PVC) e os acrilatos, frequentemente misturadas entre si, podendo ser
dissolvidas em solventes orgânicos ou água. São tintas, em sua grande maioria, à base de emulsões
vinílicas, conhecidas comercialmente como tintas látex PVA.
Possuem grande rendimento, bom acabamento e ótimo desempenho nas repinturas. Apresenta boa
resistência à água, a ácidos, a álcalis e à abrasão, apesar de não ter boa resistência a solventes.
Aplicadas sobre rebocos e gesso (painéis, forro e revestimentos).
Os principais produtos são a seladora PVA, a massa PVA e a tinta látex PVA.
2. Tintas Acrílica
As tintas acrílicas são constituídas por resinas acrílicas (metacrilato de metila e o acrilato de butila)
dissolvidas em solventes orgânicos ou água. Possuem um melhor desempenho em pinturas
exteriores, já que são mais resistentes não só à abrasão, mas também ao envelhecimento e à ação
das intempéries. Apresentam melhor adesão ao substrato em condições úmidas, maior resistência
ao descascamento e à formação de bolhas, maior resistência a algas e fungos e maior durabilidade
que as tintas vinílicas.
Os principais produtos são a seladora acrílica, a massa acrílica e a tintas acrílicas.
3. Tintas Alquídicas
As tintas alquídicas são constituídas por resinas alquídicas dissolvidas em solventes orgânicos (a
grande maioria) ou água. Mais de 90% das tintas à base de solvente usam resinas alquídicas.
Possuem alta impermeabilidade, mas baixa flexibilidade e resistência a umidade e a produtos
químicos, principalmente aos álcalis (causa saponificação). São de baixa resistência a intempéries e
a microorganismos. A secagem da tinta é lenta e de alta toxidade.
São constituídas pelos esmaltes sintéticos, tintas à óleo, vernizes e complementos (Primes e fundo
preparador - seladoras e anticorrosivos). Apresentam diferentes aplicações.
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4. Tintas Epoxídicas
A tinta epóxi é constituída a base de resinas epoxídicas, formada pela mistura de dois componentes
que são misturados no momento imediato à aplicação da tinta. Possui excelente resistência a ácidos,
à abrasão, a álcalis, a solventes e a altas temperaturas. Apresenta alta dureza e boa flexibilidade.
São mais impermeáveis à água que esmalte sintético.
5. Tintas de Poliuretano
As tintas de poliuretano são constituídas por resinas de poliuretano e fornecidas em duas
embalagens formadas por dois componentes: a resina e o agente de cura, que são misturados antes
da aplicação da tinta. Apresentam excelente resistência a ácidos, a álcalis, à abrasão, à água, a
solventes e a impacto. Possuem alta dureza e dificilmente apresentam pulverulência (desprender
grãos da película).
6. Outros grupos de tintas
Existem outros grupos de tintas tais como: Tintas poliéster; tintas nitroceluloses; tintas
Luminescentes: fluorescentes ou fosforescentes; tintas betuminosas; tintas impermeabilizantes,
revestimentos de base fenólicas, revestimentos a base de borrachas cloradas, revestimentos à base
de silicone e Lacas.

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