Pintura Base PVA

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


CURSO: ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

PROCEDIMENTO EXECUTIVO E SISTEMA PARA


ACOMPANHAMENTO E CONTROLE DE PINTURA
BASE PVA

BELÉM
2009
1
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................2

1.1 OBJETIVO DO TRABALHO................................................................3

2- CONCEITUAÇÃO E FUNÇÃO...............................................................4

2.1 - COMPOSIÇÃO DAS TINTAS ...........................................................5

3 - TINTA PVA (POLÍMEROS VINÍLICOS AQUOSO)...................................7

3.1 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS PVA/LÁTEX.......................8

4 – PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE PINTURA - BASE PVA......................8

4.1 – OBJETIVO DO PROCEDIMENTO......................................................8


4.2- EQUIPAMENTOS...........................................................................9
4.3 - MÉTODO EXECUTIVO....................................................................9
4.3.1 - CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO SERVIÇO......................................................10
4.3.2 - PREPARAÇÃO DA BASE..............................................................................10
4.3.3 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO CONVENCIONAL..................11
4.3.4 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL..........12

4.4 - ORIENTAÇÕES GERAIS................................................................14

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................17

INTRODUÇÃO

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Em alguns livros e enciclopédias temos citações que os chineses, em meados do
ano mil, já dominavam as técnicas de fabricação das tintas. A primeira receita conhecida
dos chineses era constituída de negro de fumo, misturado com cola e água ou óleo de
linhaça. Com o passar dos tempos, substâncias vegetais foram acrescentadas a minerais,
sementes, entre outros. Foi com a descoberta dos pigmentos derivados do alcatrão de hulha
que a revolução das cores tornou-se possível. A seguir, o óleo de linhaça perdeu espaço
para óleos sintéticos. Com isso, a secagem da tinta foi facilitada e, anos mais tarde, o uso
de resinas foi tornando a fórmula mais estável.
Hoje, as indústrias produzem tintas que secam com maior velocidade, por
evaporação e até por ação infravermelha e ultravioleta. Uma tinta é constituída basicamente
pelo pigmento, que destaca o poder, tonalidade e intensidade do corante, ou seja, a tinta é
composta por pigmentos, ligantes, líquidos e aditivos. Os ligantes dão liga aos pigmentos e
fornecem a adesão ao filme da tinta. Os líquidos, também chamados de veículo, são
responsáveis pela consistência desejada.
Os aditivos um deles, os espessantes, trabalham a viscosidade na tinta e a
espessura que o filme da tinta vai ter, depois de seca. Os aditivos colhidos da natureza têm
maior sensibilidade e por isso deterioram mais facilmente.
Os aditivos surfactantes são estabilizantes, impedem que seus componentes se
separem ou que o produto fique impróprio para o uso de tão espesso, são condutores da cor
porque tornam os corantes compatíveis com o produto, de forma que a cor criada seja a
mesma na tinta envazada.
Outras espécies de aditivos usados nos produtos à base de água são os
conservantes bactericidas que impedem a formação de bactérias sobre a pintura e os
conservantes fungicidas que retardam o aparecimento de fungos e algas na superfície com
tinta seca. (nos produtos para exterior e para regiões e ambientes úmidos), como banheiros
e cozinhas. As temidas bolhas na pintura são combatidas com os anti-espumantes, que
estouram as bolhas formadas quando a tinta é misturada na fábrica, no agitador ou quando
é aplicada na parede com rolos.
Além de água, as tintas recebem líquidos chamados coalescentes, que ajudam o
ligante a formar um bom filme quando aplicado até a temperatura mínima recomendada. Há
também os co-solventes, que garantem que a tinta líquida não perca qualidade quando
congelada, facilitam a pintura com pincel, ao garantir o que os técnicos chamam de TEMPO
ABERTO, o tempo em que a tinta pode ser aplicada e trabalhada, antes que comece a
secar.
1.1 OBJETIVO DO TRABALHO

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O objetivo principal do trabalho é a elaborar o procedimento para execução do
serviço de pintura, base PVA, em áreas internas não molháveis. Apresenta-se ainda breve
revisão bibliográfica a cerca da pintura na construção civil.

2- CONCEITUAÇÃO E FUNÇÃO

Tomando-se uma definição geral, tinta é uma mistura homogênea de solventes,


aditivos, resinas e pigmentos que tem por finalidade revestir uma superfície de modo a
protegê-la contra a ação de intempéries de todos os gêneros, bem como funcionar como
elemento de decoração.
Outra definição mais completa é a de que tinta é uma mistura estável entre
pigmentos e cargas dispersos numa resina líquida que, ao ser estendida numa fina película,
forma um filme aderente ao substrato com a finalidade de cobrir, proteger e embelezar.
Neste contexto, entende-se como tinta uma composição química líquida pigmentada
ou não que, ao ser aplicada em um substrato, se converte em filme sólido por mecanismos
característicos de cada tipo de tinta.
Sendo assim, suas funções consistem em: criar uma película protetora de
superfícies, sinalizar, distribuir iluminação e ornamentar ambientes, isto é, as tintas possuem
quatro funções básicas: higiene, iluminação, proteção e segurança. A Figura 1 representa
sintetiza as funções de uma tinta.

Figura 1: Funções das tintas.

Normalmente as tintas de revestimento são classificadas como:


 Tintas Imobiliárias / Linha Imobiliária
 Tintas Automotivas / Linha Automotiva
 Tintas Industriais / Linha Industrial

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Figura 2: Classificação das tintas.
Tinta é uma composição ou preparação química pigmentada ou não geralmente na
forma líquida que se transforma em película solida quando aplicada. Geralmente, a pintura é
composta de fundo, massa e tinta de acabamento. Os fundos diminuem a absorção,
uniformizam e selam as superfícies, proporcionando uma economia das tintas de
acabamento. As massas, em geral propiciam uma superfície mais lisa e homogênea sendo,
porém dispensáveis, cuja finalidade é a de revestir uma dada superfície ou substrato para
conferir beleza e proteção.

2.1 - COMPOSIÇÃO DAS TINTAS


Em sua essência, a tinta é composta por veículos, pigmentos, solventes e aditivos.
Assim, os veículos ou aglutinadores constituem as resinas para tintas a base de solventes e
as emulsões para tintas a base de água. Servem para unir as partículas de pigmento. Os
pigmentos podem ser ativos ou inertes. Os ativos conferem cor e cobertura e os inertes
conferem enchimento, facilidade de lixar, entre outras propriedades.
Os aditivos melhoram ou aperfeiçoam uma série de características das tintas, sejam
elas à base de água ou solvente. Uns deles, os espessantes, trabalham a viscosidade na
tinta e a espessura que o filme da tinta vai ter, depois de seca. Conforme ilustra a Figura 3.

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Figura 3: Composição das tintas.
Resina: É a parte não-volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de
pigmentos. A resina também denomina o tipo de tinta ou revestimento empregado. É ela
responsável pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca.
Outra função é a de proporcionar brilho, aderência, elasticidade e resistência. Assim, por
exemplo, temos as tintas acrílicas, alquídicas, epoxídicas, etc. Antigamente as resinas eram
a base de compostos naturais, vegetais ou animais. Hoje em dia são obtidas através da
indústria química ou petroquímica por meio de reações complexas, originando polímeros
que conferem às tintas propriedades de resistência e durabilidade muito superior às antigas.
Pigmento: Material sólido finamente dividido, insolúvel no meio. Utilizado para
conferir cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos. São divididos
em pigmentos coloridos (conferem cor), não-coloridos e anti-corrosivos (conferem proteção
aos metais). podem ser inorgânicos( naturais, sintéticos e metalicos) e orgânicos
(sinteticos).
Aditivo: Ingrediente que, adicionado às tintas, proporciona características especiais
às mesmas ou melhorias nas suas propriedades. Utilizado para auxiliar nas diversas fases
da fabricação e conferir características necessárias à aplicação, como, os aditivos secantes,
anti-sedimentares, anti-espumantes, anti-peles, molhantes, plastificantes e dispersantes.

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Solventes: Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado nas tintas
e correlatos para dissolver a resina são classificados em, solventes aditivos ou verdadeiros
latentes e inativos como: água, aguarrás, xilol, tuluol, àcoois,acetona,butil e celosolve.
Dentre as tintas imobiliárias disponíveis no mercado além da tinta PVA ou LÀTEX,
que é tema de nosso trabalho as seguintes tintas:
Acrílicas, esmaltes sintéticos, vernizes e texturas.

3 - TINTA PVA (POLÍMEROS VINÍLICOS AQUOSO)

As tintas PVA látex são compostas por resinas à base de dispersão aquosa de
polímeros vinílicos, pigmentos isentos de metais pesados, cargas minerais inertes, glicóis e
tenso ativos etoxilados e carboxilados. Sua aplicação deve ser feita com rolo de lã, trincha
ou pistola esta tinta apresenta probabilidade de apresentar uma ligeira mancha quando
exposta a água (sereno ou chuvas leves), ocorrendo geralmente no período de cura do filme
da tinta, isto é, nas duas primeiras semanas. Para a solução deste problema, os fabricantes
recomendam que a superfície seja toda lavada com água em abundância tão logo tenha
ocorrida a mancha.
Nos sistemas base de água a parte líquida é preponderantemente a água.
As tintas aquosas e os seus complementos, utilizados na construção civil, são um
exemplo marcante, pois representam 80% de todas as tintas consumidas por esse
segmento de mercado.
Estes produtos denominados genericamente de produtos látex são baseados em
dispersões aquosas poliméricas (emulsões) tais como: vínílicas, vinil acrílicas, acrílicas,
estireno-acrílicas, etc.
A parte volátil das tintas látex é constituída por 98% de água e 2% de compostos
orgânicos (valores médios).
As cargas minerais são particularmente importantes na produção de tintas látex para
a construção civil; sob o ponto de vista quantitativo representam uma parte importante da
composição dessas tintas.
Em tintas, os sistemas aquosos estão adquirindo uma importância crescente; o
primer eletroforético utilizado na pintura original automotiva é um dos exemplos mais
importantes. Algumas tintas de acabamento automotivo também são aquosas.
É importante salientar que em tintas industriais há outras tecnologias concorrentes
dos sistemas aquosos na solução de problemas ambientais, como, por exemplo, tintas em
pó, tintas de cura por UV, tintas de altos sólidos, etc.

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3.1 - PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE TINTAS PVA/LÁTEX
O processo de produção desse tipo de tintas é mais simples do que o usado na
produção de tintas base solvente.
Pré-mistura e dispersão: Em um equipamento provido de agitação adequada são
misturados: água, aditivos, cargas e pigmento (dióxido de titânio)
A dispersão é feita em seqüência no mesmo equipamento.
Completagem: Esta etapa é feita em um tanque provido de agitação adequada onde
são adicionados água, emulsão, aditivos, coalescentes e o produto da dispersão.
Nesta etapa são feitos o acerto da cor e as correções necessárias para que se
obtenham as características especificadas da tinta.
Filtração e envase: Estas etapas ocorrem simultaneamente. A produção de tintas
base água surge como alternativa para a redução de COV. Sua maior aplicação é no ramo
imobiliário, predominando as tintas látex. As etapas de fabricação são basicamente as
mesmas da base solvente. As diferenças resumem-se a ordem de adição dos componentes
da tinta.
O fluxograma a seguir ilustra o processo de fabricação:

Figura 4: Produção das tintas a base água.

4 – PROCEDIMENTO EXECUTIVO DE PINTURA - BASE PVA

4.1 – OBJETIVO DO PROCEDIMENTO


O objetivo deste procedimento é padronizar e fornecer diretrizes para a
execução de serviço de pintura à base de resina PVA em áreas internas de ambientes não
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molháveis, sobre superfícies de gesso, emboço ou reboco, com acabamento convencional
ou liso convencional, de forma a contribuir para reduzir os índices de perdas, retrabalhos e
aumento da produtividade.

Documentos de referência:
 Projeto de arquitetura;
 NR 18 - "Condições e meio ambiente do trabalho na indústria da construção"
(norma regulamentadora do Ministério do Trabalho);
 Memorial descritivo;
 Manuais técnicos dos fabricantes de tintas.

4.2- EQUIPAMENTOS
 Escova com cerdas de aço, Panos, Vassoura de piaçaba, Água sanitária,
Detergente, Lixas números 100, 150 e 180, Desempenadeira lisa de aço,
Espátula, Rolo de lã; Pincéis de 1/4" e 4", Espanador; ( GERALMENTE USADO
VASSOURA), Bandeja plástica; (GERALMENTE O PINTOR USA PROPRIO
LATÃO), Lona plástica,
 EPIs: capacete, bota de couro, luvas de borracha, óculos de segurança e máscara
para pó.

Figura 5: Lixa e espátula. Figura 6: Pincel e rolo de lã. Figura 7: Bandeja de pintura e rolo.

4.3 - MÉTODO EXECUTIVO

 Condições para o início do serviço


 Preparação da base
 Execução da pintura com acabamento convencional
 Execução da pintura com acabamento liso convencional
 Pinturas com acabamento
 Orientações gerais

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4.3.1 - CONDIÇÕES PARA INÍCIO DO SERVIÇO

Os revestimentos internos de paredes e tetos devem estar concluídos com uma


antecedência mínima de 30 dias. Os revestimentos de pisos também devem estar
concluídos, à exceção de carpetes têxteis ou de madeira. No caso de assoalho de madeira,
recomenda-se que a pintura seja feita depois da sua colocação, mas antes do acabamento.
Todos os batentes, as portas e os caixilhos devem estar instalados e acabados. As
guarnições e os arremates precisam ser colocados antes da última demão.
Qualquer foco de umidade requer tratamento de modo que a superfície resulte seca
quando da execução da pintura.

4.3.2 - PREPARAÇÃO DA BASE

Proteger qualquer detalhe que não deva ser pintado, revestindo a superfície com fita
crepe e jornal.
Eliminar todas as partes soltas ou mal aderidas, sujeiras e eflorescências por meio de
raspagem ou escovação da superfície.
Remover manchas de óleo, graxa ou qualquer agente de contaminação gorduroso,
lavando o substrato com água e detergente.
Em paredes mofadas, remover cuidadosamente todas as colônias de mofo antes da
aplicação do sistema de pintura. Para tanto, escovar a superfície energicamente e lavá-Ia a
seguir com uma solução de água sanitária diluída (1 parte de água sanitária: 1 parte de
água), deixando esta solução agir por cerca de 30 minutos. Após esse período, lavar
novamente o substrato com água limpa em abundância, aguardando a secagem completa
para dar início à aplicação do sistema de pintura.
Atentar para a proteção de caixilhos e outros acabamentos de forma a evitar manchas.
Corrigir imperfeições profundas do substrato com o mesmo tipo de argamassa ou
gesso utilizado na execução do revestimento. Imperfeições menores em pontos localizados
podem ser corrigidas com massa PVA, aplicada em camadas finas com desempenadeira de
aço e espátula. Nesse caso, antes da aplicação da massa, os pontos localizados devem ser
previamente selados com seladora à base de PVA ou fundo preparador para paredes, à
base de sol vente. Após a aplicação da massa, deve-se aguardar um período de cura de
cerca de quatro horas para dar continuidade ao serviço.
Lixar a base com lixa grana 100 e eliminar totalmente o pó, escovando ou espanando
a superfície. Havendo necessidade, pode-se raspar a parede com uma espátula,
principalmente se forem encontradas incrustações de argamassa.

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Caso o revestimento de piso já esteja acabado, é preciso protegê-lo com uma lona
plástica, a fim de evitar a aderência de pingos de tinta, selador ou fundo preparador.
Ocorrendo respingos, deve-se limpá-los imediatamente com água.
Trincas e fissuras devem ser cuidadosamente avaliadas e tratadas conforme
recomendações dos fabricantes de tintas ou projetos específicos quando for o caso.

4.3.3 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO CONVENCIONAL

O acabamento convencional consiste na aplicação da pintura diretamente sobre a


base preparada, sem o uso de massa corrida, conforme Figura 08. Este tipo de acabamento
pode ser aplicado sobre gesso liso ou sobre reboco ou emboço bem regularizado e
preparado conforme as orientações dadas.

2 ou 3 demãos de látex PVA


Selador à base de PVA ou fundo preparador de
paredes à base de solvente
Superfície
Figura 8 : Esquema do acabamento convencional

Após verificação das condições do reboco ou emboço normal: aplicar uma demão de
selador à base de PVA diluído em água na proporção indicada pelo fabricante. Para esta
finalidade, também pode-se utilizar a primeira demão de tinta com diluição maior que a
indicada pelo fabricante, conforme sua própria orientação.
Revestimentos em gesso liso, reboco fraco ou com elevada porosidade: aplicar uma
demão de fundo preparador para paredes, à base de sol vente, com diluição em aguarrás na
proporção indicada pelo fabricante.
O substrato de gesso, por ser muito liso e pouco coeso, pode prejudicar a aderência
da pintura. Por isso, a aplicação do fundo preparador é muito importante.
No caso de reboco fraco, o fundo preparador para paredes tem a finalidade de
melhorar a coesão superficial da base. Porém, é importante ressaltar que sua atuação está
limitada a uma profundidade de aproximadamente 5 mm.
Para verificação da condição do reboco, pode-se passar as mãos sobre ele ou realizar
um teste rápido: corta-se uma pequena porção do revestimento em forma de "x"; em
seguida, gruda-se uma fita crepe de 5 cm de largura no centro do "x"; por fim, puxa-se a fita
de uma vez, verificando a quantidade de argamassa que permanece aderida à fita.

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Figura 9: Verificação da condição de reboco.

O teste da fita crepe também pode ser empregado para avaliar a melhor diluição do
sistema de pintura, no caso de aplicação sobre gesso.
Terminada a preparação da base, lixar a parede com lixas 150 e 180, deixando-a livre
de sulcos e asperezas. Diluir e misturar a tinta látex PVA em recipiente adequado, segundo
as orientações do fabricante. Se necessário, é possível adicionar aditivos, tais como
corantes ou antimofo, seguindo sempre as indicações do fabricante para a proporção de
diluição.
Repassar parte do material diluído para uma bandeja plástica, o que facilita a
operação de umedecimento do rolo. Aplicar, então, a primeira demão de tinta de acordo com
os passos indicados a seguir.
Espanar a base, retirando a poeira que ainda ficou aderida após o lixamento. Efetuar
os recortes nos cantos do teto com um pincel de cerdas macias. Aplicar, em seguida, a tinta
no teto com um rolo de lã em movimentos paralelos, criando uma película fina e
homogênea. Em cada parede, efetuar os recortes nos cantos e nas molduras de portas e
janelas com um pincel de cerdas macias. Depois, aplicar a tinta no restante da parede, com
rolo de lã em movimentos de sobe-e-desce, criando uma película fina e homogênea.
Durante a execução da pintura, é preciso misturar a tinta constantemente a fim de evitar a
decantação de seus constituintes, o que pode causar manchas ou deficiências de cobertura
na película sobre a base. Verificar se não foram deixadas falhas ou escorrimentos - em caso
afirmativo, passar de novo o rolo nesses locais com a tinta ainda fresca.
Aplicar mais uma ou duas demãos, conforme a necessidade de cobertura, aguardando
um intervalo mínimo de quatro horas entre demãos. Depois da colocação das guarnições e
dos arremates (antes da última demão), protegê-los, revestindo-os com fita crepe e jornal.

4.3.4 - EXECUÇÃO DA PINTURA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL

O acabamento liso convencional consiste na aplicação de pintura sobre a base


preparada e previamente tratada com massa corrida PVA em toda a sua extensão. Este tipo

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de acabamento pode ser aplicado sobre reboco ou emboço, preparado conforme as
orientações dadas neste procedimento. Sobre gesso liso, embora também possa ser
aplicado o acabamento liso convencional, ele é dispensável, uma vez que o substrato de
gesso já oferece condições bastante favoráveis de regularidade e planeza para aplicação da
pintura diretamente (acabamento convencional). De todo modo, caso se opte pelo
acabamento liso convencional sobre gesso liso, a base deve ser preparada com a aplicação
de uma demão de fundo preparador para paredes, à base de solvente, com diluição em
aguarrás na proporção indicada pelo fabricante. O mesmo cuidado é válido quando se tratar
de substrato de reboco ou emboço fraco ou com elevada porosidade.

2 ou 3 demãos de látex PVA


Massa Pva
Selador à base de PVA ou fundo preparador de
paredes à base de solvente
Superfície

Figura 10: Esquema do acabamento liso.

Aplicar sucessivas camadas finas de massa corrida PVA sobre a base, com uma
desempenadeira de aço, até obter o nivelamento desejado, aguardando a secagem por
quatro horas (em dias muito úmidos este prazo poderá ser maior). A massa corrida deve ser
aplicada diretamente, na consistência original do produto; porém, se necessário, pode ser
diluída com água na proporção indicada pelo fabricante.
Lixar a parede com lixa 180, fazendo com que a base fique perfeitamente lisa, ou seja,
livre de ondulações, sulcos e asperezas. Caso após o lixamento persistam parte desses
defeitos, deve-se aplicar novamente a massa corrida PVA nos pontos falhos, aguardando
mais quatro horas e lixando em seguida.
Diluir, misturar e aplicar a tinta látex PVA da mesma forma como indicado para o caso
do acabamento convencional. Após a primeira demão, verificar a presença de imperfeições
e ondulações com o auxílio de uma lâmpada, corrigindo os defeitos com massa corrida, se
necessário.

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4.4 - ORIENTAÇÕES GERAIS
Para a escolha da tinta adequada recomenda-se a realização de testes práticos em
obra a fim de verificar o rendimento, a cobertura e aplicabilidade dos produtos. O rendimento
está relacionado com o volume necessário para pintar uma determinada área. A cobertura
diz respeito à capacidade que a tinta dispõe para cobrir totalmente a superfície. A
aplicabilidade é a capacidade de espalhamento com bom alastramento e nivelamento, de
maneira que o rolo ou pincel deslize suavemente sobre a superfície, sem deixar marcas
após a aplicação e secagem da tinta. Uma boa tinta deve apresentar elevado rendimento e
cobertura, com boa aplicabilidade.
Ao abrirem-se latas de tintas, fundos ou seladores, tais produtos não devem
apresentar excesso de sedimentação, coagulação, aspecto gelatinoso, empedramento,
separação de pigmentos ou formação de pele, a ponto de prejudicar a homogeneização com
uma simples agitação manual.
Para a realização da pintura, indicam-se como adequadas temperaturas na faixa de
10°C a 40°C e umidade relativa do ar não superior a 80%, não sendo aconselhável a
aplicação de tintas sob insolação direta, ventos fortes ou em dias chuvosos.
A diluição de tintas e seladores deve seguir rigorosamente as recomendações dos
fabricantes, uma vez que a correta proporção entre os elementos decorre de características
específicas de cada produto.
Todas as ferramentas devem ser lavadas com água, logo após o uso, de maneira a
evitar secagem e endurecimento do material. As embalagens de tintas e outros produtos
não devem ser reaproveitadas. Seu armazenamento deve ser realizado em local fresco,
coberto, seco e ventilado.
Durante a aplicação, manter o ambiente ventilado e utilizar óculos de segurança,
máscara protetora e luvas de borracha, protegendo o corpo e a cabeça contra o pó com
vestimentas adequadas. Ocorrendo inalação de odores, contato dos produtos com a pele,
com os olhos ou ingestão acidental, proceder conforme orientação dada nas embalagens e
nos catálogos dos produtos que estiverem sendo empregados. Havendo dúvidas, procurar
os serviços de atendimento ao consumidor dos fabricantes ou consultar um médico.
A cura total da película de tinta ocorre num prazo de aproximadamente sete dias após
a aplicação. Durante esse período, é conveniente evitar atritos, riscos e a realização de
limpeza localizada, pois essas ações poderão causar danos permanentes à pintura recém-
aplicada.

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FICHA DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE
EXECUÇÃO DE PINTURA INTERNA
BASE PVA

OBRA: LOCAL DO SERVIÇO:

QUANTIDADE INICIO: TERMINO:


VERIFICADA (Max.um
apto.)
MESTRE: ENCARREGADO: EQUIPE:

Condições para o inicio da execução APROVAÇ OBSERVAÇÕES E


do serviço ÃO AÇÕES
1-Prazo mínimo de 30 dias para cura SIM NÃ
dos revestimentos O
2-Conclusão dos revestimentos de
pisos, à execução de revestimentos
têxteis.
3-Instalações de batentes, portas e
caixilhos.

4-Eliminação de qualquer foco de


umidade de modo que a superfície
resulte seca quando da execução da
pintura.

Aprovado (A) ou Regeitado (R)`


Verificação de rotina Verificação
Observações e ações
1 2 3 4

1 – Preparação da Base

2 – Aplicação da Pintura

3 – Aspecto Final

4 – Observações finais

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EXECUÇÃO DE PINTURA

Local de aplicação (preencher com o local onde será utilizada esta tabela- resumo

Tipo de base (anotar o tipo de base – reboco, emboço, reboco fraco, etc.

Sistema de pintura (anotar o sistema de pintura empregado)

PREPARO DA BASE

Lixamento Anotar a seqüência de lixamento e grana das lixas

Fundo Anotar o tipo de fundo (selador, fundo, etc.)

Diluente Água, aguarrás etc.

Diluição Anotar a indicação da embalagem

Número de demãos Anotar o número de demãos que devem ser aplicadas

Tempo de secagem Conforme orientações do fabricante

Intervalo entre demãos Conforme orientações do fabricante

APLICAÇÃO DA PINTURA

Lixamento Anotar a seqüência de lixamento e grana das lixas

Tinta Designação da tinta a ser utilizada

Diluente Água, aguarrás etc.

Diluição Anotar a indicação da embalagem

Tempo de secagem Conforme orientações do fabricante

Intervalo entre demãos Conforme orientações do fabricante

5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em estudo realizado a equipe concluiu que a tinta PVA OU LATEX tem os mesmos
componentes e são vulneráveis a umidade e água, e devem ser utilizadas apenas aos

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ambientes interiores, “AREAS NÃO MOLHAVEIS” e em sua aplicação deve-se, tomar
cuidado que o esboço ou reboco tenha sido totalmente curado e seco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] A técnica de Edificar, Walid Yazigi, Editora: Pini: SindusCon – SP, 1998.
[2] Qualidade na aquisição de materiais e execução de obras; Roberto de Souza, Geraldo
Mekbekian; Editora: Pini: SindusCon – SP, 1996.

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