PRÉ Modernismo
PRÉ Modernismo
PRÉ Modernismo
Contexto Histórico
De acordo com Massaud Moisés, desde 1902, quando se tornou público as obra
Canaã, de Graça Aranha, Os Sertões, de Euclides da Cunha, a segunda edição
da História da Literatura Brasileira, de Silvio Romero, a miscigenação tornou-se
intensa, configurando-se o período de Pré-Modernismo, ou Ecletismo, ou Sincretismo e
Transição, mas que preferimos rotular de Belle Époque.
Principais Autores
Euclides da Cunha
Foi um escritor, poeta, ensaísta, jornalista, historiador, sociólogo, geógrafo e
engenheiro brasileiro.
Ocupou a cadeira n.º7 na Academia Brasileira de Letras.
Influência do determinismo;
Linguagem rebuscada e Barroca;
Denúncia social sobre o sertão;
Publicou Os sertões: Campanha de Canudos, em 1902: obra regionalista que
retrata a vida do sertanejo e é dividida em três partes – “A terra”, “O
homem” e “A luta”.
Graça Aranha
Escritor e diplomata maranhense;
Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e um dos
organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Sua obra de maior destaque é Canaã, de 1902: aborda a migração alemã
no estado do Espírito Santo.
Lima Barreto
Autor mais crítico do pré-modernismo;
Linguagem despojada e coloquial;
Realidade urbana e periférica;
Denúncia dos preconceitos raciais e sociais;
Sua obra de Maior destaque é Triste fim de Policarpo Quaresma.
Monteiro Lobato
Retrata o atraso da vida no campo;
Narrativa descritiva, realista;
Ficou conhecido por escrever obras infantis, como O sítio do Pica-Pau
Amarelo, mas uma obra sua de grande destaque é Urupês, onde é
possível observar o personagem Jeca Tatu.
Bosi (1967, p. 44) afirma que Augusto dos Anjos, é um poeta intenso, em cujos
escritos se reconhece a dimensão cósmica e a angústia moral, além do “mau gosto”
tecido num vocabulário que reflete versos rebuscados, rigorosamente metrificados e
científicos, além do espiritualismo e materialismo. Para o crítico, o poeta centrava-se
em questões universais humanas, encaminhando a construção mística existencialista
do Eu numa centralização de aflições que abordam “uma angústia funda, letal, diante da
fatalidade”, trazendo “toda a carne para a decomposição da morte”, para as misérias e
dores dos seres humanos, análoga ao “alto pessimismo romântico de Arthur
Schopenhauer”, unindo ao “desespero radical” de uma poesia “violenta e nova em nossa
língua” (BOSI,1967, p. 45).
VERSOS ÍNTIMOS
Pode-se perceber nos versos desse soneto uma espécie de grito de pessimismo
por parte do eu lírico, são versos de irreparável destruição moral, que se encerram com
um conselho à náusea por todas as carícias, ou antes, um convite à ferocidade
implacável.
Referências
ANJOS, Augusto dos. Eu e outras poesias. 35ª ed., Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1983.
BOSI, Alfredo. História Concisa da literatura brasileira / 53. Ed. – São Paulo:
Cultrix, 2021.