1 - Introdução Ao Sistema BIM
1 - Introdução Ao Sistema BIM
1 - Introdução Ao Sistema BIM
Introdução ao
Sistema BIM
TÓPICO 1
Tópico 1 – Introdução
Fonte: www.buildin.com.br
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Além das possibilidades de simulação e dos reflexos na execução (por permitir a minimização
de conflitos e problemas), BIM também permite a gestão de operação e manutenção de forma mais
eficiente e ágil. Uma vez que as informações do “As Built” tenham sido lançadas e estejam corretas;
a troca de uma válvula, a compra de lâmpadas, a pintura de uma parede, a localização de bens
(computador, mesa, entre outros), a gestão e a manutenção da benfeitoria tronam-se mais eficientes,
pois o simples cruzamento de uma curva ABC com o tempo de vida útil de materiais e equipamentos
permitirá compor um fluxo financeiro mais realista para o gestor dessa benfeitoria como ilustra a
figura 02.
“o sistema BDS foi iniciado para mostrar que uma descrição baseada em computador de um edifício
poderia replicar ou melhorar todos os pontos fortes de desenhos como um meio para a elaboração de
projeto, construção e operação, bem como eliminar a maioria de suas fraquezas.”.
Este conceito abre as portas para uma nova tratativa no que diz respeito aos projetos de
construção e traz consigo a chave para a passagem dos projetos e documentos elaborados em papel,
para a utilização de sistemas computacionais (softwares), visando facilitar os projetos e desenhos
técnicos associados, os chamados CAD (Computer Aided Design).
Seguindo na mesma direção de Eastman, G.A. van Nederveen e F.P. Tolman publicam, em
1992, um artigo abordando as múltiplas visões de modelagem da construção e a ideia de que a
modelagem de informações da construção é útil para fundamentar a estrutura de um modelo de
construção, baseado nos diferentes pontos de vista dos diferentes participantes do projeto. Seria a
primeira utilização do termo Modelling Building Information, que abriu espaço para o Building
Information Modeling (BIM) e a apresentação de uma nova mudança de paradigmas: do tratamento
independente de cada aspecto/informação do projeto (dado por cada agente envolvido), ao tratamento
integrado dos aspectos/informações na construção. Estava aberto o caminho para a utilização do
conceito de um sistema computacional coeso que permitisse o gerenciamento e controle das
interações políticas, processos e tecnologias envolvidas nos projetos de construção. Segundo Penttilä
(2006):
“Building Information Modeling (BIM) é uma metodologia para gerenciar a base do projeto de
construção e os dados do projeto em formato digital ao longo do ciclo de vida, da construção”.
Iniciava-se a passagem dos projetos e documentos elaborados em CAD e ainda em papel, para
a utilização de um banco de dados integrado. Esta mudança de padrão dá-se porque através do BIM
podemos colocar todas as ferramentas utilizadas em papel em um ambiente virtual, o que permite, se
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comparado com os processos tradicionais utilizados na abordagem dos projetos, um nível maior de
eficiência, e uma estreita comunicação e colaboração entre os agentes envolvidos.
Segundo Birx (2007), não é tão fácil definir o BIM quanto o CAD. BIM é mais um processo
que uma ferramenta de elaboração, podendo ser visto tanto como processo de projeto quanto
ferramenta de desenho. Para ele, a tecnologia representa a transição do analógico para o digital, onde
os projetos são conduzidos como modelos completos. Birx (2006) afirma ainda que é um erro pensar
em BIM como mais uma forma de representação tridimensional, pois ao fazer isso, se perde seu
potencial mais significativo: os benefícios de uma mudança de cultura projetual.
este conceito o projeto não mais apresenta linhas e textos para representar elementos e sim os próprios
objetos que compõem a obra. Dessa forma, o BIM provê toda informação necessária aos desenhos, à
expressão gráfica, à análise construtiva, à quantificação de trabalhos e tempos de execução, desde a
fase inicial do projeto, até a conclusão da obra. Com isso, os dados para a validação do projeto são
automaticamente associados a cada um dos elementos que o constituem.
Segundo Birx (2007), não é tão fácil definir o BIM quanto o CAD. BIM é mais um processo
que uma ferramenta de elaboração, podendo ser visto tanto como processo de projeto quanto
ferramenta de desenho. Para ele, a tecnologia representa a transição do analógico para o digital, onde
os projetos são conduzidos como modelos completos. Birx (2006) afirma ainda que é um erro pensar
em BIM como mais uma forma de representação tridimensional, pois ao fazer isso, se perde seu
potencial mais significativo: os benefícios de uma mudança de cultura projetual. Sperling (2002)
aponta a forma pela qual ocorre a geração das informações como o impacto mais visível dessa
tecnologia.
A tecnologia BIM pressupõe uma grande alteração do raciocínio necessário no momento da
concepção de projetos arquitetônicos ao englobar os modelos tridimensionais desde a fase inicial dos
projetos. Laiserin (2010) explica que enquanto os arquivos “drawing” da plataforma CAD consistem
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A tecnologia BIM não diz respeito aos softwares/ferramentas, mas sim, as análises que são
extraídas, a integração de todos os projetos envolvidos, a precisão de detalhes e materiais, etc.
Entre as vantagens obtidas com a utilização do BIM, destaca-se de forma geral:
• As tomadas de decisão tornaram-se mais participativas, assertivas e rápidas;
• Os planejamentos passaram a contar com mais de 90% de aderência;
• Assertividade de 99% no orçamento.
A utilização do BIM pelas construtoras brasileiras vai além de funcionalidades como a geração
de modelos virtuais tridimensionais e a possibilidade de verificação de interferências nos projetos.
A evolução aponta principalmente para a integração com as ferramentas de planejamento, ou
seja, para o chamado BIM 4D. Nele, às três dimensões espaciais que compõem o modelo 3D, é
acrescida a variável tempo, tornando-se possível incorporar ao modelo informações sobre
cronograma, sequência de obra e fases de implantação.
Ressalta-se que a tecnologia BIM também vem sendo bastante utilizada em obras de
saneamento e infraestrutura urbana, possibilitando uma melhor gestão e gerenciamento das variáveis
que envolvem essas tipologias de projeto.
Resumidamente, as aplicações práticas de utilização da ferramenta BIM promovem:
• Subsidiar o planejamento, combinando o modelo 3D com sua evolução ao longo do tempo.
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complementares, para que assim possam ser detectadas interferências ou incompatibilidade, gerando
novas propostas com adaptabilidade, sem ter de iniciar do zero um projeto.
É comum que os softwares de BIM sejam paramétricos, ou seja, ao desenharmos uma parede,
estamos definindo uma série de parâmetros como altura, espessura, material, fase de construção e não
apenas um polígono 3D. Na prática isso significa que ao alteramos uma parede em planta, sua
representação em corte, elevações, etc.. serão automaticamente alteradas.
Nesta disciplina nós utilizaremos o software Revit para trabalharmos na prática os conceitos
BIM, e alguns benefícios que poderemos perceber ao utilizá-lo:
• Representação dos desenhos 3D, cortes, plantas e elevações de forma simultânea.
• Testar e analisar as informações do projeto;
• Quantificar os elementos que envolvem o projeto facilitando a elaboração do orçamento;
• Representação das pranchas do desenho técnico de forma fiel ao projeto e nos parâmetros
normativos;
• Verificação preliminar de interferência entre elementos, prevendo erros no momento de
execução do projeto.
Outro conceito muito importante utilizado no Revit é sobre as famílias. Aos estudantes e
profissionais que já utilizaram os softwares AutoCad e Sketchup irão associá-los aos blocos. Uma
família é equivalente ao bloco, mas dentro dela podemos ter mais de uma opção de tamanho, material,
etc. O conceito de família estará sempre relacionado a um objeto específico, uma porta, um tijolo,
etc.
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Fonte: autor.
Ao clicar na opção “NOVO...” será solicitado um template para dar início ao projeto. Esse
modelo/template é um arquivo com extensão .RTE que guarda informações pré-configuradas de
paredes, pisos, folhas para impressão e demais informações.
A utilização de um bom arquivo de template é o primeiro passo para trabalhar de forma
eficiente no Revit e será disponibilizado para vocês desenvolverem suas práticas nessa disciplina. O
software também já fornece uma opção padrão de template para arquitetura, mas você pode baixar ou
criar o seu próprio arquivo de template.
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Fonte: autor.
Após essa primeira seleção de qual template iremos trabalhar no projeto, será aberta a interface
do Revit onde temos basicamente as seguintes áreas conforme a figura 05:
1. Ribbon: uma faixa de ferramentas agrupadas por contexto, arquitetura, terreno, etc, ela
mudará de acordo com a ferramenta escolhida, observe que nela existem várias ABAS que
permitem selecionar o tipo de comando que desejamos executar.
2. Navegador de projeto: nele estão organizados todas as vistas, legendas, folhas, famílias e
grupos de arquivo.
3. Janela propriedades: permite alterar os parâmetros do objeto selecionado ou parâmetros da
vista ativa caso não haja nenhuma seleção de objeto na tela.
4. Área gráfica: é neste espaço que você desenha os modelos da construção, paredes, janelas,
etc.
5. Escala: exibe a escala corrente para vista ativa.
6. Barra de controle de vistas: aqui estão ferramentas muito úteis, tais como estilo de
visualização, controles de sombra e renderização, dentro outros.
7. Barra de acesso rápido: principais comandos gerais, como Abrir, Salvar, Desfazer, etc.
8. Menu de Aplicação: menu tradicional do programa com opções de salvar, abrir, e opões gerais
do Revit.
9. Barra de Status: exibe dicas de uso da ferramenta que estiver ativa no momento.
10. Filtros de seleção: aqui podemos definir como é feita a seleção de objetos, se por folha, linha,
face, etc.
11. Ferramentas de navegação: Permite acessar a ViewCube e as vistas, topo, direita, frontal, etc.
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Fonte: autor.
Dica: Caso você feche acidentalmente algum menu do programa, você pode ativá-lo novamente
clicando na aba VISTA e na opção INTERFACE DO USUÁRIO:
Fonte: autor.
Dica: ao flutuar o cursor sobre uma ferramenta é exibido seu atalho de teclado entre parênteses e um
minitutorial de como usá-la:
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Fonte: autor.
Uma forma de agilizar o uso do Revit é através dos atalhos de teclado, quase todas as
ferramentas possuem atalhos, vale ressaltar que basta você digitar as duas teclas e após utilizar o
comando, não é necessário confirmar com ENTER para ativar o comando, segue uma lista completa
dos atalhos originais de software:
Arquivos
Comando Atalho
Open Crtl+O
Save Crtl+S
Print Crtl+P
Undo Crtl+Z
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Redo Crtl+Y
Editing Request ER
Reload Latest RL
Help F1
Edição
Comando Atalho
Undo Crtl+O
Redo Crtl+S
Cut Crtl+P
Copy to clipboard Crtl+C
Paste Crtl+V
Modify MD
Select All Instances SA
Move MV
Copy CO
Rotate RO
Array AR
Mirror MM
Scale RE
Delete DE
Properties PR
Construção
Comando Atalho
Wall WA
Door DR
Window WN
Component CM
Detail Lines DL