TCC Sop

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 27

CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC - UNISOCIESC

CONCLUSÃO DO CURSO BACHAREL EM NUTRIÇÃO

EFEITO DAS INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS NA MELHORA DAS


COMPLICAÇÕES DA SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO
REVISÃO DE LITERATURA

DANIELLA DE SOUZA LOPES


EMANUELLI MARIA HIPÓLITO
EMILIO JUNIO TEODORO RODRIGUES
RAYLANNE DE MORAES

Trabalho de conclusão de Curso apresentado ao Centro


Universitário Unisociesc, como parte das exigências para
obtenção do título de bacharel em Nutrição.

Professoras: Elizabeth Cristina Verrengia

JOINVILLE
2021

1
Palavras -chaves: Síndrome dos Ovários Policísticos, Obesidade, Reeducação Alimentar, Resistência à Insulina, Perda de Peso,
Macronutrientes.
Keywords:
Polycystic Ovary Syndrome, Obesity, Dietary Re-education, Insulin Resistance, Weight Loss, Macronutrients.

RESUMO

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das desordens endocrinológicas mais frequentes em mulheres na idade
reprodutiva, com prevalência de 6 a 10%. As manifestações clínicas geralmente aparecem após a menarca, durante a
adolescência, ocasionando inicialmente mudanças, como ganho de peso podendo evoluir para infertilidade anovulatória,
diabetes mellitus tipo 2, alterações metabólicas, hiperplasia e neoplasia endometrial e doenças cardiovasculares.
O estudo baseia-se na abordagem de uma alimentação adequada para mulheres com SOP com objetivo de identificar estratégias
nutricionais que impactam positivamente no tratamento e sintomatologia da SOP.
A busca pelos artigos ocorreu no ano de 2021 e resumem-se em língua portuguesa, inglesa e espanhola, foi desenvolvida na base
de dados do Scientific Electronic LibraryOnline (SciELO) e Pubmed, Sciencedirect,
Nesse estudo foi observado que as estratégias dietéticas das seguintes dietas: hipocalóricas, hiperproteica, suplementação de
vitamina D, ômega 3, e a Dieta Dash. Se mostraram eficientes na perda de peso. Foi observado maior impacto no padrão de
dietas hipocalóricas com baixo teor de carboidratos,à uma melhora nos perfis metabólicos e hormonais, uma mudança no estilo
de vida, juntamente com a ingestão de suplemento de vitaminas e minerais, e a prática da atividade física, resultam em um efeito
positivo na saúde da mulher com SOP.

ABSTRACT
The Polycystic ovary syndrome (PCOS) is one of the most frequent endocrinological disorders in women of reproductive age, with
a prevalence of 6 to 10%. Clinical manifestations show up after the menarche,, during adolescence, causing weight gain that can
evolve to anovulatory infertility, type 2 diabetes, metabolic alterations, hyperplasia, endometrial neoplasia and cardiovascular
diseases.
The present study is based on the approach of an adequate diet, willing to identify nutritional strategies that impact positively in
the treatment and symptomatology of POS..
The articles were selected in 2021, are written in Portuguese, English and Spanish and the database used was Scholar Google,
Scientific Electronic Library Online (SciELO), Pubmed, Sciencedirect,
The present study observed that the following dietetic strategies were effective in weight loss: hypocaloric, hyperproteic,
vitamin D supplementation, fish oil and DASH diet. They show effect by managing refined carbohydrates, sugar, trans and
saturated fats intake. Hypocaloric diets have shown a better effect on metabolic and hormonal profiles, including lifestyle changes
including vitamins and minerals supplementation intake, such as physical activity, resulting in a positive effect in the woman with
POS's health.

2
INTRODUÇÃO
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das desordens endocrinológicas mais
frequentes em mulheres na idade reprodutiva, com prevalência de 6 a 10%. SOP engloba amplo
espectro de sinais e sintomas de disfunção ovariana, as manifestações clínicas geralmente
aparecem após a menarca, durante a adolescência, ocasionando inicialmente mudanças como
ganho de peso e sedentarismo, podendo evoluir para infertilidade anovulatória, diabetes mellitus
do tipo 2, alterações metabólicas, cardiovasculares, hiperplasia e neoplasia endometrial, esta
síndrome representa um risco a saúde e a qualidade de vida da mulher em idade reprodutiva.1’2’5
O tratamento da SOP é estabelecido de acordo com a gravidade dos sintomas, mudanças
no estilo de vida foram identificadas como opção de tratamento de baixo custo, quando há
mudanças como a aderência a uma dieta equilibrada, é possível obter resultados positivos em
relação aos quadros de complicações da SOP, consequentemente a regulação do ciclo menstrual,
diminuição da testosterona total, resistência à insulina e aumento da globulina ligadora de
hormônios sexuais.4’9
O acompanhamento e a orientação nutricional são de suma importância para o tratamento
de SOP. Uma alimentação rica em fibras com uma disposição de refeições em horários
estratégicos combinado com quantidades de macronutrientes tais como carboidratos, proteínas e
lipídeos, e com micronutrientes como vitaminas e minerais se mostram positivos no tratamento
da síndrome. Logo uma perda de peso de 5 a 10% já é suficiente para restaurar alterações
hormonais, diminuir os níveis séricos de insulina, melhorar o perfil lipídico e outros fatores.2’12
No Brasil, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2%, a proporção de obesos na
população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre 2003 e 2019, passando
de 12,2% para 26,8%. O excesso de peso atingiu 60,3% da população de 18 anos ou mais de
idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres.44
Ainda não há um consenso sobre qual o melhor tratamento nutricional para a SOP, porém
segundo Faghfoori et al. (2017), recomenda-se a realização de um tratamento dietético que tenha
impacto no controle da RI, com baixa contribuição de açúcares simples e carboidratos refinados,
ácidos graxos saturados e trans. Se atentando para possíveis deficiências de vitamina D, cromo e
ômega 3.

3
O excesso de peso além de ser uma achado comum entre as mulheres com SOP, pode
agravar para RI, e trazer mais complicações a síndrome, ainda que os sintomas não sejam
totalmente definidos, dados apontam que 50% das portadoras de SOP estão acima do peso, o
mais comum é apresentarem a adiposidade abdominal ( relação cintura quadril).28
A RI está envolvida com fatores genéticos e ambientais, as anormalidades no
metabolismo da insulina identificados na SOP, estão ligados a redução na secreção e excreção
hepática e na sensibilidade dos receptores de insulina, pode ser considerado um estado
metabólico, em que os mecanismos normais de homeostase da glicose não funcionam
adequadamente 43
Informações abrangentes sobre recomendações nutricionais para mulheres com SOP não
são acessíveis e a maior parte das pacientes recebe tratamento exclusivamente medicamentosos.
Considerando que mudanças no padrão alimentar podem ter efeitos benéficos no tratamento da
SOP, este estudo teve como objetivo identificar estratégias nutricionais que impactam
positivamente no tratamento e sintomatologia da SOP.

4
MÉTODO
Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, elaborada no intuito de analisar as
abordagens da alimentação adequada em mulheres com SOP, a busca pelos artigos ocorreu no
ano de 2021 e resumem-se em língua portuguesa, inglesa e espanhola, foi desenvolvida na base
de dados do Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Pubmed, Sciencedirect, com a
utilização das palavras-chave “Síndrome dos ovários policísticos”, “polycystic ovary syndrome”,
“obesidade”, “reeducação alimentar”, “resistência à insulina’’, “perda de peso”,
“macronutrientes” e “dietoterapia”, foram encontrados 41.000 artigos, contendo essas
palavras-chaves no título ou resumo.
Após pesquisa nas bases de dados, foram selecionadas 44 publicações para compor o
presente estudo, entre o período de 2005 e 2021. Depois desta etapa os artigos foram lidos, e os
resultados discrepantes foram reavaliados, o critério de exclusão foram estudos com a presença
de diabetes ou outros distúrbios endócrinos, uso de de pílula anticoncepcional, antidepressivos ou
medicamentos hipolipemiantes. Para compor esta revisão selecionaram-se 13 estudos que
avaliaram mulheres com SOP que não tomavam medicamentos, magras ou obesas e todas as
dietas para perda de peso ou manutenção comparando diferentes composições dietéticas,
qualitativamente a alimentação em mulheres com SOP. A tabela 1 apresenta os aspectos
metodológicos referentes ao local e aos tipos de estudo.
Figura 1 Fluxograma de busca de artigos

5
6
RESULTADOS / DISCUSSÃO
Os resultados desta pesquisa serão apresentados em forma de tabelas, contendo as
seguintes informações: aspectos metodológicos referentes aos tipos de estudo, duração, conduta
dietética, objetivo e resultados.
Todos os artigos selecionados avaliam o efeito das intervenções dietéticas para portadoras
de SOP, buscando a melhora das comorbidades relacionadas à síndrome.
Foram selecionados 13 estudos, todos abordaram questões únicas, relacionadas à
alimentação e o efeito positivo na saúde da mulher, as dietas selecionadas: hipocalórica,
hipoglicídica, hiperproteica, Dash, e a suplementação de ômega-3 e vitamina D.
A avaliação por exames bioquímicos foi utilizada em todos os estudos, principalmente
parâmetros como RI, testosterona e perfil lipídico.

Hipocalórica
A tabela 1 apresenta as dietas hipocalóricas e hipoglicêmica, Neto Nifran13, Rollyn
Onstein18 e Richard Legro34 tiveram como conduta inicial em seus estudos a redução calórica,
que apresentou em curto prazo resultado significativo na melhora do índice glicêmico, regulação
menstrual, resposta da sensibilidade insulínica, melhora das anormalidades metabólicas e
reprodutivas.
Um fator que vem sendo estudado porém não relativo a alimentação, é a atividade física, a
regularidade dessas atividades associadas a uma alimentação hipocalórica pode trazer benefícios
e melhorar alguns aspectos metabólicos, determinados exercícios melhoram a pressão arterial, e a
RI e também na melhora da insulina em jejum e HOMA IR. 42
O ensaio clínico randomizado de NYBACK et al. (2011), tinha como objetivo comparar a
influência do manejo alimentar e atividade física na função ovariana e variáveis metabólicas em
mulheres com SOP, o estudo teve duração de 4 meses, e avaliou o IMC, composição corporal,
proteína C-reativa, pressão arterial, marcadores de resistência à insulina e níveis de lipídios
sanguíneos. Os autores observaram que o aumento do consumo de fibras foi o maior responsável
pela diminuição do IMC e a redução do consumo dos ácidos graxos trans, melhora do nível

7
insulinogênico, e esse consumo está relacionado com um efeito positivo na ovulação das
portadoras da SOP.14
Destaca-se também o estudo de GOWER et al. (2013), que reportaram melhora na RI ao
utilizar uma dieta com baixo teor de carboidratos, além de redução de peso, os dados do estudo
sugerem que em mulheres hiperinsulinêmicas com a síndrome, a redução modesta de carboidrato
na dieta, pode reduzir a insulina de jejum e, por fim, levar a uma diminuição da testosterona
circulante. Outro achado foi a medida da resposta das células β basais, que reflete a secreção de
insulina basal ou em jejum, diminuiu com a dieta com baixo teor de carboidrato.16
Tabela 1 Características das intervenções nutricionais com dieta hipocalórica e
hipoglicídica e os resultados obtidos em mulheres com SOP.

Autores /ano Tipo de estudo Amostra Duração/ Objetivo Resultados


Conduta
dietética
Randomizado 35 1 mês Avaliar o com a restrição calórica,
Nilfran et al
Artigo de Baixo teor efeito da pode se obter melhora,
(2007).13 de CHO ingestão
revisão na sensibilidade à
43% alimentar
Efeito a curto hipocalórica insulina e, anormalidades
prazo (1 mês) em mulheres metabólicas
foi analisado 2 com SOP
tipos de dietas,
uma rica em
proteína e a
outra em
carboidrato,
ambas
hipocalóricas e
semelhantes
em gordura.
Estudo 96 12 meses Comparar Baixo IG, melhora na
Marsh
randomizado Hipoglicídica as sensibilidade à insulina,
et al CHO mudanças menor fibrinogênio,
40%
na melhora na regularidade
(2010).33
sensibilidad menstrual. Sem
e à insulina diferença significativa
e os em outros resultados
resultados
clínicos

8
após perdas
de peso
semelhante
após o
consumo de
uma dieta
de baixo IG
em
comparaçã
o a uma
dieta
saudável.
Estudo 30 2 meses Determinar Dieta com baixo teor de
Gower
crossover Hipoglicídica se a CHO induziu
(2013).16 Baixo teor de redução diminuição
CHO
modesta no significativas na
41%
teor de resposta da insulina em
carboidrato jejum, testosterona total
afeta a e todas as medidas de
responsivid colesterol, e aumento
ade das significativo da
células b, sensibilidade à insulina.
concentraçã
o de
testosterona
sérica e a
sensibilidad
e à insulina
em
mulheres
com SOP.

9
Legro et al Estudo Investigar os 26 mulheres
35 1 mês
randomizado efeitos de completaram o estudo,
(2006).34
Hipocalórico curto prazo de ambas as dietas
CHO duas dietas de resultaram em perda de
composição peso significativa, e
40% variável na
perda de peso melhoria das
como o anormalidades
desfecho metabólicas e
primário em reprodutivas, grupo de
mulheres mulheres com SOP
obesas com foram marcados por um
SOP em busca
declínio nos andrógenos
da fertilidade.
circulantes (P = 0,03),
nas insulinas de jejum.
4 meses Comparar a O consumo de fibras foi
Nybacka et al Estudo 57
Hipocalórica +
influência do maior responsável pela
(2011) .14 exercício físico
manejo
randomizado obesos e diminuição do IMC e
caloria diária
alimentar e redução do consumo de
sobrepeso reduzida em atividade ácidos graxos e melhora
600kcal/diafísica na os níveis de
função insulinogênico e efeito
Dieta ovariana e positivo na ovulação das
balanceada variáveis portadoras de SOP.
55% de CHO metabólicas
25% a 30%LIP em mulheres
com SOP

Onstein et al; Estudo 24 3 meses Efeito da dieta Houve perda de peso,


(2011).18 randomizado Hipocalórica hipocalórica melhoria no padrão
Baixo teor de no IMC de menstrual.
CHO mulheres
45% obesas com
SOP.

O início da SOP tem sido associado a vários fatores hereditários e ambientais, mas a RI
pode estimular a síntese de testosterona, a redução dela por dieta pode ser um tratamento
benéfico para o controle da síndrome. Os artigos selecionados para esta revisão têm resultados
semelhantes, utilizando dietas hipocalóricas e hipoglicídicas.

10
Em um estudo randomizado NIFRAN et al. (2007), efeito a curto prazo (1 mês) foi
analisado 2 tipos de dietas, uma rica em proteína e a outra em carboidratos, mesmo em pouco
tempo o estudo teve resultados positivos. O efeito hipocalórico da dieta produziu uma diminuição
considerável no peso corporal, e andrógenos circulantes, medições dos metabolismos da glicose
e leptina.13
MARSH et al. (2010) e LEGRO et al. (2006) também comparou duas dietas, com
distribuição de macronutrientes diferentes, uma dieta saudável tradicional e outra com baixo
carboidrato. Nas comparações bioquímicas apenas a concentração de fibrinogênio apresentou
diferença significativa entre as dietas, baixo IG, melhora na sensibilidade à insulina, melhora na
regularidade menstrual..34
ONSTEIN et al. (2011) procurou avaliar o efeito de dietas no padrão menstrual,
concluíram que houve diminuição de peso e da circunferência abdominal em todas e que essa
diminuição se relaciona proporcionalmente com a melhoria do padrão menstrual, 75% das
participantes melhoraram o seu padrão menstrual..18

Ômega-3
Um das estratégias para minimizar os sintomas de SOP, é a utilização de ácidos graxos
como suplementação, para mulheres acima do peso é importante uma alimentação adequada
visando a perda de peso, esta alimentação pode estar aliada ao consumo de ácidos graxos mono e
poli-insaturados e redução de ácidos graxos saturados. O ômega-3 vem se destacando, pois possui
um efeito protetor em diversas condições, influencia a redução de danos vasculares, colesterol
total, evitando a formação de trombos, aterosclerose, além de possuir efeito anti-inflamatório, e é
definido como um composto funcional dos alimentos que pode ser consumido em
alimentos-fonte ou em cápsula. O efeito anti-inflamatório está associado à redução da produção
de eicosanóides pró inflamatórias, como consequência, melhoram a sensibilidade à insulina em
até 38%.35
GONZALES et al. (2019), descobriram que a ingestão de ácido graxo saturado, estimula a
expressão de fatores de necrose tumoral circulante TNF e supressor leucocitário periférico de
citocina 3.40

11
Tabela 2 Características das intervenções nutricionais com dieta e suplementação de
ômega 3 e os resultados obtidos em mulheres com SOP.

Autores /ano Tipo de estudo Amostra Duração/ Objetivo Resultados


Conduta
dietética
Hager et al Ensaio clínico 60 9 meses Avaliar uma No grupo de
(2018).30 randomizado Ômega-3 preparação de suplementação
1,1g ao dia suplementação multinutriente, a
de testosterona diminui,
micronutrientes enquanto outros
que inclui parâmetros como
grande estradiol , e
quantidade de androstenediona
ácidos graxos permaneceram estáveis.
insaturados
ômega-3, ácido
fólico, selênio,
vitamina E,
catequina, e
coenzima Q10,
teria impacto nos
parâmetros
séricos
específicos em
mulheres com
SOP.

Refraf et al Ensaio clínico 61 2 meses Finalidade A RI e os níveis séricos


(2012).22 duplo-cego Ômega 3 avaliar os efeitos de visfatina em
randomizado e 1,1g ao dia dos ácidos mulheres com SOP
placebo-control graxos, ômega-3 Melhoraram a
ado sobre as medidas sensibilidade a insulina,
antropométricas diminuíram os níveis de
glicose e HOMA-IR

REFRAF et al. (2012) em um ensaio clínico randomizado, teve como objetivo avaliar os
níveis antropométricos, RI e séricos de ácidos graxos ômega-3. Assim, ao comparar os valores
antes e após a intervenção observaram-se resultados positivos.22

12
Utilizando uma suplementação mais enriquecida com ácidos graxos ômega-3, sendo de
1.1g ao dia, ácido fólico, vitamina E, catequina e glicirrizina e coenzima Q10, HAGER et al
(2019) conseguiu diminuir significativamente o LH (hormônio luteinizante), FSH ( hormônio
folículo estimulante), testosterona e AMH. 30
A inclusão da dieta de baixo índice glicêmico, atividade física e a suplementação de
ômega 3, aumenta o HDL, síntese de globulina de ligação do hormônio sexual (SHBG) e a
redução da gordura corporal.42
Em mulheres com SOP, os níveis de estresse oxidativos são elevados, a ação de um
antioxidante revela melhora no perfil hormonal. A suplementação com ômega-3 em ambos os
estudos melhoram os aspectos da RI. Não houve mudanças significativas nos aspectos de perda
de peso.

Vitamina D
Segundo, CHUNLA et al. ( 2015) a exposição cada vez menor a luz solar, característica
da vida moderna representa um fator importante para a hipovitaminose D, esta deficiência pode
causar impactos negativos na homeostase da glicose, doença cardiovascular, câncer, doenças auto
imunes e distúrbios psicológicos.
Recentemente, tem havido foco na suplementação de vitamina D como tratamento
adjuvante da SOP. Dentre os estudos identificados, as mulheres com SOP têm alta prevalência de
vitamina D, alguns estudos demonstraram associação entre a hipovitaminose D e os sintomas de
SOP, incluindo resistência à insulina, infertilidade e hirsutismo.17
Tabela 3 Características das intervenções nutricionais com suplementação de vitamina D e os
resultados obtidos em mulheres com SOP.

13
Autores /ano Tipo de estudo Amostra Duração/ Objetivo Resultados
Conduta
dietética
Jafari Sf Dajani Estudo 60 3 meses O objetivo deste Após 12 semanas, os
et al. randomizado Vitamina D estudo foi níveis de D 3
(2018).29 placebo 50.000 UI por avaliar os efeitos aumentaram em todas as
semana da mulheres.
suplementação No primeiro grupo 17
de vitamina D mulheres que tinham
em combinação oligomenorreia, e 6 com
com uma dieta amenorreia, após
hipocalórica suplementação
sobre os índices apresentaram
antropométricos, normalização e melhora
hormônio da regularidade da
reprodutivo e menstruação
regularidade
menstrual em
mulheres com
sobrepeso e
obesas com SOP

Al-Bayyari et et Estudo 60 3 meses Avaliaram o O grupo que recebeu a


al randomizado Vitamina D efeito da suplementação
(2020).17 placebo 50.000 UI por suplementação melhorou os níveis de
semana de 50.000 UI de testosterona total,
vitamina D3 por hormônio da
12 semanas em paratireóide, índice de
60 mulheres com androgênio livre (P
com deficiência <0,001), os níveis de
de vitamina D e hidroxivitamina D,
SOP foram globulina de ligação ao
divididas em hormônio sexual e o
dois grupos: o fósforo, e a pontuação
grupo de de hirsutismo
tratamento (n = diminuíram.
30) que recebeu
50.000 UI de
vitamina D e o
grupo de
controle (n = 30)
que recebeu um
placebo.

14
Dentre os estudos analisados, o ensaio clínico de SFDVAJANI et al. (2018) randomizado
avaliou o efeito da suplementação de 50.000 UI de vitamina D3 por semana durante 12 semanas.
Depois de receber o tratamento por 12 semanas consecutivas o grupo que recebeu a
suplementação melhoraram os níveis de testosterona total de 0,7 para 0,5ng /m, hormônio da
paratireóide, índice de androgênio livre, a média de peso, índice de massa corporal, massa gorda,
circunferência da cintura diminuíram significativamente em ambos os grupos, os níveis de
hidroxivitamina D, globulina de ligação ao hormônio sexual e o fósforo aumentaram e a
pontuação de hirsutismo diminuíram.29
Outro estudo que usou a mesma suplementação e a mesma dosagem foi o estudo de
Al-BAYYARI et al. (2020), os níveis de testosterona total, hormônio da paratireóide, índice de
andrógeno livre e pontuação de hirsutismo, volume ovariano, e o número de folículos diminuíram
significativamente, os níveis de hidroxivitamina D, globulina de ligação de hormônio sexual e o
fósforo aumentaram, no grupo placebo não houve modificações.17
Ambos os estudos tiveram a mesma duração, número de pacientes e conduta, os
resultados foram relevantes e podem significar aumento de fertilidade e melhora na saúde
reprodutiva para mulheres com SOP, o estudo de SFDVAJANI et al. (2018) apresentou não só
melhora no perfil hormonal mas como também a perda de circunferência abdominal, isto se dá
pela combinação feita da suplementação da vitamina D com um dieta hipocalórica.

Hiperproteica
Estudos têm demonstrado que dietas com baixo teor de carboidratos e alto teor de
proteínas podem produzir perda de peso clinicamente relevante e reduzir a resistência à insulina e
as concentrações de insulina em indivíduos com sobrepeso.38
Tabela 4 Características das intervenções nutricionais com dieta hiperproteica os resultados
obtidos em mulheres com SOP.

Autores /ano Tipo de estudo Amostra Duração/ Objetivo Resultados


Conduta
dietética
Sorensen et al Ensaio clínico 57 6 meses Comparar o efeito 27 mulheres concluíram
(2012)31 randomizado Hiperproteica de uma dieta rica o estudo, a dieta HP
em proteína (HP) produziu uma maior

15
com uma dieta perda de peso e gordura,
padrão em a circunferência da
proteínas (SP) em cintura, e glicose foi
mulheres com reduzida mais pela dieta
SOP. HP do que pela dieta
SP.Não houve diferença
na testosterona,
globulina ligadora de
hormônio sexual e
lipídios do sangue

Sorensen et al. (2012) compararam o efeito de uma dieta rica em proteína com uma dieta
padrão em proteínas em mulheres com SOP, o objetivo do estudo era comparar ambas as dietas.
Durante 6 meses a composição das dietas foram controladas, mas não houve foco na restrição
energética, 27 mulheres concluíram o estudo, a dieta HP produziu uma maior perda de peso e
gordura, a circunferência da cintura e glicose foi reduzida mais pela dieta hiperproteica do que
pela dieta padrão. Não houve diferença na testosterona, globulina ligadora de hormônio sexual e
lipídios do sangue.31

DASH
Devido a hiperinsulinemia, que geralmente está associada ao diabetes tipo 2, os cientistas
sugeriram o padrão alimentar equilibrado, nutritivo e sustentável para o controle da diabetes.
A dieta DASH assim como a dieta do mediterrâneo, são usadas para ajudar no controle da
diabetes, esta abordagem de dieta possibilita reduzir a pressão arterial, no entanto seus benefícios
também foram relatados em pacientes com SOP. A terapia de estilo de vida com dieta DASH
consiste em reduzir a ingestão de sódio e aumentar frutas e vegetais, laticínios com baixo teor de
gordura e evitar o consumo excessivo de álcool enquanto aumenta os níveis de atividade física.
Mulheres com SOP têm excesso de androgênio, e resistência à insulina, os quais podem resultar
em um aumento dos perfis lipídicos e biomarcadores de estresse oxidativo. (ASEMI et al 2014)
Tabela 5 Características das intervenções nutricionais com dieta DASH e a ingestão calórica
regulada por horários os resultados obtidos em mulheres com SOP.

16
Autores /ano Tipo de estudo Amostra Duração/ Objetivo Resultados
Conduta
dietética
Esmaillzadeh Controlado 48 2 meses /Avaliar os Resultou a melhora
da resistência à
randomizado Dieta DASH efeitos do plano
(2015) 12 utilizando, dieta insulina, níveis
Dash, sobre a séricos de PCR-us e
resistência à acúmulo de gordura
insulina e abdominal
hs-CRP sérica
em mulheres
com sobrepeso
e obesas com
SOP.

Jakubowicz; Estudo 3 meses Objetivo Consumo calórico no


60
randomizado 1800 kcal avaliar uma café da manhã melhora
et al (2013)15
ingestão dieta calórica o marcapasso
calórica
no café da circadiano, resistência
regulada por
horários manhã e a insulina que levam a
jantar uma diminuição da
identificar os atividade ovariana, e
efeitos na resulta na redução da
melhora da produção de
ovulação e do testosterona.
hiperandrogen
ismo.

A dieta Dietary Approaches to Stop hypertension (DASH) foi implementada nos estudos
de ESMAIZADEH et al. (2014), demonstrando resultados positivos. A dieta consistia em 52% de
carboidratos, 18% de proteínas e 30% de gorduras totais, rica em frutas, vegetais, grãos inteiros e
laticínios com baixo teor de gordura, pobre em gorduras saturadas, refinados e doces, sódio. A
adesão ao padrão alimentar DASH em comparação com a dieta controle, resultou em uma
redução significativa dos níveis séricos de insulina, pontuação HOMAR-IR. Além disso, houve

17
uma redução significativa na cintura e na circunferência do quadril. Em conclusão o consumo do
padrão alimentar DASH em curto prazo, resultou na melhora da resistência à insulina, e acúmulo
de gordura abdominal, e IMC utilizaram adicionalmente a circunferência da cintura (CC) e
circunferência do quadril (CQ) para os resultados.12
O estudo de estudo de JAKUBOWICZ et al. (2013), teve como objetivo avaliar uma dieta
com café da manhã com alto teor calórico objetivando identificar os efeitos desta refeição na
melhora do hiperandrogenismo, sensibilidade à insulina, redução da hiperatividade e melhora da
ovulação, comparando com uma dieta oferecida onde o jantar continha alto teor calórico.
Ao final do estudo observou-se os seguintes resultados: Não se observou significativas
mudanças no IMC, circunferência da cintura e adiposidade, contudo, o grupo que recebeu maior
teor calórico no café da manhã apresentou uma diminuição das concentrações séricas de insulina
e glicemia de jejum. Já quanto ao grupo que recebeu maior teor calórico no jantar, não foram
observadas alterações na glicemia e insulina em jejum. Desta maneira, o grupo de maior consumo
calórico pela manhã também apresentou significantemente mais ovulações do que o grupo de
maior consumo calórico noturno. Esta distribuição das refeições está associada à saciedade que
leva a sensação de sustentação já pela manhã, assim diminui o apetite pela regulação do
hormônio grelina, isso demonstra um menor consumo energético ao longo do dia.
O horário das refeições pode causar desalinhamento circadiano sendo capaz de afetar de
modo negativo vários hormônios responsáveis pelo controle metabólico, inclusive a resposta da
glicose e insulina em jejum. Desta maneira um maior consumo calórico no café da manhã
melhora o marcapasso circadiano e os índices de resistência à insulina que levam a uma
diminuição da atividade ovariana, e resulta na redução da produção de testosterona.16
Os demais estudos foram utilizadas dietas restritivas, maioria delas em macronutrientes ou
quantidade calórica. Observou-se que a maior parte dos estudos variou a idade das mulheres de
14 a 40 anos de idade sendo a maioria classificada com sobrepeso ou obesidade. O tamanho da
amostra variou de acordo com cada estudo, o de menor número de participantes foi de
ONSTEIN et al. (2011) com 24 indivíduos e o com maior número foi de Marsh et al (2010) com
96 indivíduos. O tempo de seguimento dos ensaios clínicos oscilou entre 1 a 12 meses.

18
CONCLUSÃO
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma das desordens endocrinológicas mais
frequentes em mulheres na idade reprodutiva, que pode ser tratada através  do controle dietético
com ênfase na melhora do quadro de SOP.
Neste estudo foram avaliadas estratégias nutricionais e suplementação no tratamento da
SOP, mesmo que ainda não há um consenso sobre qual a melhor conduta dietética, recomenda-se
a orientação inicial de perda de peso para o controle da RI.
Visto que a perda de 5 a 10% do peso corporal se mostrou eficiente na restauração das
alterações hormonais. Desse modo foi observado nesse estudo que as estratégias dietéticas
hipocalóricas, hiperlipídicas e hiperproteica se mostraram eficientes na perda de peso, visando
sempre o controle dos carboidratos simples, açúcares e gordura trans e saturada. 
Dentre os estudos analisados, para o tratamento da SOP, observou-se maior impacto no
padrão de dietas hipocalóricas com baixo teor de carboidratos, sendo positiva em relação ao
baixo custo e a melhora nos perfis metabólicos e hormonais. Uma mudança no estilo de vida,
juntamente com a ingestão de suplemento de vitaminas e minerais, e a prática da atividade física,
resultam em um efeito positivo na saúde da mulher com SOP.
Como ainda não há um consenso definitivo e aprovado em qual estratégia dietética é a
mais indicada para o tratamento da SOP, porém são necessárias mais pesquisas futuras a fim de
observar os resultados de melhora na resistência insulínica, atividade ovariana e perda de peso.

19
REFERÊNCIAS

1. Ehrmann DA. Polycystic ovary syndrome. N Engl J Med 2005;352:1223-36 Disponível


em:<https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMra041536?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=o
ri%3Arid%3Acrossref.org&rfr_dat=cr_pub++0pubmed>. Acesso 26 maio 2021.
2. Baptista, D., et al. Síndrome do Ovário Poliquístico na adolescência. Nascer e Crescer,
Archives / Vol. 25 No. 4 (2016) .Disponível
em:<https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v25.i4.10800>. Acesso 26 maio 2021.
3. Rojas, J. M. P. Síndrome de Ovários Poliquísticos. Asociación Costarricense de Medicina
Legal y Disciplinas Afines, Vol. 35 (1) Marzo 2018. Disponível em:
<https://www.scielo.sa.cr/pdf/mlcr/v35n1/1409-0015-mlcr-35-01-94.pdf>.Acesso em: 26
maio 2021.
4. Moura HH, Costa DL, Bagatin E, Sodré CT, Manela-Azulay M. Polycystic ovary
syndrome: a dermatologic approach. An Bras Dermatol. 2011 Jan-Feb;86(1):111-9.
English, Portuguese. Disponível em:<https:// pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21437531 /.
PMID: 21437531.. Acesso em 27 maio 2021.
5. Ávila, M. A. P. de et al. Acantose nigricante: inter-relações metabólicas inerentes à
síndrome dos ovários policísticos. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia,
36(9), 410-415, 2014. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25272362/>
Acesso em: 27 maio 2021.
6. Spritzer, P. M., et al. Neoplasias associadas à síndrome dos ovários policísticos. Arquivos
brasileiros de endocrinologia & metabologia= Brazilian archives of endocrinology and
metabolism. 49(5), 805-810. Disponível em:
<https://doi.org/10.1590/SO100-720320140005078> Acesso em 27 maio 2021.
7. Stepto NK, Cassar S, Joham AE, et al. Women with polycystic ovary syndrome have
intrinsic insulin resistance on euglycaemichyperinsulaemic clamp. Hum Reprod.
2013;28(3):777-784. Disponível em: <https://doi.org/10.1093/humrep/des463>. Acesso
em 27 maio 2021.
8. Shang Y, Zhou H, Hu M, Feng H. Effect of Diet on Insulin Resistance in Polycystic
Ovary Syndrome. J Clin Endocrinol Metab 2020;105(10):425. Disponível em:
<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32621748/> Acesso em 05 junho 2021.

20
9. Escobar-Morreale HF. Polycystic ovary syndrome: definition, aetiology,diagnosis and
treatment. Nat Rev Endocrinol 2018;14(5):270-284. Disponível
em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29569621/>. Acesso 05 maio 2021.
10. Shamasbi S G, Parvin Dehgan P, Charandabi SM, Aliasgarzadeh A, Mirghafourvand M.
The effect of resistant dextrin as a prebiotic on metabolic parameters and androgen level
in women with polycystic ovarian syndrome: a randomized, triple-blind, controlled,
clinical trial. Eur J Nutr 2019;58(2):629- 640. Disponível em:
<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29480399/ >Acesso em 05 junho 2021.
11. Teede HJ, Misso mL, Costello MF, Dokras A, Laven J, Moran L, et al.; International
PCOS Network. Recommendations from the international evidence-based guideline for
the assessment and management of polycystic ovary syndrome. Hum Reprod. 2018 Jul
19. doi: 10.1093/humrep/dey256; Disponível em:
<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30033227/>Acesso em 05 junho 2021.
12. Asemi Z, Esmaillzadeh A. DASH Diet, Insulin Resistance, and Serum hs-CRP in
Polycystic Ovary Syndrome: A Randomized Controlled Clinical Trial. Horm Metab Res
2015 ;47(3):232-8. Disponível
em:<https://effectivehealthcare.ahrq.gov/sites/default/files/sodium-potassium-draft-report
-appendices.pdf> Acesso em 05 junho 2021.
13. NIETO, Ramfis; NOTTOLA, Nilfran. Tratamento da síndrome dos ovários policísticos.
Mudanças de estilo de vida: Nutrição e exercícios. Rev. Venez. Endocrinol. Metab.
[online]. 2007, vol.5, n. Disponível
em:<http://ve.scielo.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1690-31102007000300013>
Acesso: 02 Nov.2021.
14. Nubacka A, Carlstrom K, Nyren S, Martin PH, Linden H, Randomized comparison of the
influence of dietary and/or exercise management on ovarian function and metabolic
parameters in overweight women with polycystic ovary syndrome, Fertility and Sterility
Vol. 96, No. 6, December 2011 0015-0282/$36.00 Copyright ª2011 American Society for
Reproductive Medicine, Published by Elsevier Inc; Disponivel
em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21962963/> Acesso em 05 junho 2021.

21
15. JAKUBOWICZ, D et al. Effects of caloric intake timing on insulin resistance and
hyperandrogenism in lean women with polycystic ovary syndrome. Clinical Science, v.
125, p. 423–432, 2013.Disponível em; < https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23688334/>.
Acesso em 09 junho 2021
16. Gower BA, Chandler-Laney PC, Ovalle F, Goree LL, Azziz R, Desmond RA, Granger
WM, Goss AM, Bates GW. Favourable metabolic effects of a eucaloric
lower-carbohydrate diet in women with PCOS. Clin Endocrinol
(Oxf)2013;79(4):550-7.Disponível em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23444983>.
Acesso em 09 junho 2021
17. Al-Bayyari N, Al-Domi H, Zayed F, Hailat R, Eaton A. Androgens and hirsutism score of
overweight women with polycystic ovary syndrome improved after vitamin D treatment:
A randomized placebo controlled clinical trial. Clin Nutr 2020; S0261-5614(20):30496-9;
Diponivel em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33010974/> Acesso em 23 julho 2021.
18. Ornstein RM, Copperman NM, Jacobson MS. Effect of weight loss on menstrual function
in adolescents with polycystic ovary syndrome. J Pediatr Adolesc Gynecol.
2011;24(3):161–5.Disponível em:<https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21419674/>. Acesso
em 23 julho 2021.
19. PritzSer PM, Polycystic Ovary Syndrome: Reviewing the Diagnosis and Management of
metabolic disorders. Arq Bras Endocrinol Metab. 2014;58/2; Disponível em
https://doi.org/10.1590/0004-2730000003051. Acesso em 23 de julho de 2021.
20. Costa EC, Soares EM, Lemos T, Maranhão T, Azevedo G, Índices de Obesidade Central
e Fatores de Risco Cardiovascular na Síndrome dos Ovários Policísticos: Central Obesity
Index and Cardiovascular Risk Factors in Polycystic Ovary Syndrome. 2009/25/09;
Disponivel em https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010005000029 . Acesso em 23 julho
2021.
21. Azevedo GD, Costa EC, Micussi MT, Modificações do estilo de vida na síndrome dos
ovários policísticos: papel do exercício físico e importância da abordagem
multidisciplinar: Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia : Revista da Federação
Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetricia, 01 May 2008, 30(5):261-267.
Disponível em;

22
<https://www.scielo.br/j/rbgo/a/QFnCtszKFcfSCPxrmR9wTfQ/abstract/?lang=pt>
Acesso em 24 julho 2021.
22. . Rafraf M, Mohammadi E , Asghari-Jafarabadi M , Farzadi L. Omega-3 Fatty Acids
Improve Glucose Metabolism without Effects on Obesity Values and Serum Visfatin
Levels in Women with Polycystic Ovary Syndrome. J Am Coll Nutr 2012; 31 (5): 361-8;
Disponivel em;10.1080/07315724.2012.10720443. Acesso em 25 de agosto de 2021.
23. Hanaa Elsayed Shahin, Amal Khalifa Khalil, Amal Gamal e Ayman El Sayed El Adawi.
Efeito da intervenção de enfermagem estruturada em meninas adolescentes obesas com
síndrome do ovário policístico. American Journal of Nursing Research . 2016; 4 (3):
114-121. doi: 10.12691 / ajnr-4-3-9.Disponível em:10.12691/ajnr-4-3-9 Acesso em 25 de
agosto de 2021.
24. Carmona-Ruiz IO, Saucedo-de-la-Llata Moraga-Sánchez Romeu SarrióMioinositol en
combinación con D-chiro-inositol: resultados preliminares en el tratamiento de primera
línea de pacientes con síndrome de ovario poliquístico Ginecol Obstet Mex. 2017
mar;85(3):141-151. Disponível em:10.1186/1477-7827-1-109 Acesso em 01 de setembro
de 2021.
25. Escobar-Morreale HF. Polycystic ovary syndrome: definition, aetiology, diagnosis and
treatment. Nat Rev Endocrinol 2018;14(5):270-284.Disponível em:
https://doi.org/10.1038/nrendo.2018.24. Acesso em 01 de setembro de 2021.
26. Moura H ,Costa DH, Bagatin E, Sodré CT, Azulay M, Síndrome do ovário policístico:
abordagem dermatológic, An Bras Dermatol. 2011;86(1):111-9 Disponível em
https://www.scielo.br/j/abd/a/qjH7YPy97v9nLtvhCr3FyLL/abstract/?lang=pt Acesso em
27 de setembro de 2021.
27. Arentz S, Abbott JA, Smith CA, Bensoussan A, erbal medicine for the management of
polycystic ovary syndrome (PCOS) and associated oligo/amenorrhoea and
hyperandrogenism; a review of the laboratory evidence for effects with corroborative
clinical findings, BMC Complement Altern Med 2014; 14: 511.Disponivel
https://bmccomplementmedtherapies-biomedcentral-com.translate.goog/articles/10.1186/
1472-6882-14-511?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,scAcesso
em 27 de setembro de 2021.

23
28. Faghfoori Z, Fazelian S, Shadnoush M, Goodarzi R, Diabetes & Matabolic Syndrome:
Clinical Research & Reviewrs: Nutritional management in women with polycystic ovary
syndrome: A review study, Volume 11, Supplement 1, November 2017, Pages
S429-S432.https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1871402117300115?vi
a%3Dihub Acesso em 16 novembro 2021
29. Jafari-Sfdvajani S, Ahangari R, Hozoori M, Mozafari-Khosravi H, Fallahzadeh H,
Nadjarzadeh A. The efect of vitamin D supplementation in combination with low-calorie
diet on anthropometric indices and androgen hormones in women with polycystic
ovary syndrome: a double-blind, randomized, placebo-controlled trial. J Endocrinol
Invest 2018;41(5):597-607.
Disponivel:https://www-semanticscholar-org.translate.goog/paper/The-effect-of-vitamin-
D-supplementation-in-with-on-Jafari-Sfidvajani-Ahangari/f0ea7c0134d9931781a06c04ff
22897139f9a6ba?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc. Acesso
em 27 de setembro de 2021
30. Marlene Hager, Kazem Nouri, Martin Imhof, Christian Egarter, Johannes Ott:Arch
Gynecol Obstet.: The impact of a standardized micronutrient supplementation on
PCOS-typical parameters: randomized controlled trial, 2019; 300(2): 455–460. Published
online 2019 MayDisponivel em
<https://www-ncbi-nlm-nih-gov.translate.goog/pmc/articles/PMC6592962/?_x_tr_sl=en
&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc>Acesso em 23 de setembro de 2021.
31. Lone B Sørensen 1, Maibrit Søe , Kristiane H Halkier , Bjarne Stigsby , Arne Astrup:
The American Journal of Clinical Nutrition, Volume 95, Issue 1, January 2012, Pages
39–48:Effects of increased dietary protein-to-carbohydrate ratios in women with
polycystic ovary syndrome;
Disponivel:https://academic-oup-com.translate.goog/ajcn/article/95/1/39/4576669?_x_tr_
sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,scAcesso em 23 de setembro de
2021.
32. Mariana Toscani, Fernanda Mario, Simone Radavelli, Denusa Wiltgen, Maria Matos, Poli
Spritzer:Effect of high protein or normal protein diet on weight loss, body composition,
hormone and metabolic profile in southern Brazilian women with polycystic ovary

24
syndrome: a randomized study: Gynecol Endocrinol Novembro de 2011; 27 epub 2011,
31 de maio. Disponível
em<https://www-tandfonline-com.translate.goog/doi/full/10.3109/09513590.2011.56468
6?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc>Acesso em 23 de
setembro de 2021.
33. Marsh KA, Steinbeck KS, Atkinson FS, Petocz P., Brand-Miller JC Effect of a low
glycemic index comparado a uma dieta saudável convencional na síndrome do ovário
policístico. Am J Clin Nutr. Julho de 2010; 92 (1): 83–92. doi: 10.3945 / ajcn.2010.29261.
Epub 19 de maio de 2010. PMID: 2048444; Disponível em
https://academic-oup-com.translate.goog/ajcn/article/92/1/83/4597432?_x_tr_sl=en&_x_t
r_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc Acesso em 11 de setembro de 2021
34. Kelly Stamets, Denise S Taylor, Allen Kunselman, Laurence M, Demers Christine
Pelkman, Richard Legro; A randomized trial of the effects of two of short-term
hypocaloric diets on weigth loss in women with polycystic ovary syndrome.Fertil Steril
2004MAR 81(3)630a Disponivel em
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0015028203030231?via%3Dihub;
Acesso 11 de setembro de 2021.
35. Vaz DSS, Guerra FMRM, Gomes CF, Simão ANC, Junior JM. A importância do ômega 3
para a saúde humana: um estudo de revisão. Rev Uningá Review. 2014; 20(2):48-54.
Disponível em http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/1592;
Acesso 11 de setembro de 2021.
36. Arentz S, Smith CA, Abbott J, Bensoussan A. Suplementos nutricionais e medicamentos
fitoterápicos para mulheres com síndrome dos ovários policísticos; uma revisão
sistemática e meta-análise. BMC Complement Altern Med. 2017; 17 (1): 500 Disponível
https://www-ncbi-nlm-nih-gov.translate.goog/pmc/articles/PMC5702141/?_x_tr_sl=en&_
x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc Acesso em 11 de setembro de 2021.
37. HE, Chunla et al. Serum Vitamin D Levels and Polycystic Ovary syndrome: A
Systematic Review and Meta-Analysis. 2015. Disponível
em:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4488802/pdf/nutrients-0704555.pdf>
. Acesso em: 03 novembro 2021.

25
38. McAuley KA Hopkins CM Smith KJ McLay RT Williams SM Taylor RW . Comparação
de dietas ricas em gorduras e proteínas com uma dieta rica em carboidratos em mulheres
obesas resistentes à insulina . Diabetologia 2005 ; 48 : 8 - 16
https://link-springer-com.translate.goog/10.1007/s00125-004-1603-4?idp_error=cookies_
not_supported&_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc Acesso em
09 de setembro de 2021
39. Comparison of DASH, low-calorie, Mediterranean/low-glycemic/low-carbohydrate diet
as a nutritional intervention in polycystic ovary syndrome in overweight women: a
systematic review;Stephanie Tran Le , K. Haubrick ;Medicina Journal of Food Studie;
https://insulinresistance-org.translate.goog/index.php/jir/article/view/30/88?_x_tr_sl=en&
_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc 2021 Acesso em 09 de setembro 2021.
40. González, F .; Considina, RV; Abdelhadi, OA; Acton, AJ A ingestão de gordura saturada
promove inflamação mediada por lipopolissacarídeo e resistência à insulina na síndrome
dos ovários policísticos. J. Clin. Endocrinol. Metab. 2018 , 104 , 934–946 Disponível :
https://www.scielo.br/j/abem/a/Zh9sh4x7BJkqdbfbFHtffYj/?lang=ptAcesso 16 novembro
/2021
41. Szczuko, M .; Skowronek, M .; Zapałowska-Chwyć, M .; Starczewski, A. Avaliação
Quantitativa da Nutrição em Pacientes com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP).
Rocz. Panstw. Zakl. Hig. 2016 , 67 , 419–426 Disponível em
https://pubmed-ncbi-nlm-nih-gov.translate.goog/27925712/ Acesso 16 novembro /2021.
42. Schaft N, Schoufour JD, Nano J, Jong JCK, Muka T, Sijbrands EJG, Ikram MA, Franco
OH, Voortman T. Dietary antioxidant capacity and risk of type 2 diabetes mellitus,
prediabetes and insulin resistance: the Rotterdam Study. Eur J Epidemiol 2019
;34(9):853-861 Disponivel em
https://www-ncbi-nlm-nih-gov.translate.goog/pmc/articles/PMC6759671/?_x_tr_sl=en&_
x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui,sc.Acesso em 17 de novembro de 2021.
43. Traub ML. Assessing and treating insulin resistance in women with polycystic ovarian
syndrome. World J Diabetes. 2011;2(3):33-40.Disponivel em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3083905/> . Acesso em 11 dezembro
2021.

26
44. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Aumento da obesidade entre
adultos.IBGE, 2020. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/2
9204-um-em-cada-quatro-adultos-do-pais-estava-obeso-em-2019. Acesso em: 11
dezembro. 2021.

27

Você também pode gostar