FISIOLOGIA
FISIOLOGIA
FISIOLOGIA
498-67 - HP153316379424645
Esther Santos – 77
Canais iônicos
CANAIS IÔNICOS Grandeza medida em milivolts (Mv)
São proteínas integrais que, quando abertas, permitem a Potenciais de difusão são criados pelo movimento de
passagem de certos íons (seletividade baseada na dimensão poucos íons e não alteram a concentração iônica da
do canal e das cargas que os revestem). solução.
Canais voltagem-dependentes
Controladas por alterações no potencial de membrana. Potássio (K+) figura A
Comporta de ativação no canal neuronal de Na+ Concentração maior dentro e concentração menor fora.
o Despolarização da membrana abre a comporta Nesse momento, a membrana é permeável aos íons de K+
responsável pelo início do potencial de ação apenas, logo alto gradiente de concentração de dentro pra
Comporta de inativação do canal de Na+ fora tendência do íon de K+ se difundir para fora da
o Despolarização da membrana fecha a comporta membrana
de inativação abre a comporta de ativação
entrada de Na+ na célula K+ é positivo, logo difusão para fora leva carga elétrica
positiva, mas os ânions permanecem no interior cria uma
Canais dependentes de segundo-mensageiro DDP entre as partes interna e externa
Controladas por mudanças nos níveis de moléculas Parte externa carregada eletropositivamente
sinalizadoras, como o AMPc ou 1,4,5- inosil trifosfato (IP3), e Parte interna carregada eletronegativamente
os sensores para essas portas estão do lado intracelular do
canal de ions. A DDP gera um potencial de difusão passa a ser
suficiente para bloquear a difusão efetiva do K+ para o
Aumento de AMPc abre as comportas de canais de Na+ exterior, apesar do alto gradiente de concentração desse íon
no nodo sinusal cardíaco
Mamíferos DDP de – 94 mV com negatividade na face
Canais ligantes-dependentes interna da membrana
Algumas são controladas por hormônios e neurotransmissores, Sódio (Na+) figura B
já os sensores dessas estão localizadas do lado extracelular
do canal iônico Fora alta concentração de Na+
Acetilcolina (ACh) se liga ao receptor nicotínico (canal Dentro baixa concentração de Na+
iônico) na placa motora abre o canal permeável aos Nesse instante, a membrana se torna permeável somente aos
íons Na+ e K+ íons sódio difusão do Na+ positivamente carregados vai
para dentro cria potencial de membrana com polaridade
POTENCIAL DE DIFUSÃO
oposta
A difusão de íons gera uma DDP (diferença de potencial) na
membrana, ou seja, quando um íon se difunde seguindo seu Parte interna muito positiva pois é um cátion
gradiente de concentração. Parte externa muito negativa
O potencial de difusão só pode ser gerado se a membrana for Potencial de membrana aumenta até ser suficiente para
permeável ao íon, pois, se não for permeável, não ocorre esse bloquear a difusão efetiva dos íons sódio para dentro
potencial, independentemente da intensidade do estímulo Mamíferos potencial de +61 mv, positivo dentro da fibra
(gradiente de concentração).
Canais iônicos
EQUAÇÕES QUE DESCREVEM O POTENCIAL DE DIFUSÃO nervosos. Porém, a permeabilidade dos canais de Cl- não
tem grandes alterações nesse processo
Equação de Nernst
POTENCIAL DE MEMBRANA EM REPOUSO
Potencial de Nernst o valor do potencial de difusão, em toda
a membrana, que se opõe exatamente ao da difusão efetiva É a DDP existente através da membrana das células excitáveis
de um íon em particular (apenas um íon) (neurônios e musculares) no período entre potenciais de ação.
Determinada pela proporção entre as concentrações do íon O potencial de repouso das membranas das fibras nervosas
específico nos dois lados da membrana mais calibrosas - 90 milivolts (dentro da fibra mais
negativo)
Existem alguns fatores que determinam esse potencial, sendo
eles
FEM = força eletromotriz Bomba de sódio e potássio (transporte ativo)
Z = carga elétrica do íon Todas as membranas das células possuem essa bomba
Dá negativo se o íon for positivo, e dá positivo se o íon tiver transporta Na+ pra fora e K+ pra dentro ( K dentro Na fora)
carga negativa É uma bomba eletrogênica pois mais cargas positivas são
Equação de Goldman bombeadas pra fora do que pra dentro gerando déficit real
de íons (+) na parte de dentro potencial negativo do lado de
Utiliza-se essa equação pra calcular o potencial de difusão dentro, pois o bombeamento é 3 Na+ para fora a cada 2 K+
quando a membrana é permeável a vários íons diferentes, para dentro (3Na : 2K+)
dependendo de alguns fatores
A bomba também produz grande gradiente de concentração de
1) Polaridade das cargas elétricas de cada íon sódio e potássio, através da membrana nervosa em repouso:
2) Permeabilidade da membrana
3) Concentrações dos respectivos íons do lado interno (i) e
externo (e) da membrana
Canais iônicos
Contribuição do potencial de difusão do potássio bombeia 3 Na+ pra fora e 2 K+ pra dentro mais íons sódio
fora do que potássio dentro perda contínua de carga positiva
do lado interno da membrana grau adicional de negatividade
= -4 mv
Assim, o potencial de membrana efetivo em repouso é -90 mv
(pois, -86 dos íons + (-4 da bomba) = -90 mv)
Conceitos importantes
Canais iônicos
ESTÁGIOS DO POTENCIAL DE AÇÃO Ativação do canal de Na+ quando o potencial de
membrana se torna menos negativo (vai de -90 a +35 mv)
alteração na conformação da comporta de ativação
canal aberto íons sódio entram promovendo a
despolarização
Inativação do canal de Na+ o aumento da voltagem
(quando chega em +35mv) também faz com que a
comporta seja inativada bloqueia a entrada de sódio na
célula potencial de membrana começa a retornar para
o de repouso, que é a parte da repolarização
Estágio de repouso
É o potencial de repouso da membrana, antes do potencial de
ação, momento em que a membrana está ‘’polarizada’’ -90
mv negativo
Canais iônicos
A carga positiva dos íons cálcio altera o estado elétrico da
proteína do canal de sódio altera o nível da voltagem
necessário para abrir o canal de sódio
Se a concentração de cálcio estiver 50% abaixo do normal
canais de sódio são abertos por pequeno aumento do potencial
de membrana fibra nervosa muito excitável
descarregante repetitivamente, em vez de permanecer em
repouso causando geralmente ‘’tetania’’ muscular
Hipocalcemia tetania muscular que pode ser letal, devido à
contração tetânica dos músculos respiratórios
Além do sódio e potássio, os ânions negativos e os íons Ca2+ Ciclo vicioso de feedback positivo
devem ser considerados.
A ocorrência de qualquer evento capaz de provocar aumento
Ânions impermeantes com carga (-) no interior do axônio inicial do potencial de membrana de -90 mv abertura dos
canais de sódio o influxo de sódio aumenta o potencial de
Nos axônios existem muitos ânions que não podem passar membrana abre mais canais de sódio regulados pela
pelos canais da membrana, tais como: ânions das proteínas voltagem maior fluxo de íons sódio para o interior
moleculares, compostos orgânicos de fosfato, compostos de
sulfato etc. Até que o aumento do potencial de membrana seja suficiente
para causar o fechamento dos canais de sódio e a abertura dos
Como eles não saem do axônio, qualquer déficit de íon positivo de potássio, colocando fim no potencial de ação
(como potássio) no lado de dentro cria excesso de carga
negativa impermeantes fibra com carga negativa Limiar para o início do potencial de ação
Canais iônicos
REESTABELECIMENTO DOS GRADIENTES IÔNICOS O platô prolonga o período de despolarização e esse tipo de
Com o aumento de transmissão de impulsos com o passar do potencial de ação se dá nas fibras musculares do coração
tempo, ocorre o aumento da diferença de concentração entre o platô dura de 0,2 a 0,3 segundos (mesmo tempo da
íons Na+ e K+, por isso, o reestabelecimento dessas diferenças contração muscular do coração)
é feito pela bomba de sódio e potássio. A causa do platô pode ser definida em dois fatores
A bomba requer energia para funcionar, por isso a recarga da Canais que participam no coração
fibra é um processo metabólico ativo que usa a energia
derivada do ATP 1- Canais de sódio regulados pela voltagem (rápidos)
2- Canais de cálcio-sódio regulados pela voltagem (lentos)
A abertura dos canais rápidos juntamente com a prolongada
abertura dos canais lentos de cálcio-sódio permite,
principalmente, o influxo de íons cálcio par a fibra, sendo
responsável, em grande parte, pelo platô do potencial de ação
Canais iônicos
Abertura dos canais de potássio 2) Isso aumenta voltagem da membrana e assim sua
permeabilidade (excitabilidade espontânea)
Esse fator pode ser parcialmente responsável, pois a abertura 3) Ainda mais íons fluem para dentro
dos canais de K+ regulados pela voltagem que é mais lenta do 4) Permeabilidade aumenta mais ainda, até que o potencial
que a usual, em geral só se abrindo de modo completo até o de ação é gerado
final do platô retarda o potencial de membrana a seu valor 5) Ao final de cada potencial de ação, a membrana se
normal de repouso de -90 mv repolariza
O platô termina quando se fecham os canais de cálcio- A condutância excessiva de potássio (e o estado de
sódio e aumenta a permeabilidade dos de potássio hiperpolarizaçao) desaparece gradualmente, permirindo que o
RITIMICIDADE DE ALGUNS TECIDOS EXCITÁVEIS potencial de membrana aumente de novo até o limiar de
excitação, para que ocorra um novo potencial de ação e a
Descargas repetitivas espontâneas ocorrem normalmente no contração continue ritmicamente
Coração batimentos do coraçao CONDUÇÃO SALTATÓRIA NAS FIBRAS MIELINIZADAS
Maior parte dos músculos lisos peristaltismo rítmico dos
intestinos Fibras nervosas mielinizadas e amielinizadas
Muitos neurônios do SNC causam alguns eventos
neuronais, como o controle ritmado da respiração
Em relação aos outros tecidos excitáveis, eles podem se
descarregar repetitivamente se o limiar for suficientemente
reduzido
Para ocorrer isso, a membrana deve ser suficientemente Fibras mais delgadas sem mielina
permeável aos íons Na+ (ou aos Ca2+ e Na+) para permitir a
despolarização automática das membranas
Canais iônicos
substancia lipídica esfingnomielina, um excelente isolante Estabilizadores podem diminuir a excitabilidade, como uma alta
elétrico, reduzindo o fluxo iônico através da membrana. concentração de íons cálcio no líquido extracelular diminui a
permeabilidade para os íons sódio.
Na junção entre duas células, existe um espaço não isolado, o
nodo de Ranvier, por onde os íons conseguem passar Anestésicos locais
facilmente através da membrana do axônio.
Substancias usadas clinicamente como anestésicos
Condução saltatória procaína e a tetracaína
Mesmo que quase nenhum íon consiga passar pela bainha de Elas atuam diretamente sobre as comportas de ativação dos
mielina, eles conseguem passar pelo nodo de ranvier, ou seja, canais de cálcio dificulta a abertura dos canais reduz a
os potenciais de ação só ocorrem nos nodos de ranvier excitabilidade da membrana até que o fator de segurança
potencial conduzido de nodo a nodo, por isso ‘’saltatória’’ esteja menor que 1 = impulsos deixam de passar pelos nervos
aumenta a velocidade de 5 a 50 vezes anestesiados
PERÍODO REFRATÁRIO
Um novo potencial de ação não pode ocorrer na fibra
excitável enquanto a membrana ainda estiver despolarizada
pelo potencial de ação precedente.
Isso acontece porque os canais de sódio (ou de cálcio, ou os
dois), logo após o potencial de ação ser desencadeado, ficam
inativos e qualquer estímulo aplicado a esses canais não vai
abrir as comportas de inativação.
Única condição só se a membrana retornar ao seu valor
potencial de repouso, então, por um tempo muito curto, as
comportas de inativação se abrem e um novo potencial de ação
é iniciado.
Inibição da excitabilidade
Estabilizadores
Medula espinhal
Tronco encefálico
Hipotálamo
Ele é responsável por controlar:
Entérico
Pós-ganglionares do parassimpático
Praticamente todos os neurônios depois do gânglio são
colinérgicos (secretam noradrenalina)
Receptores muscarínicos
Obs: os efeitos da noradrenalina e adrenalina juntos tem quase
Não são canais iônicos, utilizam a proteína G como os mesmos efeitos do que a estimulação simpática no
mecanismo de sinalização organismo, porém seus efeitos são mais prolongados,
Estimulado por neurônios colinérgicos (acetilcolina) durando 2 a 4 minutos depois do término da estimulação
pós-ganglionares dos dois sistemas do SNA
O valor das medulas adrenais para a função do SNA-Simp
O receptor funciona ativando/inativando uma enzima no interior
da célula, que no caso está ligada à proteína G
Ex: a ligação de noradrenalina com o receptor muscatrínico
aumenta a atividade da adenilato ciclase aumento de
AMPc ações intracelulares
Essa descarga aumenta a capacidade do organismo exercer Compensação intrínseca para estimulação simpática
atividades musculares vigorosas, e também ocorrem algumas Durante min/h/dia/semana o tônus intrínseco no musculo liso
mudanças dos vasos aumenta, causado pela força contrátil das
PA elevada adaptações bioquímicas das próprias fibras restaura a
Fluxo sanguíneo para os músculos ativos aumentado vasoconstrição quase ao normal
Menor fluxo para trato gastrointestinal e rins (frio na Compensação intrínseca parassimpática
barriga)
O metabolismo celular aumenta No sistema parassimpático, a compensação demora mais,
Maior [glicose] no fígado e músculo necessitando de muitos meses.
Força muscular aumentada Ex: perda do tônus parassimpático do coração depois de
Atividade mental aumentada vagotomia cardíaca aumenta a frequência para 160 bpm e
Velocidade/intensidade da coagulação aumentada ela ainda vai estar alta após 6 meses.
As somas desses efeitos permitem à pessoa exercer atividade CONTROLE BULBAR PONTINO E MESENCEFÁLICO SNA
física com muito mais energia do que seria possível de outra
forma
Agonista estimulador (promove a liberação) Alguns fármacos bloqueiam a ação da acetilcolina nos
Antagonista opositor receptores colinérgicos de tipo muscarino dos órgãos efetores
Circulação sistêmica
Obs: por terem maior secção transversal do que as artérias, as Compreende as desde pequenas artérias até veias cavas, e a
veias possuem maior capacidade de armazenamento de pressão média cai progressivamente até atingir o 0 mmHg
sangue (veias cavas)
Como o mesmo fluxo de volume de sangue (F) deve passar por
Sistema pulmonar
todo segmento da circulação a cada minuto, a velocidade do
fluxo sanguíneo (v) pode ser definida: São baixas, mas estão de acordo com as necessidades dos
pulmões expor o sangue dos capilares pulmonares ao
V = F/A
oxigênio e outros gases alveolares
Inversamente proporcional à área da secção transversa
(A), portanto, as artérias (A menor) possuem maior PRINCÍPIOS BÁSICOS DA CIRCULAÇÃO
velocidade de fluxo sg do que as veias (A maior) 1. O fluxo sanguíneo, para cada tecido do corpo, deve ser
Vaorta 33cm/s quase sempre, controlado com precisão, conforme as
necessidades dos tecidos
Vcapilares 0,3 mm/s
Quando os tecidos estão ativos, eles precisam de 20 a 30 vezes
Capilares sangue permanece por apenas 1 a 3 segundos, mais de sangue, mas o coração só consegue disponibilizar 7
o que é surpreendente, pois toda a difusão acontece nesse vezes.
intervalo de tempo
Conduta: para aumentar o fluxo para determinada parte do
PRESSÕES NAS DIVERSAS PARTES DA CIRCULAÇÃO corpo, os microvasos de cada tecido monitoram (receptores
químicos) continuadamente suas necessidades (pontal ou
Aorta e grandes artérias local, não sistêmica. Por exemplo: disponibilidade de O2 e
outros nutrientes e o acúmulo de CO2 e outros produtos
Como o coração bombeia continuadamente para a aorta, a
pressão média na aorta é alta 100mmHg 2. O débito cardíaco é controlado principalmente pela soma
de todos os fluxos locais dos tecidos
F = fluxo sanguíneo
P = diferença de pressão
PRESSÃO SANGUÍNEA
R = resistência
Usualmente medida em mmHg por um mercúrio no
Quanto maior a resistência, menor o fluxo
manômetro.
Quando maior a diferença de pressão, maior o fluxo
Significa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade
de área da parede vascular
A usual é medir a pressão arterial
Pressão de 50 mmHg = força exercida pelo sangue é suficiente
para empurrar uma coluna de mercúrio contra a gravidade a um
Obs: é a diferença de pressão entre as extremidades do vaso nível de 50 mm de altura
e não a pressão absoluta no interior do vaso que determina a
intensidade/velocidade do fluxo. Pois, se tiver um gradiente 0, RESISTÊNCIA AO FLUXO SANGUÍNEO
não vai existir o fluxo
A resistência é o impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso.
Resistência total periférica e vascular pulmonar total Portanto, a resistência total é muito menor do que qualquer
vaso sanguíneo isolado.
A intensidade do fluxo sanguíneo, através de todo o sistema, é
igual à intensidade do bombeamento do sangue pelo coração A adição de vasos sanguíneos a um circuito reduz a resistência
vascular total pois eles em paralelo facilitam o fluxo de
débito cardíaco (volume que o coração ejeta por minuto) no
homem é 100 ml/s sangue pelo circuito, pois cada um representa um novo
caminho (condutância) para o fluxo
Resistência total periférica = diferença de pressão entre as
artérias e veias sistêmicas / débito cardíaco
situação normal
R.T.P = 100 / 100 = 1URP (unidade de resistência periférica)
No caso, a pressão é a mesma, então o fluxo tem relação direto Anemia menos hemácia menor viscosidade e maior fluxo
com a resistência aumentou o diâmetro, aumentou a
condutância Policitemia mais hemácia maior viscosidade e menor
fluxo
Lei de Poiseuille
Explica a causa do grande aumento da condutância quando o
diâmetro aumenta
Tem a ver com o fluxo laminar maior o vaso + números
de camadas menor adesão das partículas mais rápido é
o fluxo
Pequeno vaso sangue no anel que toca na parede do vaso Aumento da pressão arterial aumenta muito o fluxo
quase não está fluindo, por causa de sua aderência ao sanguíneo em muitos tecidos, pois
endotélio elevação da PA aumenta a força que empurra o sangue
EFEITO DO HEMATÓCRITO E DA VISCOSIDADE NA pelos vasos
elevação da PA provoca dilatação dos vasos, ao mesmo
RESISTÊNCIA VASCULAR E NO FLUXO SANGUÍNEO
tempo
Hematócrito: a percentagem de sangue constituída por
ao passo que, redução da PA maior resistência menor
células. Determinada por centrifugação
fluxo (mais lento)
Ex: a pessoa tem um hematócrito de 40, então 40% de seu
as grandes variações do fluxo sanguíneo que pode ser
volume sanguíneo são formados por células e 60% é de plasma
causados pela estimulação simpática aumentada contrai
elevação do hematócrito aumenta a viscosidade do os vasos sanguíneos reduz o fluxo até 0 durante alguns
sangue segundos, por causa da alta pressão arterial
quanto maior a viscosidade, menor será o fluxo em um além disso, hormônios vasoconstritores como
vaso. O sangue é viscoso por causa do grande numero de norepinefrina, angiotensina II, vasopressina ou endotelina
hemácias em suspensão no sangue, exercendo atrito contra reduz o fluxo pelo menos transitoriamente
células adjacentes e contra o endotélio
Distensibilidade Vascular
DISTENSIBILIDADE VASCULAR Constituída por tecido conjuntivo frouxo, normalmente se torna
continua com o tecido conjuntivo do órgão pelo qual o vaso
Todos os vasos sanguíneos são distensíveis, sendo as veias sanguíneo está passando
mais do que as artérias.
As veias se distendem mais que as artérias
Artérias permite acomodar o débito pulsátil do coração,
impedindo os extremos de pressões Paredes das artérias mais espessas que as das veias
distendem menos
Veias acomodam o sangue, funcionando como reservatório
A capacidade de distensão é causada pela inibição do
A distensibilidade vascular normalmente é expressa pela
sistema simpático, retirando a constrição do vaso
fórmula:
As veias (pulmonares e sistêmicas) se distendem 8x mais, ou
seja, um determinado aumento de pressão faz ela aumentar 8x
mais o volume sanguíneo comparada a uma artéria
Artérias pulmonares distendem 6x mais do que as
Ou seja: aumento do volume maior pressão vaso se sistêmicas, pois elas trabalham sob pressão menor =
distende (diâmetro maior) diminui a resistência capacidade muscular menos espessa = maior distensão
aumenta o fluxo sanguíneo
COMPLACÊNCIA OU CAPACITÂNCIA VASCULAR
Histologia dos vasos (túnicas)
A complacência representa a capacidade de sangue que pode
ser armazenada em um vaso para cada mmHg de aumento da
pressão
Complacência = distensibilidade x volume
Túnica íntima
Constituído por células endoteliais, tecido conjuntivo frouxo e
lâmina elástica interna constituída de elastina e permite a
contração do vaso
Túnica média
Laminas elásticas, fibras reticulares (colágeno tipo III),
proteoglicanas e glicoproteínas. Nas artérias, a túnica média
possui uma lâmina mais delgada (fina) que separa ela da
próxima túnica. Nas veias, uma maior variação de volume tem menor alteração
de pressão, por isso, pode se transfundir até 0,5L de sangue,
Túnica adventícia (externa)
em poucos minutos, para a pessoa saudável sem que ocorra
grande alteração na função circulatória
Distensibilidade Vascular
Já no sistema arterial, pouca alteração de volume produz PRESSAO ARTERIAL
grande diferença de pressão
As pulsações servem para permitir que o fluxo seja laminar,
Controle simpático tanto na sístole quanto na diástole (pois se não haveria fluxo
apenas na sístole) e também para permitir as trocas de
Estimulação simpática contração do vaso menor substâncias nos capilares.
diâmetro maior resistência e maior pressão nas artérias e
nas veias Pulsos de pressão na raiz da aorta para adulto jovem
Inibição simpática maior distensão do vaso mais volume Pressão sistólica (contração) 120 mmHg
acomodado diminui a pressão sob cada volume
Pressão diastólica (ventrículo se enchendo, relaxamento)
O controle vascular pelo SNA-S permite que o organismo 80 mmHg
trabalhe pata desviar o fluxo de um ponto para outro,
conforme a necessidade simpático aumenta a Pressão de pulso: é a diferença entre a pressão sistólica e
resistência em um local, desviando o fluxo diastólica 40 mmHg
O aumento do tônus vascular ao longo da circulação
sistêmica grande volume desviado para o coração
aumenta o bombeamento cardíaco
O controle simpático da capacitância é importante em
hemorragias. Pois, o aumento do tônus nas veias, reduz o
calibre dos vasos, permitindo o funcionamento normal da
circulação (com até 25% da perda do volume sanguíneo
total), pois as veias não variam tanto a pressão dado volume.
Distensibilidade Vascular
TRAÇADOS ANORMAIS DA PRESSÃO DE PULSO A velocidade da transmissão nos grandes ramos é menor do
que nas pequenas artérias, pois quanto maior a
complacência, menor será a velocidade, explicando a lenta
transmissão na aorta.
Arteriosclerose
A pressão de pulso na velhice aumenta até 2 vezes pois as
artérias ficam endurecidas pela arteriosclerose, e assim são
menos complacente.
Logo, quanto menor a complacência, maior a pressão de pulso. Amortecimento da transmissão do pulso
Distensibilidade Vascular
VEIAS E SUAS FUNÇÕES o Insuficiência cardíaca grave = coração não contrai
bem aumenta o volume no AD aumenta a
Proporcionam vias de passagem do fluxo de sangue pressão
Capacidade de contrair e relaxar o Após transfusão com grande volume de sangue
Veias periféricas impulsionam o sangue por meio da maior entrada de sangue no AD vindo dos vasos
bomba venosa periféricos
Capazes de controlar o débito cardíaco Diminua de -3 a -5 mmhg
o Bombeamento cardíaco vigoroso (com muita força)
PRESSÃO ATRIAL DIREITA - CENTRAL o Fluxo de sangue vindo dos vasos periféricos para o
Pressão venosa central coração fica reduzido, como ocorre em hemorragia
grave
É representada pela pressão no átrio direito pois é onde as
veias sistêmicas (cava inf. e sup) desembocam o sangue. RESISTÊNCIA E PRESSÃO VENOSA PERIFÉRICA
Pressão atrial direita normal = 0 mmHg Grandes veias apresentam pouca resistência (quase 0)
quando estão distendidas, praticamente não influenciando na
Regulada pelo balanço entre pressão periférica.
Capacidade de esvaziar o ventrículo direito Maioria das veias que entram no tórax comprimida em
Capacidade do ventrículo direito mandar sangue para alguns pontos por tecidos adjacentes, comprometendo o
artéria pulmonar fluxo sanguíneo
Tendência do sangue retornar para o AD
Veias dos braços comprimida pela 1ª costela
Coração bombeando fortemente Pressão do AD diminui Veias do pescoço frequentemente se reduz muito,
(pois vai ter menos sangue) fazendo com que as veias sejam colapsadas
Pelo abdome comprimidas por órgãos e pela pressão
Coração enfraquecido Pressão do AD aumenta (pois vai ter
intra-abdominal
mais sangue, não consegue bombear direito)
Assim, algumas grandes veias costumam oferecer alguma
Influxo de sangue das veias periféricas para o AD eleva a
resistência ao fluxo sanguíneo e, por isso, a pressão nas
pressão AD pois vai ter mais sangue. E existem alguns fatores
pequenas veias periféricas na pessoa deitada é +4 a +6 mmhg
que aumentam esse retorno para o AD
maior que a pressão atrial direita (por causa das áreas de
Aumento do volume sanguíneo compressão)
Aumento do tônus dos grande vasos, aumentando a
pressão venosa periférica (pois está desviado o fluxo para
a região central)
Dilatação das arteríolas, diminuindo a resistência periférica
e permitindo rápido fluxo de sangue artéria-veia
Distensibilidade Vascular
Obs: no coração fraco mais sangue que não foi bombeado carregado para baixo, causando embolia no coração =
maior pressão aterial maior pressão venosa periférica fatal
se dilatam para impedir que as áreas se colapsem, distribuindo
melhor o fluxo para as áreas periféricas BOMBAS VENOSAS E SEUS EFEITOS SOBRE A PRESSÃO
A bomba venosa (válvulas) funciona quando o as pernas são
Efeito da pressão intra-abdominal sobre as pressões
movimentadas, e a contração do músculo ejeta o sangue para
venosas do MMII
fora das veias, permitindo seu retorno ao coração e não
Pressão média na cavidade abdominal normal (deitada) +6 deixando que a pressão dos pés seja sempre +90 mmhg
mmhg enquanto caminha vai para +20 mmhg por causa da bomba
+15 a +30 mmhg gravidez, grandes tumores, obesidade Se a pessoa fica em pé e imóvel a bomba não funciona pés
abdominal ou excesso de liquido (ascite) com +90 mmhg pressões nos capilares aumentam (o normal
Quando isso acontece maior pressão nas veias da é ser baixa para que o plasma não extravase) liquido sai do
perna que devem se elevar acima da pressão abdominal sis.circulatório para os espaços teciduais pernas inchadas
para o sangue conseguir fluir para o coração (sangue e menor volume sanguíneo (pois não retorna pro coração)
vai de onde tem a maior pressão para menor pressão)
De 15 a 30 minutos assim pode provocar desmaio, o que
EFEITO DA PRESSÃO GRAVITACIONAL SOBRE A acontece com soldados que permanecem na posição de
PRESSÃO VENOSA sentido
Varicosas
Frequentemente, as veias são distendidas por alta pressão
venosa, podendo ser até destruídas, como ocorre na gravidez
ou pessoa que passa muito tempo em pé
Distensão das veias o vaso fica mais gordo e as válvulas
não conseguem se fechar completamente (pois elas não
aumentam) pressão nas veias aumenta destrói a função
das válvulas desenvolvimento de veias varicosas,
Obs: a diferença gravitacional entre o nível da costela e da mão caracterizadas por grandes protusões bolhosas
é de 29 mmhg +6 mmhg (pela compressão da veia ao passar
Ainda há a formação de edemas pela saída de liquido dos
pela costela) pressão de +35 mmhg nas veias da mão
capilares impede a difusão adequada músculos
Obs: as veias no interior do crânio não podem entrar em doloridos e fracos e a pele pode gangrenar e ulcerar
colapso por aumento da pressão, por isso, podem ocorrer
Tratamento elevação das pernas e meias de
pressões negativas nos seios (-10 mmhg) por causa da
compressão
‘’sucção’’ hidrostática entre a parte superior e a base do crânio
Estimativa clinica observação do grau de distensão das
Se o seio sagital for aberto durante uma cirurgia, pode veias do pescoço
ocorrer sucção de ar para o sistema venoso e ele pode ser
Distensibilidade Vascular
Baço
Fígado
Grandes veias abdominais
Plexo venoso sobre a pele
Obs: coração e pulmões embora não façam parte desse
sistema, também podem ser considerados
Organismo perde sangue PA começa cair encéfalo e Elas também participam no sistema imune, pois removem
medula espinal emitem sinais nervosos pelos nervos os detritos celulares de bactérias e parasitas, por isso o
simpáticos provoca constrição dos vasos compensa o baço cresce de tamanho em algumas infecções crônicas
baixo fluxo, funcionando normalmente até com 20% da perda
Determinadas partes são chamadas de reservatórios
sanguíneos específicos de sangue
Apresentam um tamanho intermediário entre os poros dos Sistema linfático traz de volta à circulação pequenas
músculos e os do fígado quantidades de proteínas e de liquido em excesso que
extravasou do sangue
Glomérulos capilares renais
Forças de Starling
Muitas pequenas aberturas ovais, frenestrações, permitem a
passagem de substâncias iônicas e moleculares (mas não Existem 4 forças que irão determinar se o liquido vai pro espaço
proteínas) que podem ser filtradas pelos glomérulos intersticial ou no sentido inverso.
1. Pressão capilar (Pc)
tende a forçar o liquido para fora através da membrana
geralmente, a Pc é mais alta na extremidade arteriolar
(causando filtração) e menor na extremidade venosa
(causando absorção)
Ducto torácico
Escoa-se no sistema venoso, através da junção da veia
jugular interna esquerda com a subclávia esquerda
Drena lado esquerdo da parte superior e e membros inferiores
O fluxo linfático é muito pequeno, com pressões do líquido int, Portanto, pode-se estabelecer uma fórmula:
abaixo do valor normal de -6 mmHg. Assim, qualquer fator que Intensidade = Pli x Atividade da bomba
aumente a pressão do liquido intersticial, vai aumentar o
fluxo linfático (se eles estiverem funcionando normalmente). PAPEL NO CONTROLE DA CONCENTRAÇÃO DE PROTEÍNA
E eles incluem:
O sistema linfático trabalha com um mecanismo para devolver
Pressão hidrostática capilar elevada à circulação o excesso de proteína e de líquido nos espaços
Pressão coloidosmótica diminuída do plasma teciduais, pois:
Pressão coloidosmótica aumentada do L.I
Aumento de proteína no LI aumenta a pressão
Permeabilidade aumentada dos capilares coloidosmótica dos LI (faz a água sair por osmose, em vez de
Todos eles fazem um balanceamento que favoreça a saída do entrar) desloca o balanço das forças de starling fica a
liquido do capilar sanguíneo para o interstício aumenta favor da filtração de liquido para o interstício (sair liquido)
o volume aumenta a pressão do L.I e do fluxo linfático aumenta o volume no interstício aumenta a pressão do LI
aumento da velocidade do fluxo linfático remove o LI e a
proteína em excesso que se acumularam nos espaços.
O controle local do fluxo é realizado por 2 mecanismos: De acordo com ela, quanto menor a intensidade do
metabolismo e menor disponibilidade de O2 ou de outros
1. Controle agudo rápido nutrientes, maior será a formação de substancias
2. Controle a longo prazo mais demorado vasodilatadoras pelas próprias células teciduais.
CONTROLE AGUDO DO FLUXO SANGUÍNEO Elas se difundem pelos tecidos até os esfíncteres pré-capilares,
metarteríolas e arteríolas, causando dilatação. Algumas delas
Realizado por meio de rápidas variações da dilatação ou são:
vasoconstrição das arteríolas, metarteríolas e esfíncteres pré-
capilares. Ocorre em poucos segundos ou minutos para Adenosina
permitir a manutenção do fluxo sanguíneo tecidual local o O aumento da atividade do coração e de seu
apropriado metabolismo faz com que a concentração de
oxigênio diminua e também que haja mais quebra
Aumento do metabolismo aumenta o fluxo de ATP para liberar energia, com essa quebra,
também há a liberação de adenosina que vai
escoar para fora das células miocárdicas para
dilatar os vasos
CO2
Compostos fosfatados de adenosina
Histamina
Íons K+
Íons H+
Nos rins
Como ele tem a função de filtração, seu fluxo depende de um
feedback tubuloglomerular. Aumento do fluxo de sangue provoca estresse por
cisalhamento das células endoteliais distorce as células a
A mácula densa detecta a composição do líquido no início do direção do fluxo produção de NO a partir de arginina e
túbulo distal e ela está localizada no ponto que o túbulo faz oxigênio
contato com as arteríolas aferentes e eferentes, no aparelho
justaglomerular do néfron. NO produxido ativa guanilato ciclase solúvel ela converte
CGTP em CGMP provocam o relaxamento
Em situações em que há muito líquido sendo extravasado
maior filtração mácula densa envia um feedback provoca A síntese a liberação de NO também é estimulada por alguns
a constrição das arteríolas aferentes reduz o fluxo vasoconstritores como a angiotensina II se liga aos
sanguíneo renal receptores e provoca essa cascata de reações protege o
vaso da vasconstrição excessiva
A veia tem parede fina e quando ela é ligada a uma artéria AGENTES VASODILATADORES
coronariana, fica mais exposta a aumentos na pressão
intraluminal e na tensão da parede. Bradicinina
Isso faz iniciar o processo de hipertrofia nas células do Diversas cininas provocam intensa vasodilatação e ela é
músculo liso vascular engrossa e reforça a parede da veia ativada pela maceração do sangue, por inflamação tecidual o
por efeitos físicos e químicos.
A bradicina provoca intensa dilatação arteriolar e aumento da
permeabilidade capilar requerimentos para reações
inflamatórias
Histamina
Liberada em praticamente todos os tecidos quando ele é
lesado, tornar-se inflamado ou passar por uma reação alérgica.
A maior parte deriva de mastócitos ou de basófilos.
Exerce potente efeito vasodilatador nas arteríolas, possuindo a
capacidade de aumentar a porosidade capilar também,
permitindo o extravasamento de liquido e de proteínas
plasmáticas para os tecidos.
Em muitas ocasiões patológicas, os efeitos da histamina fazem
com que enorme quantidade de liquido extravase da circulação
para os tecidos causando edema
O controle nervoso da circulação é feito basicamente pelo Estimulação liberação de norepinefrina receptores B
sistema nervoso autônomo, principalmente o simpático. O adrenérgicos vasoconstrição aumenta a resistência
SNA parassimpático controla a função cardíaca (coração) diminui a velocidade do fluxo pelos tecidos
Desempenha papel secundário na regulação da função Estimulação vasoconstrição diminui o volume nas veias
vascular, e seu efeito mais importante é o controle da coração aumento da frequência cardíaca (FC)
frequência cardíaca pelas fibras nervosas parassimpáticas aumento do bombeamento e do débito cardícado
do coração pelos nervos vagos (par X) (volume/min)
Fibras vasoconstritoras
1. Nervos simpático específicos vasculatura das vísceras MEDULAS ADRENAIS E RELAÇÃO COM O SNA-S
e do coração
O impulso simpático é transmitido tanto para os vasos quanto
2. Nervos espinais periféricos vasculatura das áreas
para as medulas adrenais, provocando secreção de
periféricas
epinefrina e norepinefrina pelas adrenais no sangue
A maioria dos tecidos exceto os capilares são inervados, os vasoconstrição
mais inervados são as pequenas artérias, arteríolas e veias
Obs: nervo para os vasos tem mais norepinefrina, já a liberação
pela adrenais tem mais epinefrina
Em alguns tecidos a epinefrina provoca vasodilatação, já que
ela também tem um efeito estimulador B-adrenérgico que dilata
os vasos
QUIMIORRECEPTORES PERIFÉRICOS
Existe um reflexo quimiorreceptor, intimamente relacionado
com o barorreceptor, porém, a resposta é desencadeada por
quimiorreceptores.
Eles são células sensíveis ao baixo nível de O2 e ao excesso
de CO2 e H+
Eles estão localizados em uma região que favorece o
constante contato íntimo com o sangue arterial
Localização
Localizados nos corpos carototídeos (próximos a bifurcação
da artéria carótica comum)
RESPOSTA DO REFLEXO BARORRECEPTOR À
HEMORRAGIA E nos corpos aórticos, ao longo do arco aórtico.
Processo
Isquemia cerebral baixo fluxo sanguíneo para o CVM
deficiência nutricional como O2 excitam neurônios
vasoconstritores e cardioaceleradores simpáticos
elevação da pressão arterial sistêmica até os níveis máximos
do bombeamento cardíaco
MECANISMO DE AÇÃO
EFEITOS DA ANGIOTENSINA
A angiotensina II faz com que os rins retenham água e sal
por 2 mecanismos principais:
1. Atuando diretamente sobre os rins
Pois, a angiotensina II é um forte vasoconstritor, assim,
constrição das arteríolas renais reduz o fluxo sanguíneo
reduz pressão nos capilares peritubulares provoca
rápida reabsorção de liquido e de sal (NaCl), podendo
reduzir o débito urinário
2. Atua sobre as células da zona glomerulosa do córtex
suprarrenal, estimulando a síntese e a secreção de
aldosterona
Coração direito
Coração direito bombeia pulmões
Esse tecido também é peculiar por conter os discos
Ventrículo direito circulação pulmonar intercalados, que são membranas celulares que separam as
células miocárdicas uma das outras, conectando-as
Coração esquerdo paralelamente.
Coração esquerdo bombeia circulação Em cada disco, as membranas fundem entre si para formar
Ventrículo esquerdo circulação sistêmica junções comunicantes permáveis (junção gap),
permitindo a rápida difusão de íos. Ou seja, isso facilita a
Além disso, o ritmo cardíaco transmite potenciais de ação propagação dos potenciais de ação entre as células.
para o miocárdio e causa os batimentos ritmos do coração.
Assim, o miocárdio é um sincício de muitas células
musculares cardíacas, que estão conectadas e quando são
excitadas, o potencial de ação se espalha rapidamente.
0. Fase de despolarização
Canais rápidos de Na+ dependentes de voltagem se
abrem e Na+ entra e despolariza a membrana
Potencial de membrana alcança +20 mv
Momento de repolarização
O MEC começa a se contrair poucos milissegundos após Impedem o refluxo das grandes artérias para os ventrículos.
o PA ter início e continua após o final do potencial
VE para aorta valva semilunar aórtica
Assim, a duração da contração é função da duração do
VD para pulmonar pulmonar
potencial de ação, incluindo o platô
Função dos músculos papilares
Atrial por volta de 0,2s
Ventrículo por volta de 0,3s Os músculos papilares estão ligados aos folhetos das valvas
A-V pelas cordas tendíneas
O CICLO CARDÍACO
Eles se contraem ao mesmo tempo que as paredes dos
ANATOMIA DO CORAÇÃO ventrículos, mas não ajudam as valvas a se fechar, mas
puxam as valvas em direção aos ventrículos para que elas
não sejam muito abauladas para trás (em direção aos átrios)
durante a contração.
Insuficiência cardíaca ou morte pode resultar quando uma
das cordas se rompa ou um dos músculos paralise, fazendo
com que a valva se abaúle muito pra trás durante a sístole, o
que pode permitir grave refluxo
Valvas AV
Impede o retorno do sangue dos ventrículos para os átrios Tum-tá
AV esquerda: bicúspide ou mitral (porque parede um chapéu Tá (B2) fechamento das valvas semilunares
de padre)
DEFINIÇÃO DO CICLO CARDÍACO
Período que ocorre entre os batimentos e cada ciclo se
inicia pela geração espontânea de potencial de ação no nodo
sinusal (parede lateral superior do AD)
Então, do nodo sinusal o PA se difune para os dois átrios e,
depois, por meio do feixe A-V, para os ventrículos.
Há um retardo de 0,1s da passagem do impulso cardíaco dos
átrios para os ventrículos, permitindo que os átrios se
contraiam antes, bombeando o sangue para o interior dos
ventrículos antes do começo da forte contração
ventricular.
Ejeção cardíaca: quando a pressão no ventrículo esquerdo, Quando a FC aumenta, a duração de cada ciclo cardíaco
que é mais forte, passa de 80 mmHg, as valva semilunar diminui, incluindo a fase de contração e de relaxamento.
aórtica se abre, enquanto a AV (mitral) permanece fechada,
A duração do PA e do período da sístole também diminui
ejetando o sangue para a aorta em direção à circulação
no normal, a sístole abrange 40% do ciclo cardíaco, mas
Nem todo o sangue é ejetado durante essa fase, quando a FC aumenta, ela pode ocupar até 65%.
apenas 60% (pode-se perceber que o volume em
Isso significa que o coração não permanece relaxado
azul está caindo)
tempo suficiente para permitir o enchimento completo das
Ao receber o volume, a aorta também tem sua câmaras cardíacas antes da próxima contração (dos átrios)
pressão aumentada (1ª linha tracejada)
B2 som ‘’tá’’ da valva semilunar se fechando (nesse caso
é a aórtica)
Durante a sístole cardíaca (momento de contração dos DIAGRAMA VOLUME-PRESSÃO DURANTE O CICLO
ventrículos), somente cerca de 60% do volume no ventrículo CARDÍACO
é ejetado
Fase II ou ponto B
Período de contração isovolumétrica, mostrando que o
volume permanece o mesmo pois todas as válvulas estão
fechadas. Porém, a pressão aumenta até igualar à da aorta,
que vai ser o momento que ela vai abrir e vai começar a
próxima fase
CURVA DE PRESSÃO DIASTÓLICA
Fase III ou ponto C
Determinada pelo enchimento do coração de sangue (parte
que ele está contraído) e é medida antes do início da É o período de ejeção, a pressão se aumenta mais por causa
contração ventricular da contração do VE e o volume diminui pois está sendo
enviado para a circulação sistêmica
Até 150ml, a pressão diastólica não aumenta muito, assim,
até esse volume, o sangue pode fluir facilmente do átrio Fase IV ou ponto D
para o ventrículo.
É o período de relaxamento isovolumétrico, e como é
Acima de 150ml, a pressão sobe muito, pois o tecido fibroso relaxamento a pressão vai caindo. Nesse momento todas as
cardíaco não se distende mais e o pericárdio está no seu válvulas estão fechadas e o ventrículo está se preparando
limite de volume praticamente. para receber o sangue dos átrios
É determinada pela medida da pressão sistólica, durante a É a área em vermelha delimitada pelo diagrama de volume-
contração ventricular e ela se eleva mesmo com volumes pressão. Quando o coração bombeia grandes quantidades de
muitos baixos, e atinge o seu máximo entre 150 e 170 ml. sangue, a área do diagrama de trabalho se alarga muito.
A partir disso, se o volume aumentar a pressão sistólica vai Se estende para a direita pois o ventrículo se enche
diminuir (porção descendente), pois, com grandes volumes mais de sangue durante a diástole
como esses, os filamentos de actina e miosina ficam Se eleva mais pois o ventrículo se contrai com maior
afastados o suficiente para que a força de contração seja pressão
menor
1- Regulação cardíaca intrínseca, relacionada com o aporte CONTROLE PELO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
do volume chegando no coração
O coração recebe fibras simpáticas, pelos nervos simpáticos,
2- Controle da FC e do força de batimento pelo SNA
e parassimpáticas, pelo nervo vago (X par)
REGULAÇÃO INTRÍNSECA – MECANISMO DE FRANK-
STARLING
A quantidade de sangue bombeada por minuto é determinado
pelo retorno venoso.
O mecanismo afirma que quanto mais o miocárdio for
distendido durante o enchimento, maior será a força de
contração e a ejeção, ou seja, dentro dos limites
fisiológicos, o coração bombeia todo o sangue que a ele
retorna pelas veias
CURVAS DE FUNÇÃO VENTRICULAR Pode chegar a parar os batimentos por alguns segundos mas
depois o coração ‘’escapa’’ e volta a bater entre 20 a 40 vezes
por minuto.
As fibras vagais estão dispersas mais pelos átrios do que nos
ventrículos, no qual ocorre a força de contração. Isso explica
o porquê do fato da estimulação vagal ocorrer principalmente
sobre a redução da frequência cardíaca e não diminuir de
modo acentuado a força de contração
EFEITO DA TEMPERATURA
Redução (hipotermia)
Diminui a FC, caindo até poucos batimentos por minuto
MECANISMO DE RITMICIDADE
Algumas fibras cardíacas tem a capacidade de autoexcitação,
que causa descarga automática rítmica, incluindo as fibras do
nodo sinusal.
Existem 3 tipos de canais iônicos que contribuem para a Não há um estímulo, ela sai para o potencial de ação por si só,
contração cardíaca, mas no nodo S-A eles funcionam diferente: por causa que existe alguns canais de sódio que sempre ficam
abertos.
Canais rápidos de sódio
Canais de cálcio do tipo L (lentos de sódio-calcio) Além disso, até o limiar, o potencial de ação vai aumentando
Canais de potássio gradualmente, e não abruptamente igual os ventrículos (olhar
no gráfico)
Porém, só esses dois últimos vão funcionar no nodo sinusal,
pois em -55mv os canais rápidos de sódio já se fecharam Porém, para que as fibras não permaneçam constantemente
despolarizadas, 2 eventos inibem esse processo:
1. Os canais de cálcio-sódio são inativados (fecham) dentro
de 100 a 150 milessegundos após sua abertura
FIBRAS DE PURKINJE
As fibras de Purkinge saem do nodo A-V passam pelo feixe
A-V ventrículos
Efeitos
Primeiramente, a acetilcolina diminui o ritmo do nodo sinusal e
depois reduz a excitabilidade das fibras, lentificando a
transmissão do impulso para os ventrículos.
Pode reduzir a frequência, mas se for muito intensa, pode até
bloquear a transmissão do impulso para os ventrículos por 5 a
20 segundos.
A reação é o desenvolvimento de ritmo próprio pelas fibras
MARCA PASSO ECTÓPICO
de Purinje para retornar a contração ventricular fenômeno
É um marca-passo em qualquer lugar que não o nodo sinusal, chamado de escape ventricular
as vezes acontece no nodo A-V ou nas fibras de Purkinje.
ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA
Essa condição produz sequências anormais da contração de
diferentes partes do coração, podendo comprometer o A estimulação simpática leva à liberação de norepinefrina que
bombeamento. vai estimular os receptores adrenérgicos B1
Um local no musculo atrial ou ventricular desenvolve A norepinefrina vai aumentar a permeabilidade das fibras aos
excitabilidade excessiva e passa a ser o marca-passo íons sódio e potássio torna o potencial de repouso mais
Bloqueio da condução do impulso do nodo sinusal para as positivo acelera o processo de elevação de potencial de
demais porções membrana durante a diástole aumenta a frequência
cardíaca
SÍNDROME DE STOKES-ADAMS
Além disso, essa maior permeabilidade também reforça a ação
Quando ocorre bloqueio A-V (impulso falha em passar dos do cálcio na excitação e nos processos contráteis das
átrios para os ventrículos pelo nodal ou feixe A-V) os átrios se miofibrilas gerando uma maior força de contração
contraem normalmente com a frequência normal do nodo
Efeitos
sinoatrial, enquanto o novo marca-passo se desenvolve no
sistema ventricular de Purkinje. Primeiro, aumenta a frequências de descargas do nodo sinusal
Após o bloqueio A-V de repente, o sistema de Purkinje demora Segundo, aumenta a velocidade de condução e a excitabilidade
de 5 a 20 segundos para iniciar a emissão de impulsos e, em todas as porções do coração
durante esse tempo, os ventrículos não bombeiam sangue e a
pessoa desmaia por falta de fluxo sanguíneo no cérebro, e Terceiro, aumenta a força de contração ventricular e atrial
se esses períodos de atraso se prolongarem demais, pode
ocasionar a morte
Mecanismo
Eletrocardiograma
O ECG são os registros dos potenciais elétricos gerados pela INTERVALO Q-T
corrente elétrica do impulso do coração.
A contração do ventrículo dura aproximadamente do inicio da
onda Q até o final da onda T, formando o intervalo Q-T
Normal 0,35 segundos
Varia de forma acentuada com o nível de atividade do corpo, Ou seja, a regulação do DC é a soma de todas as regulações
os fatores que afetam: do fluxo sanguíneo local e na maioria dos tecidos esse fluxo
aumenta em proporção ao metabolismo do tecido
Nível basal de metabolismo corporal
Exercício
Idade
Dimensões do corpo
Homens saudáveis e jovens: DC em repouso = 5,6 L/min
Mulheres: DC em repousp = 4,9 L/min
EFEITO DA IDADE
O DC é regulado por toda a vida, quase diretamente
proporcional à atividade metabólica total.
O índice cadíaco diminuído é indicativo do declínio da atividade
ou da massa muscular com a idade, por isso pessoas mais
velhas possuem menor DC, como mostra o gráfico:
Hipertrofia cardíaca
O aumento da carga a longo prazo (mas não ao ponto de
lesionar) faz o MEC aumentar sua massa e sua força de
contração, assim como o exercício intenso causa hipertrofia no
MEE.
Por exemplo, em corredores maratonistas, a excitação
nervosa juntamente com a hipertrofia cardíaca pode fazer o
coração bombear de 30 a 40 L/min
Beribéri
A deficiência de tiamina B1 diminui a capacidade dos tecidos
de usarem alguns nutrientes, assim, os mecanismos de fluxo
Fístula arteriovenosa
A presença da fístula faz com que o sangue flui diretamente da
artéria para a veia, diminuindo a resistência periférica total
Hipertireoidismo
Os aumentos do metabolismo dos tecidos provocam
vasodilatação por causa dos controles locais de fluxo,
diminuindo a RTP
Anemia
Ela diminui a RTP por reduzir a viscosidade do sangue e por PAPEL DO SISTEMA NERVOSO NO CONTROLE DO DC
distribuir menos oxigênio aos tecidos, causando a
vasodilatação.
Circulação coronariana
CIRCULAÇÃO CORONARIANA Assim, a ‘’eficácia’’ da utilização cardíaca de energia se eleva
para compensar a relativa deficiência do suprimento
O coração recebe seu suprimento sanguíneo quase totalmente coronariano
pelas artérias coronarianas
ALTERAÇÕES NO FLUXO DURANTE A SÍSTOLE E A
Artéria coronariana esquerda DIÁSTOLE NO VE
Supre as porções anterior e lateral esquerda do ventrículo
esquerdo
Seio coronariano
a maior parte do fluxo sanguíneo venoso coronariano do VE
retorna ao AD pelo seio coronariano (75% do fluxo sanguíneo
coronariano)
Durante a sístole no ventrículo esquerdo
Veias cardíacas anteriores
O fluxo cai muito durante a sístole, pois há uma forte
A maior parte do sangue venoso coronariano do músculo do compressão dos vasos sanguíneos intramusculares pelo VE
VD retornas pelas veias cardíacas anteriores, e não pelo seio durante a contração
coronariano, que fluem para o AD
Pelo VD também, mas como ele é mais fraco, a interrupção do
Veias tabesianas fluxo não é tão grande
Pequena quantidade de sangue venoso coronariano também Durante a diástole no VE
reflui para o coração pelas diminutas veias tabesianas, que
escoam diretamente nas câmaras cardíacas O músculo cardíaco relaxa e não obstrui mais o fluxo sanguíneo
pelos capilares do músculo ventricular esquerdo, de forma que
o sangue flui rapidamente durante a diástole
Porém, esse aumento não é tão maior quanto o aumento da Artérias subendocárdicas
carga de trabalho, o que significa que a razão gasto
Está em uma parte mais profunda, sob o endocárdio, também
energético/fluxo coronariano aumenta.
contribui para a irrigação.
Circulação coronariana
Eles compensam o fluxo reduzido das artérias Estimulação parassimpática
intramusculares durante a sístole, por isso desempenham
um papel importante em certos tipos de isquemia coronariana Efeito direto os nervos vagos liberam acetilcolina que
diminui a FC e tem leve efeito depressor sobre a contratilidade.
CONTROLE DO FLUXO NAS CORONÁRIAS
Efeito indireto a diminuição da FC reduz o consumo de
POR NECESSIDADE METABÓLICA O2 pelo coração as artérias coronarianas se contraem,
reduzindo o fluxo
O fluxo coronariano é regulado pela vasodilatação arteriolar
em reposta às necessidades nutricionais do músculo, ou Os receptores vasoconstritores são alfa (a)
seja, metabolismo.
ASPECTOS ESPECIAIS DO METABOLISMO NO MEC
Sempre quando a força de contração está aumentada, a
Sob condições de repouso
intensidade do fluxo coronariano também vai está, assim como
o contrário é verdadeiro. O MEC consome normalmente ácidos graxos para suprir 70%
da sua energia, em vez de carboidratos.
POR DEMANDA DE OXIGÊNIO
Sob condições anaeróbicas
Esse é o principal fator de regulação, nas condições normais
70% do O2 arterial são removidos enquanto o sangue flui pelo Porém, assim como ocorre em outros tecidos, o escasso O2 ou
coração, assim, como resta muito pouco O2, a musculatura em condições isquêmicas, o metabolismo do MEC recorre à
cárdiaca só pode ser suprida com o adicional, a menos que glicólise anaeróbica para a obtenção de energia.
aumente o fluxo das coronárias.
Porém, esse tipo de via libera grandes quantidades de ácido
Adenosina lático no tecido cardíaco, causando a dor cardíaca em
situação de isquemia.
A diminuição da concentração de O2 no coração faz com que
a adenosina que é vasodilatora seja liberada pelas células Assim, ocorre a liberação de adenina para causar a dilatação
musculares, dilatando as arteríolas. das arteríolas coronarianas durante a hipóxia. Mas, após 30
minutos de isquemia grave (como ocorre após o infarto agudo
Pois, nessa situação, muito ATP é degradado liberando do miocárdio), 50% da adenina é perdida pelas células
adenosina, a qual aumenta o fluxo sanguíneo coronariano musculares cardíacas afetadas, sendo difícil recuperar, assim,
local. Após isso, ela é reabsorvida a fim de ser usada para a essa é a principal causa de morte celular cardíaca, na
produção de ATP isquemia miocárdica
Outras substâncias
DOENÇA CARDÍACA ISQUÊMICA
o Íons potássio, íons H+, CO2, prostaglandina e NO
É a causa mais comum de morte ocidental e resulta do fluxo
Além disso, os fármacos que bloqueiam o efeito vasodilatador
sanguíneo coronariano insuficiente. Algumas mortes
da adenosina não são capazes de impedir a dilatação
ocorrem subitamente, com a oclusão coronariana aguda e
coronariana causada pelo aumento da atividade do MEC.
outras ocorrem de modo lento, com o enfraquecimento
CONTROLE NERVOSO DO FLUXO SANGUINEO progressivo do bombeamento do coração.
A estimulação dos nervos autonômicos pode afetar o fluxo de ATEROSCLEROSE (PROCESSO LENTO)
modo direto e indireto
Uma causa frequente da diminuição do fluxo sanguíneo
Estimulação simpática coronariano é a aterosclerose relacionada com o metabolismo
lipídico. Existem alguns fatores de risco
Efeito direto a norepinefrina, e epinefrina, liberada nos
vasos coronarianos (assim como na medula da suprarrenal) Pessoas com predisposição genética
aumenta a FC, a contratilidade e a intensidade do metabolismo Estilo de vida sedentário
cardíaco. Hipertensos com lesão das células endoteliais dos vasos
coronarianos
Efeito indireto o metabolismo elevado desencadeia
mecanismos reguladores do fluxo local promove a dilatação Nessa situação, placas de gordura (colesterol) são
e aumento do fluxo gradualmente depositadas sobre o endotélio, essas áreas são
depois invadidas por tecido fibroso e, com frequência, sofrem
Os receptores dilatadores são os beta (B)
Circulação coronariana
calcificação resultando em placas ateroscleróticas Os vasos colaterais se desenvolvem juntamente com esse
bloqueiam o fluxo tempo, mas pode acontecer de os próprios vasos colaterais
desenvolverem aterosclerose.
OCLUSÃO CORONARIANA AGUDA (RÁPIDO)
Quando isso ocorre, o coração fica debilitado e não consegue
Ocorre em pessoa que já tenha coronapatia aterosclerótica, a bombear quantidade normalmente necessária do fluxo
oclusão pode resultar de: sanguíneo. Essa é uma das causas mais comuns da
1. A placa aterosclerótica pode produzir um coágulo insuficiência cardíaca nos idosos
sanguíneo local, como um trombo que causa a oclusão do INFARTO DO MIOCÁRDIO
caso (êmbolo coronariano). Além disso, a superfície
irregular do trombo promove adesão de plaquetas e Imediatamente após a oclusão coronariana aguda, o fluxo
fibrinas, promovendo o crescimento do coágulo. sanguíneo cessa, excesso por algumas partes colaterais, mas
elas não podem sustentar a função cardíaca sozinha, por isso,
2. As margens das placas aterosclerótica causam irritação do acontece o infarto do miocárdio
musculo liso da parede arterial, causando espasmos no
local de uma artéria coronária ou contração excessiva na Evolução do infarto
parede vascular. O espasmo pode levar então à trombose Inicio do infarto pequenas quantidades de sangue colateral
secundária do vaso se infiltra na área infartada dilatação dos vasos locais
área fica com sangue estagnado
DESENVOLVIMENTO DE CIRCULAÇÃO COLATERAL
Depois, a área infartada adquire cor marrom-azulada e os
O grau da lesão do MEC é determinado pelo grau da circulação
vasos parecem estar ingurgitados, apesar da falta de fluxo
colateral que já se desenvolveu ou pode se desenvolver dentro
de um curto intervalo de tempo após a oclusão. Depois as paredes dos vasos ficam permeáveis
acontece o extravasamento de liquido muscular local células
No coração normal, quase não existe comunicação calibrosa
MEC começam a inchar (edemaciada) por causa da diminuição
entre as coronárias maiores, mas existem muitas
do metabolismo
anastomoses entre as artérias menores:
Em poucas horas após a ausência quase total do fluxo, as
células musculares cardíacas morrem.
INFARTO SUBENDOCÁRDIO
O músculo subendocárdio é infarto frequentemente, mesmo
que não exista evidência de infarto nas regiões da superfície,
pois ele apresenta um consumo de O2 mais elevado e uma
dificuldade adicional para obter fluxo sanguíneo adequado.
Isso porque eles são extremamente comprimidos pela
contração sistólica, por isso, qualquer condição que
comprometa o fluxo sanguíneo em qualquer área do coração
provoca lesão nas regiões subendocárdicas, com
disseminação dela depois para o lado externo em direção ao
Quando ocorre oclusão súbita epicárdio (camada mais externa)
As pequenas anastomoses se dilatam dentro de poucos
segundos, porém o fluxo ainda não consegue manter o MEC
vivo. Mas, o fluxo colateral começa a aumentar no 2º ou 3º dia
e após 1 mês já consegue recuperar a circulação normal.
Graças a isso, muitos pacientes se recuperam de vários graus
de oclusão coronariana
Insuficiência cardíaca
Pode resultar de qualquer condição cardíaca que reduza a do SNC. Ao mesmo tempo, os reflexos parassimpáticos são
capacidade do coração de bombear sangue suficiente para inativados.
satisfazer as necessidades do corpo. Uma das causas pode ser
A estimulação simpática exerce 2 efeitos principais:
diminuição no fluxo coronariano (cardiopatia isquêmica).
Sobre o próprio coração
EFEITOS AGUDOS DA INSUFICIÊNCIA MODERADA
O coração de um modo ou de outro torna-se uma bomba mais
Se o coração for lesado por infarto do miocárdio, acontecem 2
forte como resultado da estimulação simpática, aumentando o
efeitos principais: redução do débito cardíaco e acúmulo de
débito cardíaco (curva C)
sague nas veias, resultando em um aumento no AD e na
pressão venosa. Sobre a vasculatura periférica
Aumenta o retorno venoso por aumentar o tônus das veias da
circulação, elevando a pressão média de enchimento
sistêmico, permitindo que o sangue consiga fluir das veias para
o coração pelo AD, por isso sua pressão aumenta um pouco
Insuficiência cardíaca
Recuperação do coração 3. Elevação progressiva da pressão do AD até o coração ser
excessivamente distendido ou tão edemaciado que não
O novo suprimento sanguíneo colateral começa a penetrar nas consegue bombear nem mesmo quantidades moderadas
partes periféricas da área infartada e a porção que não foi de sangue
lesada se hipertrofia, compensando bastante a lesão cardíaca.
Após o infarto, o coração se recupera e atinge seu estado final
após 5 a 7 semanas
Portanto, exceto pela pressão no AD estar elevada (por causa
da retenção que contribui para aumentar o retorno venoso), o
paciente tem agora uma dinâmica cardiovascular
essencialmente normal enquanto o paciente permanecer em
repouso
Clinicamente, detecta-se essa condição descompensada
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COMPENSADA
pelo:
Muitas pessoas, como as idosas, possuem os débitos
Edema progressivo
cardíacos de repouso normais, porém com pressões atriais
direita moderadamente elevadas, devido aos vários graus de Edema pulmonar que causa estertores bolhosos nos
‘’insuficiência cardíaca aumentada’’ pulmões
Dispneia
Obs: se chama compensada por causa do estimulo simpático,
retenção de líquido e recuperação do coração pela circulação TRATAMENTO DA DESCOMPENSAÇÃO
colateral
O processo de descompensação pode ser interrompido por
Porém, nessas pessoas, diz-se que a reserva cardíaca está
Fortalecimento do coração por administração de
reduzida, pois se ela tentar fazer exercícios físicos os sintomas
fármaco cardiotônico, como digitálico
da insuficiência aguda retornam, pois o coração não é capaz
de aumentar sua capacidade de bombeamento até os níveis Eles aumentam a força do miocárdio de 50 até 100%, pois
exigidos pelo exercício, só consegue manter no repouso fortalecem as contrações cardíacas por aumentarem a
quantidade de cálcio nas fibras cardíacas.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA
Esse aumento decorre da inibição da bomba de sódio e
Se o coração for gravemente lesado, nenhum tipo de potássio, fazendo com que ocorra um aumento da
compensação pelos reflexos simpáticos ou retenção de concentração de sódio e lentificação da bomba trocadora de
líquido pode fazer com que o coração muito enfraquecido cálcio-sódio (que remove o cálcio em troca do sódio).
bombeie o DC normal novamente.
Assim, o acúmulo de sódio no interior da célula reduz sua
Como consequência, o débito cardíaco pode não aumentar o atividade e o aumento da concentração de cálcio provê o
suficiente para fazer com que os rins excretem quantidades necessário para elevar a força contrátil do músculo (já que
normais de líquido, assim, ele continua sendo retido e a pessoa o RS do MEC em falência é incapaz de acumular e compartilhar
desenvolve mais edema, que pode levar à morte. íons cálcio).
Assim, uma causa importante é a incapacidade do coração
Administração de fármacos diuréticos
bombear sangue suficiente para realizar a excreção de
líquidos pelos rins. Eles promovem o aumento da excreção renal, enquanto ao
mesmo tempo deve reduzir a ingestão de água e de sal,
ANÁLISE GRÁFICA DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA produzindo um equilíbrio normal de ingestão e excreção de
DESCOMPENSADA líquido (apesar do baixo débito cardíaco)
A incapacidade do débito cardíaco e da pressão arterial de INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ESQUERDA UNILATERAL
aumentar a função renal normal até o nível crítico resulta em:
Em um grande número de pessoas, a insuficiência do lado
1. Retenção cada vez mais de liquido esquerdo predomina sobre a do lado direito.
2. Elevação progressiva da pressão média de enchimento
sistêmico
Insuficiência cardíaca
Quando isso acontece o lado direito continua normal, o sangue
continua sendo bombeado normalmente para os pulmões
através do AD, enquanto não é bombeado para a circulação
sistêmica com a intensidade adequada, já que o VE está
danificado.
Como resultado, a pressão média de enchimento pulmonar
aumenta devido ao deslocamento de grandes volumes da
circulação sistêmica AD VD artéria pulmonar
Como o volume de sangue nos pulmões aumenta, a pressão
pulmonar capilar também se eleva líquido começa a ser
filtrado para fora dos capilares nos espaços intersticiais
pulmonares e alvéolos levando ao edema pulmonar
Dentre os problemas mais importantes da insuficiência
cardíaca esquerda, estão a
Sistema respiratório
SISTEMA RESPIRATÓRIO Se estendem da cabeça e do pescoço até o esterno e as duas
primeiras costelas
Pode ser dividido em 2 partes
O tórax possui três sacos membranosos
1. Trato respiratório superior
Pericárdio envolve o coração
Consiste em boca, cavidade nasal, faringe e laringe Sacos pleurais são 2 sacos que circundam o pulmão
2. Trato respiratório inferior
SACOS PLEURAIS ENVOLVEM OS PULMÕES
Consiste em traqueia, brônquios e bronquíolos
Os pulmões consistem em um tecido levo e esponjoso em que
Consiste em estruturas envolvidas na ventilação e na troca de a maior parte do seu volume é ar e suas bases repousam no
gases diafragma.
Sistema condutor ou vias aéreas Cada pulmão é circundado por um saco pleural de parede
dupla, cujas membranas revestem o interior do tórax e cobrem
conduz o ar do meio externo para a superfície de troca dos a superfície externa dos pulmões.
pulmões
A pleura contém várias camadas de tecido conjuntivo elástico
Alvéolos e muitos capilares
Série de sacos conectados com seus capilares pulmonares, é
onde ocorre a hematose
VIAS AÉREAS
Músculos intercostais (externo e interno)
o ar entra no trato respiratório superior e segue:
Esses conjuntos unem os 12 pares de costela
boca ou nariz faringe laringe (cordas vocais)
Esternocleidomastoideo e escaleno
entrando no trato respiratório inferior, o ar vai seguir:
Sistema respiratório
traquéia brônquios I II III bronquíolos FIBROSE CÍSTICA
obs: a traqueia é um tubo semiflexível mantido aberto por Nessa condição, a secreção inadequada de íons diminui o
causa dos seus 15 a 20 anéis de cartilagem em forma de C transporte de líquido nas vias aéreas e sem a camada salina os
cílios ficam presos no muco espesso e pegajoso.
o diâmetro das vias aéreas se torna menor a medida em que
se passa da traqueia para os bronquíolos, mas as vias vão O muco não pode ser eliminado e as bactérias entram nas vias,
aumentando em número. Por isso, a área de secção causando infecções pulmonares recorrentes
transversal total aumenta a cada divisão das vias aéreas.
ALVÉOLOS – LOCAIS DAS TROCAS GASOSAS
A área vai aumentando a medida que passa do trato
respiratório superior para o inferior, assim como aumenta da Os alvéolos estão agrupados nas extremidades dos
aorta para os capilares. bronquíolos terminais e sua função primária é a troca gasosa
entre eles e o sangue.
FUNÇÕES DAS VIAS AÉREAS
Elas desempenham um papel importante no condicionamento
do ar antes que ele alcance os alvéolos:
1. Aquecimento do ar
Para que os alvéolos não sejam danificados pelo ar frio
2. Umidificação (adicionar vapor dágua)
Até atingir a umidade de 100%, para não ressecar as vias
3. Filtração
Filtram o material estranho para que as bactérias, vírus e
partículas não alcancem os alvéolos Cada um é composto por uma única camada de epitélio com 2
Acontece na traqueia e nos brônquios, pois eles são revestidos tipos diferentes celulares
por um epitélio ciliado que secreta muco e uma solução salina Célula alveolar tipo II
diluída.
Sintetiza e secreta o surfactante, que se mistura com o fino
A camada de muco é secretada pelas células calciformes do líquido aquoso que reveste o alvéolo e diminui a tensão
epitélio e possuem imunoglobulinas que podem inativar muitos superficial da água, para que elas não queiram se juntar e
patógenos. levar as paredes dos alvéolos juntos, se não eles entrariam em
Os cílios possuem um movimento de baixo pra cima que move colapso e não haveria a troca gasosa.
o muco em direção à faringe, assim que chega lá ele é deglutido Célula alveolar tipo I
e no ácido estomacal as enzimas destroem os
microorganismos restantes Cerca de 95% da área e permite que os gases se difundam
através da superfície do alvéolo.
Sistema respiratório
Obs: durante a ventilação, os alvéolos se expandem com a
ajuda do tecido conectivo entre as células que contém muitas
fibras de elastino e colágeno (não é por causa de músculo, pois
se não as fibras musculares iriam impedir a passagem de ar)
Os vasos sanguíneos estão intimamente ligados e é importante
para acontecer a hematose.
Ventilação pulmonar
As funções principais da respiração é prover oxigênio aos
tecidos e remover o CO2, para isso, ela é dividida em 4
componentes principais:
Ventilação
Difusão
Simples, sem gasto de ATP. Nela, o O2 sai do alvéolo e vai pro
sangue e o CO2 sai do sangue e vai pro alvéolo
Perfusão
Os músculos que participam na respiração tranquila normal
Que é o transporte dos gases pelo sangue são:
Controle Intercostais externos
o Elevam a caixa torácica
Regulação da ventilação pelo SNC e SNP
Esternocleidomastóideos
MECÂNICA DA VENTILAÇÃO PULMONAR o Elevam o esterno
Serráteis anteriores
Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por 2 o Elevam muitas costelas
maneiras:
Escalenos
1. Subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir o Elevam as 2 primeiras costelas
a cavidade torácica Diafragma
2. Elevação e depressão das costelas para elevar ou reduzir
À medida que o volume torácico aumenta, a pressão diminui e
o diâmetro anteroposterior (de trás pra frente) da cavidade
o ar flui para dentro dos pulmões. E é chamada de inspiração
torácica
ativa, pois ocorre a contração muscular
O ar flui para dentro dos pulmões por causa de um gradiente
de pressão criado por uma bomba, obedecendo as mesmas
regras do fluxo de sangue:
MOVIMENTO DE EXPIRAÇÃO
Os impulsos dos neurônios motores somáticos para os
músculos respiratórios cessam e todos eles irão relaxar.
MOVIMENTO DE INSPIRAÇÃO
A retração elástica dos pulmões e da caixa torácica leva o
Para mover-se para dentro, a pressão dentro dos pulmões diafragma e as costelas para as suas posições originais.
deve ser mais baixa do que a pressão atm, e de acordo com
a lei de Boyle, aumentou o volume reduz a pressão. E como na expiração envolve essa retração elástica, esse
relaxamento, não há contração e é chamada de expiração
Assim, na inspiração, vai haver a contração do diafragma para passiva (em relação ao diafragma)
baixo, aumentando o volume da caixa torácica
Ventilação pulmonar
A taxa de ventilação normal em repouso é de 12 a 20 ciclos Além disso, o liquido pleural lubrificam os pulmões para que
ventilatórios por minuto para um adulto eles possam deslizar livremente quando o tórax se expande ou
se contrai
Expiração ativa
PRESSÃO PLEURAL
Ocorre em situações de exercício ou respiração forçada (ou
vigorosa), e ela ocorre durante a exalação voluntária e quando É a pressão do líquido no espaço entre a pleura visceral e a
a ventilação passa de 30 a 40 ciclos respiratórios por minuto pleura parietal, e sua pressão é subatmosférica (menor que a
Patm)
Os músculos que participam na expiração são:
Ele ajuda a manter o pulmão aderido, e a pressão varia de -5
Intercostais internos
cm/H2O durante o início da inspiração e vai até 7,5.
o Funciona como o músculo antagonista do
intercostal externo Isso mostra que, com a inspiração, o volume da caixa aumenta
o Quando se contraem, puxa as costelas para dentro, e a pressão pleural fica mais negativa ainda, contribuindo com
reduzindo o V da caixa 500 ml (ou 0,5l) de volume pulmonar na inspiração
Reto abdominal
o Como o diafragma não possui o músculo Pneumotórax
antagonista dele, o reto abdominal ajuda a reduzir Por exemplo, se uma faca penetrar nas costelas e perfurar as
o volume da caixa torácica membranas pleurais, o ar vai fluir a favor do seu gradiente de
o Puxa as costelas inferiores para dentro e diminui o concentração vai entrar ar vai desfazer as interações do
volume liquido que mantem o pulmão aderido na caixa torácica
o As vísceras (intestino e fígado) vão para cima e
empurram o diafragma para cima Aí, as paredes do tórax vão se expandir enquanto os pulmões
irão entrar em colapso, para um estado não estirado, como um
balão esvaziado.
Essa condição é chamada de pneumotórax e resulta em um
pulmão colabado que é incapaz de funcionar normalmente
Ventilação pulmonar
Expiração volume dos pulmões e da caixa diminuem Na doença enfisema, as fibras de elastina são destruídas,
pressão alveolar aumenta para +1 mmHg se torna maior assim o pulmão vai ter alta complacência e baixa
que a pressão atm (0 mmHg) ar sai para fora diminui elasticidade, de modo que eles não retornam para a sua
500 Ml de volume posição de repouso
FIBROSE PULMONAR
É caracterizada por um desenvolvimento de tecido fibroso
cicatricial rígido, em que o processo inflamatório que acontece
estimulam os fibroblastos a produzir colágeno inelástico.
Assim, vai ocorrer uma diminuição na complacência do
pulmão, e isso faz com que se gaste uma energia muito além
do trabalho respiratório normal para ser possível estirar os
pulmões menos complacentes.
Além disso, a produção inadequada de surfactante diminui a
capacidade do pulmão de se expandir.
SURFACTANTE
A maior parte do trabalho respiratório é vencer ou superar a É um agente ativo da superfície da água que tem a função
resistência elástica dos pulmões e da caixa torácica ao de reduzir a tensão superficial da água. Secretado pelas
estiramento células epiteliais alveolares tipo II, que constituem 10% da área
de superfície alveolar.
ELASTICIDADE
Os componentes que fazem essa função são principalmente:
A elasticidade ou elastância é a capacidade do pulmão de dipalmitoil-fosfatidilcolina, apoproteínas surfactantes e
retornar à sua posição de repouso depois de ser estirado. íons cálcio.
E as forças elásticas do tecido pulmonar são determinados Assim, esses componentes rompem a força coesiva entre as
pelas fibras de elastina e de colágeno no parênquima pulmonar moléculas de água por substituírem a água na superfície,
e pela força elástica causada pela tensão superficial do liquido diminuindo a resistência do pulmão ao estiramento e evitando
que reveste os alvéolos internamente. o colapso dos alvéolos.
O fato de um pulmão ter alta complacência (ser estirado Pode ser usada para comparar os alvéolos, e diz que a pressão
facilmente) não significa que ele vai ter alta elasticidade (P) formada por uma fina camada de liquido é função de 2
(capacidade de retornar ao seu volume de repouso quando fatores: tensão superficial do liquido e raio do alvéolo
acabar o estiramento)
Ventilação pulmonar
VOLUMES PULMONARES
O ar movido durante a respiração, pode ser dividido em 4
volumes pulmonares:
Ou seja, quanto menor o raio, maior a pressão alveolar
ocasionada pela tensão superficial. 1. Volume corrente (VC)
Por isso, o surfactante é encontrado mais nos alvéolos Volume de ar que move durante 1 inspiração ou 1 expiração
menores, tornando a tensão superficial menor do que nos Normal 500 ml
alvéolos que são maiores. Isso ajuda a igualar a pressão entre
alvéolos de tamanhos diferentes e torna mais fácil inflar os Comando ‘’ respire normalmente ‘’ (o médico pode não dar
alvéolos pequenos essa instrução pois quando a pessoa passa a pensar na
respiração é difícil respirar normalmente)
Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido
2. Volume de reserva inspiratório (VRI)
Normalmente, a síntese de surfactante se inicia na 25ª semana
de desenvolvimento fetal sobre a influência de vários É o volume adicional que você inspira além do volume
hormônios. corrente.
CAPACIDADES PULMONARES
A soma de dois ou mais volumes pulmonares representa a
capacidade pulmonar.
1. Capacidade inspiratória
É a quantidade de ar que a consegue inspirar até o seu máximo
VC + VRI = 500 ml + 3000 ml = 3500 ml
2. Capacidade residual funcional
Ventilação pulmonar
É a quantidade de ar que permanece nos pulmões, ao final de FR = 12 respirações por minuto
uma expiração normal
Portanto, a ventilação minuto normal é 6 L/min
VRE + VR = 1.100 ml + 1.200 ml = 2.300 ml
VENTILAÇÃO ALVEOLAR
3. Capacidade vital
A importância da ventilação é de renovar, continuamente, o ar
Representa a quantidade máxima de ar que pode ser nas áreas de trocas gasosas dos pulmões, onde ele vai estar
voluntariamente movida para dentro ou para fora a cada próximo à circulação sanguínea pulmonar.
respiração (ciclo ventilatório)
As áreas de trocas gasosas incluem:
VC + VRI + VRE = 500 ml + 3.000 ml + 1.100 = 4.400 ml
Alvéolos
Instrução: inspirar o máximo de ar possível e soprar todo esse Sacos alveolares
ar para fora Ductos alveolares
4. Capacidade pulmonar total Bronquíolos respiratórios
É o volume máximo que os pulmões podem ser expandidos ESPAÇO MORTO ANATÔMICO
com maior esforço
O ar do espaço morto é o ar que não é útil para as trocas
Capacidade vital + VR = 4600 + 1.200 = 5.800 ml gasosas, e ele vai ser encontrando em regiões que
simplesmente são preenchidas de ar, onde as trocas nunca vão
Em geral, todos os volumes e capacidades pulmonares são
ocorrer
mais baixos nas mulheres, cerca de 20 a 25%. E eles tendem
a ser maiores em pessoas atléticas e com massas corporais Nariz
maiores Faringe
Traqueia
Na expiração, o ar do espaço morto é expirado primeiro, por
isso que o espaço morto é muito desvantajoso para remover os
gases respiratórios dos pulmões
Volume normal do espaço morto no home adulto jovem,
é cerca de 150 ml e esse valor pode aumentar um pouco com
a idade
VC = 500 ml
Ventilação pulmonar
Assim, a ventilação alveolar (Va) é igual: internos contraem aumenta a pressão intrapulmonar para
mais de 100 mmHg abre as cordas vocais e a epiglote
12 x (500 – 150) = 4.200 ml/min
ar sob alta pressão explode em direção ao exterior em alta
A ventilação alveolar é um dos principais fatores que vai velocidade
determinar as concentrações de O2 e de CO2 nos alvéolos.
E aí, o ar que se move de maneira rápida aproveita e leva
CONTROLE NEURAL DA MUSCULATURA BRONQUIOLAR consigo qualquer material estranho que esteja presente nos
brônquios e na traqueia
SIMPÁTICA
O controle direto é fraco pois existem poucas fibras que
penetram nos pulmões, a maioria do efeito vem da circulação
sanguínea (norepinefrina e epinefrina da medula adrenal)
Como o receptor beta adrenérgico do pulmão é B1 (e no
coração e vasos é B2) ele vai promover a dilatação da árvore
brônquica, ou seja, broncodilatação e não constrição igual
acontece nos vasos sanguíneos (B1)
REFLEXO DA TOSSE
Acontece por alguma irritação ou material estranho nas vias
áreas inferiores, como os brônquios, traqueias, laringe e a
carina (ponto onde a traqueia se ramifica nos brônquios)
Impulsos neurais aferentes das vias respiratórias bulbo
2,5L de ar são rapidamente inspirados epiglote e cordas
vocais se fecham para aprisionar o ar nos pulmões
músculos abdominais empurram o diafragma + m. intercostais
Circulação pulmonar
O pulmão tem duas circulações PRESSÕES NO SISTEMA PULMONAR
1. Circulação de alta pressão e baixo fluxo
Serve para fazer a nutrição da via
Nutre traqueia, árvore brônquica
Feita pela artéria brônquica
Combinado a isso, os vasos são finos e distensíveis, Durante a sístole, a pressão na artéria pulmonar = pressão
permitindo uma grande complacência permite que as no VD (como mostra no gráfico) = 25 mmHg
artérias pulmonares acomodem o volume sistólico do VD Com o fechamento da válvula pulmonar, a pressão ventricular
Veias pulmonares cai subitamente enquanto a da artéria pulmonar cai mais
lentamente
Como as artérias, também são curtas e drenam o sangue dos
pulmões para o AE VE aorta circulação Diastólica e média
A pressão arterial pulmonar diastólica é de 8 mmHg, portanto,
VASOS BRÔNQUICOS
a pressão média é de 15 mmHg
As artérias brônquicas, enriquecidas com O2 (diferentemente
da artéria pulmonar que carrega sangue venoso) fazem a PRESSÃO CAPILAR PULMONAR
nutrição dos pulmões, incluindo septos, tecido conjuntivo e É uma baixa pressão importante, cerca de 7 mmHg
grandes e pequenos brônquios
PRESSÃO ATRIAL ESQUERDA E VENOSAS
Depois, o sangue brônquico é drenado pelas veias
PULMONARES
pulmonares e entra no AE em vez de voltar pro AD,
aumentando o fluxo e o débito do VE em comparação ao VD. Em decúbito, a pressão no átrio direito e nas principais veias
pulmonares é de 2 mmHg, variando de 1 a 5 mmHg
VASOS LINFÁTICOS
Estão em todos os tecidos de suporte do pulmão, desde o
tecido conjuntivo ao hilo do pulmão para o ducto linfático
torácico direito.
Removem partículas dos alvéolos e as proteínas plasmáticas
que vazam dos capilares pulmonares, evitando o edema
pulmonar
Circulação pulmonar
VD artéria pulmonar capilares pulmonares AE Isso porque se existe alvéolo mal ventilado, os vasos locais
se contraem fazendo com que o sangue flua para outras
Por isso, a do VD tem que ter a maior pressão e o AE tem
áreas em que os alvéolos estão mais aerados.
que ter a menor, para que haja diferença de pressão entre
dois pontos e ocorra o fluxo Elas se contraem, pois, a sua função não é de irrigação (como
na sistêmica, a diminuição de O2 causa vasodilatação), mas
VOLUME SANGUÍNEO DOS PULMÕES
sim de hematose
O V.sang dos pulmões é cerca de 450 ml (9% do volume de
sangue no sistema circulatório). Mecanismo na hipóxia
70 ml desse volume está nos capilares pulmonares e o Alguns estudos sugerem que a hipóxia leva a vasocontrição
restante está dividido igualmente entre artérias e veias por inibir os canais de K+ sensíveis ao O2 nas membranas
pulmonares celulares do musculo liso vascular pulmonar.
PULMÃO COMO RESERVATÓRIO DE SANGUE Assim, os canais de K+ são bloqueados despolarização
Os pulmões servem como reservatório de sangue, pois, no das membranas celulares + ativação dos canais de cálcio
exercício de sopro, por exemplo, os 250 ml são direcionados entrada de cálcio provoca pequena constrição das artérias
para a circulação sistêmica para ajudar na irrigação dos e arteríolas
tecidos.
EFEITO DOS GRADIENTES DE PRESSÃO
Além disso, a perda de sangue na sistêmica pela hemorragia HIDROSTÁTICA SOBRE O FLUXO PULMONAR
também pode ser compensada pelo desvio do sangue
pulmonar Pressão pulmonar na parte superior com a pessoa em pé
15 mmHg
PATOLOGIA CARDÍACA DESVIA O SANGUE DA
SISTÊMICA PARA A PULMONAR Pressão pulmonar na parte inferior com a pessoa em pé
23 mmHg
A insuficiência do lado esquerdo, ou aumento da
resistência ao fluxo pela válvula mitral (do lado esquerdo, Essa diferença se deve à pressão hidrostática, que se refere
resultante de estenose ou regurgitação mitral, faz com que o ao peso da coluna de sangue causada pela gravidade.
sangue se acumule na circulação pulmonar aumenta o
volume pulmonar e aumenta pressão vascular pulmonar Isso afeta o fluxo sanguíneo nos pulmões, pois na posição
ereta, existe pouco fluxo no topo do pulmão mas fluxo 5x
Portanto, o desvio de sangue de um sistema para outro afeta maior na porção inferior, por causa da diferença de pressão
bastante o sistema pulmonar, mas nem tanto na circulação
sistêmica
Circulação pulmonar
Assim, a capacidade dos pulmões em acomodar o fluxo no
exercício sem elevar muito a pressão arterial pulmonar,
conserva a energia do lado direito do coração e previne o
desenvolvimento de edema pulmonar (se tivesse alta pressão
arterial pulmonar)
Circulação pulmonar
TROCA DE LÍQUIDOS NOS CAPILARES PULMONARES MECANISMO PARA EVITAR O EDEMA
Bomba linfática
o Os vasos linfáticos são responsáveis por drenar o
excesso de liquido
O liquido vai pro alvéolo ser evaporado
o Chegando lá, é realizado aquelas funções de
condicionamento: umidificação do ar e
aquecimento
Relembrando as forças de starling, os capilares também
EDEMA PULMONAR
possuem essas forças (hidrostáticas e coloidosmóticas) que
o somatório delas irá determinar se o liquido no capilar irá ser
Qualquer fator que aumente a filtração de líquidos dos
filtrado ou absorvido. capilares em direção ao interstício pulmonar, ou que impeça
o funcionamento da bomba linfática.
FORÇAS QUE TENDEM A CAUSAR INFLUXO DOS
LÍQUIDOS DOS CAPILARES PARA O INTERSTÍCIO Se isso ocorrer, a pressão do LI pulmonar ficará positiva e
PULMONAR causará o rápido enchimento dos espaços intersticiais
pulmonares e dos alvéolos
1. Pressão capilar (7 mmHg)
2. Pressão coloidosmótica do LI (14 mmHg) As causas mais comuns de edema pulmonar
3. Pressão negativa do LI (8 mmHg)
Se fosse positiva, o liquido iria sair do espaço Insuficiência cardíaca esquerda ou doença da válvula
Mas, ao invés disso, o líquido tenta puxar mais mitral
liquido ainda para o LI, pois a pleura tem pressão o Faz com que ocorra grandes aumentos de
negativa, negativando a pressão do liquido pressão venosa pulmonar
quando o pulmão se expande Lesão das membranas dos capilares pulmonares
o Infecção (pneumonia) ou inalação de substâncias
Força total para fora: 29mmHg (força exercida para tóxicas (gás cloro, gás dióxido de enxofre)
acontecer a filtração, ou seja, líquido vai passar dos capilares o Esses fatores causam vazamento de proteínas
para o interstício pulmonar plasmáticas vaza líquido dos capilares
edema
FORÇAS QUE TENDEM A CAUSAR ABSORÇÃO DE
LÍQUIDO PELOS CAPILARES FATOR DE SEGURANÇA EM CONDIÇÕES CRÔNICAS
1. Pressão coloidosmótica do plasma (- 28 mmHg) Quando a pressão capilar permanece cronicamente elevada
Pois as proteínas do plasma são muito altas, (2 semanas pelo menos) pulmões ficam mais resistentes
deixando o meio capilar mais concentrado contra o edema
Assim, o total de força pra dentro dos capilares: - 28 mmHg Motivo: vasos linfáticos se expandem aumenta a
capacidade de sugar o liquido dos espaços intersticiais
Assim, há a diferença de +1 mmHg que contribui para que
ocorra a filtração, mais do que ocorre a absorção Ocorre em pacientes com estenose mitral crônica, por
exemplo
Circulação pulmonar
LÍQUIDO NA CAVIDADE PLEURAL
Então, essa força tem que se igualar (no mínimo, mas pode
ser maior também) à tendência de colapso dos pulmões para
que eles não ‘’estourem’’
Troca gasosa
Depois que os alvéolos são ventilados, a próxima etapa da Pois, se o coeficiente de solubilidade for alto, vai restar
respiração é a difusão dos gases, ou seja, o oxigênio sai dos poucas moléculas que não se solubilizaram para
alvéolos e vai para o sangue assim como o CO2 sai do promover a pressão na superfície, sendo ela baixa.
sangue e vai para o alvéolo. Agora, se acontecer o contrário, a pressão parcial do gás
vai ser alta porque irão restar menos moléculas que
Na fisiologia da respiração, a gente dá um enfoque não só
foram solubilizadas
para o mecanismo da difusão, mas também na intensidade
em que ela ocorre.
PRESSÕES GASOSAS
A pressão do gás é causada pelos impactos das moléculas
que estão em movimento contra uma superfície, ou seja, a
pressão é diretamente proporcional à concentração do gás
(quanto mais moléculas, mais movimento, mais batidas, mais
pressão)
Na fisiologia respiratória, lidamos com vários gases O2,
CO2, N2. No caso da imagem, a difusão efetiva vai acontecer da
No caso, a pressão parcial do gás vai ser a intensidade da esquerda (onde tem mais moléculas, mais movimento, mais
difusão de cada gás individualmente com que ele causa a pressão) para a direita (menos moléculas, menos movimento,
pressão na superfície. menos pressão), ou seja, assim
Expressas assim PO2, PCO2, PN2 etc FATORES QUE AFETAM A INTENSIDADE DE DIFUSÃO
GASOSA EM LÍQUIDO
FATORES QUE DETERMINAM A PRESSÃO PARCIAL DO
GÁS Os gases de importância respiratória são muito solúveis nos
lipídeos, ou seja, altamente solúveis nas membranas
Determinada por concentração e pelo coeficiente de celulares. Portanto, a principal limitação ao movimento dos
solubilidade (capacidade com que ele consegue se gases no tecido é a intensidade com que eles conseguem
dissolver). se difundir, através da membrana, para a água tecidual
Além da diferença de pressão, outros fatores também afetam
a taxa difusão gasosa em líquido (D):
Troca gasosa
DIRETAMENTE PROPORCIONAIS 1. O ar alveolar é substituído apenas parcialmente pelo ar
atmosférico em cada respiração (pois não é eliminado tudo
1. Diferença de pressão (delta P) de uma vez)
Quanto maior a diferença de pressão, maior a intensidade da 2. O O2 é absorvido pelo sangue pulmonar nos alvéolos,
difusão do gás então ele não vem só da atmosfera
3. O CO2 se difunde constantemente do ar pulmonar para os
2. Área de corte transversal (A) alvéolos
4. O ar atmosférico seco é umidificado antes de chegar nos
Quanto maior a área, maior o número total de moléculas que
alvéolos
irão difundir
3. Solubilidade do gás no liquido (S) UMIDIFICAÇÃO DO AR
Quanto maior a solubilidade, maior o número de moléculas O ar atmosférico é seco, mas quando ele entra nas vias
disponíveis para se difundir em determinada diferença de respiratórias, ele é exposto a líquidos que recobrem as
pressão parcial superfícies respiratórias e é umidificado.
A PH2O do vapor é de 47 mmHg e esse vapor dilui todos os
INVERSAMENTE PROPORCIONAIS
outros gases no ar inspirado.
1. Distância de difusão (d)
RENOVAÇÃO DO AR ALVEOLAR
Quanto maior a distância necessária, mais tempo irá gastar
para as moléculas difundirem
2. Peso molecular do gás (PM)
É um valor constante, se refere ao ‘’tamanho da molécula’’, e
quanto maior o tamanho, com mais dificuldade ela vai se
difundir
Troca gasosa
Ventilação alveolar normal
Cerca de metade do gás é removido em 17 segundos
O dióxido de carbono é formado no corpo e continuamente DIFUSÃO DOS GASES PELA MEMBRANA
removido dos alvéolos pela ventilação
UNIDADE RESPIRATÓRIA
A PCO2 normal é de 40 mmHg e a sua excreção normal é de
É a parte funcional do sistema respiratório, e é composta por:
200 ml/min
Bronquíolo respiratório
Ductos alveolares
Troca gasosa
Alvéolos
Átrios dos alvéolos (parte que fica inchadinha quando o
alvéolo aumenta de volume)
Espessura
Área superficial
Diferença de pressão
Coeficiente de difusão do gás
INVERSAMENTE PROPORCIONAL
1. Espessura da membrana
Quanto maior a espessura, menor a intensidade de difusão
O tecido epitelial dos alvéolos é bem fino para permitir as trocas
gasosas e existem muitos capilares para cada alvéolo, por isso Situações como edema que aumenta a espessura por
o sangue na parede alveolar é dito como ‘’lâmina’’ de fluxo aumentar a quantidade de liquido no interstício e fibrose que
sanguíneo. aumenta a espessura da membrana podem impactar
significativamente na troca respiratória
MEMBRANA RESPIRATÓRIA
Existem 6 camadas na membrana respiratória
1. Camada de líquido contendo o surfactante
2. Epitélio alveolar
3. Membrana basal epitelial
4. Espaço intersticial
5. Membrana basal do capilar
6. Endotélio do capilar
DIRETAMENTE PROPORCIONAIS
1. Área superficial da membrana
Quanto maior a área de superfície da membrana, melhor é a
troca de gasosa, pois vai aumentar a superfície de contato.
Troca gasosa
Remoção total de 1 pulmão diminui a área de superfície
pela metade, diminuindo a eficiência da troca gasosa
Enfisema pulmonar muitos dos alvéolos coalescem,
havendo a dissolução das paredes e perdendo a superfície de
contato, prejudicando a troca gasosa
Troca gasosa
(quando os alvéolos não estão funcionando para a troca
gasosa, o gás de lá não passa pelo processo de hematose)
Parte inferior
Existe pouco menos de ventilação com relação ao fluxo
sanguíneo, portanto a Va/Q é 0,6x (pois o denominador é
maior) menor do que o valor ideal.
Nessa área, pequena fração do sangue não consegue ser
normalmente oxigenada, o que representa a derivação
fisiológica (é a fração do sangue venoso que passa pelos
capilares pulmonares que não é totalmente oxigenada, faltou
oxigenar)
Ajuda a entender a troca respiratória quando não existe Porém, durante o exercício, tanto o fluxo quanto a ventilação
balanceamento entre a ventilação e o fluxo sanguíneo aumenta bastante, de modo que ocorra bem menos espaço
(perfusão) alveolar, esse conceito é determinado proporção morto fisiológico e a efetividade da troca gasosa se aproxima
ventilação-pulmonar do ideal
Em termos quantitativos, é expressa como Va/Q VA/Q ANORMAL NA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA
Va ventilação alveolar
Pessoas que fumam podem desenvolver enfisema pulmonar,
Q perfusão (sangue) uma condição que faz com que muitas das paredes dos
alvéolos fiquem destruídas. Assim 2 anormalidades ocorrem
DIFERENTES PROPORÇÕES
nos fumantes causando Va/Q anormal:
Quando a Va é normal e o Q é normal também diz-se que a
1. Na medida que os bronquíolos são obstruídos, os alvéolos
proporção Va/Q é normal
não são ventilados Va fica menor Va/Q se aproxima
Quando a Va é ZERO (não existe ventilação) e existe Q (fluxo) de ZERO
então a Va/Q é ZERO
2. As áreas que foram destruídas mas que restam um pouco
Quando a Va está adequada (tem ventilação), mas Q é ZERO de ventilação alveolar, grande parte dela é desperdiçada
então a Va/Q é INFINITA por causa do fluxo sanguíneo inadequado para transportar
na proporção zero ou infinita não ocorre troca gasosa pela os gases
membrana respiratória do alvéolo afetado Assim, algumas áreas do pulmão exibem derivação
fisiológica séria, e outras partes exibem espaço morto
ANORMALIDADES DA PROPORÇÃO VENTILAÇÃO-
fisiológico sério.
PERFUSÃO
O enfisema diminui a efetividade do pulmão em realizar as
VA/Q ANORMAL NAS PARTES SUPERIOR E INFERIOR DO trocas gasosas, sendo uma das causas mais prevalentes de
PULMÃO NORMAL incapacidades pulmonares de hoje.
Parte superior
Na pessoa normal ereta, a parte superior do pulmão tem a
diminuição do fluxo de sangue é mais expressiva do que a
diminuição na ventilação
Portanto, a Va/Q na parte superior é até 2,5x maior do que o
valor ideal (pois o denominador é maior), o que causa um grau
moderado de espaço morto fisiológico nessa área do pulmão
NOS TECIDOS
PO2 no sangue da circulação (95mmHg) > PO2 no líquido
intersticial (40mmHg) > PO2 na célula (23 mmHg)
O2 se difunde da circulação liquido intersticial célula
COMBINAÇÃO REVERSÍVEL
O O2 se combina de maneira reversível com o grupo heme da A HEMOGLOBINA ‘’TAMPONA’’ A PO2 TECIDUAL
hemoglobina porque ela precisa se soltar para ir aos tecidos, A hemoglobina apresenta um efeito tampão, que é
por isso não pode ser irreversível. responsável por estabilizar a pressão de O2 nos tecidos.
Quando a PO2 é alta (como nos capilares pulmonares) o O2 Ela libera o O2 (possível pois a ligação é reversível) nos tecidos
se liga à hemoglobina que precisam de maior aporte de oxigênio, e ela consegue fazer
Quando a PO2 é baixa (como nos capilares teciduais que estão isso percebendo o nível de PO2 no tecido.
precisando de O2 para seu metabolismo) o O2 se desgruda É por esse efeito que conseguimos manter a PO2 normal
da hemoglobina e é liberado mesmo em situações de altas atitudes (como uma montanha)
Essa é a base do transporte de oxigênio dos pulmões para os e quando o ar é comprimido (como mergulhar profundamente
tecidos no mar).
Ou seja, queda brusca de PO2 no tecido (exercício intenso)
CURVA DE DISSOCIAÇÃO O2-HEMOGLOBINA
hemoglobina libera grande quantidade de O2
A curva abaixo mostra a dissociação do oxigênio-hemoglobina,
Quando a pessoa está mergulhando nas profundezas do mar
ele mostra o aumento do percentual de saturação da
PO2 aumenta até 10x hemoglobina se liga ao O2
hemoglobina à medida em que a PO2 se eleva, mais O2 é
ligada à hemoglobina FATORES QUE AFETAM A LIGAÇÃO OXIGÊNIO-
HEMOGLOBINA
EM SITUAÇÃO DE EXERCÍCIO
A anemia comumente resulta da insuficiência renal CO2 no plasma por difusão entra nos eritrócitos reage
crônica, pois a diminuição da massa renal menos síntese com H2O na presença de AC forma ácido carbônico H2CO3
de EPO diminuição na concentração de hemoglobina que o se dissocia e forma H+ + HCO3-
acompanha
Pode ser tratada com EPO recombinante humana
Regulação da Respiração
O SN ajusta a intensidade da ventilação alveolar conforme a Encarregado basicamente da inspiração e expiração
necessidade, para que a PCO2 e a PO2 sempre fiquem forçada ou seja, respiração forçada
constantes Para a respiração forçada, ele envia sinais expiratórios
para os músculos abdominais
CENTRO RESPIRATÓRIO
CENTRO PNEUMOTÁXICO
Se compõe por diversos grupos de neurônios localizados
bilateralmente na ponte e no bulbo do tronco cerebral Encontrado na porção dorsal superior da ponte
3 grupos são de controle primordial Controla a frequência e a amplitude respiratória
o Grupo respiratório dorsal DESCARGAS INSPIRATÓRIAS RITMICAS
o Grupo respiratório ventral
o Centro pneumotáxico O ritmo básico respiratório é gerado em maior parte no grupo
respiratório dorsal (GRD)
1 grupo para momentos de apneia
Esse grupo de neurônios geram surtos repetitivos de
o Centro apnêutico
potenciais de ação neuronais inspiratórios
Por isso, a gente continua respirando ritmicamente, garantindo
a contração do diafragma e não precisa ficar pensando em
respirar
NA INSPIRAÇÃO NORMAL
Na respiração normal, o sinal nervoso é transmitido do GRD
para o diafragma e ele contrai permitindo uma inspiração com
elevação constante, na forma de rampa por 2 segundos.
NA EXPIRAÇÃO NORMAL
OS 3 CENTROS DE AGRUPAMENTOS DE NEURÔNIOS Depois, esse sinal apresenta interrupção abrupta durante os
PRINCIPAIS próximos 3 segundos desativa a excitação do diafragma
(trabalho passivo) permite a retração elástica dos pulmões
GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL e da parede torácica produz a inspiração
Situado na porção dorsal do bulbo
Responsável pela inspiração tranquila
Responsável pela inspiração forçada juntamente com o
ventral
Desempenha o papel mais importante no controle da
respiração e se situa no NTS
O NTS é a terminação sensorial dos nervos vagos e
glossofaríngeo (par X e IX) que transmitem sinais sensoriais
para o centro respiratório a partir de
Quimiorreceptores periféricos
Barorreceptores
Lembrando que é o centro pneumotáxico (CP) que faz o
Receptores nos pulmões
bloqueio da rampa e inativação da contração do diafragma
GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL
RAMPA NA RESPIRAÇÃO FORÇADA
Localizado na parte ventrolateral do bulbo
Pode acontecer em situação de exercício ou o metabolismo
Permanecem inativos na respiração normal e tranquila
acelerado por um tecido ou órgão
Regulação da Respiração
Na inspiração forçada Se for interrompida precocemente a inspiração vai durar
menos tempo e a expiração também aumentando a
O GRDorsal auxilia com 500 ml de ventilação pede ajuda frequência respiratória
para o GRVentral contribui com os ml adicionais (parte
forçada) depois acontece o bloqueio pelo CP Por exemplo, o bloqueio vai ser realizado no ponto em que for
necessário para a ventilação ocorrer
Na expiração forçada
No exercício pode bloquear em 1500 ml (hipotética)
Agora, não é mais o diafragma que relaxa de forma passiva,
Na acidose pode ventilar até 3000 ml (hipotética)
haverá a participação dos músculos da expiração, por estimulo
do GRV ASSOCIAÇÃO DOS GRUPOS DE NEURÔNIOS PARA O
Musculo intercostal interno CONTROLE DA VENTILAÇÃO
Reto abdominal Para acontecer todo o controle ventilatório, os grupos de
neurônios devem trabalhar em associação, então todos eles se
comunicam
2. Controle do ponto limítrofe da interrupção súbita da rampa Existem sinais sensoriais que vêm dos pulmões e também
ajudam a controlar a respiração e os principais são os
Isto é, o ponto em que a rampa vai ser interrompida pelo CP. receptores de estiramento
Eles estão localizados nas porções musculares das paredes
dos brônquios e bronquíolos e transmitem sinais através dos
Regulação da Respiração
nervos vagos para o GRDorsal quando os pulmões são atravessar a barreira hematoencefálica, por isso, o aumento de
excessivamente distendidos, funcionando como um CO2 vai estimular os neurônios de forma indireta
mecanismo protetor para evitar a insuflação excessiva do
pulmão O CO2 consegue atravessar a barreira hematoencefálica,
então:
MECANISMO DE FEEDBACK PCO2 do sangue aumentou atravessa barreira
Eles funcionam parecidos com os sinais do CP (centro hematoencefálica aumento de PCO2 no liquido intersticial
pneumotáxico) do bulbo e no liquido cefalorraquidiano ocorrem reações que
liberam os H+, elevando eles nesses líquidos
Volume corrente em humanos maior que 1,5L por movimento
respiratório pulmões foram muito insuflados receptores
de estiramento captam enviam a resposta de feedback
interrompe a inspiração
Além disso, esse reflexo também aumenta a frequência
respiratória
Regulação da Respiração
terminações nervosas, e elas apresentam canais de K+
sensíveis ao O2.
PO2 sanguineo diminuído inativa os canais de K+ sensíveis
ao O2 provoca despolarização da célula abre os canais
de Ca++ aumento de Ca++ intracelular estimula a
liberação de neurotransmissor (acetilcolina e ATP) envia o
sinal para o SNC estimula a respiração
Corpos carotídeos
Localizados bilateralmente nas bifurcações das artérias
carótidas comuns.
Fibras nervosas curvam pelos nervos de Hering nervos
glossofaríngeos área respiratória dorsal do bulbo
Situados ao longo da aorta, as fibras passam pelos nervos Os alpinitas verificaram que, ao escalarem a montanha, por
vagos área respiratória dorsal do bulbo dias (e não por horas), apresentavam respiração muito
profunda, e assim, conseguiam suportar bem as concentrações
Como eles estão em artérias, sempre são expostos ao sangue de O2 baixas no ar atmosférico fenômeno chamado de
arterial e seus valores de PO2 são os valores de PO2 arterial aclimatação
ESTIMULAÇÃO DOS QUIMIORRECEPTORES PELA A causa desse fenômeno se deve que depois de 2 a 3 dias, o
REDUÇÃO DE OXIGÊNIO centro respiratório no tronco cerebral perde sua sensibilidade
às alterações de PCO2 e dos ions hidrogênio, assim a
Falta de O2 ativa os quimiorreceptores levam sinais para
ventilação alveolar aumenta (de 400 a 500%) para
o bulbo ativa o grupo respiratório dorsal (GRD) provoca
compensar a redução do O2, colaborando imensamente com o
aumento da ventilação para regular a PO2 (como em situação
suprimento adicional de O2 para os alpinistas
de exercício por exemplo)
Como mostrado no gráfico, a diminuição da PO2 ativa os
quimiorreceptores para aumentar a ventilação
Mecanismo
Nos corpos carotídeos e aórticos tem muitas células
glomosas que fazem sinapse direta ou indireta com as
Sistema urinário
MÚLTIPLAS FUNÇÕES DOS RINS
Os rins realizam suas principais funções através da filtração
do plasma e pela posterior remoção das substâncias do filtrado
em intensidades variáveis, depende da necessidade do corpo.
Eles desempenham muitas funções homeostáticas (de
equilíbrio) importantes:
Pesticidas, fármacos e aditivos alimentícios Juntamente com os pulmões e os tampões dos líquidos
corporais, contribuem para regulação desse equilíbrio.
REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO H2O E ELETRÓLITOS
Além disso, são a única forma de eliminar tipos de ácidos
Para a manutenção da homeostase, a excreção de água e gerados pelo metabolismo das proteínas, como o ácido
eletrólitos devem ser condizentes com os seus ganhos, o que sulfúrico e fosfórico
vai depender dos hábitos da ingestão de sólidos e líquidos da
pessoa. REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE HEMÁCIAS
Caso o ganho exceda a excreção vai acumular água e O estímulo da hipóxia faz os rins secretarem eritropoietina que
eletrólitos estimula a produção de hemácias pelas células-tronco
hematopoiéticas da medula óssea.
Caso o ganho seja menor que a excreção vai diminuir a
quantidade de água e eletrólitos Por isso que pessoas com doença renal grave ou que fazem
hemodiálise comumente desenvolvem anemia grave.
Os rins conseguem ajustar as intensidades de excreção para
coincidir com a ingestão das substancias REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DO CALCITRIOL
Os rins produzem a forma ativa da vitamina D (1,25-di-
hidroxivitamina D), o calcitriol, que é essencial para a absorção
de cálcio pelo trato gastrointestinal e pela deposição dele nos
ossos
Sistema urinário
SÍNTESE DE GLICOSE
No jejum prolongado, participam da síntese de glicose a partir
de aa e outros precursores gliconeogênese
MEDULA
Possuem 8 a 10 massas de pirâmides renais em que sua base
começa na no limite da região cortical e medular e seu fim
acaba na papila pelve renal
Na borda externa da pelve, temos os cálices maiores cálices
menores coletam urina das túbulos de cada papila
As paredes dos cálices, pelve e ureter possuem elementos
contráteis que levam a urina para a bexiga, onde é armazenada
até a micção.
SUPRIMENTO SANGUÍNEO RENAL
O fluxo para os dois rins correspondem normalmente a 22% do
débito cardíaco (1.100 ml)
A circulação renal é única pois ela possui 2 leitos de capilares
organizados em série e separados pelas arteríolas eferentes
(que saem)
1. Capilares glomerulares (capsula de Bawman)
Possuem alta pressão hidrostática (60 mmHg) resulta na
filtração rápida de líquidos e eletrólitos
Sistema urinário
2. Capilares peritubulares (alça de Henle) CARACTERÍSTICAS CELULARES DO NÉFRON
Possuem pressão hidrostática mais baixa (13 mmHg) Cada segmento do néfron é formado por células adequadas
permitindo a rápida reabsorção para realização das funções de transporte especificas
Por meio de modificação na resistência das arteríolas aferentes CÉLULAS DO TÚBULO PROXIMAL
e eferentes os rins conseguem regular a pressão nos capilares
glomerulares e peritubulares, alterando a intensidade de Do lado urinário da célula membrana apical extensa
filtração ou reabsorção chamada de borda em escova (só tem no túbulo proximal)
Do lado sanguíneo membrana basolateral com muitas
NÉFRON – UNIDADE FUNCIONAL DO RIM invaginações e mitocôndrias
O rim não consegue regenerar novos néfrons, por isso, com a ALÇA DE HENLE
lesão renal, doença ou envelhecimento o número de néfrons
vai diminuindo. Membrana apical e basolateral pouco desenvolvida e com
poucas mitocôndrias
Porém, no envelhecimento, a perda de néfrons não põe risco à
Células do ramo ascendente espesso e do túbulo distal
vida, pois os que sobraram se adaptam para permitir a
muita mitocôndria a extenso pregueamento da
excreção apropriada das substancias.
membrana basolateral
Os néfrons estão localizados dentro das pirâmides
DUCTO COLETOR
Tem dois tipos principais de células
Células principais
Membrana basolateral moderadamente invaginada com
poucas mitocôndrias
Desempenham papel importante na reabsorção de NaCl e
secreção de K+
Células intercaladas
Papel importante na regulação do balanço ácido-básico
Tem alta densidade de mitocôndrias
Uma população secreta H+ (reabsorve HCO) e a outra secreta
HCO3-
Possui arteríola aferente glomérulo (rede de capilares que
se unificam e anastomosam e possuem alta pressão
hidrostátoca) envolvido pela capsula de Bowman, onde
acontece a filtração
Líquido filtrado túbulo proximal alça de Henle pelo
segmente descendente ramo ascendente fino ramo
ascendente espesso mácula densa (papel importante no
controle funcional do néfron)
Depois da mácula densa líquido entra no túbulo distal
túbulo conector túbulo coletor cortical ducto coletor maior
papilas renais pelve renal (urina)
Sistema urinário
SEGMENTO FINAL henle que estão no interior da medula, em direção às papilas
renais
O ducto coletor medular interno possui as membranas apicais
e basolaterais pouco desenvolvidas e com poucas mitocôndrias Longas arteríolas eferentes (que saem) se dividem em
capilares peritubulares especializados, denominados vasa
CÉLULAS EM GERAL recta que acompanham a alça de Henle
Todas as células do néfron menos as células intercaladas Os vasa recta retornam para a zona cortical veias corticais
possuem cílio único ímovel na membrana apical, que se
estende em direção ao liquido tubular Essas redes especializadas de capilares na medula possuem
papel importante
Cílios primários
são mecanossensores detectam variações no fluxo do
liquido tubular
e quimiossensores detectam os compostos no liquido que
os banha e ativam vias de sinalização dependentes do Ca++,
como as vias que controla a função, proliferação, diferenciação
e apoptose das células renais
DIFERENÇAS REGIONAIS DO NÉFRON
Embora cada um tenha todos os componentes descritos
anteriormente, existem algumas diferenças dependendo da
profundidade dos néfrons no interior do parênquima renal ANATOMIA FUNCIONAL DOS RINS
São os néfrons que possuem os glomérulos na região do A formação de urina começa com o movimento passivo do
córtex e possuem alças de Henle curtas, que penetram apenas ultrafiltrado dos glomérulos para o espaço de Bowman, ou
em pequena extensão no interior da medula seja, o movimento passivo de líquido desprovido de
proteínas.
O sistema tubular é envolvido pela malha de capilares
peritubulares Para compreender melhor, precisamos conhecer a anatomia do
corpúsculo renal
leva O2 e nutrientes para os segmentos corticais do néfron
fornece substancias que serão secretadas pelo néfron Glómerulo rede de capilares com arteríola aferente (AA) e
atua como via para retorno de água e solutos reabsorvidos, arteríola eferente (AE) + a cápsula de bawman
para o sistema circulatório CAMADA VISCERAL DA CAPSULA DE BOWMAN
NÉFRONS JUSTAMEDULARES E VASCULARIZAÇÃO Formada pelos capilares + células epiteliais podócitos
Cerca de 20 a 30% dos néfrons possuem glomérulos mais CAMADA PARIETAL DA CAPSULA DE BAUMAN
profundos perto da medula , eles possuem longas alças de
Camada formada pela parede do corpúsculo renal
Sistema urinário
ESPAÇO DE BOWMAN é uma matriz porosa de proteínas e constitui uma barreira
importante de filtração de proteínas com cargas negativas
Espaço entre a camada visceral e parietal, responsável por também, atuando como um filtro seletivo que permite ou não a
receber o liquido filtrado através da parede dos capilares e do passagem de proteínas, dependendo da sua carga
folheto visceral da capsula de Bowman
podócitos
são endocíticos e possuem processos (dedos) que revestem as
superfície externa dos capilares. Esses processos podálicos
são separados por espaços chamados de fendas de filtração.
Cada fenda é recoberta por um diafragma que contém poros e
que se compõe de diversas proteínas (nefrina, NEPH-1,
podocina, alfa-actinina e CD2-AP.
Essas fendas funcionam como um filtro que seleciona as
moléculas por tamanho, impedindo que as proteínas e as
macromoléculas que cruzaram a membrana basal entrem
para o espaço de Bowman.
BARREIRA DE FILTRAÇÃO
As células endoteliais dos capilares são recobertos por uma
membrana basal, revestidas de podócitos
Endotélio capilar (EN) + membrana basal (MB) + processos
podais dos podócitos (PP) = barreira de filtração
endotélio capilar
O endotélio é fenestrado (poros) e é permeável à H2O, Na+,
ureia, glicose e maioria das proteínas. Porém, é impermeável
aos eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
MESÂNGLIO
As células endoteliais expressam glicoproteínas com cargas
É outro componente do corpúsculo renal, formado pelas
negativas que retardam a filtração de proteínas aniônicas muito
células mesangiais (M) e pela matriz mesangial
grandes para o espalho de Bowman
células mesangiais entre capilares
Além disso, sintetizam NO (vasodilatador) e endotelina-1
(vasoconstritor) que controlam o fluxo plasmático renal possuem propriedades das células musculares e serve de
suporte estrutural aos capilares glomerulares, além de possuir
membrana basal
Sistema urinário
atividade fagocítica, removendo macromoléculas do Inervam as células glanulares das AA que produzem
mesânglio. renina (aumenta atividade simpática aumenta secreção
de renina)
Além disso, secretam prostaglandinas e citocinas pró-
Inervam o túbulo proximal e distal, alça de Henle e o ducto
inflamatórias.
coletor quando ativados estimula a reabsorção de Na+
Por terem capacidade de se contrair, podem influenciar a IFG por esses segmentos do néfron
(intensidade de filtração glomerular), regulando o fluxo
sanguíneo que passa pelos capilares glomerulares, ou FIBRAS ADRENÉRGICAS
alterando a área de superfície capilar Liberam norepinefrina e dopamina
células mesangiais extraglomerulares (MEG) Estão ao lado dos principais ramos da artéria renal
(artérias interlobares, arqueadas e interlobulares) e das AE
estão entre as AA e AE e possuem as mesmas funções da de e AA
cima
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
ULTRAESTRUTURA DO APARELHO JUSTAGLOMERULAR
É a primeira etapa na formação de urina e representa a parte
O aparelho justaglomerular é um componente importante do do sangue que é filtrada para o espaço de Bowman, e esse
mecanismo fisiológico de feedback tubuloglomerular envolvido liquido é semelhante ao LI, designado como ultrafiltrado
na autorregulação da FSR (fluxo sanguíneo renal) e IFG
(intensidade de filtração glomerular) Ele contém água e solutos do sangue, mas em condições
normais não apresenta proteína nem células sanguíneas.
E ele é composto por:
As forças responsáveis pela filtração são as de Starling, mas a
1. a mácula densa do ramo ascendente espesso (MD) área de superfície da barreira capilar glomerular é diferente e
representa uma porção do ramo ascendente espesso que faz com que tenha uma intensidade de filtração muito mais
se modificou morfologicamente altas do que comparada aos capilares sistêmicos
ocupa o ângulo formado entre as AA e AE
CARACTERÍSTICAS DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO
2. células mesangiais exrtaglomerulares (MEG) GLOMERULAR
Vão determinar tanto a velocidade quanto as características do
3. células glanulares (G) da arteríola aferente, filtrado, ou seja, o que é e quanto é filtrado para o espaço de
produtoras de renina e angiotensina II Bowman
contêm miofilamentos musculares lisos
produzem e armazenam a renina, hormônio envolvido na
formação de anigotensina II
secretam a aldosterona
ENDOTÉLIO
Sistema urinário
MEMBRANA BASAL FORÇAS DE STARLING NOS CAPILARES GLOMERULARES
Possui 3 camadas (lâmina rara interna, densa e rara As pressões que comandam a movimentação de liquido nos
externa) não passam proteínas plasmáticas capilares glomerulares, e lá possuem 3 pressões (o normal são
Representam a barreira mais significativa do capilar 4)
glomerular
1. Pressão hidrostática do capilar glomerular
EPITÉLIO 2. Pressão hidrostática do espaço de Bowman
3. Pressão oncótica do capilar glomerular
Possui os podócitos presos à membrana basal pelos
processos podálicos A pressão oncótica do espaço de Bowman é nula, por isso
essa força não é considerada, pois, lá não entra proteína.
Entre os processos existem fendas que são fechadas por
finos diafragmas
As fendas são pequenas, não passa proteína
Também representam importância na barreira de filtração
DETERMINANTES DA COMPOSIÇÃO DO ULTRAFILTRADO É o produto de Kf pela soma das 3 pressões de starling
A barreira restringe a filtração de moléculas com base no (omitindo a pressão oncótica do espaço de Bowman)
tamanho e na carga elétrica
TAMANHO
A medida em que o tamanho aumenta, a intensidade de sua
filtração diminui
Por exemplo, a albumina é pouco filtrada pois possui um raio
muito grande
COEFICIENTE DE FILTRAÇÃO
CARGA ELÉTRICA É a permeabilidade à água da parede capilar glomerular, e ela
Além dos poros e das fendas, a barreira glomerular também é 100x maior do que os capilares sistêmicos por isso muito
possui glicoproteínas com cargas negativas, portanto cargas mais liquido é filtrado
positivas são atraídas e as negativas são repelidas, sendo
PRESSÃO HIDROSTÁTICA NOS CAPILARES
filtradas mais lentamente. Além disso, as de carga neutra
GLOMERULARES
também conseguem passar livremente
Força que favorece à filtração 45 mmHg
Não possuem importância de carga
Aqui, a pressão permanece constante por toda a
Solutos pequenos como Na+, K+, Cl- ou HCO3- o efeito das extensão do capilar, e não vai caindo igual acontece na
cargas não influenciam, sendo livremente filtrados circulação sistêmica
Possuem importância de carga Isso se deve ao fato da constrição das arteríolas eferentes,
que impede a queda da Pcg
Para solutos com grandes dimensões como as proteínas
plasmáticas, a carga afeta a filtração as proteínas são PRESSÃO HIDROSTÁTICA DO ESPAÇO DE BOWMAN
impedidas de serem filtradas tanto pelo tamanho quanto pela
carga negativa É a força que se opõe à filtração 10 mmHg por causa
do liquido presente no lúmen do néfron
PROTEINÚRIA
PRESSÃO ONCÓTICA NOS CAPILARES GLOMERULARES
Em certas doenças glomerulares, as cargas negativas da
barreira são perdidas, resultando em filtração aumentada de Também se opõe à filtração
proteínas plasmáticas proteinúria (proteína na urina) É determinada pela concentração de proteínas no sangue
capilar glomerular
Sistema urinário
Não se mantem constante, ela vai aumentando à medida Nesse ponto o sangue já foi extensamente filtrado e está
que o liquido vai sendo filtrado (pois a concentração de prestes a entrar na arteríola eferente.
proteínas vai aumentando)
O somatório agora é 0 equilíbrio de filtração
Ela aumenta até o ponto em que a pressão efetiva do
ultrafiltrado se torne 0 nesse momento, ocorre o fim da Isso porque a pressão oncótica do sangue capilar se
filtração glomerular (equilíbrio da filtração) modifica ao longo da arteríola, aumentando a concentração de
proteínas e consequentemente a pressão, até o ponto em que
ela faz o cessamento da filtração
ALTERAÇÕES NA IFG
Pode ser alterada modificando-se K ou qualquer uma das
forças de Starling.
Em pessoas normais a IFG é regulada por alterações na
Pcg por alterações na resistências das arteríolas aferente ou
eferente.
REPRESENTAÇÃO ILUSTRATIVA
Para os capilares glomerulares, a pressão de ultrafiltração
sempre favorece a filtração, por isso o liquido sempre se
move para fora dos capilares.
Quanto maior a pressão maior a filtração ALTERAÇÕES NA PCG
Sistema urinário
Constrição resistência da arteríola eferente aumenta
diminui o fluxo mas aumenta a taxa de filtração, pois o
sangue é impedido de deixar o capilar glomerular aumenta
a Pcg
Exemplo de baixos níveis de angiotensina II
Autorregulação
IFG aumentou eleva a concentração de NaCl no liquido
Assim como a maioria do órgãos, os rins também conseguem tubular mais NaCl penetra na mácula densa sinal gerado
regular seu fluxo, com o objetivo de manter o FSR e a IFG pela mácula densa provoca a vasoconstrição da arteríola
constantes aferente diminui a IFG equilíbrio
Para isso, ele se dispõe de mecanismos que modificam a Quando IFG diminui NaCl diminui mácula densa retira o
resistência vascular, principalmente das arteríolas aferentes sinal gerado isso causa a vasodilatação da arteríola
dos rins eferente (por NO) normaliza a IFG
Essa autorregulação se dá por meio de 2 mecanismos
MECANISMO DE REGULAÇÃO DA MÁCULA DENSA
1. Respostas às alterações da pressão arterial
2. Respostas às alterações de NaCl no liquido tubular
Além disso, é importante observar 3 aspectos ligados à
autorregulação
1. Está ausente quando a PA está abaixo de 90mmHg
2. Não é perfeita, pois o FSR e a IFG se alteram ligeiramente
nas variações de PA
3. Apesar da autorregulação, o FSR e a IFG podem ser
alterados por certos hormônios e por variações da
atividade simpática
MECANISMO MIOGÊNICO
É o mecanismo que está relacionado com a propriedade
intrínseca da musculatura lisa vascular:
Diversos hormônios vasoativos facilitam a liberação de NO PNE encefálico, secretado pelos ventrículos cardíacos
pelas células endoteliais, tais como: Ambos aumentam quando o volume de LEC se expande
Acetilcolina dilatam a arteríola aferente e contraem a arteríola eferente
aumenta o fluxo e a filtração
Histamina
Bradicinina ATP
ATP
As células liberam ATP no LI renal e ele exerce dois efeitos
ENDOTELINA
1. Contrai e arteríola aferente reduzindo o fluxo e a
Em resposta aos compostos abaixo, há um aumento da filtração
liberação de endotelina pelas células endoteliais renais, 2. Pode desempenhar função no feedback tubuloglomerular
células mesangiais e do túbulo distal 3. Pode estimular a produção de NO aumentando a IFG e
o FSR
Estresse por cisalhamento
A-II GLICOCORTICOIDES
Bradicinina
Epinefrina A administração de doses terapêuticas de glicocorticoides
aumenta o fluxo e a filtração renal
Ela causa intensa vasoconstrição das AA e AE reduz muito
o fluxo e a filtração HISTAMINA
Reduz a resistência (dilata) as AE e AA aumenta o fluxo e a
filtração
DOPAMINA
O túbulo proximal produz dopamina vasodilatação
aumenta o fluxo sanguíneo renal e inibe a secreção de renina
PROCESSO INTEGRADO
As células endoteliais desempenham papel importante na
regulação da resistência das arteríolas por produzirem diversos
hormônios que regula, a contração ou o relaxamento dos vasos
e nas células mesangiais
Vasodilatação causada pelo NO e prostaglandinas
aumenta o fluxo e aumenta a filtração
Vasoconstrição endotelina e angiotensina I ativa ECA
angiotensina II diminui o fluxo e diminui a filtração
Ácido para-amino-hipúrico
Depuração mais elevada entre todas é filtrado e secretado
e não é reabsorvido
Insulina
Sua depuração determina a taxa de filtração glomerular
pois ela é livremente filtrada mas não é absorvida nem
secretada
INTENSIDADE DE DEPURAÇÃO
A insulina é a única em que a depuração = TFG (taxa de
filtração glomerular)
Assim, a quantidade de insulina filtrada = quantidade de
insulina excretada, por isso ela é a substancia de referencia,
chamada de marcador glomerular
A depuração de qualquer uma pode ser comparada com a da
insulina:
Porém, ela não é tão adequada para ser usada como teste de O processo de cozimento converte a creatina em creatinina,
função renal portanto, pacientes submetidos em dieta hipoproteíca
comumente prescrita para pacientes com DRC tem menor nível
Não é produzida constantemente durante o dia de creatinina
A concentração pode variar com a ingestão proteica,
sangramento gastrointestinal e uso de glicocorticoides Uso de medicamentos
Pode diminuir em condições de insuficiência hepática e Como o timetoprim e cimetidina podem aumentar o nível de
desnutrição creatinina sem que haja redução da TFG
É parcialmente reabsorvida após a filtração, por isso o
cálculo dela subestima a TFG. A reabsorção vai depender RELAÇÃO URÉIA : CREATININA
do estado volêmico do paciente Pode ser útil particularmente quando se avaliam pacientes com
o Aumenta a reabsorção quando houver menos quedas abruptas da taxa de filtração glomerular
VLEC (insuficiência cardíaca congestiva ou
desidratação) Condições normais 30
o Vai diminuir a reabsorção quando tem muito VLEC
A ureia é reabsorvida após a filtração e a creatinina não. Assim,
(infusão salina ou síndrome de secreção
qualquer situação clinica que estimule a resbsorção tubular de
inapropriada do hormônio antidiurético)
sódio vai ter um aumento da uréia desproporcional ao da
Valor normal de referência 20-40 mg/dl creatinina
Por isso há um espaço bem amplo do nível de normalidade da A depuração de creatinina é diretamente proporcional à
creatinina sanguínea 0,6 a 1,3 mg/dl geração de creatinina e inversamente à sua concentração no
sangue.
PONTOS FAVORÁVEIS
VANTAGENS
A depuração de creatinina tem boa correlação com a
determinação da TFG pela insulina a vantagem da depuração de creatinina sobre a depuração das
Excreção é relativamente constante durante o dia substâncias de padrão ouro é o fato da creatinina de produção
endógena ser:
A determinação é simples e reproduzível nos laboratórios
É importante lembrar que a creatinina decorre da filtração Mais barata
glomerular (principal) e da secreção tubular Realizada na maioria dos laboratórios de análises clinicas
DESVANTAGENS
DESVANTAGENS REFERÊNCIAS
Não preenche todos os critérios de um marcador ideal da E-book Biomarcadores na nefrologia do professor de Nefrologia
TFG da Faculdade de Medicina da USP – Sociedade Brasileira de
Nefrologia
Porque além de filtrada ela também é secretada pelo túbulo
contornado proximal assim, a depuração de creatinina
superestima a TFG de 15-25%
VANTAGENS
Embora filtrada livremente (pois é proteína de baixo peso
molecular) ela é reabsorvida e metabolizada nos túbulos
proximais ou seja, a concentração sanguínea de cistatina C
depende quase que inteiramente da TFG
Função tubular
A formação de urina envolve 3 processos: REABSORÇÃO TUBULAR
1. Ultrafiltração passagem do plasma das arteríolas para
os glomérulos
2. Reabsorção de água e solutos do ultrafitrado
movimento da substância do lúmen tubular para o liquido
intersticial
Obs: a etapa final da reabsorção é quando as substâncias vão
do LI capilares peritubulares, que ocorre por uma
combinação de difusão e fluxo de massa
3. Secreção dos solutos selecionados para o túbulo move Em constraste com a filtração glomerular, as etapas da
as substâncias dos capilares peritubulares (perto) para o reabsorção não ocorre pelo fluxo de massa, mas sim por 2
lúmen tubular processos envolvidos:
1. A reabsorção de algumas substancias a partir do lúmen
tubular ocorre por difusão pelas junções fechadas
transporte paracelular (entre as células)
2. Pode envolver por transporte mediado, que vai exigir
proteínas de transporte na membrana das células
tubulares transporte transcelular (dentro das célula)
CONTROLE FISIOLÓGICO
Fisiologicamente controladas
As taxas de reabsorção para água e muitos íons estão sob
controle fisiológico por meio da concentração das proteínas
dos canais de membrana e transportadoras mediada por
hormônios e fatores parácrinos ou autócrinos
COMPOSIÇÃO DA URINA
Glicosúria renal familiar mutação genética que leva a uma
anormalidade no cotransportador de sódio-glicose que media a
reabsorção de glicose no túbulo proximal leva ao
aparecimento de glicose na urina
REABSORÇÃO POR DIFUSÃO (PASSIVA)
Ocorre para uma variedade de substâncias orgânicas
lipossolúveis, tanto natural quanto estranhas (pesticida
DDT) transporte paracelular (entre as células) pelas junções
fechadas
Função tubular
Quando o fluido chega no túbulo proximal ocorre a reabsorção Isso porque os sítios de ligação nas proteínas ficam saturadas
de água água sai do TP para o LI para o capilar aumenta quando a substancia aumenta sua concentração até certo nível
a concentração de ureia no líquido tubular, de modo que ela
é maior do que a do LI e do capilar peritubular Glicosúria no DM
Assim, por diferença de concentração a ureia vai se difundir a Em indivíduos com hiperglicemia significativa, a concentração
favor do gradiente de concentração: plasmática de glicose ultrapassa o Tm para um numero
significativo de néfrons sítios da proteína ficam saturados e
Ureia no lúmen tubular junção fechada LI capilar não conseguem fazer a reabsorção glicose aparece na
peritubular urina
Portanto, a reabsorção de ureia depende da reabsorção de Ou seja, não só a glicose mas também qualquer outra
água substância que tiver a sua concentração plasmática aumentada
demais, a reabsorção dela não será tão completa de modo que
REABSORÇÃO POR TRANSPORTE MEDIADO (ATIVO)
ela passe a aparecer na urina
É ativo contra o gradiente de concentração
SECREÇÃO TUBULAR
Transporte transcelular (ocorre por dentro das células)
A secreção move as subst. Dos capilares para o lúmen tubular
Para isso acontecer, a substância reabsorvida precisa: para que elas sejam excretadas na urina.
Atravessar a membrana lumina (apical) citosol da célula Constitui um mecanismo que aumenta a capacidade dos rins
atravessar a membrana basolateral de remover subst. Com uma taxa mais alta que a que depende
Obs: da membrana apical para o citosol pode ser transporte apenas da carga filtrada
passivo e do citosol para a membrana basolateral pode ser Pode ocorrer por difusão ou por transporte mediado
transporte ativo transcelular as pricipais são H+, K+, colina, creatinina e
penicilina (subst. Estranha)
EXEMPLO DA REABSORÇÃO DE NA+
Movimento para dentro da célula a partir da SECREÇÃO ATIVA DE UMA SUBSTÂNCIA ACOPLADA À
membrana apical REABSORÇÃO DE NA+
O Na+ move-se passivamente a favor do gradiente de Para a substancia passar do LI para dentro da célula (pela
concentração por difusão simples ou facilitada membrana basolateral) e de dentro da célula para dentro do
lúmen do tubo (pela membrana apical) geralmente ocorre o
Movimento para fora da célula a partir da membrana acoplamento dela com a reabsorção de sódio como se o
basolateral sódio saísse e a substancia entrasse
É ativamente transportado contra o seu gradiente para fora da REABSORÇÃO DE SOLUTO NO TÚBULO PROXIMAL
célula por meio da sódio-potássio-ATPase na membrana
Reabsorve:
REABSORÇÕES ACOPLADAS AO NA+
Água
A reabsorção de muitas substancias está acoplada à Na+, Cl-, K+
reabsorção de Na+ glicose, muitos aminoácidos e Glicose e aminoácidos
orgânicas e inorgânicos
REABSORÇÃO DE SÓDIO (Na+) NA PRIMEIRA METADE
A substancia cotransportada move-se contra o seu gradiente
para dentro da célula por um cotransportador ativo secundário Da membrana apical para dentro da célula
à medida que o Na+ se move a favor do seu gradiente para O Na+ se movimenta a favor do seu gradiente de concentração,
dentro da célula mas esse mecanismo varia de segmento para segmento do
túbulo.
TRANSPORTE MÁXIMO
A por exemplo, a entrada luminal do sódio na célula ocorre por
Muitos dos sistemas reabsortivos nos rins possuem um limite
cotransporte com uma variedade de moléculas orgânicas e
em relação às quantidades de material transporte máximo
inorgânicas glicose, H+, aminoácidos, fosforo e lactato
(Tm)
cada uma vai depender de uma proteína diferente que medeia
Função tubular
Função tubular
VIA TRANSCELULAR DIFERENÇA DE PERMEABILIDADE DA ÁGUA AO LONGO
DO NÉFRON
Os íons Cl- também podem ser reabsorvidos por transporte
ativo secundário, que envolve o cotransporte de cloreto e de No túbulo proximal
sódio através da membrana luminal
permeabilidade elevada, a água é reabsorvida tão rapidamente
quanto os solutos
PROTEINÚRIA
Normalmente, esse mecanismo absorve quase todas as
proteínas filtradas, deixando a urina livre de proteínas
Porém, um aumento de proteínas deixa o mecanismo
saturado não consegue reabsorver com eficiência
proteinúria (proteína na urina)
SECREÇÃO DE ÂNIONS E CÁTIONS ORGÂNICOS NO T.P
Essa água consegue sair tanto pelas junções fechadas quanto Muitos deles são produtos finais do metabolismo e outros
pelas aquaporinas, que estão em maior quantidade na parte provêm de compostos orgânicos exógenos, como fármacos e
proximal do túbulo e a permeabilidade da água vai compostos tóxicos.
diferenciando ao longo do néfron
Muitos deles podem se ligar às proteínas plasmáticas pouca
O acumulo de água e solutos no LI aumenta a pressão quantidade é filtrada
hidrostática fluido segue para dentro dos capilares
peritubulares O restante é secretado dos capilares peritubulares para o
lúmen tubular.
Função tubular
Esses mecanismos são muito potentes e removem quase todos
ânions e cátions que entram nos rins
Difusão passiva
Três uniportes (COT1, 2 e 3) que medeiam a captação
eletrogenica
A captação contra o gradiente de concentração química é
fornecida pela DDP negativa da célula
Eles deixam a célula em direção ao lúmen pela membrana
apical:
Em troca de H+
E pelo transportador MDR1 que usa ATP
MECANISMO PARA TRANSPORTE DE ÂNION ORGÂNICO
(AO-) ALÇA DE HENLE
Reabsorve 25% do NaCl filtrado e 25% de água filtrada e os
íons Ca++ e HCO3- também são reabsorvidos na alça de Henle
AO- alfa-cetoglutarato
Alfa-KG
o A captação de alfa-cetogluratato (do metabolismo Reabsorção de NaCl
do glutamato) contra o gradiente é impulsionado
pelo movimento do Na+ para a célula pelo Ocorre no ramo ascendente fino e grosso
transportador NADC3 Fino mecanismo passivo
OAT 1,2 e 3
Espesso mecanismo ativo por meio da bomba de sódio e
Depois, os AO- deixam a célula membrana apical por potássio ATPase
transportadores AOT4 e MRP2/4 BCRP
Reabsorção de H2O
MECANISMO DE TRANSPORTE DE CÁTION ORGÂNICO
(CO+) Ocorre somente no ramo descendente fino
REABSORÇÃO DE H2O
Função tubular
Ocorre no descendente fino via canais de água AQPI, pois o Esse simporte acopla o movimento de 1Na+ 1K+ e 2Cl-
ramo ascendente é impermeável à água.
Canal de K+ (na membrana apical)
Quando a água é absorvida pelo ramo descendente fino, a
concentração de NaCl se aumenta nele. Desempenha papel importante para a reabsorção de NaCl pelo
ramo ascendente espesso, pois o K+ que está vindo do
REABSORÇÃO DE NaCl simporte NKCC2 e ajuda o Na+ entrar, volta para o fluido
tubular para poder fazer mais sódio entrar por esse simporte.
Ramo ascendente fino por transporte passivo
Antitransporte NHE3 (na membrana apical)
o sódio que estava em alta concentração no RDF por causa da
saída de água ramo ascendente em direção ao córtex O H+ que vem da reação da AC é transportado para o lúmen
medula a favor do gradiente de concentração se difunde do tubular enquanto o Na+ é transportado para dentro da célula.
lúmen tubular fluido intersticial medular
Assim, como o H+ está indo para o túbulo, ocorre uma
Ramo ascendente espesso secreção de H+
Bomba de sódio-potássio-ATPase
O Na+ deixa a célula através da membrana basolateral por
essa bomba enquanto o K+, Cl- e HCO3- deixam a célula por
vias distintas
1. O transporte aumentado de NaCl pelo ERA deixa a E secreta em toda a porção do túbulo distal
voltagem mais positiva dentro do lúmen K+, H+ e HCO3-
2. Essa voltagem impulsiona a reabsorção de Na+, K+, Ca++
e Mg++ pela via paracelular O último segmento do túbulo distal e o ducto coletor são
compostos por 2 tipos de células:
DIFUSÃO VIA TRANSCELULAR
Células principais reabsorvem NaCl e secretam K+
e células intercaladas reabsorvem K+ e secretam H+ ou
HCO3-, sendo importantes na regulação do balanço ácido-
base
REABSORÇÃO DE ÁGUA
quantidade variável de água é reabsorvida pelas células
principais no final do túbulo distal e do ducto coletor
Simporte NKCC2 (membrana apical)
Função tubular
é mediada pelos canais de água localizados na membrana CÉLULAS INTERCALADAS
apical e por outros canais na membrana basolateral das células
principais
em presença do hormônio ADH a água é reabsorvida,
quando não tem ele, essas partes reabsorvem bem menos
água.
Reabsorção de K+
A reabsorção é mediada pela bomba hidrogênio-potássio-
Reabsorção de Na+ ATPase na membrana apical, que traz o K+ para dentro da
célula (HKA)
Depende do funcionamento da bomba de sódio-potássio-
ATPase na membrana basolateral, pois ela gera o gradiente Secreção de H+ ou HCO3-
químico favorável para o Na+ entrar por difusão pelos canais
Importante para a regulação do balanço ácido básico
seletivos de sódio (ENaCs) na membrana apical.
REGULAÇÃO DA REABSORÇÃO DE NaCl e ÁGUA
Isso acontece porque a bomba faz com que haja baixa
concentração de sódio dentro da célula, mantendo uma carga
negativa lá dentro que facilita a entrada do sódio.
O Na+ deixa a membrana basolateral e vai pro sangue por ação
da bomba também.
Reabsorção de Cl-
A reabsorção de Na+ de dentro do lúmen tubular deixa ele ANGIOTENSINA II
negativo impulsiona a reabsorção (saída) do cloreto pela via
A diminuição do VLEC ativa o SRAA aumenta a
paracelular
concentração de angiotensina II
Secreção de K+
Tem efeito estimulatório sobre a reabsorção de sal e água no
O potássio é secretado pelas células principais por meio de 2 ramo ascendente fino TD e TC
etapas:
ALDOSTERONA
1. A captação de K+ através da membrana basolateral é
Sintetizada pelas células glomerulosas no córtez suprarrenal e
captada pela bomba de sódio-potássio-ATPase
2. O K+ vai deixar a célula em direção ao lúmen tubular por estimula a reabsorção de NaCl e indiretamente de H2O
também. além disso, com a reabsorção de Na+ também há o
difusão passiva, pois há alta concentração de potássio
aumento da secreção de K+
dentro da célula e baixa no lúmen por gradiente
eletroquímico ela deixa a membrana apical em direção ao Atua sobre o ERA, TD/DC e suas ações aumentam a
fluido tubular reabsorção de Na+ gera voltagem luminal negativa força
o Cl- que também é negativo a sair pela via paracelular no
túbulo distal e ducto coletor
A secreção é aumentada por hipercalemia e pela
angiotensina II (após ativação do SRAA)
Função tubular
A secreção é diminuída por hipocalemia e peptídeos dopaminérgicos dos rins e trabalham inibindo a reabsorção
natriuréticos de sal e água no túbulo proximal.
UROGUANILINA E GUANILINA
Ambas produzidas pelas células neuroendócrinas do intestino
em resposta à ingestão oral de sal entram na circulação e
inibem a reabsorção de NaCl e água pelos rins, pela
ativação de receptores guanilil ciclase que aumentam a
concentração intracelular de GMPc
Por via oral, a resposta natriurética é maior do que quando a
carga de NaCl é por via intravenosa, pois no intestino há a
liberação desses dois compostos.
CATECOLAMINAS
Epinefrina medula da suprarrenal
Norepinefrina fibras simpáticas
Os nervos simpáticos ficam ativos quando o volume do LEC
diminui (como numa hemorragia) estimula a reabsorção
de sal e água pelos 4 segmentos do néfron (túbulo proximal,
RAE TD e ducto coletor)
DOPAMINA
Tem efeito oposto das catecolaminas, portanto é estimulada
por aumento no volume do LEC. São liberadas pelos nervos
Hipercalcemia
DURANTE A GRAVIDEZ
Na gestação, a absorção intestinal excede a excreção urinária
desses íons se acumulam nos tecidos fetais para formar o
osso
OSTEOPOROSE
Na doença óssea, também chamada de declínio da massa
corpórea de carne magra, há um aumento da perda urinária dos
íons sem mudar a absorção intestinal corpo vai perdendo
progressivamente Ca++ e Pi
É feito por 3 hormônios PTH (paratireoideo), calcitriol e O ph vai influenciar sua distribuição, pois:
calcitonina que vão regular a distribuição de cálcio entre o Acidose metabólica aumento da concentração de H+
osso e o LEC regulando a concentração plasmática se liga às proteínas do plasma e aos ânios desloca o Ca++
Mecanismo do PTH aumento da concentração plasmática de cálcio
Alcalose metabólica diminuição na concentração de H+
os íons H+ se dissociam das proteínas do plasma cálcio se
liga a essas proteínas e aos ânions diminui a
concentração plasmática de cálcio ionizado
É um processo ativo que ocorre em duas etapas: Cloro entra pela bomba sai por canal de cloro na membrana
basolateral
Primeiro, o cálcio se difunde a favor do seu gradiente de
concentração membrana apical canais de Ca++ Potássio entra pela bomba, mas não consegue sair pela
interior da célula membrana basolateral sai por canal de potássio na
membrana apical em direção ao lumen novamente
Depois, o cálcio vai sair pela membrana basolateral contra seu
gradiente químico Ca-ATPase Quando o K+ se acumula no lúmen, ele tem carga positiva, vai
repelir os íons Ca++ de carga positiva também vai passar
Via paracelular 80% do cálcio absorvido pela via paracelular
Ocorre por meio da tração pelo solvente, pois nessa região Assim, a reabsorção de cálcio depende do funcionamento da
do TCP íons são absorvidos e aumenta a osmolalidade do bomba de NKCC2 no RAE da alça de Henle
LI temos a reabsorção de água por osmose pela força
da água, ela carrega o cálcio para ir junto com ela
PARATORMÔNIO
QUANTIDADE DE Pi NO CORPO
É determina pela quantidade absorvida no TGI estimulada
pelo calcitriol versus a quantidade excretada pelos rins.
Membrana basolateral
O potássio sai pelo antiporter dos ânions inorgânicos de P
Homeostase do potássio
HOMEOSTASE DO POTÁSSSIO
Dois mecanismos promovem a homeostasia do potássio:
1. Regula K+ do LEC insulina, aldosterona e epinefrina
2. Mantem a quantidade de K+ constante no corpo, ajustando
a excreção renal para parear com a ingestão de K+ na
dieta rins
O potássio é um íon caseiro, pois 98% dele está dentro das
células e outros 2% está no LEC, pois é importante para
prevenir os seus distúrbios
ABSORÇÃO DE K+ APÓS INGESTÃO
É absorvido pelo TGI e em minutos entra no LEC, mas para
evitar a hipercalemia, existem alguns compostos que
aumentam a entrada de K+ nas células
Distúrbios de potássio
Hipercalemia quando a concentração excede 5mEq/L
Hipocalemia quando a concentração é menor que 3,5
mEq/L
Funções do potássio
REGULAÇÃO DA K+ PLASMÁTICA
Como relatado antes, o aumento da K+ plasmática estimula a
liberação de insulina pelo pâncreas, epinefrina pela medula
suprarrenal e aldosterona pelo córtex suprarrenal
aumentam a captação de potássio pelo
Homeostase do potássio
EPINEFRINA ALTERAÇÕES NA K+ PLASMÁTICA
BALANÇO ÁCIDO-BÁSICO
É o hormônio mais importante que desloca o K+ para as Esse efeito da acidose ocorre porque ela inibe os
células, após uma refeição transportadores que acumulam K+ nas células Na-K-
ATPase e a NKCC2
Embora os ácidos orgânicos produz a acidose que aumenta o
nível de K+, eles não produzem hipercalcemia significativa
OSMOLALIDADE PLASMÁTICA
Em pacientes diabéticos que são deficientes de insulina, o
As alterações de potássio plasmática, associadas às variações
aumento do K+ após refeição rica desse íon é muito maior do
de osmolalidade acontece por causa da variação de volume
que em pessoas normais.
do LEC
Se a glicose do paciente tiver normal e ele tiver hipercalemia
administra a insulina + glicose para evitar a hipoglicemia
ALDOSTERONA
Além de estimular a captação de K+ pelas células, também
promove a excreção urinária de K+
Aumento de aldosterona como no aldosteronismo 1º
causa hipocalemia, pois manda muito potássio para dentro da
célula
Diminuição de aldosterona como na doença de Addison,
causa hipercalemia
Homeostase do potássio
Em pacientes diabéticos, devido à falta de insulina, a EXCREÇÃO DE K+ PELOS RINS
concentração de glicose aumenta aumenta a osmolalidade
do LEC água sai por osmose pelo LIC
Homeostase do potássio
Saída pela membrana basolateral
Ainda é desconhecida
CONCENTRAÇÃO DE K+ PLASMÁTICA
ao passo que a bomba absorve sódio, ela secreta o potássio 1. Estimula a sódio-potássio-ATPase nas células principais
aumenta a captação de K+
Essa bomba cria alta concentração de K+ intracelular gera 2. Aumenta a permeabilidade da membrana apical para o K+
força motora química vai forçar a saída de K+ pela 3. Estimula a secreção de aldosterona pelo córtex
membrana apical suprarrenal
4. Aumenta a intensidade do fluxo tubular, que estimula a
Saída para o lúmen tubular pela membrana apical
secreção de K+ pelo TD e TC
A difusão é feita por via de canais de K+
Hipocalcemia dieta pobre em potássio ou perda de
O K+ prefere sair pela membrana apical do que pela K+ no fluido da diarreia
membrana basolateral
Faz as ações opostas à da hipercalcemia, diminuindo a
Existem canais de K+ nas duas membranas, porém ele prefere secreção de potássio e promovendo a reabsorção
sair pela membrana apical em direção ao túbulo por 2 motivos:
ALDOSTERONA
1. O gradiente eletroquímico gerado pela bomba força o
potássio a sair para o fluido tubular O efeito principal é aumentar a reabsorção de sódio e a
2. A permeabilidade dele pela membrana apical é maior retenção de água enquanto excreta o potássio.
do que a para a membrana basolateral, portanto, ele vai se
difundir em direção ao túbulo A sua secreção é aumentada hipercalemia, angiotensina II
(após a ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona =
Fatores que controlam a intensidade de secreção de SRAA)
K+ Sua secreção é diminuída hipocalemia e peptídeos
natriuréticos, liberados pelo coração
Atividade da sódio-potássio-ATPase
Força motriz (gradiente eletroquímico) para o movimento
dele pela membrana apical
Permeabilidade da membrana apical ao K+
Homeostase do potássio
3. Estimula a permeabilidade da membrana apical ao K+
para ele poder sair pro fluido e ser excretado na urina
VASOPRESSINA (ADH)
O hormônio antidiurético embora não afete a excreção
urinária de K+, não estimula a secreção de K+ pelo túbulo
distal e coletor porque um inibe o outro
Aumenta a excreção de potássio mas diminui o fluxo tubular
as duas coisas se inibem equilíbrio da concentração de
potássio
Ele deixa o corpo hipervolêmico, pois reabsorve sódio e
água, e como reabsorve sódio excreta o potássio Porque aumenta a secreção de K+
O ADH estimula a captação de Na++ pela membrana apical
AUMENTO AGUDO (EM MINUTOS)
o interior da célula fica menos negativo isso reduz a
Embora o aumento eleve a atividade da bomba de sódio e diferença de potencial elétrico através da membrana apical
potássio, a excreção de K+ não aumenta aumente a força motriz eletroquímica para a saída de K+ pela
membrana apical potássio secretado
Porque a aldosterona aumenta a reabsorção de sal e de água
diminui o fluido tubular diminui a excreção de potássio Porque não promove a excreção de K+ ao mesmo
tempo
AUMENTO CRONICAMENTE (MAIS DE QUE 24H)
A vasopressina é um antidiurético aumenta a reabsorção de
Os níveis elevados aumenta a secreção de K+ pelas células água diminui o fluxo no fluido tubular e a diminuição
principais do ducto coletor e do túbulo distal por 5 mecanismos: do fluxo reduz a secreção de potássio
Portanto, um inibe o outro
Homeostase do potássio
A queda do fluxo (contração do LEC por hemorragia, vomito
intenso ou diarreia) reduz a secreção de K+ pelo túbulo
distal e coletor
Alcalose
Aguda estimula a secreção de K+
Crônica em associação com a contração do volume do LEC
aumenta a excreção renal de K+ porque está em associação
com a aldosterona
Acidose
Aguda reduz a secreção de K+
Crônica aumenta a secreção pois diminui o volume do LEC
ativa aldosterona estimula a secreção de K+
Diuréticos
Os diuréticos aumentam o débito e o volume urinário, pois eles DIURÉTICOS INIBIDORES DA AC
diminuem a reabsorção de sódio e vários íons que dependem
dele para serem reabsorvidos isso gera maior osmolaridade A acetozalamida inibe a anidrase carbônica, que está presente
no lúmen tubular água entra por osmose maior diurese no túbulo proximal e é essencial para a reabsorção de HCO3-
(bicarbonato)
O uso clinico mais comum dos diuréticos é para reduzir o
volume do liquido extracelular, especialmente em doenças com
edemas e hipertensão.
DIURÉTICOS OSMÓTICOS
A injeção na corrente sanguínea de substancias como o A furosemida vai bloquear a bomba NKCC2 inibe a
manitol, dificulta sua reabsorção pelos túbulos renais reabsorção de sódio, potássio e cloro não gera carga
aumenta a concentração de moléculas osmoticamentes ativas positiva no lumen não vai reabsorver cálcio aumenta a
nos túbulos diminui a reabsorção de água eliminam excreção renal de cálcio
grande quantidade de liquido tubular para a urina
Como os íons vão se acumular no lúmen por causa da parada
da bomba aumenta a concentração água entra por
osmose aumenta a diurese
Diuréticos
ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA
O efeito principal da aldosterona é aumentar a reabsorção de
sódio e a retenção de água enquanto excreta o potássio.
Controle da osmolalidade
CONTROLE DA OSMOLALIDADE: CONCENTRAÇÃO E
DILUIÇÃO DA URINA
Controle da osmolalidade
vasopressina é secretada, antes do ponto de equilíbrio,
nenhum ADH é liberado
Diversos fatores fisiológicos podem alterar o ponto de equilíbrio
de um dado individuo, como a gravidez que reduz o ponto.
Fatores principais
o Osmolalidade dos fluidos (osmótico)
o Volume e pressão do sistema vascular
(hemodinâmico)
Localizados no lado de alta complacência (permite a variação
Outros fatores
de volume) no sistema circulatório.
o Náusea estimulo
o PNA inibe Quando o volume tiver baixo vai estimular ADH
o Angiotensina II estimula
o Nicotina estimula Barorreceptores sensíveis ao estiramento
o Etanol inibe
Osmolalidade aumenta
Osmorreceptores sinais para as células que sintetizam e
secreta ADH no núcleo supraóptido e paraventricular do
hipotálamo ADH
E o aumento da osmolalidade inibe as células de secretar o
ADH.
Controle da osmolalidade
AÇÕES DO ADH SOBRE OS RINS Isso vai resultar no aumento da absorção de ureia e no
aumento da osmolalidade do fluido intersticial medular
O ADH exerce 3 efeitos sobre os rins: aumenta a
permeabilidade do DC à água, aumentar a permeabilidade Reabsorção de NaCl no RAE, TD e segmento cortial
da porção medular do DC à ureia e estimular a reabsorção de do DC
NaCl pelo ERA da alça de Henle, TD e DC
No RAE da alça de Henle aumento dos transportadores de
Permeabilidade do DC a água Na+ pelo simporter NKCC2
ADH receptores V2 acoplado à proteína G aumenta no túbulo distal aumento no simporter Na+-Cl-
AMPc ativa PKA insere vesículas contendo canais de no túbulo distal e no DC aumento do canal epitelial de Na+,
aquaporinas AQP2 na membrana apical da célula ENaC
aumentando a permeabilidade para a água poder ser
reabsorvida isso vai aumentar a reabsorção de Na+ ajuda a manter o
interstício medular hiperosmótico com a maior quantidade de
Esses canais vai-e-vem porque quando não há a ação do ADH,
sódio por lá tornando o ambiente necessário para a
eles são reinternalizados na célula. reabsorção de água (pois sódio puxa água) na porção
A inserção de aquaporinas é feita na membrana apical porque medular do ducto coletor
a membrana basolateral já é livremente permeável á agua,
SEDE
por meio dos canais AQP3 e AQP4.
As variações da osmolalidade plasmática, do volume e da PA
levam a alterações na percepção da sede
Controle da osmolalidade
MECANISMOS RENAIS DE DILUIÇÃO E CONCENTRAÇÃO TÚBULO DISTAL E PARTE CORTICAL DO DUCTO
DA URINA COLETOR
URINA DILUIDA (DIURESE DE ÁGUA) 5. Essas porções vão reabsorver o sódio ativamente e são
impermeáveis à ureia. E na ausência de ADH eles não
Para excretar uma urina hipo-osmótica, o néfron deve ficam permeáveis para H2O, assim, o Na+ vai saindo e
reabsorver o soluto do fluido tubular e não reabsorver água, como não acontece a reabsorção de água, o fluido
ou seja, o ADH deve está ausente ou em níveis mínimos no deixando a porção cortical é ainda mais hipo-osmótico
túbulo distal e ducto coletor.
DUCTO COLETOR MEDULAR
Isso acontece, por exemplo, com a ingestão de álcool que
inibe o ADH e a urina fica diluída. 6. O ducto coletor medular reabsorve ativamente o NaCl,
porém, ele também é pouco permeável à ureia e à H2O na
ausência de ADH. Consequentemente, pouca ureia do
interstício medular entra e pouca água sai
7. Por fim, a urina tem osmolalidade tão baixa (50
mOsm/Kg H2O) e contem baixas concentrações de
sódio e ureia
Controle da osmolalidade
Multiplicação por contracorrente Durante a diurese, a maioria da água é reabsorvida pelo túbulo
distal e ducto coletor na presença de ADH.
Essas etapas ocorrem repetidas vezes, adicionando cada vez
mais solutos à medula para que ela retenha eles e multiplique E essa distribuição da reabsorção de água; córtex parte
o gradiente de concentração. externa da medula parte interna da medula permite a
manutenção da hiperosmolalidade do interstício medular e
Assim, a reabsorção repetitiva de NaCl pelo RAE e o influxo minimiza a quantidade de água que entra nesse segmento.
continuo de NaCl que está vindo do túbulo proximal para alça
de Henle para ele ser reabsorvido de novo recebem o nome de INTERSTICIO MEDULAR
multiplicador por contracorrente.
CONTRIBUIÇÃO DO NACL
ETAPA 5 A 7
Os principais solutos que geram a pressão osmótica no fluido
5. devido à reabsorção de NaCl pelo segmento ascendente da intersticial medular para que a água possa ser reabsorvida do
alça de henle, o fluido que chega ao ducto coletor é menos segmento descendente fino e do ducto coletor são NaCl e ureia
concentrado (hipo-osmótico) em relação ao espaço intersticial
medular. Isso estabelece um gradiente osmótico no ducto Esses solutos vão aumentando ainda mais a sua osmolalidade
que, com a presença do ADH, faz a água se difundir para à medida em que a medula se aprofunda.
fora do lúmen tubular isso dá inicio ao processo de
concentração da urina O gradiente medular para o NaCl resulta do acumulo dele que
é reabsorvido pelos segmentos do néfron da medula, durante
Embora o fluido nesse ponto tenha e mesma osmolalidade do a multiplicação por contracorrente, e o segmento mais
fluido que entrou no ramo descendente fino, a composição importante que faz isso é o ramo ascendente espesso da alça
mudou, pois agora, o NaCl está menos concentrado no de Henle
fluido tubular e a ureia está muito concentrada, pois ela é
originada tanto da ureia que é filtrada quanto da ureia que é é o NaCl o responsável pela reabsorção de água no ducto
adicionada ao segmente descendente fino. coletor medular e a concentração de solutos na urina
6. a osmolalidade do fluido intersticial medular aumenta CONTRIBUIÇÃO DA UREIA PARA UMA MEDULA
bastante, da junção do córtex e a medula até a papila gera HIPEROSMÓTICA
gradiente osmótico entre o fluido tubular e o intersticial
presença de ADH água é reabsorvida fluido tubular fica A ureia é sintetizada no fígado por metabolismo das proteínas
mais concentrado porque sai água. e chega no rim, é filtrada no glomérulo e segue para o restante
do néfron.
A osmolalidade máxima que o fluido do ducto coletor
medular pode atingie é a mesma do fluido intersticial A permeabilidade da maioria dos segmentos do nefron para
medular, por isso que a urina fica super concentrada, pois o a ureia é muito pequeno, apenas o ducto medular, possui uma
fluido medular também está. permeabilidade relativa para a ureia e que é aumentada ainda
mais na presença do ADH.
Nesse momento, o que permanece no fluido tubular dos ductos
coletores são as substancias que não foram reabsorvidas e as À medida em que o fluido se move ao longo do néfron e a água
que foram secretadas no fluido tubular, desses a ureia é a mais é reabsorvida, a concentração de ureia vai aumentando cada
abundante vez mais, e quando chega no ducto coletor medular, a ureia
vai se difundir a favor do seu gradiente de concentração
(7) a urina produzida quando o ADH está presente tem para o interstício medular, ainda mais se houver o estimulo do
osmolalidade de 1200 mOsm/kg H2O e contem altas ADH difusão facilitada pelos transportadores específicos de
concentrações de ureia e outros solutos não reabsorvidos. ureia UT-A1 e UT-A3
CONSIDERAÇÕES SOBRES OS PROCESSOS Quando há ADH elevado, a ureia no lúmen e no interstício vai
se acumular, por isso, a concentração de ureia na urina é
Como descrito, a reabsorção de água durante o néfron (túbulo igual à da medula na papila
proximal, RAF) é a mesma, independente da urina ser
concentrada ou diluída. Desnutrição
Controle da osmolalidade
Indivíduos que possuem dieta rica em proteína possuem O fluxo sanguíneo medular renal contribui para a
capacidade para concentrar sua urina, devido à ureia. preservação das altas concentrações de soluto por 2
maneiras:
A desnutrição está associada à baixa concentração de ureia
no interstício medular, por causa da baixa ingestão de proteína, 1. O fluxo sanguíneo medular é baixo, sendo o suficiente
assim, as pessoas não são tão capazes de concentrar a urina para suprir as necessidades metabólica dos tecidos e
auxiliar na minimização da perda de soluto do interstício
Processo de reciclagem da ureia medular
2. Os vasos retos servem como trocadores por
À medida que a ureia flui para o ducto coletor na medula contracorrente, minimizando a retirada de solutos do
interna, as altas concentrações de ureia e de transportadores interstício medular
dela faz com que a ureia se difunda para o interstício
medular. Além disso, o formato em U dos vasos minimiza a perda de
soluto do interstício, mas não impede a ultrafiltração de liquido
Parte dela eventualmente de difunde para as porções finas e de solutos para o sangue através das pressões hidrostáticas
da alça de Henle, e daí segue o fluxo novamente ramo e coloidosmóticas que favorecem a reabsorção nesses
ascendente espesso TD túbulo coletor cortical capilares.
medular ela se torna muito concentrada e aí se difunde para
o interstício medular e o processo de repete Eles vão retirar do interstício medular apenas a quantidade de
soluto e H2O absorvida nos túbulos medulares, e a alta
concentração de solutos estabelecida pelo mecanismo de
contracorrente é preservada.
O principal soluto que pertuba a osmolalidade do LEC é o Na+, Os sensores de volume, os barorreceptores, estão nas
porém, sob condições normais, o ADH e o sistema da sede paredes dos átrios, do VD e dos vasos pulmonares, pois
mantêm a osmolalidade do fluido corporal dentro da faixa de eles são os lados de baixa pressão do sistema circulatório e
normalidade. possuem alta complacência, por isso, os sensores respondem
ao ‘’enchimento’’ do sistema vascular.
Os rins são a principal via para a excreção de NaCl do corpo,
por isso, eles são muito importantes na regulação do volume Quando estimulados, enviam sinais nervo vago e
do LEC. glossofaríngeo tronco cerebral controle da atividade
simpática e do ADH
Eles sempre irão trabalhar para excretar todo o sal que é
ingerido, assim: Diminuição do enchimento aumenta atividade dos nervos
simpáticos + secreção de ADH
Menor ingesta de sal menor excreção
Dieta com muito sal maior excreção Aumento do enchimento distensão diminui a atividade
dos nervos simpáticos
CONCEITO DE VOLUME CIRCULATÓRIO EFETIVO
PNA e PNC
O LEC possui 2 compartimentos:
Peptídeo natriurético atrial sintetizados e armazenados
O plasma, que determina o volume vascular, que pelos miócitos dos átrios cardíacos.
determina a PA e o débito cardíaco
Peptídeo natriurético cerebral produzido pelos ventrículos
Fluido intersticial
do coração
O volume circulatório efetivo (VCE), diferentemente do LEC,
São liberados quando os átrios são estendidos promove a
ele não é um compartimento distinto e mensurável do fluido
natriurese (aumento da excreção de NaCl) e a diurese
corporal.
(aumento da excreção de água)
Ele representa a parte do LEC que está no sistema vascular
e está perfundindo ‘’efetivamente’’ os tecidos, em outras SENSORES VASCULARES DE VOLUME DE ALTA
palavras, o VCE reflete a atividade de sensores de volume PRESSÃO
localizados no sistema vascular. São os barorreceptores localizados no lado arterial do
O VCE varia diretamente com: sistema circulatório
PEPTÍDEOS NATRIURÉTICOS
As ações do PNA e PNC são antagônias às do SRAA.
São secretados quando o coração se dilata (durante a
expansão de volume e com falência cardíaca) e atuam para
relaxar o músculo liso vascular e promover a excreção de NaCl
e água pelos rins
Além desses efeitos, o SRAA tambem estimula: Além disso, os rins também produzem um peptídeo natriurético
relacionado, chamado urodilatina, que possuem os mesmos
1. Secreção da aldosterona
efeitos do PNA e PNC:
2. Estimulação da secreção de ADH e da sede
3. Aumento de reabsorção de Na+ pelo túbulo proximal 1. Vasodilatação da AA e vasoconstrição da AE aumenta
(efeito maior), ramo ascendente espesso, TD e DC a IFG e a carga filtrada de Na+
2. Inibição da secreção de renina pelas AA
Efeitos da aldosterona 3. Inibição da secreção de aldosterona pelas células
glomerulas do córtex suprarrenal, por:
A aldosterona reduz a excreção de Na+ e H2O por aumentar a. Inibir a secreção de renina
a reabsorção do Na+, que consequentemente puxa a água por b. Inibir direatamente a secreção de aldosterona
osmose 4. Inibição da reabsorção de NaCl pelo ducto coletor
medular, que também é causado pela redução da
aldosterona, pois o GMPc estimula a inibição dos canais
de cátions na membrana apical, diminuindo a reabsorção
de sódio
5. Inibição da secreção de ADH pels hipófise posterior e
açaõ do ADH pelo ducto coletor diminui a reabsorção
de água e aumenta a excreção dela na urina
Durante a euvolemia, o Na+ processado pelo néfron pode ser Para variações significativas, existem outros fatores
explicado por 2 processos gerais: adicionais que atuam nos rins para ajustar a excreção de Na+
e reestabelecer a euvolemia
1. Reabsorção de NaCl pelo túbulo proximal e alça de
Henle 92%, é regulada para que a arga de Na+ liberada CONTROLE DA EXCREÇÃO DE NaCl NA EXPANSÃO DE
para o túbulo distal seja constante VOLUME
2. Reabsorção dos 8% que restaram é feita pelo túbulo
distal e ducto coletor, e essa parte é tão regulada que A expansão de volume do LEC ativam os sensores de baixa e
conseque igualar a quantidade ingerida à excretada. São alta pressão, que enviam sinais para os rins e resulta na
esses últimos segmentos do néfron que fazem os ajustes excreção aumentada de NaCl e água
finais da excreção de Na+ para manter o estado
Menor atividade simpática
euvolêmico
Liberação de PNA e PNC e urodilatina
MECANISMOS DE MANUTENÇÃO DA ENTREGA Inibição da secreção de ADH
CONSTANTE DE NACL PARA O TÚBULO DISTAL Secreção diminuída de renina e, assim, de A-II
Secreção diminuída de aldosterona (por causa da menor
Basicamente, são 3 processos que mantêm essa entrega secreção de A-II)
constante de sódio para o TD
Autorregulação da IFG
Permite a menutenção de filtração constante, dentro da ampla
faixa de pressões de perfusão
Balanço glomerulotubular
Durante a hipovolemia, os sensores vasculares de alta e baixa Além disso, há o estímulo do ADH nessas regiões, o que
pressão enviam sinais para os rins para ele reduzir a excreção promove a reabsorção de água junto
de sal e água e aumentar a sua reabsorção Assim, a euvolemia é reestabelecida e a osmolaridade do
Aumento da atividade simpática fluido corporal permanece constante
Ativação do SRAA
Inibição da secreção de PNA, PNC e urodilatina
HIPONATREMIA CRÔNICA
HIPONATREMIA-DESIDRATAÇÃO
Quando a hiponatremia se desenvolve lentamente, o cébro
É a perda de NaCl associada à redução do volume do LEC, responde transportado solutos orgânicos e íons para o LEC,
as condições que podem acarretar na perda do sal incluem atenuando o fluxo de água para as células e o inchaço do
tecido
Diarreia
Vômito Perigo de se corrigir rapidamente a hiponatremia
Uso excessivo de diuréticos (inibem a reabsorção de
Se a hiponatremia for corrigida muito rapidamente, através de
sódio e promovem a excreção de água)
soluções hipertônicas, o cébreo fica mais vulnerável e ele
Doença de Addison causa a diminuição da secreção
não consegue recuperar a perda de solutos das células.
de aldosterona diminui a reabsorção tubular de NaCl
Isso pode levar à dismienilização, que é a perda da bainha
HIPONATREMIA-HIPERIDRATAÇÃO de mielina dos nervos, causada pela lesão osmótica nos
A hiponatremia nesse caso está associada à retenção neurônios (a água vai sair das células em direção ao LEC que
excessiva de H2O, que pode acontecer quando agora está hipertônico)
Dor de cabeça
Náusea
Letargia
Desorientação
Convulsoes, coma
Dano cerebral permanente e morte
a. Isso porque o crânio é rígido e o cérebro não pode
aumentar seu volume por mais de 10% sem que Com a hiponatremia crônica, o inchaço cerebral é atenuado
seja forçado o pescoço (herniação) pelo transporte de solutos das células para o LEC
Que é quando há uma deficiência da secreção de ADH, que No entando, ela também deve ser feita lentamente em
é necessário para que os rins conservem a água do corpo. pacientes que já tiveram aumentos crônicos da concentração
plasmática de NaCl
Como resultado, a pessoa excreta muita urina diluída
desidratação e aumento de sal no LEC Isso porque a hipernatremia também ativa mecanismos de
defesa para proteger a célula de alterações de volume
Diabetes insípido nefrogênico consiste em aumentar a concentração intracelular de sódio
e de outros solutos assim, atenua o murchamento das
Que é quando, embora ocorra a secreção normal de ADH, os
células
rins não conseguem responder ao ADH não reasborve
água desidratação
HIPERNATREMIA-HIPERIDRATAÇÃO
É quando a hipernatremia está associada à adição excessiva
de NaCl no LEC, e isso pode estar ligado a algum grau de
retenção de água pelos rins
A etapa lenta é a etapa limitante da reação, que tem maior Por isso, o CO2 é denominado como ácido volátil, pois ele tem
velocidade na presença da anidrase carbônica , já a 2ª reação o potencial de gerar H+ após a sua hidratação com H2O
é ionização do ácido que ocorre quase instantaneamente. Porém, o ácido que não é derivado diretamente da hidratação
Relação entre HCO3-, CO2 e H+ do CO2 é chamado de ácido não volátil (como o ácido lático)
ENDOTELINA E CORTISOL
Dois mediadores hormonais também são importantes da
resposta renal à acidose
Endotelina (ET1)
Produzida pelas células endoteliais e do TP, exercendo seus
efeitos via mecanismo autócrino e parácrino
Acidose estimula a secreção e endotelina estimula a
inserção do antiporter Na-H na membrana apical e simporter
Na-HCO3- na membrana basolateral estimulando a
secreção de hidrogênio e reabsorção de bicarbonato
Cortisol
Produzido pelo córtex suprarrenal
ACIDOSE METABÓLICA DIMINUIÇÃO DO PH Acidose estimula secreção de cortisol atua nos rins para
aumentar a transcrição dos genes do Na-H e do Na-HCO3-
O efeito geral da acidose vai ser estimular a secreção de H+ estimula a secreção de hidrogênio e a reabsorção de
e reabsorção de HCO3- bicarbonato
Se produzida por diminuição da [HCO3-] no LEC, ou por
aumento da PCO2, o PH das células diminui e estimula a
secreção de H+
Atua sobre o TP estimulando o antiporter Na-H na membrana A hipocalemia estimula a reabsorção de K+,
apical (no túbulo distal também) e do Na-HCO3- na membrana consequentemente, há uma maior secreção de H+
basolateral
Também estimula a secreção de H+ pelo ducto coletor, pois
Efeitos da aldosterona aumenta a expressão da H-K-ATPase (célula intercalada A)
Como ela age nas porções mais distais do néfron, ela estimula A hipocalemia leva à acidose
a reabsorção de Na+ pelas células principais
Hipercalemia
Além disso, a aldosterona exerce um efeito tanto direto quanto
Há uma menor reabsorção de K+, portanto menor secreção
indireto nas células intercalares para secretar H+
de H+
Efeito direto
A hipercalemia leva à alcalose
Atua diretamente sobre as células intercaladas, estimulando a
FORMAÇÃO DE NOVO HCO3-
secreção de H+, porém os mecanismos ainda não são
conhecidos O rim precisa recuperar o HCO3- que é perdido durante a
neutralização dos ácidos não tituláveis do metabolismo, para
Efeito indireto
isso, a geração de novo bicarbonato é possibilitada pela
Quando ela estimula a reabsorção de Na+ pelas células excreção de ácido titulável e pela síntese e excreção de
principais hiperpolarização da voltagem transepitelial NH4+
(lúmen fica mais negativo) estimula a secreção de H+ (pois
é positivo) facilitando a excreção pelas células intercaladas PRODUÇÃO DE HCO3- POR ÁCIDO TITULÁVEL
Alterações da força de Starling Devido ao bicarbonato ter sido quase todo reabsorvido no TP e
alça de Henle, ao chegar no TD e DC, existe pouco
A contração do volume do LEC altera as forças de Starling nos bicarbonato.
capilares peritubulares, de tal maneira que a reabsorção total
no túbulo proximal é aumentada
Assim, a maior parte da HCO3- filtrada é reabsorvida
Sequestro difusional
O ducto coletor é menos permeável ao NH4+ do que pro NH3,
por isso o amônio é retido no lúmen tubular e eliminado do
corpo pela urina
ACIDOSE
AGIONTENSINA II E PTH
Tanto a A-II quanto o PTH estimulam a amoniagênese pois
eles estão aumentados na acidose, aumentando a produção e
excreção de NH4+
ALTERAÇÃO NA K+ PLASMÁTICA
Hipercalemia
A hipercalemia aumenta o PH intracelular (fica básico) e assim
inibe o metabolismo da glutamina menos NH4+ é
produzido e menos HCO3- é reabsorvido
Hipocalemia
Ao reabsorver K+ secreta H+ diminui o PH do lúmen
favorece o metabolismo da glutamina mais NH4+ é
produzido e mais HCO3- é reabsorvido de novo
O HCO3- é o principal tampão no LEC, mas as proteínas do Parte do H+ é tamponado pelas proteínas celulares e o HCO3-
plasma e o Pi também produzem o tamponamento adicional sai da célula e aumenta a concentração de bicarbonato no LEC,
mas ele também vai ser usado para tamponar
Tamponamento no LEC
Alcalose respiratória
Ácido não voltátil adicionado no corpo
COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA
Os pulmões são a segunda linha de defesa e conseguem
tamponar em cerca de minutos algum distúrbio A-B
A ventilação determina a PCO2 que altera o PH sanguíneo. Os
quimiorreceptores no tronco cerebral (superfície ventral do
bulbo) e periféricos (corpos carotídeos e arco aórtico) detectam
variações da PCO2 e da [H+] e alteram a ventilação no
sentido apropriado
COMPENSAÇÃO RENAL
A terceira e última linha de defesa são os rins que podem
O bicarbonato é consumido e neutraliza formando CO2 + H2O, requerer diversos dias para se completar, pois demora
assim nesse processo a [HCO3-] no LEC pe reduzida aumentar a síntese e a atividade das enzimas envolvidas na
produção de NH4+ devolvem o HCO3- perdido na
Álcali não volátil é adicionado neutralização
ou quando o ácido é perdido no corpo, o H+ é consumido
diminui a concentração de hidrogênio equilíbrio se desloca
para a esquerda aumenta a concentração de H+
HA normal
HIATO ANIÔNICO DO PLASMA
Se o HCO3- for substituído pelo Cl- por exemplo, o hiato
O hiato aniônico é útil para o diagnóstico dos distúrbios A-B. aniônico estará normal
Qualquer compartimento líquido como o plasma, as HIATO ANIÔNICO AUMENTADO
concentrações de cátions e ânions devem ser iguais, por
causa do princípio da eletroneutralidade. Em acidose metabólica, um ânion orgânico (cetoácido,
lactato, formiato ou salicilato) contrabalenceia a perca de
Em análise de rotina, alguns desses íons podem ser medidos HCO3-, o qual não é medido acidose metabólica com
Na+ dosagem para cátions e HCO3- e Cl- como dosagem para aumento do hiato aniônico. São exemplos:
ânions Cetoacidose diabética
Acidose lática
Em poucas ocasiões de acidose metabólica, nenhum ânion Distúrbio A-B misto se os valores estiverem fora ou entre
orgânico fica acumulado. Assim, o ânion medido (HCO3-) é as faixas sombreadas, quer dizer que + de 1 distúrbio está
substituído por outro ânion medido (Cl-), por isso o hiato presente
aniônico não é alterado acidose metabólica
REGRAS PARA AS RESPOSTAS COMPENSATÓRIAS
hiperclorêmica com hiato normal
Se o distúrbio for metabólico (alteração na HCO3-) resposta
Diarreia
compensatória é a respiratória para ajustar a PCO2
Acidose tubular renal
Se o distúrbio for respiratório (alteração do CO20 resposta
MAPA ACIDOBÁSICO compensatória é renal (ou metabólica) para ajustar a
Cada um dos 4 distúrbios A-B simples está associado a uma concentração de HCO3-
faixa de valores de PH, PCO2 E [HCO3-] que foram colocados Como mostrado no mapa, para cada distúrbio respiratório
em um mapa para avaliar o paciente: existem 2 conjuntos de previsões: um para a fase aguda e
outro para a crônica
ACIDOSE METABÓLICA
É causada por diminuição da concentração de HCO3- no
sangue
CORREÇÃO RENAL
Vai ocorrer nos rins e leva alguns dias, o excesso de H+ fixo
vai ser excretado na forma de ácido titulável e de NH4+ mais
HCO3- vai ser produzido e reabsorvido para repor o que foi
perdido na neutralização
Os eventos que ocorrem para produzir esse perfil sanguíneo
ALCALOSE METABÓLICA
são:
É causada por um aumento da concentração de HCO3- no
GANHO DE H+ FIXO
sangue
É acumulado no organismo pelo aumento da produção ou da
ingestão de ácidos fixos ou da redução da excreção de ácidos
fixos
TAMPONAMENTO
No LEC
O excesso de hidrogênio é tamponado pelo HCO3-, o que O perfil do sangue arterial do paciente e as causas são:
produz uma diminuição de HCO3- e causa baixa no PH
(ácido)
No LIC
Para ser tamponado, primeiro o hidrogênio precisa entrar na
célula
Entrar como ânion orgânico ele entra como o cetoânion,
lactato ou formiato
Troca com o K+ se isso acontecer, pode ocorrer
hipercalemia
TAMPONAMENTO
O tamponamento acontece no LEC e no LIC o H+ sai das
células em troca do K+ que entra resultando em
hipocalemia
COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA
É causada pela hipoventilação resultando na retenção de
O aumento do PH arterial inibe os quimiorreceptores CO2
periféricos provocam hipoventilação aumenta PCO2
para compensar O perfil do sangue do paciente e as causas são:
CORREÇÃO RENAL
TAMPONAMENTO
O tamponamento do excesso de CO2 ocorre exclusivamente
no LIC, nas hemácias.
Dentro das hemácias o CO2 é convertido em H+ e HCO3- e
esse H+ é tamponado pelas proteínas intracelulares
(hemoglobina) e pelos fosfatos orgânicos
COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA
Não há porque a respiração é a causa do distúrbio
COMPENSAÇÃO RENAL
A compensação renal consistem em aumentar a excreção de
H+ na forma de ácido titulável de NH4+ e no aumento na
COMPENSAÇÃO RESPIRATÓRIA
Não há porque a respiração é a causa do distúrbio
Na acidose respiratória aguda ainda não ocorreu a
COMPENSAÇÃO RENAL
compensação renal e o PH tende a ser muito baixo
A compensação renal consistem em diminuir a excreção de
Na crônica está acontecendo a compensação renal, por
H+ na forma de ácido titulável de NH4+ e na diminuição na
isso o PH está mais controlado
síntese e reabsorção do HCO3- diminui a concentração de
A diferença entre elas duas está na presença ou não da bicarbonato normaliza
compensação renal
ALCALOSE RESPIRATÓRIA
PERDA DE CO2
A hiperventilação causa a perda excessiva de CO2 diminui
a PCO2 aumenta o PH
TAMPONAMENTO
O tamponamento do excesso de CO2 ocorre exclusivamente
no LIC, nas hemácias.
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA
É o mecanismo mais comum e importante para a regulação da
secreção hormonal
Significa que alguma característica da ação do hormônio, direta
ou indiretamente inibe a secreção adicional desse mesmo
hormônio
Um exemplo de retroalimentação negativa que não usa o eixo
hipotálamo-hipófise é a insulina, que regula a concentração de
1 transcrição glicose no sangue
2 tradução
3 removido do RE e convertido em pró-hormônio
4 transferido para o C.G
5 o hormônio final é armazenado nas vesículas secretoras,
até que as célula endócrina seja estimulada
RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA
Alguma característica da ação do hormônio provoca mais
secreção do hormônio, por isso ela é uma automultiplicadora
HORMÔNIOS SECRETADOS
Outro exemplo é a ocitocina, em que a dilatação do útero faz HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)
com que a neurohipófise secrete mais ocitocina dilata mais
Promove o crescimento do organismo, afetando a formação
o colo do útero e estimula a contração uterina
das proteínas, a multiplicação e a diferenciação celular
HIPÓFISE – LOBOS ANTERIOR E POSTERIOR
ADENOCORTICOTROPINA (CORTICOTROPINA, ACTH)
A hipófise ou pituitária é uma glândula pequena situalda na
Controla a secreção de hormônios nas glândulas adrenais,
sela túrcida (cavidade óssea localizada na base do cérebro e
afetando o metabolismo da glicose, proteínas e gorduras
que se liga ao hipotálamo pelo pendúnculo hipofisário)
Ela possui 2 regiões: hipófise anterior (adeno-hipófise) e TIREOTROPINA (HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREOIDE,
posterior (neuro-hipófise) e entre elas a parte intermediária que TSH)
é avascular e pouco desenvolvida em humanos Controla a secreção de T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) pela
tireoide, que controlam a velocidades das reações metabólicas
HIPÓFISE ANTERIOR (ADENO-HIPÓFISE)
Origem embriológica: origina-se da bolsa de Rathke, uma PROLACTINA (PLR)
invaginação embrionária do epitélio faríngeo Desenvolvimento da glândula mamária e produção de leite
HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS
OCITOCINA
Auxilia na ejeção de leite pelas glândulas mamárias para o
mamilo durante a sucção
Possivelmente auxilia no final da gestação e no parto
A hipófise anterior tem vários tipos celulares, uma para cada Ele vai receber sinais vindos de diversas fontes do sistema
hormônio formado, as principais são 5 células nervoso que vão excitar ou inibir as regiões do hipotálamo
Dor
Pensamento depressivo ou excitante
Esses tratos nervosos chegam até a neuro-hipófise pelo AUMENTO DA OSMOLARIDADE ESTIMULA O ADH
pedúnculo hipofisário, e as terminações nervosas que ficam
Os osmorreceptores captam a osmolaridade do LEC e enviam
nas superfícies dos capilares possuem diversos grânulos
impulsos nervosos para a hipófise posterior
secretores que vão secretar:
LEC concentrado
O hormônio antidiurético (ADH)
Ocitocina Quando ele fica muito concentrado, es células osmorreceptoras
perdem água ficam com o tamanho reduzido inicia
Os hormônios são sintetizados nos corpos celulares dos
sinalização nervosa para levar à secreção de ADH
núcleos supraóptico e paraventricular e depois transportados
para a hipófise posterior por proteínas transportadoras LEC diluído
neurofisinas para a hipófise posterior
Quando isso acontece, a osmose acontece na direção oposta
Por isso que pode cortar o pedúnculo e se o hipotálamo para a célula, que aumentam seu tamanho e reduz a
permanecer não tem problema na secreção dos sinalização para a secreção de ADH
hormônios, pois eles são secretados pelas extremidades
que irão ser seccionadas no hipotálamo, e não pelas HIPOVOLEMIA E BAIXA PA – EFEITOS
terminações nervosas da hipófise posterior VASOCONSTRITORES DO ADH
Concentrações mais elevadas de ADH leva a um potente efeito
vasoconstritor sobre as arteríolas do corpo, aumentando a
pressão arterial. Por essa razão, o ADH recebe o nome
vasopressina
Um dos estímulos para a vasopressina é a baixa volemia (15%
a 25% ou mais de perda de sangue) e a diminuição da PA
consequentemente
Os receptores de distensão dos átrios são excitados pelo
enchimento excessivo enviam sinais para o cérebro inibe
a secreção do ADH
Por outro lado, quando os receptores não são excitados CONTRAÇÃO DO ÚTERO GRÁVIDO
(enchimento insuficiente) sinais para o cérebro estimula
a secreção do ADH Estimula poderosamente a contração do útero no final da
gestação, ajudando no nascimento dos bebês porque:
A diminuição da distensibilidade dos barorreceptores das
carótidas, aórtica e pulmonar também estimula a secreção do 1. No animal que teve sua hipófise retirada, a duração do
ADH trabalho de parto é mais longa
2. A quantidade de ocitocina no plasma aumenta durante o
FISIOPATOLOGIA DO ADH trabalho de parto
3. O estimulo do colo uterino gestante desencadeia aumento
DM insípido central da secreção de ocitocina
É causada pela falha na hipófise em secretar ADH, assim, os
EJEÇÃO DO LEITE
ductos coletores ficam impermeáveis à água e a urina não pode
ser concentrada, as pessoas costumam produzir grandes Na lactação, a ocitocina faz com que o leite possa ser expulso
volumes de urina pelos alvéolos para os ductos da mama, para que o bb possa
obter leite na hora da sucção, e o mecanismo funciona assim:
É tratado com análogo do ADH, o DDAVP
O estimulo da sucção no mamilo transmissão de sinais por
DM insípido nefrogênico
nervos sensoriais para os neurônios ocitocinérgicos nos
É quando a secreção de ADH na neurohipófise é normal, mas núcleos paraventricular e supraóptico do hipotálamo
as células principais do DC não respondem ao ADH por defeito: secreção de ocitocina sangue mamas provoca a
ou no receptor V2, ou na proteína G ou na adelil ciclase contração das células mioepiteliais que estão em volta dos
alvéolos faz glândulas mamárias
Como resultado, os líquidos corporais ficam concentrados e a
osmolaridade sérica aumenta
Esse tipo de diabetes é tratado (na intenção de reabsorver a
água e poder concentrar a urina) com o diutético tiazínico,
pois:
1. Eles inibem a reabsorção de Na+ no TD impede a
diluição da urina nesse local a urina fica menos diluída
2. Diminui a IFG assim, menos água é filtrada e menos
água é excretada
3. Aumentam a excreção de Na+ contração do volume do
LEC aumenta a reabsorção proximal de solutos e de
água assim, menos água é excretada
Hipófise Anterior
PROLACTINA 2. Secretada por neurônios dopaminérgicos no lobo
posterior da hipófise, que entram no lobo anterior por veias
É o principal hormônio responsável pela produção de leite e porta curtas de ligação
também participa no desenvolvimento das mamas 3. As células não lactotrofas da hipófise secretam um pouco
Ela é sintetizada pelos lactotrofos que representam 15% do de dopamina e se difunde para os lactotrofos e inibe a
tecido no lobo anterior da hipófise secreção de prolactina por mecanismo parácrino
Existem 2 vias reguladoras do hipotálamo, uma inibitória (via São os estímulos principais para a secreção de prolactina, pois
dopamina, que diminui os níveis de AMPc) e outra durante a sucção, as fibras aferentes do mamilo levam
estimulante (via TRH, hormônio liberador de tireotropina) informações para o hipotálamo inibem a secreção de
dopamina aumento da secreção de prolactina
BROMOCRIPTINA
É o agonista da dopamina (mesmo efeito), assim também
inibem a secreção de prolactina
AÇÕES DA PROLACTINA
LACTOGÊNESE
A prolactina estimula a produção do leite por meio da indução
da síntese de seus componentes, como a lactose, caseína e
A própria prolactina inibe sua secreção, aumentando a síntese
lipídeos
e secreção de dopamina retroalimentação negativa
dopamina liberada inibe a secreção de prolactina e regula os Prolactina se liga ao receptor de membrana indução da
níveis transcrição dos genes para as enzimas para produzir
lactose, caseína e lipídeos
Hipófise Anterior
Nos homens, os altos níveis de prolactina, por causa do RNA, fazendo com que a síntese proteica nos ribossomos
prolactinoma, ocorre o mesmo efeito de inibição do GnRH na ocorra em maiores quentidades
espermatogênese, causando infertilidade
Aumento da transcrição do DNA para formar RNA
FISIOPATOLOGIA DA PROLACTINA
O GH também estimula a transcrição do DNA, levando a mais
DEFICIÊNCIA quantidades de RNA que vai pros ribossomos fazer a síntese
proteica
Causada pela destruição da hipófise anterior ou por destruição
dos lactotrofos, resulta em uma falha na lactação Além disso, se houver energia, aa, vitaminas e outros
requisitos, ele também promove o crescimento das células
EXCESSO
Redução do catabolismo das proteínas e aminoácidos
Causada pela destruição do hipotálamo ou prolactinomas
Além de aumentar a síntese proteica, elas são ‘’poupadas’’
(tumores secretores de prolactina), ocorre um aumento da
prolactina por causa da inibição tônica da dopamina porque ocorre uma redução na quebra delas, pois o GH
mobiliza grandes quantidades de AGL do tecido adiposo para
Os principais sintomas são a galactorreia e a infertilidade formar energia
(inibição do GnRH)
AUMENTO DA MOBILIZAÇÃO DE AGL
Pode ser tratado com bromocriptina, agonista da dopamina
inibe a secreção de prolactina pela adenohipófise Aumenta a oxidação de AGL em acetil-coa e seu uso como
fonte de energia, consequentemente, a gordura é usada
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMÔNIO DO preferencialmente ao invés dos carboidratos e proteínas
CRESCIMENTO
A capacidade do GH em promover o uso da gordura, junto com
Todos os principais hormônios da HA com exceção do GH seu efeito anabólico proteico, leva ao aumento da massa
exercem seus efeitos estimulando a secreção de hormônios em corporal magra
outra glândula-alvo, já o GH exerce o seu efeito diretamente
Efeito cetogênico do GH em excesso
sobre todos (ou quase) os tecidos do corpo humano
Sob o excesso de GH, a oxidação de gordura fica tão
É chamado de somatotropina também e promove o tamanho
acentuada que aumenta a quantidade de ácido acetoacético
das células e aumento de mitoses, causando multiplicação e
formada pelo fígado e liberada nos líquidos orgânicos, dando
diferenciação específica de alguns tipos celulares, como as
origem a um quadro de cetose
células ósseas e musculares iniciais
as vezes, a mobilização excessiva de gordura também pode
EFEITOS METABÓLICOS levar ao depósito de gordura no corpo
Ele promove 3 efeitos principais
REDUÇÃO DO USO DE CARBOIDRATOS
1. Aumento da síntese de proteínas
O GH provoca vários efeitos que influenciam no metabolismo
2. Aumento da mobilização de ácidos graxos como fonte de
de carboidratos, incluindo:
energia
3. Redução do uso de glicose 1. Diminuição na captação de glicose pelos tecidos, como o
ME e adiposo
AUMENTO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS 2. Aumento na produção de glicose pelo fígado
Aumenta o transporte de aminoácidos pelas 3. Aumento da secreção de insulina
membranas celulares Essa alteração resulta da resistência à insulina induzida pelo
Assim, como o interior da célula vai estar elevado de aa, isso GH, que atenua as ações da insulina para estimular a
leva também ao aumento da síntese de proteínas captação e o uso de glicose pelo ME e adiposo e para inibir a
GNEO isso leva a um aumento da glicose no sangue e um
Aumento da tradução do RNA aumento compensatório da secreção de insulina
Mesmo quando as concentrações de aa dentro da célula não Por isso, os efeitos do GH são chamados de diabetogênicos,
estão elevadas, o GH continua aumentando a tradução do e o excesso dele pode produzir alterações metabólicas
semelhantes aos pacientes de DM II
Hipófise Anterior
Necessidade de insulina e carboidrato para a ação Nesse momento, ocorre a fusão das epífises nas suas
promotora do crescimento pelo GH extremidades, de forma que não dá para aumentar o
crescimento do osso mais
O GH não é capaz de causar o crescimento em animais sem
pâncreas e sem o consumo de carboidratos da dieta Segundo
Isso demonstra que a atividade apropriada da insulina e a Os osteoblastos depositam osso novo nas superfícies do osso
disponibilidade adequada de carboidratos são necessárias mais antigo, ao mesmo tempo que os osteoclastos removem
para a eficácia do GH o osso antigo
A capacidade da insulina de aumentar o transporte de alguns Se a taxa de deposição for maior do que a de reabsorção, a
aa para as células também é muito importante, do mesmo espessura do osso aumenta e o GH é o principal estimulador
modo que estimula o transporte de glicose dos osteoblastos
Hipófise Anterior
A figura mostra o potente efeito de exercícios intensos (porque 1ª coluna GH muito elevado na kwashiorkor, desnutrição
ocorre a depleção de proteínas) e elevada taxa de secreção de em crianças com carência extrema de proteínas
GH nas primeiras poucas horas de sono profundo
2ª coluna mostra que mesmo com o tratamento com
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE GH carboidratos, não reduziram a concentração plasmática de GH
O padrão de secreção do GH é pulsátil, aumentando e 3ª e 4ª coluna com o tratamento proteico, houve a redução
diminuindo e sabe-se que diversos fatores estão relacionados do hormônio também, mostrando a influência das proteínas em
ao controle da secreção, relacionados principalmente com o uma condição crônica
estado nutricional da pessoa ou ao estresse:
1. Jejum, principalmente com a deficiência grave de
proteínas
2. Hipoglicemia ou baixa de AG no sangue
3. Exercício, pois causa a depleção de proteínas
4. Excitação
5. Trauma
6. Grelina, hormônio secretado pelo estômago antes das O PAPEL DO HIPOTÁLAMO, DO GHRH E DA
refeições SOMATOSTATINA NO CONTROLE DO GH
7. Aumenta nas 2 primeiras horas de sono profundo
O hormônio liberador do GH (GHRH) e o hormônio inibidor
Mas, em geral, o maior controlador da secreção de GH é o (somatostatina) do GH liberados pelo hipotálamo vasos
estado de nutrição tecidual em longo prazo, principalmente o portais hipotalâmicos-hipofisários hipófise anterior
nível proteico, pois isso irá promover mais síntese de proteínas controlam a secreção de GH
pelo estimulo do GH
Secreção de GHRH e de somatostatina
A concentração normal no adulto é de 1,6 a 3ng/ml e na criança
e no adolescente é cerca de 6ng/ml, ou seja, vai diminuindo O GHRH é secretado na região do núcleo ventromedial, mesma
após a adolescência área sensível à concentração de glicose no sangue (leva a
saciedade nos estados hiperglicêmicos e a fome nos
HIPOGLICEMIA E PROTEÍNAS hipoglicêmicos)
Sob condições agudas A secreção de somatostatina é controlada por outras áreas
próximas do hipotálamo, por isso, é racional pensar que os
a hipoglemia é um estimulante muito mais potente da secreção
mesmos sinais que modificam os impulsos alimentares
de GH do que a redução aguda da ingestão de proteínas
comportamentais de uma pessoa também alteram a secreção
Crônica do GH
Depois, a secreção de GH parece estar mais relacionada com MEDIAÇÃO PELO GHRH
o grau de depleção de proteínas celulares do que com a
A maior parte do controle da secreção do GH é feito pelo GHRH
insuficiência da glicose
do que pelo hormônio inibidor somatostatina
Além disso, o GH também está sujeito ao controle de feedback
negativo (quando tá alto no sangue, inibe mais secreção) mas
os mecanismos ainda não são conhecidos
O GHRH estimula a secreção de GH por se ligar a receptores
específicos nas células do GH na hipófise ativam o sistema
Adenil ciclase aumenta níveis de AMPc que apresenta efeito
a curto e a longo prazo
Hipófise Anterior
Efeito a longo prazo O gigante em geral apresenta diabetes melito franco, porque
eles possuem hiperglicemia que deixa as células B do pâncreas
Aumento da transcrição dos genes responsáveis pela muito hiperativas, se degenerando
estimulação da síntese do GH
ACROMEGALIA
ANORMALIDADES DA SECREÇÃO DO GH
Se um tumor acidófilo ocorrer depois da adolescência
PAN-HIPOPITUITARISMO (depois da fusão das epífises dos ossos longos), o paciente não
Significa secreção reduzida de todos os hormônios da HÁ pode crescer mais, só que os ossos ficam mais espessos e os
que pode ser congênita ou adquirida, como um tumor na tecidos moles continuam a crescer
hipófise O aumento é principalmente nos ossos das mãos e dos pés,
O que ocorre no início da vida adulta resulta de uma a 3 nos ossos membranosos incluindo o crânio, nariz, bossas na
anormalidades comuns testa, sulcos supraorbitários, maxila inferior e vértebras
Assim, ocorre:
2 condições tumorais
Podem comprimir a hipófise até que as células funcionantes da Protusão da mandíbula inferior
região anterior da hipófise sejam destruídas Nariz dobra de tamanho
Sapatos enormes
Trombose dos vasos sanguíneos hipofisários Dedos com espessamento extremo
Normalmente ocorre no pós parto quando a mãe desenvolve Curvatura das costas, gerando cifose
choque circulatório depois do nascimento do bebê Finalmente, muitos tecidos moles como a língua, rins e fígado
Os efeitos gerais do pan-hipopituitarismo no adulto são: apresentam-se muito aumentados
NANISMO
Resulta da pan-hipopituitarismo na infância, onde todas as
partes do corpo se desenvolve, porém de modo reduzido
Elas não entram na puberdade e nunca secreta quantidades
suficientes de hormônios gonadotrópicos para desenvolver as
funções sexuais
Em um tipo de nanismo, o pigmeu africano e o anão de Lévi-
Lorain a secreção do GH está normal ou elevada, mas existe
a incapacidade hereditária de produzir somatomedina C, que é
a etapa-chave para o promover o crescimento pelo GH
GIGANTISMO
Ocasionalmente, as células acidófilas produtoras de GH ficam
muito ativas, podendo até ocorrer tumores acidófilos na
glândula, como consequência, grandes quantidades de GH
são produzidas e todos os tecidos crescem rápido, inclusive os
ossos
Se ocorrer antes da adolescência (fusão das epífises) o
tamanho aumenta e a pessoa pode ficar com até 2,43 metros
Tireoide e hormônios
ANATOMIA DA TIREOIDE Membrana basolateral das células cuboides = voltada
para os capilares
Localizada abaixo da laringe e ocupa as regiões laterais e
anteriores da traqueia com o maior fluxo sanguíneo do corpo, Membrana apical ou luminal = voltada para o coloide
só perde para o córtex adrenal
SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS T3 E T4
Ela é responsável por produzir a tri-iodotironina (T3) e a
tiroxina (T4) que são responsáveis por aumentar o
metabolismo do organismo
A secreção da tireoide é controlada pelo hormônio
tireoestimulante (TSH) secretado pela hipófise anterior
Simporte de sódio-iodeto
A membrana basal (voltada para os capilares) possui a
capacidade de bombear ativamente o iodeto para o interior
da célula, acoplado à captação do Na+ junto
A energia para transportar o iodeto contra o gradiente de
concentração vem da bomba de Na-K-ATPase que bombeia
o sódio para fora e deixa o interior com baixa concentração
Tireoide e hormônios
de sódio forma o gradiente de para o sódio entrar traz
o iodeto junto
Essa captação de iodeto é influenciada principalmente pelo
TSH, que estimula a atividade da bomba de iodeto, enquanto
a hipofisectomia (remoção da hipófise) reduz a captação
de forma considerável
pendrina
o I- é transportado para fora das células da tireoide pela
membrana apical para o folículo (voltada para o coloide) por
MIT = monoiodotirosina
meio da pendrina
DIT = di-iodotirosina
2. IONIZAÇÃO E CONJUGAÇÃO
T3 = tri-iodotironina
formação e secreção de tireoglobulina T4 = tiroxina
as células da tireoide produzem a tireoglobulina, através do
4. LIBERAÇÃO DOS HORMÔNIOS PELA GLÂNDULA
RE e do C.Golgi, cada molécula de tireoglobulina contem 70
TIREOIDE
aminoácidos tirosina, principais substratos que se
combinam para formar os hormônios da tireoide
assim, esses hormônios se formam no interior da
tireoglobulina
Tireoide e hormônios
Ao invés disso, a enzima deiodinase cliva o iodo e o
disponibiliza para a reciclagem da glândula, para poder
formar mais hormônios posteriormente
Na ausência congênita da deiodinase, muitas pessoas
podem apresentar deficiência de iodo devido à falha da
reciclagem
globulina de ligação de tiroxina (maioria) O efeito geral é ativar a transcrição nuclear de grande
pré-albumina de ligação de tiroxina números de genes sintetiza enzimas, proteínas
estruturais, transporte de proteínas etc resultando em um
albumina
aumento da atividade funcional de todo o organismo
LIBERAÇÃO PARA AS CÉLULAS TECIDUAIS Porém, antes de agir nos genes, o iodo é removido do T4
tiroxina (T4) para formar o T3, feito pela iodinase, pois os receptores
intracelulares possuem maior afinidade com o hormônio T3
possui alta afinidade com as proteínas plasmáticas, por isso
são liberadas de forma lenta para as células teciduais 6
dias
tri-iodotiroxina (T3)
possui menor afinidade com as proteínas transportadoras,
por isso são liberadas de forma mais rápida 1 dia
Tireoide e hormônios
ações não genômicas Porém, a duração do crescimento e a altura final no adulto
pode ser reduzida porque, como os ossos se maturam mais
eles também possuem efeitos celulares não genômicos rápido, as epífeses se juntam precocemente.
(independe dos efeitos na transcrição dos genes) e os locais
de ação são na membrana plasmática, citoplasma e Além disso, o hormônio tireoidiano é importante para
mitocôndrias. promover o desenvolvimento do cérebro durante a vida
fetal e nos primeiros anos de vida pós-natal.
São mais vistas no coração, hipófise e tecido adiposo e as
ações incluem Se o feto não secretar quantidade suficiente e não for tratado
depois do nascimento, permanece com deficiência mental o
regulação de canais iônicos resto da vida
fosforilação oxidativa (envolvendo a ativação de AMPc e
cascatas de sinalização das proteinocinases) EFEITO NAS FUNÇÕES CORPORAIS ESPECÍFICAS
AUMENTO DA ATIVIDADE METABÓLICA CELULAR ESTIMULAÇÃO DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS
aumenta a velocidade de utilização dos alimentos para a Estimula a captação rápida de glicose
produção de energia (carbo, prot e lip) Aumento da glicólise e GNEO
aumenta o número e tamanho das mitocôndrias mais Aumenta a reabsorção pelo TGI
ATP Consequentemente aumenta a secreção de insulina
ESTIMULAÇÃO DO METABOLISMO DAS GORDURAS
crescimento esquelético excessivo, tornando a criança muito Como ele aumenta a quantidade de muitas enzimas, que
alta em idade precoce. consequentemente precisam das vitaminas para a formação
Tireoide e hormônios
e como coenzimas, o hormônio tireoidiano aumenta a insuficiência do miocárdio e ao aumento do trabalho cardíaco
necessidade de vitaminas imposto pelo maior débito cardíaco
Tanto que pode ocorrer deficiência relativa de vitaminas PA normal
quando ele é secretado em excesso
A PA média permanece normal depois da administração de
AUMENTO DA TAXA METABÓLICA BASAL hormônio tireoidiano.
Devido ao maior fluxo sanguíneo, entre os batimentos, a
pressão de pulso aumenta, a pressão sistólica se eleva de 10
a 15mmHg no hipotireoidismo e a pressão diastólica é
reduzida na mesma intensidade
AUMENTO DA RESPIRAÇÃO
Um maior metabolismo aumenta o uso de oxigênio e a
formação de CO2, por isso eleva a frequência e a
profundidade da respiração
AUMENTO DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL
Redução do peso
Além de provocar mais apetite e ingestão alimentar, também
Em excesso, pode resultar na redução de peso e em falta aumenta a produção de secreções digestivas e a motilidade
pode resultar no aumento do peso. Porém, esses efeitos não do TGI
ocorrem sempre, porque o hormônio tireoidiano também
O hipertireoidismo pode provocar diarreia e o hipo pode
aumenta o apetite, o que pode compensar a variação do
causar constipação
metabolismo
EFEITOS EXCITATÓRIOS NO SNC
EFEITOS NO CORAÇÃO E CIRCULAÇÃO
Em geral, eles aumentam a velocidade da atividade cerebral,
Aumento do fluxo e do débito cardíaco por isso a sua falta reduz a atividade cerebral.
O aumento do metabolismo aumenta o uso mais rápido de Os que possuem hipertireoidismo podem ter nervosismo,
O2 e aumenta a liberação de produtos metabólicos tendências psiconeuróticas (ansiedade, preocupação
Esses efeitos provocam vasodilatação na maioria dos excessiva e paranoia)
tecidos, elevando o fluxo e consequentemente aumento do EFEITO NA FUNÇÃO DOS MÚSCULOS
débito cardíaco (se eleva muito no hiper e abaixa muito no
hipo grave) Um leve aumento dos hormônios da tireoide faz com que os
músculos reajam com vigor, mas quando fica excessivo os
Aumento da frequência cardíaca músculos enfraquecem por causa do alto catabolismo
Como o DC aumenta, a FC também aumenta, por isso ele proteico
apresenta efeito direto na excitabilidade do coração. A falta de hormônio deixa os músculos vagarosos, relaxando
Esse efeito é importante pois o médico usa para determinar lentamente após uma contração
se o hormônio tá sendo produzido em excesso ou em falta Tremor muscular
Aumento da força cardíaca Um dos sinais do hipertireoidismo é o tremor muscular leve,
A elevação da atividade enzimática, provocada pelos causado pela atividade aumentada das sinapses neuronais
hormônios tireoidianos, são capazes de aumentar a força de nas áreas da medula espinal que controlam o tônus muscular.
contração cardíaca O tremor é importante para se avaliar o grau de efeito do
Contudo, quando a secreção é muito elevada, a força do hormônio tireoidiano no SNC
miocárdio fica deprimida, por causa do catabolismo
proteico excessivo por longos períodos pode provocar
Tireoide e hormônios
EFEITO NO SONO Aumento da proteólise da tireoglobulina
Devido à exaustão que ele causa na musculatura e no SNC, Isso aumenta a liberação dos hormônios para o sangue e
a pessoa com hipertireoidismo se queixa de cansaço diminuição da própria substancia folicular
constante.
Aumento da atividade da bomba de iodeto
Porém, por causa da excitação nas sinapses, o sono é
dificultado em pessoas com excesso de hormônio Isso aumenta a captação de iodeto pelas células glandulares
Já a falta pode levar à sonolência extrema, podendo durar Aumento da iodização de tirosina para formar os
de 12 a 14 horas por dia hormônios
Aumento do tamanho e da atividade secretora das
EFEITO EM OUTRAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS células tireoidianas
Aumenta a secreção de várias outras glândulas endócrinas, Aumento do número de células tireoidianas
mas também aumenta as necessidades teciduais pelos Contudo, o efeito precoce mais importante que começa
hormônios depois de 30min é o início da proteólise da tireoglobulina e
Por exemplo, aumento de tiroxina eleva o metabolismo da liberação de T3 e T4 no sangue, pois os outros efeitos levam
glicose que eleva a secreção de insulina pelo pâncreas dias e semanas.
Tireoide e hormônios
Estímulos neurogênicos
Reações emocionais, como a agitação e a ansiedade pode
afetar a liberação de TRH e TSH, porque eles estimulam o
SNS aumenta o metabolismo e a temperatura corporal
efeito inverso sobre o centro de controle da temperatura
diminuição aguda da secreção de TSH
Tireoide e hormônios
DOENÇA DE GRAVES Esses pacientes geralmente possuem imunoglobulinas
sanguíneas que reagem com os músculos oculares, por isso
É a forma mais comum e é uma doença autoimune, na qual que acredita-se que ele também seja causado por um
os anticorpos chamados de imunoglobulinas estimulantes processo autoimune
da tireoide (TSIs) se ligam ao mesmo receptor que liga o
TSH e provoca a ativação de AMPc estimula a tireoide Os olhos são lesados porque as pálpebras não fecham direito
excesso de hormônio na piscada ou no sono, por isso as superfícies epiteliais dos
olhos ficam ressecadas, irritadas e podem ser infectadas,
Como o próprio TSI provoca o aumento da secreção dos levando a ulcerações da córnea
hormônios da tireoide, os níveis de TSH ficam praticamente
zero TESTES DIAGNÓSTICOS PARA O HIPERTIREOIDISMO
Tireoide e hormônios
alimentos não apresentam nem a quantidade mínima que Fadiga e sonolência acentuadas
deve ser ingerida por ano (50 mg) Extrema lentidão muscular
Redução da FC, DC e volume sanguíneo
Portanto, nos tempos antes de adicionar o sal de cozinha
iodado, as pessoas desenvolviam tireoides extremamentes Aumento de peso e constipação
aumentadas, chamadas de bócio endêmico Lentidão mental
Redução do crescimento de cabelo e descamação da
pele
Rouquidão
Em casos graves, mixedema (aparência edematosa em
todo o corpo)
MIXEDEMA
Se desenvolve no individuo que tem ausência quase total da
função dos hormônios tireoidianos
Nessa condição, a pessoa fica com flacidez sob os olhos e o
inchaço na face, pois a quantidade elevada de ácido
A falta de iodo vai impedir a produção de T3 e T4 e, como hialurônico e sulfato de condroitina, ligados a proteínas, forma
não tem hormônio para inibir a produção de TSH pela hipófise um excesso de gel tecidual nos espaços intersticiais
anterior, ele vai estimular as células a secretar grande aumenta a quantidade de liquido edema deprimivel (pois
quantidade de coloide de tireoglobulina nos folículos, o que é um gel) e imóvel
torna a glândula cada vez maior folículos muito grandes
Tireoide e hormônios
TRATAMENTO DO HIPOTIREOIDISMO
É fácil manter um nível estável de atividade de hormônio
tireoidiano no organismo pela ingestão oral de
comprimidos com tiroxina (T4)
CRETINISMO
Causado por hipotireoidismo extremos em fetos, bebês
ou crianças caracterizado especialmente pela deficiência do
crescimento corporal e também pelo retardo mental
Resulta da ausência congênita ou da incapacidade de
produzir hormônio tireoidiano devido a um defeito genético,
ou da deficiência de iodo na dieta
Se o neonato com cretinismo for tratado, pode reverter os
danos e normalizar o crescimento físico, mas se for tratado
só depois de algumas semanas do nascimento, vai haver o
retardo mental de forma permanente
Isso ocorre devido a retardo do crescimento, ramificação e
mielinização das células neuronais do SNC nesse momento
crítico do desenvolvimento das capacidades mentais
O crescimento esquelético é mais inibido do que o do
tecido mole, assim, os tecidos moles podem crescer demais
e a criança fica com uma aparência:
Hormônios adrenocorticais
As 2 glândulas adrenais ficam nos polos superiores dos rins e Secretam quantidades significativas de aldosterona
é composta por medula e córtex. porque possui a aldosterona sintase
Secreção é controlada por angiotensina II e K+
A medula relacionada com o SNS epinefrina e
norepinefrina ZONA FASCICULADA
O córtex adrenal corticosteroides sintetizados a partir de Secreta os glicocorticoides cortisol e corticosterona
colesterol aldosterona, cortisol e andrógenos Secreta pequenas quantidades de androgênios e
estrogênios adrenais
A secreção é controlada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário,
por meio do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH)
ZONA RETICULAR
SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS O transporte de colesterol pode ser regulado por feedback,
como o ACTH aumenta o número de receptores LDL e as
ADRENOCORTICAIS
enzimas que liberam o colesterol do LDL
O córtex adrenal possui 3 camadas distintas
Colesterol entrou na célula mitocôndrias clivado pela
colesterol desmolase pregnenolona (etapa limitante)
Nas 3 zonas do córtex adrenal, esse estágio inicial é estimulado
por diferentes fatores:
ZONA GLOMERULOSA
Abaixo da cápsula
Hormônios adrenocorticais
9A - fluorocortisol sintético, mais potente que a
aldosterona
Cortisol atividade mineralocorticoide muito fraca
Cortisona sintético, fraco mineralocorticoide
GLICOCORTICOIDES
Hormônios adrenocorticais
FUNÇÕES DA ALDOSTERONA A hipocalemia vai causar a fraqueza muscular grave, porque
altera a excitabilidade elétrica das membranas das fibras
É o principal mineralocorticoide secretado pelas adrenais e nervosas e musculares, impedindo a transmissão normal do
exerce 90% dessa função, entretanto, o cortisol também potencial de ação
pode exercer função, mas pequena, de mineralocorticoide.
Alcalose
O cortisol também pode se ligar aos receptores de
mineralocorticoides, mas no epitélio renal a enzima 11b-HSD2 Nas células intercaladas a aldosterona age provocando a
evita essa ação, pois ela converte o cortisol em cortisona, que secreção de H+ e a reabsorção de potássio, e se houver um
não consegue se ligar nos receptores excesso dela, a concentração de H+ no LEC vai diminuir muito,
causando a alcalose metabólica
Pacientes que tem deficiência genética da 11b-HSD2 pode
ter uma condição chamada de síndrome do excesso Secreção interrompida de aldosterona
aparente de mineralocorticoides (AME), pois o paciente tem
Quando isso acontece, perde-se sódio na urina, reduzindo o
as mesmos efeitos patofisiológicos do excesso da aldosterona,
VLEC = desidratação grave e baixo volume sanguíneo, levando
mas nesse caso quem está causando é os corticoides que
ao choque circulatório. Sem tratamento, a morte ocorre em
estão se ligado nos receptores de mineralocorticoides, pois os
poucos dias
níveis de aldosterona no AME são muito baixos.
Deficiência de aldosterona
A ingestão de grandes quantidades de alcaçuz que contem
ácido glicirretínico pode causar AME porque bloqueia a A concentração de K+ pode se elevar muito acima do normal,
atividade da enzima 11b-HSD2 levando a uma toxicidade cardíaca, incluindo diminuição da
força de contração e desenvolvimento de arritmias
EFEITOS RENAIS E CIRCULATÓRIOS DA ALDOSTERONA
EFEITO DA ALDOSTERONA NAS GLÂNDULAS
Reabsorve Na+ e secreta K+
SUDORÍPARAS
Nas células principais dos túbulos renais, a aldosterona faz
Ela apresenta praticamente os mesmos efeitos que tem nos
com que o sódio seja conservado no LEC e o potássio seja
túbulos renais, pois ambas as glândulas formam uma
excretado na urina
secreção primária que contém grande quantidade de NaCl.
Escape de aldosterona Entretanto, boa parte desse sal vai ser reabsorvido nos ductos
coletores, enquanto o K+ e o bicarbonato serão secretados
Embora provoque um potente efeito na redução da excreção
de Na+, a concentração dele no LEC aumenta só alguns mEq Esse efeito nas sudoríparas é importante para conservar o sal
corporal em ambientes quentes e nas salivares é necessário
Isso porque quando o sódio é reabsorvido, a água vem junto para conservar o sal quando se perde muita saliva
(estímulo da sede e do ADH quando tem sódio baixo no
sangue), assim o volume do LEC aumenta tanto quanto a EFEITO NAS CÉLULAS EPITELIAIS INTESTINAIS
quantidade de sódio retido, sem grande alteração na
concentração dele Também estimula intensamente a absorção de sódio pelo
intestino, especialmente no cólon, impedindo a perda de sódio
Porém, a secreção excessiva da aldosterona pode aumentar nas fezes.
o VLEC e com isso também elevar a PA (hipertensão) vai
fazer com que aumente a natriurese de pressão (excreção Porém, na ausência de aldosterona, a absorção de sódio pode
renal de sódio) e a diurese de pressão (excreção renal de água) ser insuficiente, levando à incapacidade de absorver cloreto e
para normalizar o débito de sódio e água. outros ânions além da água NaCl e água não absorvidos
= diarreia
Esse processo de normalização da excreção de água e sódio
pelos rins é chamado de escape de aldosterona MECANISMO CELULAR DE AÇÃO
Hipocalemia e fraqueza muscular 1. Aldosterona se difunde nas membranas para o interior das
células epiteliais tubulares porque ela é lipossolúvel
O excesso de aldosterona (tipos de tumores adrenais) estimula 2. Se combina com receptores mineralocorticoides (MR)
a perda de íons potássio para a urina e também a entrada do enquanto a enzima 11b-HSD2 converte o cortisol e
K+ dentro das células, causando a hipocalemia cortisona para ele não se ligar ao MR
Hormônios adrenocorticais
3. Complexo aldosterona-receptor núcleo induz 3. Elevação da [Na+] no LEC reduz muito pouco a
transcrição do RNA forma muitos RNAm relacionados secreção
ao processo de transporte de Na+ e K+ 4. O ACTH da hipófise anterior é necessário para a secreção
4. RNAm vai para o citoplasma tradução em proteínas de de aldosterona
transporte de membrana e enzimas
Umas das enzimas mais produzidas é a adenosina Note que o bloqueio pela ECA reduz a aldosterona mas não
trifosfatase de sódio e potássio, que serve como parte altera o cortisol, pois são controles independentes um do outro
principal da bomba de Na-K nas membranas basolaterais das
Por outro lado, o próprio efeito de baixo sódio estimula a
células tubulares renais
liberação do ACTH que ainda permite que as adrenais
Além disso, as proteínas dos canais epiteliais de sódio secretem qualquer quantidade necessária de aldosterona.
também são produzidas e inseridos na membrana apical,
Portanto, o ACTH desempenha u papel permissivo na
permitindo rápida difusão de Na+ do lúmen para o interior da
regulação da secreção de aldosterona
célula para ser bombeado para fora pela bomba de sódio e
potássio FUNÇÕES DOS GLICOCORTICOIDES
Porém, esse efeito ocorre após essa sequencia de eventos Pelo menos 95% da atividade glicocorticoide resulta da
que pode demorar cerca de 45 min para que o transporte de secreção de cortisol, também chamado de hidrocortisona.
sódio comece a aumentar, por isso não é um efeito imediato
Além disso, os outros 5% é produzido pela corticosterona
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ALDOSTERONA
EFEITOS DO CORTISOL NO METABOLISMO DE
A regulação da secreção da aldosterona pelas células da zona CARBOIDRATOS
glomerulosa é independente da regulação do cortisol e dos
andrógenos, assim, são conhecidos 4 fatores que ESTIMULO DA GLICONEOGÊNESE
desempenham essa função:
O efeito metabólico mais conhecido dos glicocorticoides é
1. Elevação de K+ aumenta muito a secreção estimular a GNEO pelo fígado, resultando da antagonização
2. Elevação de A-II aumenta acentuadamente a secreção dos efeitos da insula
Esses dois são os mais importantes porque a ativação do 1. Aumenta as enzimas necessárias para converter os aa em
sistema renina angiotensina aldosterona em situação de glicose pelas células hepáticas
hipovolemia e baixa PA ativa aldosterona que age nos rins 2. Provoca a mobilização de aa para os músculos, pois são
excreta potássio e reabsorve sódio aumenta o volume substratos para a síntese de glicose
sanguíneo e a PA normaliza 3. Antagoniza os efeitos da insulina
Hormônios adrenocorticais
REDUÇÃO DO USO CELULAR DE GLICOSE CORTISOL AUMENTA AS CONCENTRAÇÕES
PLASMÁTICAS E HEPÁTICAS DE PROTEÍNAS
O cortisol provoca a diminuição da translocação de GLUT4
para a membrana celular, principalmente nas células do MEE Ao mesmo tempo que reduz as proteínas nos tecidos extra-
e do tecido adiposo, conduzindo a uma certa resistência à hepáticos, as proteínas hepáticas são aumentadas e as
insulina proteínas plasmáticas também
Os principais riscos da automedicação Existe uma fonte responsável pela produção excessiva de
com corticoides são a diminuição da defesa do corpo cortisol, como em tumores hipofisários (adenomas)
(imunidade) e a complicação de outras doenças já produtores de ACTH
existentes ou até mesmo o surgimento de novas Causa exógena
É mais frequente e se relaciona com o uso de medicamentos
corticoides, que são agentes anti-inflamatórios amplamente
usados em várias doenças.
Hormônios adrenocorticais
Enzimas proteolíticas (a partir de lisossomos)
Prostaglandinas (atenua os efeitos vasoconstritores,
protegendo contra isquemia) e leucotrienos
1. As células dos tecidos lesados liberam substancias que Assim, menos quantidade de células T reduz as reações
ativam o processo inflamatório teciduais que promoveriam o processo inflamatório
Histamina, bradicinina estimula a liberação de NO Isso pode aumentar o risco de outras infecções
(vasodilatadores)
5. Atenua a febre
Hormônios adrenocorticais
Principalmente por reduzir a liberação de interleucina 1 a elementos de resposta a glicocorticoides no DNA induz
partir dos leucócitos, que estimula o sistema de controle do ou reprime a transcrição genica
hipotálamo da temperatura
REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE CORTISOL POR ACTH
A diminuição da temperatura por sua vez também diminui o
grau de vasodilatação
Hormônios adrenocorticais
SÍNTESE E SECREÇÃO DE ACTH EM ASSOCIAÇÃO COM Em tecidos extra-adrenais, alguns dos androgênios adrenais
AO HORMÔNIO MELANÓCITO-ESTIMULANTE, são convertidos em testosterona, que é o responsável por
grande parte da atividade androgênica nos homens
LIPOTROPINA E ENDORFINA
Quando o ACTH é secretado pela hipófise anterior, ele está ANORMALIDADES DA SECREÇÃO ADRENOCORTICAL
dentro de um gene de uma proteína bem maior, um pré-pró- HIPOADRENALISMO – DOENÇA DE ADDISON
hormonio chamado de pró-opiomelanocortina (POMC) que
vai ser clivado nos tecidos e gerar os hormônios É uma doença que o córtex adrenal é incapaz de produzir
hormônios adrenocorticias suficientes, logo a produção de
Sob condições normais, a maioria dos hormônios que vem cortisol e aldosterona diminui
junto com o ACTH não exercem efeito significativo, mas na
doença de Addison, secreção de ACTH elevada, a formação Causas que afetam diretamente o córtex
desses hormônios derivados do POMC pode aumentar Causado por atrofia por autoimunidade contra o córtex
Lesão na região
Nas células corticotróficas hipofisárias, o pró-hormonio
Destruição tuberculosa das adrenais
convertase 1 (PC1) vai quebrar o POMC e formar
Invasão do córtex por câncer
Proteína N-terminal
Proteína funcional Afetam a produção de ACTH
ACTH Comprometimento da glândula hipófise e a produção de
B-lipotropina ACTH é baixa
As glândulas adrenais podem se atrofiar devido à falta de
estimulo
Tratamento
Pode ser feito com quantidades pequenas de
mineralocorticoides e glicocorticoides diariamente
DEFICIÊNCIA DE MINERALOCORTICOIDES
A ausência de aldosterona reduz a reabsorção tubular
renal de sódio Na+, Cl- e H2O acabam sendo eliminados na
urina o volume do LEC reduz surgem com isso a
hiponatremia, hipercalemia e acidose leve (incapacidade da
Como observado, o ACTH contém a sequencia de MSH, que secreção de potássio e hidrogênio, em troca da reabsorção do
vai estimular os melanócitos da derme e epiderme a formar o sódio)
pigmento negro (melanina) e o dispersar pela epiderme O volume plasmático cai concentrações de hemácias
Assim, é provável que o ACTH seja normalmente mais aumenta DC e pressão sanguínea diminuem paciente
importante que o MSH na determinação da quantidade de morre por choque
melanina na pele
DEFICIÊNCIA DE GLICOCORTICOIDES
ANDROGÊNIOS ADRENAIS A perda da secreção de cortisol faz com que os pacientes não
Os androgênios adrenais, onde o principal é o desidro- consigam alcançar a glicemia normal entre as refeições, pois
epiandrosterona, são secretados pelo córtex adrenal, não conseguem realizar a GNEO efetivamente.
especialmente na vida fetal. Além disso, estrogênio e A falta de cortisol reduz a mobilização de proteínas e lipídeos
progesterona também são secretados, mas em quantidades dos tecidos lentidão na mobilização de energia músculos
muito poucas ficam fracos
Normalmente eles possuem um efeito fraco em humanos e
leves em mulheres, porém, uma boa parte do crescimento de
pelos pubianos e axilares resulta da ação desses hormônios
nas mulheres
Hormônios adrenocorticais
PIGMENTAÇÃO POR MELANINA ADMINISTRAÇÃO DE DEXAMETASONA PARA
DIFERENCIAR SE É DEPENDENTE OU NÃO DE ACTH
Nessa doença há a pigmentação por melanina das mucosas
e pele, pois ela não se deposita sempre de maneira uniforme, A dexametasona é um glicocorticoide sintético e geralmente
ocasionando em manchas. doses baixas não suprimem a produção de ACTH.
Quando tem menos cortisol não há o feedback negativo na Dependentes de ACTH
hipófise anterior e no hipotálamo aumenta a secreção de
ACTH aumenta quantidade de MSH estimula a produção Ao aumentar as doses, o ACTH acaba sendo suprimido na
de melanina por melanócitos maioria dos pacientes com a doença de Cushing.
Pois aumenta o cortisol que faz o feedback negativo
Independentes de ACTH
Se o paciente for independente de ACTH, a própria adrenal
dele que faz a superprodução de ACTH, assim eles vão
apresentar níveis baixos ou indetectáveis de ACTH
CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS
CRISE ADDISONIANA
Nessas pessoas, a produção de cortisol não vai aumentar
durante o estresse. Assim, na presença de trauma, doença ou
estresses como cirurgia, a pessoa pode precisar de uma
necessidade aguda de glicocorticoides, 10x mais que uma
pessoa normal para prevenir a morte
Essa necessidade critica de glicocorticoides adicionais e a
debilidade intensa associada aos momentos de estresse são
chamadas de crise addisoniana
HIPOADRENALISMO – SÍNDROME DE CUSHING Acontece muita mobilização de gordura da parte inferior do
corpo (pernas finas) e a deposição ocorre nas regiões torácica
Há uma hipersecreção pelo córtex adrenal muito cortisol, giba de búfalo
muita aldosterona e muito androgênios, e ele pode resultar de
múltiplas causas Além disso, a secreção excessiva de esteroides também
produz aparência edematosa da face, potência androgênica
1. Adenomas na adeno hipófise que secretam ACTH que as vezes causa acne e hirsutismo (pelos faciais
hiperplasia adrenal e secreção excessiva de cortisol excessivos) e a aparência da face é como uma lua cheia
2. Função anormal do hipotálamo, que secreta muito FLC
estimula secreção de ACTH
3. Secreção ectópica de ACTH por tumor em outro lugar,
como um carcinoma abdominal
4. Adenomas no córtex adrenal
Aí a doença pode ser dependente de ACTH quando a
secreção excessiva de ACTH que leva aos níveis plasmáticos
aumentados dos outros hormônios
Ou pode ser independente de ACTH quando há uma
superprodução primária de cortisol pelas próprias adrenais,
associadas a níveis reduzidos de ACTH (por causa da inibição
por feedback negativo do cortisol alto)
Hormônios adrenocorticais
EFEITOS NO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS E Um dos critérios diagnóstico do aldosteronismo primário é a
PROTEÍNAS redução da concentração plasmática de renina, por causa o
excesso de aldosterona, aumento do VLEC e aumento da PA
A abundância de cortisol elevação na glicemia 2x o normal fazem a supressão da renina por feedback
por causa da GNEO e a redução do uso de glicose pelos
tecidos O tratamento pode incluir a retirada cirúrgica do tumor ou pelo
tratamento farmacológico que envolve o antagonismo do
Os efeitos no catabolismo proteico são intensos nessa receptor de mineralocorticoide com espironolactona ou
síndrome reduz muito as proteínas teciduais em todo o eplerenona
corpo, menos no fígado e as proteínas plasmáticas também
não são afetadas (porque vem do fígado) SÍNDROME ADRENOGENITAL
Hipocalemia
Isso pode levar a períodos de paralisia muscular porque tem
baixo potássio extracelular na transmissão de potenciais de
ação pelas fibras nervosas SE OCORRER NO HOMEM ADULTO
Alcalose metabólica leve Difícil diagnosticar porque as características viris são
Redução ligeira do VLEC e sangue obscurecidas causadas pela testosterona que é
Aumento muito pequeno na [Na+] plasmático secretada pelos testículos
Hipertensão Porém, a excreção urinária de 17-cetosteroides
(derivados dos androgênios) pode ser de 10 a 15
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
vezes maior que o normal, sendo um achado
importante que pode ser usado no diagnostico
SISTEMAS DE TRANSPORTE
Osmose
O solvente vai buscar o equilíbrio
Isotônica
A movimentação é a mesma, o soro é isotônico (não
pode dar água pra pessoa pois ela não tem a mesma
osmolaridade do plasma) portanto tem a mesma
osmolaridade, não alterando o volume das células, mas
consertando a desidratação
Hipertônica
A água do interior da célula vai migrar para o lado de
fora No caso da glicose
A água de fora tende a entrar na célula E a força que vai empurrar esse movimento é uma
vetorial chamada de força química, simplesmente
Importância clinica formada pela diferença de concentração
No caso de íons
Caso clínico
Importância clínica
A 3 injeções letais
A ultima injeção KCL as nossas células tem mais
potássio dentro do que fora, com essa injeção, vai ter
muito potássio fora vai alterar a diferença de
concentração (muito fora e muito dentro)
Injeta muito K+ na pessoa no meio extracelular
imediatamente, tenho muito fora, ficando muito positiva
a diferença entre o lado externo e interno que era de
-80 aumentou, indo para -120 mas a célula é
permeável ao potássio no repouso K+ começa entrar
pq sua força elétrica aumentou o lado de dentro fica
mais positivo e o lado de fora menos positivo vai
caindo até chegar no -30, -20, suficiente para manter ela
REGULAÇÃO DO FLUXO
Acetil colina
Adenosina Quando tem um tecido muito ativo, o metabolismo
dele também está alto, produzindo isso tudo que está
Angiotensina II
mostrando na imagem
Muito mais
E tudo isso contribui para alterar de alguma forma para
alterar o diâmetro dos vasos
Chegou o PA contração da parede do ventrículo muito SEMPRE LEMBRAR COMO ESTÁ O VOLUME, COMO
mais vigorosa que a atrial supera muitooo a pressão do ESTÁ A PRESSÃO E COMO ESTÃO AS VALVAS estão
átrio fecha a valva atrioventricular, porem, ainda não representados no diagrama de widgers
superou a da arteria aorta pra ela abrir
Por isso, o ventrículo está contraído sem ganhar e sem perder
volume contração isovolumétrica (pois as duas valvas
estão fechadas)
A isovlumetria acaba quando eu começo a perder ou ganhar
volume abre a semilunar sangue começa ser ejetado
Ou seja, DC do lado direito = DC do lado esquerdo (em A soma dessas duas fases resulta no terceiro gráfico,
função de um período) integrando as duas em uma área só consigo ver se ele
está fazendo mais ou menos do que deveria
Contratilidade ventricular
Bombas muscular
As veias passam entre os músculos e possuem as válvulas
venosas, e a contração ajuda a vencer a gravidade
aumenta a bomba muscular facilita o retorno venoso
Bomba respiratória
Esse é o 2º determinante do débito sistólico
Quando inspira o diafragma abaixa e pressiona o conteúdo
abdominal pressiona os vasos aumenta o retorno
venoso
Se além da pré-carga (volume que está no ventrículo antes da Também tem um efeito parassimpatotonico diminui o
ejeção) aumentada, tiver uma pós carga aumentada o simpático e aumenta o parassimpático, por isso a FC de
débito sistólico diminui pessoas que se exercitam é menor no repouso
Defesas o ar vai sendo purificado ao longo do trajeto A área também é importante, quanto maior a área, maior a
difusão
Produz e metaboliza angiotensina I é convertida em
angiotensina II lá (a maior parte) no endotélio pulmonar A diferença de pressão parcial também é importante, pois o
gás se difunde do lugar de maior pressão para o de menor.
Quanto maior a diferença, maior a difusão
A espessura da membrana também é importante, quanto
maior a espessura, mais difícil é a difusão
Porém 3 desses fatores não são facilmente moduladas em
estado fisiológica área da membrana, espessura e
coeficiente de difusão
Inspiração
Quando o volume aumenta, a pressão dentro do pulmão
cai (lei do Boyle), assim o ar entra por diferença de
pressão aumenta o numero de moléculas, a pressão
Efeito Bohr PH
Autônomo
Somático (eu decido)
Obviamente, por maior segurança o SNA controla quando o
SN somático para
Túbulo distal
A mácula densa é um sensor de água e sal que tá
passando pelo néfron
Quando maior a pressão hidrostática no capilar O rim tenta fazer com que essas alterações da PA não
glomerular, maior vai ser o extravasamento de liquido alteram tanto a TFG, por isso ele tem uma auto-
aumentando a TFG regulação
Essa pressão depende da PA se eu aumento da PA, A vasculatura muscular dos vasos dos rins tem a
eu aumento minha filtração caracterista miogênica quando a PA aumenta e
As coloidosmóticas (só a do capilar, que varia) e a distende as paredes das artérias aumentando o fluxo
pressão hidrostática da capsula são forças contra a a arteríola responde contraindo, diminuindo o fluxo
filtração renal a partir dali mantem estável a filtração
glomerular
Mas se persistir, vai ter o efeito contrário pois Isso porque os receptores de glicose saturam, não
vai diminuir o fluxo sanguíneo e a pressão conseguindo segurar as glicoses para elas não passarem
coloidosmótica vai aumentando
Ultrapassa a taxa máxima de filtração
Excesso de suplemento